Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tradução/Revisão: Joana
Formatação: Judas
No que diz respeito Dee Daniels estava preocupada, muitos idiotas com desejos
mortais enchiam o mundo.
Ela encarou a escuridão da noite, captando os sussurros do vento, e viu a sombra de
dois amantes enquanto eles mergulhavam ao lado de um prédio caindo aos pedaços.
Balançando sua cabeça, ela alcançou a sua arma e seguiu.
Eles não a viram quando ela virou a esquina. O cara tinha a mulher agarrada contra a
parede, a mão dele enfiada em baixo da camisa dela, e seu rosto enterrado entre os
muito, muito fartos seios. Ele gemeu e resmungou e ela gemeu e se contorceu contra
ele.
Dee soltou um forte fôlego enquanto ela esperava. Não para que eles terminassem, mas
para que o monstro se mostrasse.
Provavelmente em mais dez segundos, talvez menos, porque eles estavam ficando
muito quente por lá e-
A mulher, uma ruiva de pernas longas, abriu sua boca largamente. Graças ao
derramamento de luzes das janelas do segundo andar do prédio, Dee teve uma ótima
visão daquela boca.
E das presas de cinco centímetros da mulher.
Te peguei.
Presas que estavam se dirigindo atualmente direto para o pescoço do idiota enquanto a
vamp preparava para rasgar sua garganta e beber do seu sangue como um mauricinho
curtindo a cerveja mais barata da cidade.
Desejos mortais. As pessoas nunca aprenderiam?
Dee limpou sua garganta. “Ah, me dá licença?”
As brilhantes presas brancas se congelaram sobre o pescoço do cara.
“Mas que porra?” Do idiota. O homem ainda não sabia o quanto perto da morte ele
estava. A julgar pelo que Dee poderia ver, parecia que a morte estava uns, oh, dois
centímetros de distância.
Ele se virou ao redor para encará-la. Próximo aos vinte, lindo, com um rosto que ela
julgava como bonito, como um tipo meigo.
Dee sorriu para ele. “Oi, ai.”
O olhar dele a rastreou e a vamp assobiou.
Vamps sempre ficavam irritados quando as suas comidas iam embora.
“Eu tenho receio que eu terei que pedir pra você partir,” Dee murmurou.
As presas estavam tão perto da sua artéria carótida. A vamp poderia se afligir e decidir
dar uma mordida, e, bem, a camisa da Dee era branca e quando ela arrancasse o cara
livre, ela iria arruinar a sua camisa com um esguicho vermelho escuro. Não que isso
fosse algo extravagante, mas...
Ela realmente odiava lavar roupa.
“Dê. A. Porra. Do. Fora. Daqui.” Meigo/bonito rosnou para ela.
Ah, agora alguém podia quase merecer uma mordida de uma vamp, mas –não, ela
estava sendo paga para esse espetáculo.
A vamp sorriu para ela. “Você o ouviu. Vá embora, piranha.”
Dee ergueu o seu armamento. Não a sua arma, que ainda estava no coldre ao seu lado,
mas a estaca de madeira que era um fácil e familiar peso em sua mão. “Apenas quanto
tempo você acha que eu vou empurrar isso dentro do seu coração? Um minuto?
Menos?”
“Jesus Cristo!” Os olhos do cara incharam. “Você é louca!” Discutível.
“Vamos, Karen, vamos dar o maldito fora daqui-”
A vamp o agarrou e virou o homem.
Usando ele como um escudo. Porque os vampiros sempre faziam isso com suas presas?
Como se um escudo humano fosse sequer pará-la. Dee apenas sacudiu sua cabeça.
“Você dê um passo a mais, e eu quebro o pescoço dele.”
Ela podia fazer isso. A força do vampiro. Ela iria estalá-lo em menos de meio segundo,
mas... “Eu estarei em você antes que o corpo dele atinja o chão.”
O homem choramingou.
Os olhos da vamp piscaram para negro. “Quem é você?”
