Você está na página 1de 170

PETIÇÃO INICIAL E DOCUMENTOS ANEXOS.

Processo: 0806836-28.2022.4.05.8400
Assinado eletronicamente por:
FELIPE VIEIRA DE MEDEIROS SILVANO - Advogado 22081619082018400000011792026
Data e hora da assinatura: 16/08/2022 19:18:54
Identificador: 4058400.11757582
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDE-
RAL DE UMA DAS VARAS FEDERAIS DA SUBSEÇÃO JUDICI-
ÁRIA DE NATAL - RN, A QUEM ESTE COUBER POR DISTRI-
BUIÇÃO LEGAL

TUTELA DE EVIDÊNCIA
“Art. 226. A família, base da sociedade, tem
especial proteção do Estado.” (Constituição
Federal de 1988)

ELZENI ALVES MOREIRA, brasileira, casada, servidora pú-


blica federal, portadora do RG nº 7.611.502 – SSP/SC, inscrita no CPF/MF sob o
nº 878.379.944-34, com domicílio na Av. Maria Lacerda Montenegro, nº 2595, CS-
4, Residencial Miami Beach II, Nova Parnamirim, Parnamirim-RN, CEP nº 59152-
903, vem, mui respeitosamente perante Vossa Excelência, por meio dos seus ad-
vogados devidamente habilitados por intermédio da procuração anexa, com e-
mail ddvadvogados@gmail.com e endereço profissional descrito no rodapé, onde
receberá as respectivas intimações, para propor a presente

AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA DE EVIDÊNCIA

em desfavor da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC,


autarquia federal, inscrita no CNPJ sob o nº 83.899.526/0001-82, com endereço no
Campus Reitor João David Ferreira, R. Eng. Agronômico Andrei Cristian Fer-
reira, s/n- Bairro Trindade, Florianópolis/SC, CEP nº 88040-900; bem como, da
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN, autar-
quia federal, inscrita no CNPJ sob o nº 24.365.710/0001-83, com endereço à Av.
Senador Salgado Filho, nº 3000, Lagoa Nova, Natal/RN, CEP: 59.078-970, pelas
razões de fato e embasa-mentos de direito adiante expendidos.

SÍNTESE DA DEMANDA

____________________________________________________________________________________________________
Rua Militão Chaves, nº 1822, BDL Escritórios - sala 03, Candelária, CEP 59064-440, Natal/RN
Contato: (84) 99667-7862 / E-mails: ddvadvogados@gmail.com
lcdantas01@gmail.com felipevieirams@gmail.com luizpaulodiniz@yahoo.com.br
• A AUTORA, servidor público federal, encontra-se atualmente em gozo de
licença com exercício provisório na UFRN para acompanhamento de seu
esposo, também servidor público federal, removido no interesse da
Administração para Natal-RN. No entanto, ao buscar a sua remoção definitiva,
a Autora foi informada pelas Rés que só poderia requerer redistribuição,
prevista no art. 37, da Lei nº 8.112/90, a qual depende da disponibilidade de
vaga compatível com o seu cargo na unidade de destino e da vontade
administrativa das entidades envolvidas;

• As nuances do caso serão detalhadamente expostas nas linhas seguintes, de-


monstrando a completa ilegalidade e arbitrariedade perpetrada pelas rés no
sentido de cercear o direito à remoção a pedido para acompanhamento de côn-
juge, independentemente de interesse da Administração, prevista no art. 36, pa-
rágrafo único, III, “a” ou “b”, da Lei nº 8.112/90;

• Em razão dessas circunstâncias, mostra-se imperioso o provimento satisfativo


de evidência, voltado a determinar a remoção imediata da Autora para os qua-
dros da UFRN, com vistas a regularizar a sua situação precária decorrente da
licença com exercício provisório.

1. DO CONTEXTO FÁTICO.

01. A Promovente é servidora pública federal, ocupante do cargo de


provimento efetivo de Técnica-Administrativa Educacional – Administradora,
matrícula 1024947, vinculada à primeira Promovida, UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DE SANTA CATARINA - UFSC, e, desde maio de 2019, em gozo de licença
para acompanhamento de cônjuge com exercício provisório na UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN.

02. Cumpre destacar que, no dia 05.10.2018, o esposo da Autora, Flá-


vio Eduardo Batista Moreira, também servidor público federal, foi removido,
provisoriamente, por interesse da administração pública, do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes-DNIT sediado na cidade de Flori-
anópolis/SC para assumir um cargo de chefia no DNIT na cidade de Na-
tal/RN (ato administrativo anexo – publicado no DOU – 05.10.2018).

03. Em razão desse deslocamento do seu esposo, até então provisório,


e de modo a preservar a sua unidade familiar, a Promovente requereu junto à
primeira Demandada, UFSC, a licença para acompanhamento de cônjuge com
exercício provisório na segunda Demandada, UFRN, com lotação em Natal-RN,

2
prevista no art. 84, §2º, da Lei nº 8.112/90, a qual foi deferida e formalizada por
meio da Portaria nº 12, de 08 de janeiro de 2019.

04. Ocorre que, alguns dias após a publicação da portaria de conces-


são da licença com exercício provisório, mais precisamente no dia 25 de janeiro
de 2019, foi publicada no DOU a Portaria nº 345, de 18 de janeiro de 2019, que
determinou a remoção ex officio do esposo da Promovente, com base no art. 36,
parágrafo único, inciso I, da Lei nº 8.112/90, em definitivo, da Superintendência
Regional do DNIT de Santa Catarina, com sede em Florianópolis-SC, para a
Superintendência Regional do DNIT no Rio Grande do Norte, com sede em
Natal-RN.

05. Diante desse cenário, e até pela proximidade dos atos administra-
tivos mencionados, a Autora terminou vindo com sua família para Natal-RN,
com exercício provisório na UFRN, encontrando-se até os dias de hoje na mesma
situação.

06. Isso porque, no mês de maio de 2019, ao buscar resolver a sua si-
tuação em definitivo, a Promovente foi orientada pela primeira Demandada, a
UFSC, a requerer redistribuição para a UFRN, possibilitando o acompanhamento
definitivo do seu cônjuge, à época recém removido para aquela localidade. No
entanto, ao consultar a segunda Demandada, UFRN, foi sinalizado que o pro-
cesso de redistribuição, previsto no art. 37, da Lei nº 8.112/90, dependia da dis-
ponibilidade de um código de vaga compatível com o cargo da Autora, que até
o momento nunca foi disponibilizado, o que vem impossibilitando a sua lotação
definitiva na segunda Demandada.

07. No entanto, diferentemente do sustentado pelas Demandadas, a


resolução da situação da Autora não dependia da configuração dos requisitos da
redistribuição, forma de deslocamento do servidor adstrita à discricionariedade
administrativa, mas sim decorre de direito subjetivo seu à remoção para acom-
panhamento de cônjuge, prevista no art. 36, III, “a”, da Lei nº 8.112/90, que inde-
pende de interesse da Administração, conforme será adiante explanado.

08. Ao permanecer em gozo de licença com exercício provisório a Au-


tora vem se encontrando num estado de precariedade, incompatível com a sua
situação funcional atual, já que permanece lotada na primeira Demandada UFSC,
mas exercendo suas funções na segunda Demandada UFRN. Esse cenário, em-
bora não tenha o condão de romper a sua unidade familiar, termina gerando con-
tratempos funcionais periódicos, haja vista a necessidade de sempre se reportar
à universidade de origem para questões relacionadas à sua carreira, bem como a

3
necessidade frequente de comprovar que as condições para o deferimento da li-
cença do art. 84, §2º, da Lei nº 8.112/90 permanecem hígidas, o que, por óbvio,
gera uma apreensão e uma incerteza constantes.

09. Todavia, o direito subjetivo à remoção para acompanhamento do


seu cônjuge, também servidor público federal, removido de ofício (no interesse
da Administração), é manifesto e cristalino desde a data do ato que promoveu
esse deslocamento, não sendo lícito às Demandadas subjugarem esse direito da
Autora aos seus interesses administrativos, já que eventual deslocamento nessas
condições retiraria um “código de vaga” da universidade de origem e o levaria
para a universidade de destino.

10. Não bastasse a evidência desse direito ora pleiteado, cumpre des-
tacar que os dois filhos da Promovente, que dependem diretamente dela, pos-
suem quadro de saúde sensível, sendo um portador de Transtorno do Espectro
Autista (TEA) e o outro portador de Transtorno Hipercinético, Déficit de Aten-
ção/Hiperatividade (TDAH), condições que demandam, por óbvio, um acompa-
nhamento e proximidade de seus genitores, conforme laudos anexos.

11. Esse quadro de saúde de seus filhos, aliás, também corrobora com
a necessidade de remoção definitiva, prevista inclusive no art. 36, parágrafo
único, III, “b”, da Lei nº 8.112/90, assim descrito:

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pe-


dido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, en-


tende-se por modalidades de remoção:

(...)

III - a pedido, para outra localidade, independente-


mente do interesse da Administração:

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também


servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, que foi deslocado no interesse da Administração;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, compa-


nheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste

4
do seu assentamento funcional, condicionada à compro-
vação por junta médica oficial;

12. Em sendo assim, afigura-se inconteste o direito subjetivo da Au-


tora no sentido de ver reconhecido o seu direito à remoção definitiva, seja pela
hipótese de acompanhamento do seu cônjuge, também servidor, removido no
interesse da Administração, seja para acompanhar seus dois filhos em trata-
mentos de saúde, conforme destacado acima.

13. Pelo contexto narrado, extrai-se não só uma afrontosa recalcitrân-


cia das duas Demandas ao franquear tão somente a possibilidade de redistribui-
ção da Autora, a qual depende de exclusivo interesse da Administração e não há
previsibilidade alguma, como também ilegalidades que ignoram entendimentos
amplamente pacificados no âmbito da jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-
deral, Superior Tribunal de Justiça e Tribunais Regionais Federais.

14. Dessa forma, socorre-se do amparo do Poder Judiciário mediante


o manejo da presente ação, no desiderato de ver declarado o seu direito subjetivo
à remoção, com a determinação de todas as providências legais no sentido de
viabilizar o deslocamento da servidora em definitivo para os quadros da UFRN,
com lotação em Natal-RN, pelas razões a seguir expostas.

2. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS.

2.1 – DA PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DA FAMÍLIA: ART. 226 DA


CONSTITUIÇÃO FEDERAL

15. A Constituição Federal de 1988 erigiu a família como base de for-


mação da sociedade brasileira, a merecer especial proteção do Estado. É o que se
depreende da letra do art. 226 da Carta Magna: “A família, base da sociedade,
tem especial proteção do Estado”.

16. O interesse maior do Estado, portanto, é a proteção da unidade fa-


miliar, pois é ela que sustenta os demais pilares do ordenamento jurídico, sendo
essa a essência do princípio que imanta e irradia sobre todo o sistema de normas,
sobretudo no âmbito do regime jurídico de Direito Administrativo.

17. Nessa senda que a Lei nº 8.112/90 trouxe disposições fundamentais


que envolvem tal norma, possibilitando em alguns dispositivos, inclusive, a re-
lativização do interesse público em prol do princípio da proteção familiar, ante
os evidentes prejuízos que alguns atos do Poder Público podem acarretar ao

5
servidor e sua família, tal como pode-se inferir dos seus artigos 36, III, “a” e “b”,
que serão detalhadamente cotejados com a realidade fática ora apresentada.

18. Nessas hipóteses, há permissivos legais que franqueiam aos servi-


dores públicos federais, quando diante de uma ruptura do seu núcleo familiar,
sobretudo oriunda de um ato da própria Administração, a valer-se do instituto
da remoção para acompanhamento de cônjuge, também servidor, deslocado no
interesse da Administração.

19. Tratando do conflito aparente entre o interesse público e a proteção


à unidade familiar no que se refere ao instituto da remoção para acompanhar
cônjuge, o então Min. Ilmar Galvão, do Supremo Tribunal Federal, no julga-
mento do MS n° 21.893 (DJU de 02.12.94) concluiu que a Lei nº 8.112, de 1990,
consagrou a prevalência da tutela familiar sobre o interesse público, como se
vê abaixo:

A controvérsia forma-se em meio a um confronto entre


os princípios da tutela a família e da supremacia do inte-
resse público, calcado na observância das normas de lota-
ção criadas para o atendimento das necessidades de servi-
ços. Cada uma das partes invoca a precedência do princípio
que lhe favorece para pôr á sombra a eficácia do outro,
sendo a situação do Impetrante adotada pelo douto pare-
cer, que tem como argumento essencial o reconhecimento
pelo próprio legislador da supremacia da unidade da famí-
lia, ao prescrever que a remoção, para acompanhamento de
cônjuge ou companheiro, não depende da existência de va-
gas (parágrafo único do art. 36 da Lei n° 8112/90). (...) Na
Lei nº 8112/90, o legislador foi além, ao deixar de exigir a
transferência compulsória do outro cônjuge e de fixar,
como regra geral, a licença sem vencimentos, pois possibi-
litou que a remoção fosse deferida, independentemente de
vagas naquele local para onde foi deslocado o cônjuge ou
companheiro a quem pretende acompanhar. Com isto con-
sagrou-se, como afirmado pelo parecer, a prevalência da
tutela familiar sobre o interesse público, que se consubs-
tancia na observância da lotação atribuída em lei para cada
órgão, em vista às necessidades e condições de eficiência do
serviço público."

6
20. Portanto, a concessão da remoção à servidora cujo cônjuge restou
deslocado, não caracteriza a inversão de valores no âmbito do Direito Adminis-
trativo, que deve zelar pelo interesse público. É que, como já foi consolidado na
jurisprudência constitucional, o interesse primário do Estado está embasado na
preservação da célula familiar, uma vez que é aí que assentam os pilares econô-
micos e morais da sociedade.

21. Nesse sentido, o artigo 36 da Lei 8.112, de 1990, deve ser interpre-
tado sistematicamente com o mencionado dispositivo constitucional, o que sig-
nifica que a remoção será concedida também em razão da proteção especial que
o Estado confere à família, pois não é outra a finalidade da norma.

22. Assim, conforme será demonstrado, não obstante o fato de a sim-


ples leitura do artigo 36, da Lei 8.112, de 1990, conjugado com a demonstração do
deslocamento do cônjuge, servidor público, ser suficiente para a procedência do
pedido de deslocamento pleiteado pela Promovente, a associação necessária ao
artigo 226, da Constituição Federal, torna irrefutável o direito subjetivo discutido
nesta ação.

2.2 - DO DIREITO SUBJETIVO À REMOÇÃO A PEDIDO PARA ACOM-


PANHAMENTO DE CÔNJUGE. INTELIGÊNCIA DO ART. 36, PARÁGRAFO
ÚNICO, III, “A”, DA LEI Nº 8.112/90. DA POSSIBILIDADE DE REMOÇÃO EN-
TRE INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO. JURISPRUDÊNCIA DOMI-
NANTE.

23. Firmadas as premissas constitucionais fundamentais à análise do


pleito aqui deduzido, faz-se imperioso avançar para o cotejo entre a legislação
federal e a realidade fática na qual a Autora encontra-se inserida, pretendendo-
se demonstrar cristalino o enquadramento do seu direito subjetivo nas disposi-
ções estatutárias.

24. Em primeiro lugar, vale repisar que em razão da remoção de ofício


do seu esposo da unidade da Superintendência Regional do DNIT de Santa Ca-
tarina, com sede em Florianópolis-SC, para a Superintendência Regional do
DNIT no Rio Grande do Norte, com sede em Natal-RN, a Autora buscou admi-
nistrativamente o seu deslocamento definitivo, no entanto, foi franqueada apenas
a possibilidade de redistribuição, prevista no art. 37, da Lei nº 8.112/90, que assim
averba:

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de


provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro

7
geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo
Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC,
observados os seguintes preceitos:

I - interesse da administração;

II - equivalência de vencimentos;

III - manutenção da essência das atribuições do cargo;

IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e


complexidade das atividades;

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou ha-


bilitação profissional;

VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as


finalidades institucionais do órgão ou entidade.

25. Como se vê, a hipótese suscitada pelas Demandadas decorre de ato


puramente discricionário da Administração, que embora atinja o mesmo fim prá-
tico, isto é, o deslocamento definitivo do servidor, não se confunde com o direito
subjetivo à remoção para acompanhamento de cônjuge, prevista no art. 36, inciso
III, alínea “a”, da Lei nº 8.112/90, a seguir destacado:

Da Remoção

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pe-


dido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou
sem mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, en-


tende-se por modalidades de remoção:

I - de ofício, no interesse da Administração;

II - a pedido, a critério da Administração;

III - a pedido, para outra localidade, independente-


mente do interesse da Administração:

8
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, tam-
bém servidor público civil ou militar, de qualquer dos Po-
deres da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, que foi deslocado no interesse da Administra-
ção;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, compa-


nheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste
do seu as-sentamento funcional, condicionada à comprova-
ção por jun-ta médica oficial;

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipó-


tese em que o número de interessados for superior ao nú-
mero de vagas, de acordo com normas preestabelecidas
pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

26. Conforme se observa, o artigo 36 da Lei nº 8.112, de 1990, prevê


duas espécies de remoção do servidor, quais sejam: ex-officio (inciso I) e a pe-
dido (incisos II e III), sendo que a última se apresenta sob duas subespécies, a
saber, a critério da Administração (inciso II) e independente do interesse da Ad-
ministração (inciso III, alíneas “a”, “b” e “c”).

27. A leitura do dispositivo legal não deixa lacuna de interpretação, po-


dendo-se concluir que para a concessão de remoção para acompanhar cônjuge
ou companheiro é exigida a implementação de dois requisitos, quais sejam: (a)
que o cônjuge seja servidor público; e (b) que o cônjuge a quem se pretende
acompanhar com a mudança de sede, tenha sido deslocado no interesse da Ad-
ministração.

28. Primeiramente, quanto ao requisito da obrigatoriedade de o côn-


juge ser servidor público, resta manifesta tal condição, haja vista ser ele ocupante
do cargo de Analista de Infraestrutura de Transportes, pertencente ao quadro de
servidores efetivos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
– DNIT, conforme declaração a seguir destacada, emitida pelo próprio órgão a
qual é vinculado o esposo da Autora:

9
29. Quanto à exigência de que o deslocamento do cônjuge do servidor
que pleiteia a remoção tenha ocorrido no interesse da Administração, consigna-
se expressamente tanto na declaração acima como na Portaria nº 345-DNIT, de 18
de janeiro de 2019 (em anexo), a modalidade “ex-officio”, fundamentando inclu-
sive o ato administrativo nos termos do art. 36, parágrafo único, I, da Lei nº
8.112/90, acima transcrito.

30. Detona-se, assim, que por uma necessidade administrativa do


DNIT, voltada a readequar o déficit de servidores na localidade de destino, foi
promovida a remoção do esposo da Autora para a cidade de Natal-RN, justifi-
cando plenamente a segunda exigência ora apontada.

10
31. Por essa razão, a remoção ora pleiteada enquadra-se perfeita-
mente no inciso III, “a”, tendo em vista o deslocamento de seu cônjuge no ex-
clusivo interesse da Administração para a cidade de Natal-RN, sendo irrefutá-
vel tal situação, como já foi elucidado anteriormente.

32. Ocorre que, nos casos de deslocamento de servidores entre univer-


sidades públicas federais distintas, com base no aludido art. 36, não raras vezes
as entidades alegam a impossibilidade do deferimento do pleito por suposta-
mente possuírem quadros próprios e independentes.

33. Nesse passo, dúvida não há que tal fato não pode ser óbice à remo-
ção pleiteada nestes autos, já que, conforme o entendimento jurisprudencial unís-
sono do STJ, "o cargo de professor de Universidade Federal pode e deve ser inter-
pretado, ainda que unicamente para fins de aplicação do art. 36, § 2º, da Lei nº
8.112/90, como pertencente a um quadro de professores federais, vinculado ao
Ministério da Educação".

34. Firme em tal premissa, tem-se que o STJ - ao apreciar as demandas


de remoção envolvendo servidores das universidades federais - estabeleceu in-
terpretação finalística ao mencionado art. 36 do Estatuto dos Servidores, de modo
a flexibilizar, em circunstâncias excepcionais a seguir destrinchadas, o requisito
da manutenção do mesmo quadro funcional.

35. Segundo o raciocínio do STJ, em sendo limitada a remoção ao


mesmo quadro funcional, "restaria inócua para diversos servidores federais que
estivessem vinculados a algum órgão federal sem correspondência em outra lo-
calidade". Ademais, afirmou a Corte que "o cargo por ela exercido, professora de
Universidade Federal, certamente pode ser exercido em qualquer Universidade
Federal do País" (AgRg no AgRg no REsp 206.716/AM, Rel. Ministra MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 15/03/2007, DJ
09/04/2007, p. 280).

36. Em outras palavras, a Corte Superior compreendeu que a norma,


ao exigir que a remoção ocorresse dentro do mesmo quadro funcional, tinha por
finalidade garantir que o deslocamento do servidor não acarretasse prejuízo
tanto à continuidade do escorreito exercício da função - pois quando se fala de
um mesmo quadro, se garante o mesmo escopo nos distintos locais de exercício -
, quanto à Administração interna do órgão/entidade, no que tange à gestão de
pessoal.

11
37. É por este motivo que o STJ admite a remoção entre servidores
lotados em universidades federais distintas, embora seja indiscutível que cada
uma delas é uma autarquia independente, com seu próprio quadro de pessoal.

38. Atente-se que o entendimento da Corte é pacífico, abrangendo a


Primeira e a Segunda Turmas, únicas com competência para a apreciação de lides
envolvendo servidores públicos. Como exemplo, para além outros julgados1, co-
lhe-se:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.


AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. SERVI-
DOR PÚBLICO. REMOÇÃO POR MO-TIVO DE SAÚDE.
INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO DIVER-SAS. POS-
SIBILIDADE.

1. A jurisprudência desta Corte orienta-se no sentido de


que, para fins de aplicação do artigo 36 da Lei 8.112/1990, o
cargo de professor de Universidade Federal deve ser inter-
pretado como pertencente a um quadro único, vin-culado
ao Ministério da Educação. Precedentes.

2. Agravo interno não provido.

(AgInt no REsp 1563661/SP, Rel. Ministro BENEDITO


GON-ÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em
10/04/2018, DJe 23/04/2018)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. VIOLA-


ÇÃO DO ART. 1.022 DO CPC 2015 NÃO CONFIGURADA.
SERVIDOR PÚBLICO. REMOÇÃO POR MOTIVO DE SA-
ÚDE DE DEPENDENTE ENTRE UNIVERSIDADES DIS-
TINTAS. POSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO DO ART.
36 DA LEI 8.112/1990.

1
REsp 1641388/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/02/2017,
DJe 17/04/2017; AgInt na Pet 11.485/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 20/10/2016, DJe 28/10/2016; AgRg no REsp 1498985/CE, Rel. Ministro MAURO CAMP-
BELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/02/2015, DJe 02/03/2015; AgRg no REsp
1357926/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/04/2013, DJe
09/05/2013.

12
(...) 2. Quanto à questão de fundo, ambos os recursos
não merecem melhor sorte, pois o fundamento adotado no
Tri-bunal a quo não destoa da jurisprudência do STJ, se-
gundo a qual, para fins de aplicação do art. 36 da Lei
8.112/1990, o cargo de professor de Universidade Federal
deve ser in-terpretado como pertencente a um quadro
único, vincu-lado ao Ministério da Educação, não havendo,
portanto, óbi-ce à remoção pretendida pela ora recorrida,
por motivo de saúde de sua dependente.

3. Recurso Especiais não providos.

(REsp 1703163/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJA-


MIN, SE-GUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe
19/12/2017)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.


AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SER-
VIDORA PÚBLICA FEDERAL. PRO-FESSORA UNIVER-
SITÁRIA. REMOÇÃO POR MOTIVO DE SAÚDE ENTRE
INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO DIVERSAS.
POSSI-BILIDADE. PRECEDENTES. 1. O cargo de profes-
sora de Uni-versidade Federal pode e deve ser interpre-
tado, ainda que unicamente para fins de aplicação do art.
36, § 2º, da Lei nº 8.112/90, como pertencente a um quadro
de professores federais, vinculado ao Ministério da Educa-
ção' (v.g.: AgRg no AgRg no REsp 206.716/AM, Rel. Minis-
tra Maria Thereza de Assis Moura, DJ 9/4/2007). 2. Agravo
re-gimental não provido. (STJ, 2ª Turma, AgRg no REsp
1.498.985/CE, Relator Ministro MAURO CAMPBELL
MAR-QUES, j. 24/02/2015, DJe 02/03/2015 - grifei)

39. De todo modo, muito embora a Postulante não seja Professora, mas
sim Administradora, não há dúvidas que a ela deve ser aplicado o mesmo enten-
dimento quanto a esse ponto da Lei Federal, sob pena de posição contrária violar
o princípio da isonomia entre servidores vinculados ao mesmo regime jurídico,
concedendo aos professores vantagens não extensíveis às demais carreiras que
compõem os quadros das Instituições Federais de Ensino.

13
40. Com efeito, embora as Promovidas possuam quadros funcionais
distintos, uma Administradora lotada na UFSC exercerá as mesmas atribuições
de uma Administradora lotada na UFRN. Tanto é assim, que antes de ser aco-
lhida a hipótese de exercício provisório pela autarquia de ensino pretendida, foi
analisado o currículo da Autora para atestar a compatibilidade das funções rea-
lizadas, de modo a lotá-la no setor correspondente.

41. De todo modo, Excelência, não demanda grande esforço inferir que
a compatibilidade de cargos de Técnico-Administrativos em Educação das diver-
sas universidades federais do país guarda muito mais afinidade e correlação do
que os próprios cargos de Professores, que possuem atribuições acadêmicas mui-
tos mais particularizadas e exigências curriculares bem mais complexas.

42. Ora, até mesmo pela infrequência de casos idênticos ao presente,


que muitas vezes sequer tramitam no âmbito dos Tribunais Superiores, não se
pode afirmar que o entendimento do STJ quanto à remoção de Professores seria
restritivo ao ponto de não contemplar Técnicos-Administrativos das Universida-
des, sobretudo pelo intento finalístico de seus termos.

43. Ademais disso, corroborando com tal tese, não se pode olvidar os
claríssimos termos da Lei n.º 11.091/05, que criou o Plano de Carreira dos Cargos
Técnico-Administrativos em Educação e considerou como Instituições Federais
de Ensino “os órgãos e entidades públicos vinculados ao Ministério da Educa-
ção que tenham por atividade-fim o desenvolvimento e aperfeiçoamento do
ensino, da pesquisa e extensão e que integram o Sistema Federal de Ensino”,
senão vejamos:

Art. 1º Fica estruturado o Plano de Carreira dos Cargos


Técnico- Administrativos em Educação, composto pelos
cargos efetivos de técnico-administrativos e de técnico-ma-
rítimos de que trata a Lei no 7.596, de 10 de abril de 1987, e
pelos cargos referidos no § 5o do art. 15 desta Lei.

§ 1º Os cargos a que se refere o caput deste artigo, vagos


e ocupados, integram o quadro de pessoal das Instituições
Fe-derais de Ensino.

§ 2º O regime jurídico dos cargos do Plano de Carreira


é o instituído pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
observadas as disposições desta Lei.

14
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, são consideradas Ins-
tituições Federais de Ensino os órgãos e entidades públi-
cos vinculados ao Ministério da Educação que tenham por
atividade-fim o desenvolvimento e aperfeiçoamento do
ensino, da pesquisa e extensão e que integram o Sistema
Federal de Ensino.(grifamos)

44. Vê-se que a remoção, de ofício ou a pedido, efetiva-se de uma para


outra instituição de ensino federal que estão vinculadas ao Ministério da Educa-
ção. Com efeito, o deslocamento não altera o vínculo estabelecido com a Admi-
nistração Pública Federal, oriundo de sua investidura no cargo, constituindo,
para esses fins, mera relotação dentro do mesmo quadro.

45. Quanto ao ponto, aliás, os Tribunais Regionais Federais, com des-


taque para o TRF da 5ª Região, seguem o mesmo entendimento do Superior Tri-
bunal de Justiça, inclusive estendendo o referido entendimento para casos que
envolvem remoção de técnicos-administrativos, alguns até idênticos ao epigra-
fado, conforme julgados a seguir:

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REMO-


ÇÃO POR MOTI-VO DE SAÚDE. FILHO MENOR.EXIS-
TÊNCIA DA ENFERMIDADE COMPROVADA POR PE-
RÍCIA MÉDICA JUDICIAL. REQUISITOS LEGAIS SATIS-
FEITOS.

1. Trata-se de ação cível proposta por particular contra


a UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, o INS-
TITUTO FE-DERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TEC-
NOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO - IF SERTÃO
e o INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO - IFPE, almejando a
sua remoção para a UFPE, Campus de Caruaru/PE, ou para
o IFPE, Campus Caruaru, por motivo de saúde do seu filho,
que necessita de acompanhamento médico multidisciplinar
não disponível na cidade de sua lotação funcional.

2. O MM. Juiz Federal da Seção Judiciária de Pernam-


buco confirmou a tutela de urgência concedida e julgou
procedente o pedido inicial, apreciando a lide com resolu-
ção do mérito (art. 487, inciso I, do CPC), determinando a
remoção da parte autora do IF - Sertão Pernambucano -

15
Campus Floresta-PE para o Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) - Campus Ca-
ruaru-PE.

3. Apelação manifestada pelo IFPE-INSTITUTO FEDE-


RAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
SERTÃO PERNAMBU-CANO. Aduz que "a sentença re-
corrida determinou a remoção do IFSertão (Campus Flo-
resta) para o IFPE (Campus Caruaru), instituições de ensino
autônomas, com quadros de pessoal diversos e indepen-
dentes, o que afasta a incidência do disposto no art. 36 da
Lei n.º 8.112/90".Menciona, ainda, que "não se sustenta o ar-
gumento da Apelada, acolhido pela sentença recorrida, de
necessidade de remoção por falta de possibilidades de tra-
tamento em seu município de origem, visto que há diver-
gência entre as opiniões profissionais presentes ao longo do
processo, não sendo possível afirmar, com certeza, se há, ou
não, profissionais e práticas condizentes com as demandas
do seu filho no município de Floresta/PE". Por fim, requer
a fixação da condenação pelos honorários de sucumbência
em percentual entre 10% (dez por cento) e 20% (vinte por
cento) do valor atualizado da causa.

4. Infundadas tais alegações. Conforme menciona o ór-


gão julgador monocrático, "segundo o raciocínio do STJ, em
sendo limitada a remoção ao mesmo quadro funcional,
"restaria inócua para diversos servidores federais que esti-
vessem vinculados a algum órgão federal sem correspon-
dência em outra localidade". Ademais, afirmou a Corte que
"o cargo por ela exercido, professora de Universidade Fe-
deral, certamente pode ser exercido em qualquer Universi-
dade Federal do País" (AgRg no AgRg no REsp
206.716/AM, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS
MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 15/03/2007, DJ
09/04/2007, p. 280). (...) Prosseguindo - respeitando o en-
tendimento do STJ -, a mesma ratio decidendi fixada para
os servidores das universidades federais se aplica aos ser-
vidores dos institutos federais, pois estes também podem
ser lotados em autarquias de lotação única[3]e igualmente
possuem um regime jurídico-institucional em tudo seme-
lhante àquele adotado nos demais institutos federais. (...)

16
embora haja quadros funcionais distintos, uma assistente
social lotada no IF-Sertão Pernambucano exercerá as mes-
mas atribuições de uma assistente social lotada no IF-Per-
nambuco".

5. Malgrado a alegação do apelante, de que o IF-Sertão


(Campus Floresta) e o IFPE (Campus Caruaru)são institui-
ções de ensino autônomas, com quadros de pessoal diver-
sos e independentes, observa-se que são vinculados ao
Ministério da Educação, razão pela qual se aplica o
mesmo entendimento que o STJ confere aos professores
universitários, no sentido de que, para fins de aplicação
do art. 36, parágrafo 2º, da Lei 8.112/90, o cargo de profes-
sor de Universidade Federal deve ser interpretado como
pertencente a um quadro único, vinculado ao Ministério
da Educação

6."Quanto à questão de fundo, ambos os recursos não


merecem melhor sorte, pois o fundamento adotado no Tri-
bunal a quo não destoa da jurisprudência do STJ, segundo
a qual, para fins de aplicação do art. 36 da Lei 8.112/1990, o
cargo de professor de Universidade Federal deve ser inter-
pretado como pertencente a um quadro único, vinculado ao
Ministério da Educação, não havendo, portanto, óbice à re-
moção pretendida pela ora recorrida, por motivo de saúde
de sua dependente" (STJ, RECURSO ESPECIAL - 1703163
2017.02.37173-1, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN,
SE-GUNDA TURMA, DJE DATA: 19/12/2017).

7. No caso em foco, restou devidamente comprovado


que o filho da parte autora é portador de transtorno mental
classificado pela CID 10 como Autismo Infantil (F-84.0),
desde o nascimento, e foi examinada por perito judicial
(médico psiquiatra). O expert menciona o seguinte
(id.4058303.6122885, fl. 22): "o nível de gravidade de au-
tismo que o menor apresenta é o de Nível 3, ou seja, severo
(necessitam de suporte e apoio) (...) Diante da alegada ine-
xistência de profissionais habilitados para proporcionar-lhe
o devido cuidado integrado no município onde morava,
considero que a mudança para o município de Caruaru
provocada pela necessidade de que todos os cuidados

17
fossem feitos em um mesmo local, o que não ocorria em
Floresta - PE é perfeitamente plausível, pois tal fenômeno é
comum, pela concentração de serviços especializados nos
maiores centros.".

8. Registre-se, ainda, que o laudo médico pericial reali-


zado foi enfático, ao afirmar que o menor "necessita, de fato,
de toda estimulação possível até concluir seu desenvolvi-
mento para que os danos provocados pela doença sejam os
menores possíveis. Só ao final desta fase, por volta dos seus
dezoito anos é que será possível dizer como será seu prog-
nóstico para autonomia e para as atividades laborativas"
(doc. indexado nº 4058303.6122885).

9. Destarte, considerando que a prova técnica acima re-


ferida, coligida com os demais elementos probatórios cons-
tantes dos autos, como o Laudo emitido por médico pedia-
tra, o Laudo Fonoaudiológico, o Laudo Terapêutico Ocupa-
cional, o Laudo neurológico e a Declaração emitida por psi-
cóloga, foi robusta, suficientemente, para demonstrar que o
filho da parte autora é portador de patologia que demanda
cuidados especiais, bem como a necessidade de proteção à
saúde e à família, nos termos dos arts. 196, 226 e 230 da CF,
resta inconteste o preenchimento dos requisitos necessários
para remoção da requerente, conforme decidido na sen-
tença prolatada nos presentes autos.

10. Mantidos os honorários advocatícios, nos termos da


sentença vergastada, considerando o grau de zelo do causí-
dico da parte autora, a natureza e a importância da causa,
bem como o trabalho realizado e o tempo exigido para o
serviço.

11. Condenação da parte apelante ao pagamento de ho-


norários recursais, nos termos do art. 85, parágrafo 11, do
CPC, devendo a verba honorária sucumbencial ser majo-
rada em 2% (dois por cento) sobre o valor da condenação.

12. Recurso de apelação não provido.

18
(TRF-5 - PROCESSO: 08005691620174058303, AC - Ape-
lação Civel - , DESEMBARGADOR FEDERAL ÉLIO WAN-
DERLEY DE SI-QUEIRA FILHO, 1º Turma, JULGA-
MENTO: 13/09/2019, PU-BLICAÇÃO:)

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. UNIVER-


SIDADES FEDE-RAIS. QUADRO ÚNICO. REMOÇÃO
PARA ACOMPANHAMENTO DE CÔNJUGE. INTE-
RESSE PÚBLICO. ARTIGO 36, PARÁGRAFO ÚNICO, IN-
CISO III, ALÍNEA A, DA LEI Nº 8.112/1990. EMPRE-
GADO PÚBLICO. INTERPRETAÇÃO AMPLIATIVA DO
CONCEITO DE SERVIDOR PÚBLICO. 1. O cargo de pro-
fessor de Instituições de Ensino Técnico e Superior Fede-
rais pode ser interpretado, para fins de aplicação do insti-
tuto da remoção, como pertencente a um quadro único
vinculado ao Ministério da Educação, na esteira da juris-
prudência já assentada nas Cortes Superiores. 2. Nos ter-
mos do disposto no artigo 36, parágrafo único, inciso III,
alínea a, da Lei nº 8.112/1990, a remoção para o acompanha-
mento do cônjuge, também servidor público civil ou mili-
tar, deslocado no interesse da Administração, corresponde
a direito subjetivo do servidor, independente do interesse
da Administração e da existência de vaga. 3. A jurisprudên-
cia, ao deliberar sobre a remoção para acompanhamento de
cônjuge, interpreta ampliativamente o conceito de servidor
público para alcançar não apenas os que se vinculam à Ad-
ministração Direta, como também os que exercem suas ati-
vidades nas entidades da Administração Indireta. (TRF-4 -
AC: 50049086720184047200 SC 5004908-67.2018.4.04.7200,
Relator: VIVIAN JOSETE PANTALEÃO CAMINHA, Data
de Julgamento: 14/08/2019, QUARTA TURMA)

ADMINISTRAÇÃO. SERVIDOR CIVIL PÚBLICO. RE-


MOÇÃO ENTRE UNIVERSIDADES FEDERAIS. REMO-
ÇÃO DO CÔNJUGE. MAGIS-TRADO. INTERESSE PÚ-
BLICO. LEI N.º 8.112/90. POSSIBILIDA-DE. 1. O artigo 36,
inciso III, alínea 'a', da Lei n.º 8.112/90, autoriza a remoção

19
do servidor, a pedido, independentemente do interesse da
Administração, para acompanhar cônjuge, também servi-
dor público civil ou militar, de quaisquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
que foi deslocado no interesse da Administração. 2. Para
fins de aplicação do artigo 36 da Lei n.º 8.112/90, o docente
que labora em universidade pública federal é considerado
integrante de quadro único de professores federais, vincu-
lado ao Ministério da Educação, e não pertencente àquela
específica instituição de ensino. Essa orientação é aplicável
aos cargos técnico-administrativos, estruturados pela Lei
n.º 11.091/2005, no âmbito das instituições federais de en-
sino, igualmente vinculadas ao Ministério da Educação.
(TRF-4 - APL: 50628304620164047100 RS 5062830-
46.2016.4.04.7100, Relator: VIVIAN JOSETE PAN-TALEÃO
CAMINHA, Data de Julgamento: 11/07/2018, QUAR-TA
TURMA)

46. Conforme amplamente demonstrado, não há razão, portanto, para


haver distinção quanto aos cargos técnico-administrativos, caso da Autora, estru-
turados pela Lei nº 11.091/2005, no âmbito das instituições federais de ensino,
igualmente vinculadas ao Ministério da Educação.

47. Imagine-se, Excelência, mutatis mutandis, que embora cada TRF ou


TRT – salvo por não possuírem personalidade jurídica própria como as universi-
dades -, também possuem a sua autonomia administrativa, com concursos e qua-
dros próprios, sendo fato notório que as movimentações de juízes e servidores
entre eles é uma praxe recorrente, seja no interesse da Administração ou a pe-
dido, pois são carreiras federais equivalentes.

