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Marketing e Mercado

“Para ser vitorioso é preciso antes nos acostumar com a idéia da vitória”

“Se você pensa que pode, ou se pensa que não pode, de qualquer jeito você está certo”.

Henry Ford

“Sem saber que era impossível, ele foi lá e fez”.

Jean Cocteau
Marketing e Mercado

Índice

Planejamento
1 – O que é planejamento?
2 – Caso de sucesso
3 – Por que o planejamento falha?
4 – Posicionando as velas
5 – Modelo de um plano de ação

Planejamento de Carreira
6 – Avaliando o seu planejamento pessoal
7 – Carreira profissional: A difícil arte de saber escolhê-la

Mercado de Trabalho
8 – Quais as opções que as empresas oferecem para sua carreira profissional
9 – Empresas de grande porte
10 – Empresas de médio porte
11 – Empresas de micro e pequeno porte

Política nas empresas

Liderança
12 – Por que isso acontece
13 – Características da liderança
14 – Você é um líder?
15 – O que fazer para se tornar um líder

Principais Teorias da Liderança


16 – Teoria do Grande Homem
17 – Teoria dos Traços
18 – Teoria do Comportamento
19 – Abordagem Situacional de Liderança
20 – Ninguém nasce líder

Marketing Pessoal
21 – Como funciona o marketing pessoal
22 – Como fazer nosso marketing pessoal
23 – Estudo de Caso: Redação vencedora em um processo de seleção

Marketing Pessoal Sucesso Global


24 – O marketing pessoal na sua trajetória profissional
25 – O que fazer para melhorar seu marketing pessoal
26 – Desenvolvendo sua marca pessoal

Fatores de Sucesso
27 – Capacidade Técnica
28 – Capacidade Tática
29 – Capacidade Física
30 – Equilíbrio Emocional
31 - O que fazer para melhorar seus “fatores de sucesso”
32 – Onde está a inteligência emocional dos profissionais de hoje?

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Planejamento

1 - O que é Planejamento?

Planejamento
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PLANEJAR é uma forma de lidar com o futuro. Como não temos certeza sobre os acontecimentos,
fazemos o planejamento para ter um grau de acerto maior. Além de não sabermos sobre a maioria dos
eventos futuros, não temos controle sobre eles também. Dessa forma, o ato de planejar permite que as
empresas ou pessoas estabeleça seus objetivos e monte cenários, podendo inclusive alterar o objetivo.

Acontece que a maioria das empresas não faz planejamento e isso é uma das causas da grande
mortalidade nos primeiros anos de funcionamento. Com as pessoas acontece o mesmo, raramente
encontramos alguém que tenha planejado sua carreira e sua vida. Tanto as empresas como as pessoas
que tem esta atitude estão somente REAGINDO aos problemas e oportunidades que surgem. Isso pode
dar certo ou não. O planejamento por si só também não é garantia de sucesso mas a possibilidade de
alcançá-lo é muito maior.

Assim, quem planeja consegue definir os OBJETIVOS e a forma de alcançá-los (ESTRATÉGIA).


Mas, para que o planejamento funcione, os objetivos traçados devem ser realistas e dependerá de alguns
fatores:

 Seja passível de realização num prazo razoável (alguém que está entrando no mercado de
trabalho ter como objetivo conseguir um cargo de liderança com um salário alto é algo que
dificilmente acontecerá). Entretanto, assim que se conseguir o primeiro emprego o jovem
pode estabelecer outro objetivo que é conseguir um cargo de liderança na empresa e, na
medida em que os objetivos forem sendo alcançados, ir estabelecendo outros. O mais
importante é que eles contribuam para a realização do planejamento.

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 Saber qual sua situação atual –


Quais os recursos que possui no
momento (financeiro, conhecimento,
etc.). - explorar os pontos fortes e
melhorar os pontos fracos. Alguém
que está entrando no mercado de
trabalho não tem experiência,
entretanto, possui um grau alto de
motivação. Uma empresa que atende
bem seus clientes mas que vende
produtos com baixa qualidade, deve
explorar o atendimento e melhorar a
qualidade de seus produtos o mais
rápido possível.

 As ameaças e oportunidades do ambiente externo – No mercado, tanto as pessoas quanto


as empresas vão encontrar concorrência, crises, etc., mas também situações que favoreçam seu
crescimento. Para se aproveitar as oportunidades deve-se estar preparado. As pessoas e
empresas que agem de forma PROATIVA conseguem prever estas oportunidades com certa
antecedência de forma a se beneficiar dela.

2 - Caso de sucesso

O jovem olhou para o homem à sua frente com admiração. Era a primeira vez que ele se
encontrava face a face com seu grande ídolo. Uma oportunidade única que não poderia ser desperdiçada.
Tomou fôlego e fez a pergunta que povoava sua imaginação desde que ouviu falar daquele homem pela
primeira vez:

- Como o senhor conseguiu chegar na situação vitoriosa que vive hoje?

O homem se voltou com um certo brilho de interesse no olhar, sorriu e dando de ombros respondeu com
humildade:

- Eu simplesmente planejei.

Foi assim que Andrew Carnegie, o homem mais poderoso de sua época, respondeu a um jovem
que estava curioso sobre sua trajetória de vida. A curiosidade do rapaz tinha muito sentido, pois Carnegie
deu uma virada espetacular de vida. Vindo de uma família pobre de imigrantes europeus, construiu um
império empresarial baseado em aço e petróleo. Um feito espetacular mesmo para um povo que
acreditava fortemente no "sonho americano", como eram os Estados Unidos no início do século.

O industrial Andrew Carnegie sabia sobre o que estava falando. O planejamento pode ser uma
ferramenta poderosa na construção de nosso sucesso. Entretanto a maioria das pessoas tem dificuldade
em utilizar o planejamento como instrumento básico de vida. Muitos deixam de utilizá-lo por não
acreditarem que funciona. E há de fato várias razões pelas quais um planejamento pode falhar.

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3 - Por que o planejamento falha?

Hábitos: a primeira questão para o fracasso de um plano, está na falta de hábito em planejar. É
preciso desenvolver uma cultura de planejamento. Isso significa a revisão de valores e a gestão do
comportamento. Colocar no papel é fácil, o importante é levar o planejamento em frente, implementar as
ações estabelecidas.

Comprometimento: é preciso ter clareza de propósitos para que o planejamento funcione.


Estabelecer objetivos é o primeiro passo, entretanto, devemos estar ciente do “preço” que teremos que
pagar ou do esforço que teremos que fazer para alcançá-lo.

Resistência às mudanças: é preciso compreender que o planejamento não é um gesso, mas


um roteiro para a conquista de um destino pré-estabelecido. Isso significa estar afinado com o processo
de mudança, para alterar métodos tantas vezes quantas forem necessárias para o atingimento dos
propósitos. Método precisa ser alterado mesmo quando funciona, pois pode sempre ser melhorado.
Vejamos por exemplo o garoto que tem como objetivo ser jogador de futebol, ele terá que estar
preparado para uma eventual mudança de planos, uma vez que poderá não conseguir ser jogador de
futebol.

Valorização dos obstáculos: na medida em que avançamos na implementação de nossos


planos, vamos nos deparando com diversas dificuldades. Pode ser uma mudança na política econômica,
uma crise momentânea no segmento que atuamos, ou simplesmente uma dificuldade nossa em modificar
hábitos. Tudo serve de justificativa para desistirmos de nosso planejamento. Precisamos dar a dimensão
adequada a cada obstáculo e aprender a superá-los na medida em que se apresentam. Somente
consegue chegar ao topo os que foram capazes de superar todas os obstáculos que apareceram no
caminho.

Perda de foco: a rotina de urgências, de nosso dia a dia, pode dar a falsa impressão de que não
temos tempo suficiente para implementar nossos planos. Os imprevistos tornam-se mais importantes que
o planejamento e a desistência é um passo natural. Porém abrir mão dos objetivos traçados em função
de alguma prioridade é uma das causas mais freqüentes para não conseguir o resultado esperado. Essas
necessidades podem ser falta de tempo, dinheiro, etc., que impedem que o objetivo maior seja
alcançado. Podemos até momentaneamente nos desviarmos de nossos objetivos, porém, quanto mais
cedo o caminho puder ser retomado maiores as chances de sucesso. Assim como fez Andrew Carnegie.

4 - Posicionando as velas

Fonte: http://www.brasil1.com.br/site/noticias/images

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Num mundo que muda a velocidades estonteantes, o planejamento pode ser a rota mais segura para
conquista de nossas aspirações de vida. Planejar é antes de tudo decidir como vamos viver e onde
queremos chegar. Não é evitar problemas, mas aprender a superá-los. Não escolhemos o vento, mas
podemos posicionar nossas velas. Isso é planejar!

5 - Modelo de um plano de ação

Objetivo O que pretendemos?


Estratégias Como faremos para alcançar o objetivo?
Colocar em prática as tarefas a fim de realizar as
Plano de ação
estratégias (fazer acontecer).
Alcançamos nossos objetivos? Por quê?
O que podemos modificar?
Revisão
Que outros fatores não foram considerados e afetam nossos
resultados? Como minimizá-los?

Anotações:

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Planejamento de Carreira

Sua carreira é seu maior patrimônio profissional e sua evolução é o resultado de sua busca pela excelência.

Quando se trata de planejamento de carreira a lógica é a mesma do planejamento em geral. Se


quisermos alcançar sucesso profissional devemos antes de tudo pensar em planejar a carreira.
O ato de planejar é muito simples, basta seguir as etapas do planejamento conforme o modelo
acima. O problema está na implementação do planejamento. Planejar a carreira é o mesmo que planejar
a vida, uma vez que a profissão escolhida e o trabalho irão nortear nossa vida.

A grande viagem

Carreira profissional pode ser comparada a uma grande viagem. Os dois precisam de algum
planejamento, por mais simples que seja.

Vamos imaginar que estamos indo de uma cidade a outra: por exemplo de Florianópolis a São
Paulo.

O primeiro passo do planejamento é estabelecer o OBJETIVO, neste caso sabemos que é a


cidade de São Paulo. O objetivo de uma carreira profissional é alcançar SUCESSO, fazendo o que gosta
e tendo uma boa remuneração pelo trabalho.

Quando alguém se pergunta: Como farei para alcançar meu objetivo? A resposta a esta questão
recebe o nome de ESTRATÉGIA.

Existem estratégias que são válidas e outras que vão te afastar do seu objetivo.
Como se chega à cidade de São Paulo? De avião, de carro, de ônibus, até mesmo de bicicleta ou indo a
pé se chega ao objetivo. A questão é que devo usar a estratégia mais eficiente e eficaz. Assim, você vai
atingir seu objetivo no menor tempo possível com o mínimo de recursos. Dessa forma, se tiver outro
meio, não se vai de Florianópolis a São Paulo a pé, nem de bicicleta.

Estabelecer o objetivo é muito importante pois sem ele você ficará desorientado podendo
alcançá-lo ou não. Imagina que se numa viagem você não souber aonde quer chegar, em qualquer lugar
que chegar está bom, por exemplo, sai de Florianópolis e chega à região metropolitana está bom, se
chegar um pouco adiante também está bom, porque não se sabe aonde quer chegar, entretanto, você
deveria chegar em São Paulo só que não tinha esta informação.

Muita gente coloca estudar em uma faculdade como o objetivo principal de sua vida. Certamente
cursar uma faculdade é um objetivo a ser alcançado mas quando tratamos de carreira profissional o
curso superior passa a ser uma estratégia, muito eficiente, para se alcançar o sucesso.

Como vimos, duas coisas são importantes para se montar o planejamento de carreira: Onde
estou e onde quero chegar. Quando se trata de uma viagem, saber onde estou normalmente é fácil,
mas quando se trata de carreira profissional o onde estou significa conhecer-se, ter consciência de seus
pontos fortes e fracos a fim de melhorar e aperfeiçoar-se. Por exemplo, se você não consegue falar em

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público você precisa treinar, enfrentar o medo, se não conseguir sozinho precisará de ajuda. É fato que a
maioria das pessoas de sucesso se comunicam muito bem (este assunto será melhor abordado em
marketing pessoal).
Lembre-se o seu planejamento profissional deve ser levado a sério, é na implementação que observamos
as falhas porque colocar os objetivos e estratégias no papel não requer suor, levantar cedo, assistir aulas
nem sempre agradáveis, trocar a diversão pelo aprendizado, passar frio, fome, cansaço, etc. Mas pra
quem resiste a tudo isso existe a recompensa que é o sucesso profissional.

6 - Avaliando seu planejamento pessoal

1) Sei exatamente quais são meus objetivos? Posso descrevê-los?

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2 ) Qual o meu nível de compromisso entre o planejado e sua execução?

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3 ) Estou gerenciando meus planos de forma sistemática e disciplinada?

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4 ) Levo meus objetivos a sério de forma a orientar as minhas ações?


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5 ) Estou revendo meus métodos para adequá-los à conquista de meus propósitos?

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6 ) Meus objetivos são pertinentes? Trarão um maior nível de realização pessoal e


profissional?

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7 - Carreira profissional: a difícil arte de saber escolhê-la

Por Gutemberg B. de Macedo (Colunista do AOL, 07 de julho 2005)

“Todas as carreiras, por mais bem planejadas que pareçam,


são influenciadas por alguns elementos de pura chance”
Jack Welch, ex-CEO da General Electric, “Winning,” 2005

Durante muitos anos, tenho me dedicado com afinco ao estudo da carreira de profissionais
brasileiros e de outros países, considerados “establishment icons”. Ao analisá-los, parto de seu nível de
conhecimento, da notoriedade e respeito público que usufruem, das qualificações que os destacam
perante os demais, dos relacionamentos que cultivam em diferentes esferas da sociedade, do impacto
que exercem sobre a vida de milhares de pessoas e, sobretudo, do legado deixado, após ininterruptos e
profícuos anos de trabalho.