“Apenas uma mulher que foi contratada para um trabalho.” Não era uma missão de
assassinato, mas se não houvesse escolha, ela traria a sua presa abaixo de qualquer jeito
que ela pudesse.
Além disso, vamps já estavam mortos, então não era como se ela realmente fosse
quebrar a velha regra ‘trazê-los-vivos’, de qualquer modo. Não que a Agência Night
Watch realmente seguisse essa regra. Não quando os caçadores de recompensas eram
além de supernaturais perigosos.
“Eu estou ficando entediada,” Dee disse, “o deixe ir e venha comigo.”
O cara estava chorando agora. Soluçando. Inferno.
O olhar da vamp disparou de Dee de volta à borda da rua.
Desespero ali. Medo.
Hora de nocautear. “Deixe ele ir,” ela repetiu, a voz chicoteando, e então, Dee ouviu
um tênue som.
Um suave sussurro. Um passo?
Atrás dela.
Ela ficou tensa.
O medo desvaneceu dos olhos da vamp e um sorriso inclinou em seus lábios.
Uh, oh.
“Leve a piranha embora!” A vampira gritou e Dee soube que a pessoa atrás dela não era
apenas algum inocente atraído pela mórbida curiosidade. Nenhum inocente. Merda.
Ela se virou, pronta para encarar o outro vampiro, pronta para-
Ele saltou sobre ela, batendo nela forte e rápido e batendo o traseiro dela direto pra
baixo no chão. No mesmo instante, ela ouviu um tiro. Um estalar de fogo que poderia
tê-la derrubado. Se o seu traseiro não estivesse no chão.
Um forte choro quebrou na noite. Dor. Medo. Não o seu choro, porque ela aprendeu
há muito tempo atrás a não chorar alto.
Dee olhou para o homem diante dela. Escuridão.
Cabelos negros, cabelos mais compridos que os dela mesma. Com bordas nítidas,
traços fortes. Frios, olhos cinzas, lábios finos. Maças do rosto que se projetavam muito
acentuadamente.
O seu corpo era espesso de músculos, pesado com força.
Ele se sentia quente contra ela. Sua carne tão morna e –
Ah, foda-se.
Dee bateu com seu cotovelo, o pegando forte e rápido no queixo,mandando a cabeça
dele se estalar para trás enquanto ela se arrastou em baixo dele, torcendo, empurrando
e dando socos.
“Pare com isso! Merda –eu acabei de salvar o seu traseiro!” Ele a segurou forte,
congelando os seus movimentos. “Mulher, alguém apenas tentou atirar em você!”
E algum grande e grosso babaca a tinha rastreado.
Mas o estalo que ela ouviu havia registrado em sua mente agora e o choro de dor-
Se isso não tinha sido dela, então teria que ser...
Maldição. O pescoço dela se esticou e ela olhou pra trás. O idiota deitava no chão,
gemendo. Não mais com paixão. Dor.
Sangue ensopava a sua camisa e se empoçava ao seu redor.
A vamp se foi.
Mas e o atirador? Apenas um jeito de descobrir. “Saia de cima,” ela rangeu.
A mandíbula dele cerrou mas ele rolou para o lado. “O seu funeral, bebê.”
Ela tinha perdido a sua estaca. Tanto faz. Ela tinha bastante mais no carro. Dee puxou
sua arma livre do coldre. Ela escaneou os prédios, a escuridão.
Eram em horas como essas quando ser uma humana era uma vulnerabilidade real para
ela. Os caçadores shifters que trabalhavam na Night Watch nunca seriam pegos de
guarda baixa assim. Eles iriam captar o cheiro do tiro no vento, ouvi-lo se rastejar da
arma.
Até os demônios teriam mais aviso prévio do que ela tinha.
Mas quando você brincava com os grandes garotos, você não se irritava e lamentava
sobre os sentidos extras que você não possuía.
Então ela escaneou cada prédio. Cada sombra. Depois, ficando tão baixa e se
mantendo tão coberta como ela podia, ela foi até o idiota.
