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Carga Instalada: Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade
consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW).
Demanda: Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela
parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo
especificado.
Demanda Medida: Maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada no
intervalo de 15 minutos durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).
Ponto de Entrega: Primeiro ponto de fixação dos condutores do ramal de ligação na propriedade
do consumidor. É o ponto até o qual a concessionária se obriga a fornecer energia elétrica, com a
participação nos investimentos necessários, responsabilizando-se pela execução dos serviços, pela
operação e pela manutenção.
Ramal de Ligação: Conjunto de condutores e acessórios instalados pela concessionária entre o
ponto de derivação da rede secundária e o ponto de entrega.
Ramal de Entrada: Conjunto de condutores, acessórios e equipamentos instalados pelo
consumidor, a partir do ponto de entrega até a medição.
Ramal Alimentador: Conjunto de condutores e acessórios instalados pelo consumidor, após a
medição para alimentação das instalações internas da unidade consumidora.
Subestação: Parte das instalações elétricas da unidade consumidora atendida em tensão primária
de distribuição que agrupa os equipamentos, condutores e acessórios destinados à proteção,
medição, manobra e transformação de grandezas elétricas.
Na área de concessão da COSERN, a energia elétrica disponível, para todo o Rio Grande do
Norte, tem as seguintes características: em BT = 380/220 V, 60 Hz, com sistema a 4 fios (3F + N).
em AT (MT) = 13,8 kV, 60 Hz, com sistema a 3 fios (3F).
OBSERVAÇÕES:
• Em instalações monofásicas não é permitida a utilização dos seguintes equipamentos:
1) máquina de solda com potência > 3 kVA
2) motores 1φ com potência > 3 cv
• Alimentação de motores 3φ com potência > 7,5 cv, necessariamente tem que ser realizada através
de chave de partida com redução da corrente (estrela-triângulo ou compensadora).
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Conexões do Transformador
Ramal de Ligação
(da Concessionária) Transformador
de Distribuição
Ramal Alimentador
(Quadro Terminal de Cargas)
A instalação elétrica é uma das etapas extremamente importantes de uma construção (casas,
apartamentos, comércio, indústria etc.), portanto as instalações elétricas devem ser preocupação de todos
os profissionais envolvidos (engenheiros, técnicos e eletricistas) e usuários (proprietários e todos que
fazem uso da eletricidade). Porém, compete aos engenheiros e técnicos elaborarem os projetos de acordo
com as Normas vigentes (NBR 5410, NBR 5444, Normas e Padrões da Concessionária Local etc.).
A preocupação com a elaboração do projeto, com a execução correta das instalações e com a
utilização de componentes de boa qualidade, contribui diretamente para a conservação de energia.
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As normas técnicas brasileiras são elaboradas pela ABNT e registradas pelo Inmetro.
A NBR 5410 é uma norma de uso obrigatório no projeto, na execução e na manutenção de instalações
elétricas de baixa tensão em:
• estabelecimentos residenciais; • estabelecimentos agropecuários e hortigranjeiros;
• estabelecimentos comerciais; • edificações pré-fabricadas;
• estabelecimentos de uso público; • trailers, campings, marinas e instalações análogas;
• estabelecimentos industriais; • canteiros de obras, feiras, exposições e instalações temporárias.
Situação 1 Situação 2
Energia Elétrica na PROJETO Energia Elétrica no
Rede de Distribuição Ponto de Utilização
Projetar uma instalação elétrica para qualquer tipo de prédio ou local consiste essencialmente em
selecionar, dimensionar e localizar, de maneira racional, os equipamentos e outros componentes
necessários a fim de proporcionar, de modo seguro e efetivo, a transferência de energia elétrica desde
uma fonte até os pontos de utilização.
As etapas que devem ser seguidas num projeto de instalações elétricas prediais, válidas, em
princípio, para qualquer tipo de prédio (residencial, comercial, industrial etc.), são as seguintes:
a) Análise inicial;
b) Fornecimento de energia normal;
c) Quantificação da instalação;
d) Esquema básico da instalação;
e) Seleção e dimensionamento dos componentes;
f) Especificação e contagem dos componentes.
a) Análise inicial:
Etapa preliminar do projeto de instalações elétricas de qualquer prédio, constituindo em colher
os dados básicos para a execução do trabalho.
1. Estudo, com cliente e/ou arquiteto, de todos os desenhos constantes do projeto de arquitetura
– plantas, cortes, detalhes importantes etc.
2. Análise dos outros sistemas a serem implantados no local (hidráulico, tubulações, ar
condicionado etc.) e das características elétricas dos equipamentos de utilização previstos.
3. Tipos de linhas elétricas a utilizar.
4. Setores ou equipamentos que necessitam de energia de substituição.
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5. Resistividade.
6. Iluminação de emergência.
7. Localização da entrada de energia.
b) Fornecimento de energia normal:
Etapa que consiste na determinação das condições em que o prédio será alimentado com
energia elétrica.
1. Tensões de fornecimento.
2. Esquema de aterramento.
3. Padrão de entrada e medição a ser utilizada.
4. Nível de curto-circuito no ponto de entrega de energia.
c) Quantificação da instalação:
Etapa em que se determina a potência instalada e a demanda (Tabela).
