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Autor Fernando Cesar Vianna

Revisão de Matemática Fabio Busetti Bortolon

Revisão de Texto Ana Christina da Silva Florão


Mauro Saretta

Arte, Diagramação e Ilustração 3D Douglas Sulis da Costa

®2014 - Dual System


Todos os direitos reservados

educacional

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Produzido e desenvolvido por:

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Sumário

Apresentação 04
Aula 01 - Competindo com aviões de papel 05
Aula 02 - Selecionando os melhores aviões 10
Aula 03 - A matemática ajudando arquitetos e artistas 16
Aula 04 - Geoplano 22
Aula 05 - Ábaco dos inteiros - Adição 26
Aula 06 - Ábaco dos inteiros - Subtração 32
Aula 07 - Ábaco dos inteiros - Multiplicação 38
Aula 08 - A matemática da antiguidade 44
Aula 09 - As expressões algébricas e os valores numéricos 49
Aula 10 - A raiz do problema 52
Aula 11 - Rachando a cuca - o jogo do resta um 55
Aula 12 - Conjuntos 56
Aula 13 - Produtos notáveis 61
Aula 14 - Os mecanísmos e a matemática 63
Aula 15 - Razão 67
Apresentação
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ações docentes no tripé “orientação – mediação – dinamização” durante o processo
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desenvolvimento das capacidades básicas que instrumentalizam as competências
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Equipe ATTO!

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4
COMPETINDO COM AVIÕES DE PAPEL

Todo mundo sabe que jogar aviões de papel na sala de aula é algo condenável. No
entanto, é exatamente isso que faremos hoje.

Nessa aula você terá a oportunidade de utilizar critérios matemáticos para avaliar o
seu avião em relação a outros construídos por seus colegas.

O lançamento dos aviões deve ser padronizado para que possamos avaliar o avião em
si e não diferentes formas de lançá-lo. Por essa razão, não podemos simplesmente
arremessá-los com a mão, devemos construir um equipamento que realize esse
trabalho.

Você deve construir o seu lançador e realizar os seus testes. Na prova final todos os
aviões construídos pela turma irão competir usando um lançador igual ao seu.

Qual é o desafio?

Utilizando um lançador de aviões, você deve fazer com que um avião de papel
obtenha a melhor pontuação possível.

Como saber qual o melhor avião?

Cada avião terá uma pontuação que será comparada com as pontuações
obtidas pelos outros aviões. A maior pontuação obtida determina o avião
ganhador.

Como anotar os pontos obtidos?

Cada marcação corresponde a uma pontuação. Dependendo da posição que o


avião cair, receberá uma pontuação correspondente. Se o avião cair entre duas
marcações, receberá o ponto da marcação posterior.

Essas pontuações serão colocadas sobre uma reta que inicia com o valor zero.

5
Exemplo:

A partir do ponto “0” (zero) posicionam-se os outros pontos na reta. Escreva também a
cor do avião correspondente à sua pontuação marcada na reta.

CONSTRUINDO O SEU LANÇADOR:

Para construir o seu lançador você pode seguir o passo a passo da montagem número
74 do PDF interativo.

CONSTRUINDO O SEU AVIÃO:

Utilizando folhas de papel usadas, construa cinco diferentes modelos de aviões.

ESCOLHENDO O SEU AVIÃO:

Agora chegou a hora de testar os aviões e descobrir qual modelo tem o melhor
desempenho e qual participará da prova final.

Lance cada um dos aviões construídos e anote os pontos obtidos para cada modelo
que você construiu:

AVIÃO PONTOS

Modelo 1

Modelo 2

Modelo 3

Modelo 4

Modelo 5
Realize aperfeiçoamentos nos aviões a fim de obter melhores resultados.

6
O meu avião escolhido para participar da prova final é o modelo______.

Represente na reta a pontuação obtida para esse avião:

PROVA FINAL:

Vamos descobrir qual é o melhor modelo de avião construído pela turma. A


competição irá começar com o sorteio dos aviões e início dos lançamentos.

Preencha a tabela com as pontuações obtidas pelos aviões de cada equipe:

EQUIPE PONTOS

Equipe 1

Equipe 2

Equipe 3

Equipe 4

Equipe 5

Represente na reta a pontuação e escreva abaixo a equipe correspondente.

O avião vencedor pertence à equipe _________.

Entendendo matematicamente o que você fez:

Quando estudamos matemática temos a impressão, por vezes, que o assunto está
distante da nossa realidade. No entanto, muito do que fazemos está intimamente
ligado a conceitos e operações matemáticas.

Em matemática, quando posicionamos os números sobre uma reta imprimindo uma


ordenação dizemos que estamos usando uma reta numérica.

7
As pontuações usadas para fazer a marcação pertencem ao conjunto dos números
naturais. O conjunto dos números naturais é formado por todos os números inteiros
positivos e o zero. Ele é representado pela letra maiúscula N. Assim,
matematicamente dizemos que N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, …}. Podemos afirmar
que os números naturais apresentam um número antecessor e também um número
sucessor. Exemplo: o sucessor de 1 é 2; o de 3 é 4, o de 7 é 8, e assim por diante.
Os antecessores dos números 1, 3 e 7 são: 0, 2 e 6, respectivamente. O antecessor
de um número natural sempre estará posicionado à sua esquerda e seu sucessor
sempre à sua direita. Para saber qual é o sucessor de um número natural basta
adicionar 1 a este número; para saber qual é o seu antecessor, basta subtrair 1.
Existe somente um número no conjunto dos números naturais que não apresenta
antecessor, você sabe dizer qual é? Circule esse número.

Reta numérica com números naturais

Numa reta numérica os números que se seguem são ditos consecutivos. Assim, 1, 2 e
3 são números consecutivos bem como 1000, 1001 e 1002 também são.

Palavras que você aprendeu nessa aula:

Números Naturais:

São todos os números inteiros positivos e o zero. São representados pela letra
maiúscula N. O conjunto N é infinito e representado matematicamente por N = { 0, 1,
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,…}. Quando representamos o conjunto dos números naturais
excluindo o zero escrevemos N*. Assim, N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6,...}.

Antecessor de um número:

Número que vem antes de um número dado, estando sempre posicionado uma
unidade à sua esquerda. No conjunto dos números naturais, todos os números
possuem um antecessor com exceção do zero.

Sucessor de um número:

Número que vem depois de um número dado estando sempre posicionado uma
unidade à sua direita. No conjunto dos números naturais, todos os números possuem
um sucessor, inclusive o zero.

Número consecutivo:

Se um número natural é sucessor de outro, então os dois números juntos são


chamados números consecutivos.

8
Reta numérica:

Para falar sobre reta numérica vamos reconstruí-la passo a passo e aproveitar para
lembrar suas principais características.

Começamos construindo uma reta e marcando um ponto qualquer nela. A esse ponto
chamamos de origem e atribuímos o número zero.

Vamos agora determinar um segmento qualquer e chamá-lo de “U”. Esse segmento


pode ter o tamanho que você quiser, por isso vamos dizer que ele vale uma unidade.
Se você usar os segmentos de 1 cm da régua a unidade corresponderá a 1 cm.

Dividimos a reta a partir do número zero usando esse segmento. Vamos escolher o
sentido da direita para dividi-la. Por essa razão colocamos a seta na reta apontando o
sentido da direita. Essa opção está relacionada à ordenação crescente dos números
naturais.

Assim temos o primeiro segmento U:

Continuando, obtemos os outros segmentos:

Ordenamos sobre eles os números naturais:

9
SELECIONANDO OS MELHORES AVIÕES

Nessa aula vamos usar as mesmas regras da aula: “COMPETINDO COM AVIÕES
DE PAPEL”.

Relembrando:

Qual é o desafio?

