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Conceito da Biologia

A palavra biologia é formada por dois vocábulos gregos: bios (“vida”) e logos
(“estudo”). Trata-se de uma das ciências naturais cujo objecto de estudo é a origem, a
evolução e as propriedades dos seres vivos.

A biologia estuda as características e os comportamentos tanto dos organismos


individuais como das espécies no seu conjunto, assim como a reprodução dos seres
vivos e as interacções entre eles e o meio.

Ramos da Biologia
 Zoologia (estudo dos animais Vertebrados e Invertebrados);
 Botânica (estudo das plantas);
 Micologia (estudo dos fungos);
 Bacteriologia (estudo das bactérias);
 Virologia (estudo dos vírus);
 Biologia Celular (Citologia) - estudo das células;
 Genética (estudo dos genes e da hereditariedade);
 Biologia Molecular (estudo da Biologia em nível molecular);
 Biologia Evolutiva - estudo da evolução das espécies;
 Fisiologia (estudos das funções físicas, bioquímicas mecânicas dos animais e
vegetais);
 Ecologia (estudo dos ecossistemas);
 Biologia Sistêmica (estudo das interações entre os sistemas biológicos).
 Biologia da Conservação (estudo da biodiversidade e da preservação das
espécies);
 Bioética (estudo transdisciplinar entre Biologia, Medicina, Ética e Direito);
 Biologia do Desenvolvimento (foco no estudo do desenvolvimento
embrionário);
 Etologia (estudo do comportamento dos animais);
 Biologia Ambiental (área voltada para o estudo do Meio Ambiente);
 Imunologia (estudo do sistema imunológico);
 Biotecnologia (estudo da tecnologia baseada na Biologia);
 Taxonomia (estudo que ordena e classifica os seres vivos);
 Histologia (estudos dos tecidos biológicos);

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 Biologia Marinha (estudos dos seres vivos que habitam águas salgadas;
 Microbiologia (estudo dos microrganismos).

Ɓotânica
Origem da Palavra
A palavra Botânica é de origem grega, derivada de βοτανικός, cujo significado é
“referente às plantas”.
Quando falamos em Biologia, muitos associam-na a nomes difíceis e termos
complicados de entender. Na Botânica, parte da Biologia que estuda as plantas, não
poderia ser diferente.

Botânica é uma ciência, ramo da Biologia, que estuda todas as características apresentadas
pelas plantas, fungos e algas. São estudadas morfologia, classificação, identificação,
reprodução, fisiologia, distribuição, relações mútuas e com outros seres vivos. É uma disciplina
que apresenta subdivisões para ser mais bem estudada, assim sendo, podemos classificá-la
em:

Botânica Descritiva: Ramo da botânica que tem como principal meio de pesquisa a
observação. As linhas de pesquisa das áreas de morfologia, botânica sistemática (ramo
da botânica que classifica os vegetais), fitogeografia, taxonomia vegetal, paleoecologia
são algumas subáreas da botânica descritiva.

Botânica Aplicada: É o ramo da botânica que estuda as plantas de acordo com as


relações que os homens estabelecem com elas, como a botânica farmacêutica (uso de
plantas medicinais pelos homens), botânica agrícola (uso das plantas na agricultura),
fitopatologia (estuda as doenças que acometem as plantas úteis aos homens), interação
de microrganismos com a planta, polinização, cultura de tecidos etc.

Botânica Experimental: Ramo da botânica que utiliza a experimentação como


principal forma de pesquisa. A fisiologia vegetal é a linha de pesquisa da botânica
experimental mais importante, que pode se subdividir em ramos mais especializados
como a reprodução vegetal, ecofisiologia vegetal, nutrição e crescimento vegetal entre
outras.

