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Lei nº 13.

105 de 16 de Março de 2015

Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento
técnico ou científico.
§ 1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos
técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está
vinculado.
§ 2º Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de
divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta
direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem
dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados.
§ 3º Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do cadastro,
considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a experiência dos peritos
interessados.
§ 4º Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos dos arts.
148 e 467, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia informará ao juiz os
nomes e os dados de qualificação dos profissionais que participarão da atividade.
§ 5º Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a
nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou
científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da perícia.

Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz,
empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
§ 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da
suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.
§ 2º Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos
documentos exigidos para habilitação à consulta de interessados, para que a nomeação seja distribuída
de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e a área de conhecimento.

Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos
prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5
(cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o
fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.

Nomeação do Perito:
art. 156 “o juiz será assistido por um perito quando a prova do fato depender de conhecimento
técnico ou científico.” Diferente do antigo CPC de 1973, quando o juiz tinha liberdade de nomear o
perito;
Cadastramento dos peritos:
§ 1, § 2 cadastro e §3 avaliações periódicas
Experiência exigida:
A grande mudança que veio com novo CPC é que os peritos não são obrigados a terem
formação superior, privilegiando seu conhecimento técnico científico. Diferente do antigo CPC 145.
Se não houver perito disposto nas localidades:
§ 5 157 CPC - juíz quem escolhe
Prazos dos peritos:
art 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando
toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
§ 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da
suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.
§ 2º Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos
documentos exigidos para habilitação à consulta de interessados, para que a nomeação seja distribuída
de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e a área de conhecimento.

Honorários
Prova pericial

A perícia é um dos meios probatórios ao lado do documento, do testemunho, da confissão


entre vários outros métodos típicos e atípicos de prova.

7. DO PERITO

A perícia técnica é uma ferramenta cujo a função é auxiliar o juiz, trazendo então, o
conhecimento especializado necessário, de modo que o magistrado, com essas informações, tenha
melhores condições para adotar a decisão mais justa o possível. Seu convencimento, portanto, pode
ser pautado em esclarecimentos técnicos em questões controversas na qual o próprio juiz não domine.
Basicamente, é possível dizer que:
O perito é um auxiliar eventual da justiça, que contribui para o julgamento da causa,
transmitindo ao juiz suas impressões técnicas e científicas sobre os fatos postos à sua apreciação, que
deverão ser registradas, de regra, no chamado laudo pericial.
O laudo pericial é o instrumento escrito apresentado pelo perito, no qual ele registra suas
respostas aos quesitos, seus raciocínios e suas conclusões — que devem ser expostos de maneira
objetiva, abordando os pontos controvertidos [...] (DIDIER, 2012, p. 237)

Ao perito então, cabe a responsabilidade pela prova pericial. A prova pericial, como é descrito
no caput do Art. 464, se divide em três tipos de perícia: exame, vistoria e avaliação.

Portanto, a função do perito, como já fora exposto anteriormente, é muito importante para a
construção de decisões mais justas. O papel da perícia não se trata apenas de obter o conhecimento de
um “expert” dentro do processo, mas também é função dele, através do laudo, traduzir ao magistrado
todo seu saber, de maneira imparcial e honesta, sob a pena de inabilidade para demais perícias no
prazo de 2 a 5 anos caso preste informações inverídicas agindo por dolo ou culpa, como é previsto no
art. 158 do Código Civil de 2015.
O novo Código de Processo Civil, de 2015, tratará da figura do perito desde seu artigo 156 a
158, tratando, portanto, de sua nomeação, o cadastramento, experiência necessária para exercer sua
função e seus prazos.
O art. 156, § 1º, estabelece que “Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente
habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo
tribunal ao qual o juiz está vinculado.”
O Código de Processo Civil anterior, de 1973, por outro lado, além de ceder liberdade ao juiz
quanto à nomeação do perito, também deixa exposto, no § 1º do art. 145, que seria exigido do perito
nível universitário, além da inscrição em órgão competente.
No Novo Código de Processo Civil, contudo, não se faz mais obrigatório a formação superior
do perito. O conhecimento técnico científico já se faz o bastante para o reconhecimento da perícia.
Ademais, como é possível perceber pelo § 1º do art. 156 do novo CPC, a perícia também não se limita
à pessoa física, podendo, portanto, serem utilizados órgãos técnicos ou científicos para auxiliar ao
magistrado.
Além do que está presente no texto do § 1º, o § 2º do art. 156 vem para completar as
informações acerca do cadastramento do perito:

§ 2º Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de
divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta
direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem
dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados.

Aqui se faz exposto que todos os peritos, órgãos técnicos ou científicos, precisam se inscrever,
por meio de consulta pública, no cadastro de regulamentações.
No que segue ao próximo parágrafo do art. 156, o § 3º, estabelece-se que os tribunais realizarão
avaliações periódicas a fim de realizar a manutenção do cadastro.
Todos os peritos devem, conforme texto do art. 157, cumprir os prazos que foram estabelecidos
pelo magistrado. Pode-se escusar-se do encargo, fazendo-se de motivo legítimo, em um prazo de 15
dias.
O perito judicial que é nomeado pelo juiz, tem o prazo de 15 dias úteis para apresentar a
proposta dos honorários, como consta no § 2 do art. 465. Estabelecido o valor de acordo com o § 4º
deste mesmo artigo, os honorários poderão ser pagos no início do processo, ou metade do começo, ou
na metade final. É possível que, no momento de manifestação do perito acerca dos honorários, as
partes também possam estabelecer seus honorários, a fim de evitar que o custo da perícia seja superior
ao valor da causa.
Por fim, em seu § 5º, o art. 156 estabelece que, em caso de não haver perito inscrito disponível
nas localidades, caberá ao magistrado escolher um profissional de conhecimento necessário que esteja
apto para realizar a perícia.

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