“Me ajude! Eu estou morrendo! Você tem que-”
O olhar dela disparou sobre ele. Muito sangue, Huh. E a vamp tinha corrido disso?
Quem corre quando o Buffet é de graça?
“Me ajude! Eu não posso morrer assim, eu não posso-”
“Você não está morrendo.” Jesus. Ela arrastou o seu telefone, então pressionou o botão
que iria mandar um SOS para o time de vigilância da Night Watch. “É um ferimento
leve, idiota.” Ela com certeza tinha a sua parte deles.
“Despache.” Uma suave, modulada voz fluiu sobre a linha.
“Precisamos de uma ambulância.” Ela não se identificou. Porque se incomodar? Stella
iria reconhecer a sua voz. “Quatro da Brantley com a 50. Humano caído e-”
Sirenes gemeram na noite. É claro, maldito. O tiro teria atraído atenção.
Seus dedos se apertaram ao redor do telefone. “Deixa pra lá.”
Inferno.
Hora de explicações.
Ou, okay, mentiras.
“O que nós diremos?”
A profunda, estrondosa voz veio da esquerda. Do Senhor Alto, Escuro, e yeah, Sexy,
que a seguiu para a vítima.
Ela poupou a ele um olhar. “Você pode dar o fora daqui. Eu vou cuidar dos tiras.”
Ela tinha muita experiência com o DP de Baton Rouge. A maioria dos fardados deviam
a ela, de qualquer modo.
Uma sobrancelha negra subiu. “Tudo bem, você não tem que me agradecer.” Um
sorriso piscou, um que mostrou muito de fortes, brancos dentes. “Eu fiquei feliz em
salvar a sua vida. Realmente. Não pense em nada disso. Yeah, eu quase levei um tiro,
mas eu estou bem. Não precisa se preocupar.” Sua mão direita levantou e
cuidadosamente esfregou seu queixo.
Um carro patrulha virou a esquina, guinchando em uma parada, e Dee cerrou seus
dentes. “Obrigada,” ela conduziu.
“Não é muito amável, não é?” ele murmurou, e se ajoelhou, sua mão indo em direção às
feridas do cara gemendo. “Você deveria trabalhar nisso.”
Os olhos dela fenderam. “Eu não preciso de um salvador.” Os tiras estavam se
aproximando. Ela podia vê-los do canto dos seus olhos. Suas armas estavam para cima,
seus passos lentos.
“Yeah, você precisa.”
Ela quase rosnou para ele. Qualquer minuto agora, os tiras poderiam dizer-
“Coloquem as suas mãos para cima! Gentil e lento e-”
Ah, bom. Ela reconheceu aquela voz. “Harry, nós temos uma vítima de bala aqui. Ele
precisa ser encaminhado ao Mercy General.”
“Dee?” Não uma surpresa real. Mais como horror.
“Yeah. Tenha cuidado, o atirador pode ainda estar pelas redondezas.”
Harry e o seu parceiro imediatamente se agacharam. Harry puxou o seu rádio e latiu
alguns comandos.
“Porque eu não estou surpreso que os tiras conhecem você?” Escuro e Sexy murmurou.
Ela poupou a ele um olhar seco. Então ela se inclinou perto da vítima e sussurrou, “Se
você quiser ficar fora da proteção psiquiátrica, não diga uma palavra sobra a vampira.”
Ele piscou uma vez, então deu um rápido, empurrão de aceno.
Bom. Porque os tiras da cena não entendiam o placar paranormal nessa cidade, e se a
vítima começasse a divagar sobre como Dee derrubou um morto-vivo chupador de
sangue, as coisas iriam ficar complicadas.
Ela recuou em seu agachamento. Tanto para um caso fácil. Os caras da Night Watch
iriam dar a ela um inferno sobre isso por dias.
E quem estaria lá fora com a arma? Porque o atirador estava visando ela?
Ela iria descobrir. Tão cedo quanto fosse malditamente possível.
Porque ninguém dava um tiro de graça nela e se mandava.
Ninguém.
***
Sandra ‘Dee’ Daniels era pequena, encardida, e ela realmente, realmente não deveria
ser atraente.
