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UNICULTURA

Larissa Barbosa Pimenta

Tabela Periódica

GUARULHOS

1
2022

Larissa Barbosa Pimenta

Tabela Periódica

Trabalho de pesquisa
apresentado à disciplina de
Química do 9º ano, do Colégio
Unicultura, como requisito
parcial para avaliação trimestral

Professor: Gabriel

GUARULHOS

2
2022

RESUMO

As ligações químicas são formas de combinação entre os átomos que ocorrem


para que possam ganhar mais estabilidade, as ligações representam as forças
que os átomos usam para se manterem unidos para formar a estrutura básica
para formar moléculas ou a substância básica de um composto. Para que os
átomos se tornem estáveis, ou seja, passem, é necessário que eles embalem
seus elétrons em uma camada de valência, seja doando-os a outro átomo,
como nas ligações iônicas, ou compartilhando-os. Uma terceira forma de
ligação química é específica para átomos de metal, a ligação metálica. Uma
ligação metálica na qual os átomos do metal formam uma estrutura ampla com
alta mobilidade eletrônica.

Os átomos desses elementos, quando combinados, formam uma grande


variedade de substâncias. As ligações químicas podem ocorrer através da
doação e aceitação de elétrons entre os átomos, que são convertidos em íons,
que são mantidos juntos através das chamadas ligações iônicas. A tabela tem
várias famílias compostas por vários átomos.

A busca pela estabilidade eletrônica que justifique a realização de ligações


químicas entre átomos explica a teoria do octeto, é uma das formas mais
tradicionais de explicar por que os átomos se ligam. "Muitos átomos exibem
estabilidade eletrônica quando têm 8 elétrons em sua camada de valência".
Isso significa que ele não se ligará a outros átomos porque não tende a ganhar
ou perder elétrons. Os gases nobres são os únicos átomos que já possuem oito
elétrons em sua camada mais externa e, portanto, reagem pouco com outros
elementos.

Para tanto, um átomo busca sua estabilidade doando ou compartilhando


elétrons com outros átomos, formando ligações químicas.

Há também átomos que apresentam estabilidade com menos de oito elétrons


de valência, como o boro no BF3 e o berílio no BeCl2. Há também casos de
átomos que apresentam estabilidade com mais de oito elétrons na camada de
valência, como o fósforo em PCl5. O oxigênio pode se ligar a dois átomos de
hidrogênio para formar uma molécula de água. Íons são átomos que possuem
carga elétrica pela adição ou perda de um ou mais elétrons.

Essa ligação envolve a doação e aceitação de elétrons para que os átomos


alcancem um octeto. Como ocorre entre átomos com valores de
eletronegatividade muito diferentes e, em geral, os metais são espécies com
baixa energia de ionização e os não metais são espécies com alta afinidade
eletrônica, a ligação iônica entre metais e não metais é comum.

O magnésio, portanto, doa seus dois elétrons para dois átomos de cloreto.

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Ocorre na formação de pares de elétrons, que é o nome dado aos elétrons
fornecidos por cada um dos núcleos comuns aos átomos. Nesse tipo de ligação
química, cada elétron do par compartilhado vem de átomos diferentes. A
maioria dos compostos covalentes são aqueles cujos átomos constituintes têm
uma diferença de eletronegatividade menor que 1,7.

No caso da água, temos uma ligação covalente polar porque os átomos que
compõem a molécula possuem eletronegatividades diferentes. Por outro lado, o
oxigênio tem uma ligação covalente não polar porque é formado por átomos de
um único elemento químico e, portanto, não tem diferença de
eletronegatividade.

Fórmulas da ligação covalente

A formula molecular é uma indicação do número de átomos de cada elemento


que compõe uma molécula originada de ligações covalentes.