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Por ser uma área muito ampla, a botânica tem inúmeras linhas de pesquisa que se
encaixam nas subdivisões mencionadas acima. O estudo de todas as características
desses organismos é imprescindível, pois a importância deles para o meio ambiente e
para os homens é indiscutível, não nos esquecendo de que é através da manutenção da
flora que temos a conservação de inúmeras espécies de animais.

Importância
 A Botânica é de extrema importância para o entendimento e preservação do
Meio Ambiente. Além disso, esta ciência colabora muito com o
desenvolvimento de medicamentos, visto que muitos deles são feitos a partir de
princípios ativos extraídos de plantas.

Principais Áreas de Estudo da Botânica


 Histologia Vegetal (estuda os tecidos vegetais);
 Fisiologia Vegetal (estuda o funcionamento orgânico e metabolismo das
plantas);
 Genética dos vegetais (estuda o material genético dos vegetais, reprodução e
hereditariedade);
 Paleobotânica (estudo de fósseis vegetais);
 Dendrologia (estudo de vegetais lenhosos: arbusto e árvores, por exemplo);
 Fitopatologia (estuda as doenças das plantas);
 Ecologia (relação entre plantas e meio ambiente, inclusive com os seres
humanos);
 Geobotânica (distribuição das plantas no planeta);
 Morfologia Vegetal;
 Micologia (estudo dos fungos);
 Ficologia (estudo das algas);
 Fitoquímica;
 Biologia celular; etc.
A botânica alimenta-se do conhecimento da fisiologia, citologia, fitografia, histologia,
ecologia e outras especialidades, sempre ligadas às plantas. Isso permite cobrir todos os
aspectos dos vegetais.
É possível diferenciar entre botânica pura (que busca ampliar o conhecimento existente
sobre a natureza) e botânica aplicada (visa produzir informações úteis para o

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desenvolvimento de tecnologia). Ter dados de interesse sobre as plantas permite, por


sua vez, ampliar o escopo de muitas ciências: é por isso que a botânica é uma questão de
interesse para engenheiros, farmacêuticos e outros profissionais.

Deve-se notar que as plantas permitem a obtenção de alimentos, a produção de


medicamentos, o desenvolvimento de fibras têxteis e a geração de energia, por
exemplo. A botânica é, deste modo, uma disciplina essencial para o progresso da
humanidade.
O conceito de botânica (ou sua versão masculina, botânico) permite, por sua vez,
construir diversas expressões: jardim botânico (uma superfície que é destinada ao
cultivo de plantas), geografia botânica (ramo da geografia centrado na distribuição das
plantas no planeta), etc.

Histologia
Histologia é o estudo da anatomia microscópica (microanatomia) de células e tecidos de
plantas e animais.

É comumente realizado através do exame de células e tecidos em um microscópio


óptico ou microscópio eletrônico, após a amostra ter sido seleccionada, corada e
montada em uma lâmina de microscópio.

Estudos histológicos podem ser realizados utilizando cultura de tecidos, onde células de
plantas humanas, animais ou vivas são isoladas e mantidas em um ambiente artificial
para vários projetos de pesquisa.

A capacidade de visualizar ou identificar diferencialmente estruturas microscópicas é


freqüentemente aumentada pelo uso de manchas histológicas. A histologia é uma
ferramenta essencial da botânica, biologia e medicina.

Fitopatologia
Patologia vegetal (também designada fitopatologia) é o estudo científico de doenças de
plantas causadas por patógenos (organismos infecciosos) e condições ambientais
(fatores fisiológicos).

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Os organismos causadores de doenças infecciosas incluem fungos, oomicetos, bactérias,


vírus, viróides, organismos semelhantes a vírus, fitoplasmas, protozoários, nematóides e
plantas parasitas.

Ectoparasitos como insetos, ácaros, vertebrados ou outras pragas que afetam a saúde das
plantas pelo consumo de tecidos vegetais não estão incluídos.