48. Guardando as devidas especificidades, é exatamente o caso dos au-


tos, sobretudo quando se percebe que a segunda Demandada, UFRN, ao aceitar
a servidora para compor os seus quadros a título de exercício provisório sinalizou
positivamente ao considerar que dentro dos seus quadros havia uma carreira
compatível com a da Autora, a de técnica-administrativa em educação – admi-
nistradora, legalmente vinculada ao Ministério da Educação, conforme Lei nº
11.091/05.

49. Tanto é assim que, todo e qualquer ato de pessoal que envolva ser-
vidores de universidades federais distintas passa obrigatoriamente pelo crivo e
referendo do Ministério da Educação, seja redistribuição, remoção, permuta, etc,

20
deixando clara a unicidade dos seus quadros e vinculação ao referido órgão cen-
tral.

50. Dessa forma, para os fins específicos do art. 36, parágrafo único, III,
“a”, da Lei nº 8.112/90, em havendo um único quadro de servidores das Univer-
sidades Federais Demandadas, aliado ao atendimento de todos os demais re-
quisitos, irretorquível a conclusão acerca da possibilidade legal da remoção
pleiteada nestes autos, com vistas a preservar a higidez do núcleo familiar da
Autora.

2.3- DO DIREITO SUBJETIVO À REMOÇÃO A PEDIDO PARA ACOMPA-


NHAMENTO DE TRATAMENTO DE FAMILIAR DEPENDENTE. INTELIGÊN-
CIA DO ART. 36, PARÁ-GRAFO ÚNICO, III, “B”, DA LEI Nº 8.112/90.

51. A título de reforço, conquanto entenda-se que o pedido principal


de remoção se amolda perfeitamente à situação da Autora, sobreleva no presente
caso também o seu direito subjetivo não só em razão do deslocamento do seu
cônjuge, como também por questões de saúde dos seus dois filhos, sendo um
portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o outro portador de Trans-
torno Hipercinético, Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), condições que
demandam, por óbvio, um acompanhamento e proximidade de seus genitores.

52. Com efeito, a Lei nº 8.112/90 dispõe em seu art. 36, III, “b”, o se-
guinte:

III - a pedido, para outra localidade, independente-


mente do interesse da Administração:

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, compa-


nheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste
do seu assentamento funcional, condicionada à comprova-
ção por junta médica oficial;

53. Nesse caso, embora a Autora não tenha submetido seu pleito admi-
nistrativo com base nessa condição de saúde dos seus filhos, o que impossibilitou
a juntada de laudo da junta médica oficial dos órgãos envolvidos, há de destacar
que a sua necessidade real de permanência definitiva em Natal-RN é corroborada
pela manifesta demanda de acompanhamento dos seus dois filhos.

54. De todo modo, conforme laudos anexos, a condição dos filhos da


Promovente é comprovada por especialistas da área, sendo incontroversa a

21
condição de dependentes constante do seu assentamento funcional, conforme se
extrai dos registros no sistema interno da UFRN:

55. Essas nuances demonstram que o direito subjetivo da Autora tam-


bém se amolda perfeitamente nos termos do art. 36, parágrafo único, III, “b”,
da Lei nº 8.112/90, o que reforça o seu pleito de remoção definitiva para a segunda
Demandada, UFRN, com lotação na cidade de Natal-RN.

3. DA TUTELA DE EVIDÊNCIA.

56. Na esteira de tudo que foi exposto até aqui, depreende-se que a si-
tuação fática narrada demanda um provimento sumário por parte do Poder Ju-
diciário, ante o inequívoco direito pleiteado pela parte Autora.

57. Nesse cenário, o art. 311, do CPC, concebe a tutela de evidência


como hipótese de satisfação antecipada do direito, independente de demonstra-
ção de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, consoante se
extrai dos seus termos:

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, indepen-


dentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco
ao resultado útil do processo, quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o


manifesto propósito protelatório da parte;

22
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas ape-
nas documentalmente e houver tese firmada em julga-
mento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em


prova documental adequada do contrato de depósito, caso
em que será decretada a ordem de entrega do objeto custo-
diado, sob cominação de multa;

IV - a petição inicial for instruída com prova documen-


tal suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a
que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoá-
vel.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz


poderá decidir liminarmente.

58. Em sendo assim, a tutela de evidência tem como principal objetivo


dar maior celeridade aos processos judiciais e seus efeitos. No caso dos autos,
essa celeridade se dá pela antecipação da tutela baseada na suficiência documen-
tal de uma das partes para provar os direitos que tem no seu pedido.

59. Assim, a petição inicial, ao apresentar documentos suficientes para


corroborar com os fatos apresentados de forma com que não seja possível a outra
parte gerar dúvida razoável, possibilita também o pedido de tutela provisória.

60. Pela exaustiva demonstração do direito à remoção ora pleiteado,


percebe-se que a probabilidade do seu reconhecimento e deferimento mostra-
se extremamente elevada, o que justifica a abreviação do procedimento com a
concessão da tutela de evidência, no sentido de ser determinada a sua imediata
remoção, em definitivo, para a UFRN, nos termos do art. 36, inc. III, “a” ou “b”,
da Lei 8.112/90.

4. DA CONCESSÃO DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA.

61. Por último, a Autora informa que não possui, no momento, condi-
ções financeiras para arcar com as despesas processuais sem prejuízo ao seu pró-
prio sustento e de sua família.

62. Destarte, pugna pelo deferimento dos benefícios da justiça gratuita,


nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil.

23
5. DOS PEDIDOS.

63. Diante de todo o exposto, vem a Autora, perante Vossa Excelência,


para requerer:

a) O recebimento da petição inicial e documentos, concedendo a gratuidade


judiciária à Autora;
b) A intimação prévia da parte Demandada para se manifestar sobre o pe-
dido de concessão de tutela de evidência, na forma do art. 311, IV, do
CPC;
c) O deferimento da tutela de evidência, para reconhecer e conceder su-
mariamente o direito subjetivo à remoção da Autora da UFSC para a
UFRN, em caráter definitivo, nos termos do art. 36, parágrafo único,
inc. III, “a” ou “b”, da Lei 8.112/90, sob pena de multa diária em caso de
descumprimento;
d) A citação das Demandadas, nas pessoas de seus representantes legais,
para, querendo, virem a oferecer defesa no prazo legal, sob pena de in-
correr nos efeitos da revelia;
e) Ao final, confirmando a tutela de evidência, a procedência integral do
pedido de remoção definitiva da Autora da Universidade Federal de
Santa Catarina – UFSC para a Universidade Federal do Rio Grande do
Norte-UFRN, seja para acompanhamento de cônjuge, também servidor
público removido no interesse da Administração, seja para acompa-
nhamento dos seus filhos para tratamento de saúde, com lotação em
Natal-RN;
f) a condenação da parte Demandada, solidariamente, ao pagamento das
custas, despesas processuais e honorários advocatícios, estes últimos me-
diante apreciação equitativa do julgador, na forma do §8º, do art. 85, do
CPC.

64. Desde já, protesta provar o alegado por intermédio de todas as pro-
vas admitidas em direito, a fim de respaldar sua legítima pretensão, declarando
o advogado signatário a autenticidade de todos os documentos ora juntados, sob
pena de responsabilidade pessoal.

65. Requer, por fim, que toda e qualquer intimação seja realizada na
pessoa dos advogados adiante subscritos, sob pena de nulidade.

66. Dar-se-á à causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), para


fins de alçada.

24
Nestes termos, espera deferimento.
Natal, 16 de agosto de 2022.

Lucas Costa Dantas Luiz Paulo dos Santos Diniz


LUCAS COSTA DANTAS LUIZ PAULO DOS SANTOS DINIZ
OAB/RN – 8.985 OAB/RN 1599-A / OAB/SP – 415.508

Felipe Vieira de Medeiros Silvano


FELIPE VIEIRA DE MEDEIROS SILVANO
OAB/RN – 8.988B

25
cúzr'fÓfio

,4/encàr H/"a /"@e


Bel. Jaime de Alentar Araripe Júnior
OFICIAL TITULAR
Substitutos:Meiissa Augusto de Alentar Araripe e Jaime de Alentar Araripe Neto
Carmem Lúcia de Souza Games. Sõnia Mana Matos Magalhães Araújo.
Raimunda Bezerra de Alcântara
ESCREVENTES

@@«.ü««/.g",,,..ú 'ül,««« @g««@.@""- qá«ü«â ge.v«.:, 'Õh,./ú

Certificaque às Folhas N.' I'llV do Livro N.o B-092.de Registro de Casamentos, sob o
número de ordem 051.581, consta o assento do matrimónio de (;$j%áe.ú êg;éKzí-tú'
,q%aÚ8á. (9d#gmúae é:ám' {2çiÜmatzá {;gÊçwcontraído sob o regime de Comunhão
Parcial de Bens perante 0 Juiz especial de Casamentos José Marcondes Aderaldo
Durante O
Mendonça ee as testemunhas Constantes do termo.q Eie, nascido em Floriano-PI, a
r } = qf 'fr Tr)

20/07/1976, residente em Caucaia-CE filho de Francisco José fales Moreira e Leonice


BatistaMoreira.Efa, nascida em Catolé do Rocha-PB. à 29/03/1974.residente em Caucaia-
CE filha de Aldenor José da Seivae Rira Alves de Souza. A contraente, após o casamento,
passou a assinar-se: Foram apresentados os documentos
exigidos pelo artigo N' 180 do Código Civil Brasileiro. Observações: Casamento realizado nesta
data

O referido é verdade e dou fé

Antõnio Bezerra, Fortaleza, 29/12/2001

Sõnia MariàJMatê)s
Escrevente Autorizada

Nascimento, Casamento, Óbito. Procuração. Reconhecimento de Firma,


Autenticação de Cópia.
Av. Mister Hul1, 4965 - (Oxx85L235.330'1 - Antânio Bezerra - Fortaleza / Ceará - 60. 356-00'1
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PRÓ-REITORIA DE DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DE PESSOAS
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
COORDENADORIA DE DIMENSIONAMENTO E MOVIMENTAÇÃO

Ofício n° 107/2022/CDIM/DDP

Florianópolis, 12 de julho de 2022.

Ao Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte


Campus Universitário Lagoa Nova
Caixa Postal 1524
59078-900 – Natal-RN

Assunto: Exercício provisório para acompanhamento de cônjuge de Elzeni Alves Moreira

Senhor Reitor,

1.Em atendimento ao Ofício Circular nº 07/2021 DAJ/COLEP/CGGP/SAA – MEC, de 15/04/2021,


respaldado pela Nota Técnica SEI nº 5363 2021/ME, que dá amplo conhecimento acerca das orientações
a serem observadas pelos órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública
Federal – SIPEC sobre Licença para Acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro
ponto do território nacional por interesse da Administração, com fulcro nos requisitos previstas no § 2º,
do Art. 84, da Lei 8.112 de 11 de dezembro de 1990:

Verifique a autenticidade em http://validacao.egestao.ufsc.br informando o processo OF E 107/CDIM/DDP/2022 e o código P9GUJYFY.


Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do
território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
§ 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.
§ 2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da
Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo .
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

2. Solicitamos que este órgão notifique a servidora em Exercício Provisório nesta Instituição sobre o
encaminhamento de Declaração e Documentação Comprobatória de permanência de seu direito
referente ao ano de 2022, visando averiguar a situação que deu causa ao exercício provisório.

3. O item 3 do Ofício Circular nº 07/2021 DAJ/COLEP/CGGP/SAA – MEC, de 15/04/2021, mencionado


Assinado digitalmente por Raquel Donizeth Euzebio e Nilton Jorge de Quadra .

acima versa:

“ Neste sentido, é imperioso destacar que o exercício provisório é ato vinculado e configura direito do servidor, desde que atendidos os
pré–requisitos previstos em lei. Ademais, orientamos que os órgãos averiguem com frequência, se permanecem os motivos que deram
causa à licença, a fim de evitar eventual prolongamento da licença”.

4.Ante o exposto, solicitamos que a Declaração (modelo em anexo) e documentação comprobatória


(declaração atualizada do órgão o qual o cônjuge foi removido informando que ainda permanece a
situação de remoção) sejam direcionadas ao e-mail: dim.ddp@contato.ufsc.br, coordenadoria
responsável pelas movimentações de pessoal na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC em até
30 dias após o recebimento deste Ofício.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PRÓ-REITORIA DE DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DE PESSOAS
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
COORDENADORIA DE DIMENSIONAMENTO E MOVIMENTAÇÃO

Seguimos à disposição para quaisquer informações que se façam pertinentes.

Respeitosamente,

Raquel Donizeth Euzebio Nilton Jorge de Quadra


Assistente em administração Coordenador da CDiM/DDP
SIAPE 2136256 SIAPE 1891322

Verifique a autenticidade em http://validacao.egestao.ufsc.br informando o processo OF E 107/CDIM/DDP/2022 e o código P9GUJYFY.


Assinado digitalmente por Raquel Donizeth Euzebio e Nilton Jorge de Quadra .
Seção 2 ISSN 1677-7050 Nº 7, quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA 4ª REGIÃO FISCAL DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL


PORTARIA Nº 4, DE 7 DE JANEIRO DE 2019
EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
PORTARIA Nº 5, DE 8 DE JANEIRO DE 2019
A SUPERINTENDENTE-ADJUNTA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL NA 4ª REGIÃO
FISCAL, no uso da competência subdelegada pelo inciso III do art. 1º da Portaria Cogep nº A DELEGADA SUBSTITUTA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM SÃO JOSÉ DO
662, de 04.10.2016, publicada no DOU de 10.10.2016, e de acordo com o inciso VIII do art. RIO PRETO, no uso das atribuições que lhe confere o inciso XIII, do art. 340 do Regimento
33 da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e tendo em vista o disposto no art. 1º da Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de
Portaria SRRF04 nº 556, de 26.12.2017, publicada no DOU de 28.12.2017, e o que consta
no processo 10480.720060/2019-69, resolve: 09 de outubro de 2017, publicada no DOU de 11 de outubro de 2017, resolve:
declarar vago, em virtude de posse em outro cargo inacumulável, o cargo Art. 1º Delegar competência ao servidor ÂNGELO LUIS PIZZI, TSS, matrículas
ocupado pelo servidor RAFAEL SANTOS DE AMORIM GUEDES matrícula SIAPEcad n° Siapecad : 0809259 e Siape: 0603524, para praticar os atos de que trata o artigo 275 da
01491311 e SIAPE nº 01721117, Assistente Técnico-Administrativo, Classe B, padrão IV, Portaria MF nº 430/2017, nos dias 04, 11 e 18/01/2019, junto à ARF em Catanduva/SP,
lotado e em exercício na Delegacia da Receita Federal do Brasil em Recife (PE), a partir de tendo em vista ausência simultânea do titular e do substituto.
21 de janeiro o de 2019. Art. 2º Convalidar os atos praticados até a edição desta Portaria.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor nesta data, devendo ser publicada no Diário
ANA EMILIA BARACUHY CAVALCANTI Oficial da União.
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA 6ª REGIÃO FISCAL
ERIKA ALESSANDRA BRANDEMARTE PAGLIARINI
PORTARIA Nº 14, DE 18 DE JANEIRO DE 2019 SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA 9ª REGIÃO FISCAL
O SUPERINTENDENTE DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL NA 6ª REGIÃO FISCAL, no DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM PONTA GROSSA
uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria RFB nº 4.338, de 09.09.2005,
publicada no DOU de 12.09.2005, e considerando a Portaria RFB nº 4.071, de 02.05.2007, PORTARIA Nº 5, DE 9 DE JANEIRO DE 2019
publicada no DOU de 02.05.2007, Edição Extra, resolve:
Designar, RAY WILLIANS DE FREITAS CARDOSO, Assistente Técnico- O DELEGADO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM PONTA GROSSA, no uso das
Administrativo, matrícula SIAPECAD nº 01518615, SIAPE nº 1746140, para exercer a Função atribuições que lhe confere o artigo 340 do Regimento Interno da Secretaria da Receita
Gratificada de Chefe de Equipe de Atendimento ao Contribuinte - EAT/1, da Delegacia da Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de 9 de outubro de 2017, e
Receita Federal do Brasil em Poços de Caldas, (MG), código FG-3. considerando o que dispõem os artigos 11 e 12 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro
de 1967, regulamentado pelo Decreto nº 83.937, de 6 de setembro de 1979 e suas
MÁRIO JOSÉ DEHON SÃO THIAGO SANTIAGO alterações, resolve:
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA 8ª REGIÃO FISCAL Art.1º - Delegar competência aos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil
lotados na Equipe de Malha PF - EFI-2 para decidir sobre o arquivamento e
PORTARIA Nº 21, DE 8 DE JANEIRO DE 2019 desarquivamento de processos nos casos de processos de dossiês de malhas e de anulação
de declarações.
O SUPERINTENDENTE SUBSTITUTO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª Art.2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
REGIÃO FISCAL, no uso das atribuições que lhe conferem os artigos 335, 340 e 341 do
Regimento Interno da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de DEMETRIUS DE MOURA SOARES
9 de outubro de 2017, e tendo em vista o disposto nos artigos 11 e 12 do Decreto-Lei
nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, regulamentados pelo Decreto nº 83.937, de 6 de
setembro de 1979 e pelo Decreto nº 86.377, de 17 de setembro de 1981, resolve: Ministério da Educação
Art.1º Delegar competência ao servidor ANTENOR ANTONIO CAMARGO,
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, matrículas SIAPECAD nº 00017709 e SIAPE nº GABINETE DO MINISTRO
0097208, para, no período de 07 a 11 de janeiro de 2019, praticar os atos de que
tratam os artigos 336, 340 e 341 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal PORTARIA Nº 16, DE 9 DE JANEIRO DE 2019
do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e outras
atribuições delegadas ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Santos - O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso da atribuição que lhe confere
DRF/STS, em virtude da ausência simultânea do titular e do substituto eventual, Código o art. 87, parágrafo único, inciso IV, da Constituição, e em observância ao disposto no art.
DAS-101.3. 3º do Decreto nº 8.821, de 26 de julho de 2016, bem como no Decreto nº 8.977, de 30
Art. 2º Ficam convalidados os atos praticados pelo servidor, no uso das de janeiro de 2017, resolve:
atribuições acima delegadas, até a publicação da presente portaria no DOU. Exonerar CARLOS EDUARDO MARINHO DE ALMEIDA, Matrícula SIAPE nº
1642879, do cargo de Coordenador-Geral de Infraestrutura de Informática, código DAS
MARCELO BARRETO DE ARAÚJO
101.4, da Diretoria de Tecnologia da Informação, da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior - CAPES.
PORTARIA Nº 22, DE 8 DE JANEIRO DE 2019
O SUPERINTENDENTE SUBSTITUTO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª RICARDO VÉLEZ RODRÍGUEZ
REGIÃO FISCAL, no uso das atribuições que lhe conferem os artigos 335, 340 e 341 do
Regimento Interno da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de SECRETARIA EXECUTIVA
9 de outubro de 2017, e tendo em vista o disposto nos artigos 11 e 12 do Decreto-Lei SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS
nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, regulamentados pelo Decreto nº 83.937, de 6 de
setembro de 1979 e pelo Decreto nº 86.377, de 17 de setembro de 1981, resolve: PORTARIA Nº 12, DE 8 DE JANEIRO DE 2019
Art.1º Delegar competência ao servidor CESAR RONALDO PEREIRA, Auditor-
Fiscal da Receita Federal do Brasil, matrículas SIAPECAD nº 00006594 e SIAPE nº O SUBSECRETÁRIO DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS, SUBSTITUTO, DO
6149773, para, no período de 07 a 18 de janeiro de 2019, praticar os atos de que MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, de conformidade com a delegação de competência outorgada
tratam os artigos 336, 340 e 341 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal pelo art. 1º da Portaria SEGEP/MP nº 1.166, publicada no DOU, de 12 de julho de 2012, e
do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e outras
atribuições delegadas ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Presidente considerando o disposto no § 2º do art. 84 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
Prudente - DRF/PPE, em virtude da ausência simultânea do titular e do substituto resolve efetivar o seguinte exercício provisório:
eventual, Código DAS-101.2. Servidor (a): ELZENI ALVES MOREIRA
Art. 2º Ficam convalidados os atos praticados pelo servidor, no uso das Mat. SIAPE: 3024947
atribuições acima delegadas, até a publicação da presente portaria no DOU. Cargo: Administrador
Origem: Universidade Federal de Santa Catarina
MARCELO BARRETO DE ARAÚJO Para: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Processo: 23080.084241/2018-93
PORTARIA Nº 23, DE 8 DE JANEIRO DE 2019 Art. 1º Caberá ao órgão de destino apresentar o (a) servidor (a) ao seu órgão
de origem ao término do exercício provisório.
O SUPERINTENDENTE SUBSTITUTO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª Art. 2º O exercício provisório objeto desta Portaria cessará caso sobrevenha a
REGIÃO FISCAL, no uso das atribuições que lhe conferem os artigos 335, 340 e 341 do desconstituição da entidade familiar cuja unidade se pretende assegurar ou na hipótese de
Regimento Interno da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de
9 de outubro de 2017, e tendo em vista o disposto nos artigos 11 e 12 do Decreto-Lei novo deslocamento do cônjuge.
nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, regulamentados pelo Decreto nº 83.937, de 6 de Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
setembro de 1979 e pelo Decreto nº 86.377, de 17 de setembro de 1981, resolve:
Art.1º Delegar competência ao servidor ALEXANDRE LOPES DE SOUZA, PAULO BERNARDES HONORIO DE MENDONÇA
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, matrículas SIAPECAD nº 00063332 e SIAPE nº
2216542, para, no período de 07 a 18 de janeiro de 2019, praticar os atos de que PORTARIA Nº 15, DE 9 DE JANEIRO DE 2019
tratam os artigos 336, 340 e 341 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal
do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e outras O SUBSECRETÁRIO DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS SUBSTITUTO, DO
atribuições delegadas ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Araçatuba MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, de conformidade com a delegação de competência outorgada
- DRF/ATA, em virtude da ausência simultânea do titular e do substituto eventual, Código pelo art. 1º da Portaria SEGEP/MP nº 1.166, publicada no DOU, de 12 de julho de 2012, e
DAS-101.2. considerando o disposto no §2º do art. 84 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
Art. 2º Ficam convalidados os atos praticados pelo servidor, no uso das resolve efetivar o seguinte exercício provisório, a partir de 18 de janeiro de 2019:
atribuições acima delegadas, até a publicação da presente portaria no DOU. Servidor (a): FLÁVIA CRISTINA DOS SANTOS MIRANDA
Mat. SIAPE: 2239299
MARCELO BARRETO DE ARAÚJO Cargo: Assistente em Administração
Origem: Instituto Federal do Acre
PORTARIA Nº 24, DE 8 DE JANEIRO DE 2019 Para: Instituto Federal do Amazonas - Campus Tefé
O SUPERINTENDENTE SUBSTITUTO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª Processo: 23443.038355/2018-03
REGIÃO FISCAL, no uso das atribuições que lhe conferem os artigos 335, 340 e 341 do Art. 1º Caberá ao órgão de destino apresentar o (a) servidor (a) ao seu órgão
Regimento Interno da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de de origem ao término do exercício provisório.
9 de outubro de 2017, e tendo em vista o disposto nos artigos 11 e 12 do Decreto-Lei Art. 2º O exercício provisório objeto desta Portaria cessará caso sobrevenha a
nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, regulamentados pelo Decreto nº 83.937, de 6 de desconstituição da entidade familiar cuja unidade se pretende assegurar ou na hipótese de
setembro de 1979 e pelo Decreto nº 86.377, de 17 de setembro de 1981, resolve: novo deslocamento do cônjuge.
Art.1º Delegar competência ao servidor MAURICIO CIDADE BROGGIATO,
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, matrículas SIAPECAD nº 01292584 e SIAPE nº PAULO BERNARDES HONORIO DE MENDONÇA
1537811, para, no período de 07 a 12 de janeiro de 2019, praticar os atos de que
tratam os artigos 336, 340 e 341 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal RETIFICAÇÃO
do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e outras
atribuições delegadas ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Barueri - Na Portaria nº 276, de 27 de dezembro de 2018, publicada no Diário Oficial
DRF/BRE, em virtude da ausência simultânea do titular e do substituto eventual, Código da União de 28 de dezembro de 2018, Seção II, página 249, onde se lê: "
DAS-101.3. fundamentada no artigo 40, § 1º, Inciso I, da Constituição Federal, com redação dada
Art. 2º Ficam convalidados os atos praticados pelo servidor, no uso das
atribuições acima delegadas, até a publicação da presente portaria no DOU. pela Emenda Constitucional nº 41/2003", leia-se: "fundamentada no Art. 40, § 1º,
Inciso I, da Constituição Federal, com redação dada pela EC nº 41/2003, combinado
MARCELO BARRETO DE ARAÚJO com o Art. 6º-A da EC nº 41/2003, incluído pela EC nº 70/2012".

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico 21 Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001,
http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 05292019011000021 que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
BOLETIM ADMINISTRATIVO
Nº 018 25 de janeiro de 2019

DIRETORIAS SETORIAIS

ATOS DA DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

PORTARIA Nº 345, DE 18 DE JANEIRO DE 2019

O DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS DO DEPARTAMENTO


NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES - DNIT, no uso das suas
atribuições regimentais e da competência que lhe foi delegada pela Portaria/DG n° 5.541, de 24
de outubro de 2018, publicada no Diário Oficial da União de 09 de novembro de 2018, e tendo em
vista o constante processo nº 50614.000010/2019-13,

R E S O L V E:

REMOVER DE OFICIO, nos termos do artigo 36, Parágrafo único, inciso I, da


Lei nº 8.112/90, com a redação dada pelo artigo 1º da Lei nº 9.527/97, o servidor FLAVIO
EDUARDO BATISTA MOREIRA, ocupante do cargo de Analista em Infraestrutura de
Transportes, matrículas DNIT n° 3036 e SIAPE n° 1547698, da Superintendência Regional no
Estado de Santa Catarina para a Superintendência Regional no Estado do Rio Grande do Norte.

Interrupção de Férias
Em, 24/01/2019

DANIEL GONÇALVES MENDES, matrícula DNIT nº 2533-0, referente ao


exercício de 2019, interrupção a partir de 21/01/2019. Previsão de retomada das férias em
19/06/2019.

ATOS DA COORDENAÇÃO-GERAL DE GESTÃO DE PESSOAS

Licença Paternidade e Prorrogação

LEONARDO SILVA RODRIGUES, Matrícula DNIT n. 4658, período: de


19/01/2019 a 23/01/2019; período da prorrogação: de 24/01/2019 a 07/02/2019. Processo n.
50600.002898/2019-88.

Licença por Motivo de Falecimento de Pessoa da Família

AMARO VENANCIO JUNIOR, Matrícula DNIT n. 4144, período: de


17/01/2019 a 24/01/2019. Processo n. 50600.003018/2019-91.
10
Serviço Público Federal

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E CONTRATOS

PROCESSO
23077.091731/2022-81

Cadastrado em 13/07/2022
Processo disponível para recebimento com
código de barras/QR Code

Nome(s) do Interessado(s): E-mail: Identificador:


ELZENI ALVES MOREIRA elzeni.moreira@ufrn.br 1024947
Tipo do Processo:
REDISTRIBUIÇÃO DE PESSOAL
Assunto do Processo:
022.4 - REDISTRIBUIÇÃO
Assunto Detalhado:
SOLICITAÇÃO DE REDISTRIBUIÇÃO
Unidade de Origem:
SECRETARIA DE GOVERNANÇA INSTITUCIONAL (11.24.10)
Criado Por:
ELZENI ALVES MOREIRA
Observação:
---
MOVIMENTAÇÕES ASSOCIADAS
Data Destino Data Destino
DDP/PROGESP - DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DE
13/07/2022
PESSOAS (11.65.06)
DDP - DIVISÃO DE PLANEJAMENTO DE GESTÃO DE
14/07/2022
PESSOAS (11.65.06.02)

19/07/2022 SECRETARIA DE GOVERNANÇA INSTITUCIONAL (11.24.10)

SIPAC | Superintendência de Informática - | | Copyright © 2005-2022 - UFRN - sipac05-producao.info.ufrn.br.sipac05-


producao

Para visualizar este processo, entre no Portal Público em https://sipac.ufrn.br/public e acesse a Consulta de
Processos.

Visualizar no Portal Público


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE GOVERNANÇA INSTITUCIONAL

SOLICITAÇÃO Nº 1194/2022 - SGI/UFRN (11.24.10)

Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO


Natal-RN, 13 de julho de 2022.

SOLICITAÇÃO DE REDISTRIBUIÇÃO

JUSTIFICATIVA

Eu, Elzeni Alves Moreira, Administradora, matrícula 1024947, servidora


efetiva da Universidade Federal de Santa Catarina, em exercício provisório na
Universidade Federal do Rio Grande do Norte desde maio de 2019, atualmente
lotada na Secretaria de Governança Institucional, venho requerer redistribuição, em
caráter definitivo, considerando as seguintes informações:

Meu esposo, Flávio Eduardo Batista Moreira, foi removido, provisoriamente,


por interesse da administração pública, em 05/10/2018, do Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes-DNIT de Florianópolis/SC para assumir um cargo
de chefia no DNIT de Natal/RN (documento 1), o que motivou a minha solicitação de
exercício provisório para acompanhamento de cônjuge na UFRN (documento 2).

Porém, em 25 de janeiro de 2019, meu cônjuge foi removido de forma


definitiva, por interesse da administração pública, com mudança da sede do DNIT de
Florianópolis/SC para Natal/RN (documento 3).

Diante dessa mudança de cenário e considerando que a remoção do meu


esposo foi oficializada como definitiva, em 08 de maio de 2019, solicitei através de e-
mail, à Diretoria de Desenvolvimento de Pessoas da UFRN, informações de como
poderia ser feita minha redistribuição definitiva para a UFRN (documento 4). A DDP
informou a necessidade de cadastro em Banco de Intenções para que,
posteriormente, em caso de vaga disponível para meu cargo, eu pudesse participar
de processo seletivo.

Mesmo ciente de que o meu caso não se enquadra nessa possibilidade


apresentada, a qual tem como referência a Resolução Nº 052/2016 - Consad, que
trata de redistribuições por interesse da administração pública e, considerando que
meu esposo foi removido de ofício, o que enseja a análise da minha movimentação
independente do interesse da administração pública, eu fiz o cadastro no Banco de
Intenções, mas não obtive nenhum retorno sobre a abertura de qualquer processo
seletivo para meu cargo até a presente data.

Fui informada pela DDP/UFRN da existência de um concurso público em


andamento, Edital 12/2019 com vaga para o cargo de Administrador, o que
impossibilitava a minha redistribuição. Pesquisei informações sobre o concurso que
foi homologado em 25/09/2019, com prazo final de validade, contando com a
prorrogação, até 25/09/2021. Segundo informações da DDP, devido a pandemia de
Covid-19, o concurso ficou suspenso por 189 dias, sendo encerrado de forma

definitiva em 09/07/2022.
definitiva em 09/07/2022.

Hoje, dia 13/07/2022, não havendo mais concurso público que possa justificar
a não regularização da minha situação funcional, considerando que meu esposo foi
removido definitivamente por interesse da administração há mais de 3 anos,
enquanto eu continuo em exercício provisório.

Veja-se caso similar ao meu, julgado nos autos do processo 0804458-


70.2020.4.05.8400 pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região em 14/07/2021,
ficou assentado que se deve observar, de acordo com a jurisprudência do STJ, que
"(...) para fins de aplicação do artigo 36 da Lei n.º 8.112/1990, o
cargo de professor de Universidade Federal deve ser interpretado
como pertencente a um quadro único, vinculado ao Ministério da
Educação", (AgInt no REsp 1351140/PR, Rel. Ministro GURGEL DE
FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 26/03/2019, DJe 16/04
/2019; AgInt no REsp 1563661/SP, Rel. Ministro BENEDITO
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 10/04/2018, DJe 23
/04/2018).
Segundo o Acórdão do TRF5, a mesma ratio decidendi deve ser estendida
para os demais servidores das universidades federais, já que não se
vislumbram razões para tratá-los de forma distinta. Caso se entendesse de
forma diversa, a norma do art. 36 da Lei nº 8.112/90 restaria inócua para diversos
servidores federais que estivessem vinculados a algum órgão federal sem
correspondência em outra localidade. Ressalte-se, ainda, que o cargo de
administrador (o caso julgado pelo TRF-5 era de psicólogo, igualmente de nível
superior da carreira TAE) de universidade federal pode ser exercido em qualquer
Universidade Federal do país.

Quando deferido o exercício provisório, tanto eu quanto o meu cônjuge


ficaríamos em Natal/RN provisoriamente, tendo sido perfeitamente razoável a
decisão da movimentação ocorrer de modo temporário. Contudo, a nova situação
jurídica do meu cônjuge (com exercício definitivo na capital potiguar, por
interesse da administração pública) não foi acompanhada por igual evolução
da minha própria situação funcional.

Essa instabilidade da situação funcional gera insegurança, além de jurídica,


psíquica no seio familiar, causando grave sofrimento a mim, ao meu cônjuge e aos
meus filhos, sendo um deles especialmente afetado em razão de portador de
transtorno do espectro autista - TAE (documento 05). Especialmente para este filho,
devem ser observadas as garantias previstas no art. 23, 4 do anexo do Decreto 6.949
/2009 (que internalizou a Convenção Internacional Sobre os Direitos da Pessoa com
Deficiência e seu Protocolo Facultativo), c/c art. 1º do Decreto 8.368/2014. O referido
dispositivo estabelece que

4. Os Estados Partes assegurarão que uma criança não será


separada de seus pais contra a vontade destes, exceto quando
autoridades competentes, sujeitas a controle jurisdicional,
determinarem, em conformidade com as leis e procedimentos
aplicáveis, que a separação é necessária, no superior interesse da
criança. Em nenhum caso, uma criança será separada dos pais sob
alegação de deficiência da criança ou de um ou ambos os pais.

A garantia de não separação acima não poderá existir enquanto a minha


situação funcional continuar sendo de natureza precária, uma vez que fico sujeita as
intempéries do contexto político e da gestão de pessoal do Poder Executivo Federal.

Diante do exposto acima, solicito o recebimento e tramitação do meu pedido


Diante do exposto acima, solicito o recebimento e tramitação do meu pedido
de redistribuição para que eu seja efetivada como servidora da UFRN.