Utilizando um lançador de aviões, você deve fazer com que um avião de papel
obtenha a melhor pontuação possível.

Como saber qual o melhor avião?

Cada avião terá uma pontuação que será comparada com as pontuações
obtidas pelos outros aviões. A maior pontuação obtida determina o avião
ganhador.

Como anotar os pontos obtidos?

Cada marcação corresponde a uma pontuação. Dependendo da posição que o


avião cair, receberá uma pontuação correspondente. Se o avião cair entre duas
marcações, receberá o ponto da marcação posterior.

Nesta aula a pontuação ocorrerá de modo diferente da aula anterior - um avião poderá
receber punição por apresentar baixo desempenho. Sabendo que existem diferentes
tipos de aviões, vamos agora atribuir pontos negativos para aqueles que não atingirem
um mínimo de distância aceitável.

Sendo assim, vamos usar a seguinte marcação para contagem de pontos:

Essas pontuações foram colocadas sobre uma reta.

10
Exemplo:

Os aviões obtiveram os seguintes pontos:

CONSTRUINDO O SEU LANÇADOR:

Para construir o seu lançador siga o passo a passo da montagem número 74 do PDF
interativo.

CONSTRUINDO O SEU AVIÃO:

Você pode utilizar os mesmos modelos da aula: “COMPETINDO COM AVIÕES DE


PAPEL”.

Utilizando folhas de papel usadas, construa cinco diferentes modelos de aviões.

ESCOLHENDO O SEU AVIÃO:

Agora chegou a hora de testar os aviões e descobrir qual modelo tem o melhor
desempenho e qual participará da prova final.

Lance cada um dos aviões construídos e anote os pontos obtidos para cada modelo
que você construiu:

AVIÃO PONTOS

Modelo 1

Modelo 2

Modelo 3

Modelo 4

Modelo 5

Realize aperfeiçoamentos nos aviões a fim de obter melhores resultados.

11
O meu avião escolhido para participar da prova final é o ______.

Represente na reta a pontuação obtida para esse avião:

PROVA FINAL:

Vamos descobrir qual é o melhor modelo de avião construído pela turma. A


competição terá início com o sorteio dos aviões e, em seguida, realizam-se os
lançamentos.

Preencha a tabela com as pontuações de cada equipe:

EQUIPE PONTOS

Equipe 1

Equipe 2

Equipe 3

Equipe 4

Equipe 5

Represente na reta a pontuação e escreva abaixo a equipe correspondente.

O avião vencedor pertence à equipe: _________.

Entendendo matematicamente o que você fez:

Nessa aula atribuímos pontos negativos aos aviões que não alcançaram a distância
mínima satisfatória. Para isso usamos o conjunto dos números inteiros representados
pela letra maiúscula Z. Matematicamente dizemos que os números inteiros são
formados por todos os números inteiros positivos, o zero e também pelos
números inteiros negativos.

Assim, temos Z = {..., -9, -8, -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,…}.

12
Da mesma forma que os números naturais, os números inteiros também possuem um
único antecessor e também um único sucessor. Como numa reta numérica
estabeleceu-se que o sentido de deslocamento sempre se dá da esquerda para a
direita, continua valendo a mesma regra usada para os números inteiros. Assim, o
antecessor de -2 é -3; de -4 é -5, de -8 é -9 e assim por diante. Quando falamos do
conjunto dos números naturais dizemos que existe apenas um único número que não
apresenta um antecessor. Isso também ocorre para os números inteiros?

Observe a reta numérica e dê a sua opinião.

Palavras que você aprendeu nesta aula:

Números inteiros:

São todos os números inteiros positivos e negativos e o zero. São representados pela
letra maiúscula Z. Z é um conjunto infinito e representado matematicamente por:

Z = {..., -9, -8, -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,…}.

Quando representamos o conjunto dos números inteiros excluindo o zero escrevemos


Z*. Assim, Z* = {..., -6, -5, -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4, 5, 6,...}.

Também podemos fazer referência aos outros subconjuntos de Z:

ࢆା = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,…}, inteiros não-negativos.

‫{ = ି܈‬..., -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0}, inteiros não-positivos.

ࢆ‫כ‬ା = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,…}, inteiros positivos ou inteiros estritamente


positivos.

‫{ = ି܈‬..., -6, -5, -4, -3, -2, -1}, inteiros negativos ou inteiros estritamente
negativos.

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Antecessor de um número inteiro:

Número que vem antes de um número dado, estando sempre posicionado uma
unidade à sua esquerda. No conjunto dos números naturais N, todos os números
possuem um antecessor com exceção do zero. No conjunto dos números inteiros
todos os números sem exceção apresentam um antecessor. Assim, o antecessor de
-5 é -6, de -6 é -7, de 6 é 5 e de 5 é 4. Isso acontece porque numa reta numérica
caminhamos sempre no sentido da esquerda para a direita em uma unidade.

Sucessor de um número:

Número que vem depois de um número dado, estando sempre posicionado uma
unidade à sua direita. No conjunto dos números naturais N, todos os números
possuem um sucessor inclusive o zero. Isso também vale para o conjunto dos
números inteiros. Assim, o sucessor de -5 é -4, de -4 é -3, de 0 é 1, e assim por diante.

Reta Numérica:

Para falar sobre reta numérica vamos reconstruí-la passo a passo e aproveitar para
lembrar suas principais características.

Começamos construindo uma reta e marcando um ponto qualquer nela. A esse ponto
chamamos de origem e atribuímos o número zero.

Vamos agora determinar um segmento qualquer e chamá-lo de “U”. Esse segmento


pode ter o tamanho que você quiser, por isso vamos dizer que ele vale uma unidade.
Se você usar os segmentos de 1 cm da régua a unidade corresponderá a 1 cm.

Dividimos a reta a partir do número zero usando esse segmento. Vamos escolher o
sentido da direita para dividi-la.

14
Assim temos o primeiro segmento U:

Continuando, obtemos os outros segmentos:

Sobre eles ordenamos os números inteiros maiores que zero:

Partindo do zero, fazemos o mesmo para o lado esquerdo da reta, obtendo os


números inteiros menores que zero. Para diferenciá-los, acrescentamos o sinal “-“ aos
números colocados à esquerda do zero.

Obtemos então a reta numérica para os números inteiros.

Alguns pontos importantes com relação à reta numérica:

 Os números colocados à esquerda estão na mesma distancia do zero que seus


correspondentes do lado direito.
 Quanto mais à direita um número estiver, maior ele é.
 Quanto mais à esquerda um número estiver, menor ele é.
 A distância de 1 até zero é a mesma que de -1 até zero. Por isso se diz que a
distância de qualquer número inteiro até zero corresponde a seu módulo (ou
valor absoluto), nesse caso |-1| = 1 unidade e também |1| = 1. A distância de 2
até zero é a mesma que de -2 até zero. Por isso se diz que a distância de
qualquer número inteiro até zero corresponde a seu módulo, nesse caso
|-2| = 2 unidades e assim por diante.
 Sendo assim, podemos perceber que há simetria entre os valores positivos e
negativos em relação ao zero.

Nessa aula trabalhamos com o conjunto dos números inteiros. No entanto, numa reta
numérica podemos representar também outros conjuntos numéricos.

15
PANTÓGRAFO
A matemática ajudando arquitetos e artistas

Crianças começam a desenhar desde muito cedo e logo que adquirem prática buscam
experimentar novos desafios. Um deles é copiar um desenho, outro é copiar um
desenho aumentando ou diminuindo o seu tamanho, ou seja, copiá-lo em outra escala.

Sabemos o quanto é difícil manter a proporção entre desenhos e conservar sua


identidade. Mas não somos os únicos a enfrentar esse problema, na verdade, mais do
que um simples dever de casa ou diversão, aumentar ou diminuir desenhos é uma
necessidade para muitos profissionais.