A fitopatologia envolve também o estudo da identificação de patógenos, a etiologia da


doença, os cíclos da doença, o impacto econômico, a epidemiologia das doenças das
plantas, a resistência às doenças das plantas, a maneira pela qual As doenças das plantas
afetam humanos e animais.

Fitogeografia
A geografia botânica, também conhecida como fitogeografia, é o ramo da biogeografia
e botânica que lida com a distribuição geográfica das espécies de plantas e sua
influência na superfície da terra.

A fitogeografia lida com todos os aspectos da distribuição de plantas, desde o controle


da distribuição de espécies individuais (grandes e pequenas escalas) até os factores que
governam a composição de comunidades inteiras e floras.

Geobotânica
Geobotânica analisa as condições de vida sob as quais vários táxons e comunidades de
plantas crescem, como os organismos individuais se adaptam às condições locais e o
tipo de estratégias de sobrevivência que buscam. A diversidade metódica dessa
disciplina também reflete a multiplicidade de habitats que devem ser investigados.

Os métodos aplicados cobrem, por exemplo, desde as mais diversas técnicas de análise
química e hidroquímica do solo até uma pletora de diferenciação morfológica de tecidos
e métodos analíticos de plantas.

Paleobotânica
Paleobotânica é um ramo da botânica que abrange a recuperação e identificação de
restos de plantas de contextos geológicos e seu uso para a reconstrução biológica de
ambientes antigos (paleogeografia), bem como a história evolutiva das plantas e sua
relação com a evolução da vida em geral.

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Fitoquímica
É o estudo de fitoquímicos, que são produtos químicos derivados de plantas.
Estudiosos de fitoquímica tentam descrever as estruturas do grande número de
compostos metabólicos secundários encontrados nas plantas, as funções desses
compostos na biologia humana e vegetal e a biossíntese desses compostos.

As plantas sintetizam fitoquímicos por muitas razões, inclusive para proteger contra
ataques de insetos e doenças de plantas. Os fitoquímicos em plantas alimentícias são
freqüentemente ativos na biologia humana e, em muitos casos, têm benefícios para a
saúde.

Biologia Celular
A biologia celular é um ramo da botânica e da biologia que estuda as diferentes
estruturas e funções da célula e se concentra principalmente na idéia da célula como a
unidade básica da vida. Explica a estrutura, organização das organelas que contêm, suas
propriedades fisiológicas, processos metabólicos, vias de sinalização, ciclo de vida e
interações com o meio ambiente.

Reino Vegetal ou das Plantas

As partes da planta são: raízes, folhas, caule, flores e frutos. Cada uma delas
desempenha uma função que garante a sobrevivência do vegetal.

Raiz: Absorção e condução de substâncias. Em alguns casos, podem armazenar


substâncias energéticas.
Folhas: Responsável pela fotossíntese, respiração e transpiração.
Caule: Sustentação e transporte de substâncias.
Flores: Responsáveis pela reprodução.
Frutos: Dispersão de sementes, garantindo a sobrevivência da espécie.

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Algumas plantas não apresentam flores e frutos, como veremos a seguir nos grupos das
plantas.

Principais Partes de Uma Planta

De uma maneira geral, podemos dizer que a maioria das plantas apresenta como partes
básicas: a raiz, o caule e as folhas. Observe a seguir algumas das características
principais de cada uma dessas porções:

Raiz: é a estrutura responsável por garantir a absorção de água e nutrientes do solo e


também garantir que a planta fixe-se no substrato. Algumas raízes atuam ainda
acumulando substâncias, como carboidratos, ajudando na retirada de substâncias de
outra planta (haustórios) e garantindo aeração de plantas que vivem em ambientes
pantanosos (pneumatóforos).

Caule: é um órgão vegetal relacionado com duas funções principais: a condução de


substâncias e a sustentação de folhas e estruturas de reprodução. Alguns caules estão
adaptados para armazenar substâncias, como é o caso do caule da batata-inglesa.