(Assinado digitalmente em 13/07/2022 13:17)


ELZENI ALVES MOREIRA
ADMINISTRADOR
SGI/UFRN (11.24.10)
Matrícula: 1024947

Processo Associado: 23077.091731/2022-81

Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/public/documentos/index.jsp informando seu número: 1194,


ano: 2022, tipo: SOLICITAÇÃO, data de emissão: 13/07/2022 e o código de verificação: 4739bfcff7
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E
FOLHA DE ASSINATURAS
CONTRATOS

Emitido em 13/07/2022

PORTARIA Nº 3/2022 - SGI/UFRN (11.24.10)

(Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO)

(Assinado digitalmente em 13/07/2022 13:17 )


ELZENI ALVES MOREIRA
ADMINISTRADOR
SGI/UFRN (11.24.10)
Matrícula: 1024947

Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/documentos/ informando seu número: 3, ano: 2022, tipo:
PORTARIA, data de emissão: 13/07/2022 e o código de verificação: a08f67c6c9
Seção 2 ISSN 1677-7050 Nº 7, quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA 4ª REGIÃO FISCAL DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL


PORTARIA Nº 4, DE 7 DE JANEIRO DE 2019
EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
PORTARIA Nº 5, DE 8 DE JANEIRO DE 2019
A SUPERINTENDENTE-ADJUNTA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL NA 4ª REGIÃO
FISCAL, no uso da competência subdelegada pelo inciso III do art. 1º da Portaria Cogep nº A DELEGADA SUBSTITUTA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM SÃO JOSÉ DO
662, de 04.10.2016, publicada no DOU de 10.10.2016, e de acordo com o inciso VIII do art. RIO PRETO, no uso das atribuições que lhe confere o inciso XIII, do art. 340 do Regimento
33 da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e tendo em vista o disposto no art. 1º da Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de
Portaria SRRF04 nº 556, de 26.12.2017, publicada no DOU de 28.12.2017, e o que consta
no processo 10480.720060/2019-69, resolve: 09 de outubro de 2017, publicada no DOU de 11 de outubro de 2017, resolve:
declarar vago, em virtude de posse em outro cargo inacumulável, o cargo Art. 1º Delegar competência ao servidor ÂNGELO LUIS PIZZI, TSS, matrículas
ocupado pelo servidor RAFAEL SANTOS DE AMORIM GUEDES matrícula SIAPEcad n° Siapecad : 0809259 e Siape: 0603524, para praticar os atos de que trata o artigo 275 da
01491311 e SIAPE nº 01721117, Assistente Técnico-Administrativo, Classe B, padrão IV, Portaria MF nº 430/2017, nos dias 04, 11 e 18/01/2019, junto à ARF em Catanduva/SP,
lotado e em exercício na Delegacia da Receita Federal do Brasil em Recife (PE), a partir de tendo em vista ausência simultânea do titular e do substituto.
21 de janeiro o de 2019. Art. 2º Convalidar os atos praticados até a edição desta Portaria.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor nesta data, devendo ser publicada no Diário
ANA EMILIA BARACUHY CAVALCANTI Oficial da União.
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA 6ª REGIÃO FISCAL
ERIKA ALESSANDRA BRANDEMARTE PAGLIARINI
PORTARIA Nº 14, DE 18 DE JANEIRO DE 2019 SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA 9ª REGIÃO FISCAL
O SUPERINTENDENTE DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL NA 6ª REGIÃO FISCAL, no DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM PONTA GROSSA
uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria RFB nº 4.338, de 09.09.2005,
publicada no DOU de 12.09.2005, e considerando a Portaria RFB nº 4.071, de 02.05.2007, PORTARIA Nº 5, DE 9 DE JANEIRO DE 2019
publicada no DOU de 02.05.2007, Edição Extra, resolve:
Designar, RAY WILLIANS DE FREITAS CARDOSO, Assistente Técnico- O DELEGADO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM PONTA GROSSA, no uso das
Administrativo, matrícula SIAPECAD nº 01518615, SIAPE nº 1746140, para exercer a Função atribuições que lhe confere o artigo 340 do Regimento Interno da Secretaria da Receita
Gratificada de Chefe de Equipe de Atendimento ao Contribuinte - EAT/1, da Delegacia da Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de 9 de outubro de 2017, e
Receita Federal do Brasil em Poços de Caldas, (MG), código FG-3. considerando o que dispõem os artigos 11 e 12 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro
de 1967, regulamentado pelo Decreto nº 83.937, de 6 de setembro de 1979 e suas
MÁRIO JOSÉ DEHON SÃO THIAGO SANTIAGO alterações, resolve:
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA 8ª REGIÃO FISCAL Art.1º - Delegar competência aos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil
lotados na Equipe de Malha PF - EFI-2 para decidir sobre o arquivamento e
PORTARIA Nº 21, DE 8 DE JANEIRO DE 2019 desarquivamento de processos nos casos de processos de dossiês de malhas e de anulação
de declarações.
O SUPERINTENDENTE SUBSTITUTO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª Art.2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
REGIÃO FISCAL, no uso das atribuições que lhe conferem os artigos 335, 340 e 341 do
Regimento Interno da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de DEMETRIUS DE MOURA SOARES
9 de outubro de 2017, e tendo em vista o disposto nos artigos 11 e 12 do Decreto-Lei
nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, regulamentados pelo Decreto nº 83.937, de 6 de
setembro de 1979 e pelo Decreto nº 86.377, de 17 de setembro de 1981, resolve: Ministério da Educação
Art.1º Delegar competência ao servidor ANTENOR ANTONIO CAMARGO,
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, matrículas SIAPECAD nº 00017709 e SIAPE nº GABINETE DO MINISTRO
0097208, para, no período de 07 a 11 de janeiro de 2019, praticar os atos de que
tratam os artigos 336, 340 e 341 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal PORTARIA Nº 16, DE 9 DE JANEIRO DE 2019
do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e outras
atribuições delegadas ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Santos - O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso da atribuição que lhe confere
DRF/STS, em virtude da ausência simultânea do titular e do substituto eventual, Código o art. 87, parágrafo único, inciso IV, da Constituição, e em observância ao disposto no art.
DAS-101.3. 3º do Decreto nº 8.821, de 26 de julho de 2016, bem como no Decreto nº 8.977, de 30
Art. 2º Ficam convalidados os atos praticados pelo servidor, no uso das de janeiro de 2017, resolve:
atribuições acima delegadas, até a publicação da presente portaria no DOU. Exonerar CARLOS EDUARDO MARINHO DE ALMEIDA, Matrícula SIAPE nº
1642879, do cargo de Coordenador-Geral de Infraestrutura de Informática, código DAS
MARCELO BARRETO DE ARAÚJO
101.4, da Diretoria de Tecnologia da Informação, da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior - CAPES.
PORTARIA Nº 22, DE 8 DE JANEIRO DE 2019
O SUPERINTENDENTE SUBSTITUTO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª RICARDO VÉLEZ RODRÍGUEZ
REGIÃO FISCAL, no uso das atribuições que lhe conferem os artigos 335, 340 e 341 do
Regimento Interno da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de SECRETARIA EXECUTIVA
9 de outubro de 2017, e tendo em vista o disposto nos artigos 11 e 12 do Decreto-Lei SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS
nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, regulamentados pelo Decreto nº 83.937, de 6 de
setembro de 1979 e pelo Decreto nº 86.377, de 17 de setembro de 1981, resolve: PORTARIA Nº 12, DE 8 DE JANEIRO DE 2019
Art.1º Delegar competência ao servidor CESAR RONALDO PEREIRA, Auditor-
Fiscal da Receita Federal do Brasil, matrículas SIAPECAD nº 00006594 e SIAPE nº O SUBSECRETÁRIO DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS, SUBSTITUTO, DO
6149773, para, no período de 07 a 18 de janeiro de 2019, praticar os atos de que MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, de conformidade com a delegação de competência outorgada
tratam os artigos 336, 340 e 341 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal pelo art. 1º da Portaria SEGEP/MP nº 1.166, publicada no DOU, de 12 de julho de 2012, e
do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e outras
atribuições delegadas ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Presidente considerando o disposto no § 2º do art. 84 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
Prudente - DRF/PPE, em virtude da ausência simultânea do titular e do substituto resolve efetivar o seguinte exercício provisório:
eventual, Código DAS-101.2. Servidor (a): ELZENI ALVES MOREIRA
Art. 2º Ficam convalidados os atos praticados pelo servidor, no uso das Mat. SIAPE: 3024947
atribuições acima delegadas, até a publicação da presente portaria no DOU. Cargo: Administrador
Origem: Universidade Federal de Santa Catarina
MARCELO BARRETO DE ARAÚJO Para: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Processo: 23080.084241/2018-93
PORTARIA Nº 23, DE 8 DE JANEIRO DE 2019 Art. 1º Caberá ao órgão de destino apresentar o (a) servidor (a) ao seu órgão
de origem ao término do exercício provisório.
O SUPERINTENDENTE SUBSTITUTO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª Art. 2º O exercício provisório objeto desta Portaria cessará caso sobrevenha a
REGIÃO FISCAL, no uso das atribuições que lhe conferem os artigos 335, 340 e 341 do desconstituição da entidade familiar cuja unidade se pretende assegurar ou na hipótese de
Regimento Interno da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de
9 de outubro de 2017, e tendo em vista o disposto nos artigos 11 e 12 do Decreto-Lei novo deslocamento do cônjuge.
nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, regulamentados pelo Decreto nº 83.937, de 6 de Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
setembro de 1979 e pelo Decreto nº 86.377, de 17 de setembro de 1981, resolve:
Art.1º Delegar competência ao servidor ALEXANDRE LOPES DE SOUZA, PAULO BERNARDES HONORIO DE MENDONÇA
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, matrículas SIAPECAD nº 00063332 e SIAPE nº
2216542, para, no período de 07 a 18 de janeiro de 2019, praticar os atos de que PORTARIA Nº 15, DE 9 DE JANEIRO DE 2019
tratam os artigos 336, 340 e 341 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal
do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e outras O SUBSECRETÁRIO DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS SUBSTITUTO, DO
atribuições delegadas ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Araçatuba MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, de conformidade com a delegação de competência outorgada
- DRF/ATA, em virtude da ausência simultânea do titular e do substituto eventual, Código pelo art. 1º da Portaria SEGEP/MP nº 1.166, publicada no DOU, de 12 de julho de 2012, e
DAS-101.2. considerando o disposto no §2º do art. 84 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
Art. 2º Ficam convalidados os atos praticados pelo servidor, no uso das resolve efetivar o seguinte exercício provisório, a partir de 18 de janeiro de 2019:
atribuições acima delegadas, até a publicação da presente portaria no DOU. Servidor (a): FLÁVIA CRISTINA DOS SANTOS MIRANDA
Mat. SIAPE: 2239299
MARCELO BARRETO DE ARAÚJO Cargo: Assistente em Administração
Origem: Instituto Federal do Acre
PORTARIA Nº 24, DE 8 DE JANEIRO DE 2019 Para: Instituto Federal do Amazonas - Campus Tefé
O SUPERINTENDENTE SUBSTITUTO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª Processo: 23443.038355/2018-03
REGIÃO FISCAL, no uso das atribuições que lhe conferem os artigos 335, 340 e 341 do Art. 1º Caberá ao órgão de destino apresentar o (a) servidor (a) ao seu órgão
Regimento Interno da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de de origem ao término do exercício provisório.
9 de outubro de 2017, e tendo em vista o disposto nos artigos 11 e 12 do Decreto-Lei Art. 2º O exercício provisório objeto desta Portaria cessará caso sobrevenha a
nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, regulamentados pelo Decreto nº 83.937, de 6 de desconstituição da entidade familiar cuja unidade se pretende assegurar ou na hipótese de
setembro de 1979 e pelo Decreto nº 86.377, de 17 de setembro de 1981, resolve: novo deslocamento do cônjuge.
Art.1º Delegar competência ao servidor MAURICIO CIDADE BROGGIATO,
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, matrículas SIAPECAD nº 01292584 e SIAPE nº PAULO BERNARDES HONORIO DE MENDONÇA
1537811, para, no período de 07 a 12 de janeiro de 2019, praticar os atos de que
tratam os artigos 336, 340 e 341 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal RETIFICAÇÃO
do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e outras
atribuições delegadas ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Barueri - Na Portaria nº 276, de 27 de dezembro de 2018, publicada no Diário Oficial
DRF/BRE, em virtude da ausência simultânea do titular e do substituto eventual, Código da União de 28 de dezembro de 2018, Seção II, página 249, onde se lê: "
DAS-101.3. fundamentada no artigo 40, § 1º, Inciso I, da Constituição Federal, com redação dada
Art. 2º Ficam convalidados os atos praticados pelo servidor, no uso das
atribuições acima delegadas, até a publicação da presente portaria no DOU. pela Emenda Constitucional nº 41/2003", leia-se: "fundamentada no Art. 40, § 1º,
Inciso I, da Constituição Federal, com redação dada pela EC nº 41/2003, combinado
MARCELO BARRETO DE ARAÚJO com o Art. 6º-A da EC nº 41/2003, incluído pela EC nº 70/2012".

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico 21 Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001,
http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 05292019011000021 que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E
FOLHA DE ASSINATURAS
CONTRATOS

Emitido em 13/07/2022

PORTARIA Nº 4/2022 - SGI/UFRN (11.24.10)

(Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO)

(Assinado digitalmente em 13/07/2022 13:17 )


ELZENI ALVES MOREIRA
ADMINISTRADOR
SGI/UFRN (11.24.10)
Matrícula: 1024947

Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/documentos/ informando seu número: 4, ano: 2022, tipo:
PORTARIA, data de emissão: 13/07/2022 e o código de verificação: 441ad2ed36
BOLETIM ADMINISTRATIVO
Nº 018 25 de janeiro de 2019

DIRETORIAS SETORIAIS

ATOS DA DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

PORTARIA Nº 345, DE 18 DE JANEIRO DE 2019

O DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS DO DEPARTAMENTO


NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES - DNIT, no uso das suas
atribuições regimentais e da competência que lhe foi delegada pela Portaria/DG n° 5.541, de 24
de outubro de 2018, publicada no Diário Oficial da União de 09 de novembro de 2018, e tendo em
vista o constante processo nº 50614.000010/2019-13,

R E S O L V E:

REMOVER DE OFICIO, nos termos do artigo 36, Parágrafo único, inciso I, da


Lei nº 8.112/90, com a redação dada pelo artigo 1º da Lei nº 9.527/97, o servidor FLAVIO
EDUARDO BATISTA MOREIRA, ocupante do cargo de Analista em Infraestrutura de
Transportes, matrículas DNIT n° 3036 e SIAPE n° 1547698, da Superintendência Regional no
Estado de Santa Catarina para a Superintendência Regional no Estado do Rio Grande do Norte.

Interrupção de Férias
Em, 24/01/2019

DANIEL GONÇALVES MENDES, matrícula DNIT nº 2533-0, referente ao


exercício de 2019, interrupção a partir de 21/01/2019. Previsão de retomada das férias em
19/06/2019.

ATOS DA COORDENAÇÃO-GERAL DE GESTÃO DE PESSOAS

Licença Paternidade e Prorrogação

LEONARDO SILVA RODRIGUES, Matrícula DNIT n. 4658, período: de


19/01/2019 a 23/01/2019; período da prorrogação: de 24/01/2019 a 07/02/2019. Processo n.
50600.002898/2019-88.

Licença por Motivo de Falecimento de Pessoa da Família

AMARO VENANCIO JUNIOR, Matrícula DNIT n. 4144, período: de


17/01/2019 a 24/01/2019. Processo n. 50600.003018/2019-91.
10
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E
FOLHA DE ASSINATURAS
CONTRATOS

Emitido em 13/07/2022

PORTARIA Nº 5/2022 - SGI/UFRN (11.24.10)

(Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO)

(Assinado digitalmente em 13/07/2022 13:17 )


ELZENI ALVES MOREIRA
ADMINISTRADOR
SGI/UFRN (11.24.10)
Matrícula: 1024947

Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/documentos/ informando seu número: 5, ano: 2022, tipo:
PORTARIA, data de emissão: 13/07/2022 e o código de verificação: 55039666fd
Re: Redistribuição

De: movimentacao (movimentacao@reitoria.ufrn.br)


Para: elzeni.moreira@yahoo.com.br
Data: quarta-feira, 16 de outubro de 2019 16:08 BRT

Senhora Elzeni, boa tarde!

Pedimos desculpa pela demora em respondê-la, mas informamos que seu email estava em nossa caixa
de spam, motivo pelo qual passou despercebido.

Informo que seus dados estão cadastrados em nosso Banco de Intenções.

Atenciosamente,
--
Karina Marinho
Divisão de Planejamento de Gestão de Pessoas
Diretoria de Desenvolvimento de Pessoas
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(84) 3342-2235 - Opção 2

De: "Elzeni Moreira" <elzeni.moreira@yahoo.com.br>


Para: movimentacao@reitoria.ufrn.br
Enviadas: Quinta-feira, 29 de agosto de 2019 9:06:05
Assunto: Re: Redistribuição

Bom dia,

Segue formulário para registro no Bando de Intenções.

Grata,

Elzeni

Em quinta-feira, 9 de maio de 2019 17:31:30 BRT, <movimentacao@reitoria.ufrn.br> escreveu:

Boa tarde!

Sra. Elzeni Moreira,

Informamos que os códigos de vaga para redistribuição são divulgados no QUADRO DE


REFERÊNCIA DOS SERVIDORES TÉCNICO - ADMINISTRATIVOS (QRSTA), no
site: www.progesp.ufrn.br.

A UFRN abre processo quando há código de vaga para redistribuição; por enquanto não
existe nenhum código disponível para o cargo Administrador.

Informamos ainda a existência de concurso público em andamento Edital nº 12/2019-


PROGESP para o cargo de Administrador, impedimento para redistribuições.
Para deixar registrada a intenção em vir redistribuído, segue o formulário para cadastrar os
seus dados em nosso BANCO DE INTENÇÕES. O formulário comporá o nosso Banco de
Intenções pelo prazo de 01 ano, conforme art. 13, parágrafo único, da Resolução nº
052/2016-CONSAD, de 29 de setembro de 2016.

Caso a UFRN disponibilize código de vaga para determinado cargo para fins de
redistribuição, entraremos em contato com todos os servidores cadastrados em nosso
Banco de Intenções para solicitar a documentação e abrir o processo. Portanto, os
documentos para abertura de processo somente serão enviados quando for solicitado.

Anexo formulário e Resolução Redistribuição de servidores TAE.

O formulário deverá ser digitalizado em PDF, tamanho A4, e encaminhado por email.

Atenciosamente.

--
Coordenadoria de Planejamento de Gestão de Pessoas
Diretoria de Desenvolvimento de Pessoas
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(84) 3342-2235 - Opção 2

De: "elzeni moreira" <elzeni.moreira@yahoo.com.br>


Para: movimentacao@reitoria.ufrn.br
Enviadas: Quinta-feira, 9 de maio de 2019 15:45:12
Assunto: Re: Redistribuição

Boa tarde,

Meu cargo é Administradora.

Minha instituição é a Universidade Federal de Santa Catarina.

Informo também que a instituição de origem aceita receber outros cargos nível E em troca do cargo de
Administrador (consulta feita informalmente a Pró Reitoria de Gestão de Pessoas da UFSC).

Elzeni

Em quinta-feira, 9 de maio de 2019 15:39:13 BRT, movimentacao@reitoria.ufrn.br


<movimentacao@reitoria.ufrn.br> escreveu:

Boa tarde!

Sra. Elzeni Moreira,

Solicito informar seu cargo e sua instituição?

Att.
Adriana Marques Roberto

--
Coordenadoria de Planejamento de Gestão de Pessoas
Diretoria de Desenvolvimento de Pessoas
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(84) 3342-2235 - Opção 2

De: "elzeni moreira" <elzeni.moreira@yahoo.com.br>


Para: movimentacao@reitoria.ufrn.br
Enviadas: Quarta-feira, 8 de maio de 2019 9:57:09
Assunto: Redistribuição

Bom dia,

Gostaria de saber onde posso encontrar o formulário padrão para redistribuição e quais os documentos
necessários para dá entrada na redistribuição para a UFRN.

Grata

Elzeni
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E
FOLHA DE ASSINATURAS
CONTRATOS

Emitido em 13/07/2022

E-MAIL Nº 2235/2022 - SGI/UFRN (11.24.10)

(Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO)

(Assinado digitalmente em 13/07/2022 13:17 )


ELZENI ALVES MOREIRA
ADMINISTRADOR
SGI/UFRN (11.24.10)
Matrícula: 1024947

Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/documentos/ informando seu número: 2235, ano: 2022, tipo:
E-MAIL, data de emissão: 13/07/2022 e o código de verificação: 6cb71f7be1
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E
FOLHA DE ASSINATURAS
CONTRATOS

Emitido em 13/07/2022

LAUDO MÉDICO Nº 232/2022 - SGI/UFRN (11.24.10)

(Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO)

(Assinado digitalmente em 13/07/2022 13:17 )


ELZENI ALVES MOREIRA
ADMINISTRADOR
SGI/UFRN (11.24.10)
Matrícula: 1024947

Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/documentos/ informando seu número: 232, ano: 2022, tipo:
LAUDO MÉDICO, data de emissão: 13/07/2022 e o código de verificação: 1dc3a3b96b
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DDP - DIVISÃO DE PLANEJAMENTO DE GESTÃO DE PESSOAS

DESPACHO Nº 185/2022 - DPGP/DDP (11.65.06.02)

Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO


Natal-RN, 18 de julho de 2022.

Considerando o objeto da solicitação e a gestão de vagas de técnico-administrativos


na UFRN, expomos os seguintes pontos:

1. Informamos que há 01 código de vaga desocupado do cargo de Administrador, no


entanto o referido código está comprometido, dado que ainda resta um aprovado de
concurso a ser nomeado, conforme Edital n°12/2019, com vigência até julho de
2023. Somente após a nomeação do último aprovado é que esta Instituição poderá
trabalhar processos de redistribuição caso exista código de vaga desocupado
disponível para esse procedimento.

2. Ademais, se persistir a intenção em vir para esta UFRN, poderá ser preenchido o
formulário de redistribuição, o qual é disponibilizado no portal da PROGESP, no site:
www.progesp.ufrn.br, aba “direitos e deveres”. O formulário deverá ser encaminhado
ao e-mail movimentacao@reitoria.ufrn.br para compor o Banco de Intenções pelo
prazo de 01 ano, conforme art. 13, parágrafo único, da Resolução nº 052/2016-
CONSAD, de 29 de setembro de 2016.

3. Ressaltamos ainda que na ocorrência de vagas desocupadas do cargo seja


disponibilizada para Redistribuição, esta Divisão entrará em contato com todos os
administradores cadastrados no Banco de Intenções informando sobre a
disponibilidade de vaga para este fim.

Sem mais para o momento, encaminhamos os autos para Secretaria de Governança


Institucional - SGI para que seja dada ciência a servidora.

Atenciosamente,

(Assinado digitalmente em 18/07/2022 17:20) (Assinado digitalmente em 19/07/2022 09:03)


FERNANDA CRYSTYNNY DOS SANTOS PEREIRA MARIA DO ROSÁRIO DE CARVALHO NETA
COORDENADOR - TITULAR ASSISTENTE EM ADMINISTRACAO
DPGP/DDP (11.65.06.02) DDP/PROGESP (11.65.06)
Matrícula: 1953728 Matrícula: 3284870

Processo Associado: 23077.091731/2022-81


Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/public/documentos/index.jsp informando seu número: 185,
ano: 2022, tipo: DESPACHO, data de emissão: 18/07/2022 e o código de verificação: 0390af064e
Re: Redistribuição

De: movimentacao (movimentacao@reitoria.ufrn.br)


Para: elzeni.moreira@yahoo.com.br
Data: quarta-feira, 16 de outubro de 2019 16:08 BRT

Senhora Elzeni, boa tarde!

Pedimos desculpa pela demora em respondê-la, mas informamos que seu email estava em nossa caixa
de spam, motivo pelo qual passou despercebido.

Informo que seus dados estão cadastrados em nosso Banco de Intenções.

Atenciosamente,
--
Karina Marinho
Divisão de Planejamento de Gestão de Pessoas
Diretoria de Desenvolvimento de Pessoas
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(84) 3342-2235 - Opção 2

De: "Elzeni Moreira" <elzeni.moreira@yahoo.com.br>


Para: movimentacao@reitoria.ufrn.br
Enviadas: Quinta-feira, 29 de agosto de 2019 9:06:05
Assunto: Re: Redistribuição

Bom dia,

Segue formulário para registro no Bando de Intenções.

Grata,

Elzeni

Em quinta-feira, 9 de maio de 2019 17:31:30 BRT, <movimentacao@reitoria.ufrn.br> escreveu:

Boa tarde!

Sra. Elzeni Moreira,

Informamos que os códigos de vaga para redistribuição são divulgados no QUADRO DE


REFERÊNCIA DOS SERVIDORES TÉCNICO - ADMINISTRATIVOS (QRSTA), no
site: www.progesp.ufrn.br.

A UFRN abre processo quando há código de vaga para redistribuição; por enquanto não
existe nenhum código disponível para o cargo Administrador.

Informamos ainda a existência de concurso público em andamento Edital nº 12/2019-


PROGESP para o cargo de Administrador, impedimento para redistribuições.
Para deixar registrada a intenção em vir redistribuído, segue o formulário para cadastrar os
seus dados em nosso BANCO DE INTENÇÕES. O formulário comporá o nosso Banco de
Intenções pelo prazo de 01 ano, conforme art. 13, parágrafo único, da Resolução nº
052/2016-CONSAD, de 29 de setembro de 2016.

Caso a UFRN disponibilize código de vaga para determinado cargo para fins de
redistribuição, entraremos em contato com todos os servidores cadastrados em nosso
Banco de Intenções para solicitar a documentação e abrir o processo. Portanto, os
documentos para abertura de processo somente serão enviados quando for solicitado.

Anexo formulário e Resolução Redistribuição de servidores TAE.

O formulário deverá ser digitalizado em PDF, tamanho A4, e encaminhado por email.

Atenciosamente.

--
Coordenadoria de Planejamento de Gestão de Pessoas
Diretoria de Desenvolvimento de Pessoas
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(84) 3342-2235 - Opção 2

De: "elzeni moreira" <elzeni.moreira@yahoo.com.br>


Para: movimentacao@reitoria.ufrn.br
Enviadas: Quinta-feira, 9 de maio de 2019 15:45:12
Assunto: Re: Redistribuição

Boa tarde,

Meu cargo é Administradora.

Minha instituição é a Universidade Federal de Santa Catarina.

Informo também que a instituição de origem aceita receber outros cargos nível E em troca do cargo de
Administrador (consulta feita informalmente a Pró Reitoria de Gestão de Pessoas da UFSC).

Elzeni

Em quinta-feira, 9 de maio de 2019 15:39:13 BRT, movimentacao@reitoria.ufrn.br


<movimentacao@reitoria.ufrn.br> escreveu:

Boa tarde!

Sra. Elzeni Moreira,

Solicito informar seu cargo e sua instituição?

Att.
Adriana Marques Roberto

--
Coordenadoria de Planejamento de Gestão de Pessoas
Diretoria de Desenvolvimento de Pessoas
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(84) 3342-2235 - Opção 2

De: "elzeni moreira" <elzeni.moreira@yahoo.com.br>


Para: movimentacao@reitoria.ufrn.br
Enviadas: Quarta-feira, 8 de maio de 2019 9:57:09
Assunto: Redistribuição

Bom dia,

Gostaria de saber onde posso encontrar o formulário padrão para redistribuição e quais os documentos
necessários para dá entrada na redistribuição para a UFRN.

Grata

Elzeni
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE GOVERNANÇA INSTITUCIONAL

OFÍCIO Nº 22/2022 - SGI/UFRN (11.24.10)

Nº do Protocolo: 23077.087053/2022-52
Natal-RN, 04 de julho de 2022.

Ao Senhor
Ubaldo Cesar Balthazar
Reitor da Universidade Federal Santa Catarina (UFSC)
Campus Reitor João David Ferreira - Bairro Trindade
88040-900 Florianópolis/SC

Assunto: Frequência da servidora Elzeni Alves Moreira no mês de junho de 2022.

Senhor Reitor,

De ordem do reitor, informamos que a servidora Elzeni Alves Moreira, Administradora,


matrícula 1024947, em exercício provisório na Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), cumpriu integralmente a carga horária no mês de junho de 2022.

Atenciosamente.

(Assinado digitalmente em 04/07/2022 14:37)


SEVERINO CESARIO DE LIMA
SECRETÁRIO DE GOVERNANÇA INSTITUCIONAL
SGI/UFRN (11.24.10)
Matrícula: 1149555

Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/public/documentos/index.jsp informando seu número: 22, ano: 2022, tipo:
OFÍCIO, data de emissão: 04/07/2022 e o código de verificação: c88acb36c6
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DDP - DIVISÃO DE PLANEJAMENTO DE GESTÃO DE PESSOAS

DESPACHO Nº 185/2022 - DPGP/DDP (11.65.06.02)

Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO


Natal-RN, 18 de julho de 2022.

Considerando o objeto da solicitação e a gestão de vagas de técnico-administra vos na UFRN, expomos os


seguintes pontos:

1. Informamos que há 01 código de vaga desocupado do cargo de Administrador, no entanto o referido


código está comprome do, dado que ainda resta um aprovado de concurso a ser nomeado, conforme Edital
n°12/2019, com vigência até julho de 2023. Somente após a nomeação do úl mo aprovado é que esta
Ins tuição poderá trabalhar processos de redistribuição caso exista código de vaga desocupado disponível
para esse procedimento.

2. Ademais, se persis r a intenção em vir para esta UFRN, poderá ser preenchido o formulário de
redistribuição, o qual é disponibilizado no portal da PROGESP, no site: www.progesp.ufrn.br, aba ?direitos e
deveres?. O formulário deverá ser encaminhado ao e-mail movimentacao@reitoria.ufrn.br para compor o
Banco de Intenções pelo prazo de 01 ano, conforme art. 13, parágrafo único, da Resolução nº 052/2016-
CONSAD, de 29 de setembro de 2016.
3. Ressaltamos ainda que na ocorrência de vagas desocupadas do cargo seja disponibilizada para
Redistribuição, esta Divisão entrará em contato com todos os administradores cadastrados no Banco de
Intenções informando sobre a disponibilidade de vaga para este fim.

Sem mais para o momento, encaminhamos os autos para Secretaria de Governança Ins tucional - SGI para
que seja dada ciência a servidora.

Atenciosamente,

(Assinado digitalmente em 18/07/2022 17:20)


(Assinado digitalmente em 19/07/2022 09:03)
FERNANDA CRYSTYNNY DOS SANTOS
MARIA DO ROSÁRIO DE CARVALHO NETA
PEREIRA ASSISTENTE EM ADMINISTRACAO
COORDENADOR - TITULAR DDP/PROGESP (11.65.06)
DPGP/DDP (11.65.06.02) Matrícula: 3284870
Matrícula: 1953728

Processo Associado: 23077.091731/2022-81

Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/public/documentos/index.jsp informando seu


número: 185, ano: 2022, tipo: DESPACHO, data de emissão: 18/07/2022 e o código de verificação:
0390af064e
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE GOVERNANÇA INSTITUCIONAL

SOLICITAÇÃO Nº 1194/2022 - SGI/UFRN (11.24.10)

Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO


Natal-RN, 13 de julho de 2022.

SOLICITAÇÃO DE REDISTRIBUIÇÃO

JUSTIFICATIVA

Eu, Elzeni Alves Moreira, Administradora, matrícula 1024947, servidora efetiva da


Universidade Federal de Santa Catarina, em exercício provisório na Universidade Federal do
Rio Grande do Norte desde maio de 2019, atualmente lotada na Secretaria de Governança
Institucional, venho requerer redistribuição, em caráter definitivo, considerando as seguintes
informações:

Meu esposo, Flávio Eduardo Batista Moreira, foi removido, provisoriamente, por
interesse da administração pública, em 05/10/2018, do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes-DNIT de Florianópolis/SC para assumir um cargo de chefia no
DNIT de Natal/RN (documento 1), o que motivou a minha solicitação de exercício provisório
para acompanhamento de cônjuge na UFRN (documento 2).

Porém, em 25 de janeiro de 2019, meu cônjuge foi removido de forma definitiva, por
interesse da administração pública, com mudança da sede do DNIT de Florianópolis/SC para
Natal/RN (documento 3).

Diante dessa mudança de cenário e considerando que a remoção do meu esposo foi
oficializada como definitiva, em 08 de maio de 2019, solicitei através de e-mail, à Diretoria de
Desenvolvimento de Pessoas da UFRN, informações de como poderia ser feita minha
redistribuição definitiva para a UFRN (documento 4). A DDP informou a necessidade de
cadastro em Banco de Intenções para que, posteriormente, em caso de vaga disponível para
meu cargo, eu pudesse participar de processo seletivo.

Mesmo ciente de que o meu caso não se enquadra nessa possibilidade apresentada, a
qual tem como referência a Resolução Nº 052/2016 - Consad, que trata de redistribuições por
interesse da administração pública e, considerando que meu esposo foi removido de ofício, o
que enseja a análise da minha movimentação independente do interesse da administração
pública, eu fiz o cadastro no Banco de Intenções, mas não obtive nenhum retorno sobre a
abertura de qualquer processo seletivo para meu cargo até a presente data.

Fui informada pela DDP/UFRN da existência de um concurso público em andamento,


Edital 12/2019 com vaga para o cargo de Administrador, o que impossibilitava a minha
redistribuição. Pesquisei informações sobre o concurso que foi homologado em 25/09/2019,
com prazo final de validade, contando com a prorrogação, até 25/09/2021. Segundo
informações da DDP, devido a pandemia de Covid-19, o concurso ficou suspenso por 189
dias, sendo encerrado de forma definitiva em 09/07/2022.

Hoje, dia 13/07/2022, não havendo mais concurso público que possa justificar a não
regularização da minha situação funcional, considerando que meu esposo foi removido
definitivamente por interesse da administração há mais de 3 anos, enquanto eu continuo
definitivamente por interesse da administração há mais de 3 anos, enquanto eu continuo
em exercício provisório.

Veja-se caso similar ao meu, julgado nos autos do processo 0804458-


70.2020.4.05.8400 pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região em 14/07/2021, ficou
assentado que se deve observar, de acordo com a jurisprudência do STJ, que
"(...) para fins de aplicação do artigo 36 da Lei n.º 8.112/1990, o cargo de
professor de Universidade Federal deve ser interpretado como pertencente a
um quadro único, vinculado ao Ministério da Educação", (AgInt no REsp
1351140/PR, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 26/03/2019, DJe 16/04/2019; AgInt no REsp 1563661/SP, Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 10/04/2018, DJe 23
/04/2018).
Segundo o Acórdão do TRF5, a mesma ratio decidendi deve ser estendida para os
demais servidores das universidades federais, já que não se vislumbram razões para
tratá-los de forma distinta. Caso se entendesse de forma diversa, a norma do art. 36 da Lei
nº 8.112/90 restaria inócua para diversos servidores federais que estivessem vinculados a
algum órgão federal sem correspondência em outra localidade. Ressalte-se, ainda, que o
cargo de administrador (o caso julgado pelo TRF-5 era de psicólogo, igualmente de nível
superior da carreira TAE) de universidade federal pode ser exercido em qualquer Universidade
Federal do país.

Quando deferido o exercício provisório, tanto eu quanto o meu cônjuge ficaríamos em


Natal/RN provisoriamente, tendo sido perfeitamente razoável a decisão da movimentação
ocorrer de modo temporário. Contudo, a nova situação jurídica do meu cônjuge (com
exercício definitivo na capital potiguar, por interesse da administração pública) não foi
acompanhada por igual evolução da minha própria situação funcional.

Essa instabilidade da situação funcional gera insegurança, além de jurídica, psíquica no


seio familiar, causando grave sofrimento a mim, ao meu cônjuge e aos meus filhos, sendo um
deles especialmente afetado em razão de portador de transtorno do espectro autista - TAE
(documento 05). Especialmente para este filho, devem ser observadas as garantias previstas
no art. 23, 4 do anexo do Decreto 6.949/2009 (que internalizou a Convenção Internacional
Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e seu Protocolo Facultativo), c/c art. 1º do
Decreto 8.368/2014. O referido dispositivo estabelece que

4. Os Estados Partes assegurarão que uma criança não será separada de


seus pais contra a vontade destes, exceto quando autoridades
competentes, sujeitas a controle jurisdicional, determinarem, em conformidade
com as leis e procedimentos aplicáveis, que a separação é necessária, no
superior interesse da criança. Em nenhum caso, uma criança será separada
dos pais sob alegação de deficiência da criança ou de um ou ambos os pais.

A garantia de não separação acima não poderá existir enquanto a minha situação
funcional continuar sendo de natureza precária, uma vez que fico sujeita as intempéries do
contexto político e da gestão de pessoal do Poder Executivo Federal.

Diante do exposto acima, solicito o recebimento e tramitação do meu pedido de


redistribuição para que eu seja efetivada como servidora da UFRN.
(Assinado digitalmente em 13/07/2022 13:17)
ELZENI ALVES MOREIRA
ADMINISTRADOR
SGI/UFRN (11.24.10)
Matrícula: ###249#7

Processo Associado: 23077.091731/2022-81

Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/public/documentos/index.jsp informando seu número: 1194, ano: 2022,
tipo: SOLICITAÇÃO, data de emissão: 13/07/2022 e o código de verificação: 4739bfcff7
SEI/DNIT - 12018348 - Declaração https://sei.dnit.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimi...

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

DECLARAÇÃO

Processo nº 50614.000010/2019-13
Interessado: Flávio Eduardo Batista Moreira

Declaro, a pedido da parte interessada e para os fins que se fizerem necessários, que
o senhor FLÁVIO EDUARDO BATISTA MOREIRA, ocupante do cargo de Analista em Infraestrutura
de Transportes, matrícula Siape n.º 15*****, pertence ao quadro de servidores efetivos deste órgão,
regido pelo Regime Jurídico de que trata a Lei n.º 8.112, de 11/12/1990, tendo sido lotado
provisoriamente nesta Superintendência em 05 de outubro de 2018, por ter sido designado para exercer
função comissionada FCPE 101.1, conforme Portaria nº 5.168, de 03 de outubro de 2018, publicada no
DOU nº 193, de 05 de outubro de 2018, posteriormente o servidor foi Removido de Ofício através da
Portaria nº 345 de 18 de janeiro de 2019, publicada no Boletim Administrativo nº 18 de 25 de janeiro
de 2019, estando em atividade até a presente data.

ANA CRISTINA DE SÁ L. S. ÁVILA PAZ COSTA


Chefe do Serviço de Gestão de Pessoas substituta

Documento assinado eletronicamente por Ana Cris�na de Sá Leitão Soares Ávila Paz Costa, Chefe
do Serviço de Gestão de Pessoas-Subs�tuto(a), em 26/07/2022, às 11:33, conforme horário
oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de
2015.

A auten�cidade deste documento pode ser conferida no site h�ps://sei.dnit.gov.br


/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0,
informando o código verificador 12018348 e o código CRC C1EBA5AB.

Referência: Processo nº 50614.000010/2019-13 SEI nº 12018348

Av. Nevaldo Rocha, 3656


CEP 59.056-045
Natal/RN |

1 of 1 26/07/2022 11:56
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE
CNPJ: 24.365.710/0001-83
Campus Universitário BR-101 - Lagoa Nova - Natal/RN - CEP 59078-900
Telefone: (84) 3342-2299 - e-mail: atendimento@prograd.ufrn.br

DECLARAÇÃO

Declaramos, para os fins a que se fizerem necessários, que PEDRO


EDUARDO ALVES MOREIRA é aluno(a) vinculado(a) a este(a) universidade, sob o
número 20220011330, no curso de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - NATAL -
BACHARELADO - Presencial - MT.

Departamento de Administração Escolar da Pró-Reitoria de Graduação da


Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, 27 de Julho de 2022.

Código de verificação:
338c620615

Para verificar a autenticidade deste documento acesse http://www.sigaa.ufrn.br/documentos/,


informando a matrícula, data de emissão do documento e o código de verificação.

ATENÇÃO
ESTE DOCUMENTO NÃO É VALIDO PARA FINS DE SOLICITAÇÃO DE VAGA EM OUTRA INSTITUIÇÃO DE
ENSINO SUPERIOR. CASO SEJA NECESSÁRIO TAL DOCUMENTO, É NECESSÁRIO COMPARECER AO
DACA - DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE ACADÊMICO.
PARECER TÉCNICO

➢ IDENTIFICAÇÃO DA ESTUDANTE:
• NOME: PEDRO EDUARDO ALVES MOREIRA
• CURSO: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
• MATRÍCULA: 20220011330

➢ BREVE DESCRIÇÃO DO CASO:

O estudante PEDRO EDUARDO ALVES MOREIRA solicitou, no semestre


2022.1, junto à Secretaria de Inclusão e Acessibilidade (SIA), apoio para
o acompanhamento e conclusão bem-sucedidos de suas atividades
acadêmicas nesta universidade.
O estudante apresentou laudo médico no qual evidenciou a presença
do Transtorno do Espectro Autista (TEA), com as funções cognitivas
preservadas, mas introspecção, dificuldade de comunicação e organização
de suas atividades diárias.
Pessoas com TEA comumente apresentam dificuldades para
estabelecer contato com outras pessoas, compartilhar interesses, bem
como para iniciar ou responder a interações sociais, além de dificuldades
na comunicação não-verbal - tais como no contato visual. Adicionalmente,
podem apresentar dificuldades para lidar com transições, padrões rígidos
de pensamento e comportamento, interesses fixos e altamente restritos,
inflexibilidade mental, interpretação concreta e literal.

➢ ORIENTAÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS:

Diante das necessidades educacionais especiais do estudante, e em


conformidade com o Regulamento dos Cursos de Graduação da UFRN, a
SIA vem requerer às unidades pedagógicas do curso de TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO o atendimento educacional especial ao estudante através
de procedimentos e recursos de ensino-aprendizagem-avaliação que
contemplem as suas necessidades.

➢ ORIENTAÇÕES GERAIS:

• Participação efetiva do orientador acadêmico em seu processo de


ensino-aprendizagem, notadamente no que diz respeito à organização
de suas atividades acadêmicas em carga horária e natureza de
disciplinas condizentes com a sua condição, sem prejuízo à
aprendizagem. Orientador acadêmico: Kayo Gonçalves
• Manutenção de diálogo sobre suas necessidades, dificuldades e
possibilidades, de modo que o estudante se sinta mais motivado.
• O estudante geralmente não se sente a vontade para tirar suas
dúvidas no decorrer da aula, foi orientado que tentasse fazer, mas
caso não fosse possível que procurasse o professor ou monitor em
horário posterior para tirar suas dúvidas.

➢ EM SALA DE AULA:

• Orientação e auxílio na organização das atividades, no


estabelecimento de uma rotina de estudos e no manejo dos prazos e
gerenciamento do tempo;
• Alocação de espaço físico que contribua para a promoção da
concentração, como próximo ao professor;
• Busca da manutenção da programação prévia, estabelecendo rotinas
de trabalho claras e evitando alterações imprevistas e, caso seja
necessário fazê-lo, avisar com a maior antecedência possível ao
estudante;
• Utilização de linguagem clara, direta e objetiva, evitando o uso de
ambiguidades, metáforas e outras figuras de linguagem que
extrapolem a capacidade de compreensão do estudante;
• Evitar mudanças bruscas na exposição de conteúdos, tendo em vista
a necessidade do discente manter o engajamento atencional.
➢ ATIVIDADES AVALIATIVAS:

• O aluno apresenta dificuldades para realização de trabalho em grupo,


porém, apresenta o desejo de tentar de inserir. Dessa forma, sugiro
mantê-lo em grupo de sua preferência;
• Disponibilização de tempo adicional de 50% (cinquenta por cento)
para a realização das atividades de avaliação, conforme descrito no
artigo 335, VI, do Regulamento dos Cursos Regulares de Graduação
da UFRN e, se necessário, oferecer ao estudante outro espaço para
terminá-las.
• Oferta de feedback a respeito de seu desempenho, elogiando-o a cada
conquista de modo a elevar sua autoestima, bem como oferecendo
orientações construtivas com relação aos erros que venham a
acontecer;
• Evitar avaliações excessivamente extensas, reduzindo o número de
questões e, quando necessário, fracioná-las, realizando-as em mais
de um momento;
• Estabelecer prazos ampliados para a entrega de trabalhos e
preparação para as provas, através de cronograma alternativo a ser
organizado entre professor e aluno;
• Inteirar os monitores/estagiários que estarão constantemente
presentes em sala de aula, monitoria ou laboratórios das dificuldades
e características do aluno, para que seja evitado qualquer possível
constrangimento.

