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Análise do filme O Assassinato no Expresso do Oriente sob o prisma do

processo de planejamento, execução e sistematização (fase exploratória da


pesquisa, Trabalho de campo e Tratamento do material)
Divino Eterno Silva Araújo

No livro, O assassinato no Expresso do Oriente, da rainha do crime, a Agatha


Christi. Que fora publicado em 1934, há nele uma divisão em três partes.
A primeira parte recebe o nome de “Os Fatos” e nessa parte nós vamos conhecer o
crime que vai acontecer. Na segunda parte nós temos os testemunhos, então é quando se
inicia a investigação e a terceira parte recebe o nome que o detetive, Hercule Poirot,
chama de “Para e Pensa”, é quando o detetive vai desvendar o caso.
O Poirot, ele estava fazendo uma viagem e, hospedado num hotel, ele recebeu um
telegrama que pedia que ele fosse de imediato a Londres e foi o que ele fez o mais
rápido possível, ele pegou o trem, o Expresso do Oriente, que seria então uma viagem
de três dias até Londres.
O primeiro dia da viagem foi tudo tranquilo, no segundo dia, já dentro do trem, o
que aconteceu? Uma nevasca muito forte levou o trem a parar, esse foi o primeiro ato
do caso, o chefe do trem, era amigo do Poirot, o diretor da companhia. Chama Poirot e
diz que havia uma pessoa morta no trem! Poirot vai a cabine foi vai a cabine desse
morto e averigua que esse corpo possuía várias perfurações feitas com uma adaga, a
janela da cabine estava aberta, o que fazia com que a neve caísse dentro da cabine, e se
tornasse muito fria e o corpo daquela vitima se tornasse praticamente congelado.
Ao Poirot identificar os primeiros fatos deste assassinato. Aqui inicia fase
exploratória de pesquisa, que dá seguimento ao trabalho de campo do grande
investigador, concluindo com tratamento do material, unindo as provas, aos fios soltos e
desvendando o assassinato.
Poirot tinha certeza que o assassino estava dentro do trem, e era sua chance de
pegar esse assassino, o mesmo não conseguiria fugir, o trem estava parado no meio do
nada com uma nevasca, o assassino provavelmente morreria congelado caso tentasse
uma fuga.
O fato era que assassino estava dentro do trem e nesta parte desta intrigante
história inicia-se a investigação. Então a partir de agora eu vou falar um pouco da
investigação. Agatha Christie, a autora que baseia seus contos policiais em fatos e reais,
é brilhante, a forma que constrói o enredo e coloca exatamente todos os personagens faz
com que o leitor acredite que todas as personagens têm algum motivo, para ser o
assassino.
Bem, quem é o morto? É um homem chamado, Samuel Edward Cassétte. Vamos
chamá-lo pelo sobrenome, apenas de Cassétte. Ele estava acompanhado de um
empregado, o mesmo foi prestar o seu depoimento para o Poirot e disse que não gostava
do patrão, que este parecia ser uma pessoa muito estranha, tinha aquele ar de misterioso,
de uma pessoa enigmática que uma vez ou outra recebia cartas de ameaça de alguém
que conhecia seu passado.
Segundo a falácia do empregado, o patrão, que fora morto, há 15 dias estava
recebendo estas cartas. No local do crime, houve pistas importantes, Poirot, encontra um
lenço de mulher com a letra H, um limpador de cachimbo e uma carta queimada, e essa
carta é de grande valia para a investigação. Pois, Poirot, conseguiu pegar um pedacinho
da carta e tinha o nome de Daisy Armstrong. Imediatamente, o Poirot lembrou de um
caso bem antigo o qual ele lembrara vagamente pois trabalhara nele.
Quem foi então Daisy Armstrong? Daisy Armstrong foi uma menina de três anos
de idade que fora raptada, cujo o sequestrador pediu um resgate de um valor bem alto. A
família pagou o resgate e quando a família foi receber a criança, recebeu o corpo da
pequena sem vida. A mãe da menina, por conta da tristeza e do trauma acaba morrendo
no seu segundo parto, estava em estágio avançado da gravidez.
O pai e esposo, acaba se matando porque não aguentou ver toda aquela desgraça.
Esse sequestro foi responsável pela ruína de uma família inteira. Então eles descobriram