Folha: é uma estrutura que funciona como órgão fotossintetizante na maioria das
plantas vasculares (que apresentam vasos condutores). Seu papel, no entanto, não fica
restrito apenas a garantir a realização de fotossíntese, estando relacionado, por exemplo,
com os processos de transpiração e respiração. Vale salientar ainda que algumas folhas
estão modificadas e desempenham outras funções. Esse é o caso dos espinhos dos
cactos, que garantem proteção e evitam perda excessiva de água, e as gavinhas, que
garantem suporte ao vegetal.

Características das Plantas

Quando observamos o reino Plantae, notamos que ele é composto por organismos
bastante diferentes. Algumas plantas, por exemplo, apresentam tamanho de poucos
centímetros, como os musgos, enquanto outras, como a sequoia, podem atingir mais de
80 metros de altura. Além da diferença de tamanho, esses seres vivos diferenciam-se
pela presença ou não de tecidos condutores, pela presença ou não de flores, pelas
diferenças entre suas cores, e por outras características.

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Apesar de existirem organismos tão diferentes dentro do mesmo grupo, todas as plantas
apresentam algumas características básicas que permitem classificá-las dessa forma.

 Plantas têm muitas diferenças de uma espécie para outra, porém todas possuem
mais de uma célula e células eucariontes;
 São organismos multicelulares, ou seja, formados por mais de uma célula.
Assim como os animais, esses organismos apresentam células que formam
tecidos, e esses tecidos formam os chamados órgãos;
 Possuem células eucariontes, ou seja, células cujo núcleo é delimitado por
membrana. Essas se destacam ainda pela presença de uma parede celular rica
em celulose e pelas presenças de vacúolo e plastídios. A parede celular está
disposta externamente à membrana plasmática e tem como uma de suas funções
a prevenção contra a ruptura dessa membrana. O vacúolo é uma estrutura que
está relacionada com uma série de funções, como manter o pH da célula. Por fim
temos os plastídios, que são, na realidade, um grupo de organelas no qual estão
inseridos os cloroplastos, relacionados com a fotossíntese;
 São seres fotossintetizantes, capazes de produzir seu próprio alimento, sendo,
portanto, autotróficas. Vale salientar que há exceção a essa regra. O cipó-
chumbo é uma planta que não realiza fotossíntese e obtém os nutrientes
necessários para sua sobrevivência de uma planta hospedeira.

Célula Vegetal

Funções dos Organelos Celulares dos Vegetais


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As plantas são constituídas pelas células vegetais. Elas diferenciam-se das células
animais por possuírem vacúolos, cloroplastos e parede celular.

Os vacúolos são organelas que ocupam a maior parte do citoplasma. Eles são
responsáveis por armazenar substâncias e regular a entrada de água na célula,
controlando a sua turgidez.

Os cloroplastos são organelas exclusivas de células vegetais. É o local onde é


encontrada a clorofila, o pigmento necessário para a realização da fotossíntese.

A parede celular dos vegetais é constituída pelo polissacarídeo celulose. Ela é


responsável pela sustentação, resistência e proteção contra patógeos.

Classificação das Plantas

Na Botânica, nos últimos anos, muitas mudanças ocorreram quanto à classificação das
plantas e também em relação aos organismos que o Reino Plantae contemplava. O
sistema de classificação de Eichler, por exemplo, cada vez mais em desuso, classificava
este reino em dois grandes grupos, e em algumas subdivisões:

1. Criptógamas: plantas sem órgãos reprodutivos aparentes.

1.1. Briófitas: Sem vasos condutores. Ex: Musgos, hepáticas e antóceros.

1.2. Pteridófitas: Com vasos condutores. Ex: Samambaias, avencas, cavalinhas,


licopódios, selaginelas, cavalinhas e psilotáceas.