São eles executivos de carreira, empresários, estadistas, líderes políticos e religiosos, cientistas,
escritores, militares, filantropos, arquitetos, etc.
Ao estudar carreiras de inegável sucesso, vejo-me sempre diante das mesmas perguntas: como eles
escolheram a profissão e o primeiro emprego, que métodos e estratégias “inusitadas” utilizaram ao
empreendê-la, como definiram seu propósito de vida, de que recursos financeiros dispunham, que
dificuldades – maiores ou menores – enfrentaram, como identificaram seus pontos fortes e
vulnerabilidades, que valores esposaram ao longo do caminho, entre outras questões também relevantes.

Confesso, para minha própria decepção e a despeito da mistificação que comumente acompanha
a carreira desses profissionais, que jamais identifiquei uma única fórmula – dinâmica, poderosa ou
infalível – que pudesse explicar o sucesso por eles alcançado e que, uma vez repetida, pudesse servir de
modelo para outrem. Na verdade, constatamos que nenhum deles jamais cedeu à idolatria – falso culto
–, a fórmulas mágicas predeterminadas, a modismos tão em voga nos dias atuais que, seguidos
disciplinada e religiosamente, pudessem produzir sucesso: poder, fama, dinheiro e reconhecimento
público.

Eles, diferentemente da maioria dos profissionais, estavam preocupados com questões mais
profundas: a fidelidade a si mesmos, a preservação da própria identidade, o comprometimento com as
responsabilidades assumidas. Eles não se limitaram a seguir cartilhas e manuais de auto-ajuda, a
observar normas e regulamentos. Foram muito além. Descobriram que mais importante era definir um
propósito de vida e carreira e aprender a transformar o próprio potencial em conhecimento, em
habilidades pessoais, em produtividade eficaz. Descobriram também que era fundamental amar o que
faziam, valorizar, uma a uma, todas as oportunidades e perseguir a excelência em cada atividade
empreendida.

Essas questões são extremamente importantes para a escolha da carreira profissional; elas estão
numa dimensão infinitamente superior aos fatores habitualmente considerados como prioritários:
dinheiro, poder, crescimento rápido a posições hierárquicas relevantes, bônus, reconhecimento, etc. É
impossível obter sucesso profissional quando não sabemos quem somos, o que queremos da vida –
“missão” –, que valores norteiam e sustentam as nossas palavras, atitudes, ações e decisões, que
paixões agitam os nossos corações e que legados e exemplos desejamos deixar às gerações futuras.
Ninguém é capaz de tomar decisões difíceis, de sustentar posições impopulares e manter-se fiel a suas
crenças se não souber quem é e se sentir bem como é – com os próprios defeitos e virtudes. A
autenticidade é um atributo, entre inúmeros outros, que torna os indivíduos distintos, confiáveis e fortes.
É bom prestar atenção na observação de Jack Welch: “Quando se trabalha para atender às necessidades
ou realizar os sonhos de outra pessoa sempre se acaba sofrendo as conseqüências”.

Escolher a carreira profissional ideal e compatível com os sonhos mais legítimos é,


certamente, uma das escolhas mais difíceis e importantes da vida. Por isso, é preciso, em
primeiro lugar, olhar para dentro de si mesmo, e só depois para o exterior. Muitos profissionais se
perdem ao longo do caminho, simplesmente porque se esquecem desse princípio. Para eles, erros e
falhas são sempre fatores alheios a sua vontade. Como vítimas, só lhes resta engrossar o coro dos que
lamentam: “A carreira profissional foi extremamente injusta comigo. Não tive sorte.” A verdadeira sorte,
porém, não é fruto do acaso, mas de muito trabalho. A sorte sempre ajuda a quem muito trabalha.

Artigo extraído do site: http://www.tania.psc.br/ em 19/09/2005 as 10:34 h

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Anotações:

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Mercado de Trabalho

8 - Quais as opções que as empresas oferecem para sua carreira profissional

As empresas são classificadas de acordo com o seu porte: micro, pequena, média e grande
empresa. Em relação as oportunidades de carreira todas elas podem oferecer boas perspectivas,
entretanto é preciso analisar além do porte da empresa a área de atuação e sua relação com os clientes
e funcionários.

Classificação das Empresas por Porte, segundo o Sebrae:

 Microempresa: na indústria, até 19 pessoas ocupadas; no comércio e serviços, até 09 pessoas


ocupadas;

 Pequena empresa: na indústria, de 20 a 99 pessoas ocupadas; no comércio e serviços, de 10 a


49 pessoas ocupadas;

 Média empresa: na indústria, de 100 a 499 pessoas ocupadas; no comércio e serviços, de 50 a


99 pessoas ocupadas;

 Grande empresa: na indústria, acima de 499 pessoas ocupadas; no comércio e serviços, acima
de 99 pessoas ocupadas.

9 - Empresas de grande porte

É aconselhável entrar em uma empresa que ofereça oportunidades de crescimento. Algumas


médias e quase todas as grandes empresas tem seus programas de “trainees”. Os jovens são recrutados
e selecionados e aqueles com o perfil que a empresa procura passam um tempo se preparando, nos
diversos setores, para assumir os cargos de comando. As empresas utilizam-se deste processo a fim de
preparar seus funcionários, principalmente os que estarão nos cargos de gerência e diretoria.

Para participar dos programas “trainees” alguns requisitos são necessários, embora variam de
acordo com o ramo de atividade da empresa. Os mais solicitados são:

 Cursando o último ano ou já ser formado por um período de não mais que 2 anos;

 Inglês fluente e se possível uma outra língua (francês, espanhol, alemão, italiano, etc.);

 Conhecimento de informática;

 Idade por volta de 26 anos.

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10 - Empresas de médio porte

Algumas empresas de médio porte também se utilizam do processo de “trainnees” para


preencher seus cargos de comando. Muitas destas empresas são familiares, então o crescimento estará
limitado aos cargos de gerência e algumas diretorias. Elas oferecem boas possibilidades de crescimento e
remuneração, entretanto é preciso estar consciente de que para se ter sucesso em uma empresa é
preciso se diferenciar, fazer algo mais, buscar a excelência no seu trabalho.

Frequentemente o recrutamento é feito através dos meios normais:

 Anúncio;

 Indicação;

 Empresas de recrutamento e seleção.

11- Empresas de micro e pequeno porte

Segundo dados do Sebrae em 2002 as micro e pequenas empresas representavam 99,2% do


total de estabelecimento no Brasil e, segundo dados do IBGE, eram responsáveis por 57,2% dos
empregos.

http://www.sebrae.com.br/br/mpe_numeros/rais_est.asp – 11/10/2005 – 11:40h

Veja o quadro abaixo:

Rais – Distribuição percentual do número de estabelecimentos por porte


e setor 2002-2003
Micro Pequena Média Grande Total

2002 2003 2002 2003 2002 2003 2002 2003 2002 2003

Indústria 92,0 92,0 6,4 6,4 1,4 1,4 0,2 0,2 100 % 100 %

Construção 94,3 94,5 4,8 4,6 0,9 0,8 0,1 0,1 100 % 100 %

Comércio 96,0 95,9 3,6 3,7 0,2 0,2 0,1 0,1 100 % 100 %

Serviços 93,7 93,9 5,1 5,0 0,6 0,6 0,5 0,5 100 % 100 %

Total 94,7 94,7 4,5 4,5 0,5 0,5 0,3 0,3 100 % 100 %
Fonte: Relação Anual de Informações Sociais – RAIS-MTE

http://www.sebrae.com.br/br/download/boletim_rais.pdf- 11/10/2005 – 11:42h

O quadro acima nós mostra que as empresas que mais empregam no Brasil são as
microempresas. Assim, se você ainda não começou a trabalhar, terá grandes chances de ir para uma
empresa deste porte. Conforme já foi mencionado, é possível construir uma carreira em microempresas.
A principal vantagem que você terá será o conhecimento de todos os setores. Normalmente, empresas
deste porte não estão estruturadas por setores e os funcionários tem conhecimento de todos os
processos.

A desvantagem destas empresas é a falta de planejamento, com isso os funcionários acabam


tendo uma visão distorcida do mercado de trabalho e de como se faz negócios. como a empresa não
planeja, os objetivos são alcançados muitas vezes em “lances de sorte” e os processos de trabalho
que deveriam estar estruturados em começo, meio e fim, passam a ser executados conforme a urgência
e emergência da situação (sem criatividade e inovação). Assim, estas empresas caminham sem rumo

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certo e isto é a principal causa do grande número de mortalidade destas empresas nos primeiros anos de
funcionamento.

Segundo o SEBRAE o índice de mortalidade das empresas é:

 49,9% encerram as atividades com até 2 anos de existência;

 56,4% com até 3 anos;

 59,9% com até 4 anos.

Fonte:http://www.sebrae.com.br/br/mpe_numeros/mortalidade_empresas.asp

Com isto o risco de se iniciar uma carreira profissional em uma microempresa é de que ela feche
suas portas, conforme vimos acima.

Entretanto, sabemos que a maioria dos jovens que entram no mercado de trabalho é por
necessidade e as micro e pequenas empresas são o caminho mais fácil e rápido. Dessa forma, estando
em uma microempresa procure aproveitar as vantagens de uma empresa deste porte que é conhecer
todo o seu funcionamento. Grande ou micro toda empresa tem o mesmo objetivo e trabalham de forma
semelhante, a diferença está mesmo no volume de recursos, processos de trabalho, funcionários, clientes
e colaboradores em geral (stakeholders).

Quando você iniciar sua carreira profissional ou se já iniciou, é interessante e recomendável que
você trabalhe para que ela evolua. Segundo alguns profissionais de recursos humanos a evolução da
carreira deveria acontecer da seguinte forma:

 Aproximadamente com 25 anos de idade você deve estar em um cargo de chefia ou


supervisão;

 De 30 a 35 anos em um cargo de gerência;

 A partir daí vem os cargos de diretoria e, em algumas empresas, presidência para quem
se destaca.

Seguindo este esquema de evolução da carreira profissional, mesmo que você inicie em uma
microempresa e não permaneça nela, se você compreendeu e planejou, usando sua experiência de forma
a alcançar seu objetivo, será muito mais fácil conseguir colocação nas empresas pelas quais você optar.
O comportamento profissional visando seu crescimento fará com que tenha sucesso. As oportunidades
aparecem para quem está preparado. A grande dificuldade das empresas é contratar um funcionário que
desenvolva suas atividades com excelência, que veja no crescimento da empresa sua oportunidade de
crescer também.

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Exercício:

1 – Montar um Planejamento para sua Empresa (mesma do Projeto Final)

2 – Pesquise na internet e revistas (você S/A, Vencer, Exame, etc.) e monte uma apresentação
sobre Planejamento.

3 – Com base nas informações desta aula, monte seu planejamento de carreira.

Anotações:

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Política nas empresas

(Matéria publicada na revista Exame - edição nº853)

Sem política ninguém sobe nas empresas

A habilidade de fazer alianças é cada vez mais importante para a carreira e os negócios.
Mas atenção: não confunda política com politicagem

Por Tiago Lethbridge

Com uma sinceridade incomum, o ex-presidente de uma empresa brasileira com faturamento
anual superior a 3 bilhões de reais desabafa: "A política arruinou minha carreira".

Ele não se refere à corrupção do valerioduto, ao ocaso moral do PT nem às dezenas de dirceus e
severinos que povoam Brasília. A tal política -- que pode levar um profissional de sucesso à obscuridade
-- é o pantanoso jogo de poder existente em qualquer empresa, de qualquer lugar.

No cotidiano dos negócios, são inúmeros os exemplos de sabotagens, puxadas de tapete ou


conspirações urdidas junto à máquina de café. Até ser promovido a presidente, esse executivo
havia sido favorecido nessa dança. "Assim que me sentei na cadeira da presidência, tudo mudou", diz
ele. "Tive uma briga insana com os donos. A portas fechadas, tudo parecia normal.
Nas reuniões do conselho, porém, eu era atacado por todos." Sua reação foi a menos diplomática
possível. Ele simplesmente parou de obedecer aos acionistas. Apesar dos resultados excelentes, acabou
demitido. "Não soube ser político, e minha vida como presidente foi curta", afirma.

A fauna política das empresas Algumas das espécies mais comuns de animais políticos
corporativos

Tatu - Não sai da toca. Fica escondido atrás do computador o dia inteiro. Ninguém percebe quando falta
ao trabalho. Chega mais cedo, vai embora mais tarde e, para sua surpresa, é invariavelmente passado
para trás na hora da promoção. Por isso, sente-se injustiçado e coloca a culpa de sua estagnação na
politicagem.

Rato - Sua especialidade é crescer à custa do fracasso alheio. Vê a empresa como um tabuleiro de
xadrez. É dissimulado e jura odiar a política corporativa, mas rouba idéias dos colegas e arma arapucas
contra eles. Tatus são sua vítima favorita. Quando vira chefe, fica com todo o crédito pelo trabalho da
equipe, "aqueles incompetentes, com Q.I. de barata".

Macaco - É um conspirador trapalhão.Vive pulando de galho em galho e fazendo intrigas, embora não
tenha a habilidade do rato. Discrição não é seu ponto forte. Ocupa a sala do chefe ostensivamente. Faz
tanta média, tenta fazer composições com tantas pessoas e é tão atabalhoado que acaba se enforcando
no próprio rabo.

Pavão - Essa ave tem uma preocupação: sair bem na foto. É o rei do marketing. Usa ternos sob medida,
gel nos cabelos e parece já ter nascido com aquele sorriso falso no rosto. Está sempre em campanha.
Suas caprichadas apresentações em PowerPoint causam inveja. Muitas vezes, sua falta de conteúdo só é
descoberta quando ele já chegou à presidência.