A fórmula estrutural é a demonstração da organização da molécula, ou seja,


demonstra as ligações entre os átomos. Para isso, são utilizados traços que
representam a ligação de cada átomo

A fórmula eletrônica de Lewis também representa o arranjo de uma molécula,


mas pretende demonstrar o compartilhamento de elétrons entre os átomos.
Para que ocorra o compartilhamento, serão necessários dois tipos de
compartilhamento para que todos os átomos ganhem 8 elétrons. Como o
oxigênio precisa de mais dois elétrons para atingir um octeto, cada hidrogênio
compartilhará seu elétron, permitindo que os três átomos atinjam o número
ideal para se tornarem estáveis.

Ligação covalente dativa ou de coordenação

Também chamada de ligação coordenada, ocorre quando um dos átomos


representa seu octeto completo, ou seja, oito elétrons na última camada, e o
outro, para completar sua estabilidade eletrônica, precisa ganhar mais dois
elétrons.

SUMÁRIO

RESUMO.............................................................................................................
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................
2 AS LIGAÇÕES QUÍMICAS..............................................................................
3 REGRA DO OCTETO......................................................................................
4 TIPOS DE LIGAÇÕES QUÍMICAS..................................................................
4.1 Ligação iônica.............................................................................................
4.1.1 Características dos compostos iônicos...............................................
4.1.2 Formulação dos compostos iônicos....................................................
4.2 Ligação covalente.....................................................................................
4.2.1 Ligação covalente simples.................................................................

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4.2.2 Fórmulas utilizadas na ligação covalente...........................................
4.2.3 Ligação covalente dativa ou coordenada...........................................
4.3 Ligação metálica........................................................................................

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho é sobre as formas de ligações químicas e sobre como a teoria do


octeto é de extrema importância na formação das ligações contribuindo para
que os átomos se tornem uma molécula ou substância básica.

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As ligações químicas representam as forças que os átomos utilizam para se
manterem unidos.
As ligações tem como foco principal fazer com que os átomos fiquem estáveis,
ou seja, fazer com que atinjam os 8 elétrons na camada de valência,
combinando eles.
“Ligação química” foi um termo usado pela primeira vez por Gilbert Newton
Lewis no ano de 1920 em um artigo para explicar por que os átomos se
mantêm unidos para formar as substâncias e também por que eles
permanecem unidos ao longo de milhares de anos.
Os átomos da maioria dos elementos químicos até então conhecidos e
enunciados na Tabela Periódica não aparecem na forma isolada na natureza. A
maioria dos materiais presentes em nosso cotidiano são substâncias que
podem ser simples (constituídas de átomos de somente um tipo de elemento
químico) ou compostas (possuem átomos de dois ou mais elementos químicos
diferentes).
Isso ocorre porque os átomos têm a capacidade de realizar ligações químicas
com outros átomos, que podem ser do mesmo elemento ou de elementos
diferentes. Essas ligações são tão fortes que se não sofrer nenhuma influência
externa, na maioria dos casos, os átomos permanecerão unidos como estão.
Ou seja, foi a partir da observação dos gases nobres que hoje é possível a
formação de centenas de substâncias.

2 AS LIGAÇÕES QUÍMICAS

As ligações químicas são formas de combinação entre os átomos que


ocorrem de modo que eles consigam adquirir maior estabilidade, as ligações
representam as forças que os átomos utilizam para se manterem unidos, de
forma a constituírem a estrutura básica para formar das moléculas ou uma
substância básica de um composto.
Esse processo é explicado pela teoria do octeto, que dita que cada átomo, para
alcançar estabilidade.

Para que os átomos possam se tornar estáveis, ou seja, para que eles possam
se lugar, é necessário que eles envolvam seus elétrons na camada de
valência, seja doando-os para outro átomo, como no caso da ligação iônica,
seja compartilhando-os com outro átomo, como no caso da ligação covalente.
A terceira forma de ligação química, é específica para os átomos metálicos, a
ligação metálica.

É de acordo com a ligação química realizada é que podemos classificar as


substâncias.