Seu cabelo loiro mal planava no seu queixo e parecia como se a mulher o tivesse
cortado ela mesma –deixando o cabelo em camadas tortas, curtas. O seu nariz era um
pouco fora do centro, seu lábio superior um pouco grande demais, seu queixo um
pouco muito aguçado.
Não, ela não deveria ser atraente.
Os jeans que ela vestia eram cortados e desbotados. Sua camisa branca agarrava muito
apertada em seus pequenos seios, e suas botas pretas foram praticamente arrastadas ao
inferno e voltaram.
Mas-
Mas ela era malditamente sexy. Talvez fossem seus olhos. Tão grandes e escuros.
Chocolate. Era uma vez, e ele amaria a coisa.
E aquela boca. Os lábios eram exuberantes, suaves, tão vermelhos. Okay, então talvez
ele gostasse da sua boca.
Muito.
Ela tinha as suas mãos enroladas em punhos nos seus quadris. Os tiras estavam em
todo o lugar, correndo como formigas enquanto eles pesquisavam a cena. Ele já tinha
sido interrogado três vezes, e em ambos ele e Dee tinham fornecido todo o necessário
para partir.
Mas a mulher não estava se movendo, e se ela não estava se movendo, nem ele estaria.
Depois de cinco minutos de silêncio dela, ela finalmente dignou-se a olhar em sua
direção. “Harry disse que você poderia partir, companheiro.”
“Simon. Simon Chase.” Ela sabia o seu nome. Ela esteve lá quando ele o soletrou para
os fardados. Cada vez.
Ela rangeu.
Ele quase sorriu. Quase. “Ah, eu não posso evitar além de notar, Sandra-”
“Dee.” Sua voz estalou como um chicote.
Ele esteve lá quando ela teve que soletrar o seu nome, também.
Ele gostou bastante do seu mal humor, “Harry, você sabe dessa merda, S-A-N-D-R-
A...oh, suma daqui.”
“Dee,” ele admitiu. Mas ele a estaria chamando de Sandra novamente em breve. Ele
gostava disso. Gostava da maneira que suas bochechas ruborizavam tão vermelhas
quando ela ouvia o nome. “Você não parece tão chateada que alguém tentou te matar
hoje a noite.”
A vítima tinha sido encaminhada embora na ambulância.
Sangue ainda ensopava o chão, mas Simon não olhou para aquilo. Suas narinas
contorceram, apenas um pouco, mas o cheiro estava começando a desvanecer.
Ela rolou seus ombros em um pequeno dar de ombros. “Não como se isso fosse a
primeira vez.”
Ele deixou seus olhos alargarem. “Sério.”
Um grunhido dela. Ela parecia gostar desse som.
“E você não tem idéia do porque as pessoas querem você morta?”
Um sulco se formou entre suas sobrancelhas douradas. “Nenhuma pista.”
Certo.
Suas mãos se ergueram, então caíram em um vago pequeno gesto.
“Bem, isso foi divertido, Chase, mas eu tenho trabalho a fazer.”
Ele puxou a estaca de madeira do seu bolso traseiro. “Apenas que tipo de trabalho é
esse que você faz, Sandra?”
Rubor vermelho. Ela saltou para ele e travou seus dedos ao redor da estaca, mas ele não
soltou. Ela estava perto agora, perto o suficiente que ele podia ver as manchas claras de
dourado em seu olhar escuro. Perto o suficiente que ele podia ver o pulso batendo na
base da sua garganta. Perto o suficiente que ele podia quase provar aqueles lábios.
Ele apertou o seu agarre na estaca. A madeira estava suave e dura.
A mulher tinha obviamente gasto algumas horas afiando a sua arma.
“Me dê isso.” Ela olhou para trás sob seus ombros. “Eu não quero ter que explicar essa
merda para eles todos agora mesmo, não com o último atirador de prata pairando
sobre mim.”
Atirador de prata? Soava como uma história interessante.
Lentamente, ele soltou o seu aperto e ela puxou a arma dele.