Raposa - Sabe que, para chegar ao topo, é preciso ser o melhor mas que também é essencial ser visto
como o melhor. Articula-se dentro e fora da empresa. É admirado pela equipe e visto com respeito pelos
chefes. É particularmente invejado pelos ratos. Na carreira, enfrentará tantos ratos que corre o risco de
se tornar um deles.

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Marketing e Mercado

Esse tipo de história, evidentemente, das peripécias tão comuns entre vereadores, deputados,
senadores, prefeitos e quejandos 1 -- contribui para conferir à palavra "política" sua inegável má fama.
Nas empresas, ela se tornou sinônimo de politicagem, a milenar arte de prejudicar os outros em benefício
próprio e de crescer à custa do fracasso alheio. Os últimos anos foram pontilhados de casos rumorosos
de executivos que sacrificaram o desempenho financeiro para levar vantagens pessoais -- o mais recente
foi a condenação a até 25 anos de cadeia de Dennis Kozlowski, ex-presidente da americana Tyco, por
roubar a empresa e sonegar impostos. Quem é vítima de uma manobra suja no ambiente de negócios ou
testemunha a ascensão meteórica de um canalha ou apenas de um notório incompetente -- famoso pela
habilidade de fazer média com o chefe -- é forçado a refletir. A empresa não deveria ser um ambiente em
que reina a objetividade? Em que os profissionais são avaliados apenas pelo cumprimento de metas? Em
que as promoções são definidas com base no mérito e as pessoas são reconhecidas só pela competência?
A res posta -- goste-se ou não -- é bastante simples: não. "Toda aglomeração humana se constrói em
cima de laços sociais, que não são apenas racionais", afirma Renato Janine Ribeiro, professor de ética e
filosofia política da Universidade de São Paulo (USP). "É aí que entra em ação a política."

A politicagem é apenas um lado da política, o mais visível e detestável. Mas há também o lado
nobre: a capacidade de se relacionar, de negociar, de se expressar bem em situações diversas, de
articular grupos em torno de idéias, de persuadir, de intermediar conflitos e de liderar equipes. Isso nada
tem de ruim. A habilidade política pode ser útil tanto para as carreiras quanto para as empresas. Ser
político não significa ser admirado, ter boas relações com todos nem ter uma imagem imaculada.
Também não significa jogar sujo, passar rasteira nos outros ou operar sem trégua nos bastidores para
conquistar espaço. Há um pouco de tudo isso no mundo da política. Mas ele é, acima de tudo, o universo
das relações de poder. E o poder é essencial para pôr em prática qualquer projeto. Ser político significa,
basicamente, entender e dominar as relações de poder nas empresas. "Todos querem autonomia e
liberdade", diz Carlos Melo, professor do Ibmec São Paulo. "Só consegue isso quem tem poder." Em
outras palavras -- sem fazer política, ninguém chega ao topo das empresas. E não há nada de errado
nisso.

A carreira é mais importante que a empresa para 72% dos executivos brasileiros.

Fonte: Fundação Dom Cabral

Nos últimos anos, a habilidade política vem ganhando relevância crescente no dia-a-dia
empresarial. Um primeiro motivo para isso são as mudanças no ambiente de negócios, mais dinâmico e
mais competitivo do que nunca. Num mundo fechado e previsível, era comum passar toda a carreira com
o mesmo chefe. Hoje, chefes mudam a toda hora e carreiras têm de ser constantemente refeitas. Um
segundo motivo é a mudança dentro das próprias organizações. Antes burocráticas e hierarquizadas, elas
passaram a adotar modelos mais abertos. As barreiras entre departamentos e níveis hierárquicos foram
enfraquecidas. "Esse novo contexto obriga os profissionais a interagir mais e a tomar decisões que antes
eram levadas aos superiores", diz Thomaz Wood Jr., professor da Fundação Getulio Vargas de São Paulo.
Veja o cotidiano da vice-presidente de marketing da MasterCard, Beatriz Galloni: para levar adiante
qualquer projeto, Beatriz precisa negociar com a área de finanças, com a de produtos, com um chefe na
Venezuela, outro em Nova York e com o presidente da empresa no Brasil. "Você não faz nada sem
convencer muita gente", diz ela. Beatriz foi escolhida para o cargo em junho, após uma árdua seleção.
"Ela não foi contratada por ser a maior especialista em marketing, mas por ter habilidade para lidar com
as outras áreas", diz Adriano Lima, vice-presidente de recursos humanos da MasterCard. "Ser bom
tecnicamente só põe alguém no jogo. É a política que faz ganhar."

1
quejandos: Que tem a mesma natureza ou qualidade; que tal: Dicionário Aurélio.

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Marketing e Mercado

Aprenda a ser político

Atitudes para melhorar sua chance de crescer na empresa


 Entenda que a política não é sinônimo de politicagem, e que fazer política não o tornará mau-
caráter
 Pense no seu sonho de carreira e em como pretende chegar lá. Se for ao topo, a política vai ser
fundamental
 Observe o ambiente, perceba quais são os grupos de poder e como pode trafegar entre eles
 Construa uma rede de relacionamentos. Seus contatos ajudarão a evitar a ação dos ratos
 Não tenha vergonha de divulgar seus sucessos e exaltar sua equipe. Se você não fizer isso,
ninguém fará
 Ao reconhecer um rato, tome alguns cuidados. Só fale com ele por e-mail, de preferência com
cópia para alguém
 Se o rato for seu chefe, a saída recomendada é tentar, sutilmente, conseguir uma transferência

Assim como a liderança, o talento político é vantajoso não apenas para a carreira de executivos e
empresários. Pode ser crucial para o êxito da própria empresa. Quando o paranaense Antonio Maciel Neto
assumiu o comando da subsidiária brasileira da Ford, em 1999, a companhia acumulava cinco anos de
prejuízos -- uma conta que chegava a 2 bilhões de dólares. A matriz americana considerava o Brasil uma
maçã podre, que poderia envenenar o resto da companhia. Os revendedores estavam em pé de guerra,
pois a montadora não tinha um carro que elevasse as vendas. A imagem da Ford estava desgastada. O
consumidor, insatisfeito. Maciel foi garoto-propaganda da marca na TV e sentou-se à mesa para ouvir as
reclamações de funcionários e revendedores. Novos modelos foram lançados. Os ânimos com sindicatos e
revendas, apaziguados. No ano passado, a Ford saiu de um período de dez anos no vermelho. A
participação de mercado da empresa foi de 9,7%, quando Maciel assumiu, para 13,4%, em agosto de
2005. "Ao falar claramente sobre os problemas, Maciel conseguiu trazer as pessoas para o seu lado", diz
um executivo que trabalhou na Ford no início da gestão Maciel. "E fez tudo sem brigar muito."

Isso não quer dizer que Maciel não tenha, como todo político, amealhado seu quinhão de
inimigos. Entre eles estão antigos funcionários da Ford antes intocáveis. "A política interna das empresas
é a arte de fazer as coisas acontecer", diz Maciel. Essa é, aliás, uma qualidade dos políticos corporativos
vencedores. Eles atraem -- muitas vezes, graças a seus méritos e carisma -- uma gama de aliados que o
sustentam no poder. Recentemente, além da presidência da Ford latino-americana, Maciel passou a
acumular a vice-presidência corporativa da Ford mundial, posição jamais ocupada por um brasileiro. O
maior trunfo de um político como Maciel não é evitar o confronto, mas saber estudar as relações de
poder e conseguir planejar o tráfego entre os diferentes grupos de interesse.

Em toda empresa, há os grupos conservadores e os arrojados. Os que querem ganhar mercado


por aquisições e os que pretendem crescer aos poucos. Os que defendem vender a empresa inteira e os
que acham melhor quebrá-la em pedaços. Como partidos, esses grupos atuam para fazer valer suas
idéias. "Nas empresas, assim como na política, você se transforma num projeto", diz Antônio Britto,
presidente da Azaléia, maior fabricante de sapatos do país, e ex-governador do Rio Grande do Sul. "Na
vida pública, tem de convencer os eleitores. Nas empresas, o chefe e as pessoas à volta dele." Algumas
companhias têm disputas clássicas. Nas aéreas, os pilotos -- que querem voar menos -- disputam com a
equipe de vendas -- que quer fazê-los voar mais. Nas montadoras, os engenheiros -- que querem carros
melhores -- enfrentam o departamento de finanças -- que quer carros mais rentáveis. Perceber de que
lado está cada grupo é essencial na hora de vender um projeto.

Estudar o mapa de poder é, por si só, uma tarefa complicada. Em nenhum momento, porém, ela
é tão complexa quanto na hora em que, de repente, tudo muda. Quando ocorre uma fusão ou aquisição
-- evento cada vez mais comum no mundo dos negócios --, tanto os executivos da empresa compradora
quanto os funcionários da empresa vendida precisam entender quem manda, quais são os grupos com
mais poder e a quem se aliar. Quando AOL e Time Warner juntaram forças, em 2001, o mais destacado
executivo da AOL, Bob Pittman, teve uma postura considerada arrogante pela velha-guarda da Time
Warner. Iniciou-se uma disputa de poder e Pittman, desarticulado politicamente e incapaz de fazer valer
suas idéias, foi forçado a deixar a companhia em 2002. "O executivo tem de saber quem vai se sentir

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Marketing e Mercado

incomodado, que interesses são feridos", diz a pesquisadora Betania Tanure, da Fundação Dom Cabral,
de Belo Horizonte. "Elaborar esse mapa antes de fazer uma pro posta pode representar a diferença entre
sucesso e fracasso." Vale aqui a lógica das velhas raposas da política: só começar uma reunião quando já
se conhece o resultado.

Há quem considere a política a muleta na qual se apóia quem não tem competência técnica.
Trata-se de uma visão equivocada. "Quem não gosta de política costuma acreditar piamente que seu
trabalho será reconhecido", diz Rick Brandon, autor do livro Survival of the Savvy (em português, algo
como "Sobrevivência dos espertos"). "Mas, se você não mostra às pessoas o que fez, sua competência
pode virar um dos mais bem guardados segredos da empresa." Funcionários apolíticos também
atrapalham qualquer grupo. Ao achar que não deve se misturar, que basta entregar o serviço bem-feito,
o funcionário tatu -- entocado atrás do próprio terminal de computador -- prejudica o trabalho em
equipe. Como é invariavelmente passado para trás na hora da promoção, acaba se transferindo para uma
empresa onde supõe que a política não existe. Só que, como ela existe em qualquer lugar, o ciclo de
insatisfação se repete. Entender que a empresa é um ambiente político também ajuda os funcionários a
se defender da ação dos ratos corporativos -- a versão empresarial do que há de pior no mundo da
política. São os ladrões de idéias e projetos, os puxa-sacos e puxadores de tapete profissionais, os que --
na falta de talento, de competência e de esforço -- fazem da intriga o seu meio de sobrevivência. Quem
tem aliados espalhados pela empresa fica sabendo mais rápido quando há um rato em ação. Portanto,
construir uma rede de relacionamentos pode inibir a ação de quem quer se dar bem à custa dos demais.

Uma diferença fundamental entre a competência técnica e a habilidade política é que a primeira é
ensinada nos bancos escolares, e a segunda não. É comum imaginar o bom político como o que liderou a
turma de escoteiros, foi escolha consensual para o grêmio estudantil e se diverte cumprimentando todos
nos corredores da firma. O senso comum trata a habilidade política como um dom inato. Até certo ponto,
é indiscutível que alguns têm mais facilidade no contato com pessoas. Mas os especialistas são unânimes
ao afirmar que também é possível aprender a ser político. "A política é uma das habilidades que as
pessoas menos entendem", diz Karin Parodi, especialista em gestão de carreira. "É muito comum ouvir
profissionais dizendo: 'Sou tão transparente'! Enquanto isso, sua equipe o considera arrogante e
grosseiro." O executivo Marcos Torres, presidente da fornecedora de software Amadeus, descobriu isso
na prática. Ele foi responsável por iniciar os negócios da operadora de telefonia celular Claro Digital e,
por quatro anos, só se preocupou com os resultados. Embalado pelo sucesso, foi tomado por altas doses
de arrogância -- algo visto com restrições por subordinados e superiores. Quando a mexicana Telmex
comprou a companhia, Torres durou poucos meses no cargo. "Não tive flexibilidade e fui para o
sacrifício", afirma. Diz ter refletido sobre a carreira por seis meses, chegando à seguinte conclusão:
faltava-lhe a capacidade de ouvir os outros, de entender suas motivações e de perceber a importância da
política. "Eu tinha a competência técnica, mas não sabia lidar com as pessoas", diz ele. Segundo amigos,
Torres conseguiu rever sua postura e, hoje, obtém resultados na Amadeus sem se indispor.

Da escola ao primeiro nível de gerência, ter um bom desempenho técnico é,


indiscutivelmente, o requisito mais importante para crescer na carreira. É considerado o melhor
aquele que tira boas notas na prova, se destaca na faculdade, cursa o MBA mais disputado, faz o melhor
projeto, torna-se o trainee mais eficiente. Quando o profissional assume um cargo executivo, no entanto,
tudo muda. A partir daí, o eixo da carreira passa a ser a relação com as pessoas -- a tal política --, e
não com o computador. Ele se transfere de algo mensurável e objetivo -- como um boletim ou uma
planilha de metas -- para algo subjetivo. Quem lidera equipes passa parte do tempo administrando
egos, ambições, brigando por mais espaço e negociando projetos. Por isso, é tão comum ver a
promoção não do funcionário mais técnico ou daquele que consegue resultados a qualquer custo, mas de
outro mais hábil politicamente ou que tenha melhor imagem com a equipe. "Parece uma injustiça, mas
não é", diz Max Gehringer, palestrante e ex-colunista de EXAME. "Quando uma empresa promove
alguém, pensa num plano de longo prazo. Quem é apenas competente tecnicamente, se promovido,
permanecerá na nova função por muito tempo e bloqueará a ascensão de novos talentos. Alguém
promovido por sua competência política continuará ascendendo. E liberará espaço para que outros
subam."