➢ ENSINO REMOTO:
Além das estratégias acima mencionadas que podem ser adaptadas
ao Ensino Remoto destacamos as seguintes:

• Evitar o uso de atividades avaliativas pelo SIGAA que contenham


cronômetro na tela. Como alternativa sugiro o envio por e-mail da
mesma atividade enviada aos demais estudantes com prazo
adicional a ser estabelecido com o estudante;
• No caso de gravação de vídeos para as atividades assíncronas procurar
local sem ruídos externos e com boa luminosidade.

Acredita-se que a adoção das estratégias didático-pedagógicas acima


será de grande relevância para a minimização das dificuldades de Pedro
podendo aproximar o estudante ao sucesso acadêmico almejado.
A SIA se coloca à disposição para discussão e realização de quaisquer
esclarecimentos adicionais que se fizerem necessárias ao
desenvolvimento acadêmico do estudante.

Natal/RN, 19 de maio de 2022.


Ana Karine Ferreira da Silva Fechine
Assistente Social – Mat. 1756484
CRESS - 2923
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO
1ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
PROCESSO Nº: 0806836-28.2022.4.05.8400
CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
ADVOGADO: FELIPE VIEIRA DE MEDEIROS SILVANO
AUTOR: ELZENI ALVES MOREIRA
ADVOGADO: LUCAS COSTA DANTAS
ADVOGADO: LUIZ PAULO DOS SANTOS DINIZ
RÉU: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
RÉU: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Certidão de Distribuição

Tipo da Distribuição: Sorteio.


Concorreu(ram): 1ª VARA FEDERAL, 4ª VARA FEDERAL, 5ª VARA FEDERAL.
Impedido(s): -
Distribuído para: 1ª VARA FEDERAL.
O DOCUMENTO DA JUNTADA SEQ 024 NÃO CONTÉM COMPONENTES DIGITAIS!

MOVIMENTO

EVENTO: 8645732 - 16-08-2022 19:30:00 - CONCLUSÃO - CONCLUSOS PARA


DESPACHO
PROCESSO Nº: 0806836-28.2022.4.05.8400 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
AUTOR: ELZENI ALVES MOREIRA
ADVOGADO: Felipe Vieira De Medeiros Silvano e outros
RÉU: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE e outro
1ª VARA FEDERAL - RN (JUIZ FEDERAL TITULAR)

DESPACHO

Determino a intimação da parte demandante para, no prazo de 15 (quinze) dias, emendar a petição inicial,
apresentando instrumento de procuração que contenha cláusula específica outorgando poderes ao
Advogado que lhe permitam postular o benefício da gratuidade de justiça em seu favor, ou deverá juntar
declaração de hipossuficiência assinada pelo próprio requerente, nos termos do que dispõe o art. 105 do
CPC, sob pena de indeferimento do benefício postulado.

Determino ainda a intimação das rés para que se manifestem, no prazo de 10 (dez) dias, acerca da medida
de urgência requerida à inicial.

Concomitantemente, citem-se para oferecimento de contestação, no prazo legal.

Processo: 0806836-28.2022.4.05.8400
Assinado eletronicamente por:
MAGNUS AUGUSTO COSTA DELGADO - Magistrado 22081711161630200000011797361
Data e hora da assinatura: 17/08/2022 11:29:07
Identificador: 4058400.11762917
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
PROCESSO Nº: 0806836-28.2022.4.05.8400 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
AUTOR: ELZENI ALVES MOREIRA
ADVOGADO: Felipe Vieira De Medeiros Silvano e outros
RÉU: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE e outro
1ª VARA FEDERAL - RN (JUIZ FEDERAL TITULAR)

DESPACHO

Determino a intimação da parte demandante para, no prazo de 15 (quinze) dias, emendar a petição inicial,
apresentando instrumento de procuração que contenha cláusula específica outorgando poderes ao
Advogado que lhe permitam postular o benefício da gratuidade de justiça em seu favor, ou deverá juntar
declaração de hipossuficiência assinada pelo próprio requerente, nos termos do que dispõe o art. 105 do
CPC, sob pena de indeferimento do benefício postulado.

Determino ainda a intimação das rés para que se manifestem, no prazo de 10 (dez) dias, acerca da medida
de urgência requerida à inicial.

Concomitantemente, citem-se para oferecimento de contestação, no prazo legal.

Processo: 0806836-28.2022.4.05.8400
Assinado eletronicamente por:
KLEBER NOBRE DE QUEIROZ - Diretor de Secretaria 22081713580120300000011798351
Data e hora da assinatura: 17/08/2022 13:59:19
Identificador: 4058400.11763905
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
PROCESSO Nº: 0806836-28.2022.4.05.8400 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
AUTOR: ELZENI ALVES MOREIRA
ADVOGADO: Felipe Vieira De Medeiros Silvano e outros
RÉU: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE e outro
1ª VARA FEDERAL - RN (JUIZ FEDERAL TITULAR)

DESPACHO

Determino a intimação da parte demandante para, no prazo de 15 (quinze) dias, emendar a petição inicial,
apresentando instrumento de procuração que contenha cláusula específica outorgando poderes ao
Advogado que lhe permitam postular o benefício da gratuidade de justiça em seu favor, ou deverá juntar
declaração de hipossuficiência assinada pelo próprio requerente, nos termos do que dispõe o art. 105 do
CPC, sob pena de indeferimento do benefício postulado.

Determino ainda a intimação das rés para que se manifestem, no prazo de 10 (dez) dias, acerca da medida
de urgência requerida à inicial.

Concomitantemente, citem-se para oferecimento de contestação, no prazo legal.

Processo: 0806836-28.2022.4.05.8400
Assinado eletronicamente por:
KLEBER NOBRE DE QUEIROZ - Diretor de Secretaria 22081713591971400000011798355
Data e hora da assinatura: 17/08/2022 14:00:11
Identificador: 4058400.11763909
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
1º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
PROCESSO: 0806836-28.2022.4.05.8400 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

Polo ativo Polo passivo


ELZENI ALVES MOREIRA AUTOR UNIVERSIDADE FEDERAL DE
RÉU
FELIPE VIEIRA DE SANTA CATARINA
ADVOGADO
MEDEIROS SILVANO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
RÉU
LUCAS COSTA DANTAS ADVOGADO GRANDE DO NORTE
LUIZ PAULO DOS SANTOS
ADVOGADO
DINIZ

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 17/08/2022 14:45, o(a) Sr(a) ELZENI ALVES MOREIRA foi intimado(a) acerca
de Despacho registrado em 17/08/2022 11:29 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 22081713580120300000011798351 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 17/08/2022 14:45 - Seção Judiciária do Rio Grande do
Norte.
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDE-
RAL DA 1ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO
GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0806836-28.2022.4.05.8400


AUTOR: ELZENI ALVES MOREIRA
RÉU: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE e outro

ELZENI ALVES MOREIRA, já qualificada nos presentes autos vir-


tuais, vem a presença de Vossa Excelência, por meio dos seus advogados devi-
damente habilitados, em atenção ao Despacho ID 4058400.11762917, requerer a
juntada da sua declaração de hipossuficiência econômica devidamente assinada,
reiterando o pleito de concessão do benefício da gratuidade judiciária.

Nestes termos, espera deferimento.


Natal, 17 de agosto de 2022.

Lucas Costa Dantas Luiz Paulo dos Santos Diniz


LUCAS COSTA DANTAS LUIZ PAULO DOS SANTOS DINIZ
OAB/RN – 8.985 OAB/RN 1599-A / OAB/SP – 415.508

Felipe Vieira de Medeiros Silvano


FELIPE VIEIRA DE MEDEIROS SILVANO
OAB/RN – 8.988B

____________________________________________________________________________________________________
Rua Militão Chaves, nº 1822, BDL Escritórios - sala 03, Candelária, CEP 59064-440, Natal/RN
Contato: (84) 99667-7862 / E-mails: ddvadvogados@gmail.com
lcdantas01@gmail.com felipevieirams@gmail.com luizpaulodiniz@yahoo.com.br
Petição anexa.

Processo: 0806836-28.2022.4.05.8400
Assinado eletronicamente por:
FELIPE VIEIRA DE MEDEIROS SILVANO - Advogado 22081715431858300000011799536
Data e hora da assinatura: 17/08/2022 15:44:45
Identificador: 4058400.11765086
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
cúzr'fÓfio

,4/encàr H/"a /"@e


Bel. Jaime de Alentar Araripe Júnior
OFICIAL TITULAR
Substitutos:Meiissa Augusto de Alentar Araripe e Jaime de Alentar Araripe Neto
Carmem Lúcia de Souza Games. Sõnia Mana Matos Magalhães Araújo.
Raimunda Bezerra de Alcântara
ESCREVENTES

@@«.ü««/.g",,,..ú 'ül,««« @g««@.@""- qá«ü«â ge.v«.:, 'Õh,./ú

Certificaque às Folhas N.' I'llV do Livro N.o B-092.de Registro de Casamentos, sob o
número de ordem 051.581, consta o assento do matrimónio de (;$j%áe.ú êg;éKzí-tú'
,q%aÚ8á. (9d#gmúae é:ám' {2çiÜmatzá {;gÊçwcontraído sob o regime de Comunhão
Parcial de Bens perante 0 Juiz especial de Casamentos José Marcondes Aderaldo
Durante O
Mendonça ee as testemunhas Constantes do termo.q Eie, nascido em Floriano-PI, a
r } = qf 'fr Tr)

20/07/1976, residente em Caucaia-CE filho de Francisco José fales Moreira e Leonice


BatistaMoreira.Efa, nascida em Catolé do Rocha-PB. à 29/03/1974.residente em Caucaia-
CE filha de Aldenor José da Seivae Rira Alves de Souza. A contraente, após o casamento,
passou a assinar-se: Foram apresentados os documentos
exigidos pelo artigo N' 180 do Código Civil Brasileiro. Observações: Casamento realizado nesta
data

O referido é verdade e dou fé

Antõnio Bezerra, Fortaleza, 29/12/2001

Sõnia MariàJMatê)s
Escrevente Autorizada

Nascimento, Casamento, Óbito. Procuração. Reconhecimento de Firma,


Autenticação de Cópia.
Av. Mister Hul1, 4965 - (Oxx85L235.330'1 - Antânio Bezerra - Fortaleza / Ceará - 60. 356-00'1
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE GOVERNANÇA INSTITUCIONAL

OFÍCIO Nº 22/2022 - SGI/UFRN (11.24.10)

Nº do Protocolo: 23077.087053/2022-52
Natal-RN, 04 de julho de 2022.

Ao Senhor
Ubaldo Cesar Balthazar
Reitor da Universidade Federal Santa Catarina (UFSC)
Campus Reitor João David Ferreira - Bairro Trindade
88040-900 Florianópolis/SC

Assunto: Frequência da servidora Elzeni Alves Moreira no mês de junho de 2022.

Senhor Reitor,

De ordem do reitor, informamos que a servidora Elzeni Alves Moreira, Administradora,


matrícula 1024947, em exercício provisório na Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), cumpriu integralmente a carga horária no mês de junho de 2022.

Atenciosamente.

(Assinado digitalmente em 04/07/2022 14:37)


SEVERINO CESARIO DE LIMA
SECRETÁRIO DE GOVERNANÇA INSTITUCIONAL
SGI/UFRN (11.24.10)
Matrícula: 1149555

Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/public/documentos/index.jsp informando seu número: 22, ano: 2022, tipo:
OFÍCIO, data de emissão: 04/07/2022 e o código de verificação: c88acb36c6
Re: Redistribuição

De: movimentacao (movimentacao@reitoria.ufrn.br)


Para: elzeni.moreira@yahoo.com.br
Data: quarta-feira, 16 de outubro de 2019 16:08 BRT

Senhora Elzeni, boa tarde!

Pedimos desculpa pela demora em respondê-la, mas informamos que seu email estava em nossa caixa
de spam, motivo pelo qual passou despercebido.

Informo que seus dados estão cadastrados em nosso Banco de Intenções.

Atenciosamente,
--
Karina Marinho
Divisão de Planejamento de Gestão de Pessoas
Diretoria de Desenvolvimento de Pessoas
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(84) 3342-2235 - Opção 2

De: "Elzeni Moreira" <elzeni.moreira@yahoo.com.br>


Para: movimentacao@reitoria.ufrn.br
Enviadas: Quinta-feira, 29 de agosto de 2019 9:06:05
Assunto: Re: Redistribuição

Bom dia,

Segue formulário para registro no Bando de Intenções.

Grata,

Elzeni

Em quinta-feira, 9 de maio de 2019 17:31:30 BRT, <movimentacao@reitoria.ufrn.br> escreveu:

Boa tarde!

Sra. Elzeni Moreira,

Informamos que os códigos de vaga para redistribuição são divulgados no QUADRO DE


REFERÊNCIA DOS SERVIDORES TÉCNICO - ADMINISTRATIVOS (QRSTA), no
site: www.progesp.ufrn.br.

A UFRN abre processo quando há código de vaga para redistribuição; por enquanto não
existe nenhum código disponível para o cargo Administrador.

Informamos ainda a existência de concurso público em andamento Edital nº 12/2019-


PROGESP para o cargo de Administrador, impedimento para redistribuições.
Para deixar registrada a intenção em vir redistribuído, segue o formulário para cadastrar os
seus dados em nosso BANCO DE INTENÇÕES. O formulário comporá o nosso Banco de
Intenções pelo prazo de 01 ano, conforme art. 13, parágrafo único, da Resolução nº
052/2016-CONSAD, de 29 de setembro de 2016.

Caso a UFRN disponibilize código de vaga para determinado cargo para fins de
redistribuição, entraremos em contato com todos os servidores cadastrados em nosso
Banco de Intenções para solicitar a documentação e abrir o processo. Portanto, os
documentos para abertura de processo somente serão enviados quando for solicitado.

Anexo formulário e Resolução Redistribuição de servidores TAE.

O formulário deverá ser digitalizado em PDF, tamanho A4, e encaminhado por email.

Atenciosamente.

--
Coordenadoria de Planejamento de Gestão de Pessoas
Diretoria de Desenvolvimento de Pessoas
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(84) 3342-2235 - Opção 2

De: "elzeni moreira" <elzeni.moreira@yahoo.com.br>


Para: movimentacao@reitoria.ufrn.br
Enviadas: Quinta-feira, 9 de maio de 2019 15:45:12
Assunto: Re: Redistribuição

Boa tarde,

Meu cargo é Administradora.

Minha instituição é a Universidade Federal de Santa Catarina.

Informo também que a instituição de origem aceita receber outros cargos nível E em troca do cargo de
Administrador (consulta feita informalmente a Pró Reitoria de Gestão de Pessoas da UFSC).

Elzeni

Em quinta-feira, 9 de maio de 2019 15:39:13 BRT, movimentacao@reitoria.ufrn.br


<movimentacao@reitoria.ufrn.br> escreveu:

Boa tarde!

Sra. Elzeni Moreira,

Solicito informar seu cargo e sua instituição?

Att.
Adriana Marques Roberto

--
Coordenadoria de Planejamento de Gestão de Pessoas
Diretoria de Desenvolvimento de Pessoas
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(84) 3342-2235 - Opção 2

De: "elzeni moreira" <elzeni.moreira@yahoo.com.br>


Para: movimentacao@reitoria.ufrn.br
Enviadas: Quarta-feira, 8 de maio de 2019 9:57:09
Assunto: Redistribuição

Bom dia,

Gostaria de saber onde posso encontrar o formulário padrão para redistribuição e quais os documentos
necessários para dá entrada na redistribuição para a UFRN.

Grata

Elzeni
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DDP - DIVISÃO DE PLANEJAMENTO DE GESTÃO DE PESSOAS

DESPACHO Nº 185/2022 - DPGP/DDP (11.65.06.02)

Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO


Natal-RN, 18 de julho de 2022.

Considerando o objeto da solicitação e a gestão de vagas de técnico-administra vos na UFRN, expomos os


seguintes pontos:

1. Informamos que há 01 código de vaga desocupado do cargo de Administrador, no entanto o referido


código está comprome do, dado que ainda resta um aprovado de concurso a ser nomeado, conforme Edital
n°12/2019, com vigência até julho de 2023. Somente após a nomeação do úl mo aprovado é que esta
Ins tuição poderá trabalhar processos de redistribuição caso exista código de vaga desocupado disponível
para esse procedimento.

2. Ademais, se persis r a intenção em vir para esta UFRN, poderá ser preenchido o formulário de
redistribuição, o qual é disponibilizado no portal da PROGESP, no site: www.progesp.ufrn.br, aba ?direitos e
deveres?. O formulário deverá ser encaminhado ao e-mail movimentacao@reitoria.ufrn.br para compor o
Banco de Intenções pelo prazo de 01 ano, conforme art. 13, parágrafo único, da Resolução nº 052/2016-
CONSAD, de 29 de setembro de 2016.
3. Ressaltamos ainda que na ocorrência de vagas desocupadas do cargo seja disponibilizada para
Redistribuição, esta Divisão entrará em contato com todos os administradores cadastrados no Banco de
Intenções informando sobre a disponibilidade de vaga para este fim.

Sem mais para o momento, encaminhamos os autos para Secretaria de Governança Ins tucional - SGI para
que seja dada ciência a servidora.

Atenciosamente,

(Assinado digitalmente em 18/07/2022 17:20)


(Assinado digitalmente em 19/07/2022 09:03)
FERNANDA CRYSTYNNY DOS SANTOS
MARIA DO ROSÁRIO DE CARVALHO NETA
PEREIRA ASSISTENTE EM ADMINISTRACAO
COORDENADOR - TITULAR DDP/PROGESP (11.65.06)
DPGP/DDP (11.65.06.02) Matrícula: 3284870
Matrícula: 1953728

Processo Associado: 23077.091731/2022-81

Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/public/documentos/index.jsp informando seu


número: 185, ano: 2022, tipo: DESPACHO, data de emissão: 18/07/2022 e o código de verificação:
0390af064e
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE GOVERNANÇA INSTITUCIONAL

SOLICITAÇÃO Nº 1194/2022 - SGI/UFRN (11.24.10)

Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO


Natal-RN, 13 de julho de 2022.

SOLICITAÇÃO DE REDISTRIBUIÇÃO

JUSTIFICATIVA

Eu, Elzeni Alves Moreira, Administradora, matrícula 1024947, servidora efetiva da


Universidade Federal de Santa Catarina, em exercício provisório na Universidade Federal do
Rio Grande do Norte desde maio de 2019, atualmente lotada na Secretaria de Governança
Institucional, venho requerer redistribuição, em caráter definitivo, considerando as seguintes
informações:

Meu esposo, Flávio Eduardo Batista Moreira, foi removido, provisoriamente, por
interesse da administração pública, em 05/10/2018, do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes-DNIT de Florianópolis/SC para assumir um cargo de chefia no
DNIT de Natal/RN (documento 1), o que motivou a minha solicitação de exercício provisório
para acompanhamento de cônjuge na UFRN (documento 2).

Porém, em 25 de janeiro de 2019, meu cônjuge foi removido de forma definitiva, por
interesse da administração pública, com mudança da sede do DNIT de Florianópolis/SC para
Natal/RN (documento 3).

Diante dessa mudança de cenário e considerando que a remoção do meu esposo foi
oficializada como definitiva, em 08 de maio de 2019, solicitei através de e-mail, à Diretoria de
Desenvolvimento de Pessoas da UFRN, informações de como poderia ser feita minha
redistribuição definitiva para a UFRN (documento 4). A DDP informou a necessidade de
cadastro em Banco de Intenções para que, posteriormente, em caso de vaga disponível para
meu cargo, eu pudesse participar de processo seletivo.

Mesmo ciente de que o meu caso não se enquadra nessa possibilidade apresentada, a
qual tem como referência a Resolução Nº 052/2016 - Consad, que trata de redistribuições por
interesse da administração pública e, considerando que meu esposo foi removido de ofício, o
que enseja a análise da minha movimentação independente do interesse da administração
pública, eu fiz o cadastro no Banco de Intenções, mas não obtive nenhum retorno sobre a
abertura de qualquer processo seletivo para meu cargo até a presente data.

Fui informada pela DDP/UFRN da existência de um concurso público em andamento,


Edital 12/2019 com vaga para o cargo de Administrador, o que impossibilitava a minha
redistribuição. Pesquisei informações sobre o concurso que foi homologado em 25/09/2019,
com prazo final de validade, contando com a prorrogação, até 25/09/2021. Segundo
informações da DDP, devido a pandemia de Covid-19, o concurso ficou suspenso por 189
dias, sendo encerrado de forma definitiva em 09/07/2022.

Hoje, dia 13/07/2022, não havendo mais concurso público que possa justificar a não
regularização da minha situação funcional, considerando que meu esposo foi removido
definitivamente por interesse da administração há mais de 3 anos, enquanto eu continuo
definitivamente por interesse da administração há mais de 3 anos, enquanto eu continuo
em exercício provisório.

Veja-se caso similar ao meu, julgado nos autos do processo 0804458-


70.2020.4.05.8400 pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região em 14/07/2021, ficou
assentado que se deve observar, de acordo com a jurisprudência do STJ, que
"(...) para fins de aplicação do artigo 36 da Lei n.º 8.112/1990, o cargo de
professor de Universidade Federal deve ser interpretado como pertencente a
um quadro único, vinculado ao Ministério da Educação", (AgInt no REsp
1351140/PR, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 26/03/2019, DJe 16/04/2019; AgInt no REsp 1563661/SP, Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 10/04/2018, DJe 23
/04/2018).
Segundo o Acórdão do TRF5, a mesma ratio decidendi deve ser estendida para os
demais servidores das universidades federais, já que não se vislumbram razões para
tratá-los de forma distinta. Caso se entendesse de forma diversa, a norma do art. 36 da Lei
nº 8.112/90 restaria inócua para diversos servidores federais que estivessem vinculados a
algum órgão federal sem correspondência em outra localidade. Ressalte-se, ainda, que o
cargo de administrador (o caso julgado pelo TRF-5 era de psicólogo, igualmente de nível
superior da carreira TAE) de universidade federal pode ser exercido em qualquer Universidade
Federal do país.

Quando deferido o exercício provisório, tanto eu quanto o meu cônjuge ficaríamos em


Natal/RN provisoriamente, tendo sido perfeitamente razoável a decisão da movimentação
ocorrer de modo temporário. Contudo, a nova situação jurídica do meu cônjuge (com
exercício definitivo na capital potiguar, por interesse da administração pública) não foi
acompanhada por igual evolução da minha própria situação funcional.

Essa instabilidade da situação funcional gera insegurança, além de jurídica, psíquica no


seio familiar, causando grave sofrimento a mim, ao meu cônjuge e aos meus filhos, sendo um
deles especialmente afetado em razão de portador de transtorno do espectro autista - TAE
(documento 05). Especialmente para este filho, devem ser observadas as garantias previstas
no art. 23, 4 do anexo do Decreto 6.949/2009 (que internalizou a Convenção Internacional
Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e seu Protocolo Facultativo), c/c art. 1º do
Decreto 8.368/2014. O referido dispositivo estabelece que

4. Os Estados Partes assegurarão que uma criança não será separada de


seus pais contra a vontade destes, exceto quando autoridades
competentes, sujeitas a controle jurisdicional, determinarem, em conformidade
com as leis e procedimentos aplicáveis, que a separação é necessária, no
superior interesse da criança. Em nenhum caso, uma criança será separada
dos pais sob alegação de deficiência da criança ou de um ou ambos os pais.

A garantia de não separação acima não poderá existir enquanto a minha situação
funcional continuar sendo de natureza precária, uma vez que fico sujeita as intempéries do
contexto político e da gestão de pessoal do Poder Executivo Federal.

Diante do exposto acima, solicito o recebimento e tramitação do meu pedido de


redistribuição para que eu seja efetivada como servidora da UFRN.
(Assinado digitalmente em 13/07/2022 13:17)
ELZENI ALVES MOREIRA
ADMINISTRADOR
SGI/UFRN (11.24.10)
Matrícula: ###249#7

Processo Associado: 23077.091731/2022-81

Visualize o documento original em https://sipac.ufrn.br/public/documentos/index.jsp informando seu número: 1194, ano: 2022,
tipo: SOLICITAÇÃO, data de emissão: 13/07/2022 e o código de verificação: 4739bfcff7
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE
CNPJ: 24.365.710/0001-83
Campus Universitário BR-101 - Lagoa Nova - Natal/RN - CEP 59078-900
Telefone: (84) 3342-2299 - e-mail: atendimento@prograd.ufrn.br

DECLARAÇÃO

Declaramos, para os fins a que se fizerem necessários, que PEDRO


EDUARDO ALVES MOREIRA é aluno(a) vinculado(a) a este(a) universidade, sob o
número 20220011330, no curso de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - NATAL -
BACHARELADO - Presencial - MT.

Departamento de Administração Escolar da Pró-Reitoria de Graduação da


Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, 27 de Julho de 2022.

Código de verificação:
338c620615

Para verificar a autenticidade deste documento acesse http://www.sigaa.ufrn.br/documentos/,


informando a matrícula, data de emissão do documento e o código de verificação.

ATENÇÃO
ESTE DOCUMENTO NÃO É VALIDO PARA FINS DE SOLICITAÇÃO DE VAGA EM OUTRA INSTITUIÇÃO DE
ENSINO SUPERIOR. CASO SEJA NECESSÁRIO TAL DOCUMENTO, É NECESSÁRIO COMPARECER AO
DACA - DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE ACADÊMICO.
PARECER TÉCNICO

➢ IDENTIFICAÇÃO DA ESTUDANTE:
• NOME: PEDRO EDUARDO ALVES MOREIRA
• CURSO: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
• MATRÍCULA: 20220011330

➢ BREVE DESCRIÇÃO DO CASO:

O estudante PEDRO EDUARDO ALVES MOREIRA solicitou, no semestre


2022.1, junto à Secretaria de Inclusão e Acessibilidade (SIA), apoio para
o acompanhamento e conclusão bem-sucedidos de suas atividades
acadêmicas nesta universidade.
O estudante apresentou laudo médico no qual evidenciou a presença
do Transtorno do Espectro Autista (TEA), com as funções cognitivas
preservadas, mas introspecção, dificuldade de comunicação e organização
de suas atividades diárias.
Pessoas com TEA comumente apresentam dificuldades para
estabelecer contato com outras pessoas, compartilhar interesses, bem
como para iniciar ou responder a interações sociais, além de dificuldades
na comunicação não-verbal - tais como no contato visual. Adicionalmente,
podem apresentar dificuldades para lidar com transições, padrões rígidos
de pensamento e comportamento, interesses fixos e altamente restritos,
inflexibilidade mental, interpretação concreta e literal.

➢ ORIENTAÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS:

Diante das necessidades educacionais especiais do estudante, e em


conformidade com o Regulamento dos Cursos de Graduação da UFRN, a
SIA vem requerer às unidades pedagógicas do curso de TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO o atendimento educacional especial ao estudante através
de procedimentos e recursos de ensino-aprendizagem-avaliação que
contemplem as suas necessidades.

➢ ORIENTAÇÕES GERAIS:

• Participação efetiva do orientador acadêmico em seu processo de


ensino-aprendizagem, notadamente no que diz respeito à organização
de suas atividades acadêmicas em carga horária e natureza de
disciplinas condizentes com a sua condição, sem prejuízo à
aprendizagem. Orientador acadêmico: Kayo Gonçalves
• Manutenção de diálogo sobre suas necessidades, dificuldades e
possibilidades, de modo que o estudante se sinta mais motivado.
• O estudante geralmente não se sente a vontade para tirar suas
dúvidas no decorrer da aula, foi orientado que tentasse fazer, mas
caso não fosse possível que procurasse o professor ou monitor em
horário posterior para tirar suas dúvidas.

➢ EM SALA DE AULA:

• Orientação e auxílio na organização das atividades, no


estabelecimento de uma rotina de estudos e no manejo dos prazos e
gerenciamento do tempo;
• Alocação de espaço físico que contribua para a promoção da
concentração, como próximo ao professor;
• Busca da manutenção da programação prévia, estabelecendo rotinas
de trabalho claras e evitando alterações imprevistas e, caso seja
necessário fazê-lo, avisar com a maior antecedência possível ao
estudante;
• Utilização de linguagem clara, direta e objetiva, evitando o uso de
ambiguidades, metáforas e outras figuras de linguagem que
extrapolem a capacidade de compreensão do estudante;
• Evitar mudanças bruscas na exposição de conteúdos, tendo em vista
a necessidade do discente manter o engajamento atencional.
➢ ATIVIDADES AVALIATIVAS:

• O aluno apresenta dificuldades para realização de trabalho em grupo,


porém, apresenta o desejo de tentar de inserir. Dessa forma, sugiro
mantê-lo em grupo de sua preferência;
• Disponibilização de tempo adicional de 50% (cinquenta por cento)
para a realização das atividades de avaliação, conforme descrito no
artigo 335, VI, do Regulamento dos Cursos Regulares de Graduação
da UFRN e, se necessário, oferecer ao estudante outro espaço para
terminá-las.
• Oferta de feedback a respeito de seu desempenho, elogiando-o a cada
conquista de modo a elevar sua autoestima, bem como oferecendo
orientações construtivas com relação aos erros que venham a
acontecer;
• Evitar avaliações excessivamente extensas, reduzindo o número de
questões e, quando necessário, fracioná-las, realizando-as em mais
de um momento;
• Estabelecer prazos ampliados para a entrega de trabalhos e
preparação para as provas, através de cronograma alternativo a ser
organizado entre professor e aluno;
• Inteirar os monitores/estagiários que estarão constantemente
presentes em sala de aula, monitoria ou laboratórios das dificuldades
e características do aluno, para que seja evitado qualquer possível
constrangimento.

➢ ENSINO REMOTO:
Além das estratégias acima mencionadas que podem ser adaptadas
ao Ensino Remoto destacamos as seguintes:

• Evitar o uso de atividades avaliativas pelo SIGAA que contenham


cronômetro na tela. Como alternativa sugiro o envio por e-mail da
mesma atividade enviada aos demais estudantes com prazo
adicional a ser estabelecido com o estudante;
• No caso de gravação de vídeos para as atividades assíncronas procurar
local sem ruídos externos e com boa luminosidade.

Acredita-se que a adoção das estratégias didático-pedagógicas acima


será de grande relevância para a minimização das dificuldades de Pedro
podendo aproximar o estudante ao sucesso acadêmico almejado.
A SIA se coloca à disposição para discussão e realização de quaisquer
esclarecimentos adicionais que se fizerem necessárias ao
desenvolvimento acadêmico do estudante.

Natal/RN, 19 de maio de 2022.


Ana Karine Ferreira da Silva Fechine
Assistente Social – Mat. 1756484
CRESS - 2923
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
1º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
PROCESSO: 0806836-28.2022.4.05.8400 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

Polo ativo Polo passivo


ELZENI ALVES MOREIRA AUTOR UNIVERSIDADE FEDERAL DE
RÉU
FELIPE VIEIRA DE SANTA CATARINA
ADVOGADO
MEDEIROS SILVANO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
RÉU
LUCAS COSTA DANTAS ADVOGADO GRANDE DO NORTE
LUIZ PAULO DOS SANTOS
ADVOGADO
DINIZ

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 18/08/2022 07:49, o(a) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA foi
intimado(a) acerca de Despacho registrado em 17/08/2022 11:29 nos autos judiciais eletrônicos
especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 22081713591971400000011798355 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 18/08/2022 07:49 - Seção Judiciária do Rio Grande do
Norte.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
1º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
PROCESSO: 0806836-28.2022.4.05.8400 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

Polo ativo Polo passivo


ELZENI ALVES MOREIRA AUTOR UNIVERSIDADE FEDERAL DE
RÉU
FELIPE VIEIRA DE SANTA CATARINA
ADVOGADO
MEDEIROS SILVANO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
RÉU
LUCAS COSTA DANTAS ADVOGADO GRANDE DO NORTE
LUIZ PAULO DOS SANTOS
ADVOGADO
DINIZ

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 18/08/2022 07:49, o(a) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA foi
intimado(a) acerca de Despacho registrado em 17/08/2022 11:29 nos autos judiciais eletrônicos
especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 22081713580120300000011798351 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 18/08/2022 07:49 - Seção Judiciária do Rio Grande do
Norte.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
1º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
PROCESSO: 0806836-28.2022.4.05.8400 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

Polo ativo Polo passivo


ELZENI ALVES MOREIRA AUTOR UNIVERSIDADE FEDERAL DE
RÉU
FELIPE VIEIRA DE SANTA CATARINA
ADVOGADO
MEDEIROS SILVANO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
RÉU
LUCAS COSTA DANTAS ADVOGADO GRANDE DO NORTE
LUIZ PAULO DOS SANTOS
ADVOGADO
DINIZ

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 18/08/2022 07:49, o(a) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO


NORTE foi intimado(a) acerca de Despacho registrado em 17/08/2022 11:29 nos autos judiciais
eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 22081713580120300000011798351 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 18/08/2022 07:49 - Seção Judiciária do Rio Grande do
Norte.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
1º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
PROCESSO: 0806836-28.2022.4.05.8400 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

Polo ativo Polo passivo


ELZENI ALVES MOREIRA AUTOR UNIVERSIDADE FEDERAL DE
RÉU
FELIPE VIEIRA DE SANTA CATARINA
ADVOGADO
MEDEIROS SILVANO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
RÉU
LUCAS COSTA DANTAS ADVOGADO GRANDE DO NORTE
LUIZ PAULO DOS SANTOS
ADVOGADO
DINIZ

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 18/08/2022 07:49, o(a) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO


NORTE foi intimado(a) acerca de Despacho registrado em 17/08/2022 11:29 nos autos judiciais
eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 22081713591971400000011798355 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 18/08/2022 07:49 - Seção Judiciária do Rio Grande do
Norte.
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
EQUIPE REGIONAL DE MATÉRIA ADMINISTRATIVA DA 5ª REGIÃO
GERENCIAMENTO DA JUSTIÇA COMUM (1º GRAU)

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DO(A) 1ª VARA FEDERAL - SECRETARIA JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE
DO NORTE

NÚMERO: 0806836-28.2022.4.05.8400
PARTE(S): UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN
PARTES(S): ELZENI ALVES MOREIRA E OUTROS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN , pessoa jurídica de direito público,
representado(a) pelo membro da Advocacia-Geral da União infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
expor e requerer o que segue.

Alega a autora que é servidora pública federal ocupante de cargo da UFSC, encontra-se atualmente em gozo de
licença com exercício provisório na UFRN para acompanhamento de seu esposo, também servidor público federal, removido no
interesse da Administração para Natal-RN.

Afirma que, ao buscar a sua remoção definitiva, foi informada pelas Rés que só poderia requerer redistribuição,
prevista no art. 37, da Lei nº 8.112/90, a qual depende da disponibilidade de vaga compatível com o seu cargo na unidade de
destino e da vontade administrativa das entidades envolvidas.

Razão pela qual vem a juízo requerer remoção definitiva, seja pela hipótese de acompanhamento do seu cônjuge,
também servidor, removido no interesse da Administração, seja para acompanhar seus dois filhos em tratamentos de saúde,
conforme destacado acima.

TUTELA DE EVIDÊNCIA.

Excelência, a autora não logra preencher os requisitos para concessão de tutela de evidência, in verbis:

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco
ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento
de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em
que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que
o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

Preliminarmente, a autora não colaciona provas suficientes a fundamentar a concessão do pedido de tutela de
evidência.

REMOÇÃO ENTRE UNIVERSIDADES/INSTITUTOS FEDERAIS. PESSOAS JURÍDICAS E QUADRO


DE PESSOAL PRÓPRIO. IMPOSSIBILIDADE. CASO DE REDISTRIBUIÇÃO ART. 37, LEI 8.112/1990.

Inicialmente, importante notar que a lei nº 8.112/90 é aplicada aos integrantes do Plano de Carreiras e Cargos de
Magistério Federal (Professor do Magistério Superior, Professor Titular-Livre do Magistério Superior, Professor do Ensino Básico,
Técnico e Tecnológico e Professor Titular-Livre do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico), consoante expressa previsão da Lei
12.772/12:

Art. 1º [...] § 5º O regime jurídico dos cargos do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal é o
instituído pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, observadas as disposições desta Lei.
(grifou-se)

Nesse contexto, vê-se que a remoção de servidor público federal está regulamentada pela Lei nº 8.112/90, nela
incluída a de professores do magistério federal. O texto é claro e taxativo ao estabelecer as possibilidades de remoção do servidor.
Vejamos o art. 36 da referida Lei:

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
mudança de sede.
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:
[...]
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu
assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;c) em virtude de processo seletivo promovido, na
hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou
entidade em que aqueles estejam lotados.

A modalidade de remoção pretendida submete-se aos seguintes requisitos: a) deslocamento do servidor no âmbito
do mesmo quadro; b) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público/por motivo de saúde de
dependente; c) que foi descolado no interesse da Administração.

Quadro de Pessoal é conceito que possui uma acepção bem definida. Trata-se do conjunto de cargos de
provimento efetivo (isolados ou de carreira) e de comissão, afetados à estrutura administrativa de certos órgãos e entidades.
É exatamente neste sentido que o termo é empregado no art. 36 da Lei nº 8.112/90.

É também nesta acepção que a expressão "quadro de pessoal" é utilizada, por exemplo, no contexto do § 4º do art.
93 da Lei nº 8.112/90, cuja redação é a seguinte: "Mediante autorização expressa do Presidente da República, o servidor do Poder
Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim
determinado e a prazo certo".

Depreende-se da leitura do dispositivo (art. 93, §4º) que quadro de pessoal é conceito que se vincula
diretamente a "órgão", a indicar que cada órgão deve contar com seu próprio quadro . Deste modo, para fins de aplicação
da Lei nº 8.112/90 não há amplo e imenso quadro unitário de pessoal no âmbito do Poder Executivo federal. Diversamente,
o Poder Executivo, compreendida a Administração direta e indireta, possui diversos quadros de pessoal, que se vinculam às
entidades da Administração Indireta e aos órgãos de maior estatura da Administração direta.

Por oportuno, destaque-se que precisamente por vislumbrar a imensa pluralidade de órgãos e entidades na
Administração Pública Federal, a Lei nº 8.112/90 prevê, no artigo 37, o instituto de nome Redistribuição, a reger os deslocamentos
entre pessoas jurídicas diversas na esfera da União:

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro
geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os
seguintes preceitos:
I - interesse da administração;
II - equivalência de vencimentos;
III - manutenção da essência das atribuições do cargo;
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade.
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos
serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade.
§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os
órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos.

É a redistribuição, portanto, o instituto apropriado para o deslocamento de um cargo efetivo, ocupado ou não, do
quadro de uma autarquia para o quadro de outra, limitando-se a remoção a deslocar o servidor entre sedes de um mesmo órgão ou
entidade (campus, polos, etc).

De mais a mais, a leitura do dispositivo acima revela que não existem hipóteses de redistribuição obrigatória: o texto
legal exige a observância a seis preceitos nele elencados, todos combinados, sendo o primeiro deles o interesse da administração. O
§1º do artigo traz a única hipótese de redistribuição ex officio, que, ressaltamos, tange ao exclusivo interesse do Serviço Público -
para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou
criação de órgão ou entidade.