Ajoelhando, ela empurrou a arma dentro de algum tipo de estojo personalizado
próximo de seu tornozelo.
Quando ela levantou a bainha da sua calça jeans esfarrapada, ele pegou uma visão da
sua perna. Atraente. Lisa e pálida e-
Ela disparou para cima, quase o cortando no queixo.
Novamente.
Simon sacudiu sua cabeça. Ela não era nada do que ele tinha esperado.
“Você não me respondeu,” ele disse e tentou ignorar o cheiro dela. Um inebriante
cheiro, rico e escuro. O sabor sensual de uma mulher.
Ela lambeu os seus lábios. Um rápido enrolar de sua língua que fez o seu pênis repuxar.
Definitivamente não o que ele tinha esperado, mas ele não estava reclamando.. Sem
chance
“Confie em mim com isso, você não vai querer saber.” Ela voltou alguns passos e
lançou a ele um sorriso descuidado. “Obrigada por cuidar do meu traseiro hoje a noite,
Chase.”
Então ela se foi. Se virando e marchando para os tiras ainda na cena, e ele continuou
cuidando daquele traseiro. Atraente e firme, redondo o suficiente para ele segurar
apertado.
Yeah, ele continuou cuidando daquele traseiro, até o momento que ela desapareceu ao
virar a esquina.
Ele esperou uma batida. Duas.
Então ele seguiu atrás dela porque ele não estava para deixar a sua presa sair tão
rapidamente. Não haveria diversão em uma saída tão fácil.
Ele a seguiu, dando breves, educados acenos aos tiras enquanto ele fazia o seu caminho
passando pelos seus veículos.
Levou apenas um momento para perceber que Dee não voltou para a rua principal. Os
olhos dele a rastrearam. Não, a mulher não estava recuando para a segurança do seu
carro. Ela estava serpenteando pelas traseiras dos becos, indo ainda mais fundo para
dentro do submundo da cidade.
E ela não estava nem olhando para trás.
Porque ela estava caçando, também.
Mas que inferno? A mulher tinha quase levado um tiro, ela não estaria um pouco
hesitante?
As mãos dele cerraram em punhos enquanto ele a seguia.A noite se fechava sobre ele,
ela, e eles ambos caçavam.
Os minutos tiquetaqueavam passando. Outra esquina apertada. Outro beco. Ele a
manteve em sua visão. Suas narinas picavam porque essas ruas fediam. Lixo.
Merda. Quem sabia o que no inferno ele estava pisando enquanto ele a rastreava?
A mulher tinha que valer a pena o seu esforço. Era melhor ela-
Ele deu outra volta, uma que o levou entre dois grossos prédios.
Dee tinha desaparecido.
Ele congelou e olhou diretamente para frente.
Umas suaves passadas soaram atrás dele. Poderia ter sido um sussurro, poderia ter
sido-
Simon se virou e ficou rosto a rosto com Dee.
Ela estava armada, não com a estaca dessa vez, mas com sua arma, e a moça tinha
apontado isso no centro mortal entre os seus olhos.
Ele provavelmente deveria ter agido assustado. Deveria ter murmurado algum tipo de
uma meia desculpa mal-pensada por segui-la.
Ao invés disso, ele apenas a olhou.
“Existe algum motivo pessoal do porque você estar na minha aba?”
A arma não vacilou. Aqueles sexy -como o pecado- lábios pressionados em um espessa
linha.
“Yeah…” Ele permitiu a si mesmo um olhar para baixo para o corpo dela. Ele tinha que
ser cuidadoso com ela. Ele continuava esquecendo como pequena e frágil ela era.
Talvez por causa da arma. Talvez isso o estivesse fazendo esquecer.
Ela agia duro. Mas aquele corpo – curvas suaves e doces, carne macia.
“Olhos para cima, babaca.”
Aparentemente a moça não gostava que ele comesse seus peitos com os olhos.
Bastante justo. “Você saiu antes que eu pudesse pegar o seu número.”
Sua mandíbula caiu. “O que?”