Quanto mais alta a posição do executivo na carreira, portanto, mais política é a sua função. "As
atribuições do cargo de presidente são essencialmente políticas", diz Manoel Horácio Francisco da Silva,
presidente do Banco Fator. Entre elas, estão lidar com o mercado financeiro, com a imprensa, ser
responsável pelo discurso oficial da empresa e, principalmente, acomodar o interesse dos acionistas -- ter
o maior lucro possível -- com o dos funcionários -- aumentar seu quinhão nesse lucro. Muitas vezes, uma
briga entre sócios ou um desentendimento entre pais e filhos numa empresa familiar torna a missão de

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Marketing e Mercado

um presidente equivalente à de um chumaço de algodão entre taças de cristal. Horácio deixou a


presidência da Telemar em 2001 após um desencontro entre a visão dele e a dos sócios sobre o futuro da
empresa. "Você está sempre equilibrando suas idéias com as dos outros", diz ele. "Fui político até o
ponto que tinha de ser." Quando os dois lados não abrem mão, é declarada a guerra. Na Disney, há três
anos Michael Eisner, presidente da companhia, vinha brigando com os herdeiros do fundador da empresa,
Walt Disney. Roy Disney, sobrinho de Walt, chegou a usar uma página na internet (savedisney.com)
como tribuna para atacar Eisner. Recentemente, o sucessor apontado por Eisner, Bob Iger, surpreendeu
o mercado ao costurar um acordo com Roy. Seu estilo diplomático, antagônico ao de Eisner, tem
acalmado os ânimos na empresa.

Centenas de livros tentam ensinar como se tornar um profissional hábil politicamente. Boa parte
deles explora o que há de pior no assunto -- O Que Faria Maquiavel e The Way of the Rat (O caminho do
rato) mostram, passo a passo, como virar um canalha do mundo dos negócios. Para quem quer agir
politicamente sem se transformar em rato, os especialistas têm algumas recomendações básicas:

A primeira - e talvez a mais importante -- é admitir que a política existe, que será um fator
fundamental na carreira e que nem toda política é má. "A política é a interação negociada entre as
pessoas", diz Sigal Barsade, pesquisadora da escola de negócios Wharton, uma das mais renomadas do
mundo. "Não precisa ser maquiavélica ou sinistra." Feita essa constatação, o próximo passo é:

Segundo - definir para onde se quer ir. "Procure descobrir quem são os personagens
importantes nesse caminho e qual é sua imagem", diz a professora Betania Tanure, da Dom Cabral. Em
resumo, trata-se de conhecer sua fama: de preguiçoso, de técnico inveterado, de arrogante. Se a fama
for injusta, o único remédio é trabalhar para mudar essa percepção. Se for justa, o problema é um pouco
maior.

Outra atitude recomendada é sair da postura extremamente introspectiva, típica dos tatus, e
passar a divulgar seus feitos. Nesse caminho, o risco é parecer ridículo. Assim como é perigoso inventar
um candidato apenas com base em cálculos eleitorais, não dá para sair batendo bumbo pelos corredores
nem apostar tudo no marketing pessoal, muito menos investir forças para cavar aquela notinha no jornal
da empresa. Não adianta fingir ser outra pessoa. "Em vez de dizer 'olhe como eu sou bom', diga 'olhe
como esse projeto que desenvolvi pode te ajudar'", afirma o especialista Rick Brandon. Há também o
risco de ser visto como político, mesmo que sua atuação seja ética e boa para a empresa. EXAME falou
com uma dezena de altos executivos, no caso de alguns deles sob a condição de anonimato. Outros
preferiram -- talvez para não parecer políticos demais -- não falar sobre o assunto a EXAME: caso de
José Carlos Grubisich, da Braskem, e de Alain Belda, da Alcoa. "Um bom político sabe aparecer e,
também, sabe a hora de sair de campo", diz o headhunter Dárcio Crespi, da Heidrick & Struggles.

Terceiro - finalmente, é importante não atribuir à política poderes que ela não tem. Não se
trata do único requisito para o sucesso. No debate de idéias sobre o futuro da empresa -- algo subjetivo
--, sempre vence o melhor político. Mas é só quando esse futuro chega que se sabe se a aposta estava
certa. Muitas vezes, quando alguém hábil diplomaticamente alcança o topo, descobre-se sua falta de
competência. E aí o erro pode se revelar trágico. Nessa hora, sem conhecer o mercado ou medir as
conseqüências de suas decisões, o presidente mais político pode naufragar. Quando a americana Carly
Fiorina enfrentou o conselho de administração da Hewlett-Packard para aprovar a compra da Compaq,
obteve inegável vitória política. Os fatos, no entanto, só atrapalharam. A aquisição trouxe resultados
decepcionantes, o que levou o conselho a demitir Carly, então uma das mulheres mais poderosas do
mundo. Mas todos perdem quando se deduz daí que a política é monopólio dos incompetentes ou dos
sem-caráter. Como escreveu o filósofo grego Platão: "O preço que os homens de bem pagam pela
indiferença aos assuntos políticos é ser governados pelos maus".

Matéria publicada na Revista Exame – edição 853

Anotações:

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Liderança
“Não se nasce líder, O líder se faz pela experiência, pela ajuda de orientadores e pelas
oportunidades. Boa parte deles (os líderes) possui instrumentos”.(Estes instrumentos
são além da experiência, seu estudo e aprendizado).
(Liderança e Visão, pag. 7)

A liderança é uma das questões mais fundamentais no mundo corporativo. Todas as empresas
buscam líderes eficientes e eficazes a fim de se tornarem mais competitivas. Então vamos entender
melhor o que é liderança.

Há muitas definições e teorias a respeito da liderança, entretanto, basta olhar ao seu redor que
encontrará alguem com características de líder: seja amigo, colega de classe ou de trabalho, no jogo de
futebol, etc. Tente pensar nas qualidades desta pessoa, o que ela faz que a torna diferente e especial,
como faz, como pensa, como age e constatará que de alguma forma as outras pessoas ao seu redor
“seguem” suas idéias, comportamento, etc. Ele tem “autoridade” junto aos outros e ela, normalmente, é
espontânea.

“O homem que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar finalidades específicas é um
líder”.

A liderança está ligada a idéia de se conseguir com que outras pessoas façam aquilo que o líder
deseja e cujo resultado será positivo para ambos os lados. Entretanto, não são em todas as situações em
que alguém pede alguma coisa e outros fazem que existe liderança envolvida. Na realização da liderança
o ato de seguir o líder é manifestado sem que haja o medo da punição ou ameaça.

Um líder, portanto, pode moldar uma performance de excelência nos indivíduos sob sua tutela.
Sua ação educativa e motivacional é decisiva para a auto superação e a confiança de seus liderados em
vencer obstáculos. Esse ambiente interno de auto-estima é que possibilita aos indivíduos correr mais
riscos e desafiar seus limites para obter um desempenho acima da média.

O professor em sala de aula é um bom exemplo para analisarmos quando a liderança está
envolvida ou não. Todos vocês já devem ter tido aula com alguém que não os motivavam a estudar, é
aquele professor que passa a matéria sem se preocupar se os alunos estão aprendendo, que não se
envolve com a turma e que reclama que os alunos não estão interessados. O resultado deste
relacionamento é mediano ou até improdutivo. Há, por outro lado, aquele professor que os alunos
adoram e seriam capazes até de colocar seu nome nos seus filhos. Este professor tem uma “energia
diferente” que faz com que os alunos queiram ouví-lo, que queiram estudar para seguir seu exemplo ou
para não decepcioná-lo. Ele não apenas motiva mas exige e cobra dos alunos o esforço necessário que o
aprendizado exige, mas sabe recompensar a turma com palavras de incentivo e carinho. Esta situação é
positiva tanto para o professor que consegue seu objetivo e também para os alunos que terão muito mais
conhecimento.

A realização da liderança depende dos liderados, de qual a expectativa deles neste processo.
Assim, não se realiza da mesma forma com todos os grupos de pessoas, porque em cada grupo emerge
um líder específico para aquela situação.
Entretanto, mesmo em se tratando do mesmo professor, será que podemos afirmar que este
relacionamento se dá da mesma forma com todas as turmas? Que ele consegue exercer sua liderança de
forma tão positiva em todas as turmas e outros ambientes? A resposta é NÃO!

12 - Porque isso acontece?

Acontece que cada grupo tem uma característica própria e o estilo de liderança deve ser próprio
para cada situação. O capitão do time de futebol é o jogador que normalmente consegue interferir no
comportamento dos outros jogadores do time, ele é o capitão porque tem uma “autoridade” junto aos

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Marketing e Mercado

outros, quando ele fala consegue mudar o comportamento do time para melhor, tornando o resultado
positivo para todos que estão envolvidos com o time.
Mas imagina se este mesmo jogador “capitão” não possa mais jogar bola e tenha que trabalhar
em uma empresa que produza computadores, será que ele conseguirá exercer a mesma influência
positiva que exercia no time de futebol? Provavelmente não no primeiro momento mas se ele desejar
poderá tornar-se tão eficiente na nova função e dominá-la tão bem a ponto de estar seguro quanto ao
trabalho e assim conquistar também neste ambiente a liderança. Um líder pode até não exercer este
papel em ambientes e funções diferentes mas a essência da liderança ele aprendeu, ele já conseguiu
mudar o comportamento de outros para melhor e isso ele não esquecerá quanto tiver que liderar
novamente.

É por isso que a maioria dos textos trata a liderança como possibilidade de ser aprendida.

13 – Características da liderança

Será que todas as pessoas que lideram equipes, exercem sua liderança da mesma forma ? Ou
será que existem características ou traços que sejam comuns a todos os líderes ?

Essa questão deve ser respondida em duas etapas:

1º) O estilo de liderança não é igual, os líderes não são iguais e o exercício da liderança é
diferente porque o ambiente em que eles trabalham também são(as pessoas são diferentes e só isso já
basta para não ser igual). Então temos o líder motivador, o autoritário, o ético, o que aceita participação
maior dos subordinados, etc.

2º) Podemos até tentar encontrar as características presentes nos líderes, e então nossa vida se
torna muito mais fácil porque é só tentar incorporar essas características no nosso dia-a-dia. Mas não é
tão simples assim, conforme o item anterior, como os líderes atuam em ambientes tão diversos um do
outro as características que a função exige podem ser diferentes. Imagina a grande diferença que existe
entre o líder de uma igreja e o líder de uma empresa que precisa sobreviver no mercado.

Há porém algumas características , não da pessoa mas da função de líder, que podemos
descrever mais facilmente, são as qualidades que chamamos de fatores de sucesso e que iremos abordar
no último tópico deste módulo, são elas:
 Força Motriz - O líder deve ser alguém com energia para motivar seus liderados em todos os
períodos do dia. Alguém que já acorde cansado, e chegue ao final do expediente cochilando na
mesa precisa antes ver o que está acontecendo com seu corpo (ir ao médico, fazer exercícios).
Não estou dizendo que todos os líderes devem ser perfeitos fisicamente, mas deve ter energia
suficiente para exercer sua função.
 Capacidade Técnica - Ter conhecimento de sua atividade.
 Capacidade estratégica – Saber pensar estrategicamente tanto nas atividades diárias como no
planejamento de sua empresa e de sua carreira.
 Capacidade emocional – Ter o equilíbrio necessário para exercer sua função.

Felizmente todas elas são possíveis de serem adquiridas através de leituras, cursos, etc.

Talvez a característica comum a todos os líderes seja sua capacidade de COMUNICAÇÃO, porque
é através dela que os liderados ficam sabendo o que se espera deles. Assim, esta é a primeira habilidade
que temos que desenvolver.

14 - Você é um líder?

 Você consegue ensinar seu colega na sala de aula quando ele não entende a matéria?
 Você se propõe a ensinar às pessoas, atitudes e atividades que elas necessitam para seu
desenvolvimento pessoal e profissional?
 Você exerce seu carisma e estimula as pessoas a progredir?
 Você sabe convencer as pessoas a fazer o que deve ser feito, com boa vontade e alegria?

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Marketing e Mercado

 Você está atento às necessidades individuais dos grupos que freqüenta, seja na empresa, na
família ou na comunidade?

15 - O que fazer para se tornar um Líder!

Observe seu relacionamento com as pessoas ao seu redor. Esteja atento às necessidades e
aspirações individuais e descubra a alegria em perceber o progresso que as pessoas podem obter a partir
de seu estímulo, atenção e estima. Ninguém pode depender de outro para crescer, entretanto um líder
não é uma escora, nem deve tomar o lugar do outro para "fazer acontecer". Na verdade o líder deve
descobrir meios de estimular as pessoas para darem o melhor de si mesmas e espaço para que possam
aprender com os próprios erros, então:

 Esteja sempre aberto a ouvir idéias novas, por mais estranhas que possam parecer à princípio.
Isso sempre pode alimentar sua própria capacidade de ter idéias novas
 Freqüente ambientes diferentes, programe viagens e encontre pessoas, para ampliar sua rede de
contatos e sua visão do mundo
 Tenha sempre papel à mão para anotar idéias e se proponha a ter no mínimo 05 idéias novas por
dia. Isso o obriga a ampliar sua percepção da realidade e aumenta sua criatividade

 Há sempre a dúvida se o líder nasce pronto ou podemos aprender essa habilidade. Talvez seja
um misto das duas coisas. Há, sem dúvida, habilidades inatas de um líder, que se manifestam já
na infância. Entretanto um verdadeiro líder é forjado também pela experiência em desenvolver
pessoas, começando por si mesmo. A grande dica para um melhor desempenho como líder é ser
aprendiz em tempo integral. A Amana Key, uma das instituições mais renomadas do país na
formação de lideranças, tem excelentes programas de desenvolvimento. Informações podem ser
obtidas no site www.amanakey.com.br

Trabalho em equipe (2 pessoas)

Pesquise e escreva sobre:

 Estilos de liderança

 Com base no vídeo do Daniel Godri (Motivando com criatividade) descreva porque ele considera
Jesus Cristo um líder.