Como se pode perceber, embora remoção e redistribuição sejam institutos relacionados a deslocamento, têm
características, hipóteses de cabimento e objetivos completamente apartados. A remoção cuida do deslocamento do
servidor, enquanto a redistribuição se ocupa do deslocamento do cargo. A remoção, por se restringir à órbita entre uma
sede e outra do mesmo quadro, comporta a modalidade obrigatória, dentro do rol taxativo trazido pela própria legislação.
A redistribuição, por sua vez, foi idealizada para atender precipuamente ao interesse da Administração Pública. Permuta-se
o cargo de provimento efetivo entre um órgão ou entidade e outro, para suprir a carência de um quando o segundo possuir
recursos abundantes, a fim de equilibrar o efetivo.

Vê-se, assim, que enquanto o legislador entendeu viável a remoção do servidor por motivo de tratamento de saúde
do servidor, cônjuge, companheiro ou dependentes entre sedes de um mesmo órgão ou entidade, não incluiu essa motivação ao
tratar do deslocamento entre órgãos e entidades distintos.

Logo, o pedido encontra óbice no fato da entidade ré e a instituição de ensino para a qual deseja a remoção
possuírem quadros funcionais distintos e autônomos. Conforme o caput do artigo supracitado, a remoção somente é permitida no
"âmbito do mesmo quadro". Caso contrário, não se trata de remoção, mas de redistribuição, regulada pelo art. 37 da Lei nº
8.112/1990, e que depende de interesse da Administração.

As Universidades/Institutos de Ensino brasileiros gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão


financeira e patrimonial, conforme consagra o art. 207 da CF/88, in verbis:

Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e


patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica.

Outrossim, tal autonomia, mormente no que tange a contratação de pessoal (quadro de pessoal docente, técnico e
administrativo), é reforçada e singularizada, para cada instituição de ensino , nos artigos 53 e 54 da Lei 9.394/96 (LDB):

Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes
atribuições:

§ 1º Para garantir a autonomia didático-científica das universidades, caberá aos seus colegiados de ensino e
pesquisa decidir, dentro dos recursos orçamentários disponíveis, sobre:
I - criação, expansão, modificação e extinção de cursos;
II - ampliação e diminuição de vagas;
III - elaboração da programação dos cursos;
IV - programação das pesquisas e das atividades de extensão;
V - contratação e dispensa de professores;
VI - planos de carreira docente.

Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Público gozarão , na forma da lei, de estatuto jurídico especial
para atender às peculiaridades de sua estrutura, organização e financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus planos de
carreira e do regime jurídico do seu pessoal.

§ 1º No exercício da sua autonomia, além das atribuições asseguradas pelo artigo anterior, as universidades
públicas poderão:
I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, assim como um plano de cargos e
salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos disponíveis;
II - elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas gerais concernentes ;
(grifou-se)

Em outras palavras, vê-se que a legislação, em todos os seus dispositivos, assegura a autonomia para cada uma das
Universidades, ou seja, o quadro de pessoal é específico para cada IFE , não havendo que se falar em um quadro unificado de
professores.

O artigo 7º, parágrafo único, do Decreto 7.485/11, que trata do banco de professor-equivalente, é de clareza solar
quanto à independência dos quadros de professor/pessoal de cada Instituição de ensino :

Art. 7º Observados os limites do banco de professor-equivalente fixados nos termos do art. 1º, será facultado às
universidades federais, independentemente de autorização específica:
I - realizar concurso público e prover cargos de Professor do Magistério Superior e Professor Titular-Livre do
Magistério Superior;
II - contratar professor substituto e visitante, nos termos do inciso IV do art. 2º da Lei nº 8.745, de 9 de dezembro
de 1993 ; e
III - contratar professor visitante estrangeiro, nos termos do inciso V do art. 2º da Lei nº 8.745, de 1993.
Parágrafo único. A realização de concurso público e o provimento de cargos são condicionados à existência
de cargo vago de Professor do Magistério Superior e de Professor Titular-Livre do Magistério Superior no quadro de cada
universidade federal.

O artigo 12 desse mesmo normativo também esclarece a independência no pagamento da folha de pessoal:

Art. 12. A folha de pagamento de cada universidade federal será homologada pela própria instituição , pelo
Ministério da Educação e pelo Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil da administração federal.

Nesse diapasão, não há dúvida de que é possível a redistribuição entre as Universidades, estando expressamente
prevista no artigo 4º do mesmo Decreto:

Art. 4º O Ministro de Estado da Educação poderá, mediante portaria, redistribuir entre as universidades federais os
cargos não utilizados.

Porém, ratifica-se, não há qualquer previsão legal que possa ensejar a viabilização de remoção entre IFEs distintas.
Logo, vê-se que nenhuma Universidade ou Instituto Federal tem a liberdade de interferir/gerir/ingerir-se no
quadro funcional de outra Universidade Federal ou Instituto Federal de Educação e Tecnologia.

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal, ao analisar a constitucionalidade do artigo 96-A, §§2º, 3º e 7º, da Lei
8.112/90, reforçou-a em relação às restrições impostas por tal Lei, no que tange ao Magistério Federal , bem como ratificou a
aplicação desse ato legal aos professores universitários federais:

EMENTA. CONSTITUCIONAL CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. LEGITIMIDADE ATIVA AD


CAUSAM. PERTINÊNCIA TEMÁTICA. ART. 103, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ALEGAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DO ARTIGO 96-A, §§ 2°, 3° e 7° DA LEI N° 8112/90 POR VIOLAÇÃO DA
AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA, DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE.
INOCORRÊNCIA. ARTIGOS 6º, CAPUT, E 207 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IMPROCEDÊNCIA. (...) 2. Alegação de
inconstitucionalidade material por violação dos artigos 6º, caput, e 207 da Constituição Federal, além do princípio da
proporcionalidade. Inexistência de afronta ao princípio constitucional da autonomia universitária - didático-científica,
administrativa, financeira e patrimonial (art. 207, caput, CF/88). A jurisprudência desta Suprema Corte tem afirmado que a
autonomia deve ser balizada pela regulação estatal. Há limitações constitucionais e infraconstitucionais à autonomia
universidades. Precedentes. A Lei 8.112/1990 aplica-se aos professores universitários federais, que integram os quadros dos
servidores públicos civis da União. O artigo 96-A, §§ 2°, 3° e 7°, da Lei nº 8.112/1990 não desrespeita a autonomia universitária.
Inexiste, na autonomia universitária, espaço discricionário para a liberação dos professores universitários federais para participar de
pós-graduação stricto sensu a qualquer tempo, sem observância dos requisitos mínimos legalmente determinados. 3. A norma
prestigia o direito social à educação, efetivamente concretizado pela oferta legal da oportunidade de aperfeiçoamento mediante
participação em programa de pós-graduação stricto sensu no exterior sem prejuízo da remuneração e com suspensão das atividades
de ensino no Brasil. Ausência de violação do direito fundamental à educação previsto no art. 6º da Constituição Federal. 4. As
condições estabelecidas para a concessão do afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu observam
o princípio da proporcionalidade. Cautela e equilíbrio na atuação legislativa. Configurado o exato atendimento do princípio da
proporcionalidade para o atingimento do objetivo almejado de modo adequado e eficaz, com preservação do interesse público sem
excessos. Ausentes causas constitucionais que validem tratamento diferenciado, hipóteses semelhantes devem ser igualmente
reguladas, sob pena violação do princípio da isonomia. 5. Inviável a interpretação conforme à Constituição, nos termos em que
requerida. O texto normativo impugnado guarda conformidade e convergência com o desenho constitucional estabelecido para os
direitos sociais, para os servidores públicos civis da União e para a autonomia universitária. 6. Pedido da ação direta de
inconstitucionalidade julgado improcedente.(ADI 4406, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Tribunal Pleno, julgado em 18/10/2019,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-238 DIVULG 30-10-2019 PUBLIC 04-11-2019) (grifou-se)

Vejamos relevantes excertos da Ministra Rosa Weber, relatora desse julgado:

A autonomia, como visto, não afasta a aplicação da legislação geral às universidades, mormente no que atine à
regência federal quanto aos servidores públicos civis da União. Excepcionar esta regra significaria exatamente estabelecer uma
mancha na qual a lei não incida.
[...]
A autonomia universitária constitucionalmente albergada assegura, sem dúvidas, autogoverno e autogestão às
universidades de forma, porém, limitada às áreas administrativa, financeira, patrimonial edidático-científica.
[...]
No caso em exame, a matéria versa sobre servidores públicos federais. Houve a determinação constitucional
de estabelecimento do respectivo regime jurídico pelo legislador ordinário, como reza o artigo 39 da Carta Magna: "A
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de
carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas". A limitação à autonomia é
extraída do próprio texto constitucional, portanto.
Nessa linha, os professores universitários federais são abarcados pela legislação que dispõe sobre o regime
jurídicos dos servidores públicos civis da União, a saber, a Lei 8.112/90 , cujas disposições sobre a concessão de afastamento
para estudo no exterior são impugnadas na presente ação direta.
[...]
Os critérios estabelecidos pela Lei 8.112/90 para todos os servidores públicos federais, inclusive os professores
universitários, não abrange a matéria excepcionada pela Constituição Federal e tampouco atinge o âmago das funções universitárias.

Portanto, vê-se que o Pretório Excelso já se manifestou acerca da efetiva aplicação da Lei 8.112/90 aos professores
federais, sem que sejam criadas exceções ou interpretações diferenciadas a tal carreira, a qual, repita-se, submete-se aos
ditames do Regime Jurídico Único.

Logo, imprescindível a aplicação dos artigos 36 e 37, da Lei 8.112/90 , sendo imperiosa a distinção entre remoção
(dentro do mesmo quadro) e redistribuição (entre quadros distintos), de modo que a alteração de lotação de um professor de uma
Universidade para outra deve se enquadrada no conceito de REDISTRIBUIÇÃO.

Deste entendimento não destoa a mais recente jurisprudência:

TRF da 1ª Região:

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. DESLOCAMENTO ENTRE UNIVERSIDADES.


ACOMPANHAMENTO DE CÔNJUGE. HIPÓTESE DE REDISTRIBUIÇÃO. ART. 37 DA LEI 8.112/90. ATO
DISCRICIONÁRIO. SENTENÇA REFORMADA. LIMINAR REVOGADA. 1. Hipótese em que o impetrante pretende, por
motivo de transferência da esposa para outra unidade da federação, obter remoção do quadro de servidores Universidade Federal de
Tocantins - UFT para a Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. 2. O instituto da remoção, nos moldes do art. 36, caput
da Lei nº 8112/90, consiste No deslocamento do servidor, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. 3. Entre
Universidades, sendo elas instituições autônomas e com quadro próprio de servidores, não se mostra cabível o instituto de
remoção, mas sim o de redistribuição, incidindo, por consequência, a norma prevista no art. 37 da Lei n. 8.112/90,
observados os preceitos constantes nos respectivos incisos, dentre eles, o interesse da Administração. 4. Não é dado ao Poder
Judiciário imiscuir-se nas decisões administrativas relacionadas ao instituto da redistribuição, pois prevalecem os critérios
de conveniência e oportunidade, restringindo sua atuação tão somente ao exame da legalidade do ato administrativo. 5.
Liminar deferida revogada 6. Apelação e remessa oficial providas. (AC 0020443-56.2010.4.01.4300, DESEMBARGADOR
FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA, TRF1 - SEGUNDA TURMA, e-DJF1 15/03/2019 PAG.)

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. DESLOCAMENTO ENTRE UNIVERSIDADES.


MOTIVO DE SAÚDE. HIPÓTESE DE REDISTRIBUIÇÃO. ART. 37 DA LEI 8.112/90. ATO DISCRICIONÁRIO. SENTENÇA
DE IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. 1. Hipótese em que o impetrante pretende, por motivo de saúde de dependente, obter remoção
do quadro de servidores da Universidade Federal do Piauí para o da Universidade Federal de Viçosa/MG, com o objetivo de
proporcionar tratamento médico para sua genitora. 2. O instituto da remoção, nos moldes do art. 36, caput da Lei nº 8112/90,
consiste no deslocamento do servidor, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. 3. Entre Universidades, sendo
elas instituições autônomas e com quadro próprio de servidores, não se mostra cabível o instituto de remoção, mas sim o de
redistribuição, incidindo, por consequência, a norma prevista no art. 37 da Lei n. 8.112/90, observados os preceitos
constantes nos respectivos incisos, dentre eles, o interesse da Administração. 4. Não é dado ao Poder Judiciário imiscuir-se
nas decisões administrativas relacionadas ao instituto da redistribuição, pois prevalecem os critérios de conveniência e
oportunidade, restringindo sua atuação tão somente ao exame da legalidade do ato administrativo. 5. Apelação desprovida.
(AC 0000312-96.2015.4.01.4005, DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA, TRF1 - SEGUNDA TURMA, e-
DJF1 02/04/2019 PAG.)

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REMOÇÃO. MOTIVO SAÚDE LEGALIDADE. REQUISITOS


DO ART. 36, III, DA LEI N. 8.112/90 NÃO PREENCHIDOS. UNIVERSIDADES FEDERAIS. QUADRO DE PESSOAL
DISTINTO. IMPOSSIBILIDADE DE REMOÇÃO. SENTENÇA MANTIDA.
1. Cuida-se de decisão proferida na regência do CPC de 1973, sob o qual também foi manifestado o recurso, e
conforme o princípio do isolamento dos atos processuais e o da irretroatividade da lei, as decisões já proferidas não são alcançadas
pela lei nova, de sorte que não se lhes aplicam as regras do CPC atual, inclusive as concernentes à fixação dos honorários
advocatícios, que se regem pela lei anterior.
2. A remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, com ou sem mudança de sede, podendo ser, nos
termos do art. 36 da Lei n. 8.112/90, no interesse exclusivo da Administração (inc. I), a pedido, quando o interesse predominante é
do servidor, a critério da Administração, quando esta não tem interesse, mas também a ela não se opõe (inc. II), ou
independentemente do interesse da Administração (inc. III), quando a despeito do seu interesse a remoção ocorrerá, conforme
hipóteses declinadas nesse inciso.
3. A modalidade de remoção em questão é a disposta na alínea "b" do inciso III do art. 36 da Lei n. 8.112/90, que
prevê a possibilidade de remoção do servidor, a pedido, independentemente do interesse da Administração, por motivo de saúde do
servidor ou de seu cônjuge ou dependente, estando, nesse caso, a remoção condicionada à comprovação por meio de junta médica
oficial.
4. Não é possível a remoção de servidores de uma para outra universidade federal, pois cada entidade, com
personalidade jurídica própria, tem seu próprio quadro de pessoal, e a remoção pressupõe a movimentação no mesmo
quadro, nos termos do art. 36 da Lei n. 8.112/90 e conforme precedentes deste Tribunal declinados no voto. Poderia haver
transferência, com o respectivo cargo, consoante o disposto no art. 37, o que reclamaria a prévia manifestação do órgão
central do Sistema de Pessoal e também a participação da Universidade Federal do Piauí. 5. Apelação desprovida. (AC
0006129-03.2013.4.01.4300/TO, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL JAMIL ROSA DE JESUS OLIVEIRA, PRIMEIRA
TURMA, Decisão de 27/09/2016)

TRF da 2ª Região:

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PROFESSOR


UNIVERSITÁRIO LOTADO NA UFRJ, CAMPUS MACAÉ. PEDIDO DE REMOÇÃO POR MOTIVO DE SAÚDE PARA A
UFSCAR, CAMPUS SOROCABA, SUA CIDADE NATAL, INDEFERIDO ADMINISTRATIVAMENTE.
DESCONSTITUIÇÃO DA DECISÃO ADMINISTRATIVA - IMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA DA
EXPRESSÃO "NO ÂMBITO DO MESMO QUADRO" QUE CONSTA DO ART. 36, III, ?B? DA LEI Nº 8.112/90 .
PONDERAÇÃO DE PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS NO SUBSISTEMA NORMATIVO DE DIREITO ADMINISTRATIVO.
1. Sentença que julgou improcedente pedido de desconstituição de decisão administrativa que indeferiu requerimento de
remoção, fundado no art. 36, III, "b" da Lei nº 8.112/90, de professor universitário da UFRJ para a UFSCAR por motivo
de saúde. 2. Não há vício na decisão impugnada, pois a remoção pretendida não encontra suporte na legislação. Diz a lei que
remoção é "o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede"
e a expressão não tem o alcance pretendido pelo apelante. 3. Quadro é o conjunto de cargos e funções integrantes de uma
determinada unidade administrativa. Conforme o art. 207, caput, da CRFB/88, UFRJ e UFSCAR são entidades públicas
distintas, com personalidade jurídica própria, autônomas administrativa e financeiramente, com quadros de pessoal e
recursos próprios, não sendo o bastante para "unificar" os quadros de pessoal a submissão às mesmas normas jurídicas ou
à mesma supervisão ministerial. 4. Mesmo o parecer administrativo favorável ao requerimento do apelante condicionou sua
remoção "ao aceite do servidor em nova sede", não havendo como impor à UFSCAR que disponibilizasse em seus quadros cargo
para servidor oriundo da UFRJ. 5. A hipótese não seria de remoção e sim de redistribuição, conforme o art. 37 da Lei nº 8.112/90, a
qual não se concretizou por inexistência de código de vaga a ser ofertado em contrapartida. Diversamente do que ocorre com a
remoção, a redistribuição está condicionada ao interesse da Administração e ao preenchimento dos demais requisitos dos incisos II
a VI do art. 37. 6. Não faz jus o apelante nem a remoção nem a redistribuição, e ante o prosseguimento regular do processo
concomitante de aposentadoria por invalidez, ato administrativo vinculado, supõe-se que já esteja efetivamente aposentado. 7. A
aposentadoria por invalidez é fato superveniente, com potencial de prejudicar a pretensão deduzida nos presentes autos, pois atesta
a impossibilidade do exercício do cargo, seja na unidade 1 de origem, seja no destino. O exame de seus requisitos não integra o
objeto do presente feito, devendo, se for o caso, tais requisitos serem submetidos a controle judicial através de ação própria. 8. Os
precedentes do STJ que cristalizaram o entendimento segundo o qual, para fins de aplicação do art. 36 da Lei nº 8.112/90, o cargo
de professor de universidade federal deve ser interpretado como pertencente a quadro único do Ministério da Educação, não são
dotados de efeito vinculante. 9. Independentemente da possibilidade de controle externo dos atos administrativos pelo Poder
Judiciário para corrigir ilegalidade ou desvio de finalidade, ausentes tais vícios, o juízo discricionário sobre lotação, remoção ou
redistribuição de servidores é exclusivo do agente responsável pela gestão de pessoas, e nessa seara não pode se imiscuir o julgador,
que não detém tal atribuição. 10. Apelação desprovida.(AC - Apelação - Recursos - Processo Cível e do Trabalho 0154718-
58.2015.4.02.5101, NIZETE LOBATO CARMO, TRF2 - 7ª TURMA ESPECIALIZADA. Data de Julgamento: 20/09/2019. Data
de publicação: 27/09/2019)

TRF da 5ª Região:

ADMINISTRATIVO. SERVIDORA PÚBLICA FEDERAL. P R O F E S S O R A . REMOÇÃO PARA


O U T R A UNIVERSIDADE. QUADRO FUNCIONAL DISTINTO. IMPOSSIBILIDADE. REDISTRIBUIÇÃO.
DESCABIMENTO. FALTA DE INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO.
1. Consoante se depreende dos autos, a autora é professora do curso de enfermagem da UFPI e, em 2011, mudou-se
com sua família para o Recife para fazer mestrado na UPE para o qual fora aprovada. Durante o curso, seu marido foi aprovado em
concurso público para médico da Prefeitura de Escada (PE), sendo admitido em maio de 2012. Finalizado seu mestrado, em 2013,
ela teve de regressar às suas atividades na UFPI, mas a família permaneceu em Recife, em razão do vínculo do seu marido. Esta
separação teria causado distúrbios emocionais no seu filho mais novo, que passou a fazer tratamento específico e desde então vem
sendo acompanhado. Em 2014 teve indeferido seu pleito de redistribuição para a UFPE sob o fundamento (doc. 4058300.1048781)
de que não era interessante para a UFPE abrir mão de uma vaga de concurso para Professor Adjunto em favor da UFPI, para
receber uma professora Assistente, que não possui título de Doutorado, trocando, assim, um professor Doutor por um Mestre.
2. Ajuizada esta ação pleiteando a redistribuição e/ou remoção, a sentença, nos termos do pleito formulado, julgou
procedente o pedido, determinando à ré a redistribuição e/ou remoção da demandante do cargo de professora Assistente do Curso de
Enfermagem da UFPI, do Campus Senador Helvídio Nunes de Barros - CSHNB, em Picos/PI, para o Departamento de
Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Adotando, na sentença, as razões do acórdão que, dando provimento
agravo de instrumento interposto contra decisão denegatória da tutela antecipada, determinou a remoção provisória da agravante até
o julgamento definitivo do feito principal, o Juízo sentenciante considerou que as peculiaridades dos quadros de pessoal das
Universidades Federais, vinculadas que são ao Ministério da Educação, possibilitam a utilização do instituto jurídico da remoção,
além de ponderar que a perícia judicial havia confirmado a doença que acomete o filho da autora.
3. Nos termos do art. 36, III, b, da Lei nº 8.112/90, o servidor pode pedir remoção (deslocamento, no âmbito do
mesmo quadro, com ou sem mudança de sede), independentemente do interesse da Administração, por motivo de saúde do
servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à
comprovação por junta médica oficial
4. A despeito do posicionamento desta Primeira Turma e do STJ (que consideram os cargos de professor das
universidades federais como pertencentes a um quadro de professores federais, vinculado ao Ministério da Educação, para efeito de
incidência do art. 36, parágrafo único, III, b, da Lei nº 8.112/1990 - remoção por motivo de saúde), este Relator entende que as
universidades federais, assim como os institutos federais de educação, têm personalidade jurídica própria e autonomia
administrativa, de modo que seus quadros funcionais são também próprios, estando vinculados diretamente a cada
instituição e não ao Ministério da Educação. Em face disso, como a remoção exige que o deslocamento do servidor seja no
âmbito do mesmo quadro funcional, no caso dos autos, o pleito da autora para ser removida da UFPI para a UFPE não
encontra respaldo na legislação de regência.
5. A Segunda e a Quarta Turmas deste TRF5 comungam deste entendimento: 08095094720174050000,
AG/SE, Desembargador Federal Vladimir Carvalho, 2ª Turma, Julgamento: 09/08/2018; 08032543920184050000, AG/SE,
Desembargador Federal Rubens de Mendonça Canuto, 4ª Turma, Julgamento: 24/08/2018.
6. Ainda que se admitisse a possibilidade de remoção entre universidades distintas, no caso dos autos, o laudo
pericial elaborado para o Juízo (doc. 4058300.1741950) apenas concordou com o diagnóstico dos laudos [particulares] constantes
dos autos de ansiedade generalizada, e que o menor necessita acompanhamento psicológico, conforme já é realizado. Nos
esclarecimentos que foram solicitados, a perita apenas acrescentou (doc. 4058300.2297748) que o laudo foi realizado de acordo
com o quadro clínico do menor (...), sendo relatada sua patologia e a necessidade de manter o acompanhamento clínico conforme
requer sua condição e que não caberia à perícia médica dizer a localidade onde será realizado o tratamento, cabendo apenas
informar ao Juiz que o tratamento realmente é necessário. Assim, embora confirme a necessidade de tratamento, a perícia não
apontou que ele necessariamente deveria continuar no Recife nem que não poderia ser realizado em Picos.
6. Por outro lado, nos termos do art. 37 da Lei 8.112/90, redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento
efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: I - interesse da administração; II - equivalência de
vencimentos; III - manutenção da essência das atribuições do cargo; IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e
complexidade das atividades; V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; VI - compatibilidade
entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade.
7. Portanto, a redistribuição não é um direito subjetivo do servidor, pois depende do interesse da
Administração. No caso dos autos, a apelante não concordou com o pleito, indeferindo-o expressamente porque não era
interessante para ela abrir mão de uma vaga de professor adjunto para receber uma professora assistente, sem doutorado.
Por outro lado, não se vislumbra no ato discricionário denegatório da redistribuição pleiteada qualquer ilegalidade que
pudesse ensejar seu desfazimento por via judicial.
8. Registre-se, por fim, que o servidor tem direito de ser removido para outra localidade em razão de doença
de seu dependente, mas o instituto da remoção, que dispensa a anuência administrativa, é reservado para deslocamento de
servidor no âmbito do mesmo quadro funcional. Não sendo este o caso dos autos, tratando-se de institutos distintos, é
inaplicável, à redistribuição, o permissivo legal específico da remoção, ainda que de forma analógica, para amparar o pleito
autoral, tendo em vista que se estaria criando hipótese híbrida de deslocamento não prevista na lei de regência.
9. Apelação provida. Honorários advocatícios, em desfavor da autora, fixados em dois mil reais, com base no § 8º
do art. 85 do CPC, tendo em vista o baixo valor atribuído à causa (mil reais).
(PROCESSO: 08027186220154058300, APELAÇÃO CÍVEL, DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO
ROBERTO MACHADO, 1ª TURMA, JULGAMENTO: 27/05/2021)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. PROFESSOR DA


UFRN. REMOÇÃO PARA A UFSC. MOTIVO DE DOENÇA DO PRÓPRIO SERVIDOR. QUADROS DISTINTOS.
IMPOSSIBILIDADE. ESGOTAMENTO DO OBJETO DA AÇÃO. INEXISTÊNCIA.1. Agravo de Instrumento manejado pela
Universidade em face de decisão que acolheu o pedido de reconsideração e deferiu a tutela de urgência requerida para determinar
que, no prazo de 15 dias, a Agravada seja removida, em caráter provisório, do Departamento de Oceanografia e Limnologia da
UFRN para o Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC, até ulterior deliberação judicial.2. O Agravo de Instrumento foi
interposto em 02/10/2019 e sua petição inicial somente foi juntada aos autos em 16/10/2019, mas ainda dentro do prazo legal, não
havendo impedimento à sua apreciação.3. Quanto à preliminar de impossibilidade de concessão da tutela antecipada, não se trata de
esgotamento do objeto da ação, eis que o pedido contido no processo originário é de remoção definitiva da Agravada para o quadro
de professores da UFSC, enquanto a antecipação de tutela foi deferida apenas para determinar sua remoção provisória para aquela
IES, até ulterior deliberação judicial.4. O art. 36, "caput", da Lei nº 8.112/90 estatui que a remoção "é o deslocamento do servidor, a
pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede". Portanto, a remoção pode ser deferida a pedido
do interessado, mas a legislação exige que ocorra dentro do mesmo quadro de pessoal, o que não se percebe nos presentes autos.5.
No caso das Universidades, elas gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial
(art. 207, "caput", da Constituição Federal). Têm elas personalidade jurídica e quadros funcionais próprios vinculados
diretamente a cada instituição de ensino e não ao Ministério da Educação. É verdade que são institutos ligados ao
Ministério da Educação e por ele regidos. No entanto, seus quadros de funcionários não perfazem um quadro único
vinculado àquele Ministério.6. Como a remoção exige que o deslocamento ocorra dentro do mesmo quadro funcional, não há
como se deferir um pedido de remoção de uma Universidade Federal para outra distinta. Essa situação se aplica tanto para
a Carreira de Professor quanto para a dos Cargos Técnico-Administrativos.7. Esse entendimento encontra guarida em
precedentes da Primeira, Segunda e Quarta Turmas deste Tribunal: 0803279-97.2017.4.05.8500, Rel. Desembargador Federal
Roberto Machado, 1ª Turma, Julgamento: 17/10/2018; 0800214-49.2018.4.05.0000, Rel. Desembargador Federal Gustavo de Paiva
Gadelha, 2ª Turma, Julgamento: 05/07/2018; e 0803254-39.2018.4.05.0000, Rel. Desembargador Federal Rubens de Mendonça
Canuto, 4ª Turma, Julgamento: 24/08/2018.8. Esta egrégia Terceira Turma, recentemente, ao julgar o Processo nº 0801419-
88.2017.4.05.8200 em composição ampliada, em 29 de janeiro do corrente ano, também assim se posicionou ao decidir, por
maioria, negar provimento à Apelação do Particular Agravo de Instrumento provido. (PROCESSO: 08130736320194050000, AG -
Agravo de Instrumento - , DESEMBARGADOR FEDERAL CID MARCONI, 3ª Turma, JULGAMENTO: 16/02/2020)

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. REMOÇÃO DE SERVIDOR


PÚBLICO ENTRE UNIVERSIDADES DISTINTAS. LEI Nº 8.112/90. IMPOSSIBILIDADE.
1. Cuida-se de agravo de instrumento manejado por MARCIO FERREIRA RODRIGUES PEREIRA contra decisão
proferida pelo Juízo da 7ª Vara Federal da Seção Judiciária do Ceará que, nos autos de ação ordinária, indeferiu o pedido de tutela
provisória de urgência que pretendia fosse determinado à UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC, ora agravada,
sua remoção imediata para a Universidade Federal da Bahia, campus situado em Salvador - BA, nos termos do art. 36 da Lei
8.112/90, para cuidar de seu genitor, que padece de patologia incapacitante.
2. A título de esclarecimento fático, transcrevo excerto colhido do relatório da decisão agravada: Sustenta o autor
que é professor efetivo da UFC desde 2011, lotado na cidade de Fortaleza. Contudo, seu genitor se encontra enfermo, acometido de
ansiedade crônica, quadro crescente de debilidade mental e motora, bem como tem diagnóstico de aneurisma cerebral. Afirma que
sua genitora também necessita de acompanhamento médico e auxílio, devido a um infarto agudo do miocárdio, dificultando sua
assistência ao cônjuge, de forma que a presença do requerente se mostra indispensável no local de moradia dos pais em
Salvador/BA. Acrescenta que tem uma irmã, mas, que esta reside fora do país por motivos de trabalho, não havendo outros
familiares na cidade de Salvador, sendo o autor o único filho que pode prestar a assistência de que os pais necessitam. Diz que
formulou pedido administrativo para a Universidade Federal da Bahia, Campus Salvador, contudo, tal foi indeferido sob o
fundamento de que a remoção não é aplicável ao seu caso por tratar-se de caso de mudança de quadro de pessoal, o que
desconfiguraria o instituto da remoção. Alega que tal argumentação não está de acordo com o entendimento da jurisprudência
majoritária, que considera o cargo de professor federal como integrante de uma única carreira, vinculado ao Ministério da
Educação. Trouxe aos autos os documentos que entende necessários à comprovação do seu direito, dentre os quais destaco os
documentos médicos de seu genitor e o indeferimento administrativo de seu pedido de remoção.
3. O Juízo a quo findou por decidir da seguinte forma: No vertente caso, necessário se faz o exame minucioso e
aprofundado dos documentos apresentados na inicial, bem como que se comprove, de forma inequívoca, que o autor preenche os
requisitos para a remoção nos termos requeridos. Segundo a Lei 8.112/90, no artigo que trata da remoção: "Art. 36. Remoção é o
deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Parágrafo Único.
Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidade de remoção: I - de ofício, no interesse da Administração; II - a
pedido, a critério da Administração; III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: a) para
acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração; b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge,
companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por
junta médica oficial. (...)" Portanto, a remoção, a pedido, para outra localidade, por motivo de saúde de dependente que viva às
expensas do servidor lhe é assegurada, desde que comprovada a afecção alegada por junta médica oficial. O pressuposto legal da
remoção (e da manutenção) é o motivo de saúde, vale dizer, as circunstâncias médicas que imponham a transferência do servidor
para sede diversa daquela em que se encontra lotado. É necessário, assim, que a junta médica oficial certifique não só a existência
da enfermidade, mas também a circunstância de o tratamento exigir a remoção/permanência do servidor. No caso, não houve a
realização de perícia médica nos termos previstos na legislação aplicada, nem tampouco comprovou o autor que seu genitor viva às
suas expensas, conforme determina o dispositivo legal. Acompanhando a mesma vertente de raciocínio, não antevejo a utilização,
por parte da UFC, do abuso do direito de defesa, eis que a ampla defesa é postulado consagrado da Lei Maior, de sorte que a
promovida pode utilizar-se dos permissivos da lei instrumental. Não verifico, também, o perigo de dano ou de risco ao resultado
útil do processo, haja vista que o autor não comprovou a existência de data definitiva para o retorno das suas atividades como
professor de forma presencial. Diante do exposto, INDEFIRO o Pedido de Tutela Antecipada, por não encontrar presente no caso
dos autos, os requisitos de sua concessão com base no artigo 300 e seguintes do NCPC.
4. O cerne da questão a ser aqui dirimida consiste em saber se o autor, ora agravante, professor efetivo
vinculado à Universidade Federal do Ceará - UFC, faz jus a que seja acolhido seu pedido de remoção para a UFBA. A
decisão agravada não merece reparos.
5. Para que se autorize a remoção do servidor, é necessário o preenchimento dos requisitos do art. 36, Lei nº
8.112/90, sendo o principal deles o de que seja para o mesmo quadro funcional.
6. No caso dos autos, as universidades federais são diferentes, ou seja, pessoas jurídicas distintas, que
possuem quadros funcionais próprios, com autonomia administrativa e financeira consagrada na Constituição Federal de
1988 e que, ademais, realizam concursos próprios para seus respectivos quadros de pessoal. Logo, é impossível deferir-se a
remoção pleiteada.
7. Entendendo-se a pretensão do servidor como relativa à redistribuição (e não remoção), tampouco é de ser
deferida, por se tratar de ato discricionário da Administração que, ademais, deve atender o interesse público, o que não é a
hipótese. Precedentes deste Regional.
8. Ademais, nada obstante a delicada situação vivenciada pelos genitores do agravante, conforme bem ponderado
pelo Juízo de origem, inexistiu a realização de perícia médica exigida pela legislação aplicável (art. 36, III, "b", da Lei n. 8.112/90),
ou mesmo, ainda, sequer comprovou o autor que seu genitor viva às suas expensas, conforme requisito explícito do mesmo
dispositivo legal.
9. De resto, também não restou demonstrado o perigo da demora, pois inexiste comprovação da existência de data
definitiva para o retorno das suas atividades como professor de forma presencial, situação esta que, por ora, poderá, inclusive,
permitir o acompanhamento presencial de seus genitores enquanto estiver trabalhando de forma remota junto à UFC agravada.
Sendo assim, irreprochável a decisão agravada em seus termos. 10. Agravo de instrumento desprovido e agravo interno
prejudicado.
(PROCESSO: 08093726020204050000, AGRAVO DE INSTRUMENTO, DESEMBARGADOR FEDERAL
PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA, 2ª TURMA, JULGAMENTO: 24/11/2020)

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PROFESSORA UNIVERSITÁRIA. REMOÇÃO DA


UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE - PARA A UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO -
UFRJ. TRATAMENTO DA PRÓPRIA SAÚDE - NEOPLASIA MALIGNA DE MAMA. INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM
QUADROS DE PESSOAL DIVERSOS. IMPOSSIBILIDADE.1. Agravo de instrumento interposto pela UFPE em face da decisão
interlocutória (datada de 08.02.2018) que, nos autos do Mandado de Segurança nº 0801512-08.2018.4.05.8300, deferiu o pedido
liminar para determinar que o Reitor da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE proceda à remoção da parte impetrante para a
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, adotando todas as providências cabíveis para tanto no prazo máximo e
improrrogável de 5 (cinco) dias sob as penas da desobediência.2. No caso em deslinde, a demandante é servidora pública federal,
efetiva, ocupante do cargo de Professora da Universidade Federal de Pernambuco. Requer a sua remoção da UFPE para a
Universidade Federal do Rio de Janeiro (sua terra natal), para continuação do tratamento de saúde, devido a diagnóstico CID C
50.1, que a fez submeter a cirurgia de Quadrantectomia e Linfadenectomia Axilar + Reconstrução Mamária c/retalho muscular, no
dia 17.02.2017, e posteriormente radioterapia.3. A hipótese não encontra amparo legal na disposição do art. 37 da Lei nº 8.112/90,
que prevê o deslocamento de cargo de provimento efetivo por meio de redistribuição, pois além de a Administração não ter
interesse no deslocamento da autora, não há notícia de contrapartida de um código de vaga para a instituição cedente. Nem se
enquadra na dicção do art. 36, III, b, da lei 8112/90, que prevê o deslocamento do servidor, a pedido, para outra localidade,
independente do interesse da administração, por motivo de saúde do servidor, do cônjuge/companheiro ou dependente.4. O
regramento contido no caput do art. 36 da Lei 8.112/90 é claro ao determinar que a remoção deve ocorrer no âmbito do
mesmo quadro de pessoal. Isso porque cada Universidade Federal é uma autarquia distinta, com quadro próprio de
servidores, não se podendo pretender transitar entre eles através do instituto da remoção, como se formassem um quadro
único.5. Outrossim, não obstante a servidora tenha sido considerada incapaz de exercer seu ofício por um longo período em 2017,
devido a grave doença que a acometeu, tendo inclusive que submeter a cirurgia e radioterapia, a Junta médica da UFPE atestou, em
janeiro/2018, que a servidora está "apta física e mentalmente para exercício de seu cargo", não havendo questionamento objetivo
acerca de tal laudo e nem diagnóstico, elaborado por médico particular, em sentido contrário.6. Agravo de instrumento provido.
(PROCESSO: 08032543920184050000, DESEMBARGADOR FEDERAL RUBENS DE MENDONÇA CANUTO, 4ª Turma,
JULGAMENTO: 24/08/2018) (grifou-se)

ADMINISTRATIVO. REMOÇÃO. ENTIDADES DISTINTAS. QUADROS DISTINTOS DE SERVIDORES.