Imagine a dificuldade enfrentada por um desenhista ou um arquiteto tempos atrás para


conservar as escalas na reprodução de seus trabalhos. Atualmente os softwares
fazem isso por nós, mas em 1603 toda esta tecnologia não existia. Então o jesuíta e
astrônomo Christoph Scheiner inventou um aparelho muito prático e fácil de ser
utilizado. O Pantógrafo, como foi batizada a sua invenção, é a junção de duas palavras
gregas, pantos = tudo e graphein = escrever, ou seja, o que “escreve tudo”.

O pantógrafo é um aparelho utilizado para reduzir e ampliar figuras


conservando as proporções pretendidas.

Nesta aula vamos usá-lo para estudar uma das aplicações mecânicas dos polígonos e
entender seu funcionamento.

O QUE FAZER

Usando peças do kit ATTO, construa diferentes polígonos, entre eles um triângulo.
Experimente forçar os seus lados e verifique se consegue deformá-los.

Desenhe-os abaixo, separando os polígonos que se deformam daqueles que não se


deformam.

Polígonos que não se deformam Polígonos que se deformam

16
Um polígono pode ter no mínimo três lados - a ele chamamos de triângulo. Esse
polígono apresenta-se firme e é o único de todos os polígonos que não se deforma.
Na engenharia dizemos que o triângulo pode formar uma estrutura e, por essa razão,
ele é bastante utilizado na construção de telhados e pontes.

Percebemos que os polígonos começam a apresentar movimento a partir de quatro


lados. Valendo-se disso, criamos diferentes combinações, com diferentes números de
lados e tamanhos, possibilitando inventar muitos mecanismos.

Na aula de hoje você conhecerá um deles, o Pantógrafo. Usaremos um quadrilátero


(paralelogramo), também chamado pelos engenheiros de mecanismo de quatro
barras, muito utilizado na construção de máquinas.

FAZENDO

O processo de construção de um pantógrafo é bastante simples, siga as instruções


representadas abaixo e monte o seu.

* As setas indicam os pontos da estrutura que são móveis e rotacionam sob o eixo.

17
EXPERIMENTANDO

Vamos iniciar usando o pantógrafo com a finalidade para a qual foi inventado -
reproduzir figuras com tamanhos diferentes. Para iniciar, use figuras mais simples,
com poucos traços e não muito grandes. Veja alguns exemplos:

1. Prenda o papel com o desenho sobre a mesa usando fita adesiva.

2. Posicione o pantógrafo com a ponta seca “S” sobre o desenho.

18
3. Sob o lápis (“ponta L”), prenda o papel que vai receber o desenho.

4. Comece a acompanhar o desenho com a ponta seca, fazendo movimentos


leves e precisos. Se achar preferível, segure no lápis para ajudar a copiar o
desenho.

5. Analise o resultado obtido.

DESCOBRINDO

Os desenhos são muito parecidos, mas apresentam tamanhos diferentes. Observe


que o desenho final ficou maior que o modelo original, mas manteve as proporções
entre suas partes.

Agora que você já experimentou o pantógrafo, pode também começar a entender seu
funcionamento. Descubra quantas vezes o desenho foi aumentado pelo pantógrafo.

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

19
Verificando se sua resposta está correta.

Num papel, com o auxilio de uma régua, construa uma reta fazendo a marcação dos
centímetros. Faça o mesmo em outra folha.

Posicione uma delas sobre a ponteira e a outra sobre o lápis.

Desloque o marcador 1 cm e faça um risco sobre ele.

Observe a marcação feita pelo pantógrafo na outra folha.

Responda:

Considerando o resultado obtido, quantas vezes o pantógrafo foi capaz de aumentar a


figura?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

Essa medida está de acordo com o que você respondeu anteriormente? Se não
estiver, descubra o que aconteceu.

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Analise detalhadamente o funcionamento do pantógrafo e tente explicar


matematicamente o seu funcionamento.

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

20
DESAFIO

Você já sabe como o pantógrafo funciona e qual é a escala de aumento da figura.


Então encontre a solução para dois problemas:

Problema 1

Escolha uma figura e, usando o pantógrafo, reproduza-a em tamanho menor.

Explique como fez isso:

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

Problema 2

Usando a mesma figura anterior, realize sua reprodução em escala ainda maior do
que aquela que você já obteve usando o pantógrafo. Não esqueça que você deve
utilizar o mesmo pantógrafo e pensar sobre o seu funcionamento para resolver esse
problema.

Explique o que você descobriu:

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Comprove sua resposta usando as mesmas marcações das retas feitas anteriormente.

21
GEOPLANO

O estudo de figuras geométricas é de grande importância para a matemática. Objetos


e construções do nosso cotidiano fazem uso dessas figuras para lhe dar forma e
função. Povos antigos já as usavam com grande habilidade, mas Euclides de
Alexandria, um matemático grego que viveu entre 360 a.C. e 295 a.C., foi quem
realizou um trabalho de definição e organização das propriedades das figuras
geométricas. A esse trabalho ele deu o nome de “Os Elementos” e nele, partindo do
estudo do ponto, da reta e do plano, reuniu e discutiu a Geometria.

Dentre as figuras geométricas planas, os polígonos caracterizam-se por possuírem


uma grande variedade de formas. Quadrado, retângulo e triângulo estão entre as
figuras mais conhecidas, mas muitas outras podem existir variando-se apenas o
número de lados e ângulos.

Uma maneira simples de se representar figuras geométricas é utilizar um geoplano.


Idealizado pelo professor inglês Calleb Gattegno, o geoplano permite a construção de
diversas figuras geométricas apenas usando elástico ou barbante.

A partir dessas figuras podemos estudar várias propriedades dos polígonos como
vértices, lados, arestas, entre outros.

Os geoplanos são normalmente construídos com pregos fixados sobre uma base de
madeira, no ponto de intersecção das linhas. A esse modelo dá-se o nome de
geoplano quadricular.

Geoplano quadricular

22
Esse geoplano você provavelmente já conheça, mas existem outros tipos de
geoplanos, entre eles o geoplano treliçado. Com o geoplano treliçado representamos
sólidos geométricos num plano a partir de sua perspectiva.

Geoplano treliçado

Veja o exemplo e compare com o desenho ao lado:

23
CONSTRUINDO SEU GEOPLANO TRELIÇADO

As placas quadradas com 25 furos são geoplanos treliçados. Você pode juntar várias delas
com o objetivo de aumentar a área de trabalho para construir figuras maiores.

Nesta atividade você construirá um geoplano treliçado com duas placas. Separe as peças
relacionadas abaixo e observe o esquema de montagem:

 02 placas quadradas de 25 furos.


 02 barras de 6 furos.
 12 rebites longos.
 Rebites curtos (proporcional ao número de vértices necessários para cada
representação).

24
Observe na figura abaixo a construção de um cubo representado no geoplano
montado por você.

MONTANDO FIGURAS

Construa os sólidos correspondentes no geoplano treliçado.

A. Prisma hexagonal B. Prisma quadrangular C. Prisma triangular D. Pirâmide triangular E. Pirâmide quadrangular

Preencha o quadro abaixo com o número de arestas, faces e vértices de cada figura:

Figuras Número de arestas Número de faces Número de vértices

25
ÁBACO DOS INTEIROS
Adição de números inteiros

Nesta aula você vai aprender a realizar a adição com números inteiros. Para facilitar
seu entendimento usaremos um ábaco chamado “Ábaco dos Inteiros”.

Matematicamente dizemos que os números inteiros (Z) são formados por todos os
números inteiros positivos, o zero e também pelos números inteiros negativos.