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Principais Teorias da Liderança

 Teoria do Grande Homem

 Teoria dos Traços

 Teoria do Comportamento

 Abordagem situacional de Liderança

Principais Teorias da Liderança

As primeiras abordagens da problemática da liderança centraram-se na definição de líder e na


procura das qualidades comuns a todos os líderes. Nesta linha podem ser consideradas duas teorias: a
teoria do Grande Homem e a teoria dos Traços.

15 - Teoria do Grande Homem

Aceita a idéia de líderes natos. Supunha-se que de tempos em tempos apareceriam homens
geniais destinados a exercer profunda influência na sociedade.

16 - Teoria dos Traços

Basicamente semelhante à do Grande Homem, defende que a posse de certos traços de caráter e
de personalidade permitiria a certas pessoas o acesso ao poder. Desta forma julgava-se ser possível
encontrar traços de personalidade universais que os líderes possuíssem que os distinguiam dos não-
líderes. A procura de tais traços ocupou durante bastante tempo os estudiosos e investigadores dos
fenómenos de liderança e apesar das suas pesquisas terem redundado em fracasso, esta posição
encontra-se ainda muito difundida no senso comum. De fato, seria bastante otimista pensar que podiam
existir traços de personalidade consistentes e próprios de todos os líderes, fossem eles líderes dos Anjos
do Inferno, dum coro religioso, dum grupo de escoteiros ou de uma organização terrorista combatente.
Os diversos estudos parecem ter concluído apenas vagamente que certas características como
inteligência, extroversão, segurança e empatia, tendiam a estar relacionadas com o desenvolvimento o e
manutenção de posições de liderança. Mas para além de inconsistentes, os dados não estabelecem uma
distinção clara entre características inatas e adquiridas. Por outro lado, a teoria dos traços sustenta que o
possuidor de determinados traços seria capaz de exercer espontaneamente e imediatamente a liderança,
o que vai de encontro à natureza dinâmica das relações humanas. Essa teoria ignora também os fatores
situacionais e, embora especificasse traços que quase todos os líderes possuíam, a verdade é que temos
que reconhecer que esses mesmos traços são frequentemente possuídos por um grande número de não-
líderes. Entretanto, e embora esta teoria tenda hoje a ser rejeitada, é de algum modo evidente que os

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Marketing e Mercado

atributos pessoais particulares aumentam a probabilidade de que certas pessoas assumam com maior
freqüência papéis de liderança nos vários grupos em que participam.

17 - Teoria do Comportamento

Começando com um grande número de dimensões estudadas, esse número foi reduzido para 2
dimensões independentes a ser consideradas; embora a terminologia possa ser variada, essas dimensões
são normalmente designadas por orientação para a tarefa e orientação para as relações. Em meados
deste século, e após os amplos estudos realizados no âmbito da pesquisa dos comportamentos de
liderança, uma idéia alternativa começou a ganhar forma. A liderança começou a ser vista como a
maneira de proceder derivada da relação existente entre o líder e outras pessoas do grupo. Assim, passa-
se a considerar que não é a posse de certos traços que contribui para o sucesso dos líderes, mas antes a
sua capacidade em adequar os comportamentos às exigências das diversas situações.

Mas na verdade mostrava-se difícil demonstrar a existência de uma relação consistente entre
padrões de liderança e desempenho do grupo. Por outro lado, é fato que a maioria das pessoas
desempenha na sua vida papéis de liderança em situações diferentes. Ganha assim forma a Abordagem
Situacional de liderança.

18 - Abordagem situacional de Liderança

Na sua forma mais simples, a tese situacional defende a idéia de que a situação faz surgir o líder
necessário e conveniente; ou seja, os grupos escolheriam o líder ou líderes adaptados às suas
necessidades. Mas esta posição seria demasiado finalista e restritiva; em vez de pretender que a
liderança seja um ato passivo, a teoria situacional afirma que o líder hábil pode adaptar-se e antecipar-se
às necessidades dos elementos do seu grupo.

"Liderança é a influência interpessoal, exercida na situação e dirigida através do processo de


comunicação humana, com vista à obtenção de um ou diversos objetivos específicos"

Tannenbaum, Weschler e Massarik

Como se vê, a liderança é encarada como um fenômeno social que ocorre exclusivamente em
grupos sociais. É definida como função de 3 elementos:

 o indivíduo (personalidade, caráter, capacidade de realização, etc.)


 o grupo (estrutura das inter-relações individuais no grupo, atitudes, necessidades, etc.)
 a situação (exigências das situações, objetivos, ambiente envolvente do líder e do grupo, etc.)

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Marketing e Mercado

Esta abordagem situacional ou contingencial da liderança, procura assim integrar os elementos


válidos das várias abordagens de um problema que se revelou demasiado complexo para que
possa ser explicado por uma abordagem restrita, qualquer que ela seja.

Extraído do site http://www.terravista.pt/meiapraia/2292/TeoriasLider.htm - em 10/10/03 - 10:30h

Anotações:

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19 - Ninguém nasce líder

Quando se diz “líderes natos” sugere-se que algumas pessoas possuem- por obra da natureza- as
peculiaridades necessárias para uma liderança efetiva. Mas quais são as características de um “líder
nato”? Em que se assemelham, por exemplo, figuras como Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Golda
Meir , John Kennedy, Walt Disney, Margaret Thatcher e Napoleão Bonaparte? Em que elas se
diferenciam?

Perguntas desse tipo desafiaram administradores e pesquisadores por mais de um século. De


fato, a primeira pesquisa sobre liderança buscou isolar as características dos “grandes homens”. Muitos
especialistas imaginavam que as qualidades de liderança eram herdadas, especialmente no caso de
homens da classe mais alta. Atualmente, após milhares de estudos, já se sabe que algumas das
características relacionam-se a fatores físicos; outras, a habilidades; muitas, a personalidade; e há ainda,
as que têm a ver com elementos sociais.

A procura por características de líderes natos efetivos provou-se enganosa. Agora está claro que
a importância das características de um líder específico depende da situação, das pessoas lideradas e de
muitas outras coisas. Virou até moda afirmar que as características nem eram importantes para a
liderança efetiva.

No entanto, alguns padrões realmente emergem das muitas pesquisas. Os norte-americanos


Shelley Kirkpatrick e Edwuin Locke concluíram que um conjunto de seis características “essenciais”
possibilita uma liderança efetiva. Elas fornecem o “tipo certo”:

Força motriz. Esta característica reflete um alto nível de esforço, que inclui o desejo de
realização, ambição, energia, tenacidade e iniciativa.

Motivação para a liderança. Os líderes bem-sucedidos têm um forte desejo de comandar, mais
do que de serem comandados, e desejam assumir responsabilidades.

Honestidade e integridade. Formam a base para um relacionamento de confiança entre o líder


e os seguidores. Não seguimos pessoas em quem não vale a pena confiar.

Autoconfiança. É uma característica critica quando o líder precisa superar reveses, acomodar
interesses competitivos e correr riscos. Se os seguidores percebem falta de confiança, é pouco provável
que adquiram confiança. Lembre-se de que a confiança – e a falta dela – são contagiosas.

Inteligência. Os líderes precisam de inteligência para formular estratégias, resolver problemas e


fazer escolhas difíceis. Além disso, a percepção que os seguidores têm da inteligência do líder aumenta
seu poder.

Conhecimento do negócio. Os líderes capazes conhecem muito bem suas empresas, atividades
e as questões técnicas. Para ter esse tipo de conhecimento é necessário mais que inteligência – é preciso
firmar consigo mesmo um compromisso de estar sempre aprendendo.

É bom saber que essas seis características - ao contrário de traços como cor dos olhos, cor da
pele ou sexo – quase nunca estão presentes quando a pessoa nasce. É possível aperfeiçoá-las:

Força motriz. Faça tudo o que puder para manter sua energia no mais alto grau – durma bem,
tome cuidado com o que ingere, exercite-se e administre seu estresse. Pense grande e estabeleça para si
metas elevadas. Seja perseverante. “Você se torna campeão ao lutar mais um round”, disse o lendário
pugilista norte-americano “Gentleman Jim” Corbett. “Quando as coisas se complicam, você luta mais um
round”.

Motivação para a liderança. Pense em você como líder, mesmo quando não está formalmente
em papéis de liderança. Aproveite as oportunidades de liderar. Seja voluntário para papéis de liderança.
Concentre-se nos benefícios da liderança. Lembre-se das palavras do contador de casos Lewis Grizzard:
“A vida é como um grupo de cachorros que puxam o trenó. Quando não há um cachorro-líder, a
paisagem nunca muda”.

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Marketing e Mercado

Honestidade e integridade. Escolha conscientemente ser honesto e ético. Visualize situações


em que sua honestidade e integridade possam ser postas à prova, e pense em como lidaria com tais
situações. Questione sempre sua própria integridade.

Autoconfiança. O grande campeão de tênia Arthur Ashe certa vez disse: “Um dos segredos do
sucesso é a autoconfiança. E um segredo importante para a autoconfiança é a preparação”.
Simplificando: você fica mais autoconfiante quando se deu um bom motivo para estar confiante.
Desenvolva o pensamento positivo. A vida é uma profecia que se auto-realiza, e se você disser “Não
consigo fazer isso”, não conseguirá. Evite conversas negativas “com seus botões”. Não pense nos piores
resultados possíveis, e não se recrimine mentalmente se algo der errado.

Inteligência. Em vez de desejar ter um QI muito alto, você pode tirar vantagem de sua
inteligência inata. Coloque-se em situações que exijam suas habilidades intelectuais específicas. Gaste
algum tempo para pensar em meio aos problemas. Tente não tomar decisões no calor do momento.
Exercite sua inteligência completa, o que inclui a inteligência emocional.

Conhecimento do negócio. Pense no negócio como uma meta e um desafio. Aproveite as


oportunidades de estudo e treinamento. Crie uma rotatividade de trabalhos no planejamento de sua
carreira. Fique aberto ao aprendizado.

Mas essas características, por si sós, não garantem o sucesso. Ele vai depender de como você se
comporta como líder. E mais: características como força motriz, desejo de liderar, conhecimento
relacionado as tarefas e autoconfiança certamente irão ajudar. Elas servem para capacitar, são os
músculos de sua liderança. Você precisa desenvolvê-las e, depois, usá-las do jeito certo. É necessário
que você saiba “casar” as coisas certas com as habilidades certas.

Extraído do livro “LIDERANÇA E VISÃO” págs 25-28

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Marketing Pessoal

Até o início da década de 90 a economia brasileira era quase que totalmente fechada, o nível de
abertura era muito baixo, com isso os consumidores tinham pouco acesso a produtos importados. Essa
situação fez com que os consumidores brasileiros não tivessem opção de escolha, tinham que comprar
basicamente o que a indústria produzia aqui mesmo, de um simples produto de limpeza até produtos
mais caros como carros, etc.

Quando se vive num ambiente assim, com nível de concorrência baixo, não há o estímulo nem a
necessidade de se produzir produtos de melhor qualidade.

Quando começou a abertura da economia e os consumidores brasileiros tiveram acesso aos


produtos importados de melhor qualidade e preço, então a indústria nacional viu -se obrigada a se
modernizar adotando novas tecnologias de produção e de serviços. O resultado foi uma melhoria no nível
tanto de produtos quanto de serviços, estimulados pela CONCORRÊNCIA e NECESSIDADE dos
consumidores, e também para poder sobreviver neste ambiente. Muitas fecharam as portas (faliram)
porque não conseguiram se ADAPTAR a esta nova realidade. Para as empresas que surgiram já neste
ambiente competitivo ficou muito mais fácil porque sabiam exatamente o que fazer para atender as
NECESSIDADES e ESPECTATIVAS dos consumidores.

Vejam então que:

 Os consumidores tem NECESSIDADE (consumir produtos e serviços), portanto existe uma


DEMANDA.

 Os produtores tem a OFERTA (de produtos e serviços).

 Vai sobreviver no mercado aquele que conseguir enxergar QUAL A NECESSIDADE dos
consumidores e OFERTAR O PRODUTO OU SERVIÇO ADEQUADO. Ou seja aquela que melhor
ADAPTAR-SE ao mercado.

Então, quanto mais empresas houver no mercado mais competitivo ele será, uma vez que mais
empresas vão tentar conquistar o mesmo cliente. É por isso que vemos uma enorme quantidade de
comerciais de lojas de departamento, por ex.: Casas Bahia, Magazine Luiza, Ponto Frio, Lojas Colombo e
tantas outras, cada uma tentando conquistar o consumidor antes das outras. Quanto maior for o nível de
qualidade dos produtos ou serviços, o preço e a eficiência no atendimento, maior será o sucesso das
empresas.

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Marketing e Mercado

Entretanto, somente ter qualidade, preço e bom atendimento não garante o sucesso de uma
empresa. É preciso dizer isso aos clientes (consumidores), é preciso COMUNICAR isso a eles.

20 - Como funciona o Marketing Pessoal ?

O MARKETING PESSOAL funciona de forma semelhante do marketing nas empresas. Existe a


NECESSIDADE de mão-de-obra por parte das empresas e existe a OFERTA por parte dos trabalhadores.