1. Marcação dos pontos de luz (em planta).
2. Marcação dos pontos de tomadas de corrente e outros pontos de utilização (em planta).
3. Divisão da instalação em circuitos (Tabela).
4. Cálculo da potência instalada e da demanda (potência de alimentação).
d) Esquema básico da instalação:
Etapa que resultará em um esquema unifilar, onde estarão indicados os componentes principais
da instalação e suas interligações elétricas.
e) Seleção e dimensionamento dos componentes:
Etapa que seleciona e dimensiona todos os componentes que fazem parte do projeto elétrico,
desde a proteção até os condutores.
f) Especificação e contagem dos componentes:
Etapa responsável pela especificação técnica dos componentes e contagem dos mesmos.
2. Ponto de comando. É o dispositivo por meio do qual se governa um ponto ativo. (ex.
interruptor, disjuntor, botões etc.).
⇒ Condutores de circuitos terminais. Saem dos quadros terminais e alimentam os pontos de luz,
as tomadas e os aparelhos fixos.
A) FIOS DIRETOS. São os dois condutores (fase e neutro) que, desde a chave de circuito no
quadro terminal de distribuição, não são interrompidos, embora forneçam derivações ao
longo de sua extensão.
O fio neutro vai, sem exceção, diretamente a todos os pontos ativos.
O fio fase vai diretamente apenas às tomadas e pontos de luz que não dependem de
comando, aos interruptores simples e a somente um dos interruptores paralelos.
B) FIO DE RETORNO. É o condutor-fase que, depois de passar por um interruptor ou jogo de
interruptores, “retorna”, ou melhor, “vai” ao ponto de luz.
C) FIOS ALTERNATIVOS. São os condutores que só existem nos comandos compostos, e
que permitem, alternativamente, a passagem da corrente ou ligam um interruptor paralelo
(three-way) com outro intermediário (four-way).
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A NBR 5410 recomenda a adoção das seguintes cores no encapamento isolante dos condutores:
No aterramento:
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6 – SIMBOLOGIA PADRONIZADA
(NBR 5444 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais)
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A. Dutos e Distribuição:
B. Quadros de Distribuição:
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C. Interruptores:
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E. Tomadas:
F. Motores e Transformadores:
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Esquema Funcional: Apresenta todo o sistema elétrico e permite interpretar, com clareza e rapidez,
o funcionamento ou seqüência funcional dos circuitos. Neste esquema, mostra-se o equipamento
exatamente como ele é encontrado à venda no mercado, ou como ele é industrialmente fabricado.
Diagrama Multifilar: Representa todo o sistema elétrico, em seus detalhes, com todos os condutores,
sendo que nesta representação, cada traço é um fio que será utilizado na ligação dos componentes.
Esquema Funcional
N1
F1
N2
F2
T
Fig. 7-2 – Diagramas multifilar e unifilar para o esquema funcional da Fig. 9-1.
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As figuras apresentadas a seguir mostram de forma detalhada onde estão localizadas as caixas
de passagem, o quadro elétrico e o trajeto de todos os eletrodutos. As perspectivas cônica e cavaleira
apresentam o posicionamento dos pontos elétricos e mostram, com uma maior clareza, o
encaminhamento dos eletrodutos.
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Fig. 7-8 – Ponto de luz, interruptor de uma seção e tomada de 100 VA a 30 cm do piso.
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Fig. 7-10 – Dois pontos de luz comandados por um interruptor de duas seções.
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Fig. 7-11 – Dois pontos de luz comandados por um interruptor de duas seções e tomada de 100 VA.
Fig. 7-12 – Duas lâmpadas comandadas por interruptores independentes, de uma seção cada.
Fig. 9-13 – Dois pontos de luz comandados por um interruptor de duas seções e tomada de 100 VA.
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9 – ESTIMATIVA DE CARGA
9.1 – Iluminação:
O projetista escolherá criteriosamente os locais onde devem ser previstas as tomadas de uso
específico, e deverá prever o número de tomadas de uso geral que assegure conforto ao usuário.
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2. Comerciais:
a) Escritórios com área ≤ 40 m2, 01 tomada para cada 3 m ou fração de perímetro, ou
01 tomada para cada 4 m2 ou fração de área (adota-se o critério que conduzir ao
maior número de tomadas).
b) Escritórios com área > 40 m2, 10 tomadas para os primeiros 40 m2, acrescentando-se
01 tomada para cada 10 m2 ou fração de área restante.
c) Lojas, 10 tomada para cada 30 m2 ou fração, não computadas as tomadas destinadas
a lâmpadas, vitrines e demonstração de aparelhos.
1. Tomadas de Uso Específico (TUE´s). Adota-se a potência nominal (de entrada) do aparelho
a ser usado (Tabela 9-1). As tomadas de uso específico devem ser instaladas no máximo a
1,5 m do local previsto para o equipamento a ser alimentado.
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Carga Instalada = 24,14 kW e Demanda Provável = 12,60 kVA
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