Assim, temos Z = {..., -9, -8, -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, …}.

O desenvolvimento da adição entre números naturais é bastante simples. Observe os


exemplos:

11 + 2 = 13
15 + 6 = 21
30 + 8 = 38

Os desenvolvimentos de operações com números pertencentes ao conjunto dos


inteiros admitem, além das operações acima, outras que envolvam números
negativos. Observe os exemplos:
(+3) + (-4) = -1
(-2) + (+6) = +4
(-8) + (+3) = -5

Para realizar essas operações algumas situações teóricas que relacionam os


possíveis sinais operatórios são requeridas. Com o objetivo de facilitar o entendimento
dessas operações vamos utilizar o Ábaco dos Inteiros.

Haste Haste
inteiros positivos inteiros negativos

O que é o ábaco dos inteiros?

O ábaco dos inteiros é um recurso didático


formado por duas hastes contendo cada uma
várias argolas (aqui representados pelos
manípulos de cor azul e laranja). Uma das barras
roscadas representa os números inteiros positivos
e a outra os números dos inteiros negativos.

26
Usando as peças abaixo monte o seu ábaco.

 4 conexões em "U".
 4 parafusos número 2.
 8 porcas.
 1 placa retangular com 19 furos.
 2 barras roscadas 4.
 10 manípulos de cor laranja.
 10 manípulos de cor azul.

MONTANDO O ÁBACO

27
Como se usa o ábaco dos inteiros?

A regra para utilizá-lo é a seguinte:

1. Uma argola na haste das unidades positivas representa uma unidade positiva.

2. Uma argola na haste das unidades negativas representa uma unidade


negativa.

3. Cada argola na haste das unidades positivas “anula” outra argola na haste das
unidades negativas. Assim, quantidades iguais de argolas nas duas hastes
indicam o número zero.

Por exemplo:

número 1 número 0 número -1 número -2

Analisando o ábaco, responda:

De quantas maneiras diferentes podemos representar o zero? Explique.

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Praticando

Vamos ver se você entendeu:

Represente no ábaco os números +4, -3, -8, +6 e compare o seu resultado com o de
seus colegas.

28
Realize os procedimentos a seguir e escreva os números representados no ábaco.

a) Coloque 2 argolas na haste positiva.

Número representado no ábaco: ________.

b) Acrescente 4 argolas na haste positiva.

Número representado no ábaco: ________.

c) Acrescente agora 4 argolas na haste negativa.

Número representado no ábaco: ________.

d) Acrescente 1 argola na haste positiva.

Número representado no ábaco: ________.

e) Acrescente 3 argolas na haste negativa.

Número representado no ábaco: ________.

Você acabou de realizar operações de soma com números inteiros. Analise a


operação realizada no item “b”:

Tínhamos no ábaco o número +2 representado e a este se acrescentou mais 4


unidades, resultando num total de 6 unidades positivas.

(+2) + (+4) = 6.

Também podemos escrever essa operação como: 2 + 4 = 6, ignorando o sinal dos


números. O sinal “+” indica o sinal da operação, enquanto os sinais “+” indicam os
sinais dos números, no caso, positivos.

Represente as operações realizadas nos demais itens:

c) ___________

d) ___________

e) ___________

29
Sabendo disso você pode realizar outras operações de adição com números inteiros
usando o ábaco dos inteiros.

Veja o exemplo:

A. Somando, (+3) + (+4):

 Primeiro representamos +3;

 Depois acrescentamos 4 unidades na haste das unidades positivas.

Resultado

7 argolas a mais na haste das unidades positivas - portanto, o resultado é +7 ou


simplesmente, 7.

B. Somando, (+3) + (-4):

 Primeiro representamos + 3;

 Depois acrescentamos 4 unidades na haste das unidades negativas.

Resultado

1 argola a mais na haste das unidades negativas, portanto, o resultado é - 1.

30
PRATICANDO

Resolva as seguintes operações usando o ábaco:

a) (+1) + (+8) = ______

b) (+6) + (+2) = ______

c) (+9) + (-7) = ______

d) (-3) + (+5) = ______

e) (-9) + (+1) = ______

f) (-8) + (+8) = ______

g) (-2) + (+3) = ______

31
O ÁBACO DOS INTEIROS
subtração de números inteiros

Nessa aula você vai aprender a realizar a subtração com números inteiros. Para
facilitar seu entendimento usaremos o “Ábaco dos Inteiros”.

Matematicamente dizemos que os números inteiros (Z) são formados por todos os
números inteiros positivos, o zero e também pelos números inteiros negativos.
Assim, temos Z = {..., -9, -8, -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, …}.

O desenvolvimento da subtração entre números naturais é bastante simples. Observe


os exemplos:

11 - 2 = 9
15 - 3 = 12
30 - 8 = 22

As operações com números pertencentes ao conjunto dos inteiros admitem, além das
operações acima, outras que envolvam números negativos. Observe os exemplos:
(+3) - (+4) = -1
(-2) - (+6) = - 8
(-8) - (+3) = -11

Para realizar essas operações algumas situações teóricas que relacionam os


possíveis sinais operatórios são requeridas. Com o objetivo de facilitar o entendimento
dessas operações vamos utilizar o Ábaco dos Inteiros.

Se você já utilizou o ábaco dos inteiros realize os procedimentos indicados a partir da


seção “Praticando”.

Haste Haste
inteiros positivos inteiros negativos

O que é o ábaco dos inteiros?

O ábaco dos inteiros é um recurso didático formado por


duas hastes contendo cada uma várias argolas (aqui
representadas pelos manípulos de cor azul e laranja).
Uma das barras roscadas representa os números inteiros
positivos e a outra os números inteiros negativos.

32
Usando as peças abaixo monte o seu ábaco.

 4 conexões em "U".
 4 parafusos número 2.
 8 porcas.
 1 placa retangular com 19 furos.
 2 barras roscadas 4.
 10 manípulos de cor laranja.
 10 manípulos de cor azul.

Montando o ábaco:

33
Como se usa o ábaco dos inteiros?

A regra para utilizá-lo é a seguinte:

1. Uma argola na haste das unidades positivas representa uma unidade positiva.

2. Uma argola na haste das unidades negativas representa uma unidade


negativa.

3. Cada argola na haste das unidades positivas “anula” outra argola na haste das
unidades negativas. Assim, quantidades iguais de argolas nas duas hastes
indicam o número zero.

Por exemplo:

número 1 número 0 número -1 número -2

Analisando o ábaco, responda:

De quantas maneiras diferentes podemos representar o zero? Explique.

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Praticando

Vamos ver se você entendeu:

 Represente no ábaco os números -3, +4, -9, +5 e compare o seu resultado com
o de seus colegas.

34
 Realize os procedimentos a seguir e escreva os números representados no
ábaco.

a) Coloque 3 argolas na haste positiva. +3

Número representado no ábaco: ________.

b) Coloque 4 argolas na haste negativa. + (-4)

Número representado no ábaco: ________.

c) Retire agora 2 argolas da haste negativa. – (-2)

Número representado no ábaco: ________.

d) Acrescente 1 argola na haste positiva. + (+1)

Número representado no ábaco: ________.

e) Retire 3 argolas da haste negativa. – (-3)

Número representado no ábaco: ________.

Você acabou de realizar operações de soma e subtração com números inteiros.


Analise a operação do item “b”:

Tínhamos no ábaco o número +3 representado e foram acrescentadas 4 unidades


negativas, resultando num total de 1 unidade negativa.

(+3) + (- 4) = -1.

No item “c” temos a seguinte operação:

Tínhamos no ábaco o número -1 representado e foram retiradas 2 unidades negativas,


resultando num total de 3 unidades negativas.