que na verdade o Cassétte, não era o empresário do ramo artes que dizia ser. O detetive
liga os fatos, o sequestrador da Daisy Armstrong poderia sim, ser Casséte, afinal ele
estava sendo ameaçado por alguém, talvez da família Armstrong, amigos, conhecidos,
que hepatizaram com o sofrimento e o trauma desta família.
A segunda parte desta história é chamada de “Os testemunhos”, aqui
acompanhamos o depoimento de todos os passageiros, porque todos foram obrigados a
depor para o detetive Poirot. O mesmo, revista a bagagem de todos, e acaba descobrindo
algumas coisas, um hobby vermelho, as pistas vão aparecendo, ele acabou descobrindo
inclusive em uma dessas pistas uma que foi plantada dentro da sua própria bagagem.
Isso indica que na verdade o assassino estava plantando pistas na bagagem ou na cabine
de outras pessoas.
No livro da autora a um mapa de onde cada passageiro estava no trem do expresso
do oriente. Hercule Poirot, estava ao lado da cabine onde ocorrerá o assassinato e não
perceberá nada? Estranho não? E na próxima cabine estava a senhora Hubbard. Aqui a
uma ligação, e parece que a cada duas cabines havia uma ligação, uma porta que tinha
tranca e outra não, o investigador descobre que existe uma portinha entre a cabine da
vítima e a cabine da senhora Hubbard. A adaga, logo é encontrada dentro da cabine da
senhora Hubbard, há uma ligação entre as duas cabines.
O assassino provavelmente, cometeu o crime e saiu não pela porta principal da
cabine, que estava trancada, ele deve ter saído pela portinha escondida na cabine da
senhora Hubbard. Poirot descobre que de todos os passageiros daquele vagão, nove
passageiros estavam envolvidos com a história da Daisy Armstrong e aquele trágico e
misterioso caso não resolvido do passado.
A conclusão do detetive, a terceira parte desta trama policial é o tratamento do
material a forma como Poirot deixa subdividido em ordenação, classificação e análise
dos argumentos de um dos envolvidos e com as provas inocentando todos levam ele a
crer que possivelmente se juntaram para cometer esse crime. Todas as nove pessoas que
estavam ali naquele vagão eram de alguma forma envolvidas com a história da Daisy
Armstrong, e com o crime também. Elas juntas tramaram todo o crime, sabiam que o
Cassétti, estaria viajando naquele vagão, compraram passagens para todos os vagões, e
ficaram todos no mesmo vagão para não levantarem suspeita um dos outros.
Tudo foi proposital e bem planejado. Cometeram o crime, só não contavam que o
diretor o trem era amigo íntimo de Poirot e dera a ele uma passagem para chegar o
quanto antes no próximo caso que iria resolver. Todos eram envolvidos diretamente
com o crime, assim um encobriam o outro. Quando o Poirot chegava em uma
determinada pessoa, ela tinha um álibi que a inocentava e assim por diante.
Quando há uma boa pesquisa de campo, uma boa base exploratória, o tratamento
com cada uma das provas dos suspeitos a verdade vem à tona. A Nevasca deu todo
charme ao caso. Imaginaram que o crime aconteceria e logo estariam fora do trem, e o
corpo seria descoberto depois, e não foi o que aconteceu. Por conta da Nevasca, eles
ficaram todos ali no meio da viagem.
No final da investigação, tem um homem que ele assume toda a culpa. Mas
porque ele assume toda a culpa? Era o avô da Daisy Armstrong. Ele queria muito essa
vingança, então ele assumiu a culpa para livrar os outros que participaram, que também
ajudaram ali. O avô que perdeu a neta, perdeu a filha, perdeu o genro, e que sofria já há
anos por conta disso, ele acabou assumindo a culpa para livrar os outros.
E a história deste livro “O Expresso do Oriente” livro termina desta forma. O
chefe da companhia de trem, junto com Poirot, assim que saem do trem, decidem contar
a versão do avô para a polícia, culpando apenas um homem e livram os outros
passageiros da culpa. Afinal todos eram diretamente envolvidos de alguma forma com
Daisy Armstrong, babá, o assassino dela, o empregado do assassino, a enfermeira da
família, a avó, a mãe, a princesa amiga intima da avó.

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