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1 Introdução
Um sistema econômico pode ser definido como a forma política, social e econômica
pela qual está organizada uma sociedade. É um particular sistema de organização da
produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam
buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar.
Os elementos básicos de um sistema econômico são:
■ estoque de recursos produtivos ou fatores de produção: aqui se incluem os
recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra, as reservas
naturais e a tecnologia;
■ complexo de unidades de produção: constituído pelas empresas;
■ conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais: que são a base
da organização da sociedade.
Os sistemas econômicos podem ser classificados em:
■ sistema capitalista ou economia de mercado. É regido pelas forças de mercado,
predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção;
■ sistema socialista ou economia centralizada ou, ainda, economia planificada.
Nesse sistema as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de
planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção, chamados
nessas economias de meios de produção, englobando os bens de capital, terra, prédios,
bancos, matérias-primas.[1]
Os países organizam-se segundo esses dois sistemas, ou alguma forma intermediária
entre eles.
Pelo menos até o início do século XX, prevalecia nas economias ocidentais o
sistema de concorrência pura, em que praticamente não havia a intervenção do Estado na
atividade produtiva. Era a filosofia do Liberalismo, que será discutida mais adiante.
Principalmente a partir de 1930, passaram a predominar os sistemas de economia
mista, nos quais ainda prevalecem as forças de mercado, mas com a atuação complementar
do Estado, seja na produção de bens públicos, nas áreas de educação, saúde e saneamento,
justiça, defesa nacional etc., seja induzindo investimentos do setor privado, principalmente
para setores de infraestrutura, como energia, transportes, comunicações.
Em economias de mercado, a maioria dos preços dos bens, serviços e salários é
determinada predominantemente pelo mecanismo de preços, que atua por meio da oferta e
da demanda de bens e serviços e dos fatores de produção. Nas economias centralizadas,
essas questões são decididas por um órgão central de planejamento, a partir de um
levantamento dos recursos de produção disponíveis e das necessidades do país. Ou seja,
grande parte dos preços dos bens e serviços, salários, cotas de produção e de recursos é
calculada nos computadores desse órgão, e não pela oferta e demanda no mercado.
Após o fim da chamada ―Cortina de Ferro‖, ao final dos anos 1980, mesmo as
economias ainda guiadas por governos comunistas, como Rússia e China, têm aberto cada
vez mais espaço para atuação da iniciativa privada, caracterizando um ―socialismo de
mercado‖ ou ―capitalismo de estado‖, com regime político comunista, mas economia de
mercado.
Provavelmente, talvez apenas Cuba e Coreia do Norte sejam os únicos
remanescentes de um tipo de economia completamente centralizada.
1.4 Curva de possibilidades de produção (ou curva de transformação)
Alternativas de produção
Máquinas (milhares)
Alimentos (toneladas)
25
20
30
15
47,5
10
60
70
O deslocamento da CPP para a direita indica que o país está crescendo. Isso pode
ocorrer fundamentalmente tanto em função do aumento da quantidade física de fatores de
produção como em função do melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode
ocorrer com o progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e organizacional das
empresas e melhoria no grau de qualificação da mão de obra. Desse modo, a expansão dos
recursos de produção e os avanços tecnológicos, que caracterizam o crescimento
econômico, mudam a curva de possibilidades de produção para cima e para a direita,
permitindo que a economia obtenha maiores quantidades de ambos os bens.
Figura 1.3 Crescimento econômico.