Ele encolheu de ombros. “Seu número. Eu quero dizer, eu salvei sua vida –eu não
poderia pelo menos ser capaz de conseguir o seu número por isso?”
Ela rosnou e finalmente abaixou a arma. “Olhe, camarada-”
“Simon Chance.”
“O que quer que seja. Eu não tenho tempo para essa merda. Eu não vou te ferrar
porque você me empurrou para a calçada. E, apenas pra você saber, eu não preciso que
você me salve. Não como se isso fosse meu primeiro jogo de bola, okay?”
Eu não vou ferrar você. Hmmmm. “Não lembro de pedir por um ferrar.” Embora ele
não recusasse um com ela. “Apenas o seu número.”
Ela trancou seus dentes. Lindos dentes. Brancos e retos. Não tão pontiagudos,
entretanto, mas então, ela era humana.
A língua dele raspou sobre seus próprios dentes. Um pouco mais pontiagudos que os
dela.
“Eu estou trabalhando agora, eu não tenho tempo para isso-”
“Yeah, você nunca respondeu a minha pergunta.” Simon levantou sua cabeça ao lado.
“Apenas que tipo de trabalho você faz?”
Ela colocou a arma no coldre. “O tipo que você não entenderia.”
Duvidoso. “Vamos ver…você tem uma estaca de madeira e você estava cerca de três
metros de distância de um vampiro a primeira vez que eu vi você.” Ele pausou. “Eu
diria que isso faz de você uma caçadora.”
Seu olhar sondou sobre dele. “Então o que? Você sabe sobre vampiros? Bom pra você.”
“Oh, eu sei sobre vampiros.” Muito sobre eles. “Eu também sei sobre demônios e os
charmers e os shifters que estão correndo nessa cidade.” Ele até mesmo conhecia o
chefe dela, Jason Pak. Pak era a Agência Night Watch. Ele começou no trabalho de
caçador de recompensas quase vinte anos atrás, e Dee –ela era uma de seus melhores
caçadores.
Mas ela não precisava saber que ele já pesquisou sobre ela.
As mãos dele estavam frouxas ao seu lado agora. “Eu sei tudo sobre o Outro.” A
umidade da noite quente de Julho fez sua camisa colar contra a sua carne. “E eu parei
de ter medo de monstros no escuro um inferno de tempo atrás.”
Os lábios dela se separaram.
“Fodida Caçadora.” Um rosnar, estridente com fúria.
Merda.
Simon olhou sobre o ombro de Dee. A vamp estava ali, sangue gotejando do seu braço,
suas presas desnudas e seus olhos queimavam negro.
“Eu vou rasgar a sua garganta e drenar você até secar, cadela, eu vou-”
Dee mudou ligeiramente a sua postura. O olhar de Simon empurrou de volta pra ela.
“Certo que você não está com medo?” ela sussurrou
Ele deu um curto aceno.
“Eu vou fatiar o seu amante! Ele vai implorar pra morrer. Ele vai-”
Dee se virou. A estaca estava em sua mão. Wow –ele não tinha nem visto ela apanhar
isso e agora a madeira estava em sua mão, não –ela estava no ar.
Um vôo final sobre a extremidade de um arco mortal.
Então afundando dentro do peito do vampiro.
A vamp deu um grito abafado e caiu sob seus joelhos.
“Eu queria levar você viva,” Dee murmurou. “Mas você apenas não podia fazer essa
noite mais fácil, podia?”
O negro desvaneceu dos olhos da vampira.
Dee enquadrou os seus ombros e espreitou em direção ao vampiro. “E ele não é o meu
amante.”
“Não ainda,” Simon disse e percebeu que ele estava impressionado. Sandra Dee
derrubou a sua presa. Ela não tinha deixado ele a distrair. Ela não desistiu e sumiu
quando os tiras apareceram. E quando teve uma chance de matar, ela não hesitou.
Interessante.
Finalmente, exatamente o que ele esperava.