Existem três tipos de ligações químicas:

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• a ligação iônica, em que íons de cargas opostas são mantidos por
atrações eletrostáticas;
• a ligação covalente, em que átomos compartilham seus elétrons de
valência;
• a ligação metálica, em que átomos metálicos formam uma ampla
estrutura de alta mobilidade eletrônica.

Os compostos iônicos são formados pelas ligações iônicas, as moléculas são


formadas pelas ligações covalentes e os metais são formados pelas ligações
metálicas. Elas também diferem quanto à força: a ligação metálica é mais forte,
sendo sucedida pela ligação iônica e então a covalente.

Na natureza existem por volta de uma centena de elementos químicos. Os


átomos destes elementos, ao se unirem, formam a grande diversidade de
substâncias. As ligações químicas podem ocorrer através da doação e
recepção de elétrons entre os átomos, que se transformam em íons que se
mantém unidos via a denominada ligação iônica. Compostos iônicos conduzem
eletricidade no estado líquido e eles normalmente apresentam um alto ponto de
fusão e ebulição.

O objetivo de todos os elementos da tabela periódica é se transformar em um


gás nobre, que recebe esse nome porque possui estabilidade na camada de
valência, ou seja, 8 elétrons. A tabela possui diversas famílias compostas por
vários átomos. É a partir das famílias que identificamos a quantidade de
elétrons e a necessidade de se fazer as ligações químicas.

3 REGRA DO OCTETO

A busca por estabilidade eletrônica, que justifica a realização de ligações


químicas entre os átomos, é explicada pela teoria do octeto, é uma das formas
mais tradicionais de se explicar o porquê da ligação entre os átomos. Embora
apresente limitações, ainda se mantém no cotidiano da química devido à sua
importância histórica.

Criada por Gilbert Newton Lewis (1875-1946), químico estadunidense, e


Walther Kossel (1888-1956), físico alemão, surgiu a partir da observação do
número utilizado pelos gases nobres – muito estáveis ou pouco reativos,
significa que não precisam se conectar a nenhum outro átomo para alcançar
sua estabilidade, conhecidos como elementos inertes da tabela periódica, que
possuem oito elétrons em sua camada de valência (com exceção do hélio).

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Sendo assim, compreendemos que a camada de valência é o que importa para
que se consiga fazer a ligação química.

Portanto, a Teoria ou Regra do Octeto explica a ocorrência das ligações


químicas da seguinte forma:

“Muitos átomos apresentam estabilidade eletrônica quando possuem 8 elétrons


na camada de valência (camada eletrônica mais externa).”

Quando o átomo possui oito elétrons na camada de valência, ele alcança a sua
estabilidade. Isso quer dizer que não se ligará a outros átomos, pois não
apresenta tendência a ganhar ou perder elétrons.

É por isso que não encontramos compostos formados por gases nobres.

É o caso dos quatro primeiros gases nobres: hélio (He), neônio (Ne), argônio
(Ar) e criptônio (Kr).


2He - 1s2
• 2 2 6
10Ne - 1s 2s 2p
• 2 2 6 2 6
18Ar - 1s 2s 2p 3s 3p
• 2 2 6 2 6 2 10
36Kr - 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p6

Os gases nobres são os únicos átomos que já possuem oito elétrons na sua
camada mais externa e é por isso que pouco reagem com outros elementos.

Para tanto, o átomo procura sua estabilidade doando ou compartilhando


elétrons com outros átomos, donde surgem as ligações químicas.

Há também exceções à Regra do Octeto, principalmente entre os elementos de


transição.

Exceções

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• Os elementos estáveis com menos de oito elétrons
• Também chamada de contração do octeto, é mais comum de acontecer
com elementos do segundo período da tabela periódica. Pelo fato de
possuírem mais camadas eletrônicas, eles possuem também mais
orbitais disponíveis para receber elétrons.

Incluem-se nessa exceção os elementos que com menos de oito elétrons na


camada de valência já se tornam estáveis.