(-1) – (-2) = -3

Represente as operações realizadas nos demais itens:

d) ___________

e) ___________

35
Sabendo disso, você pode realizar outras operações de subtração com números
inteiros usando o ábaco dos inteiros.

Veja o exemplo:

A. Subtraindo (+2) - (+6):

 Primeiro representamos +2;

 Depois retiramos 6 unidades da haste das unidades positivas.

Resultado

4 argolas na haste das unidades negativas, portanto, o resultado é - 4.

B. Subtraindo (-2) - (-6):

 Primeiro representamos -2;

 Depois retiramos 6 unidades da haste das unidades negativas.

Resultado

4 argolas a mais na haste das unidades negativas, portanto, o resultado é +4.

36
PRATICANDO

Resolva as seguintes operações usando o ábaco:

a) (+1) - (+8) = ______

b) (+6) - (+2) = ______

c) (+5) - (-2) = ______

d) (-3) - (+5) = ______

e) (-8) - (+1) = ______

f) (-8) - (+8) = ______

g) (-2) - (+3) = ______

37
O ÁBACO DOS INTEIROS
multiplicação de números inteiros

Nesta aula você vai aprender a realizar a multiplicação com números inteiros. Para
facilitar seu entendimento usaremos um ábaco chamado “Ábaco dos Inteiros”.

Matematicamente dizemos que os números inteiros (Z) são formados por todos os
números inteiros positivos, o zero e também pelos números inteiros negativos.

Assim, temos Z = {..., -9, -8, -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, …}.

O desenvolvimento da multiplicação entre números naturais é bastante simples.


Observe os exemplos:

11 x 2 = 22
15 x 3 = 45
30 x 8 = 240

Os desenvolvimentos de operações com números pertencentes ao conjunto dos


inteiros admitem, além das operações acima, outras que envolvam números
negativos. Observe os exemplos:
(+3) x (- 4) = -12
(-2) x (- 6) = +12
(-8) x (+ 3) = -24

Para realizar essas operações algumas situações teóricas que relacionam os


possíveis sinais operatórios são requeridas. Com o objetivo de facilitar o entendimento
dessas operações vamos utilizar o Ábaco dos Inteiros.

Se você já utilizou o ábaco dos inteiros poderá ir direto para seção “Praticando”.

Haste Haste
inteiros positivos inteiros negativos

O que é o ábaco dos inteiros?

O ábaco dos inteiros é um recurso didático formado


por duas hastes contendo cada uma várias argolas
(aqui representados pelos manípulos de cor azul e
laranja). Uma das barras roscadas representa os
números inteiros positivos e a outra os números
inteiros negativos.

38
Usando as peças abaixo monte o seu ábaco.

 4 conexões em "U".
 4 parafusos número 2.
 8 porcas.
 1 placa retangular com 19 furos.
 2 barras roscadas 4.
 10 manípulos laranja.
 10 manípulos azuis.

Montando o ábaco:

39
Como se usa o ábaco dos inteiros?

A regra para utilizá-lo é a seguinte:

1. Uma argola na haste das unidades positivas representa uma unidade positiva.

2. Uma argola na haste das unidades negativas representa uma unidade


negativa.

3. Cada argola na haste das unidades positivas “anula” outra argola na haste das
unidades negativas. Assim, quantidades iguais de argolas nas duas hastes
indicam o número zero.

Por exemplo:

número 1 número 0 número -1 número -2

Analisando o ábaco, responda:

De quantas maneiras diferentes podemos representar o zero? Explique.

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Praticando

Represente no ábaco os números - 3, +4, - 9, +5 e compare o seu resultado


com o de seus colegas.

40
 Multiplicação de números inteiros usando o ábaco dos inteiros

Relembrando a multiplicação com números naturais:

3 x 4 = 12, na qual os termos 3 e 4 são chamados de fatores.

A multiplicação significa o mesmo que a soma com parcelas iguais, ou seja:

(+4) + (+4) + (+4) = 12.

Na multiplicação de números inteiros assim como no conjunto dos números


naturais, os termos são chamados de fatores.

A operação de multiplicação de números inteiros admite, portanto, fatores


negativos.

Assim podemos ter:

(-3) x (+4) = -12


(-2) x (+4) = - 8
(+3) x (-5) = - 15

Como realizar essas operações com o ábaco dos inteiros?

Para realizarmos a multiplicação de números inteiros utilizando o ábaco, vamos


considerar o que o primeiro fator indica:

 Se o primeiro fator for positivo – determina quantos grupos do


segundo fator devem ser adicionadas no ábaco.

Exemplo:

A. Multiplicando (+3) x (+2):

 Acrescentar três grupos de duas unidades na


haste das unidades positivas.

(+2) + (+2) + (+2) = +6.

41
B. Multiplicando (+3) x (-2):

 Acrescentar três grupos de duas unidades na


haste das unidades negativas.

(-2) + (-2) + (-2) = -6.

 Se o primeiro fator for negativo – determina quantos grupos do


segundo fator devem ser retirados do ábaco. Para isso devemos
considerar a retirada dos grupos a partir do zero.

Exemplo:

A. Multiplicando (-3) x (+2):

 Retirar três grupos de duas unidades da haste das unidades positivas a


partir do zero.

- (+2) - (+2) - (+2) = - 6.

B. Multiplicando (-3) x (-2):

 Retirar três grupos de duas unidades da haste das unidades negativas


a partir do zero.

- (-2) - (-2) - (-2) = 6.

42
PRATICANDO

Resolva as seguintes operações usando o ábaco:

a) (+1) x (+8) = ______

b) (-4) x (+2) = ______

c) (+3) x (-2) = ______

d) (-3) x (+3) = ______

43
A MATEMÁTICA DA ANTIGUIDADE
Dos egípcios a Pitágoras

Você já ouviu falar sobre o Teorema de Pitágoras? O estudo matemático deste teorema lança uma
importante base para o estudo da geometria e da trigonometria. Apesar de levar o nome de
Pitágoras, diversos trabalhos matemáticos com triângulos e retângulos já eram usados pelo povo
do Antigo Egito e da Babilônia nas suas construções.

Um dos grandes desafios dessa época era desenvolver um método para determinar com exatidão
o ângulo de 90 graus. Esse ângulo permitia aos construtores realizar com perfeição as bases de
suas construções e também as marcações de terrenos. Era necessário estabelecer a condição de
quadratura ou, para dizer de uma forma mais usual, que as marcações estivessem "no esquadro".

As palavras esquadro, esquadria, esquadrão, esquadrilha, além da própria palavra quadrado, têm a
ver com a ideia de ângulo reto e de perpendicularidade. Quer saber porquê?

Para uma janela estar no esquadro é necessário assumir que seus lados apresentem um ângulo
interno reto, ou seja, 90°. Se não for assim, os lados da janela não serão paralelos dois a dois e a
construção ficará prejudicada. Imaginem então construir uma pirâmide fora do esquadro!

Observe as figuras abaixo e perceba a importância que possui o ângulo de 90°.

Figura A Figura B

É evidente que uma casa construída sob uma base como a da figura A certamente apresentará
uma das paredes maior que as outras, fazendo com que pisos e armários fiquem desalinhados.

Mas como fazia o povo do Antigo Egito


para determinar o ângulo de 90°?

Esse é um problema cuja solução você irá


descobrir nesta aula.

O triângulo retângulo apresenta um ângulo


reto, ou seja, um ângulo com 90°, o que
garante que dois de seus lados sejam
perpendiculares entre si.

Utilizando barras do seu Kit Atto, construa um


triângulo retângulo usando apenas um
tamanho de barra para cada lado. Desenhe-o.