***
Um time da Night Watch veio limpar o beco. O corpo da vamp foi levado embora, o
inferno se ele soubesse onde. Mas, então, ele realmente não se importava.
O exercício de hoje a noite tinha sido produtivo. De tudo, Simon estava satisfeito com
o progresso que tinha feito.
Claro, se ele tivesse conseguido o número de Dee, ele estaria muito mais satisfeito.
Da próxima vez.
Simon pisou para dentro das sombras e bateu contra a porta preta que esperava na
escuridão. Ela se abriu instantaneamente e ele atravessou o limiar da porta, já puxando
para fora o seu dinheiro.
O homem de dentro era pequeno, agachado, e ele tinha a sua arma embalada em sua
mão. O cabelo preto gorduroso estava penteado pra trás da sua testa e seus olhos
redondos brilharam quando ele captou uma visão do dinheiro na mão de Simon.
O cara alcançou as notas-
Simon arrebatou seus dedos de volta. “Você machucou o humano.”
Suor escorria nas bochechas do homem. Estava quente como a porra ali. Mas, inferno,
era verão em Baton Rouge, estava quente como a porra em qualquer lugar. “Não tive a
intenção, quando você levou a mulher pro chão, a bala recortou para ele-”
Recortou para ele, não o matou, e isso era o porque do atirador ainda estar vivo. “Eu
quero você fora da cidade, hoje a noite.” Simon manteve o dinheiro fora do alcance do
cara. “Se eu vir você novamente, você está morto.”
Um gole.
Simon se inclinou para perto, perto o suficiente para o atirador ver a intenção em seus
olhos. “E essa não será uma morte fácil.” Aquelas que ele entregava raramente eram.
“Você me entendeu?”
O homem conduziu um rápido aceno.
Simon lançou o dinheiro a ele. O bastardo tinha feito o seu trabalho. Ele tinha dado um
tiro em Dee. Dando a Simon a perfeita oportunidade que ele precisava.
O ferimento do humano apenas não fazia parte do plano.
Simon se virou para longe dele e seguiu para a porta.
Havia mais trabalho a fazer. Sempre mais.
A bala bateu nas suas costas, uma forte pancada de dor que queimava através da pele e
músculos, e rasgou direto para o osso.
Ele atingiu forte o chão, batendo o rosto para baixo e o sangue escorrendo do seu
corpo. Maldição.
Deveria ter visto isso vindo. Você apenas não podia confiar em assassinos hoje em dia.
Ele ouviu o ranger de passos e captou um sussurro de respiração excitada. “Ni-ninguém
ameaça Frankie Lee.” Outro tiro. Esse atingiu na parte de trás da sua perna direita.
Simon não chorou alto. Ele travou sua mandíbula e lutou contra a dor.
“Você é aquele que não terá uma morte fácil, babaca.”
Outro tiro.
A coxa esquerda dessa vez.
Filho da puta.
Frankie agarrou a parte de trás da cabeça de Simon e arrancou seu rosto para cima.
O cano da arma encarou de volta para Simon e o cheiro de metal queimado preencheu
suas narinas. “Ninguém ameaça-”
Simon lançou-se para fora do chão. Um puxão de sua mão e ele quebrou o pulso de
Frankie.
“Porra!” O rosto de Frankie branqueou.
A arma bateu no chão. Simon nem sequer olhou para isso. Ele não precisava de armas.
A arma realmente teria sido tão fácil, e nada como o seu estilo.
Simon agarrou o grotesco bastardo, envolvendo sua mão ao redor da garganta de
Frankie, e o prendeu para cima contra a parede.
As pernas gordas de Frankie balançavam a uns bons trinta centímetros do chão.
“Como no inferno-”
Simon sorriu.
Frankie começou a tremer.
“Não diga que eu não avisei você,” Simon sussurrou, o cheiro do seu próprio sangue
entupindo suas narinas. “Você teve a sua chance.”
Agora, era a vez dele.
Capítulo 2
Quando a noite caiu, vindo com ela a espessa, quente escuridão e céu sem luar, Dee se
encaminhou de volta ao Onyx.