Tal qual o mercado de produtos e serviços, o mercado de trabalho é muito COMPETITIVO e as


empresas que tem NECESSIDADES de bons profissionais vai buscar aqueles melhores preparados, ou
seja, que seu trabalho tenha mais QUALIDADE (competência) que o dos outros. E para ser competente
deve-se estudar, ler, fazer cursos.

Mas não adianta alguém ser COMPETENTE, ser o melhor, se as empresas não souberem onde encontrá-
lo. É preciso se mostrar e é aí que entra o Marketing Pessoal.

Uma vez que você estuda e se prepara para ser um profissional excelente você deve COMUNICAR
isso para as outras pessoas. Não precisa ser necessariamente dizendo isso a elas a todo momento com
palavras, mas principalmente através de sua AÇÃO. Colocar sua competência em prática e fazer a
diferença.

Você deve desenvolver suas habilidades de comunicação também, deve aprender a falar em
público sem ficar exageradamente nervoso, uma vez que as oportunidades podem surgir nos momentos
em que menos se espera. Deve exercitar o conhecimento através da leitura, da escrita, falar
corretamente, isso vai te dar a imagem de alguém culto (mas cuidado para não ser arrogante falando
palavras difíceis só para impressionar).

Um bom produto com uma boa embalagem tem muito mais chances de sucesso. Se você tiver
conhecimento, habilidade e competência e exercitar o marketing pessoal suas chances também
aumentarão.

Então devemos nos perguntar: Como fazer então para ter sucesso neste ambiente
competitivo? A resposta é a mais simples e óbvia possível, ESTUDE, prepare-se para ser o melhor que
você puder ser.

21 - Como fazer nosso marketing pessoal

Na verdade, precisamos compreender que qualquer ação empreendida na sociedade tem caráter público
e afeta a forma como as pessoas nos percebem. Este é o nosso marketing pessoal.

Diferente do que comumente se imagina, marketing pessoal não é divulgar uma melhor imagem
de nós mesmos, mas sim nos tornarmos pessoas melhores. Reconhecermos nossas deficiências e
investirmos fortemente em nossas qualidades.

O primeiro elemento para um diagnóstico efetivo de


nossa imagem é o feedback, ou seja, estar aberto a
OUVIR É O PRIMEIRO PASSO críticas, elogios e sugestões de melhoria. De um
modo geral somos muito refratários a ouvir sobre
atitudes e comportamentos que precisamos alterar.

Vivemos sob a ilusão de que fazemos o máximo


que podemos, e nos magoamos profundamente quando as pessoas apontam deficiências em nosso
desempenho. Precisamos nos livrar dessa ilusão e perceber que as oportunidades estão naquilo que ainda
não fizemos, no que ainda não sabemos, na vida que ainda não vivemos.

"Marketing pessoal não é divulgar uma melhor imagem de nós mesmos,


mas nos tornarmos pessoas melhores."

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Marketing e Mercado

A melhor forma de aumentarmos a percepção sobre nós mesmos é nos tornarmos melhor
comunicadores. E comunicar significa formar uma via de mão dupla onde levamos e recebemos
informação. Construir relações eficazes e de confiança que nos possibilitem aprender sempre, e onde
possamos contribuir com o crescimento do outro.

Uma rede de contatos ampla e variada, onde possamos renovar continuamente nosso contato
com diferentes mundos, nos permitirá uma aprendizagem divertida e estimulante sobre nós mesmos,
abrindo um leque de oportunidades, que poderão ser vitais nas guinadas de carreira que fatalmente
virão.

A comunicação é nosso contato com o mundo exterior. São as pontes que formamos para nos
aproximar das pessoas e gerar relações que reforcem nossa auto estima e nossa confiança em assumir
riscos. Quando nos comunicamos de maneira inadequada, aos invés de construir pontes, construímos
muros, que afastam pessoas e rechaçam oportunidades. O que precisamos compreender é que todo
progresso é coletivo, e portanto aprender a se relacionar cordial e eficazmente com as pessoas aumenta
nosso potencial de sucesso.

"A comunicação pode construir pontes


ou muros, depende de nós."

Está na capacidade de comunicar bem nossas idéias e formar relações positivas, a chave das
oportunidades que construímos à nossa volta. Isso significa que a atuação pública é também um item
que merece nosso empenho.

Muitas pessoas tem verdadeiro pavor de falar em público, assim vão algumas dicas para vencer
essa dificuldade:

 Prepare sempre sua apresentação, o improviso diminui a confiança.


 Procure reconhecer onde estão as suas dificuldades e faça um plano para superá-las, por
exemplo, inscreva-se num curso, leia sobre o assunto, treine com um grupo de amigos, etc.
 Use todas as oportunidades de falar em público, seja voluntário. A melhor forma de vencer uma
dificuldade é enfrentando-a.
 Perceba a melhor maneira de agir para diferentes públicos. Observe a atuação de bons
comunicadores e exercite sua percepção de como eles adaptam o estilo à situação.
 Não tente imitar outras pessoas. Descubra onde estão seus diferenciais e passe a investir em seu
desenvolvimento

22 - Estudo de caso

Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta:


Você tem experiência? A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu
texto está fazendo sucesso, e ele com certeza será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e
acima de tudo por sua alma.

Redação vencedora

Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser
bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.

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Marketing e Mercado

Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei
ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da
escada de bunda.
Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa
pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma
só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque
até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o
sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um "para sempre" pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri
que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú,
chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: "Qual sua
experiência?".
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência. Será que ser plantador de sorrisos" é
uma boa experiência? Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma
pequena coisa para quem formulou esta pergunta:
Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?"

Este texto foi recebido via e-mail, portanto não sabemos se é verídico ou não, entretanto, vale como exemplo de
alguém que fugiu do modelo formal através de sua criatividade.

Trabalho em grupo:

 O que esta redação tem de diferente? O que mais te chamou a atenção nela?

 Se você fosse o responsável pelo setor, você contrataria quem fez esta redação?

 Pesquise na internet sobre a “profecia autorealizadora” e “ experimento de Rosenthal” e qual a


sua diferença para o “pensamento positivo” ?

 O jogador Ronaldinho sempre fez muito bem seu marketing pessoal. Com base no que você já
aprendeu descreva se ele:

 Planejou sua carreira;

 Porque ele alcançou o sucesso tão rapidamente e

 Quais suas principais qualidades.

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Leitura complementar

MARKETING PESSOAL, SUCESSO GLOBAL

Abordar o tema "Marketing Pessoal" após tantos outros autores já tendo escrito sobre ele não é
tarefa simples, exige um algo mais e é exatamente este algo mais a grande chave, ou o ponto central de
quando tratamos deste assunto.
É importante, antes de aprofundarmos sobre o tema central, entendermos o momento pelo qual
passamos, suas transformações e seu legado, para que possamos compreender a importância e
aplicabilidade do Marketing Pessoal.
É fato que grande parte de todo este processo de mudanças e velozes transformações pelo qual todos
estamos vivenciando, é decorrente de dois fatores principais: a globalização e o desenvolvimento
tecnológico. O mundo como o conhecemos hoje faz parte deste processo ou advém dele. Octávio Ianni
afirma que a globalização está presente na realidade e no pensamento, desafiando grande número de
pessoas em todo o mundo. O desenvolvimento da tecnologia acelerou o processo de globalização e vice-
versa, promovendo um ciclo contínuo e irreversível, capaz de alterar culturas, sociedades e o próprio
homem.
A partir destes dois fatores, outros vieram compor o cenário atual:
 busca permanente pela qualidade de produtos, serviços e de vida;
 maior presença da mulher no mercado de trabalho e em outros segmentos da sociedade, até
então predominantemente masculina;
 segmentação do consumo, para atender novos mercados cada vez mais competitivos e
exigentes;
 trabalho em equipe, como propulsor da revolução do comportamento interno nas organizações,
onde faz-se mais com menos gente;
 conceito e prática da melhoria contínua - aplicada a processos e pessoas;
 terceirizações, quarteirizações, downsizing, preocupação com o meio ambiente e a comunidade
etc.

Diante deste cenário e muitas outras transformações ocorridas no meio organizacional e social, surgiu o
Marketing Pessoal, como forma de revalorização das capacidade e competências do homem.
O cineasta americano Woody Allen, afirma que oitenta por cento do êxito consiste em aparecer. Mas
é óbvio que para passarmos do ridículo ao êxito na arte de aparecer, faz-se necessário uma boa dose de
planejamento e estratégia, que são os pilares do Marketing Pessoal, ou seja, como destacar-se em
meio a tantos e atingir o sucesso global. Para isto destaco algumas delas a seguir, lembrando que em
todo processo de desenvolvimento pessoal é importante preservarmos nossas características, evitando a
busca de ser aquilo que não somos.
 O primeiro passo é construir uma auto-imagem positiva e otimista. As pessoas esquivam-se
daqueles que estão sempre mal humorados ou torcendo para tudo dar errado.
 Como nos ensina as sucedidas estratégias do marketing tradicional, todo produto necessita de
uma boa embalagem. Portanto, cuide da sua comunicação e apresentação pessoal, pois são o seu
cartão de visitas.
 Demonstre iniciativa, persistência e motivação em tudo que faz. Certamente isto trará a atenção
das pessoas, identificando-o como alguém interessante e interessado.
 Fique atendo ao Feedback. Saber o que as pessoas pensam a seu respeito pode ajudar a mudar
pequenos hábitos e costumes, se necessário.

Muitas vezes pela pressão do dia-a-dia, esquecemo-nos das pessoas consideradas "sem importância",
como o porteiro, a faxineira, o guarda, o manobrista, o atendente etc. Porém, imagine o mundo sem o
trabalho e a dedicação destas pessoas? Muitas vezes, um simples "bom dia" é o suficiente para tocarmos
o coração das pessoas e cativá-las para sempre.

Lembre-se: todos são importantes e assim devemos nos sentir!

Outra estratégia interessante para o aprimoramento diário é utilizar a técnica do benchmark.


Normalmente utilizado pelas empresas, podemos adaptá-la, fazendo o benchmark de pessoas que
admiramos, ou seja, aprender com elas como desenvolver as características que as tornam tão especiais.
Seja justo e pontual com seus compromissos. Atenda as pessoas rapidamente, se não for possível
pessoalmente, escreva, telefone, mas responda as chamadas depressa!

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Marketing e Mercado

Saiba atender um pedido, auxilie, preste ajuda. Muitas vezes uma ajuda desinteressada pode
transformar-se em uma grande amizade ou a conquista da admiração pelas demais pessoas.
Tenha prazer no que faz e faça com prazer, pois se você não fizer por você, quem o fará?

Tente sinceramente não dizer nada negativo ou de julgamento sobre outra pessoa durante
todo um dia.

Se você conseguir, tente outro dia. A disciplina verbal pode se tornar um hábito e vale a pena.
Venda corretamente sua imagem: ser competente e parecer competente.

Com todas estas estratégias em mãos, utilize o bom senso para distinguir aquilo que é possível fazer,
aquilo que não irá comprometer sua essência. Sem dúvida, o Marketing Pessoal é uma técnica eficaz para
o sucesso global, mas se utilizada de forma correta e bem intencionada, valorizando as pessoas no
cominho para o sucesso pessoal e profissional.

Para finalizar, vale refletir sobre o que o jornalista Whit Hoss escreveu:

"sucesso é acordar de manhã - não importa quem você seja, onde você esteja, se é velho ou se é jovem
- e sair da cama porque existem coisas importantes que você adora fazer, nas quais você acredita, e em
que você é bom. Algo que é maior que você, que você quase não agüenta esperar para fazer hoje."

Rogerio Martins é Psicólogo, Consultor para o Desenvolvimento Pessoal e Organizacional e Diretor da Persona
Consultoria & Eventos.
Extraído do site: http://www.guiarh.com.br/prh4.html – em 18/10/2005 as 18h

Planejamento

Como podemos observar no texto acima, para ter sucesso em suas vidas é fundamental que se
faça planejamento. Como vimos anteriormente, o planejamento é feito seguindo uma ordem:

1º - Estabelecer os objetivos – Qual é o meu objetivo

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2º - Quais as estratégias, ou o que fazer para atingir meu objetivo

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3º - Analisar a viabilidade e os recursos que serão empregados e colocar os planos em ação

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23 - O Marketing Pessoal na sua Trajetória Profissional

O grande desafio do Marketing é criar marcas fortes que vão ao encontro das necessidades e
desejos dos consumidores e, por essa via, possam aspirar uma vida longa. Se assim acontece com os
produtos e os serviços, da mesma forma acontece com as pessoas.
O Marketing Pessoal tornou-se uma ferramenta estratégica essencial no processo de se conduzir com
sucesso uma marca pessoal no mundo atual em que vivemos. Na dose certa e de forma planejada, é
possível criar e desenvolver uma imagem coerente e consistente, envolta em associações psicológicas
positivas que dêem visibilidade necessária para que uma pessoa se transforme em uma referência no seu
ambiente vivencial e possa fazer parte dos projetos de vida das outras pessoas.

Irving Rein em seu livro Marketing de Alta Visibilidade, postula que, para entender o Marketing Pessoal e
o processo de estar em evidência, explica porque algumas pessoas ganham fama, atingindo o topo do
sucesso, enquanto outras permanecem obscuras mesmo tendo capacidade para realizar um excelente
trabalho. Visibilidade é o que todo executivo em início de carreira quer e o que todo profissional incógnito
almeja.
O mundo dos negócios, da política ao entretenimento, tem despertado para a importância de se criar e
desenvolver uma marca única, de tal forma que essa marca seja uma referência no mercado e possa,
com isso, ser a mais lembrada, a mais procurada, a mais bem-remunerada, a mais desejada, a mais
querida.
Uma pessoa que possua talento e competência suficiente para exercer a sua atividade, desde que
pratique e aperfeiçoe constantemente o seu Marketing Pessoal, pode chegar ao topo, elevando o seu
nível de notoriedade e imagem e ser recompensado por isso. Essa é uma tarefa que exige paciência,
disciplina, perseverança, uma elevada auto-estima, determinação e um conjunto de crenças e valores
que irão nortear suas atitudes e comportamentos de forma a fazer uso correto das habilidades inatas e
das habilidades a serem criadas e aperfeiçoadas.