IMPOSSIBILIDADE. HIPÓTESE DE REDISTRIBUIÇÃO. SUJEIÇÃO AOS CRITÉRIOS DE OPORTUNIDADE E
CONVENIÊNCIA ADMINISTRATIVAS. PROVIMENTO DO APELO.Apelação de sentença que julgou procedente o pedido
exordial, para determinar a relotação e exercício provisório de professora de magistério superior da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia para a Universidade Federal de Pernambuco, sob o reconhecimento de que é filha única de portadora de
doenças e que necessita de assistência contínua.UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO e UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA alegam pela impossibilidade de remoção entre pessoas jurídicas distintas, que a
remoção concedida é de fato o que a lei define como redistribuição, que tem natureza discricionária. Acrescenta que não houve
apresentação de laudo médico por junta médica oficial, tampouco provas robustas acerca das doenças sofridas pela mãe da
servidora. O artigo 36, inciso III, b, da Lei 8.112/90 prevê a hipótese de remoção de servidor público a pedido, para outra
localidade, por motivo de saúde do servidor. Entretanto, para que tal pleito seja deferido, é necessário, dente outros
requisitos, que o deslocamento ocorra no âmbito do mesmo quadro de pessoal do órgão ou entidade de lotação, o que não é
o caso, tendo em vista que a autora pretende o seu deslocamento entre instituições federais de ensino diversas, com quadros
de pessoal distintos. A redistribuição é ato discricionário da Administração e tem como objetivo aparelhar de maneira mais
adequada os quadrosdas instituições envolvidas, buscando atender as necessidades da Administração, e envolve interesses
recíprocos, que não é o caso dos autos, em que ambas as partes rés apelaram do julgamento. (APELREEX 08014841720164058201,
Des. Federal Leonardo Carvalho, julg.: 15/08/2017).Provimento da apelação e do reexame necessário. (PROCESSO:
08011738820144058300, DESEMBARGADOR FEDERAL LEONARDO CARVALHO, 2ª Turma, JULGAMENTO: 19/03/2018)
(grifou-se)

TRF da 3ª Região:

DIREITO ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORA PÚBLICA QUE


PRETENDE REMOÇÃO PARA UNIVERSIDADE DISTINTA DA QUE ESTÁ ATUALMENTE VINCULADA, COM BASE
NO DIREITO PREVISTO PELO ART. 36, PARÁGRAFO ÚNICO, III, 'A', DA LEI N. 8.112/90. INCABIMENTO. INSTITUTO
QUE SE PROCESSA SOMENTE NO ÂMBITO DO MESMO QUADRO DE PESSOAL. PRECEDENTES. APELAÇÃO
PROVIDA.- Versa a presente apelação sobre pedido de remoção para acompanhamento de cônjuge. A remoção de um servidor
compreende o deslocamento do servidor público no âmbito do mesmo quadro de pessoal do órgão ou ente público a que esteja
vinculado.- No caso em apreço, porém, a impetrante pretende sua remoção da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul para a
Universidade Federal de São Paulo, entes públicos distintos entre si, que contam com autonomia administrativa e de gestão
financeira e patrimonial, conforme preceitua o art. 207, caput, da CF/88.-Na análise de situações como a que se coloca no âmbito
do presente recurso de apelação, os tribunais pátrios têm entendido pela impossibilidade de se deferir a remoção em favor
de servidores públicos, na medida em que esta somente se processa entre os quadros de pessoal pertencentes à mesma
Universidade, e não entre Universidades distintas, nos moldes propugnados pelo próprio art. 36 da Lei n. 8.112/90. Para a
transferência de um ente público para outro diverso, a impetrante poderia valer-se do instituto da redistribuição, mas este, como é
cediço, envolve o interesse da Administração Pública em assim proceder (art. 37, inc. I, da Lei n. 8.112/90), algo que, a evidência,
não se verificou na espécie, na medida em que esta apelou da sentença concessiva do direito.- Recurso de apelação a que se dá
provimento.(TRF 3ª Região, PRIMEIRA TURMA, Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 370880 - 0000100-79.2017.4.03.6000, Rel.
DESEMBARGADOR FEDERAL WILSON ZAUHY, julgado em 29/05/2018, e-DJF3 Judicial 1 DATA:11/06/2018)

Logo, a remoção motivada pelo acompanhamento de cônjuge/doença de dependente deve ocorrer no âmbito do
mesmo quadro da Instituição de Ensino.

Segundo o entendimento exarado na Nota Técnica proferida pelo Ministério do Planejamento nº


85/2011/DENOP/SRH/MP, ao reproduzir o PARECER Nº 0740 -3.9/2011/JPA/CONJUR/MP, a expressão " no âmbito do mesmo
quadro" deve ser entendida como conjunto de cargos, de provimento efetivo (isolados ou de carreira) e de comissão, inerentes à
estrutura administrativa dos órgãos superiores da Administração direta e das entidades da Administração indireta, in verbis:

39. É para evitar esses tipos de distorções e incongruências que a Lei nº 8.112/90 exige, de maneira bastante clara,
que qualquer modalidade de remoção do servidor público se dê no âmbito do mesmo quadro de pessoal.
40. Todas essas considerações nos levam a dissentir da conclusão exarada na NOTA/MP/CONJUR/CD/Nº 0285 -
3.9/2010, onde se advogou a compreensão segundo a qual "deve-se entender, no que concerne à remoção por motivo de saúde, que
a expressão "no âmbito do mesmo quadro" significa no âmbito do Poder Executivo Federal. Por esse motivo, esta Consultoria
Jurídica corrobora o posicionamento exarado pela Consultoria Jurídica do Ministério das Cidades, no PARECER
CONJUR/MCIDADES/Nº 830/2008, no sentido de que "entendimento diverso faria letra morta do art. 36, parágrafo único, inciso
III, alínea 'b' para diversos servidores federais que estivessem vinculados a algum órgão sem correspondência em outra localidade,
o que configuraria situação ofensiva ao princípio da isonomia."
41. Não obstante os fundamentos muito bem articulados na citada manifestação, entendemos que, em tema de
remoção por motivo de saúde, a atribuição de uma tal latitude à expressão "no âmbito do mesmo quadro" equivale a dar a norma
inserta no caput do art. 36 uma nova hipótese de aplicação não prevista pelo legislador. Daí decorrem inconvenientes de ordem
técnica e prática, ainda mais se tomar em consideração que esse entendimento irá nortear a atuação da Secretaria de Recursos
Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - SRH/MP, órgão central do Sistema de Pessoal Civil - SIPEC,
encarregado de editar, em nível infralegal, as orientações normativas a serem seguidas pelos demais órgãos e entidades da
Administração direta, autárquica e fundacional.
42. Por tudo que até aqui foi exposto, tem-se por responder à consulta formulada na letra "a" do item 12 da Nota
Técnica nº 303/2011/CGNOR/DENOP/SRH/MP, de 22 de junho de 2011 (fls. 32/36) nos seguintes termos:
a) a Lei n º 8.112/90 adota um conceito restrito de "quadro de pessoal", o qual deve ser entendido como conjunto de
cargos, de provimento efetivo (isolados ou de carreira) e de comissão, afetados à estrutura administrativa dos órgãos superiores da
Administração direta e das entidades da Administração indireta;
b) a correta interpretação do caput do art. 36 da Lei nº 8.112/90 não dá margem para interpretações ampliativas, de
modo que a expressão "no âmbito do mesmo quadro" não pode ser equiparada ao conceito de "Poder Executivo Federal".
43. Os demais questionamentos formulados no item 12 da Nota Técnica nº 303/2011/CGNOR/DENOP/SRH/MP
restam prejudicados em razão da conclusão acima apresentada.
44. Sem embargo das conclusões expostas ao longo desse parecer, não se pode perder de vista que a compreensão
aqui firmada diverge da interpretação jurídica sustentada na NOTA/MP/CONJUR/CD/Nº 0285 - 3.9/2010 desta Consultoria
Jurídica e pelo PARECER CONJUR/MCIDADES/Nº 830/2008 da Consultoria jurídica do Ministério das Cidades, circunstância
que denota, inegavelmente, a repercussão geral da matéria, a recomendar a remessa dos autos à Consultoria-Geral da União -
CGU/AGU, nos termos do art. 4º, X, da Lei Complementar nº 73/1993.
45. Ante o exposto, opina-se:
a)pelo aditamento da NOTA/MP/CONJUR/CD/Nº 0285 - 3.9/2010, a fim de se consignar que a expressão no
"âmbito do mesmo quadro" deve receber uma interpretação restritiva, conforme conclusão constante do item 42 supra;
b)pela remessa de cópia dos autos à Consultoria -Geral da União - CGU/AGU, a fim de que seja solvida a
divergência jurídica referente à correta interpretação a ser emprestada à expressão no "âmbito do mesmo quadro" contida no caput
do art. 36 da Lei nº 8.112/90;
c)pela remessa dos autos originais à Coordenação-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação de Normas
deste Ministério - CGNOR/SRH/MP, tendo em vista que o presente processo cuida de uma situação individual de servidora
pública, que ainda pende de manifestação definitiva pela Secretaria de Recursos Humanos - SRH/MP;
d)pela remessa de cópia desta manifestação à Procuradoria Federal da Universidade Federal de Alagoas - PF/AGU -
UFAL, para ciência.

Tal entendimento fora posteriormente ratificado pela NOTA INFORMATIVA Nº


141/2013/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP "no sentido de que as remoções por motivo de saúde, de que trata o art. 36 da Lei nº
8.112/90, devem ser efetivadas dentro do mesmo quadro de pessoal, não se cogitando que este quadro se refira a todo o Poder
Executivo."

Por fim, não deve prevalecer o interesse particular da parte autora em detrimento do interesse público , este
consubstanciado na necessidade de manutenção do serviço público prestado pela entidade ré através do cargo público de Professor
ocupado pelo(a) demandante.

REMOÇÃO ENTRE UNIVERSIDADES/INSTITUTOS FEDERAIS. SERVIDOR NÃO OCUPANTE DO


CARGO DE PROFESSOR UNIVERSITÁRIO. IMPOSSIBILIDADE.

Ademais, ainda que se considere viável a remoção entre as Instituições de Ensino com quadros distintos, há de se
ressaltar, em caráter sucessivo, a sua impossibilidade no caso concreto, uma vez que o servidor autor da ação judicial não ocupa o
cargo de professor universitário, mas sim de arquivista.

De fato, embora haja precedentes do Superior Tribunal de Justiça admitindo a remoção de servidores entre as
universidades e institutos federais de ensino, referido entendimento somente é aplicável ao cargo de professor federal, interpretado
como integrante de um quadro único de servidores vinculado ao Ministério da Educação, o que não se enquadra no caso sob análise.

Nesse sentido, confira-se o seguinte precedente do Eg. TRF da 5ª Região:

EMENTA: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. REMOÇÃO POR MOTIVO DE SAÚDE.


ART. 36, PARÁGRAFO ÚNICO, III, B, DA LEI Nº 8.112/90. NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS.
1. Trata-se de ação cível proposta por Alexandre Muniz Siqueira de Souza, contra a UNIVERSIDADE FEDERAL
DE ALAGOAS - UFAL, objetivando a remoção definitiva para o INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO - IFPE, Campus
de Belo Jardim, localizado no município de Belo jardim/PE, devido a problemas de saúde de sua genitora.
2. O MM. Juiz Federal da Seção Judiciária de Alagoas, julgou improcedente a pretensão deduzida na petição inicial.
Entendeu o órgão julgador monocrático que, "sem olvidar da importância da instituição familiar e sem pretender minimizar a
proteção a ela conferida pelo ordenamento jurídico, destaco que há que ser reconhecido que as dificuldades familiares dos
postulantes resultam de opções pessoais e conscientes dos envolvidos, que por vezes geram tribulações, comuns a um número
significativo de agentes em várias carreiras do serviço publico, ora afastados de seus locais de origem e no aguardo de uma
oportunidade, juridicamente admitida, para retornar a conviver próximo a sua família.".
3. Apelação manifestada pela parte autora. Aduz que, "na remoção por motivo de saúde, o termo 'mesmo quadro'
deve ser interpretado de forma ampla, de modo a dar efetividade à norma, entendendo-se, portanto, o conceito como de abrangência
nacional. Logo, não importa se a remoção acontecerá para instituição diversa e autônoma, pois ambas são vinculadas por um
mesmo órgão, qual seja, o Ministério da Educação. ". Menciona, ainda, que "a decisão questiona o fato de a mãe do servidor não
residir com ele em sua atual lotação, trata-se de análise desumana, onde se entende mais razoável uma senhora debilitada, em
função da idade e das moléstias que lhe acometem, mudar-se ao conceder a remoção que é direito subjetivo do servidor. É
irrazóavel exigir a mudança da mãe do autor que realiza os procedimentos médicos na cidade que sempre morou, isto é, Sanharó-
PE, bem como é irrazoável exigir que essa aos 69 anos mude sua rotina e o lugar onde sempre viveu.".
4. De acordo com o art. 36, parágrafo único, III, b, da Lei nº 8.112/90, é permitida a remoção a pedido, para outra
localidade, independentemente do interesse da Administração, por motivo de saúde, condicionada à comprovação da Junta Médica
Oficial. Para a configuração da hipótese legal, não basta que o servidor esteja doente (até porque, eventual enfermidade do servidor,
da qual decorrer a necessidade dele se ausentar do trabalho, autoriza a concessão de licença médica, não de deslocamento). Para a
remoção por esse fundamento é imprescindível que a moléstia de que esteja padecendo o servidor, ou a genitora, como no presente
caso, não possa ser tratada no local de sua lotação ou se esse é agravante do seu estado de saúde ou prejudicial à sua recuperação.
5. No caso em foco, conforme menciona o órgão julgador monocrático, " embora o STJ tenha firmado
entendimento no sentido da possibilidade de remoção de servidores entre as universidades e institutos federais de ensino,
referido entendimento somente é aplicável ao cargo de professor federal, o qual deve ser interpretado como integrante de
um quadro único de servidores vinculado ao Ministério da Educação. (...) Destarte, considerando que o cargo no qual o
autor se encontra investido é de Técnico Agrícola, não vejo como aplicar à pretensão de remoção a interpretação chancelada
pelo STJ, uma vez que esta somente alcança o cargo de professor federal. (...) Com efeito, entendo que o princípio da
preservação da unidade familiar não pode ser utilizado como supedâneo para remoções em todos os casos em que haja
interesse do servidor, como meio apto a permitir passagens ao alvedrio do agente público. É que, uma vez inscritos nos
certames destinados a cargos públicos, os candidatos têm ciência de que, no mais das vezes, suas atividades serão exercidas
fora dos estados de origem, situação provocada não por um desígnio administrativo, mas por escolha pessoal."
6. Os documentos acostados afirmam que a genitora do apelante é portadora de hipotireoidismo, arritmia cardíaca,
hipertensão arterial e quadro de depressão (idº. 4058000.4776458, fl.10 e 11). O Laudo Psicológico menciona que "ocorreu um
feedback positivo entre paciente/terapeuta, onde a mesma vem respondendo positivamente aos estímulos realizados no atendimento
psicológico (id.4050000.19107565)."
7. Assim, ainda que a mãe do apelante apresente algumas enfermidades, não restou demonstrada qualquer
incapacidade física ou mental, que demande a presença do autor diariamente, pelo contrário, as informações acostadas são
atendimentos médicos, que remontam a 2018, e não comprovam que a genitora do autor está impossibilitada de residir em Penedo e
que possa, com o passar do tempo, adaptar-se ao local de lotação do filho.
8. Em síntese, não restou comprovado o preenchimento dos requisitos necessários à remoção do base no art. 36,
parágrafo único, III, b, da Lei 8.112/90
9. Condenação da parte apelante ao pagamento de honorários recursais, nos termos do art. 85, parágrafo 11, do
CPC, devendo a verba honorária sucumbencial ser majorada em 2% (dois por cento), sobre o valor da causa.
10. Recurso de apelação não provido.(PROCESSO: 08046281520194058000, APELAÇÃO CÍVEL,
DESEMBARGADOR FEDERAL MANUEL MAIA DE VASCONCELOS NETO (CONVOCADO), 1ª TURMA,
JULGAMENTO: 30/01/2020)

Dessa maneira, também por esse motivo o pedido de tutela de evidência deve ser indeferido.

O ente público fará juntada da contestação e da documentação pertinente no prazo respectivo.

Termos em que pede deferimento.

Recife, 01 de setembro de 2022.

IZABEL DOURADO DE MEDEIROS


PROCURADORA FEDERAL
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
EQUIPE REGIONAL DE MATÉRIA ADMINISTRATIVA DA 5ª REGIÃO
GERENCIAMENTO DA JUSTIÇA COMUM (1º GRAU)

OFÍCIO n. 05573/2022/GEAC/JC 1G/ER-ADM-PRF5/PGF/AGU

Recife, 12 de setembro de 2022.

Ao Senhor(a) Responsável pela PROCURADORIA FEDERAL JUNTO À UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO
NORTE

NUP: 00419.003609/2022-42 (REF. 0806836-28.2022.4.05.8400)


INTERESSADOS: ELZENI ALVES MOREIRA E OUTROS
ASSUNTOS: REMOÇÃO

PEDIDO DE SUBSÍDIOS PARA DEFESA EM JUÍZO

Trata-se de ação ajuizada por ELZENI ALVES MOREIRA (878.379.944-34), UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA CATARINA (00.000.000/0008-56) em face do(a) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
- UFRN, com o objetivo de ser removido para outra Instituição Federal de Ensino para acompanhamento de cônjuge,
independentemente de interesse da Administração, prevista no art. 36, parágrafo único, III, “a” ou “b”, da Lei nº 8.112/90.

O(A) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN foi citado(a) para apresentar
defesa.

Assim sendo, solicito o encaminhamento de eventual processo administrativo sobre o caso e a resposta aos
seguintes quesitos:

Qual o fundamento para negativa do pedido autoral? Favor fundamentar fática e juridicamente.
Favor demonstrar qual o efetivo prejuízo para a entidade caso seja concretizada a remoção pleiteada.
Existe a possibilidade de celebração de acordo entre as partes? Favor providenciar a abertura de diálogo
entre as instituições de ensino para a verificação da possibilidade de formalização de conciliação em juízo.
Caso haja processo administrativo sobre o caso, favor indicar as principais peças e decisões, bem como suas
respectivas folhas, resumindo as questões fáticas e de direito.
Há débitos do(s) autor(es) com a entidade ré?
Favor encaminhar os últimos 3 contracheques da parte autora;
Houve questionamento anterior à presente ação, seja judicialmente em outra ação ou administrativamente, acerca
do pleito nos termos da inicial?
Informar acerca de cada matéria fática sustentada pela parte autora na inicial, ressaltando a necessidade de rebater
cada fato apresentado para se lograr êxito na defesa do Ente Público
Demais fatos e fundamentos jurídicos pertinentes para o deslinde do feito.

As informações prestadas devem ser acompanhadas da respectiva documentação probatória a fim de fazer prova em
juízo.

DA FORMA CORRETA DE RESPONDER AOS SUBSÍDIOS NO SAPIENS

Consoante a PORTARIA CONJUNTA Nº 1, de 23 de março de 2016, DO CONSULTOR-GERAL DA UNIÃO,


PROCURADOR-GERAL DA UNIÃO E PROCURADOR-GERAL FEDERAL, que regulamenta a forma de comunicação para
pedido de informações e cumprimento de decisões judiciais, o envio de subsídios pelo destinatário deverá ocorrer por meio da
funcionalidade "Responder Comunicação".

Apenas se faltar algum documento ou necessidade de complementação do pedido de subsídios, é que o destinatário
abrirá "tarefa" para o remetente.

Vejamos as disposições desse normativo:

Art. 4º O destinatário da comunicação só se desincumbirá mediante a juntada de toda a documentação e a


utilização da funcionalidade “Responder Comunicação”.
§ 1º. Na hipótese de falta de documentos ou informações, o destinatário deverá abrir tarefa no NUP gerado pela
“Comunicação” para o remetente com pedido de complementação.
§ 2º. O destinatário da “Comunicação” deve enviar a sua resposta na forma do caput, ficando vedada a
abertura de tarefa para esta finalidade. (grifou-se)

Ressalta-se que é de suma relevância o respeito a esse regramento, a fim de que todos os documentos anexados ao
NUP da comunicação também constem do NUP principal do processo judicial , permitindo que o remetente saiba que a
comunicação fora efetivamente respondida.

Por fim, tendo em vista a limitação para peticionamento eletrônico no sistema do Judiciário, solicita-se que o
tamanho dos arquivos da documentação que serão encaminhados como subsídios não ultrapasse 5 MG.

CONCLUSÃO

Ante o exposto, requeiro o envio desses subsídios até o dia 22-09-2022, nos termos do art. 4º, §§1º e 2º da Lei
9.028/95 c/c art. 37, §3º da Medida Provisória no 2.229-43/01, sob pena de apuração de responsabilidade daquele que der
causa ao atraso no envio das informações.

Atenciosamente,

IZABEL DOURADO DE MEDEIROS


PROCURADORA FEDERAL
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDE-
RAL DE UMA DAS VARAS FEDERAIS DA SUBSEÇÃO JUDICI-
ÁRIA DE NATAL - RN, A QUEM ESTE COUBER POR DISTRI-
BUIÇÃO LEGAL

TUTELA DE EVIDÊNCIA
“Art. 226. A família, base da sociedade, tem
especial proteção do Estado.” (Constituição
Federal de 1988)

ELZENI ALVES MOREIRA, brasileira, casada, servidora pú-


blica federal, portadora do RG nº 7.611.502 – SSP/SC, inscrita no CPF/MF sob o
nº 878.379.944-34, com domicílio na Av. Maria Lacerda Montenegro, nº 2595, CS-
4, Residencial Miami Beach II, Nova Parnamirim, Parnamirim-RN, CEP nº 59152-
903, vem, mui respeitosamente perante Vossa Excelência, por meio dos seus ad-
vogados devidamente habilitados por intermédio da procuração anexa, com e-
mail ddvadvogados@gmail.com e endereço profissional descrito no rodapé, onde
receberá as respectivas intimações, para propor a presente

AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA DE EVIDÊNCIA

em desfavor da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC,


autarquia federal, inscrita no CNPJ sob o nº 83.899.526/0001-82, com endereço no
Campus Reitor João David Ferreira, R. Eng. Agronômico Andrei Cristian Fer-
reira, s/n- Bairro Trindade, Florianópolis/SC, CEP nº 88040-900; bem como, da
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN, autar-
quia federal, inscrita no CNPJ sob o nº 24.365.710/0001-83, com endereço à Av.
Senador Salgado Filho, nº 3000, Lagoa Nova, Natal/RN, CEP: 59.078-970, pelas
razões de fato e embasa-mentos de direito adiante expendidos.

SÍNTESE DA DEMANDA

____________________________________________________________________________________________________
Rua Militão Chaves, nº 1822, BDL Escritórios - sala 03, Candelária, CEP 59064-440, Natal/RN
Contato: (84) 99667-7862 / E-mails: ddvadvogados@gmail.com
lcdantas01@gmail.com felipevieirams@gmail.com luizpaulodiniz@yahoo.com.br
1/25
• A AUTORA, servidor público federal, encontra-se atualmente em gozo de
licença com exercício provisório na UFRN para acompanhamento de seu
esposo, também servidor público federal, removido no interesse da
Administração para Natal-RN. No entanto, ao buscar a sua remoção definitiva,
a Autora foi informada pelas Rés que só poderia requerer redistribuição,
prevista no art. 37, da Lei nº 8.112/90, a qual depende da disponibilidade de
vaga compatível com o seu cargo na unidade de destino e da vontade
administrativa das entidades envolvidas;

• As nuances do caso serão detalhadamente expostas nas linhas seguintes, de-


monstrando a completa ilegalidade e arbitrariedade perpetrada pelas rés no
sentido de cercear o direito à remoção a pedido para acompanhamento de côn-
juge, independentemente de interesse da Administração, prevista no art. 36, pa-
rágrafo único, III, “a” ou “b”, da Lei nº 8.112/90;

• Em razão dessas circunstâncias, mostra-se imperioso o provimento satisfativo


de evidência, voltado a determinar a remoção imediata da Autora para os qua-
dros da UFRN, com vistas a regularizar a sua situação precária decorrente da
licença com exercício provisório.

1. DO CONTEXTO FÁTICO.

01. A Promovente é servidora pública federal, ocupante do cargo de


provimento efetivo de Técnica-Administrativa Educacional – Administradora,
matrícula 1024947, vinculada à primeira Promovida, UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DE SANTA CATARINA - UFSC, e, desde maio de 2019, em gozo de licença
para acompanhamento de cônjuge com exercício provisório na UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN.

02. Cumpre destacar que, no dia 05.10.2018, o esposo da Autora, Flá-


vio Eduardo Batista Moreira, também servidor público federal, foi removido,
provisoriamente, por interesse da administração pública, do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes-DNIT sediado na cidade de Flori-
anópolis/SC para assumir um cargo de chefia no DNIT na cidade de Na-
tal/RN (ato administrativo anexo – publicado no DOU – 05.10.2018).

03. Em razão desse deslocamento do seu esposo, até então provisório,


e de modo a preservar a sua unidade familiar, a Promovente requereu junto à
primeira Demandada, UFSC, a licença para acompanhamento de cônjuge com
exercício provisório na segunda Demandada, UFRN, com lotação em Natal-RN,

2
2/25
prevista no art. 84, §2º, da Lei nº 8.112/90, a qual foi deferida e formalizada por
meio da Portaria nº 12, de 08 de janeiro de 2019.

04. Ocorre que, alguns dias após a publicação da portaria de conces-


são da licença com exercício provisório, mais precisamente no dia 25 de janeiro
de 2019, foi publicada no DOU a Portaria nº 345, de 18 de janeiro de 2019, que
determinou a remoção ex officio do esposo da Promovente, com base no art. 36,
parágrafo único, inciso I, da Lei nº 8.112/90, em definitivo, da Superintendência
Regional do DNIT de Santa Catarina, com sede em Florianópolis-SC, para a
Superintendência Regional do DNIT no Rio Grande do Norte, com sede em
Natal-RN.

05. Diante desse cenário, e até pela proximidade dos atos administra-
tivos mencionados, a Autora terminou vindo com sua família para Natal-RN,
com exercício provisório na UFRN, encontrando-se até os dias de hoje na mesma
situação.

06. Isso porque, no mês de maio de 2019, ao buscar resolver a sua si-
tuação em definitivo, a Promovente foi orientada pela primeira Demandada, a
UFSC, a requerer redistribuição para a UFRN, possibilitando o acompanhamento
definitivo do seu cônjuge, à época recém removido para aquela localidade. No
entanto, ao consultar a segunda Demandada, UFRN, foi sinalizado que o pro-
cesso de redistribuição, previsto no art. 37, da Lei nº 8.112/90, dependia da dis-
ponibilidade de um código de vaga compatível com o cargo da Autora, que até
o momento nunca foi disponibilizado, o que vem impossibilitando a sua lotação
definitiva na segunda Demandada.

07. No entanto, diferentemente do sustentado pelas Demandadas, a


resolução da situação da Autora não dependia da configuração dos requisitos da
redistribuição, forma de deslocamento do servidor adstrita à discricionariedade
administrativa, mas sim decorre de direito subjetivo seu à remoção para acom-
panhamento de cônjuge, prevista no art. 36, III, “a”, da Lei nº 8.112/90, que inde-
pende de interesse da Administração, conforme será adiante explanado.

08. Ao permanecer em gozo de licença com exercício provisório a Au-


tora vem se encontrando num estado de precariedade, incompatível com a sua
situação funcional atual, já que permanece lotada na primeira Demandada UFSC,
mas exercendo suas funções na segunda Demandada UFRN. Esse cenário, em-
bora não tenha o condão de romper a sua unidade familiar, termina gerando con-
tratempos funcionais periódicos, haja vista a necessidade de sempre se reportar
à universidade de origem para questões relacionadas à sua carreira, bem como a

3
3/25
necessidade frequente de comprovar que as condições para o deferimento da li-
cença do art. 84, §2º, da Lei nº 8.112/90 permanecem hígidas, o que, por óbvio,
gera uma apreensão e uma incerteza constantes.

09. Todavia, o direito subjetivo à remoção para acompanhamento do


seu cônjuge, também servidor público federal, removido de ofício (no interesse
da Administração), é manifesto e cristalino desde a data do ato que promoveu
esse deslocamento, não sendo lícito às Demandadas subjugarem esse direito da
Autora aos seus interesses administrativos, já que eventual deslocamento nessas
condições retiraria um “código de vaga” da universidade de origem e o levaria
para a universidade de destino.

10. Não bastasse a evidência desse direito ora pleiteado, cumpre des-
tacar que os dois filhos da Promovente, que dependem diretamente dela, pos-
suem quadro de saúde sensível, sendo um portador de Transtorno do Espectro
Autista (TEA) e o outro portador de Transtorno Hipercinético, Déficit de Aten-
ção/Hiperatividade (TDAH), condições que demandam, por óbvio, um acompa-
nhamento e proximidade de seus genitores, conforme laudos anexos.

11. Esse quadro de saúde de seus filhos, aliás, também corrobora com
a necessidade de remoção definitiva, prevista inclusive no art. 36, parágrafo
único, III, “b”, da Lei nº 8.112/90, assim descrito:

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pe-


dido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, en-


tende-se por modalidades de remoção:

(...)

III - a pedido, para outra localidade, independente-


mente do interesse da Administração:

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também


servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, que foi deslocado no interesse da Administração;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, compa-


nheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste

4
4/25
do seu assentamento funcional, condicionada à compro-
vação por junta médica oficial;

12. Em sendo assim, afigura-se inconteste o direito subjetivo da Au-


tora no sentido de ver reconhecido o seu direito à remoção definitiva, seja pela
hipótese de acompanhamento do seu cônjuge, também servidor, removido no
interesse da Administração, seja para acompanhar seus dois filhos em trata-
mentos de saúde, conforme destacado acima.

13. Pelo contexto narrado, extrai-se não só uma afrontosa recalcitrân-


cia das duas Demandas ao franquear tão somente a possibilidade de redistribui-
ção da Autora, a qual depende de exclusivo interesse da Administração e não há
previsibilidade alguma, como também ilegalidades que ignoram entendimentos
amplamente pacificados no âmbito da jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-
deral, Superior Tribunal de Justiça e Tribunais Regionais Federais.

14. Dessa forma, socorre-se do amparo do Poder Judiciário mediante


o manejo da presente ação, no desiderato de ver declarado o seu direito subjetivo
à remoção, com a determinação de todas as providências legais no sentido de
viabilizar o deslocamento da servidora em definitivo para os quadros da UFRN,
com lotação em Natal-RN, pelas razões a seguir expostas.

2. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS.

2.1 – DA PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DA FAMÍLIA: ART. 226 DA


CONSTITUIÇÃO FEDERAL

15. A Constituição Federal de 1988 erigiu a família como base de for-


mação da sociedade brasileira, a merecer especial proteção do Estado. É o que se
depreende da letra do art. 226 da Carta Magna: “A família, base da sociedade,
tem especial proteção do Estado”.

16. O interesse maior do Estado, portanto, é a proteção da unidade fa-


miliar, pois é ela que sustenta os demais pilares do ordenamento jurídico, sendo
essa a essência do princípio que imanta e irradia sobre todo o sistema de normas,
sobretudo no âmbito do regime jurídico de Direito Administrativo.

17. Nessa senda que a Lei nº 8.112/90 trouxe disposições fundamentais


que envolvem tal norma, possibilitando em alguns dispositivos, inclusive, a re-
lativização do interesse público em prol do princípio da proteção familiar, ante
os evidentes prejuízos que alguns atos do Poder Público podem acarretar ao

5
5/25
servidor e sua família, tal como pode-se inferir dos seus artigos 36, III, “a” e “b”,
que serão detalhadamente cotejados com a realidade fática ora apresentada.

18. Nessas hipóteses, há permissivos legais que franqueiam aos servi-


dores públicos federais, quando diante de uma ruptura do seu núcleo familiar,
sobretudo oriunda de um ato da própria Administração, a valer-se do instituto
da remoção para acompanhamento de cônjuge, também servidor, deslocado no
interesse da Administração.

19. Tratando do conflito aparente entre o interesse público e a proteção


à unidade familiar no que se refere ao instituto da remoção para acompanhar
cônjuge, o então Min. Ilmar Galvão, do Supremo Tribunal Federal, no julga-
mento do MS n° 21.893 (DJU de 02.12.94) concluiu que a Lei nº 8.112, de 1990,
consagrou a prevalência da tutela familiar sobre o interesse público, como se
vê abaixo:

A controvérsia forma-se em meio a um confronto entre


os princípios da tutela a família e da supremacia do inte-
resse público, calcado na observância das normas de lota-
ção criadas para o atendimento das necessidades de servi-
ços. Cada uma das partes invoca a precedência do princípio
que lhe favorece para pôr á sombra a eficácia do outro,
sendo a situação do Impetrante adotada pelo douto pare-
cer, que tem como argumento essencial o reconhecimento
pelo próprio legislador da supremacia da unidade da famí-
lia, ao prescrever que a remoção, para acompanhamento de
cônjuge ou companheiro, não depende da existência de va-
gas (parágrafo único do art. 36 da Lei n° 8112/90). (...) Na
Lei nº 8112/90, o legislador foi além, ao deixar de exigir a
transferência compulsória do outro cônjuge e de fixar,
como regra geral, a licença sem vencimentos, pois possibi-
litou que a remoção fosse deferida, independentemente de
vagas naquele local para onde foi deslocado o cônjuge ou
companheiro a quem pretende acompanhar. Com isto con-
sagrou-se, como afirmado pelo parecer, a prevalência da
tutela familiar sobre o interesse público, que se consubs-
tancia na observância da lotação atribuída em lei para cada
órgão, em vista às necessidades e condições de eficiência do
serviço público."

6
6/25
20. Portanto, a concessão da remoção à servidora cujo cônjuge restou
deslocado, não caracteriza a inversão de valores no âmbito do Direito Adminis-
trativo, que deve zelar pelo interesse público. É que, como já foi consolidado na
jurisprudência constitucional, o interesse primário do Estado está embasado na
preservação da célula familiar, uma vez que é aí que assentam os pilares econô-
micos e morais da sociedade.

21. Nesse sentido, o artigo 36 da Lei 8.112, de 1990, deve ser interpre-
tado sistematicamente com o mencionado dispositivo constitucional, o que sig-
nifica que a remoção será concedida também em razão da proteção especial que
o Estado confere à família, pois não é outra a finalidade da norma.

22. Assim, conforme será demonstrado, não obstante o fato de a sim-


ples leitura do artigo 36, da Lei 8.112, de 1990, conjugado com a demonstração do
deslocamento do cônjuge, servidor público, ser suficiente para a procedência do
pedido de deslocamento pleiteado pela Promovente, a associação necessária ao
artigo 226, da Constituição Federal, torna irrefutável o direito subjetivo discutido
nesta ação.

2.2 - DO DIREITO SUBJETIVO À REMOÇÃO A PEDIDO PARA ACOM-


PANHAMENTO DE CÔNJUGE. INTELIGÊNCIA DO ART. 36, PARÁGRAFO
ÚNICO, III, “A”, DA LEI Nº 8.112/90. DA POSSIBILIDADE DE REMOÇÃO EN-
TRE INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO. JURISPRUDÊNCIA DOMI-
NANTE.

23. Firmadas as premissas constitucionais fundamentais à análise do


pleito aqui deduzido, faz-se imperioso avançar para o cotejo entre a legislação
federal e a realidade fática na qual a Autora encontra-se inserida, pretendendo-
se demonstrar cristalino o enquadramento do seu direito subjetivo nas disposi-
ções estatutárias.

24. Em primeiro lugar, vale repisar que em razão da remoção de ofício


do seu esposo da unidade da Superintendência Regional do DNIT de Santa Ca-
tarina, com sede em Florianópolis-SC, para a Superintendência Regional do
DNIT no Rio Grande do Norte, com sede em Natal-RN, a Autora buscou admi-
nistrativamente o seu deslocamento definitivo, no entanto, foi franqueada apenas
a possibilidade de redistribuição, prevista no art. 37, da Lei nº 8.112/90, que assim
averba:

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de


provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro

7
7/25
geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo
Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC,
observados os seguintes preceitos:

I - interesse da administração;

II - equivalência de vencimentos;

III - manutenção da essência das atribuições do cargo;

IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e


complexidade das atividades;

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou ha-


bilitação profissional;

VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as


finalidades institucionais do órgão ou entidade.

25. Como se vê, a hipótese suscitada pelas Demandadas decorre de ato


puramente discricionário da Administração, que embora atinja o mesmo fim prá-
tico, isto é, o deslocamento definitivo do servidor, não se confunde com o direito
subjetivo à remoção para acompanhamento de cônjuge, prevista no art. 36, inciso
III, alínea “a”, da Lei nº 8.112/90, a seguir destacado:

Da Remoção

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pe-


dido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou
sem mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, en-


tende-se por modalidades de remoção:

I - de ofício, no interesse da Administração;

II - a pedido, a critério da Administração;

III - a pedido, para outra localidade, independente-


mente do interesse da Administração:

8
8/25
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, tam-
bém servidor público civil ou militar, de qualquer dos Po-
deres da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, que foi deslocado no interesse da Administra-
ção;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, compa-


nheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste
do seu as-sentamento funcional, condicionada à comprova-
ção por jun-ta médica oficial;

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipó-


tese em que o número de interessados for superior ao nú-
mero de vagas, de acordo com normas preestabelecidas
pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

26. Conforme se observa, o artigo 36 da Lei nº 8.112, de 1990, prevê


duas espécies de remoção do servidor, quais sejam: ex-officio (inciso I) e a pe-
dido (incisos II e III), sendo que a última se apresenta sob duas subespécies, a
saber, a critério da Administração (inciso II) e independente do interesse da Ad-
ministração (inciso III, alíneas “a”, “b” e “c”).

27. A leitura do dispositivo legal não deixa lacuna de interpretação, po-


dendo-se concluir que para a concessão de remoção para acompanhar cônjuge
ou companheiro é exigida a implementação de dois requisitos, quais sejam: (a)
que o cônjuge seja servidor público; e (b) que o cônjuge a quem se pretende
acompanhar com a mudança de sede, tenha sido deslocado no interesse da Ad-
ministração.

28. Primeiramente, quanto ao requisito da obrigatoriedade de o côn-


juge ser servidor público, resta manifesta tal condição, haja vista ser ele ocupante
do cargo de Analista de Infraestrutura de Transportes, pertencente ao quadro de
servidores efetivos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
– DNIT, conforme declaração a seguir destacada, emitida pelo próprio órgão a
qual é vinculado o esposo da Autora:

9
9/25
29. Quanto à exigência de que o deslocamento do cônjuge do servidor
que pleiteia a remoção tenha ocorrido no interesse da Administração, consigna-
se expressamente tanto na declaração acima como na Portaria nº 345-DNIT, de 18
de janeiro de 2019 (em anexo), a modalidade “ex-officio”, fundamentando inclu-
sive o ato administrativo nos termos do art. 36, parágrafo único, I, da Lei nº
8.112/90, acima transcrito.

30. Detona-se, assim, que por uma necessidade administrativa do


DNIT, voltada a readequar o déficit de servidores na localidade de destino, foi
promovida a remoção do esposo da Autora para a cidade de Natal-RN, justifi-
cando plenamente a segunda exigência ora apontada.

10
10/25
31. Por essa razão, a remoção ora pleiteada enquadra-se perfeita-
mente no inciso III, “a”, tendo em vista o deslocamento de seu cônjuge no ex-
clusivo interesse da Administração para a cidade de Natal-RN, sendo irrefutá-
vel tal situação, como já foi elucidado anteriormente.

32. Ocorre que, nos casos de deslocamento de servidores entre univer-


sidades públicas federais distintas, com base no aludido art. 36, não raras vezes
as entidades alegam a impossibilidade do deferimento do pleito por suposta-
mente possuírem quadros próprios e independentes.

33. Nesse passo, dúvida não há que tal fato não pode ser óbice à remo-
ção pleiteada nestes autos, já que, conforme o entendimento jurisprudencial unís-
sono do STJ, "o cargo de professor de Universidade Federal pode e deve ser inter-
pretado, ainda que unicamente para fins de aplicação do art. 36, § 2º, da Lei nº
8.112/90, como pertencente a um quadro de professores federais, vinculado ao
Ministério da Educação".

34. Firme em tal premissa, tem-se que o STJ - ao apreciar as demandas


de remoção envolvendo servidores das universidades federais - estabeleceu in-
terpretação finalística ao mencionado art. 36 do Estatuto dos Servidores, de modo
a flexibilizar, em circunstâncias excepcionais a seguir destrinchadas, o requisito
da manutenção do mesmo quadro funcional.

35. Segundo o raciocínio do STJ, em sendo limitada a remoção ao


mesmo quadro funcional, "restaria inócua para diversos servidores federais que
estivessem vinculados a algum órgão federal sem correspondência em outra lo-
calidade". Ademais, afirmou a Corte que "o cargo por ela exercido, professora de
Universidade Federal, certamente pode ser exercido em qualquer Universidade
Federal do País" (AgRg no AgRg no REsp 206.716/AM, Rel. Ministra MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 15/03/2007, DJ
09/04/2007, p. 280).