2. Fanerógamas: (plantas com órgãos reprodutivos evidentes) ou Espermatófitas


(plantas com semente).
2.1. Classe Gimnosperma: Pinheiros, ciprestes, cicas, gnetáceas, gincobilobas, etc.
2.2. Classe Angiosperma: A maioria das plantas: laranjeira, pé-de-feijão, c

Levando em conta a sistemática moderna, muitos autores classificam as plantas em


avasculares e vasculares, ou seja: considerando a ausência ou presença de vasos
condutores de substâncias. Além disso, a presença de sementes, e também de frutos, são
outros critérios adotados.

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1. Plantas Avasculares: não possuem sementes nem frutos. Musgos, hepáticas e


antóceros pertencem a este grupo.

2. Plantas Vasculares:

2.1. Sem Sementes: samambaias, avencas, licopódios, selaginelas, cavalinha,


psilotáceas.

2.2. Com Sementes:

2.2.1. Sem Frutos (Gimnospermas).

2.2.2.Com Frutos (Angiospermas, Filo Magnoliophyta).

2.2.2.1. Monocotiledôneas.

2.2.2.2. Eudicotiledôneas.

2.2.2.3. Dicotiledôneas basais.

As plantas são seres vivos que fazem parte do reino Plantae ou reino dos vegetais. Elas
se destacam por serem formadas por muitas células e, em sua grande maioria,
realizarem a chamada fotossíntese, que garante a produção do seu próprio alimento
(moléculas orgânicas), o qual é necessário para o seu crescimento e desenvolvimento..

Nem todas as plantas possuem semente, flor e fruto.


A presença de sementes é observada apenas em plantas do grupo das gimnospermas e
angiospermas, enquanto a presença de flor e fruto é vista apenas em plantas
angiospermas.

Podemos classificar as plantas, para fins didáticos, em quatro grupos básicos:


1. Briófitas;
2. Pteridófitas;
3. Gimnospermas; e
4. Angiospermas

Briófitas
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As briófitas representam as plantas de pequeno porte e que habitam os ambientes


úmidos. O grupo é representado pelos musgos e hepáticas.

Essas plantas não apresentam tecido condutor. Assim, o transporte das substâncias
ocorre célula a célula, através de difusão. Não possuem vasos condutores de seiva e, por
isso, são chamadas de plantas avasculares. Devido à ausência desses vasos, essas
plantas são incapazes de garantirem-se grandes alturas possuem pequeno porte. Nessas
plantas não são observadas raízes, caules e folhas verdadeiras e tampouco são
encontradas sementes, frutos e flores.

A reprodução pode ser de forma assexuada ou sexuada. A maioria das espécies é dioica,
ou seja, há plantas femininas e masculinas. As demais são monoicas, isto é,
hermafroditas. A reprodução sexuada é dependente da água que transporta os
anterozoides masculinos até a planta feminina.

Pteridófitas

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As pteridófitas são plantas que possuem vasos condutores e sem sementes. As plantas
desse grupo têm raízes, caule e folhas, e não apresentam sementes, flores e frutos.São
representadas pelas samambaias, avencas e cavalinhas.

A reprodução pode ser de forma assexuada ou sexuada. Na reprodução assexuada


ocorre o brotamento. Enquanto a sexuada depende da água para o encontro dos gâmetas
masculinos e femininos.

Gimnospermas

As gimnospermas são plantas que apresentam sementes, porém não produzem frutos. A
característica do grupo é apresentar as sementes "nuas", ou seja, não envolvidas por
fruto. A planta mais conhecida desse grupo é a araucária ou pinheiro-do-paraná.

A estrutura reprodutiva do grupo é o estróbilo que pode ser masculino ou feminino. Os


estróbilos femininos são conhecidos como pinhas.

Angiospermas

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As angiospermas são as plantas mais complexas que existem na natureza. Elas são as
únicas que apresentam sementes, flores e frutos, estruturas ausentes nos outros grupos
vegetais. Esse é grupo mais numeroso e diversificado da natureza, com mais de 250 mil
espécies.