44
Qual a semelhança entre o seu triângulo e o de seus colegas?

_______________________________________________________________________________

Abra o triângulo por um dos seus vértices e estique as barras linearmente. Conte quantos furos
estão presentes e anote abaixo:

Número total de furos: _______.

Se você considerar que suas barras correspondem a uma corda e que cada furo corresponde a um
nó, podemos formar um triângulo retângulo desde que a corda seja dobrada pelos furos certos. Era
assim que os antigos egípcios conseguiam determinar o ângulo de 90º.

Quantos e quais seriam esses nós?

Num barbante, faça o mesmo número de nós que você obteve conservando igual distância de um
nó a outro. Dobrando a corda pelos nós certos, construa um triângulo retângulo.

Desenhe-o abaixo:

Responda:

Foi possível construir um triângulo retângulo? ___________.

Como você faria para construir um triângulo retângulo ainda maior que esse usando um número
maior de nós? Experimente isso unindo barras ou usando outro barbante para formar lados
maiores. Desenhe-o e explique como você conseguiu resolver este problema.

45
Desenho Explicação

No início desta aula mencionamos que o Teorema de Pitágoras possui relação com as construções
feitas pelos egípcios. Como dissemos, os egípcios necessitavam usar ângulos retos e descobriram
como resolver esse problema. Pitágoras, no entanto, estabeleceu a relação matemática entre os
lados de um triângulo retângulo.

A construção de um triângulo retângulo depende da relação do comprimento dos seus lados.


Então, como descobrir essa relação de tal forma que outros triângulos retângulos possam ser
construídos sem a necessidade de ficar fazendo testes ao acaso?

Observe que o primeiro triângulo construído por todos os alunos eram iguais. Diante disso
percebemos que esse triângulo obedece a uma relação de tamanho entre seus lados. Veja como
descobrir essa relação:

Considere o número de intervalos existentes nas barras ou na corda usada para fazer o triângulo.

46
O número de intervalos para cada lado é, respectivamente 3, 4 e 5. Conte o número de intervalos
dos outros triângulos construídos por você.

A esse conjunto de números chamamos de TERNO PITAGÓRICO.

A partir desse terno pitagórico (3, 4 e 5) podemos originar outros ternos pitagóricos multiplicando
por um número inteiro positivo.

O triângulo com lados 3, 4 e 5 é o exemplo mais simples do triângulo de Pitágoras, ou seja, um


triângulo retângulo de lados inteiros.

Outros ternos pitagóricos são (5, 12, 13), (7, 24, 25), (8, 15, 17), (9, 40, 41), (11, 60, 61), (12, 35,
37), (13, 84, 85), (16, 63, 65), (20, 21,29).

Mas, retomando à dúvida anterior, como é possível saber se um terno qualquer é um terno
pitagórico?

Para isso usamos o Teorema de Pitágoras, ou seja, o terno deve satisfazer a seguinte igualdade:
c2 = a2 + b2; sendo “c” a hipotenusa (lado maior), “a” e “b” os catetos (lados menores). Assim,
(3, 4 e 5) atendem essa igualdade pois 52 = 32 + 42.

PRATICANDO

1. Considerando um triângulo de lados “a”, “b” e “c”, determine


possíveis valores para a construção de outros triângulos
retângulos a partir do que você já sabe sobre Terno Pitagórico.

Lado a Lado b Lado c

3 4 5

47
2. Estabelecida essa relação, determine o valor dos outros lados de um triângulo retângulo
que apresente o lado a = 63.

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

3. Considerando que um triângulo retângulo isósceles, com lados “a” e “b” representados por
números naturais, também é um triângulo com um ângulo de 90°, explique porque os
egípcios preferiram usar triângulo retângulo escaleno de lados 3, 4 e 5 e seus múltiplos.

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

4. A corda dos 13 nós foi também usada na Idade Média para construir diferentes figuras
geométricas além do triângulo retângulo. Aproveite sua corda e forme outras figuras
geométricas diferentes do triângulo retângulo. Desenhe essas figuras.

Explicação: com 12 segmentos, muitas formas geométricas podem ser formadas, como
círculo, quadrado, retângulo e 3 tipos de triângulos: equilátero, isósceles e escaleno. Isso
porque 12 é um número que pode ser dividido uniformemente por 2, 3, 4 e 6.

48
AS EXPRESSÕES ALGÉBRICAS E OS VALORES NUMÉRICOS

O perímetro de um polígono, representado pela letra P, corresponde à soma de todos


os seus lados. Assim, um quadrado construído com as peças do seu kit e que mede
8 cm de lado, possui um perímetro igual 32 cm.

P = 8 + 8 + 8 + 8 = 32 cm 8 cm
ou,
P = 4 x 8 = 32 cm

8 cm 8 cm

8 cm

As medidas de seus lados também podem ser representadas por letras, por exemplo,
“a”. Assim, temos que:
a

a a

Sendo “a” o seu lado, podemos representar seu perímetro por P = a + a + a + a.

Substituindo “a” pelo valor 8, obtemos o perímetro da figura.

P=8+8+8+8

P = 32 cm

Desse exemplo concluímos que podemos usar letras para representar números dando
origem ao que chamamos de expressão algébrica.

Assim, “a + a + a + a ”, representa uma expressão algébrica que corresponde ao valor


do seu perímetro. Portanto, chamamos de Expressões Algébricas uma expressão
que envolve números, letras e operações indicadas entre eles.

49
Quando determinamos o valor de uma expressão algébrica, determinamos o seu
valor numérico, ou seja, o valor que a expressão assume quando as letras são
substituídas por números.

No exemplo anterior, “ܽ ൅ ܽ ൅ ܽ ൅ ܽ”, corresponde a uma expressão algébrica com
valor numérico igual a 32 para a = 8.

São exemplos de expressões algébricas e seus valores numéricos:

૛࢈ ൅ ૜ sendo b = 5, temos: 2 x 5 + 3 = 13. Valor numérico = 13.

ૢ࢟Ȃ ࢔ sendo y = 3 e n = 7, temos: 9 x 3 – 7 = 20. Valor numérico = 20.


ࢠ ૝
࢟ ൅ ૝ࢉȂ sendo y = 1, c = 3 e z = 4, temos: 1 + (4 x 3) – = 11. Valor numérico = 11.
૛ ૛

૜ࢇ ൅ ૛࢟ sendo a = 8 e y = 9, temos: (3 x 8) + (2 x 9) = 42 . Valor numérico = 42.

૞ ൅ ࢚ ൅ ሺ૞࢚ െ ૛ሻ sendo t = 1, temos: 5 + 1+ (5 x 1 – 2) = 9. Valor numérico = 9.

૚૙࢟ െ ૚૙࢞ sendo y = 1 e x = 1, temos (10 x 1) – (10 x 1) = 0. Valor numérico = 0.

Sabendo dessa relação, construa os polígonos abaixo com peças do seu kit cujas
expressões algébricas indicam seus lados em centímetros e calcule o seu perímetro:

m+9 sendo m = 2;
Perímetro = _______

7a
sendo a = 2
4a Perímetro = _________

௖ ௖
sendo c = 40
ଶ ଶ
Perímetro = _________


50
Compare suas construções com a de seus colegas e veja se existe alguma diferença.
Se existir, analise e descubra quem construiu corretamente o polígono.

Desenhe os polígonos construídos por você escrevendo os valores de seus lados.

PRATICANDO

1. Calcule o valor numérico de cada uma das expressões abaixo para os valores
indicados.


a) ‫ݔ‬, para‫ ݔ‬ൌ ͺ.

b) ʹ‫ ݔ‬൅ ͵‫ ݕ‬, para ‫ ݔ‬ൌ ͷ e ‫ ݕ‬ൌ Ͷ .

c) ܽ ൅ ܽ² ൅ ܽ³, para ܽ ൌ ʹ.