Um exemplo é o elemento Berílio (Be), ele torna-se estável com apenas quatro
elétrons na última camada.
O Boro (B) e Alumínio (Al) tornam-se estáveis com seis elétrons na camada de
valência.

Essa situação ocorre com o Fósforo (P) e o Enxofre (S). O fósforo pode
receber até 10 elétrons e o enxofre 12 elétrons.

Existem também átomos que apresentam estabilidade com menos de oito


elétrons a camada de valência, como o caso do boro no BF3 (estabiliza-se com
seis elétrons) e o berílio no BeCl2 (estabiliza-se com quatro elétrons). Existem
também casos de átomos que apresentam estabilidade com mais de oito
elétrons na camada de valência, como o fósforo no PCl5 (dez elétrons, uma
expansão do octeto).

Moléculas com números ímpar de elétrons na camada de valência, como NO e


NO2, também são difíceis de serem explicadas pela Regra do Octeto.
Então a regra do octeto tem sua importância histórica e sua simplicidade. Por
isso, acaba sendo adotada como modelo inicial para a explicação da formação
de ligações químicas.

Exemplo: Oxigênio

O oxigênio possui seis elétrons na camada de valência. Para torna-se estável,


ele precisa de mais dois elétrons que serão obtidos através de ligações
químicas.
O oxigênio pode ligar-se com dois átomos de hidrogênio e formar uma
molécula de água. Essa é uma ligação covalente e cada hidrogênio compartilha
um de seus elétrons.
Assim, o oxigênio passa a ter oito elétrons na camada de valência.

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4 TIPOS DE LIGAÇÕES QUÍMICAS

4.1. Ligação iônica

Também chamada de ligação eletrovalente, esse tipo de ligação é realizada


entre íons, formados por cátions (carga positiva) e ânions (carga negativa),
daí o termo "ligação iônica".
Os Íons são átomos que possuem uma carga elétrica por adição ou perda de um
ou mais elétrons. Portanto, um ânion de carga elétrica negativa que se une a um
cátion de carga positiva forma um composto iônico por meio da interação
eletrostática existente entre eles. Esses íons se alternam em uma estrutura
tridimensional e infinita, mantidos pelas forças de atração entre as cargas
opostas. Essas forças de atração são intensas, e é por isso que a fusão de um
composto iônico (o que significaria a dissolução dessa estrutura tridimensional)
requer muita energia.

Os íons dispostos em uma estrutura tridimensional e infinita, conhecida como


retículo cristalino.

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Essa ligação envolve a doação e recebimento de elétrons para que os átomos
alcancem o octeto. O átomo que doa é sempre uma espécie de baixa energia
de ionização, ou seja, perde elétrons com mais facilidade; já o átomo que
recebe é sempre uma espécie de alta afinidade eletrônica, ou seja, tem mais
facilidade em receber elétrons. Os elétrons doados e recebidos são sempre os
da camada de valência, que, por ser a camada mais externa, é a que sofre
menos atração pelo núcleo atômico. Por causa dessa harmonia é que a ligação
iônica é considerada uma ligação forte.
Pode ocorrer entre metal e ametal; metal e hidrogênio. Os metais doam os
seus elétrons para os ametais.
Como ela ocorre entre átomos com valores de eletronegatividade bem distintos
e, em geral, os metais são espécies de baixa energia de ionização e os ametais
são espécies de alta afinidade eletrônica, é comum a ocorrência de ligação iônica
entre metais e ametais. Os metais doam os seus elétrons para os ametais.
Geralmente, diz-se que um composto é majoritariamente iônico se a diferença
de eletronegatividade entre os átomos formadores do composto for maior que
1,7, como nos casos de NaCl, CaF2, KBr, MgO.
4.1.1. Características dos compostos iônicos:
• Todos sólidos sob condições ambientes;
• Temperatura de Fusão acima de 300°;
• Duros, porém quebradiços;
• Água é o melhor solvente;
• Conduzem corrente elétrica - devido a presença de íons livres
→ Quando fundidos ou em solução aquosa