A flor é a estrutura reprodutiva das plantas angiospermas. O fruto é o resultado do


desenvolvimento do ovário da flor, após a fecundação. O fruto protege a semente que
dará origem a uma nova planta. O abacate, tomate, a roseira, o lírio, o arroz e a soja são
exemplos de angiospermas.

A reprodução das angiospermas depende da polinização, que representa a transferência


do grão de pólen da parte masculina da flor para a parte feminina.

Importância das Plantas


As plantas são estreitamente relacionadas com a vida dos seres humanos. Elas
apresentam uma série de utilidades e serviços ambientais:

 Alimentação;
 Medicamentos;
 Bem estar humano;
 Fornecimento de madeira;
 Regulação da temperatura;
 Manutenção do regime de chuvas. Além disso, as plantas são os seres produtores
e a base das cadeias alimentares.

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Porém, as plantas são organismos essenciais para o equilíbrio do planeta. Essas


constituem a base da cadeia alimentar (produtores) de vários ecossistemas, servindo
de alimento para os consumidores primaries. Elas são, inclusive, parte da alimentação
humana, sendo comum na nossa dieta as frutas, legumes e verduras. As plantas são
também abrigo para uma série de seres vivos, como é o caso de alguns animais. Além
disso, estão relacionadas com outras funções importantes, como liberação de oxigênio
para a atmosfera, captação de gás carbônico, além de evitarem a erosão e ajudarem
a regular a umidade relativa do ar.

Histologia Vegetal
É a ciência que estuda os tecidos dos vegetais. Compreende o estudo das características,
organização, estrutura e funções dos tecidos vegetais.

Tecido é o conjunto de células morfologicamente idênticas que desempenham a mesma


função.

As plantas podem apresentar duas formas de crescimento: o primário, que corresponde


ao crescimento em altura e o secundário, o crescimento em espessura. Existem plantas
que apresentam apenas o crescimento primário, como algumas monocotiledôneas.

O crescimento das plantas está relacionado com a formação de tecidos vegetais. Para
isso, é preciso que ocorra o processo de diferenciação celular que consiste em um
conjunto de processos que transformam e especializam as células embrionárias. Após
estas transformações, sua morfologia e fisiologia são definidas, o que as tornam capazes
de realizar determinada função.

As células que se diferenciam para originar tecidos são chamadas de meristemáticas.

As células meristemáticas são indiferenciadas, sofrem sucessivas mitoses, acumulam-se


e posteriormente, diferenciam-se em tecidos.

Classificação dos Tecidos Vegetais

 Tecidos meristemáticos ou de formação e


 Tecidos adultos ou permanentes ou ainda definitivos, com funções
específicas.

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Tecido Meristemático Primário


O tecido meristemático primário promove o crescimento em altura da planta. É
abundante nas gemas apicais, da raiz e do caule, e nas gemas laterais do caule.

Os tecidos meristemáticos primários são: a protoderme, o procâmbio e o meristema


fundamental.

A protoderme é o tecido que reveste externamente o embrião e dará origem a


epiderme, o primeiro tecido de revestimento da planta.
O procâmbio dará origem aos tecidos vasculares, xilema e floema primários.
O meristema fundamental se forma logo abaixo da protoderme e dará origem ao
córtex, constituído pelo parênquima e os tecidos de sustentação, colênquima e
esclerênquima.

Meristema apical recoberto pela coifa. Na região mais externa encontramos a


protoderme e na mediana, o meristema fundamental.

Meristema Apical da Raiz

Nas monocotiledôneas, temos 4ª camada histológica, caliptrógeno - forma a coifa.


Também temos o Centro queiscente que é uma região central, inactiva cujas células
raramente dividem-se. Exemplo raízes do milho e da cebola.