2. Muitas vezes utilizamos expressões algébricas no dia a dia sem nos darmos
conta disso. Verifique isso resolvendo o seguinte problema:

Você vai a uma papelaria para comprar um caderno e duas canetas. O caderno
custa R$ 12,00 e cada caneta custa R$ 2,00.

Represente essa situação por uma expressão algébrica considerando que terá
que descobrir o preço final da compra.

Para resolver esse problema, pense como você realizaria mentalmente esse
cálculo.

51
RAIZ QUADRADA

Certas coisas em matemática podem nos parecer muito complicadas, mas é só


aparência. A raiz quadrada é um exemplo disso, parece algo muito complicado, mas
não é.

Em nossa língua, a palavra “raiz” significa parte de uma planta. Não seria estranho,
portanto, alguém pensar em raiz quadrada como sendo uma raiz com formato
quadrado?

Claro, mas não se trata disso!

O significado da palavra “raiz” pode ser interpretado de outra forma, não com relação à
raiz em si, mas com relação à sua função.

Uma árvore não pode existir sem as suas raízes, estas, entre outras funções, lhe dão
sustentação. Por isso, falando de forma figurada, raiz significa “base” ou “fonte”. Tem o
mesmo significado quando falamos “A raiz do problema” e nos referimos ao que lhe dá
origem, forma.

Na matemática, raiz também possui significado figurado, quando dizemos “raiz de 9”,
estamos nos referindo ao número 3, número sobre o qual o 9 é formado, ou seja, o
número usado para construir outro número através da multiplicação repetida:

͵‫ ͵ݔ‬ൌ ͻ; ou ͵ଶ  ൌ ͻ.

Em documentos originais escritos em latim do século XIII encontramos uma frase que
está relacionada ao termo “raiz quadrada” – “radix quadratum 9 aequalis 3”. Radix
em latim pode ter mais de um significado: raiz, base ou fundamento. Então essa frase
poderia ter sido melhor traduzida desse modo: “A base do quadrado 9 é 3”, o que faz
todo o sentido:

A palavra “quadrada”, de “raiz quadrada”, resulta disso, pois a área de um quadrado é


dada pela multiplicação de seus lados (que são iguais), ou seja, ͵‫ ͵ݔ‬ൌ ͻ.

52
Para representar a raiz quadrada usamos o símbolo . Então, raiz quadrada de
nove fica assim representada . Mas de onde vem essa representação?

No início, para se referir ao quadrado de área 9, escrevia-se:

Radix 9 = 3, com o passar do tempo foi mudando:

Ra 9 = 3, r 9 = 3, e finalmente, .

Com isso você percebe que palavras aparentemente complicadas não significam
assuntos complicados. Podemos agora definir o que significa raiz quadrada.

Ao calcularmos a raiz quadrada de um número obteremos um número que,


multiplicado por ele mesmo, ou seja, elevado ao quadrado, resultará no primeiro
número.

Vamos então realizar algumas atividades que envolvem raiz quadrada.

Com peças do seu kit construa quadrados correspondentes ao valor da raiz quadrada
dada. Veja o exemplo:

Construir um quadrado cujos lados tenham comprimento igual à raiz quadrada de 64.

Como você já sabe, a raiz quadrada de 64 é 8 pois, 82 = 64. Com peças de 8 cm de


comprimento você constrói o quadrado.

53
AGORA É COM VOCÊ.

Descubra as barras que formam quadrados cujos lados tenham comprimento


correspondente aos resultados das seguintes raízes:

ξͳͻ͸  ൌ

ξͳʹͳ  ൌ

ξʹͺͻ  ൌ

ξͶͲͲ  ൌ

ξ͸͹͸  ൌ

Compare sua construção com as construções feitas por seus colegas e veja se são
iguais. Se existir alguma diferença analise o problema e, se necessário, corrija sua
construção.

Usando seu conhecimento, determine o valor de x:

a) x² = 9

b) x² = 25

c) x² = 49

d) x² = 81

54
RACHANDO A CUCA
O JOGO RESTA UM

Vários jogos, além de divertidos, favorecem o desenvolvimento do raciocínio lógico.

Quebrando a cabeça para descobrir a solução, o aluno desenvolve seu senso de


observação, seu poder de avaliação e sua estratégia para resolver problemas.

O jogo Resta Um é exemplo disso. Ele é formado


por um tabuleiro com cavidades em forma de cruz
preenchidas por peças. Uma dessas peças é
retirada (normalmente a do meio), ficando uma
cavidade vazia no tabuleiro. Saltando-se uma peça
sobre outra em direção à casa vazia vamos
eliminando as peças sobre as quais foi realizado o
salto. O desafio é deixar apenas uma peça no
tabuleiro, caso contrário você perde o jogo.

Nesta aula você vai jogar o Resta Um usando uma placa de 13 furos.

Várias soluções também são possíveis para esse tabuleiro. Vamos ver quanto tempo
cada equipe leva para terminar o jogo.

À medida que não consiga concluir o jogo, cada participante deve passar a vez a outro
membro da equipe. Quando a equipe encontrar a solução deve demonstrá-la para a
turma, caso contrário, não ficará comprovada a solução do problema.

Vamos lá!

Preencha uma placa de 13 furos com rebites conforme demonstrado na imagem.

Inicie o jogo fazendo pular uma peça sobre outra em direção à cavidade vazia.
Continue realizando esse procedimento até que sobre no tabuleiro apenas uma peça.

Bom jogo!

55
CONJUNTOS

Nesta aula você vai construir e utilizar um pião para participar de uma competição. No
entanto, depois de testá-lo você poderá realizar modificações a fim de torná-lo mais
eficiente.

Teremos no mínimo quatro pares de equipes competindo. Caso queiram, mais pares
podem ser formados.

Vamos iniciar separando as peças necessárias para a montagem.

 1 Roda Média.
 1 Pneu Médio.
 1 Barra Roscada 2.
 1 Porca Azul.
 1 Porca Verde.

Teste seu pião conforme indicado na imagem:

Realize as modificações com o objetivo de

melhorar o desempenho do pião.

Mas atenção!

Você não poderá incluir uma mesma peça duas vezes. Vamos testar sua capacidade
de tornar o pião melhor, com o mínimo possível de peças.

Repita a montagem quantas vezes forem necessárias até conseguir um pião com
melhor desempenho.

56
Iniciando o campeonato

Primeira eliminatória

1. Por sorteio determinam-se as duplas que irão competir.

2. Preencha a tabela do campeonato com as respectivas duplas formadas.

Partidas da
Duplas Campeã
1ª etapa

1 x

2 x

3 x
x
4

3. Posicionando os piões um próximo do outro no chão, é dada a partida.


4. O pião que cair primeiro perderá.
5. Segue a competição com as outras equipes.
6. Selecionadas as equipes vencedoras, realize um novo sorteio para montar os
pares da segunda eliminatória.

Segunda eliminatória

Partidas da
Duplas Campeã
2ª etapa

1 x

2 x

A grande final do campeonato com as equipes vencedoras da etapa anterior.

Partida
Duplas Finalistas Campeã
Decisiva

Final x

A equipe vencedora é________________________.

57
Vamos comparar o seu pião com o pião vencedor analisando quais peças são comuns
aos dois e quais peças são diferentes.

Vamos chamar sua montagem de “A” e do vencedor de montagem “B”.

A equipe vencedora poderá realizar o trabalho em conjunto com uma das equipes
participantes.

Construa uma montagem igual ao pião vencedor.

Na frente de cada montagem coloque as peças usadas para construir cada pião.

Construa agora dois grandes círculos e sobreponha um sobre o outro como


apresentado na imagem.

1 3
2

Coloque cada peça dentro dos círculos observando as seguintes orientações:

Posição 1: peças que pertencem somente à montagem A.