Para muitos, a busca pela visibilidade não é deliberada, mas acidental ou resultado de algum
extraordinário talento. Praticar o Marketing Pessoal no dia-a-dia não deve ser um esforço fingido, mas
algo que flui espontaneamente, é o “eu interior” em harmonia com o “eu exterior”.
Na visão de Rein, os mundos dos negócios e das celebridades estão interligados. Canais de informação e
entretenimento agora podem transmitir imagens numa velocidade e capacidade nunca antes atingidas ou
entendidas, resultando em oportunidades para pretendentes que querem usar seu nome como uma
marca ou como uma ferramenta de marketing. Querer cortejar a popularidade e o querer fazer o seu
próprio Marketing Pessoal são reflexos das pressões de um mercado saturado e com muitas semelhanças
entre si.

O Marketing Tradicional está mudando com a ascensão da internet e de outros meios de ação. Isso tem
feito com que advogados, médicos e varejistas alcancem locais de atuação que anteriormente eram
muito caros ou simplesmente inacessíveis. Por causa da “desmassificação” da mídia, como descrito por
Alvin Toffler, hoje é muito mais fácil ter acesso a uma audiência global. As oportunidades advindas nestas
áreas, quando bem aproveitadas, podem fazer a diferença em qualquer mercado competitivo deste
século. É preciso que cada um conquiste o seu território, defendendo-o com ética, ousadia e paixão.

Para ser eficaz no marketing pessoal, o conhecimento da dimensão humana e seu aprimoramento
pessoal, são fundamentais, porque acima de tudo, o marketing pessoal é um processo de
desenvolvimento pessoal e o sucesso é apenas conseqüência de se procurar sair do primário da vida.
Para realizar um Marketing Pessoal gratificante em todos os sentidos da vida, é necessário saber utilizar,
de forma coerente e consistente, as novas tecnologias, a mídia e o marketing como ferramentas
estratégicas, valorizando a imagem que se pretende transmitir.
É preciso ter criatividade e uma certa dose de coragem para criar motivos para interagir com as pessoas
e aparecer. Cada área de atividade pode permitir uma série de ações planejadas que, na sua essência,
criarão uma rede de relacionamentos. E é nessa interatividade que se desenvolve e se constrói o valor
para a marca pessoa.
Criar fatos que virem notícias e divulgá-las. Estar sempre presente, visível e acessível e “antenado” com
o mundo, com as pessoas, sem esquecer-se de que tudo deve ser feito com moderação e bom-senso, os
exageros no mundo da fama cansam muito rapidamente, o ganho está na sinergia e consistência das
ações.
Para Leo Burnet, “se você não for percebido, você não está com nada. Você tem que ser percebido. Mas
tem que ser percebido naturalmente, sem gritar e sem truques”.

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Marketing e Mercado

No mundo competitivo em que se vive, é grande a importância de um diferencial na atuação dos


profissionais. A trajetória pessoal e profissional sempre foi e continuará sendo, um patrimônio individual
a ser administrado com rigor e competência.
O profissional deve construir uma marca pessoal no universo onde atua, sendo essa a sua principal
ferramenta para se posicionar diante dos desafios. A inércia, nos dias de hoje, custa muito caro, em
termos de carreira profissional e pode afetar inclusive as atividades do seu dia-a-dia.
Sob o prisma de que o sucesso do marketing pessoal está em fazer com que as pessoas escolham outras
pessoas para fazerem parte da vida delas, deve-se ter em conta a criação e o desenvolvimento da
notoriedade e da imagem no processo de desenvolvimento do ciclo de vida da pessoa marca. Sendo
notoriedade, o grau de conhecimento que as pessoas possuem a respeito de outras com detalhe
suficiente para identificá-las numa categoria e/ou coletividade. Imagem é uma apreciação de valor
construída através de idéias, convicções e sensações resultantes da comunicação dos atributos do
pretendente a criar o seu diferencial e a buscar a sua visibilidade.
O Marketing Pessoal pode ser definido como um conjunto de ações estratégicas, atitudes e
comportamentos que conduzem a trajetória pessoal e profissional para um feliz sucesso por meio de
qualidades e habilidades inatas ou adquiridas do indivíduo que, aperfeiçoadas, promoverão
comportamentos favoráveis à realização dos seus próprios objetivos.

Eliane DOIN
Diretora da Fictus Consultoria e Treinamento , Profa. Universitária na UFPR e FGV em Comunicação Integrada de
Marketing e Palestrante na área do Marketing e do Marketing Pessoal.
Texto extraído do site: http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos

Como você está em relação ao seu marketing pessoal?

 Estabeleça três características pelas quais você é conhecido


 Para um período de um ano, planeje mais duas características a acrescentar à sua imagem
pública
 Estabeleça três itens chave, e que representem desafios em seu plano de vida
 Ordene, pelo grau de importância, três itens de novos aprendizados que você assimilou nos
últimos 60 dias
 Faça uma avaliação de sua capacidade de comunicação

 Organize um plano detalhado para aperfeiçoar-se como comunicador

24 - O que fazer para melhorar seu Marketing Pessoal:

 Tornar-se um aprendiz em tempo integral, estudando de maneira formal ou informal todos


os dias, pelo menos durante uma hora, focando 80% do tempo no aprimoramento de suas
habilidades naturais

 Abertura a mudança pessoal, através da aceitação e reflexão sobre críticas e uma atitude
consciente para melhorar o desempenho individual

 Aprender coisas novas causa “desconforto”, isso acontece porque tudo o que fazemos bem feito
está dentro de nossa “zona de segurança”, quando saímos dela nos sentimos como se
estivéssemos fora do nosso ambiente natural, mas é aí que aprendemos. Quem passa a vida
dentro da “zona de segurança”, fazendo somente aquilo que consegue, não aprende coisas novas
e não evolui. Vencer esta barreira é o primeiro passo.

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Marketing e Mercado

DICAS

Uma leitura muito recomendada àqueles que desejam aperfeiçoar seu marketing pessoal é o livro
"A Lei do Triunfo", de Napoleon Hill, publicado pela editora José Olímpio. Hill foi um pesquisador
perseverante sobre o comportamento humano. Financiado por Andrew Carnegie, o homem mais rico de
sua época, Napoleon dedicou quinze anos à fazer entrevistas e observar o desempenho das pessoas mais
bem sucedidas do mundo. O acesso a políticos, intelectuais, artistas e esportistas era facilitado pelos
contatos de Carnegie.
Além disso, Hill investigou o comportamento do homem comum, sua prática e suas dificuldades. O
resultado de todo esse trabalho é um verdadeiro tratado sobre o comportamento do sucesso, num livro
curso, formatado em dezesseis lições práticas. A linguagem é um tanto antiquada, porém o conteúdo
vale a pena. Merece inclusive ser adotado como um exercício permanente de desenvolvimento pessoal.

Leitura complementar

25 - Desenvolvendo sua marca pessoal

No supermercado você se defronta com marcas absolutamente confiáveis. Compra-as sem


pestanejar, porque sua mente indica que você terá satisfação, porque ela já registrou que tais marcas
são aconselháveis. O contrário também é verdadeiro: você evita jogar no carrinho determinadas marcas,
porque não as julga boas.

O que é uma marca? Um conjunto de sinais exteriores que identificam um produto ou empresa. Pode-se
aplicar tal conceito ao marketing pessoal? Certamente que sim, feita a restrição de que nenhum
profissional é mercadoria, e que o que está em jogo aqui não é a pessoa, mas os "produtos" e serviços
que oferece. Supondo que um profissional tenha real valor (pois, caso contrário a marca será fajuta), ele
deve estender tal valor a uma marca, para potencializá-lo.

Alguns modos de construir a marca:

· Coerência - Os itens da marca devem combinar entre si. Por exemplo, se alguém busca legitimidade
como um contador com qualificação técnica acima da média, o fato de tocar num grupo de pagode não
vai acrescentar nada (se o profissional gosta de pagode e toca, é melhor não associar isso à sua marca
profissional, mantendo o fato em outra esfera). Já ser campeão de xadrez agrega bastante valor à
marca.

· Constância - Evite ficar mudando. Por exemplo, estilo de roupa que muda muito torna a figura
inconsistente aos olhos dos outros, além de ampliar a possibilidade de se encampar um estilo errado
eventualmente, com prejuízos para a "marca".

· Itens marcantes - É preciso buscar itens destacados, que identifiquem o profissional e o diferencie da
maioria. Por exemplo, o profissional Fulano é uma referência quando se fala em mercado alimentício no
Brasil. Usar itens marcantes errados (por exemplo, uma gravata borboleta) não é uma boa idéia, pois é
vulnerável à crítica e causa antipatia.

· Presença - Os itens marcantes tem de apresentar-se aos olhos dos outros com a maior freqüência
possível. Lógico, de forma legítima. Por exemplo, o profissional que é um grande especialista em
mercado de alimento no Brasil não deve furtar-se a fazer palestras sobre o assunto, para partilhar
conhecimentos.

· Solidez - Por fim, é fundamental notar que marca não surge no vazio. Armani é Armani porque é um
nome reverenciado na moda, não porque fez marketing. Grandes empresas de marcas reconhecidas têm
notoriedade e aceitação porque seus produtos, ao longo do tempo, revelaram-se excelentes.

José Antônio Rosa é professor de pós-graduação em Administração no Instituto Nacional de Pós-Graduação,


jornalista, editor e consultor da Manager Assessoria em Recursos Humanos.
Extraído do site: http://www.manager.com.br/reportagem/reportagem.php – dia 18/10/2005 as 19:40h

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Anotações:

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Fatores de sucesso

 Capacidade técnica

 Capacidade tática (Visão Estratégica)

 Força Motriz

 Equilíbrio emocional

Se olharmos para as pessoas que tiveram sucesso em suas vidas veremos que é muito mais pelo
resultado destes quatro fatores do que pela genialidade de um deles somente. O equilíbrio entre
capacidade técnica, visão estratégica, preparo físico e equilíbrio emocional dará a pessoa a condição de
crescer profissionalmente, tornando-se um líder para os outros e agindo de forma a atingir seus
objetivos.

26 - Capacidade Técnica

1 - Capacidade técnica: O profissional que atua em certa área deve conhecê-la para que possa
executá-la com perfeição. Isso é o que se espera de um profissional, que saiba fazer aquilo que se propôs
a fazer. Muitas pessoas entram no mercado de trabalho em empresas pequenas, que não exigem
experiência, nem muito conhecimento do ramos em que se vai trabalhar. Pode acontecer que, por falta
de um “modelo”, esta pessoa comece a adquirir certos comportamentos em relação ao trabalho que
poderá prejudicá-la a vida toda.

Imagine que você vai trabalhar, em seu primeiro emprego, em uma loja que vende roupas e seu
“modelo” é uma amiga que já trabalha na loja há algum tempo e te indicou para a vaga de final de ano.
Esta sua amiga é uma profissional que conhece a atividade, mas continua estudando para crescer
profissionalmente. Então, sua amiga estudou as características dos tecidos, cores que combinam com a
pele, etc., para atender melhor os clientes e poder orientá-los no momento da compra. Enfim seu
“modelo” se preparou tecnicamente para trabalhar na loja e o resultado apareceu. Ela se tornou a
gerente da loja.

Se você tem alguém assim como “ modelo” fica mais fácil ter uma orientação positiva em relação
a sua carreira profissional, mas se você não tem, e é o caso da maioria, é importante não se esquecer
dos objetivos traçados.

O conhecimento técnico se adquire ao longo da vida através de cursos, estudos auto-didáticos,


leituras, etc. A capacidade técnica, assim como o conhecimento, é o resultado de muito esforço e
investimento de tempo e, às vezes, dinheiro.

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Marketing e Mercado

27 - Capacidade Tática

2 - Visão estratégica: Não importa o quanto se fantasie o futuro, ele será a expressão exata de
nossas ações no presente. Como vimos na aula sobre Planejamento, o exercício de Visão Estratégica,
nada mais é do que projetar no tempo os resultados que almejamos e agir no presente para
atingir esses resultados.

É simples, mas está longe de ser fácil. Na verdade o primeiro e decisivo passo é:

2.1) Estabelecer os objetivos. Aí começa nossa complicação. A maioria das pessoas sonha com
o futuro, mas não sabe planejá-lo. Sonhar é uma parte essencial na construção de nossos resultados,
mas não é suficiente para permitir a superação de obstáculos que geralmente nos fazem adiar ou desistir
dos sonhos.

 A eleição de objetivos implica em saber tomar decisões, lidar com prioridades, saber dizer não ao
que é urgente, porém irrelevante.

 A visão é saber o que se deseja,

 a estratégia é colocar isso no dia a dia, na agenda de trabalho.

Quem desenvolve uma visão estratégica cria uma rotina que permite viver tudo o que se
pretende no futuro, só que antes. Não tem a ver com decisões futuras, mas com impactos futuros de
nossas decisões no presente. Assim como o presente é uma conseqüência direta de nossas ações no
passado.

2.2) A segunda questão importante para se desenvolver a visão estratégica é antecipar


tendências, verificar como o mundo vai progredir, perceber oportunidades, descobrir nichos, ver o
antigo de um jeito novo.