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A coifa, ou caliptra, é um órgão em forma de cone encontrado no fim da raiz. Ela é


originada do tecido meristemático primário caliptrogénio, e sua função é protege-lo. É o
revestimento protetor da estrutura meristemática da ponta da raiz, em forma de dedal.
As células mais externas vão morrendo e caindo por descamação, sendo substituída por
outras que lhe são subjacentes.

A principal função da coifa é proteger a extremidade da raiz, - células meristématicas -


contra o atrito com as partículas do solo, durante o crescimento. Nas plantas aquáticas a
coifa não se destrói, sendo especialmente desenvolvida e podendo ser formada por
diversas camadas superpostas. Sua função é proteger os delicados tecidos
meristemáticos da ponta da raiz contra o ataque de microrganismos,
como bactérias, fungos e animalículos comuns na água. Nas plantas epífitas, a coifa
também permanece e acompanha o crescimento da raiz evitando a dessecação do ápice,
ou seja, guarnece a gema do ápice da raiz.

A coifa das plantas aquáticas bem como a das epífitas, carecem de função absorvente. A
coifa também é responsável pela percepção de gravidade.

Estatólitos
Nos vegetais, na região do caule, o acúmulo de auxinas na parte inferior do vegetal fará
com que essa parte cresça mais que o restante do organismo acarretando uma curvatura
na direção contrária a força da gravidade. Já na raiz, ocorrerá o alongamento da parte
superior e consequente curvatura no sentido da força gravitacional (para baixo).

Uma das teorias que explica porque isso ocorre é a Teoria dos Estatólitos
(HASENTEIN & EVANS, 1988) que diz que a raiz, que é revestida por uma camada
chamada “coifa”, possui nesta camada, células que contém um grânulo mineral
chamado “estatólito” responsável por “indicar” para a célula qual a direção da força
gravitacional.

Meristema Apical do Caule

 Diferem da raiz pela ausência da coifa e pela sua complexidade;


 Possui primórdios foliares e, em muitos casos, primórdios de ramos;
 Destes desenvolvem-se flores e inflorescências terminais.

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Primordios Foliares

 Todos os caules possuem um meristema apical, também chamado de gema


apical, onde ocorre intensa proliferação celular, o que promove o crescimento
do caule. As folhas que vão surgindo nele são chamadas de primórdios foliares e
se originam do meristema apical. Na união de cada primórdio foliar com o caule
há um grupo de células meristemáticas que forma a gema lateral, também
chamada de gema axilar.

A organização apical do caule apresenta duas regiões distintas:


Túnica - Consiste em uma ou mais camadas de células periféricas em divisões
anticlinais, cujas células se dividem perpendicularmente à superfície do meristema
(divisões anticlinais), o que permite o crescimento em superfície do meristema.

Corpo - Consiste em um núcleo de células localizadas - logo abaixo da(s) camada(s) da


tunica. é formado por um grupo de células que se dividem em vários planos,
promovendo crescimento em volume do meristema. Assim, esse grupo de células
centrais acrescenta massa à porção apical do caule pelo aumento do volume e as
derivadas da túnica dão uma cobertura contínua sobre o conjunto central (corpo).

O corpo e a túnica têm suas próprias células iniciais. Muitas criptógamas possuem
apenas uma célula apical, que por divisão dará origem a todas a células do ápice.

Diferenciaçao Vascular Primária


A diferenciação do xilema primário no caule é oposta à observada na raiz. Isto é, no
caule os primeiros elementos de protoxilema diferenciam-se internamente (próximos
da medula) e os elementos do metaxilema, formam-se mais distantes do centro. No
caule o protoxilema é dito endarco, com o protoxilema interno e a sua maturação
é centrífuga, isto é, acontece do centro para a periferia.

A diferenciação do floema se dá como na raiz, ou seja, é centrípeta, com o protoxilema


periférico e metaxilema mais próximo do centro do órgão. A posição do protoxilema é,

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um dos elementos mais importantes para separar uma estrutura caulinar de outra
radicular.