Posição 2: peças que pertencem somente à montagem B.

Posição 3: peças pertencentes tanto à montagem A quanto à montagem B.

58
Responda

a) Quais são as peças que não pertencem à montagem A?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

b) Quais são as peças que não pertencem à montagem B?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

c) Quais são as peças que pertencem à montagem A e que também pertencem à


montagem B?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

 Vamos fazer a mesma coisa trocando algumas palavras das frases por
símbolos. Você terá que descobrir quais são as peças indicadas.

Símbolos para representar algumas palavras da questão anterior.

o Para “montagem A” vamos chamar de “conjunto A”.


o Para “montagem B” vamos chamar de “conjunto B”.
o Quando usar o símbolo “” significa que “pertence”.
o Quando usar o símbolo “” significa que “não pertence”.
o Para peça(s) vamos usar a palavra “elemento(s)”.

d) Quais elementos  ao conjunto A?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

e) Quais elementos  ao conjunto B?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

59
f) Quais elementos ao conjunto A?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

g) Quais elementos ao conjunto B?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

h) Escreva os elementos do conjunto A – B (lê-se A menos B)?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

60
PRODUTOS NOTÁVEIS

Facilmente podemos entender o significado da palavra “produtos notáveis”. Quando


falamos em produto, estamos nos referindo à operação de multiplicação. Já “notáveis”
não foge à interpretação comum, algo que se nota, que ocorre com frequência.

O uso de produtos notáveis facilita várias operações matemáticas, simplificando


cálculos e favorecendo a resolução de problemas.

Seu surgimento está relacionado às expressões algébricas que aparecem


frequentemente.

Observe os seguintes exemplos:

Perímetros de figuras planas:

y 2x + 2y a 2a + b + c

x b

Área de figuras:

b
x a x² + ab
a
a

Considerando o exemplo anterior referente ao cálculo de áreas, verificamos a


ocorrência de uma expressão muito comum relacionada à figura abaixo:

a+b a área dessa figura é dada por (a+b)² = (a+b) x (a+b)

a+b

Para entender a resolução dessa operação e, consequentemente, entender um caso


de produto notável, construa algumas figuras conforme indicado na imagem:

Considere que a barra vermelha seja "a" e a barra amarela seja "b".

61
Sendo assim, temos que “a” + “b” representa o lado desse quadrado. Junte as figuras
de forma a obter o quadrado de lado (a+b). Desenhe-o abaixo:

Comprovada a possibilidade de construção desse quadrado, deduzimos que a soma


das respectivas áreas dessas figuras correspondem à área do quadrado de lado “a+b”.

Organize as figuras lado a lado e represente, por meio de um desenho e também


algebricamente, a soma dessas áreas.

Figura Figura Figura Figura

_____________ + _____________ + _______________ + _______________

Representação algébrica

Portanto, (a+b)² = ___________________________________.

Esse produto notável é conhecido como “o quadrado da soma de dois termos”.

Também outros casos de produtos notáveis podem ser estudados, como:

(a-b)² O quadrado da diferença de dois termos.

(a+b) x (a–b) O produto da soma pela diferença de dois termos.

62
OS MECANISMOS E A MATEMÁTICA

O desenvolvimento tecnológico deve-se em grande parte à descoberta e à utilização


dos mecanismos. Observando qualquer máquina podemos encontrar com facilidade
algum tipo de mecanismo envolvido no seu funcionamento.

Os mecanismos apareceram inicialmente como resultado de combinações aleatórias e


experimentais que, com o passar do tempo, resultaram em máquinas mais complexas.
Os estudos que se seguiram, baseados no conhecimento matemático, ajudaram em
muito o desenvolvimento de novas peças e, consequentemente, de novos
mecanismos.

Historicamente temos inúmeros exemplos de algumas dessas descobertas e parte


delas pode ser analisada a partir de sua simples reconstrução.

Na aula de hoje você vai se divertir construindo alguns desses mecanismos,


descobrindo como funcionam e entendendo a matemática envolvida no processo.

O Pantógrafo, tema de uma das aulas desse livro, é um exemplo histórico da


aplicação da matemática na construção de máquinas.

Algumas máquinas utilizam mecanismos que funcionam a partir de polias unidas por
correias, outras, por meio de barras que formam um quadrilátero articulado ou
mecanismo de quatro barras.

Na aula de hoje você vai construir dois mecanismos e identificar os aspectos


matemáticos envolvidos no seu funcionamento.

Primeira montagem - ventilador

63
Desafio

 Realizando uma pequena modificação na montagem e mantendo a mesma


velocidade de giro da manivela, faça com que o ventilador gire suas hélices
mais rapidamente.

Explique a solução encontrada:

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

 Descreva o princípio matemático que justifica o ventilador rodar mais


rapidamente.

Como sugestão, pesquise em livros e na internet para entender as relações


matemáticas envolvidas nesse mecanismo.
______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

 Construa outro mecanismo aplicando o que você aprendeu sobre a relação


entre polias.

64
Segunda montagem - balança romana

Um mecanismo utilizado há séculos é a balança, todos nós já usamos uma. Na aula


de hoje você vai construir um tipo de balança que talvez nunca tenha visto - a balança
romana. Faça a montagem indicada abaixo e realize uma pesquisa para descobrir o
princípio matemático envolvido no seu funcionamento.

65
Veja outros exemplos de mecanismos utilizados na construção de máquinas que você
pode construir com seu kit.

 Garra.

 Mecanismo came / seguidor.


(Centopéia - montagem n° 79 do PDF 3D interativo).

 Mecanismo de transformação de movimento.


(Serra - montagem n° 108 do PDF 3D interativo).

E não se esqueça!

Você pode inventar outros mecanismos diferentes desses, basta usar


sua imaginação.

66
RAZÃO

Uma importante aplicação da razão na matemática é fazer a comparação entre


quantidades ou medidas. Ao dividir uma pela outra, estamos comparando a primeira
com a segunda. O quociente assim obtido é chamado de razão. A palavra razão veio
do latim ratio, e significa "divisão".

Por exemplo:

A. Numa sala de aula temos 15 meninos e 21 meninas. A razão entre o número


de meninos e meninas é:

ଵହ ହ
ou seja, .
ଶଵ ଻
Assim, a razão entre o número de meninos e o número de meninas desta sala
de aula é de 5 para 7.

B. Um carro percorre a distância de 900 km em 10 horas. A razão entre a


distância percorrida e o tempo gasto para percorrê-la é definida pela
velocidade média. Assim, a velocidade média do carro foi de:

ଽ଴଴
ൌ ͻͲ݇݉Ȁ݄.
ଵ଴

Isso significa que a cada hora o carro percorreu aproximadamente 90 km.

Portanto, a razão entre dois números a e b, com b diferente de zero, é o



quociente entre estes dois números, ou seja, ൌ ࡷ.

Utilizando peças do seu Kit Atto realize a atividade a seguir.

Separe as seguintes peças:

Quatro placas de 5 furos Uma placa de 25 furos

67
Utilizando uma régua, meça a aresta de cada uma das placas e determine as
respectivas áreas:

Área da placa pequena: _______________.

Área da placa grande: _______________.

Determine quantas vezes a área da placa grande é maior do que a área da placa
pequena.

Demonstre que seu cálculo está correto posicionando placas pequenas sobre a placa
grande. Justifique o resultado obtido.

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

PRATICANDO

Utilizando outras placas do seu kit, descubra quantas vezes uma é maior do que a
outra. Demonstre que seu resultado está correto posicionando pacas menores sobre a
placa maior.

Compare as seguintes placas:

a)

b)

Utilizando outros exemplos, determine a razão entre diferentes grandezas.

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

68
133
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