36. Em outras palavras, a Corte Superior compreendeu que a norma,


ao exigir que a remoção ocorresse dentro do mesmo quadro funcional, tinha por
finalidade garantir que o deslocamento do servidor não acarretasse prejuízo
tanto à continuidade do escorreito exercício da função - pois quando se fala de
um mesmo quadro, se garante o mesmo escopo nos distintos locais de exercício -
, quanto à Administração interna do órgão/entidade, no que tange à gestão de
pessoal.

11
11/25
37. É por este motivo que o STJ admite a remoção entre servidores
lotados em universidades federais distintas, embora seja indiscutível que cada
uma delas é uma autarquia independente, com seu próprio quadro de pessoal.

38. Atente-se que o entendimento da Corte é pacífico, abrangendo a


Primeira e a Segunda Turmas, únicas com competência para a apreciação de lides
envolvendo servidores públicos. Como exemplo, para além outros julgados1, co-
lhe-se:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.


AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. SERVI-
DOR PÚBLICO. REMOÇÃO POR MO-TIVO DE SAÚDE.
INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO DIVER-SAS. POS-
SIBILIDADE.

1. A jurisprudência desta Corte orienta-se no sentido de


que, para fins de aplicação do artigo 36 da Lei 8.112/1990, o
cargo de professor de Universidade Federal deve ser inter-
pretado como pertencente a um quadro único, vin-culado
ao Ministério da Educação. Precedentes.

2. Agravo interno não provido.

(AgInt no REsp 1563661/SP, Rel. Ministro BENEDITO


GON-ÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em
10/04/2018, DJe 23/04/2018)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. VIOLA-


ÇÃO DO ART. 1.022 DO CPC 2015 NÃO CONFIGURADA.
SERVIDOR PÚBLICO. REMOÇÃO POR MOTIVO DE SA-
ÚDE DE DEPENDENTE ENTRE UNIVERSIDADES DIS-
TINTAS. POSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO DO ART.
36 DA LEI 8.112/1990.

1
REsp 1641388/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/02/2017,
DJe 17/04/2017; AgInt na Pet 11.485/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 20/10/2016, DJe 28/10/2016; AgRg no REsp 1498985/CE, Rel. Ministro MAURO CAMP-
BELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/02/2015, DJe 02/03/2015; AgRg no REsp
1357926/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/04/2013, DJe
09/05/2013.

12
12/25
(...) 2. Quanto à questão de fundo, ambos os recursos
não merecem melhor sorte, pois o fundamento adotado no
Tri-bunal a quo não destoa da jurisprudência do STJ, se-
gundo a qual, para fins de aplicação do art. 36 da Lei
8.112/1990, o cargo de professor de Universidade Federal
deve ser in-terpretado como pertencente a um quadro
único, vincu-lado ao Ministério da Educação, não havendo,
portanto, óbi-ce à remoção pretendida pela ora recorrida,
por motivo de saúde de sua dependente.

3. Recurso Especiais não providos.

(REsp 1703163/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJA-


MIN, SE-GUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe
19/12/2017)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.


AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SER-
VIDORA PÚBLICA FEDERAL. PRO-FESSORA UNIVER-
SITÁRIA. REMOÇÃO POR MOTIVO DE SAÚDE ENTRE
INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO DIVERSAS.
POSSI-BILIDADE. PRECEDENTES. 1. O cargo de profes-
sora de Uni-versidade Federal pode e deve ser interpre-
tado, ainda que unicamente para fins de aplicação do art.
36, § 2º, da Lei nº 8.112/90, como pertencente a um quadro
de professores federais, vinculado ao Ministério da Educa-
ção' (v.g.: AgRg no AgRg no REsp 206.716/AM, Rel. Minis-
tra Maria Thereza de Assis Moura, DJ 9/4/2007). 2. Agravo
re-gimental não provido. (STJ, 2ª Turma, AgRg no REsp
1.498.985/CE, Relator Ministro MAURO CAMPBELL
MAR-QUES, j. 24/02/2015, DJe 02/03/2015 - grifei)

39. De todo modo, muito embora a Postulante não seja Professora, mas
sim Administradora, não há dúvidas que a ela deve ser aplicado o mesmo enten-
dimento quanto a esse ponto da Lei Federal, sob pena de posição contrária violar
o princípio da isonomia entre servidores vinculados ao mesmo regime jurídico,
concedendo aos professores vantagens não extensíveis às demais carreiras que
compõem os quadros das Instituições Federais de Ensino.

13
13/25
40. Com efeito, embora as Promovidas possuam quadros funcionais
distintos, uma Administradora lotada na UFSC exercerá as mesmas atribuições
de uma Administradora lotada na UFRN. Tanto é assim, que antes de ser aco-
lhida a hipótese de exercício provisório pela autarquia de ensino pretendida, foi
analisado o currículo da Autora para atestar a compatibilidade das funções rea-
lizadas, de modo a lotá-la no setor correspondente.

41. De todo modo, Excelência, não demanda grande esforço inferir que
a compatibilidade de cargos de Técnico-Administrativos em Educação das diver-
sas universidades federais do país guarda muito mais afinidade e correlação do
que os próprios cargos de Professores, que possuem atribuições acadêmicas mui-
tos mais particularizadas e exigências curriculares bem mais complexas.

42. Ora, até mesmo pela infrequência de casos idênticos ao presente,


que muitas vezes sequer tramitam no âmbito dos Tribunais Superiores, não se
pode afirmar que o entendimento do STJ quanto à remoção de Professores seria
restritivo ao ponto de não contemplar Técnicos-Administrativos das Universida-
des, sobretudo pelo intento finalístico de seus termos.

43. Ademais disso, corroborando com tal tese, não se pode olvidar os
claríssimos termos da Lei n.º 11.091/05, que criou o Plano de Carreira dos Cargos
Técnico-Administrativos em Educação e considerou como Instituições Federais
de Ensino “os órgãos e entidades públicos vinculados ao Ministério da Educa-
ção que tenham por atividade-fim o desenvolvimento e aperfeiçoamento do
ensino, da pesquisa e extensão e que integram o Sistema Federal de Ensino”,
senão vejamos:

Art. 1º Fica estruturado o Plano de Carreira dos Cargos


Técnico- Administrativos em Educação, composto pelos
cargos efetivos de técnico-administrativos e de técnico-ma-
rítimos de que trata a Lei no 7.596, de 10 de abril de 1987, e
pelos cargos referidos no § 5o do art. 15 desta Lei.

§ 1º Os cargos a que se refere o caput deste artigo, vagos


e ocupados, integram o quadro de pessoal das Instituições
Fe-derais de Ensino.

§ 2º O regime jurídico dos cargos do Plano de Carreira


é o instituído pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
observadas as disposições desta Lei.

14
14/25
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, são consideradas Ins-
tituições Federais de Ensino os órgãos e entidades públi-
cos vinculados ao Ministério da Educação que tenham por
atividade-fim o desenvolvimento e aperfeiçoamento do
ensino, da pesquisa e extensão e que integram o Sistema
Federal de Ensino.(grifamos)

44. Vê-se que a remoção, de ofício ou a pedido, efetiva-se de uma para


outra instituição de ensino federal que estão vinculadas ao Ministério da Educa-
ção. Com efeito, o deslocamento não altera o vínculo estabelecido com a Admi-
nistração Pública Federal, oriundo de sua investidura no cargo, constituindo,
para esses fins, mera relotação dentro do mesmo quadro.

45. Quanto ao ponto, aliás, os Tribunais Regionais Federais, com des-


taque para o TRF da 5ª Região, seguem o mesmo entendimento do Superior Tri-
bunal de Justiça, inclusive estendendo o referido entendimento para casos que
envolvem remoção de técnicos-administrativos, alguns até idênticos ao epigra-
fado, conforme julgados a seguir:

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REMO-


ÇÃO POR MOTI-VO DE SAÚDE. FILHO MENOR.EXIS-
TÊNCIA DA ENFERMIDADE COMPROVADA POR PE-
RÍCIA MÉDICA JUDICIAL. REQUISITOS LEGAIS SATIS-
FEITOS.

1. Trata-se de ação cível proposta por particular contra


a UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, o INS-
TITUTO FE-DERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TEC-
NOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO - IF SERTÃO
e o INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO - IFPE, almejando a
sua remoção para a UFPE, Campus de Caruaru/PE, ou para
o IFPE, Campus Caruaru, por motivo de saúde do seu filho,
que necessita de acompanhamento médico multidisciplinar
não disponível na cidade de sua lotação funcional.

2. O MM. Juiz Federal da Seção Judiciária de Pernam-


buco confirmou a tutela de urgência concedida e julgou
procedente o pedido inicial, apreciando a lide com resolu-
ção do mérito (art. 487, inciso I, do CPC), determinando a
remoção da parte autora do IF - Sertão Pernambucano -

15
15/25
Campus Floresta-PE para o Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) - Campus Ca-
ruaru-PE.

3. Apelação manifestada pelo IFPE-INSTITUTO FEDE-


RAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
SERTÃO PERNAMBU-CANO. Aduz que "a sentença re-
corrida determinou a remoção do IFSertão (Campus Flo-
resta) para o IFPE (Campus Caruaru), instituições de ensino
autônomas, com quadros de pessoal diversos e indepen-
dentes, o que afasta a incidência do disposto no art. 36 da
Lei n.º 8.112/90".Menciona, ainda, que "não se sustenta o ar-
gumento da Apelada, acolhido pela sentença recorrida, de
necessidade de remoção por falta de possibilidades de tra-
tamento em seu município de origem, visto que há diver-
gência entre as opiniões profissionais presentes ao longo do
processo, não sendo possível afirmar, com certeza, se há, ou
não, profissionais e práticas condizentes com as demandas
do seu filho no município de Floresta/PE". Por fim, requer
a fixação da condenação pelos honorários de sucumbência
em percentual entre 10% (dez por cento) e 20% (vinte por
cento) do valor atualizado da causa.

4. Infundadas tais alegações. Conforme menciona o ór-


gão julgador monocrático, "segundo o raciocínio do STJ, em
sendo limitada a remoção ao mesmo quadro funcional,
"restaria inócua para diversos servidores federais que esti-
vessem vinculados a algum órgão federal sem correspon-
dência em outra localidade". Ademais, afirmou a Corte que
"o cargo por ela exercido, professora de Universidade Fe-
deral, certamente pode ser exercido em qualquer Universi-
dade Federal do País" (AgRg no AgRg no REsp
206.716/AM, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS
MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 15/03/2007, DJ
09/04/2007, p. 280). (...) Prosseguindo - respeitando o en-
tendimento do STJ -, a mesma ratio decidendi fixada para
os servidores das universidades federais se aplica aos ser-
vidores dos institutos federais, pois estes também podem
ser lotados em autarquias de lotação única[3]e igualmente
possuem um regime jurídico-institucional em tudo seme-
lhante àquele adotado nos demais institutos federais. (...)

16
16/25
embora haja quadros funcionais distintos, uma assistente
social lotada no IF-Sertão Pernambucano exercerá as mes-
mas atribuições de uma assistente social lotada no IF-Per-
nambuco".

5. Malgrado a alegação do apelante, de que o IF-Sertão


(Campus Floresta) e o IFPE (Campus Caruaru)são institui-
ções de ensino autônomas, com quadros de pessoal diver-
sos e independentes, observa-se que são vinculados ao
Ministério da Educação, razão pela qual se aplica o
mesmo entendimento que o STJ confere aos professores
universitários, no sentido de que, para fins de aplicação
do art. 36, parágrafo 2º, da Lei 8.112/90, o cargo de profes-
sor de Universidade Federal deve ser interpretado como
pertencente a um quadro único, vinculado ao Ministério
da Educação

6."Quanto à questão de fundo, ambos os recursos não


merecem melhor sorte, pois o fundamento adotado no Tri-
bunal a quo não destoa da jurisprudência do STJ, segundo
a qual, para fins de aplicação do art. 36 da Lei 8.112/1990, o
cargo de professor de Universidade Federal deve ser inter-
pretado como pertencente a um quadro único, vinculado ao
Ministério da Educação, não havendo, portanto, óbice à re-
moção pretendida pela ora recorrida, por motivo de saúde
de sua dependente" (STJ, RECURSO ESPECIAL - 1703163
2017.02.37173-1, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN,
SE-GUNDA TURMA, DJE DATA: 19/12/2017).

7. No caso em foco, restou devidamente comprovado


que o filho da parte autora é portador de transtorno mental
classificado pela CID 10 como Autismo Infantil (F-84.0),
desde o nascimento, e foi examinada por perito judicial
(médico psiquiatra). O expert menciona o seguinte
(id.4058303.6122885, fl. 22): "o nível de gravidade de au-
tismo que o menor apresenta é o de Nível 3, ou seja, severo
(necessitam de suporte e apoio) (...) Diante da alegada ine-
xistência de profissionais habilitados para proporcionar-lhe
o devido cuidado integrado no município onde morava,
considero que a mudança para o município de Caruaru
provocada pela necessidade de que todos os cuidados

17
17/25
fossem feitos em um mesmo local, o que não ocorria em
Floresta - PE é perfeitamente plausível, pois tal fenômeno é
comum, pela concentração de serviços especializados nos
maiores centros.".

8. Registre-se, ainda, que o laudo médico pericial reali-


zado foi enfático, ao afirmar que o menor "necessita, de fato,
de toda estimulação possível até concluir seu desenvolvi-
mento para que os danos provocados pela doença sejam os
menores possíveis. Só ao final desta fase, por volta dos seus
dezoito anos é que será possível dizer como será seu prog-
nóstico para autonomia e para as atividades laborativas"
(doc. indexado nº 4058303.6122885).

9. Destarte, considerando que a prova técnica acima re-


ferida, coligida com os demais elementos probatórios cons-
tantes dos autos, como o Laudo emitido por médico pedia-
tra, o Laudo Fonoaudiológico, o Laudo Terapêutico Ocupa-
cional, o Laudo neurológico e a Declaração emitida por psi-
cóloga, foi robusta, suficientemente, para demonstrar que o
filho da parte autora é portador de patologia que demanda
cuidados especiais, bem como a necessidade de proteção à
saúde e à família, nos termos dos arts. 196, 226 e 230 da CF,
resta inconteste o preenchimento dos requisitos necessários
para remoção da requerente, conforme decidido na sen-
tença prolatada nos presentes autos.

10. Mantidos os honorários advocatícios, nos termos da


sentença vergastada, considerando o grau de zelo do causí-
dico da parte autora, a natureza e a importância da causa,
bem como o trabalho realizado e o tempo exigido para o
serviço.

11. Condenação da parte apelante ao pagamento de ho-


norários recursais, nos termos do art. 85, parágrafo 11, do
CPC, devendo a verba honorária sucumbencial ser majo-
rada em 2% (dois por cento) sobre o valor da condenação.

12. Recurso de apelação não provido.

18
18/25
(TRF-5 - PROCESSO: 08005691620174058303, AC - Ape-
lação Civel - , DESEMBARGADOR FEDERAL ÉLIO WAN-
DERLEY DE SI-QUEIRA FILHO, 1º Turma, JULGA-
MENTO: 13/09/2019, PU-BLICAÇÃO:)

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. UNIVER-


SIDADES FEDE-RAIS. QUADRO ÚNICO. REMOÇÃO
PARA ACOMPANHAMENTO DE CÔNJUGE. INTE-
RESSE PÚBLICO. ARTIGO 36, PARÁGRAFO ÚNICO, IN-
CISO III, ALÍNEA A, DA LEI Nº 8.112/1990. EMPRE-
GADO PÚBLICO. INTERPRETAÇÃO AMPLIATIVA DO
CONCEITO DE SERVIDOR PÚBLICO. 1. O cargo de pro-
fessor de Instituições de Ensino Técnico e Superior Fede-
rais pode ser interpretado, para fins de aplicação do insti-
tuto da remoção, como pertencente a um quadro único
vinculado ao Ministério da Educação, na esteira da juris-
prudência já assentada nas Cortes Superiores. 2. Nos ter-
mos do disposto no artigo 36, parágrafo único, inciso III,
alínea a, da Lei nº 8.112/1990, a remoção para o acompanha-
mento do cônjuge, também servidor público civil ou mili-
tar, deslocado no interesse da Administração, corresponde
a direito subjetivo do servidor, independente do interesse
da Administração e da existência de vaga. 3. A jurisprudên-
cia, ao deliberar sobre a remoção para acompanhamento de
cônjuge, interpreta ampliativamente o conceito de servidor
público para alcançar não apenas os que se vinculam à Ad-
ministração Direta, como também os que exercem suas ati-
vidades nas entidades da Administração Indireta. (TRF-4 -
AC: 50049086720184047200 SC 5004908-67.2018.4.04.7200,
Relator: VIVIAN JOSETE PANTALEÃO CAMINHA, Data
de Julgamento: 14/08/2019, QUARTA TURMA)

ADMINISTRAÇÃO. SERVIDOR CIVIL PÚBLICO. RE-


MOÇÃO ENTRE UNIVERSIDADES FEDERAIS. REMO-
ÇÃO DO CÔNJUGE. MAGIS-TRADO. INTERESSE PÚ-
BLICO. LEI N.º 8.112/90. POSSIBILIDA-DE. 1. O artigo 36,
inciso III, alínea 'a', da Lei n.º 8.112/90, autoriza a remoção

19
19/25
do servidor, a pedido, independentemente do interesse da
Administração, para acompanhar cônjuge, também servi-
dor público civil ou militar, de quaisquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
que foi deslocado no interesse da Administração. 2. Para
fins de aplicação do artigo 36 da Lei n.º 8.112/90, o docente
que labora em universidade pública federal é considerado
integrante de quadro único de professores federais, vincu-
lado ao Ministério da Educação, e não pertencente àquela
específica instituição de ensino. Essa orientação é aplicável
aos cargos técnico-administrativos, estruturados pela Lei
n.º 11.091/2005, no âmbito das instituições federais de en-
sino, igualmente vinculadas ao Ministério da Educação.
(TRF-4 - APL: 50628304620164047100 RS 5062830-
46.2016.4.04.7100, Relator: VIVIAN JOSETE PAN-TALEÃO
CAMINHA, Data de Julgamento: 11/07/2018, QUAR-TA
TURMA)

46. Conforme amplamente demonstrado, não há razão, portanto, para


haver distinção quanto aos cargos técnico-administrativos, caso da Autora, estru-
turados pela Lei nº 11.091/2005, no âmbito das instituições federais de ensino,
igualmente vinculadas ao Ministério da Educação.

47. Imagine-se, Excelência, mutatis mutandis, que embora cada TRF ou


TRT – salvo por não possuírem personalidade jurídica própria como as universi-
dades -, também possuem a sua autonomia administrativa, com concursos e qua-
dros próprios, sendo fato notório que as movimentações de juízes e servidores
entre eles é uma praxe recorrente, seja no interesse da Administração ou a pe-
dido, pois são carreiras federais equivalentes.

48. Guardando as devidas especificidades, é exatamente o caso dos au-


tos, sobretudo quando se percebe que a segunda Demandada, UFRN, ao aceitar
a servidora para compor os seus quadros a título de exercício provisório sinalizou
positivamente ao considerar que dentro dos seus quadros havia uma carreira
compatível com a da Autora, a de técnica-administrativa em educação – admi-
nistradora, legalmente vinculada ao Ministério da Educação, conforme Lei nº
11.091/05.

49. Tanto é assim que, todo e qualquer ato de pessoal que envolva ser-
vidores de universidades federais distintas passa obrigatoriamente pelo crivo e
referendo do Ministério da Educação, seja redistribuição, remoção, permuta, etc,

20
20/25
deixando clara a unicidade dos seus quadros e vinculação ao referido órgão cen-
tral.

50. Dessa forma, para os fins específicos do art. 36, parágrafo único, III,
“a”, da Lei nº 8.112/90, em havendo um único quadro de servidores das Univer-
sidades Federais Demandadas, aliado ao atendimento de todos os demais re-
quisitos, irretorquível a conclusão acerca da possibilidade legal da remoção
pleiteada nestes autos, com vistas a preservar a higidez do núcleo familiar da
Autora.

2.3- DO DIREITO SUBJETIVO À REMOÇÃO A PEDIDO PARA ACOMPA-


NHAMENTO DE TRATAMENTO DE FAMILIAR DEPENDENTE. INTELIGÊN-
CIA DO ART. 36, PARÁ-GRAFO ÚNICO, III, “B”, DA LEI Nº 8.112/90.

51. A título de reforço, conquanto entenda-se que o pedido principal


de remoção se amolda perfeitamente à situação da Autora, sobreleva no presente
caso também o seu direito subjetivo não só em razão do deslocamento do seu
cônjuge, como também por questões de saúde dos seus dois filhos, sendo um
portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o outro portador de Trans-
torno Hipercinético, Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), condições que
demandam, por óbvio, um acompanhamento e proximidade de seus genitores.

52. Com efeito, a Lei nº 8.112/90 dispõe em seu art. 36, III, “b”, o se-
guinte:

III - a pedido, para outra localidade, independente-


mente do interesse da Administração:

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, compa-


nheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste
do seu assentamento funcional, condicionada à comprova-
ção por junta médica oficial;

53. Nesse caso, embora a Autora não tenha submetido seu pleito admi-
nistrativo com base nessa condição de saúde dos seus filhos, o que impossibilitou
a juntada de laudo da junta médica oficial dos órgãos envolvidos, há de destacar
que a sua necessidade real de permanência definitiva em Natal-RN é corroborada
pela manifesta demanda de acompanhamento dos seus dois filhos.

54. De todo modo, conforme laudos anexos, a condição dos filhos da


Promovente é comprovada por especialistas da área, sendo incontroversa a

21
21/25
condição de dependentes constante do seu assentamento funcional, conforme se
extrai dos registros no sistema interno da UFRN:

55. Essas nuances demonstram que o direito subjetivo da Autora tam-


bém se amolda perfeitamente nos termos do art. 36, parágrafo único, III, “b”,
da Lei nº 8.112/90, o que reforça o seu pleito de remoção definitiva para a segunda
Demandada, UFRN, com lotação na cidade de Natal-RN.

3. DA TUTELA DE EVIDÊNCIA.

56. Na esteira de tudo que foi exposto até aqui, depreende-se que a si-
tuação fática narrada demanda um provimento sumário por parte do Poder Ju-
diciário, ante o inequívoco direito pleiteado pela parte Autora.

57. Nesse cenário, o art. 311, do CPC, concebe a tutela de evidência


como hipótese de satisfação antecipada do direito, independente de demonstra-
ção de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, consoante se
extrai dos seus termos:

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, indepen-


dentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco
ao resultado útil do processo, quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o


manifesto propósito protelatório da parte;

22
22/25
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas ape-
nas documentalmente e houver tese firmada em julga-
mento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em


prova documental adequada do contrato de depósito, caso
em que será decretada a ordem de entrega do objeto custo-
diado, sob cominação de multa;

IV - a petição inicial for instruída com prova documen-


tal suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a
que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoá-
vel.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz


poderá decidir liminarmente.

58. Em sendo assim, a tutela de evidência tem como principal objetivo


dar maior celeridade aos processos judiciais e seus efeitos. No caso dos autos,
essa celeridade se dá pela antecipação da tutela baseada na suficiência documen-
tal de uma das partes para provar os direitos que tem no seu pedido.

59. Assim, a petição inicial, ao apresentar documentos suficientes para


corroborar com os fatos apresentados de forma com que não seja possível a outra
parte gerar dúvida razoável, possibilita também o pedido de tutela provisória.

60. Pela exaustiva demonstração do direito à remoção ora pleiteado,


percebe-se que a probabilidade do seu reconhecimento e deferimento mostra-
se extremamente elevada, o que justifica a abreviação do procedimento com a
concessão da tutela de evidência, no sentido de ser determinada a sua imediata
remoção, em definitivo, para a UFRN, nos termos do art. 36, inc. III, “a” ou “b”,
da Lei 8.112/90.

4. DA CONCESSÃO DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA.

61. Por último, a Autora informa que não possui, no momento, condi-
ções financeiras para arcar com as despesas processuais sem prejuízo ao seu pró-
prio sustento e de sua família.

62. Destarte, pugna pelo deferimento dos benefícios da justiça gratuita,


nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil.

23
23/25
5. DOS PEDIDOS.

63. Diante de todo o exposto, vem a Autora, perante Vossa Excelência,


para requerer:

a) O recebimento da petição inicial e documentos, concedendo a gratuidade


judiciária à Autora;
b) A intimação prévia da parte Demandada para se manifestar sobre o pe-
dido de concessão de tutela de evidência, na forma do art. 311, IV, do
CPC;
c) O deferimento da tutela de evidência, para reconhecer e conceder su-
mariamente o direito subjetivo à remoção da Autora da UFSC para a
UFRN, em caráter definitivo, nos termos do art. 36, parágrafo único,
inc. III, “a” ou “b”, da Lei 8.112/90, sob pena de multa diária em caso de
descumprimento;
d) A citação das Demandadas, nas pessoas de seus representantes legais,
para, querendo, virem a oferecer defesa no prazo legal, sob pena de in-
correr nos efeitos da revelia;
e) Ao final, confirmando a tutela de evidência, a procedência integral do
pedido de remoção definitiva da Autora da Universidade Federal de
Santa Catarina – UFSC para a Universidade Federal do Rio Grande do
Norte-UFRN, seja para acompanhamento de cônjuge, também servidor
público removido no interesse da Administração, seja para acompa-
nhamento dos seus filhos para tratamento de saúde, com lotação em
Natal-RN;
f) a condenação da parte Demandada, solidariamente, ao pagamento das
custas, despesas processuais e honorários advocatícios, estes últimos me-
diante apreciação equitativa do julgador, na forma do §8º, do art. 85, do
CPC.

64. Desde já, protesta provar o alegado por intermédio de todas as pro-
vas admitidas em direito, a fim de respaldar sua legítima pretensão, declarando
o advogado signatário a autenticidade de todos os documentos ora juntados, sob
pena de responsabilidade pessoal.

65. Requer, por fim, que toda e qualquer intimação seja realizada na
pessoa dos advogados adiante subscritos, sob pena de nulidade.

66. Dar-se-á à causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), para


fins de alçada.

24
24/25
Nestes termos, espera deferimento.
Natal, 16 de agosto de 2022.

Lucas Costa Dantas Luiz Paulo dos Santos Diniz


LUCAS COSTA DANTAS LUIZ PAULO DOS SANTOS DINIZ
OAB/RN – 8.985 OAB/RN 1599-A / OAB/SP – 415.508

Felipe Vieira de Medeiros Silvano


FELIPE VIEIRA DE MEDEIROS SILVANO
OAB/RN – 8.988B

Processo: 0806836-28.2022.4.05.8400
Assinado eletronicamente por:
FELIPE VIEIRA DE MEDEIROS SILVANO - Advogado 22081619090884000000011792027
Data e hora da assinatura: 16/08/2022 19:18:54 25
Identificador: 4058400.11757583
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 25/25
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
EQUIPE REGIONAL DE MATÉRIA ADMINISTRATIVA DA 5ª REGIÃO
GERENCIAMENTO DA JUSTIÇA COMUM (1º GRAU)

OFÍCIO n. 05574/2022/GEAC/JC 1G/ER-ADM-PRF5/PGF/AGU

Recife, 12 de setembro de 2022.

Ao Senhor(a) Responsável pela PROCURADORIA FEDERAL JUNTO À UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA


CATARINA

NUP: 00419.003609/2022-42 (REF. 0806836-28.2022.4.05.8400)


INTERESSADOS: ELZENI ALVES MOREIRA E OUTROS
ASSUNTOS: REMOÇÃO

Trata-se de ação ajuizada por ELZENI ALVES MOREIRA (878.379.944-34), UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA CATARINA (00.000.000/0008-56) em face do(a) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
- UFRN e UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA , com o objetivo de ser removida para outra Instituição
Federal de Ensino para acompanhamento de cônjuge, independentemente de interesse da Administração, prevista no art.
36, parágrafo único, III, “a” ou “b”, da Lei nº 8.112/90.

O(A) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA foi citado(a) para apresentar defesa.

Assim sendo, solicito o encaminhamento de eventual processo administrativo sobre o caso e a resposta aos
seguintes quesitos:

Qual o fundamento para negativa do pedido autoral? Favor fundamentar fática e juridicamente.
Favor demonstrar qual o efetivo prejuízo para a entidade caso seja concretizada a remoção pleiteada.
Existe a possibilidade de celebração de acordo entre as partes? Favor providenciar a abertura de diálogo
entre as instituições de ensino para a verificação da possibilidade de formalização de conciliação em juízo.
Caso haja processo administrativo sobre o caso, favor indicar as principais peças e decisões, bem como suas
respectivas folhas, resumindo as questões fáticas e de direito.
Há débitos do(s) autor(es) com a entidade ré?
Favor encaminhar os últimos 3 contracheques da parte autora;
Houve questionamento anterior à presente ação, seja judicialmente em outra ação ou administrativamente, acerca
do pleito nos termos da inicial?
Informar acerca de cada matéria fática sustentada pela parte autora na inicial, ressaltando a necessidade de rebater
cada fato apresentado para se lograr êxito na defesa do Ente Público
Demais fatos e fundamentos jurídicos pertinentes para o deslinde do feito.

As informações prestadas devem ser acompanhadas da respectiva documentação probatória a fim de fazer prova em
juízo.

DA FORMA CORRETA DE RESPONDER AOS SUBSÍDIOS NO SAPIENS

Consoante a PORTARIA CONJUNTA Nº 1, de 23 de março de 2016, DO CONSULTOR-GERAL DA UNIÃO,


PROCURADOR-GERAL DA UNIÃO E PROCURADOR-GERAL FEDERAL, que regulamenta a forma de comunicação para
pedido de informações e cumprimento de decisões judiciais, o envio de subsídios pelo destinatário deverá ocorrer por meio da
funcionalidade "Responder Comunicação".

Apenas se faltar algum documento ou necessidade de complementação do pedido de subsídios, é que o destinatário
abrirá "tarefa" para o remetente.

Vejamos as disposições desse normativo:

Art. 4º O destinatário da comunicação só se desincumbirá mediante a juntada de toda a documentação e a


utilização da funcionalidade “Responder Comunicação”.
§ 1º. Na hipótese de falta de documentos ou informações, o destinatário deverá abrir tarefa no NUP gerado pela
“Comunicação” para o remetente com pedido de complementação.
§ 2º. O destinatário da “Comunicação” deve enviar a sua resposta na forma do caput, ficando vedada a
abertura de tarefa para esta finalidade. (grifou-se)

Ressalta-se que é de suma relevância o respeito a esse regramento, a fim de que todos os documentos anexados ao
NUP da comunicação também constem do NUP principal do processo judicial , permitindo que o remetente saiba que a
comunicação fora efetivamente respondida.
Por fim, tendo em vista a limitação para peticionamento eletrônico no sistema do Judiciário, solicita-se que o
tamanho dos arquivos da documentação que serão encaminhados como subsídios não ultrapasse 5 MG.

CONCLUSÃO

Ante o exposto, requeiro o envio desses subsídios até o dia 22-09-2022, nos termos do art. 4º, §§1º e 2º da Lei
9.028/95 c/c art. 37, §3º da Medida Provisória no 2.229-43/01, sob pena de apuração de responsabilidade daquele que der
causa ao atraso no envio das informações.

Atenciosamente,

IZABEL DOURADO DE MEDEIROS


PROCURADORA FEDERAL
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDE-
RAL DE UMA DAS VARAS FEDERAIS DA SUBSEÇÃO JUDICI-
ÁRIA DE NATAL - RN, A QUEM ESTE COUBER POR DISTRI-
BUIÇÃO LEGAL

TUTELA DE EVIDÊNCIA
“Art. 226. A família, base da sociedade, tem
especial proteção do Estado.” (Constituição
Federal de 1988)

ELZENI ALVES MOREIRA, brasileira, casada, servidora pú-


blica federal, portadora do RG nº 7.611.502 – SSP/SC, inscrita no CPF/MF sob o
nº 878.379.944-34, com domicílio na Av. Maria Lacerda Montenegro, nº 2595, CS-
4, Residencial Miami Beach II, Nova Parnamirim, Parnamirim-RN, CEP nº 59152-
903, vem, mui respeitosamente perante Vossa Excelência, por meio dos seus ad-
vogados devidamente habilitados por intermédio da procuração anexa, com e-
mail ddvadvogados@gmail.com e endereço profissional descrito no rodapé, onde
receberá as respectivas intimações, para propor a presente

AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA DE EVIDÊNCIA

em desfavor da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC,


autarquia federal, inscrita no CNPJ sob o nº 83.899.526/0001-82, com endereço no
Campus Reitor João David Ferreira, R. Eng. Agronômico Andrei Cristian Fer-
reira, s/n- Bairro Trindade, Florianópolis/SC, CEP nº 88040-900; bem como, da
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN, autar-
quia federal, inscrita no CNPJ sob o nº 24.365.710/0001-83, com endereço à Av.
Senador Salgado Filho, nº 3000, Lagoa Nova, Natal/RN, CEP: 59.078-970, pelas
razões de fato e embasa-mentos de direito adiante expendidos.

SÍNTESE DA DEMANDA

____________________________________________________________________________________________________
Rua Militão Chaves, nº 1822, BDL Escritórios - sala 03, Candelária, CEP 59064-440, Natal/RN
Contato: (84) 99667-7862 / E-mails: ddvadvogados@gmail.com
lcdantas01@gmail.com felipevieirams@gmail.com luizpaulodiniz@yahoo.com.br
1/25
• A AUTORA, servidor público federal, encontra-se atualmente em gozo de
licença com exercício provisório na UFRN para acompanhamento de seu
esposo, também servidor público federal, removido no interesse da
Administração para Natal-RN. No entanto, ao buscar a sua remoção definitiva,
a Autora foi informada pelas Rés que só poderia requerer redistribuição,
prevista no art. 37, da Lei nº 8.112/90, a qual depende da disponibilidade de
vaga compatível com o seu cargo na unidade de destino e da vontade
administrativa das entidades envolvidas;

• As nuances do caso serão detalhadamente expostas nas linhas seguintes, de-


monstrando a completa ilegalidade e arbitrariedade perpetrada pelas rés no
sentido de cercear o direito à remoção a pedido para acompanhamento de côn-
juge, independentemente de interesse da Administração, prevista no art. 36, pa-
rágrafo único, III, “a” ou “b”, da Lei nº 8.112/90;

• Em razão dessas circunstâncias, mostra-se imperioso o provimento satisfativo


de evidência, voltado a determinar a remoção imediata da Autora para os qua-
dros da UFRN, com vistas a regularizar a sua situação precária decorrente da
licença com exercício provisório.

1. DO CONTEXTO FÁTICO.

01. A Promovente é servidora pública federal, ocupante do cargo de


provimento efetivo de Técnica-Administrativa Educacional – Administradora,
matrícula 1024947, vinculada à primeira Promovida, UNIVERSIDADE FEDE-
RAL DE SANTA CATARINA - UFSC, e, desde maio de 2019, em gozo de licença
para acompanhamento de cônjuge com exercício provisório na UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN.

02. Cumpre destacar que, no dia 05.10.2018, o esposo da Autora, Flá-


vio Eduardo Batista Moreira, também servidor público federal, foi removido,
provisoriamente, por interesse da administração pública, do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes-DNIT sediado na cidade de Flori-
anópolis/SC para assumir um cargo de chefia no DNIT na cidade de Na-
tal/RN (ato administrativo anexo – publicado no DOU – 05.10.2018).

03. Em razão desse deslocamento do seu esposo, até então provisório,


e de modo a preservar a sua unidade familiar, a Promovente requereu junto à
primeira Demandada, UFSC, a licença para acompanhamento de cônjuge com
exercício provisório na segunda Demandada, UFRN, com lotação em Natal-RN,

2
2/25
prevista no art. 84, §2º, da Lei nº 8.112/90, a qual foi deferida e formalizada por
meio da Portaria nº 12, de 08 de janeiro de 2019.

04. Ocorre que, alguns dias após a publicação da portaria de conces-


são da licença com exercício provisório, mais precisamente no dia 25 de janeiro
de 2019, foi publicada no DOU a Portaria nº 345, de 18 de janeiro de 2019, que
determinou a remoção ex officio do esposo da Promovente, com base no art. 36,
parágrafo único, inciso I, da Lei nº 8.112/90, em definitivo, da Superintendência
Regional do DNIT de Santa Catarina, com sede em Florianópolis-SC, para a
Superintendência Regional do DNIT no Rio Grande do Norte, com sede em
Natal-RN.

05. Diante desse cenário, e até pela proximidade dos atos administra-
tivos mencionados, a Autora terminou vindo com sua família para Natal-RN,
com exercício provisório na UFRN, encontrando-se até os dias de hoje na mesma
situação.

06. Isso porque, no mês de maio de 2019, ao buscar resolver a sua si-
tuação em definitivo, a Promovente foi orientada pela primeira Demandada, a
UFSC, a requerer redistribuição para a UFRN, possibilitando o acompanhamento
definitivo do seu cônjuge, à época recém removido para aquela localidade. No
entanto, ao consultar a segunda Demandada, UFRN, foi sinalizado que o pro-
cesso de redistribuição, previsto no art. 37, da Lei nº 8.112/90, dependia da dis-
ponibilidade de um código de vaga compatível com o cargo da Autora, que até
o momento nunca foi disponibilizado, o que vem impossibilitando a sua lotação
definitiva na segunda Demandada.

07. No entanto, diferentemente do sustentado pelas Demandadas, a


resolução da situação da Autora não dependia da configuração dos requisitos da
redistribuição, forma de deslocamento do servidor adstrita à discricionariedade
administrativa, mas sim decorre de direito subjetivo seu à remoção para acom-
panhamento de cônjuge, prevista no art. 36, III, “a”, da Lei nº 8.112/90, que inde-
pende de interesse da Administração, conforme será adiante explanado.

08. Ao permanecer em gozo de licença com exercício provisório a Au-


tora vem se encontrando num estado de precariedade, incompatível com a sua
situação funcional atual, já que permanece lotada na primeira Demandada UFSC,
mas exercendo suas funções na segunda Demandada UFRN. Esse cenário, em-
bora não tenha o condão de romper a sua unidade familiar, termina gerando con-
tratempos funcionais periódicos, haja vista a necessidade de sempre se reportar
à universidade de origem para questões relacionadas à sua carreira, bem como a

3
3/25
necessidade frequente de comprovar que as condições para o deferimento da li-
cença do art. 84, §2º, da Lei nº 8.112/90 permanecem hígidas, o que, por óbvio,
gera uma apreensão e uma incerteza constantes.

09. Todavia, o direito subjetivo à remoção para acompanhamento do


seu cônjuge, também servidor público federal, removido de ofício (no interesse
da Administração), é manifesto e cristalino desde a data do ato que promoveu
esse deslocamento, não sendo lícito às Demandadas subjugarem esse direito da
Autora aos seus interesses administrativos, já que eventual deslocamento nessas
condições retiraria um “código de vaga” da universidade de origem e o levaria
para a universidade de destino.

