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EXEMPLO

DEFINIÇÃO

ESPÉCIES

REQUISITOS
TEORIA SOBRE O CONCURSO DE
PESSOAS

TEORIAS QUANTO AO CONCEITO DE


AUTOR

OBERVAÇÕES IMPORTANTES
CONCURSO DE PESSOAS ou AGENTES

Ex.: Duas pessoas que invadem uma casa para furtar objetos durante a madrugada; enquanto um dos agentes fica na porta dando cobertura,
o outro adentra e furta os bens da residência.
Concorrência de duas ou mais pessoas para o cometimento de um ilícito penal.Tal cooperação da prática da conduta delitiva pode se dar por
meio da coautoria, participação, concurso de delinquentes ou de agentes, entre outras formas.

Autor é quem pratica o crime, por exemplo, no caso do homicídio, quem apertou o gatilho.
Co-autoria, ocorre quando mais de uma pessoa comete o mesmo crime , no entanto, podem ter penas distintas, de acordo com o grau de
participação e gravidade de seus atos para o crime.
Partícipe é quem ajuda, de alguma forma, na consumação do crime. Por isso, é necessário que a participação seja anterior à consumação do
crime. Caso seja posterior, este será coautor de crimes como receptação, favorecimento real ou pessoal.
a) Concurso necessário: refere-se aos crimes plurissubjetivos, ou seja, exigem pluralidade de agentes na prática delitiva. Ex: Tráfico de drogas
b) Concurso eventual: refere-se aos crimes monossubjetivos, ou seja, podem ser praticados por uma ou mais pessoas.
c) Autoria: O Código Penal de 1940 adotou a teoria subjetiva, ou seja, equiparou os sujeitos ativos do crime, não fazendo diferença entre
coautor e partícipe, podendo o juiz aplicar uma reprimenda padronizada para todos.
Entretanto, a Reforma Penal de 1984 adotou a teoria objetiva
1) PLURARIDADE DE AGENTES E CONDUTAS: a existência de diversos agentes, que empreendem condutas relevantes (não necessariamente
iguais),
2) RELEVANCIA CASUAL DA CONDUTA: É necessário que cada uma das condutas empreendidas tenha relevância causal. Se algum dos agentes
praticar um ato sem eficácia causal, não haverá concurso de pessoas (ao menos no que concerne a ele).
3) LIAME SUBJETIVO : É necessário que todos os agentes atuem conscientes de que estão reunidos para a prática da mesma infração.
4) IDENTIDADE INFRAÇÃO PENAL: odos os concorrentes devem contribuir para o mesmo evento.
EM REGRA
TEORIA MONISTA/UNITÁRIA: Todos que colaboraram para um resultado deverão responder pelo mesmo crime, na medida de sua
culpabilidade.
Está prevista no art. 29, § 1º do CP. Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. É uma
causa de diminuição de pena (terceira fase da dosimetria da pena).

TEORIA PLURALISTA: há sempre dois crimes, mesmo que ambos sejam autores. Ex.: aborto praticado por terceiro com o consentimento da
gestante . Ex.: crime de corrupção ativa e passiva,
TEORIA UNITÁRIA: Para esta teoria, todos aqueles que tomarem parte em uma determinada infração penal serão tratados como autores.
Não existe a participação.

TEORIA EXTENSIVA: Para ela, também não há distinção entre auto e partícipe. A diferença da unitária, é que a teoria extensiva admite a
aplicação de penas menores a quem teve “menor
importância”.

TEORIA RESTRITIVA (adotada pelo Código Penal): Faz a diferenciação entre autor e partícipe adota a teoria restritiva. Para ela, autor é quem
realiza a conduta típica. O partícipe, por outro lado, é aquele que auxilia, instiga, ou contribui para o crime de alguma maneira, mas não o
executa. O problema desta teoria é que o autor intelectual (mandante) seria partícipe e não coautor.
Ex.: o autor dos disparos é responsável pelo homicídio. O agente que emprestou a arma e tinha conhecimento do fato é partícipe.

TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO: Para a teoria do domínio do fato, aquele que, embora não execute o verbo do tipo, tenha o controle pleno do
fato criminoso, isto é, o domínio do fato, deverá responder como se autor fosse.
Por essa corrente, criada por Hans Welzel, o mandante e o mentor intelectual, por controlarem os comparsas, são também autores do crime,
ainda que não realizem pessoalmente atos executório.

Embora no Brasil tenha-se adotado a teoria restritiva, parte da doutrina (e também da jurisprudência) entende que a teoria do domínio do
fato é aplicável com relação ao autor mediato, quando este tem o controle pleno do fato criminoso. É uma teoria que visa dificulta o
enquadramento penal de uma pessoa em uma dada circunstância concreta.
Circunstâncias objetivas – comunicam-se aos demais agentes.
Circunstâncias subjetivas – NÃO SE comunicam aos demais agentes.
Elementares objetivas – comunicam-se aos demais agentes.
Elementares subjetivas – comunicam-se aos demais agentes.
AUTORIA MEDIATA: o agente se serve de outra pessoa, sem discernimento mental, ou que não está em condições de entender a realidade.
Não há concurso de pessoas entre eles, porque o agente executor é, na verdade, um instrumento do verdadeiro autor do crime. CASOS EM
QUE OCORRE AUTORIA MEDIATA

ERRO DE TIPO ESCUSÁVEL: Taxista que leva uma encomenda do interior para a capital, a pedido de um terceiro, achando tratar de polpas de
frutas. Na verdade, eram drogas dentro dos saquinhos. Neste caso, ele não tinha noção da realidade. O autor é o terceiro que fez o pedido ao
taxista.
FALTA DE CAPACIDADEPessoa que induz criança a apertar um botão, que desliga o oxigênio de alguém que estava no hospital.
COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL:Há uma ameaça em que certamente o autor não poderia resistir, cujo crime é cometido em submissão ao autor
do crime.
OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA: Apesar da ordem ser ilegal, o executo acha não ser, considerando que o autor da ordem faz parecer tratar de
ordem manifestamente legal.
COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL: cuidado, pois quando o autor se utiliza de pessoas sonâmbulas, ou que estão em estado de transe
(hipnotizadas), não há autoria mediata. Isso porque não há conduta, portanto não há concurso de pessoas, já que a pluralidade de conduta é
requisito para o concurso de pessoas.

AUTORIA COLATERAL: Ocorre quando duas ou mais pessoas querem praticar o mesmo fato, e agem ao mesmo tempo, sem que uma saiba da
intenção da outra. É uma espécie de “coincidência

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