Tecidos Defiitivos
Tecidos de Preenchimento
São tecidos formados por células que preenchem os espaços entre os tecidos de
revestimento e os tecidos condutores. Os tecidos de preenchimento são representados
pelos parênquimas, encontrados em todos os órgãos da planta. O parênquima é
formado por células vivas com grande capacidade de diferenciação e podem ter variados
tipos:

Parênquima de Preenchimento: Realiza o preenchimento entre os tecidos. Exemplo:


Córtex e medula do caule.
Parênquima Clorofiliano: Auxilia no processo de fotossíntese. É encontrado nas
folhas e pode ser de dois tipos, o paliçádico e o esponjoso.
Parênquima de Reserva: Armazena substâncias, como amido, óleos e proteínas.
De acordo, com a substância armazenada, têm-se denominações diferenciadas:
Quando armazena amido, chama-se parênquima amilífero. Exemplo: tubérculos, como
a batata.
Quando armazena água, chama-se parênquima aquífero. Esse tecido é comum em
plantas xerófitas.
Quando armazena ar, chama-se parênquima aerífero. Um exemplo são as plantas
aquáticas. É o parênquima aerífero que permite que essas plantas possam flutuar.

Tecidos de Sustentação
Originados do meristema fundamental, esses tecidos são encontrados nas folhas, frutos,
caule e raiz. Os tecidos de sustentação são o colênquima e o esclerênquima.

O colênquima é constituído por células vivas, alongadas e ricas em celulose. Estão


presentes nas partes mais jovens das plantas, logo abaixo da epiderme. Confere
flexibilidade aos órgãos vegetais.

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Colênquima na região colorida de azul

O esclerênquima é constituído por células mortas, lignificadas e alongadas. Estão


presentes nas partes mais antigas das plantas.

Tecidos de Condução
Os tecidos condutores são responsáveis pelo transporte e distribuição de água e
substâncias pelo corpo da planta. Os tecidos condutores são o xilema e o floema.

O xilema e floema podem ser primários ou secundários. Os primários originam-se do


procâmbio e os secundários do câmbio vascular.

O xilema, também chamado de lenho, é constituído por células mortas e com parede
celular reforçada por lignina. Esse tecido é responsável por conduzir a seiva bruta (água
e sais minerais) das raízes até as folhas. Suas principais células são as traqueides e os
elementos do vaso.

O floema, também chamado de liber, é constituído por células vivas. O floema


transporta a seiva elaborada (matéria orgânica) das folhas até o caule e raízes. Suas
principais células são os tubos crivados e as células companheiras.
Referências

Elaƅorado pela ᴍestre Francelina Gavicho Uarrota Página 19


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1. AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia das Células


1. 4ª Edição. São Paulo: Editora Moderna, 2015.
2. Bold, H. C. The Plant Kingdom (4 ª ed.). Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.
(1977).
3. Braselton, J. P. (2013). "O que é Biologia Vegetal?" Universidade de Ohio.
Retirado em 4 de agosto de 2017.
4. Bracegirdle, Brian. A História da Histologia: Um Breve Levantamento de
Fontes.Citrus, George N. Plant Pathology (3ª ed.). Imprensa Acadêmica. (1972).
5. Brown, J.H. & Lomolino, M.V. Biogeografia e Paleobotânica: 2ª edição. Cleal,
1998. Sociedade Geológica de Londres. p. 41.
6. Fundação Cecierj. Expressão gênica e diferenciação celular. Disponível em:
< http://cejarj.cecierj.edu.br/pdf_mod2/Unidade05_Bio.pdf>.
7. John T. Arnason; Rachel Mata; John T. Romeo. "Fitoquímica de Plantas
Medicinais". Springer Science & Business Media. (2013-11-11).
8. Lodish, Harvey. Biologia Celular Molecular. W. H. Freeman and Company.
(2013).

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