4.1.2. Formulação dos compostos iônicos


Metais (doam elétrons) Ametais (recebem elétrons)

1, 2 ou 3 elétrons na 5, 6 ou 7 elétrons na
camada de valência camada de valência

Transferência de elétrons

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Exemplo: Na+Cl- = NaCl (cloreto de sódio ou sal de cozinha). Nesse composto,
o sódio (Na) doa um elétron para o cloro (Cl) e se torna um cátion (carga
positiva), enquanto o cloro torna-se um ânion (carga negativa).
Outros exemplos de substâncias formadas por ligações iônicas são:
• Brometo de potássio, KBr
• Cloreto de cálcio, CaCl2
• Fluoreto de magnésio, MgF2

Ligação do Cloreto de Magnésio (MgCl2): essa molécula tem um


átomo de magnésio e dois de cloreto, sendo que o primeiro faz parte da
família IIA e é um metal, e o segundo da família VIIA e é um ametal.
Sendo assim, o magnésio irá doar os seus dois elétrons para os dois
átomos de cloreto. Observe a representação:

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4.2. Ligação Covalente

As ligações químicas covalentes podem ser simples ou dativa.

4.2.1. Ligação covalente simples


Também chamada de ligação molecular, as ligações covalentes são ligações
em que ocorre o compartilhamento de elétrons de valência para a formação de
moléculas estáveis, segundo a Teoria do Octeto; diferentemente das ligações
iônicas, em que há perda ou ganho de elétrons. O compartilhamento se justifica
porque dá origem a uma força atrativa entre os núcleos, garantindo maior
estabilidade.
Ocorre a partir da formação de pares eletrônicos, nome dado aos elétrons
cedidos por cada um dos núcleos, comuns aos átomos. figurando o
compartilhamento dos elétrons das ligações covalentes.
Ela pode acontecer entre ametal e ametal; hidrogênio e ametal; e compostos
orgânicos.
Nesse tipo de ligação química, cada elétron do par compartilhado vem de átomos
diferentes.
Os compostos majoritariamente covalentes são aqueles cujos átomos
formadores possuem uma diferença de eletronegatividade inferior a 1,7.
Exemplos: H2O, CO2, N2, O2.
As ligações covalentes podem ser classificadas em polares ou apolares. No caso
da água temos uma ligação covalente polar, pois os átomos que compõem a
molécula apresentam diferentes eletronegatividades. Já o oxigênio (O2)
apresenta uma ligação covalente apolar, pois é formado por átomos de um único
elemento químico e, por isso, não apresenta diferença de eletronegatividade.
Exemplo: H2O: H - O - H (molécula de água) formada por dois átomos de
hidrogênio e um de oxigênio. Cada traço corresponde a um par de elétrons
compartilhado formando uma molécula neutra, uma vez que não há perda nem
ganho de elétrons nesse tipo de ligação.

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Outros exemplos de substâncias formadas por ligações covalentes são:
Gás oxigênio, O2
Sacarose (açúcar de mesa), C12H22O11
Ácido clorídrico, HCl

Representação do compartilhamento dos elétrons de valência do hidrogênio


para formação do H2.

O número de elétrons na camada de valência pode ser determinado facilmente


por meio da análise da família do elemento químico. Na tabela abaixo, temos o
número de elétrons na camada de valência referente à família a que o
elemento pertence e o número de elétrons que ele necessita receber para
atingir a estabilidade:

4.2.2. Fórmulas utilizadas na ligação covalente

1. Fórmula molecular

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É a indicação da quantidade de átomos de cada elemento que forma a
molécula originada a partir de ligações covalentes.

Exemplo: H2O

Na molécula de água, temos 2 átomos de Hidrogênio e 1 átomo de Oxigênio.