10. Não bastasse a evidência desse direito ora pleiteado, cumpre des-
tacar que os dois filhos da Promovente, que dependem diretamente dela, pos-
suem quadro de saúde sensível, sendo um portador de Transtorno do Espectro
Autista (TEA) e o outro portador de Transtorno Hipercinético, Déficit de Aten-
ção/Hiperatividade (TDAH), condições que demandam, por óbvio, um acompa-
nhamento e proximidade de seus genitores, conforme laudos anexos.

11. Esse quadro de saúde de seus filhos, aliás, também corrobora com
a necessidade de remoção definitiva, prevista inclusive no art. 36, parágrafo
único, III, “b”, da Lei nº 8.112/90, assim descrito:

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pe-


dido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, en-


tende-se por modalidades de remoção:

(...)

III - a pedido, para outra localidade, independente-


mente do interesse da Administração:

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também


servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, que foi deslocado no interesse da Administração;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, compa-


nheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste

4
4/25
do seu assentamento funcional, condicionada à compro-
vação por junta médica oficial;

12. Em sendo assim, afigura-se inconteste o direito subjetivo da Au-


tora no sentido de ver reconhecido o seu direito à remoção definitiva, seja pela
hipótese de acompanhamento do seu cônjuge, também servidor, removido no
interesse da Administração, seja para acompanhar seus dois filhos em trata-
mentos de saúde, conforme destacado acima.

13. Pelo contexto narrado, extrai-se não só uma afrontosa recalcitrân-


cia das duas Demandas ao franquear tão somente a possibilidade de redistribui-
ção da Autora, a qual depende de exclusivo interesse da Administração e não há
previsibilidade alguma, como também ilegalidades que ignoram entendimentos
amplamente pacificados no âmbito da jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-
deral, Superior Tribunal de Justiça e Tribunais Regionais Federais.

14. Dessa forma, socorre-se do amparo do Poder Judiciário mediante


o manejo da presente ação, no desiderato de ver declarado o seu direito subjetivo
à remoção, com a determinação de todas as providências legais no sentido de
viabilizar o deslocamento da servidora em definitivo para os quadros da UFRN,
com lotação em Natal-RN, pelas razões a seguir expostas.

2. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS.

2.1 – DA PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DA FAMÍLIA: ART. 226 DA


CONSTITUIÇÃO FEDERAL

15. A Constituição Federal de 1988 erigiu a família como base de for-


mação da sociedade brasileira, a merecer especial proteção do Estado. É o que se
depreende da letra do art. 226 da Carta Magna: “A família, base da sociedade,
tem especial proteção do Estado”.

16. O interesse maior do Estado, portanto, é a proteção da unidade fa-


miliar, pois é ela que sustenta os demais pilares do ordenamento jurídico, sendo
essa a essência do princípio que imanta e irradia sobre todo o sistema de normas,
sobretudo no âmbito do regime jurídico de Direito Administrativo.

17. Nessa senda que a Lei nº 8.112/90 trouxe disposições fundamentais


que envolvem tal norma, possibilitando em alguns dispositivos, inclusive, a re-
lativização do interesse público em prol do princípio da proteção familiar, ante
os evidentes prejuízos que alguns atos do Poder Público podem acarretar ao

5
5/25
servidor e sua família, tal como pode-se inferir dos seus artigos 36, III, “a” e “b”,
que serão detalhadamente cotejados com a realidade fática ora apresentada.

18. Nessas hipóteses, há permissivos legais que franqueiam aos servi-


dores públicos federais, quando diante de uma ruptura do seu núcleo familiar,
sobretudo oriunda de um ato da própria Administração, a valer-se do instituto
da remoção para acompanhamento de cônjuge, também servidor, deslocado no
interesse da Administração.

19. Tratando do conflito aparente entre o interesse público e a proteção


à unidade familiar no que se refere ao instituto da remoção para acompanhar
cônjuge, o então Min. Ilmar Galvão, do Supremo Tribunal Federal, no julga-
mento do MS n° 21.893 (DJU de 02.12.94) concluiu que a Lei nº 8.112, de 1990,
consagrou a prevalência da tutela familiar sobre o interesse público, como se
vê abaixo:

A controvérsia forma-se em meio a um confronto entre


os princípios da tutela a família e da supremacia do inte-
resse público, calcado na observância das normas de lota-
ção criadas para o atendimento das necessidades de servi-
ços. Cada uma das partes invoca a precedência do princípio
que lhe favorece para pôr á sombra a eficácia do outro,
sendo a situação do Impetrante adotada pelo douto pare-
cer, que tem como argumento essencial o reconhecimento
pelo próprio legislador da supremacia da unidade da famí-
lia, ao prescrever que a remoção, para acompanhamento de
cônjuge ou companheiro, não depende da existência de va-
gas (parágrafo único do art. 36 da Lei n° 8112/90). (...) Na
Lei nº 8112/90, o legislador foi além, ao deixar de exigir a
transferência compulsória do outro cônjuge e de fixar,
como regra geral, a licença sem vencimentos, pois possibi-
litou que a remoção fosse deferida, independentemente de
vagas naquele local para onde foi deslocado o cônjuge ou
companheiro a quem pretende acompanhar. Com isto con-
sagrou-se, como afirmado pelo parecer, a prevalência da
tutela familiar sobre o interesse público, que se consubs-
tancia na observância da lotação atribuída em lei para cada
órgão, em vista às necessidades e condições de eficiência do
serviço público."

6
6/25
20. Portanto, a concessão da remoção à servidora cujo cônjuge restou
deslocado, não caracteriza a inversão de valores no âmbito do Direito Adminis-
trativo, que deve zelar pelo interesse público. É que, como já foi consolidado na
jurisprudência constitucional, o interesse primário do Estado está embasado na
preservação da célula familiar, uma vez que é aí que assentam os pilares econô-
micos e morais da sociedade.

21. Nesse sentido, o artigo 36 da Lei 8.112, de 1990, deve ser interpre-
tado sistematicamente com o mencionado dispositivo constitucional, o que sig-
nifica que a remoção será concedida também em razão da proteção especial que
o Estado confere à família, pois não é outra a finalidade da norma.

22. Assim, conforme será demonstrado, não obstante o fato de a sim-


ples leitura do artigo 36, da Lei 8.112, de 1990, conjugado com a demonstração do
deslocamento do cônjuge, servidor público, ser suficiente para a procedência do
pedido de deslocamento pleiteado pela Promovente, a associação necessária ao
artigo 226, da Constituição Federal, torna irrefutável o direito subjetivo discutido
nesta ação.

2.2 - DO DIREITO SUBJETIVO À REMOÇÃO A PEDIDO PARA ACOM-


PANHAMENTO DE CÔNJUGE. INTELIGÊNCIA DO ART. 36, PARÁGRAFO
ÚNICO, III, “A”, DA LEI Nº 8.112/90. DA POSSIBILIDADE DE REMOÇÃO EN-
TRE INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO. JURISPRUDÊNCIA DOMI-
NANTE.

23. Firmadas as premissas constitucionais fundamentais à análise do


pleito aqui deduzido, faz-se imperioso avançar para o cotejo entre a legislação
federal e a realidade fática na qual a Autora encontra-se inserida, pretendendo-
se demonstrar cristalino o enquadramento do seu direito subjetivo nas disposi-
ções estatutárias.

24. Em primeiro lugar, vale repisar que em razão da remoção de ofício


do seu esposo da unidade da Superintendência Regional do DNIT de Santa Ca-
tarina, com sede em Florianópolis-SC, para a Superintendência Regional do
DNIT no Rio Grande do Norte, com sede em Natal-RN, a Autora buscou admi-
nistrativamente o seu deslocamento definitivo, no entanto, foi franqueada apenas
a possibilidade de redistribuição, prevista no art. 37, da Lei nº 8.112/90, que assim
averba:

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de


provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro

7
7/25
geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo
Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC,
observados os seguintes preceitos:

I - interesse da administração;

II - equivalência de vencimentos;

III - manutenção da essência das atribuições do cargo;

IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e


complexidade das atividades;

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou ha-


bilitação profissional;

VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as


finalidades institucionais do órgão ou entidade.

25. Como se vê, a hipótese suscitada pelas Demandadas decorre de ato


puramente discricionário da Administração, que embora atinja o mesmo fim prá-
tico, isto é, o deslocamento definitivo do servidor, não se confunde com o direito
subjetivo à remoção para acompanhamento de cônjuge, prevista no art. 36, inciso
III, alínea “a”, da Lei nº 8.112/90, a seguir destacado:

Da Remoção

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pe-


dido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou
sem mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, en-


tende-se por modalidades de remoção:

I - de ofício, no interesse da Administração;

II - a pedido, a critério da Administração;

III - a pedido, para outra localidade, independente-


mente do interesse da Administração:

8
8/25
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, tam-
bém servidor público civil ou militar, de qualquer dos Po-
deres da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, que foi deslocado no interesse da Administra-
ção;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, compa-


nheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste
do seu as-sentamento funcional, condicionada à comprova-
ção por jun-ta médica oficial;

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipó-


tese em que o número de interessados for superior ao nú-
mero de vagas, de acordo com normas preestabelecidas
pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

26. Conforme se observa, o artigo 36 da Lei nº 8.112, de 1990, prevê


duas espécies de remoção do servidor, quais sejam: ex-officio (inciso I) e a pe-
dido (incisos II e III), sendo que a última se apresenta sob duas subespécies, a
saber, a critério da Administração (inciso II) e independente do interesse da Ad-
ministração (inciso III, alíneas “a”, “b” e “c”).

27. A leitura do dispositivo legal não deixa lacuna de interpretação, po-


dendo-se concluir que para a concessão de remoção para acompanhar cônjuge
ou companheiro é exigida a implementação de dois requisitos, quais sejam: (a)
que o cônjuge seja servidor público; e (b) que o cônjuge a quem se pretende
acompanhar com a mudança de sede, tenha sido deslocado no interesse da Ad-
ministração.

28. Primeiramente, quanto ao requisito da obrigatoriedade de o côn-


juge ser servidor público, resta manifesta tal condição, haja vista ser ele ocupante
do cargo de Analista de Infraestrutura de Transportes, pertencente ao quadro de
servidores efetivos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
– DNIT, conforme declaração a seguir destacada, emitida pelo próprio órgão a
qual é vinculado o esposo da Autora:

9
9/25
29. Quanto à exigência de que o deslocamento do cônjuge do servidor
que pleiteia a remoção tenha ocorrido no interesse da Administração, consigna-
se expressamente tanto na declaração acima como na Portaria nº 345-DNIT, de 18
de janeiro de 2019 (em anexo), a modalidade “ex-officio”, fundamentando inclu-
sive o ato administrativo nos termos do art. 36, parágrafo único, I, da Lei nº
8.112/90, acima transcrito.

30. Detona-se, assim, que por uma necessidade administrativa do


DNIT, voltada a readequar o déficit de servidores na localidade de destino, foi
promovida a remoção do esposo da Autora para a cidade de Natal-RN, justifi-
cando plenamente a segunda exigência ora apontada.

10
10/25
31. Por essa razão, a remoção ora pleiteada enquadra-se perfeita-
mente no inciso III, “a”, tendo em vista o deslocamento de seu cônjuge no ex-
clusivo interesse da Administração para a cidade de Natal-RN, sendo irrefutá-
vel tal situação, como já foi elucidado anteriormente.

32. Ocorre que, nos casos de deslocamento de servidores entre univer-


sidades públicas federais distintas, com base no aludido art. 36, não raras vezes
as entidades alegam a impossibilidade do deferimento do pleito por suposta-
mente possuírem quadros próprios e independentes.

33. Nesse passo, dúvida não há que tal fato não pode ser óbice à remo-
ção pleiteada nestes autos, já que, conforme o entendimento jurisprudencial unís-
sono do STJ, "o cargo de professor de Universidade Federal pode e deve ser inter-
pretado, ainda que unicamente para fins de aplicação do art. 36, § 2º, da Lei nº
8.112/90, como pertencente a um quadro de professores federais, vinculado ao
Ministério da Educação".

34. Firme em tal premissa, tem-se que o STJ - ao apreciar as demandas


de remoção envolvendo servidores das universidades federais - estabeleceu in-
terpretação finalística ao mencionado art. 36 do Estatuto dos Servidores, de modo
a flexibilizar, em circunstâncias excepcionais a seguir destrinchadas, o requisito
da manutenção do mesmo quadro funcional.

35. Segundo o raciocínio do STJ, em sendo limitada a remoção ao


mesmo quadro funcional, "restaria inócua para diversos servidores federais que
estivessem vinculados a algum órgão federal sem correspondência em outra lo-
calidade". Ademais, afirmou a Corte que "o cargo por ela exercido, professora de
Universidade Federal, certamente pode ser exercido em qualquer Universidade
Federal do País" (AgRg no AgRg no REsp 206.716/AM, Rel. Ministra MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 15/03/2007, DJ
09/04/2007, p. 280).

36. Em outras palavras, a Corte Superior compreendeu que a norma,


ao exigir que a remoção ocorresse dentro do mesmo quadro funcional, tinha por
finalidade garantir que o deslocamento do servidor não acarretasse prejuízo
tanto à continuidade do escorreito exercício da função - pois quando se fala de
um mesmo quadro, se garante o mesmo escopo nos distintos locais de exercício -
, quanto à Administração interna do órgão/entidade, no que tange à gestão de
pessoal.

11
11/25
37. É por este motivo que o STJ admite a remoção entre servidores
lotados em universidades federais distintas, embora seja indiscutível que cada
uma delas é uma autarquia independente, com seu próprio quadro de pessoal.

38. Atente-se que o entendimento da Corte é pacífico, abrangendo a


Primeira e a Segunda Turmas, únicas com competência para a apreciação de lides
envolvendo servidores públicos. Como exemplo, para além outros julgados1, co-
lhe-se:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.


AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. SERVI-
DOR PÚBLICO. REMOÇÃO POR MO-TIVO DE SAÚDE.
INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO DIVER-SAS. POS-
SIBILIDADE.

1. A jurisprudência desta Corte orienta-se no sentido de


que, para fins de aplicação do artigo 36 da Lei 8.112/1990, o
cargo de professor de Universidade Federal deve ser inter-
pretado como pertencente a um quadro único, vin-culado
ao Ministério da Educação. Precedentes.

2. Agravo interno não provido.

(AgInt no REsp 1563661/SP, Rel. Ministro BENEDITO


GON-ÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em
10/04/2018, DJe 23/04/2018)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. VIOLA-


ÇÃO DO ART. 1.022 DO CPC 2015 NÃO CONFIGURADA.
SERVIDOR PÚBLICO. REMOÇÃO POR MOTIVO DE SA-
ÚDE DE DEPENDENTE ENTRE UNIVERSIDADES DIS-
TINTAS. POSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO DO ART.
36 DA LEI 8.112/1990.

1
REsp 1641388/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/02/2017,
DJe 17/04/2017; AgInt na Pet 11.485/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 20/10/2016, DJe 28/10/2016; AgRg no REsp 1498985/CE, Rel. Ministro MAURO CAMP-
BELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/02/2015, DJe 02/03/2015; AgRg no REsp
1357926/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/04/2013, DJe
09/05/2013.

12
12/25
(...) 2. Quanto à questão de fundo, ambos os recursos
não merecem melhor sorte, pois o fundamento adotado no
Tri-bunal a quo não destoa da jurisprudência do STJ, se-
gundo a qual, para fins de aplicação do art. 36 da Lei
8.112/1990, o cargo de professor de Universidade Federal
deve ser in-terpretado como pertencente a um quadro
único, vincu-lado ao Ministério da Educação, não havendo,
portanto, óbi-ce à remoção pretendida pela ora recorrida,
por motivo de saúde de sua dependente.

3. Recurso Especiais não providos.

(REsp 1703163/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJA-


MIN, SE-GUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe
19/12/2017)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.


AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SER-
VIDORA PÚBLICA FEDERAL. PRO-FESSORA UNIVER-
SITÁRIA. REMOÇÃO POR MOTIVO DE SAÚDE ENTRE
INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO DIVERSAS.
POSSI-BILIDADE. PRECEDENTES. 1. O cargo de profes-
sora de Uni-versidade Federal pode e deve ser interpre-
tado, ainda que unicamente para fins de aplicação do art.
36, § 2º, da Lei nº 8.112/90, como pertencente a um quadro
de professores federais, vinculado ao Ministério da Educa-
ção' (v.g.: AgRg no AgRg no REsp 206.716/AM, Rel. Minis-
tra Maria Thereza de Assis Moura, DJ 9/4/2007). 2. Agravo
re-gimental não provido. (STJ, 2ª Turma, AgRg no REsp
1.498.985/CE, Relator Ministro MAURO CAMPBELL
MAR-QUES, j. 24/02/2015, DJe 02/03/2015 - grifei)

39. De todo modo, muito embora a Postulante não seja Professora, mas
sim Administradora, não há dúvidas que a ela deve ser aplicado o mesmo enten-
dimento quanto a esse ponto da Lei Federal, sob pena de posição contrária violar
o princípio da isonomia entre servidores vinculados ao mesmo regime jurídico,
concedendo aos professores vantagens não extensíveis às demais carreiras que
compõem os quadros das Instituições Federais de Ensino.

13
13/25
40. Com efeito, embora as Promovidas possuam quadros funcionais
distintos, uma Administradora lotada na UFSC exercerá as mesmas atribuições
de uma Administradora lotada na UFRN. Tanto é assim, que antes de ser aco-
lhida a hipótese de exercício provisório pela autarquia de ensino pretendida, foi
analisado o currículo da Autora para atestar a compatibilidade das funções rea-
lizadas, de modo a lotá-la no setor correspondente.

41. De todo modo, Excelência, não demanda grande esforço inferir que
a compatibilidade de cargos de Técnico-Administrativos em Educação das diver-
sas universidades federais do país guarda muito mais afinidade e correlação do
que os próprios cargos de Professores, que possuem atribuições acadêmicas mui-
tos mais particularizadas e exigências curriculares bem mais complexas.

42. Ora, até mesmo pela infrequência de casos idênticos ao presente,


que muitas vezes sequer tramitam no âmbito dos Tribunais Superiores, não se
pode afirmar que o entendimento do STJ quanto à remoção de Professores seria
restritivo ao ponto de não contemplar Técnicos-Administrativos das Universida-
des, sobretudo pelo intento finalístico de seus termos.

43. Ademais disso, corroborando com tal tese, não se pode olvidar os
claríssimos termos da Lei n.º 11.091/05, que criou o Plano de Carreira dos Cargos
Técnico-Administrativos em Educação e considerou como Instituições Federais
de Ensino “os órgãos e entidades públicos vinculados ao Ministério da Educa-
ção que tenham por atividade-fim o desenvolvimento e aperfeiçoamento do
ensino, da pesquisa e extensão e que integram o Sistema Federal de Ensino”,
senão vejamos:

Art. 1º Fica estruturado o Plano de Carreira dos Cargos


Técnico- Administrativos em Educação, composto pelos
cargos efetivos de técnico-administrativos e de técnico-ma-
rítimos de que trata a Lei no 7.596, de 10 de abril de 1987, e
pelos cargos referidos no § 5o do art. 15 desta Lei.

§ 1º Os cargos a que se refere o caput deste artigo, vagos


e ocupados, integram o quadro de pessoal das Instituições
Fe-derais de Ensino.

§ 2º O regime jurídico dos cargos do Plano de Carreira


é o instituído pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
observadas as disposições desta Lei.

14
14/25
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, são consideradas Ins-
tituições Federais de Ensino os órgãos e entidades públi-
cos vinculados ao Ministério da Educação que tenham por
atividade-fim o desenvolvimento e aperfeiçoamento do
ensino, da pesquisa e extensão e que integram o Sistema
Federal de Ensino.(grifamos)

44. Vê-se que a remoção, de ofício ou a pedido, efetiva-se de uma para


outra instituição de ensino federal que estão vinculadas ao Ministério da Educa-
ção. Com efeito, o deslocamento não altera o vínculo estabelecido com a Admi-
nistração Pública Federal, oriundo de sua investidura no cargo, constituindo,
para esses fins, mera relotação dentro do mesmo quadro.

45. Quanto ao ponto, aliás, os Tribunais Regionais Federais, com des-


taque para o TRF da 5ª Região, seguem o mesmo entendimento do Superior Tri-
bunal de Justiça, inclusive estendendo o referido entendimento para casos que
envolvem remoção de técnicos-administrativos, alguns até idênticos ao epigra-
fado, conforme julgados a seguir:

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REMO-


ÇÃO POR MOTI-VO DE SAÚDE. FILHO MENOR.EXIS-
TÊNCIA DA ENFERMIDADE COMPROVADA POR PE-
RÍCIA MÉDICA JUDICIAL. REQUISITOS LEGAIS SATIS-
FEITOS.

1. Trata-se de ação cível proposta por particular contra


a UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, o INS-
TITUTO FE-DERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TEC-
NOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO - IF SERTÃO
e o INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO - IFPE, almejando a
sua remoção para a UFPE, Campus de Caruaru/PE, ou para
o IFPE, Campus Caruaru, por motivo de saúde do seu filho,
que necessita de acompanhamento médico multidisciplinar
não disponível na cidade de sua lotação funcional.

2. O MM. Juiz Federal da Seção Judiciária de Pernam-


buco confirmou a tutela de urgência concedida e julgou
procedente o pedido inicial, apreciando a lide com resolu-
ção do mérito (art. 487, inciso I, do CPC), determinando a
remoção da parte autora do IF - Sertão Pernambucano -

15
15/25
Campus Floresta-PE para o Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) - Campus Ca-
ruaru-PE.

3. Apelação manifestada pelo IFPE-INSTITUTO FEDE-


RAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
SERTÃO PERNAMBU-CANO. Aduz que "a sentença re-
corrida determinou a remoção do IFSertão (Campus Flo-
resta) para o IFPE (Campus Caruaru), instituições de ensino
autônomas, com quadros de pessoal diversos e indepen-
dentes, o que afasta a incidência do disposto no art. 36 da
Lei n.º 8.112/90".Menciona, ainda, que "não se sustenta o ar-
gumento da Apelada, acolhido pela sentença recorrida, de
necessidade de remoção por falta de possibilidades de tra-
tamento em seu município de origem, visto que há diver-
gência entre as opiniões profissionais presentes ao longo do
processo, não sendo possível afirmar, com certeza, se há, ou
não, profissionais e práticas condizentes com as demandas
do seu filho no município de Floresta/PE". Por fim, requer
a fixação da condenação pelos honorários de sucumbência
em percentual entre 10% (dez por cento) e 20% (vinte por
cento) do valor atualizado da causa.

4. Infundadas tais alegações. Conforme menciona o ór-


gão julgador monocrático, "segundo o raciocínio do STJ, em
sendo limitada a remoção ao mesmo quadro funcional,
"restaria inócua para diversos servidores federais que esti-
vessem vinculados a algum órgão federal sem correspon-
dência em outra localidade". Ademais, afirmou a Corte que
"o cargo por ela exercido, professora de Universidade Fe-
deral, certamente pode ser exercido em qualquer Universi-
dade Federal do País" (AgRg no AgRg no REsp
206.716/AM, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS
MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 15/03/2007, DJ
09/04/2007, p. 280). (...) Prosseguindo - respeitando o en-
tendimento do STJ -, a mesma ratio decidendi fixada para
os servidores das universidades federais se aplica aos ser-
vidores dos institutos federais, pois estes também podem
ser lotados em autarquias de lotação única[3]e igualmente
possuem um regime jurídico-institucional em tudo seme-
lhante àquele adotado nos demais institutos federais. (...)

16
16/25
embora haja quadros funcionais distintos, uma assistente
social lotada no IF-Sertão Pernambucano exercerá as mes-
mas atribuições de uma assistente social lotada no IF-Per-
nambuco".

5. Malgrado a alegação do apelante, de que o IF-Sertão


(Campus Floresta) e o IFPE (Campus Caruaru)são institui-
ções de ensino autônomas, com quadros de pessoal diver-
sos e independentes, observa-se que são vinculados ao
Ministério da Educação, razão pela qual se aplica o
mesmo entendimento que o STJ confere aos professores
universitários, no sentido de que, para fins de aplicação
do art. 36, parágrafo 2º, da Lei 8.112/90, o cargo de profes-
sor de Universidade Federal deve ser interpretado como
pertencente a um quadro único, vinculado ao Ministério
da Educação

6."Quanto à questão de fundo, ambos os recursos não


merecem melhor sorte, pois o fundamento adotado no Tri-
bunal a quo não destoa da jurisprudência do STJ, segundo
a qual, para fins de aplicação do art. 36 da Lei 8.112/1990, o
cargo de professor de Universidade Federal deve ser inter-
pretado como pertencente a um quadro único, vinculado ao
Ministério da Educação, não havendo, portanto, óbice à re-
moção pretendida pela ora recorrida, por motivo de saúde
de sua dependente" (STJ, RECURSO ESPECIAL - 1703163
2017.02.37173-1, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN,
SE-GUNDA TURMA, DJE DATA: 19/12/2017).

7. No caso em foco, restou devidamente comprovado


que o filho da parte autora é portador de transtorno mental
classificado pela CID 10 como Autismo Infantil (F-84.0),
desde o nascimento, e foi examinada por perito judicial
(médico psiquiatra). O expert menciona o seguinte
(id.4058303.6122885, fl. 22): "o nível de gravidade de au-
tismo que o menor apresenta é o de Nível 3, ou seja, severo
(necessitam de suporte e apoio) (...) Diante da alegada ine-
xistência de profissionais habilitados para proporcionar-lhe
o devido cuidado integrado no município onde morava,
considero que a mudança para o município de Caruaru
provocada pela necessidade de que todos os cuidados

17
17/25
fossem feitos em um mesmo local, o que não ocorria em
Floresta - PE é perfeitamente plausível, pois tal fenômeno é
comum, pela concentração de serviços especializados nos
maiores centros.".

8. Registre-se, ainda, que o laudo médico pericial reali-


zado foi enfático, ao afirmar que o menor "necessita, de fato,
de toda estimulação possível até concluir seu desenvolvi-
mento para que os danos provocados pela doença sejam os
menores possíveis. Só ao final desta fase, por volta dos seus
dezoito anos é que será possível dizer como será seu prog-
nóstico para autonomia e para as atividades laborativas"
(doc. indexado nº 4058303.6122885).

9. Destarte, considerando que a prova técnica acima re-


ferida, coligida com os demais elementos probatórios cons-
tantes dos autos, como o Laudo emitido por médico pedia-
tra, o Laudo Fonoaudiológico, o Laudo Terapêutico Ocupa-
cional, o Laudo neurológico e a Declaração emitida por psi-
cóloga, foi robusta, suficientemente, para demonstrar que o
filho da parte autora é portador de patologia que demanda
cuidados especiais, bem como a necessidade de proteção à
saúde e à família, nos termos dos arts. 196, 226 e 230 da CF,
resta inconteste o preenchimento dos requisitos necessários
para remoção da requerente, conforme decidido na sen-
tença prolatada nos presentes autos.

10. Mantidos os honorários advocatícios, nos termos da


sentença vergastada, considerando o grau de zelo do causí-
dico da parte autora, a natureza e a importância da causa,
bem como o trabalho realizado e o tempo exigido para o
serviço.

11. Condenação da parte apelante ao pagamento de ho-


norários recursais, nos termos do art. 85, parágrafo 11, do
CPC, devendo a verba honorária sucumbencial ser majo-
rada em 2% (dois por cento) sobre o valor da condenação.

12. Recurso de apelação não provido.

18
18/25
(TRF-5 - PROCESSO: 08005691620174058303, AC - Ape-
lação Civel - , DESEMBARGADOR FEDERAL ÉLIO WAN-
DERLEY DE SI-QUEIRA FILHO, 1º Turma, JULGA-
MENTO: 13/09/2019, PU-BLICAÇÃO:)

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. UNIVER-


SIDADES FEDE-RAIS. QUADRO ÚNICO. REMOÇÃO
PARA ACOMPANHAMENTO DE CÔNJUGE. INTE-
RESSE PÚBLICO. ARTIGO 36, PARÁGRAFO ÚNICO, IN-
CISO III, ALÍNEA A, DA LEI Nº 8.112/1990. EMPRE-
GADO PÚBLICO. INTERPRETAÇÃO AMPLIATIVA DO
CONCEITO DE SERVIDOR PÚBLICO. 1. O cargo de pro-
fessor de Instituições de Ensino Técnico e Superior Fede-
rais pode ser interpretado, para fins de aplicação do insti-
tuto da remoção, como pertencente a um quadro único
vinculado ao Ministério da Educação, na esteira da juris-
prudência já assentada nas Cortes Superiores. 2. Nos ter-
mos do disposto no artigo 36, parágrafo único, inciso III,
alínea a, da Lei nº 8.112/1990, a remoção para o acompanha-
mento do cônjuge, também servidor público civil ou mili-
tar, deslocado no interesse da Administração, corresponde
a direito subjetivo do servidor, independente do interesse
da Administração e da existência de vaga. 3. A jurisprudên-
cia, ao deliberar sobre a remoção para acompanhamento de
cônjuge, interpreta ampliativamente o conceito de servidor
público para alcançar não apenas os que se vinculam à Ad-
ministração Direta, como também os que exercem suas ati-
vidades nas entidades da Administração Indireta. (TRF-4 -
AC: 50049086720184047200 SC 5004908-67.2018.4.04.7200,
Relator: VIVIAN JOSETE PANTALEÃO CAMINHA, Data
de Julgamento: 14/08/2019, QUARTA TURMA)

ADMINISTRAÇÃO. SERVIDOR CIVIL PÚBLICO. RE-


MOÇÃO ENTRE UNIVERSIDADES FEDERAIS. REMO-
ÇÃO DO CÔNJUGE. MAGIS-TRADO. INTERESSE PÚ-
BLICO. LEI N.º 8.112/90. POSSIBILIDA-DE. 1. O artigo 36,
inciso III, alínea 'a', da Lei n.º 8.112/90, autoriza a remoção

19
19/25
do servidor, a pedido, independentemente do interesse da
Administração, para acompanhar cônjuge, também servi-
dor público civil ou militar, de quaisquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
que foi deslocado no interesse da Administração. 2. Para
fins de aplicação do artigo 36 da Lei n.º 8.112/90, o docente
que labora em universidade pública federal é considerado
integrante de quadro único de professores federais, vincu-
lado ao Ministério da Educação, e não pertencente àquela
específica instituição de ensino. Essa orientação é aplicável
aos cargos técnico-administrativos, estruturados pela Lei
n.º 11.091/2005, no âmbito das instituições federais de en-
sino, igualmente vinculadas ao Ministério da Educação.
(TRF-4 - APL: 50628304620164047100 RS 5062830-
46.2016.4.04.7100, Relator: VIVIAN JOSETE PAN-TALEÃO
CAMINHA, Data de Julgamento: 11/07/2018, QUAR-TA
TURMA)

46. Conforme amplamente demonstrado, não há razão, portanto, para


haver distinção quanto aos cargos técnico-administrativos, caso da Autora, estru-
turados pela Lei nº 11.091/2005, no âmbito das instituições federais de ensino,
igualmente vinculadas ao Ministério da Educação.

47. Imagine-se, Excelência, mutatis mutandis, que embora cada TRF ou


TRT – salvo por não possuírem personalidade jurídica própria como as universi-
dades -, também possuem a sua autonomia administrativa, com concursos e qua-
dros próprios, sendo fato notório que as movimentações de juízes e servidores
entre eles é uma praxe recorrente, seja no interesse da Administração ou a pe-
dido, pois são carreiras federais equivalentes.

48. Guardando as devidas especificidades, é exatamente o caso dos au-


tos, sobretudo quando se percebe que a segunda Demandada, UFRN, ao aceitar
a servidora para compor os seus quadros a título de exercício provisório sinalizou
positivamente ao considerar que dentro dos seus quadros havia uma carreira
compatível com a da Autora, a de técnica-administrativa em educação – admi-
nistradora, legalmente vinculada ao Ministério da Educação, conforme Lei nº
11.091/05.

49. Tanto é assim que, todo e qualquer ato de pessoal que envolva ser-
vidores de universidades federais distintas passa obrigatoriamente pelo crivo e
referendo do Ministério da Educação, seja redistribuição, remoção, permuta, etc,

20
20/25
deixando clara a unicidade dos seus quadros e vinculação ao referido órgão cen-
tral.

50. Dessa forma, para os fins específicos do art. 36, parágrafo único, III,
“a”, da Lei nº 8.112/90, em havendo um único quadro de servidores das Univer-
sidades Federais Demandadas, aliado ao atendimento de todos os demais re-
quisitos, irretorquível a conclusão acerca da possibilidade legal da remoção
pleiteada nestes autos, com vistas a preservar a higidez do núcleo familiar da
Autora.

2.3- DO DIREITO SUBJETIVO À REMOÇÃO A PEDIDO PARA ACOMPA-


NHAMENTO DE TRATAMENTO DE FAMILIAR DEPENDENTE. INTELIGÊN-
CIA DO ART. 36, PARÁ-GRAFO ÚNICO, III, “B”, DA LEI Nº 8.112/90.

51. A título de reforço, conquanto entenda-se que o pedido principal


de remoção se amolda perfeitamente à situação da Autora, sobreleva no presente
caso também o seu direito subjetivo não só em razão do deslocamento do seu
cônjuge, como também por questões de saúde dos seus dois filhos, sendo um
portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o outro portador de Trans-
torno Hipercinético, Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), condições que
demandam, por óbvio, um acompanhamento e proximidade de seus genitores.

52. Com efeito, a Lei nº 8.112/90 dispõe em seu art. 36, III, “b”, o se-
guinte:

III - a pedido, para outra localidade, independente-


mente do interesse da Administração:

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, compa-


nheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste
do seu assentamento funcional, condicionada à comprova-
ção por junta médica oficial;

53. Nesse caso, embora a Autora não tenha submetido seu pleito admi-
nistrativo com base nessa condição de saúde dos seus filhos, o que impossibilitou
a juntada de laudo da junta médica oficial dos órgãos envolvidos, há de destacar
que a sua necessidade real de permanência definitiva em Natal-RN é corroborada
pela manifesta demanda de acompanhamento dos seus dois filhos.

54. De todo modo, conforme laudos anexos, a condição dos filhos da


Promovente é comprovada por especialistas da área, sendo incontroversa a

21
21/25
condição de dependentes constante do seu assentamento funcional, conforme se
extrai dos registros no sistema interno da UFRN:

55. Essas nuances demonstram que o direito subjetivo da Autora tam-


bém se amolda perfeitamente nos termos do art. 36, parágrafo único, III, “b”,
da Lei nº 8.112/90, o que reforça o seu pleito de remoção definitiva para a segunda
Demandada, UFRN, com lotação na cidade de Natal-RN.

3. DA TUTELA DE EVIDÊNCIA.

56. Na esteira de tudo que foi exposto até aqui, depreende-se que a si-
tuação fática narrada demanda um provimento sumário por parte do Poder Ju-
diciário, ante o inequívoco direito pleiteado pela parte Autora.

57. Nesse cenário, o art. 311, do CPC, concebe a tutela de evidência


como hipótese de satisfação antecipada do direito, independente de demonstra-
ção de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, consoante se
extrai dos seus termos:

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, indepen-


dentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco
ao resultado útil do processo, quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o


manifesto propósito protelatório da parte;

22
22/25
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas ape-
nas documentalmente e houver tese firmada em julga-
mento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em


prova documental adequada do contrato de depósito, caso
em que será decretada a ordem de entrega do objeto custo-
diado, sob cominação de multa;

IV - a petição inicial for instruída com prova documen-


tal suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a
que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoá-
vel.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz


poderá decidir liminarmente.

58. Em sendo assim, a tutela de evidência tem como principal objetivo


dar maior celeridade aos processos judiciais e seus efeitos. No caso dos autos,
essa celeridade se dá pela antecipação da tutela baseada na suficiência documen-
tal de uma das partes para provar os direitos que tem no seu pedido.

59. Assim, a petição inicial, ao apresentar documentos suficientes para


corroborar com os fatos apresentados de forma com que não seja possível a outra
parte gerar dúvida razoável, possibilita também o pedido de tutela provisória.

60. Pela exaustiva demonstração do direito à remoção ora pleiteado,


percebe-se que a probabilidade do seu reconhecimento e deferimento mostra-
se extremamente elevada, o que justifica a abreviação do procedimento com a
concessão da tutela de evidência, no sentido de ser determinada a sua imediata
remoção, em definitivo, para a UFRN, nos termos do art. 36, inc. III, “a” ou “b”,
da Lei 8.112/90.

4. DA CONCESSÃO DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA.

61. Por último, a Autora informa que não possui, no momento, condi-
ções financeiras para arcar com as despesas processuais sem prejuízo ao seu pró-
prio sustento e de sua família.

62. Destarte, pugna pelo deferimento dos benefícios da justiça gratuita,


nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil.

23
23/25
5. DOS PEDIDOS.

63. Diante de todo o exposto, vem a Autora, perante Vossa Excelência,


para requerer:

a) O recebimento da petição inicial e documentos, concedendo a gratuidade


judiciária à Autora;
b) A intimação prévia da parte Demandada para se manifestar sobre o pe-
dido de concessão de tutela de evidência, na forma do art. 311, IV, do
CPC;
c) O deferimento da tutela de evidência, para reconhecer e conceder su-
mariamente o direito subjetivo à remoção da Autora da UFSC para a
UFRN, em caráter definitivo, nos termos do art. 36, parágrafo único,
inc. III, “a” ou “b”, da Lei 8.112/90, sob pena de multa diária em caso de
descumprimento;
d) A citação das Demandadas, nas pessoas de seus representantes legais,
para, querendo, virem a oferecer defesa no prazo legal, sob pena de in-
correr nos efeitos da revelia;
e) Ao final, confirmando a tutela de evidência, a procedência integral do
pedido de remoção definitiva da Autora da Universidade Federal de
Santa Catarina – UFSC para a Universidade Federal do Rio Grande do
Norte-UFRN, seja para acompanhamento de cônjuge, também servidor
público removido no interesse da Administração, seja para acompa-
nhamento dos seus filhos para tratamento de saúde, com lotação em
Natal-RN;
f) a condenação da parte Demandada, solidariamente, ao pagamento das
custas, despesas processuais e honorários advocatícios, estes últimos me-
diante apreciação equitativa do julgador, na forma do §8º, do art. 85, do
CPC.

64. Desde já, protesta provar o alegado por intermédio de todas as pro-
vas admitidas em direito, a fim de respaldar sua legítima pretensão, declarando
o advogado signatário a autenticidade de todos os documentos ora juntados, sob
pena de responsabilidade pessoal.

65. Requer, por fim, que toda e qualquer intimação seja realizada na
pessoa dos advogados adiante subscritos, sob pena de nulidade.

66. Dar-se-á à causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), para


fins de alçada.

24
24/25
Nestes termos, espera deferimento.
Natal, 16 de agosto de 2022.

Lucas Costa Dantas Luiz Paulo dos Santos Diniz


LUCAS COSTA DANTAS LUIZ PAULO DOS SANTOS DINIZ
OAB/RN – 8.985 OAB/RN 1599-A / OAB/SP – 415.508

Felipe Vieira de Medeiros Silvano


FELIPE VIEIRA DE MEDEIROS SILVANO
OAB/RN – 8.988B

Processo: 0806836-28.2022.4.05.8400
Assinado eletronicamente por:
FELIPE VIEIRA DE MEDEIROS SILVANO - Advogado 22081619090884000000011792027
Data e hora da assinatura: 16/08/2022 19:18:54 25
Identificador: 4058400.11757583
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 25/25

Você também pode gostar