Não há como ter certeza se vai ter sucesso ou não, entretanto, se você agir e começar e
aprender com seus erros, terá grandes chances de atingir o resultado que você planejou. Podemos “ler”
os sinais que são emitidos pelo mercado, pelo governo, etc., que são as tendências. Por exemplo a
valorização de determinada profississão, o consumo de determinado produto, e por isso deve-se estar
atento por exemplo a escolha do curso na faculdade ou a abertura de uma empresa, pois, embora não há
como ter certeza do sucesso, aquele que for capaz de “ler” estes sinais terá mais chance de alcançar o
sucesso.

2.3) Tentar enxergar quais são as causas reais para os problemas que estamos vivendo.
é o terceiro e mais complexo passo da visão estratégica. Pensar no todo e não em partes isoladas e
separadas é uma capacidade que pouco desenvolvemos. De um modo geral encontramos justificativas
rápidas e simplistas para as dificuldades de nossa existência. A maior parte dessas desculpas são auto
indulgentes e colocam a responsabilidade nos outros (governo, pais, amigos, empresários, etc.), mas
distantes do verdadeiro foco de nossa vida: nós mesmos. A visão sistêmica exige auto crítica, que
estejamos inseridos dentro do sistema de nossa vida e que sejamos responsáveis por ele. Nesse contexto
não serve termos justificativas, mas entendermos a verdadeira causa das dificuldades (normalmente nós
próprios) e agirmos de maneira eficaz para transformar resultados.

2.4) Por fim, aplicar disciplina na elaboração de nossas atividades para realizarmos
objetivos de médio e longo prazo. E a disciplina é diferente de ter uma metodologia rígida de ação, ou
uma rotina imune à mudanças, muito pelo contrário. De fato disciplina é alterar nosso
comportamento, rever nossos hábitos, modificar nossos métodos tantas vezes quantas forem
necessárias para o atingimento de nossos objetivos.

Neste caminho encontra-se aqueles que estarão satisfeitos com o resultado alcançado, por mais
que não seja o que se esperava, e esses são a maioria. Há porém os determinados, aqueles para quem
não existe outro resultado senão o que foi plajenado. A satisfação deste grupo é escolher seu caminho,

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Marketing e Mercado

conquistar seu espaço, formar as opiniões. Neste grupo estão as pérolas, os brilhantes, as jóias, por isso
são raros.

Disciplina é perseverar até a conquista de nossas metas. Se isso exigir mudanças profundas em nossos
hábitos e práticas, que assim seja. O importante é estar ligado a princípios éticos fundamentais, que
possam nortear nossa prática de vida, ser um farol claro que ilumine nossa caminhada. O caminho será
construído sob essa luz, mas sem deixar nunca de enxergar o objetivo como destino a ser alcançado.

28 – Força Motriz

3 – Força Motriz: O profissional deve motivar sua equipe e para isso deve ser uma pessoa
motivada, com vontade de crescer profissionalmente, de liderar sua equipe, de fazer o trabalho da
melhor forma possível. Para isso, é necessário também estar fisicamente preparado para o caminho que
escolher. A resistência para trabalhar o dia todo com a mesma disposição é fator fundamental no
trabalho. Veja os profissionais que atendem em lojas, por exemplo, ou então médicos, cirurgiões, etc., é
necessário ter resistência para atender ao último cliente com a mesma qualidade com que se atendeu o
primeiro, afinal para a empresa não há diferença alguma. Mas para isso é necessário que se tenha
resistência física pois somente com boa vontade não se consegue.

29 – Equilíbrio Emocional

4 – Equilíbrio emocional: na medida em que crescemos vamos amadurecendo


emocionalmente. Quando criança o que rege é o princípio do prazer portanto quando se nega algo ela irá
chorar, gritar para no momento seguinte em que sua vontade for satisfeita estar sorrindo e brincando
como se nada tivesse acontecido. Vem então a adolescência, a juventude e vamos adquirindo cada vez
mais controle sobre nossas emoções. Muda também o princípio que rege nossas ações que passa do
prazer para o princípio da responsabilidade. Vemos aqui uma situação com a qual todos devem ter tido
contato que é presenciar cenas de falta de equilíbrio emocional, pessoas que reagem
desproporcionalmente diante das situações, brigam a todo momento, choram sem motivo ou por motivos
banais ou então vivem sorrindo como se a vida fosse uma eterna brincadeira.

Espera-se que alguém que vai trabalhar em uma empresa, seja na produção ou que tenha
contato com clientes, reaja de forma normal as situações, porque irá se deparar com momentos de
cordialidade mas também de conflito e é preciso ser profissional nestes momentos, a fim de não
prejudicar a si próprio nem a empresa.

Agir de forma equilibrada, coerente pode favorecer muito a carreira profissional. Neste ambiente
competitivo em que as empresas selecionam os melhores profissionais ou até mesmo quando se é
estagiário o emocional frequentemente é o fator determinante no avanço da carreira.

Como você está em relação aos fatores de sucesso ?

 Estou fazendo cursos e me preparando tecnicamente para minha carreira profissional?


 Levo a sério meus estudos (leio e reviso as matérias diariamente?)
 Como vou estar no futuro (profissional e financeiro)?
 Meu objetivo futuro consegue fazer com que me esforce mais no presente (estudando,
trabalhando, adquirindo outros conhecimentos)?
 Consigo identificar meus pontos fortes e os pontos fracos ?
 Estou consciente de que se que ter sucesso vou ter que me esforçar mais do que os outros?

 Consigo ver que estudar é trabalho e devo levar a sério?

 Já deixei de assistir aula ou faltei ao trabalho por preguiça, pela praia, pelo shopping center, pelo
cinema, etc.?

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Marketing e Mercado

30 - O que fazer para melhorar seus “fatores de sucesso”

 Estudar experiências de personalidades, através da leitura de biografias e da pesquisa de


artigos e reportagens
 Alimentar a criatividade, através da implantação de um sistema permanente de aprendizagem,
que pode ser voltar aos bancos escolares, estudar um novo idioma, se dedicar à pesquisa de um
tema de interesse ou qualquer método diário de estudo
 Obter informações, através de uma rede de contatos heterogênea formada por pessoas
inteligentes e interessantes, que atuem em diferentes áreas (das artes à ciência), e da leitura
atenta das notícias
 Criar oportunidades, através da participação em grupos associativos, em sistemas
voluntariados, assumir compromissos além de sua atribuição, correr riscos, empreender em
idéias novas
 Esteja sempre aberto a ouvir idéias novas, por mais estranhas que possam parecer à
princípio. Isso sempre pode alimentar sua própria capacidade de ter idéias novas
 Freqüente ambientes diferentes, programe viagens e encontre pessoas, para ampliar sua
rede de contatos e sua visão do mundo
 Tenha sempre papel à mão para anotar idéias e se proponha a ter no mínimo 05 idéias novas
por dia. Isso o obriga a ampliar sua percepção da realidade e aumenta sua criatividade
 Exercite sua liderança dentro e fora da organização, habitue-se a assumir compromisso com o
desenvolvimento das pessoas. Essa é a melhor maneira de desenvolver a si mesmo

31 - Onde está à inteligência emocional dos profissionais de hoje?

Nos últimos anos falamos muito de inteligência emocional no trabalho, no entanto a maior parte dos
profissionais não traz, realmente, esse conceito para sua vida prática
Por Stefi Maerker

De todas as formas de manifestação de estresse, gerado pelo difícil momento econômico em que
estamos vivendo, acredito que a forma mais comum seja o desequilíbrio emocional. O limiar de
frustração das pessoas já está quase no limite, o que as faz perder o controle de suas emoções com
acontecimentos pequenos, que muitas vezes acabam atuando apenas como uma gota d’agua?. Isso tem
ocorrido em vários ambientes e setores, deixando de ser um acontecimento específico para tornar-se um
fator preocupante.

Fala-se tanto de inteligência emocional no trabalho, no entanto acredito que a maior parte dos
profissionais não traz, realmente, esse conceito para sua vida prática. Talvez isso ocorra porque
entendem que o controle das emoções deve ser aplicado apenas por quem trabalha com gestão de
pessoas ou simplesmente pela falta de consciência da grande relevância que essas duas pequenas
palavras podem ter na carreira profissional da grande população.

Outro dia estava num consultório médico quando um paciente literalmente deu um chilique
porque chegou antes e a médica não podia atendê-lo imediatamente. Uma profissional deu escândalos
quando não encontrou alguém à sua disposição para acertar detalhes contábeis com ela no tempo que
dispunha naquele dia, outra deixou um curso alterada porque não concordava com a opinião dos demais
num dos assuntos discutidos. Uma empresa comentou comigo que tem hoje 20 pessoas afastadas por
depressão, num quadro de 120 funcionários.

Você deve estar se perguntando: O que está acontecendo para que as pessoas percam o
controle?

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Marketing e Mercado

Trabalhamos em equipe dentro e fora da empresa. Numa época em que as palavras de maior
validade são networking e parceria, pessoas e profissionais esquecem-se de avaliar as conseqüências de
seus atos e de visualizar suas situações dentro de um contexto maior. Se o fizessem, teriam acesso a
uma série de outras opções e decisões que poderiam ter sido tomadas no lugar daquela explosão
impetuosa e impensada.

É preciso que haja um mínimo de equilíbrio emocional para continuar a vida em sociedade, um
trabalho com bons resultados, parcerias de sucesso, evitando assim, desgastes e rupturas. O sucesso
depende de um conjunto de habilidades, entre elas a de equilíbrio emocional e de relacionamentos. É a
somatória dessas competências que importa. De que adianta um excelente executivo, com faculdade de
primeira linha, domínio de três idiomas, MBA e exposição internacional se o (a) profissional não tem
equilíbrio emocional para conduzir negociações, agüentar e superar frustrações, vencer obstáculos e
crises e ainda motivar sua equipe?

Cursos, livros, eventos, gurus ajudam, mas não fazem milagres. É preciso que cada um repense
sua atitude e se reposicione frente ao mercado para não perder de vista seu foco. Hoje, o mundo gira em
termos de resultados, não podemos mais nos dar o luxo de tomar atitudes impensadas sem balancear
suas conseqüências. A falta de equilíbrio entre as diversas competências individuais pode atrapalhar o
desenvolvimento dos projetos de sua empresa e comprometer resultados.

Stephen R. Covey, em seu livro ? Os 7 Hábitos das Pessoas Muito Eficazes?, diz que há um
espaço entre o que acontece com você e sua reação ao que acontece com você. Nesse espaço está sua
capacidade em escolher as melhores respostas e definir seu destino.
No mundo de hoje a mudança é nossa única certeza, os prazos são menores e as pressões ainda
maiores. Não conseguimos escolher as coisas que nos acontecem, algumas boas, outra más, porém
todos nós podemos escolher nossa resposta às coisas que nos acontecem. Você é fruto de suas ações,
por isso sugiro alguns comportamentos que podem fazer a diferença para equilibrar suas emoções:

1- Experimente parar tudo o que está fazendo agora


2- Fuja da tentação de querer todo mundo concordando com você
3- Pare de reclamar dos seus prazos finais
4- Não se irrite com a burocracia
5- Elimine o hábito de fazer promessas que não vai cumprir
6- Não deixe as pessoas esperando
7- Pare de querer estar na praia, no cinema, com a cabeça em outro projeto
8- Tire suas folgas

Lembre-se que as pessoas se esquecerão do que você disse... As pessoas se esquecerão do que você
fez... Mas as pessoas nunca se esquecerão de como você as fez sentir.

Stefi Maerker é diretora da SEC Secretary Search & Training e autora dos livros Mulheres de Sucesso - Os segredos
das mulheres que fizeram história  e Secretária - Uma parceria de sucesso - www.secconsultoria.com.br

Artigo extraído do site


http://www.shinyashiki.com.br/roberto/web/destaque_detalhe.jsp?CId=234 – em 19/09/2005 as 11:20h

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Anotações:

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Glossário

Autoridade – Recurso organizacional que dá aos gerentes a capacidade ou poder de tomar decisões
sobre a definição de objetivos e o uso de recursos.

Benchmarking – Técnica por meio da qual a organização compara seu desempenho com o de outra.

Efeito pigmalião – Transformação ou evolução que se opera em uma pessoa, porque outra a tratou de
forma a evidenciar sua crença em que tal transformação era possível.

Eficácia – É fazer o que é preciso ser feito

Eficiência – É fazer certo o que está sendo feito. Refere-se a utilização ideal de recursos para atingir o
melhor resultado.

Liderança situacional – Princípio de que a capacidade de liderar depende de variáveis como maturidade
da equipe, complexidade da tarefa e cultura da organização.

Meta – Objetivo quantificado, que define prazos, volumes, valores e responsabilidades.

Objetivo – Resultado desejado; alvo ou situação que se pretende atingir.

Planejamento estratégico – Processo de definir a relação desejada da organização com seu ambiente;
processo de definir objetivos.

Profecia auto-realizadora – Processo psicológico e social em que certos eventos possíveis acontecem
porque as pessoas acreditam que eles estejam para acontecer e agem de acordo com esta crença.

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Marketing e Mercado

Bibliografia

Maximiano, Antonio Cesar Amaru – Introdução a administração- 5ª ed. - São Paulo : Atlas – 2000.

Oliveira, Djalma de Pinho Rebouças de – Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas –


12. ed. – São Paulo : Atlas, 1998.

Garcia, Luiz Fernando – Pessoas de resultado: o perfil de quem se destaca sempre – São Paulo : Ed.
Gente, 2003.

Ribeiro, Lair – O sucesso não ocorre por acaso – Belo Horizonte: ed. Leitura, 2002.

Kiyosaki, R. T. ; Lechter S. L. – Pai Rico, Pai Pobre – ed. Campus, 2002

Aldag, Ramon J. ; Joseph, Buck – Liderança e Visão – 25 princípios para promover a motivação – Ed.
Publifolha.

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