2. Fórmula estrutural

A fórmula estrutural é a demonstração da organização da molécula, ou seja,


demonstra as ligações entre os átomos. Para isso, são utilizados traços que
representam a ligação de cada átomo:

Simples (?): Indica que o átomo compartilhou apenas um elétron de sua


camada de valência com outro átomo e vice-versa;

Dupla (?): Indica que o átomo compartilhou dois elétrons de sua camada de
valência com o outro átomo e vice-versa;

Tripla (≡): Indica que o átomo compartilhou três elétrons de sua camada de
valência com outro átomo e vice-versa.

Fórmula estrutural da água

3. Fórmula eletrônica de Lewis

A fórmula eletrônica de Lewis também representa a organização da molécula


(fórmula eletrônica), mas tem como objetivo demonstrar o compartilhamento
dos elétrons dos átomos.

Para construí-la, basta respeitarmos a organização proposta em uma fórmula


estrutural e substituir cada traço das ligações (simples, dupla ou tripla) por
“duas bolinhas”, que representam os elétrons.

Na fórmula estrutural da água, por exemplo, temos duas ligações simples entre
os Hidrogênios e o Oxigênio. Assim, entre eles, teremos apenas duas bolinhas,
delimitadas por uma elipse (que representa a nuvem eletrônica).

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Fórmula eletrônica de Lewis da água

Exemplos:

1. Ligação química da molécula de Dióxido de Enxofre (SO2): tanto o


enxofre quanto o oxigênio são da família VIA, ou seja, possuem seis
elétrons na última camada. Essa molécula é composta por dois oxigênios
e um enxofre. Para que o compartilhamento aconteça, serão necessários
dois tipos de compartilhamento para que todos os átomos fiquem com os
8 elétrons. Observe a representação:

Ligação covalente da molécula de Dióxido de Enxofre. (Imagem: Educa Mais


Brasil)

A molécula de enxofre compartilhou dois elétrons com um oxigênio, e


compartilhou de forma especial com o outro oxigênio. Isso porque se houvesse
o mesmo tipo de compartilhamento entre os dois oxigênios, o enxofre ficaria com
dez elétrons.
2. Ligação da água (H2O): esta molécula possui 2 átomos de hidrogênio e
1 de oxigênio. Como já foi dito, o oxigênio possui 6 elétrons, já o
hidrogênio faz parte da família do IA, sendo assim, possui apenas 1
elétron. Vale destacar que o Hidrogênio é uma molécula diferenciada e só
precisa de dois elétrons para ficar estável. Observe como fica o
compartilhamento:

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Ligação covalente da molécula de Água. (Imagem: Educa Mais Brasil)

Como o oxigênio precisa de mais dois elétrons para atingir o octeto, cada
hidrogênio irá compartilhar o seu elétron, o que possibilitará que os três átomos
cheguem ao número ideal para se tornarem estáveis.

4.2.3 Ligação covalente dativa ou coordenada


Nesse caso, os dois elétrons do par eletrônico vêm do mesmo átomo.
Também chamada de ligação coordenada, ocorre quando um dos átomos
apresenta seu octeto completo, ou seja, oito elétrons na última camada e o outro,
para completar sua estabilidade eletrônica, necessita adquirir mais dois elétrons.
Esse tipo de ligação é representada por uma seta e um exemplo é o composto
dióxido de enxofre SO2: O = S → O.
Isso ocorre porque é estabelecida uma dupla ligação do enxofre com um dos
oxigênios para atingir sua estabilidade eletrônica e, além disso, o enxofre doa
um par de seus elétrons para o outro oxigênio para que ele fique com oito
elétrons na sua camada de valência.

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4.3 Ligação metálica

É a ligação que ocorre entre os metais, elementos considerados eletropositivos


e bons condutores térmico e elétrico. Para tanto, alguns metais perdem elétrons
da sua última camada chamados de "elétrons livres" formando assim, os cátions.

