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RESUMO, Instalações Prediais

Instalação Predial de Água Fria:


Fontes de Fornecimento:

 Rede Pública;
 Fontes Privadas;
1. Nascentes.
2. Lençóis Subterrâneos.

Neste caso atenção especial deve ser tomada ao padrão de potabilidade estabelecido pelo Ministério
de Saúde.

A utilização de fontes privadas deve atentar a obtenção de outorga de direitos de uso de recursos
híbridos, conforme a lei.

A instalação de água fria começa na Rede Pública ou, no caso de locais afastados, no poço onde se
coleta a água. Para efeito deste nosso estudo, vamos supor que a residência está ligada a Rede
Pública, que corre pela calçada ou até mesmo pelo meio da rua.

COMO FUNCIONA

 Quando se faz o pedido de ligação de água a concessionária faz uma sangria na tubulação
que chega até um registro localizado junto ao alinhamento do lote. Este registro pertence à
concessionária, que o usa para interromper o fornecimento caso o usuário não pague a
conta.
 Do registro de entrada da concessionária, parte uma ligação que chega até o hidrômetro,
que faz parte de um conjunto chamado de “CAVALETE”. O cavalete é constituído pelo
medidor de consumo - também pertencente à concessionária -, e o registro geral da água
fria – pertencente ao usuário.

Pelas normas, o cavalete pode ficar até 1,50m afastado da frente do lote, mas é conveniente colocá-
lo bem na testada, voltado para fora, possibilitando a leitura do consumo sem que o funcionário da
concessionária precise adentrar o imóvel/edificação.

 Do cavalete de entrada sai uma ramificação que sobe até o reservatório superior – a famosa
“Caixa D’água”. No final desta alimentação (tubulação), inserido na caixa, está a torneira
bóia, encarregada de manter o nível da água armazenada.

Da mesma saída do cavalete se costuma levar uma tubulação que alimenta a cozinha (torneira e
filtro) e também a área de serviço - locais que precisam de mais pressão e/ou de água mais límpida.
Este ramal extra costuma ser usado também para alimentar as torneiras de jardim, pois a maior
pressão disponível facilita o uso de mangueiras para lavagem e irrigação.

REDE DE CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

Etapa de Captação:

 A água bruta (sem tratamento) é captada de mananciais {superficiais (rios, lagos e


barragens) ou subterrâneos (poços profundos e lençóis freáticos)}.
 Nessa etapa a água passa por um gradeamento (sistema de grades) que impede a entrada
de elementos grosseiros contidos na água (folhas, galhos e troncos). A partir disso, a água
segue para a desarenação onde ocorre a remoção de areia por sedimentação - otimizando o
processo de pré-tratamento da água - para só então ser bombeada para a estação de
tratamento.

Etapa de Tratamento:
 É composta por: coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção e fluoretação.
- COAGULAÇÃO:

A água recebe sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, sendo agitada rapidamente a
fim das partículas de sujeira ficarem eletricamente desestabilizadas, se juntando com maior
facilidade.

- FLOCULAÇÃO:

A água é agitada lentamente para que as partículas de sujeira se unam formando flocos. O objetivo
dessa união é que os flocos de sujeira se tornem mais pesados.

- DECANTAÇÃO:

A água entra nos tanques de sedimentação (decantadores), onde os flocos já formados e com maior
peso vão se depositando no fundo, separando-se da água.

A água clarificada é coletada através de canaletas na superfície da lâmina d’água e distribuída para
o sistema de:

- FILTRAÇÃO:

(enquanto o lodo do fundo é conduzido para tanques de depuração).

Os filtros formados de cascalho, areia e antracito (carvão mineral), são responsáveis por reter as
partículas que restaram da fase de decantação.

É válido destacar que a filtração representa uma barreira sanitária no processo de tratamento, pois é
com ela que se inicia a remoção de microorganismos patogênicos.

- DESINFECÇÃO:

Adiciona-se cloro para a eliminação de bactérias e vírus causadores de doença. O cloro age como
desinfetante, destruindo ou inativando os microorganismos patogênicos; e como oxidante de
compostos orgânicos e inorgânicos.

Após a cloração, é feita a correção da faixa do pH da água, tornando-a próxima do pH neutro (7,0).
Esse processo é realizado com adição de cal virgem, para evitar a corrosão ou incrustação das
tubulações.

- FLUORETAÇÃO:

A água recebe flúor - que ajuda na prevenção de cáries dentárias.

INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA

A regra geral é se empregar o sistema indireto, por meio de reservatórios internos, ou seja, caixas de
água dentro do imóvel (edifício ou residência). Eles podem ser comuns ou pressurizados, de modo a
garantir a regularidade do abastecimento. A utilização de reservação é sempre desejável sob todos
os aspectos (econômicos, técnicos, etc...), e regido pela NBR.

SISTEMA DE ABASTECIMENTO NAS EDIFICAÇÕES:

- Sistema de Abastecimento:

Edifício alimentado diretamente da rua;

NÃO tem reservatório subterrâneo.

- Sistema direto para Reservatório Elevado:

Edifício alimentado diretamente da rua;

NÃO tem reservatório subterrâneo.

- Sistema direto com Recalque:

Entrada para reservatório subterrâneo;

O reservatório elevado alimentado direto ou por bombeamento.

 SISTEMA INDIRETO SEM BOMBEAMENTO:


Todos os aparelhos e torneiras são alimentados por um reservatório superior do prédio, o qual é
alimentado diretamente pela rede pública (caso haja pressão suficiente) ou por meio de recalque, a
partir de um reservatório inferior.

 Não utiliza bombeamento, havendo abastecimento direto do reservatório inferior.