Os metais, são espécies químicas que possuem uma baixa energia de ionização,
o que quer dizer que perdem elétrons de valência com facilidade. Com base
nessa propriedade, cientistas desenvolveram a teoria do mar de elétrons, uma
espécie de nuvem eletrônica, que produz uma força fazendo com que os átomos
do metal permaneçam unidos, para justificar a ligação entre átomos de um
determinado metal.
Ela forma uma estrutura chamada de liga metálica, ou seja, um metal é
constituído por cátions em posições fixas e elétrons dispersos. Cada elétron
pertence a todos os cátions.

Modelo de Mar de elétrons. (Imagem: Educa Mais Brasil)

A teoria do mar de elétrons serve para explicar o porquê de os metais


conduzirem corrente elétrica no estado sólido. Sabe-se que corrente elétrica é o
mesmo que cargas em movimento, em um fluxo ordenado. Como o elétron é
uma carga elétrica, ao se aplicar uma diferença de potencial, ele pode manter
um fluxo pela estrutura do metal, uma vez que está livre para se movimentar.
Esse movimento dos elétrons é, então, a corrente elétrica que o metal conduz.

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Segundo essa teoria, os átomos do metal estariam em posições bem definidas
com seus elétrons de valência totalmente livres pela estrutura. Assim, os metais
estariam com uma carga positiva e sendo estabilizados por esse amontoado de
elétrons livres, de carga negativa, dando a sensação de que os cátions metálicos
estariam submersos em um mar de elétrons.

Assim como a presença dos elétrons entre dois átomos os mantém unidos numa
ligação covalente, a presença dos elétrons livres nesse mar de elétrons é
que mantém os átomos metálicos unidos. Entretanto, nesse modelo de
ligação metálica, os átomos dos metais não seguem à regra do octeto.

Apesar de explicar alguns comportamentos dos compostos metálicos, a teoria


do mar de elétrons já foi refutada por teorias mais modernas, porém também
mais complexas, as quais envolvem conhecimentos prévios de mecânica
quântica e não são debatidas no ensino básico.
A partir disso, os elétrons liberados na ligação metálica formam uma "nuvem
eletrônica", também chamada de "mar de elétrons" que produz uma força
fazendo com que os átomos do metal permaneçam unidos.

Englobam os elementos da família 1A (metais alcalinos), 2A (metais alcalino


terrosos) e os metais de transição (bloco B da tabela periódica – grupo 3 ao 12).
A característica diferencial em relação aos demais tipos de ligação é a
movimentação dos elétrons, o que explica o fato de os materiais metálicos, no
estado sólido, serem ótimos condutores elétricos e térmicos. Além disso, as ligas
metálicas possuem alto ponto de fusão e ebulição, ductilidade, maleabilidade e
brilho. São exemplos de ligas metálicas:

aço: ferro (Fe) e carbono C;

bronze: cobre (Cu) + estanho (Sn);

latão: cobre (Cu) + zinco (Zn);

ouro: ouro (Au) + cobre (Cu) ou prata (Ag).

Características dos compostos metálicos:

• Pontos de fusão (temperatura para passar do estado sólido para o estado


líquido) e ponto de ebulição (temperatura para passar do estado líquido
para o estado gasoso): a força de atração causada pelo mar de elétrons
é muito forte, mantendo os átomos unidos com muita intensidade. Assim,
para que se rompa essa ligação é preciso fornecer altas energias
externas. Essa é uma característica que permite o uso dos metais em
caldeiras, tachos e reatores nucleares, onde ocorrem aquecimentos
intensos e eles não derretem.
• O estado é sólido à temperatura ambiente (exceto o mercúrio (Hg);
• Conduzem bem as correntes elétricas e calor: ocorre devido à grande
mobilidade dos elétrons, que permitem uma transmissão rápida de calor
e eletricidade através do metal. como exemplo podemos citar: fios,
panela.

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• São maleáveis (lâminas);
• São dúcteis (fios).
• Brilho metálico
• Densidade elevada: formam ligações muito organizadas e próximas, com
volume pequeno e com certa massa, determinando uma densidade
elevada.
• Resistência à tração: ela é decorrente da força com que a ligação metálica
mantém os átomos unidos. os metais resistem às forças que, quando
aplicadas, tendem a alongar uma barra ou um fio metálico. esses metais
são usados nos cabos de aço dos elevadores.

5 CONCLUSÃO

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As ligações químicas compreendem as ligações existentes entre os átomos,
podendo ser mais forte ou fracas.

As ligações mais fracas compreendem as ligações covalentes, que são


originadas pelo compartilhamento de elétrons entre os elementos.

Já as ligações mais fortes devem-se a perda ou ganho de elétrons (ligações


iônicas) ou formação de nuvens eletrônicas (ligações metálicas), formando
compostos apresentando ótima condução de eletricidade.

Basicamente duas forças diferentes atuam dentro de uma substância são


forças intermoleculares, ou seja, entre moléculas. e as forças moleculares que
atuam dentro dessas moléculas entre dois ou mais átomos. As forças
intermoleculares podem ser brevemente descritas como ligações de hidrogénio
ou forças de Van der Waals. As forças intramoleculares são ligações químicas
conhecidas, sejam iônicas, covalentes ou metálicas. O objetivo deste texto é
tratar de diferentes aspectos. que está relacionado às forças dentro da
molécula, isto é, que está relacionado às ligações químicas.

Sem dúvida ainda hoje, as forças que atuam entre os átomos são um dos
aspectos mais interessantes de todos os estudos de química. A mais forte
dessas forças são as ligações químicas, responsáveis pela união estável dos
átomos resultando na formação de moléculas que são a base fundamental de
toda matéria que conhecemos.

As ligações químicas representam interações entre dois ou mais átomos.


interações que podem ocorrer doando elétrons compartilhando elétrons ou
mesmo dividindo elétrons. Cada um desses processos é caracterizado por
ligações químicas. No entanto, é importante ressaltar que a maioria dos
compostos não faz parte de 100 % de um determinado grupo. O que acontece
é que algumas ligações introduzem propriedades intermediárias a um grupo e a
outro. Mas esse aspecto intermediário raramente é considerado na literatura de
química. usando a classificação existente da ligação química em questão.

Em geral, a doação e recepção de elétrons podem ocorrer entre dois átomos, o


que caracteriza a ligação denominada Ligação Iônica. Nesse sentido, a força
eletrostática predomina. atrai íons de cargas opostas. A ligação iônica é
responsável pela formação de compostos iônicos e ocorre entre um átomo
metálico e um átomo não metálico, sendo que o primeiro doer elétrons e
recebe elétrons do segundo.

Quando se combinam dois átomos que possuem uma mesma tendência de


ganhar e perder elétrons, ocorre então a formação de uma Ligação Covalente.
Sob essas condições, não ocorre uma transferência total de elétrons. Nesse
processo, ocorre um compartilhamento de elétrons, aos pares. A ligação
covalente, sempre entre dois átomos não metálicos, forma os compostos de

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natureza molecular, de modo a constituir uma molécula de natureza polar
(ligação entre dois átomos diferentes) ou apolar (entre dois átomos iguais).

Já a Ligação Metálica traz um processo distinto. Os elétrons distribuem-se


sobre núcleos positivos de átomos metálicos, formando uma nuvem eletrônica
sobre toda estrutura da matéria formada, sendo esta a responsável pelas
propriedades metálicas da matéria constituída.

6 REFERÊNCIAS BUBLIOGRÁFICAS

https://www.todamateria.com.br/ligacoes-quimicas/

https://brasilescola.uol.com.br/quimica/ligacoes-quimicas.htm

https://www.unifebe.edu.br/site/blog/ligacoes-quimicas-o-que-sao-e-quais-seus-
tipos/

https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/ligacoes-quimicas.htm

https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/ligacoes-quimicas.htm

http://virusdaciencia-cida.no.comunidades.net/ligacoes-quimicas

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