 SISTEMA INDIRETO COM BOMBEAMENTO:


Utiliza um reservatório inferior de onde a água é elevada até o reservatório superior.

 A concessionária local não admite a utilização de bombeamento sem reservatório inferior.

 SISTEMA DIRETO:
Todos os aparelhos e torneiras são alimentados diretamente pela rede pública. Neste sistema não é
colocado reservatório. Faltando água na rede, faltará também na edificação.

 É um sistema econômico; Se faz necessário a utilização de válvula de retenção.

 SISTEMA MISTO:
Consiste na união dos dois sistemas (direto e indireto). Normalmente usado quando se tem torneiras
de jardim no trajeto entre a rede pública de distribuição e o reservatório.

 Feito diretamente pela rede pública e também pelo reservatório superior.

 SISTEMA HIDROPNEUMÁTICO:

Dispensa uso de reservatório superior, mas é de execução cara, portanto utilizada apenas em casos
especiais.

- Utiliza equipamento de pressurização a partir do reservatório inferior, eliminando


reservatório superior;
- Utilizado para garantir pressão quando o sistema de gravidade não é suficiente;
- Vulnerável a falta de energia.

LIGAÇÕES DA CAIXA D’ÁGUA


(Além do tubo de alimentação, antes da torneira bóia, existem mais ligações, como: ladrão, registro de
limpeza e barriletes.)

BARRILETE: Coleta a água pelo menos 10cm acima do fundo da caixa para evitar que se use água
contaminada pelos depósitos que vão sedimentando no fundo da caixa. A saída para lavagem coleta
a água o mais próximo possível ao fundo, justamente para retirar as partículas sedimentadas. São os
pontos de ligação entre os ramais de distribuição e a caixa d’água.

Os ramais de distribuição, por sua vez, levam a água fria através do imóvel conduzindo-a até os
pontos de consumo, constituídos pelos chuveiros e torneiras.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS
 PRESSÃO:

ESTÁTICA - é medida através de um orifício perpendicular de escoamento.

DINÂMICA - pressão de um fluido ocasionada pela velocidade do escoamento.

SERVIÇO - pressão de estagnação, é a soma das duas pressões, também conhecida como pressão
total.

VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO

A água entra na válvula com uma pressão maior ou igual a 40mca (pressão de entrada), depois de
passar por ela, a água sai com a pressão determinada pela regulagem (pressão de saída), inferior a
40mca, e volta à tubulação para ser distribuída aos apartamentos dos andares inferiores.

Problemas que ocorrem pela falta ou ineficiência das válvulas:

- Ruídos na tubulação;
- Ruptura de tubulação, conexões e flexíveis;
- Desconforto no banho;
- Excessivo consumo de água;
- Panes em equipamentos ligados a rede hidráulica;
- Golpe de Ariete (fechamento brusco).

RAMAL PREDIAL

[EXTERNO]

É o trecho executado pela concessionária pública, ligando a rede ao cavalete.

Cavalete: Conjunto de tubo conexões e registros destinados à instalação do hidrômetro. Podem ser
ou não abrigados.

 Alimentador Predial INTERNO:


- É o trecho que vai do final do ramal predial externo até a primeira desconexão (reservatório
inferior ou superior);
- Pode ser enterrado, embutido ou aparente;
- No caso do sistema de alimentação direta, é importante prever a instalação de uma válcula
de retenção para evitar o refluxo.

Instalação Predial de Água Quente

Sistema de Água Quente:

CONDIÇÕES GERAIS – NBR 7198

 Garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade suficiente e


temperatura controlável, com segurança aos usuários, com as pressões e velocidade
compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitários e das tubulações.
 Preservar a potabilidade da água;
 Proporcionar o nível de conforto adequado aos usuários;
 Racionalizar o consumo de energia.

TIPOS DE SISTEMA:

 Quanto a fonte de energia:


1.Combustão - de sólidos, líquidos e gasosos;
2.Eletricidade;
3.Energia Solar.
 Quanto às formas de aquecimento:
1.DIRETO: o calor é transmitido direto pra água.
2.INDIRETO: o calor é transmitido antes a um líquido intermediário. É geralmente utilizado
para centrais coletivas.
 Quanto ao número de aparelhos e residências atendidas:

Individual: alimenta apenas um aparelho.

Central Privado: Alimenta os aparelhos de uma mesma residência.


AQUECEDORES:

- Aquecedor instantâneo ou de passagem de gás:

Utiliza gás natural (GN) ou Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para funcionamento dos queimadores
responsáveis pelo aquecimento da água fria que passa pela tubulação interna do equipamento.

- Aquecedor instantâneo ou de passagem, elétrico:

Utiliza resistência elétrica.

- Aquecedor de Acumulação (gás) | - Aquecedor de Acumulação (elétrico)


- Aquecimento solar:
1. Energia solar FOTOVOLTAICA: utiliza painéis fotovoltaicos (PV), produzidos a partir de
painéis de silício. - converte a energia solar em energia elétrica; em geral não é viável sua
utilização para aquecimento de água.
2. Energia solar TÉRMICA: Utiliza sistema composto por coletores solares e reservatórios
térmicos. - converte energia solar em energia térmica; utilizada em geral para aquecimento
da água do banho.

CONDIÇÕES ESPECÍFICAS:

 Circulação Natural ou Termofissão:

A circulação da água acontece apenas pela diferença de densidade da água quente em relação a
água fria, formando um circuito de água entre o boiler e as placas coletoras sem a necessidade de
bombeamento.

Além do boiler trabalhar “afogado” pela caixa de água fria, o conjunto de placas coletoras deverá ser
instalado, em nível vertical, abaixo do boiler. A distância horizontal entre eles também não pode ser
muito grande para evitar perdas de carga significativas.

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