Não houve sinal da mulher desde o seu último encontro, e ela passou todo o dia
usando cada um dos contatos da Night Watch na esperança de achar Luz do Sol.
Sem sorte.
Então Dee percebeu que seria melhor deixar a mulher a achá-la novamente.
E era o porque do seu bumbum estar estacionado mais uma vez no bar.
O seu olhar escaneava a multidão. Muito fácil desde que era apenas um pouco mais das
nove. Os mais pesados batedores viriam mais tarde.
O seu olhar rastreou através da sala, sem demorar muito tempo, procurando pelo alto,
musculoso comprimento de-
“Inferno.” Dee fundamentou os seus dentes de volta enquanto ela se continha. O
objetivo era achar a mulher da noite passada, não Chase.
Não o homem que deu a ela a mais rápida, forte viagem direto para um dos seus
melhores orgasmos, depois foi embora.
Foi embora.
O que tinha acontecido com isso?
Mais que porra. Ela deu a volta em direção ao barmen. “Uma cerveja, Mike. Quanto
mais barata, melhor.” Um drink, que era tudo que ela jamais se permitiu quando ela
caçava. Um grande, longo espelho corria o comprimento do bar e Dee encarou o seu
reflexo. Wow –aquilo era o seu cabelo? Talvez ela devesse –
Seus olhos travaram em um homem. Cabelo preto. Ombros largos. Alto, forte.
Não dando uma maldita atitude.
Chase.
A sua respiração saiu em um sopro.
O homem estava dobrando o passo para a saída.
Fugindo dela? Ou perseguindo algo? Alguém?
“Segure a cerveja.” Ela se empurrou pra longe do bar. “Volto em cinco.”
A porta da saída já estava girando fechada, mas Dee correu para frente. Se houvesse
uma caça, ela morreria em ação. E se não houvesse...
Bem, ela tinha umas poucas coisas a dizer ao Senhor Mais do Que Uma Trepada.
Seus dedos fixaram ao redor da maçaneta da porta. Apenas para garantir, ela saiu
silenciosamente, armada e pronta.
Mas ninguém estava ali. Apenas um estacionamento traseiro vazio.
Mais que inferno?
***
“Você fez bem.” O vampiro encarou dentro dos olhos da humana, aproveitando o fluxo
e refluxo de seu sangue. O coração dela corria enquanto ele se dirigia a ela. Com cada
passo, o sangue fluía mais rápido.
Ela sorriu para ele. “Ela estava exatamente onde você disse que ela estaria.
Completamente sozinha.” Um rápido enrolar da sua língua através daqueles maduros
lábios vermelhos. “Eu-eu podia tê-la matado pra você. Eu deveria ter.”
Que ajudante um pouco ansiosa. “Eu sei.” Ele trilhou suas pontas dos dedos para baixo
em sua bochecha. Lisa. Ele não se lembrava do seu último nome. Não importava.
“Eu faria qualquer coisa por você,” ela sussurrou e seus olhos estavam tão largos e azuis.
“Qualquer coisa.”
Porque ela queria viver para sempre. Porque Lisa, com suas coxas finas e seus grandes
seios e seu rosto perfeito, estava envelhecendo. Vagarosamente. Uma fraca linha de
cada vez.
“Eu não tenho medo de matar.” Seu queixo se ergueu mesmo enquanto ela se
balançava em direção a ele.
As presas dele se alongaram. Ele amaria ter mais uma vez o sabor dela. Sangue fresco
era sempre o melhor. “Não, você tem provado isso.”
Ela trouxe presa para ele naquela primeira noite. Os dedos dele trilharam para baixo de
sua garganta e curvaram sobre aquele frenético pulso. “Mas você tem medo de
morrer?”
Esperança preencheu seus olhos. “Você vai fazer isso? Você vai me transformar?” O
sorriso dela se esticou em seu rosto. “Eu não tenho medo, eu quero-”
“Bom.” Então ele ergueu a arma que ele mantinha escondido e a apunhalou. Direto
naquele coração palpitante.
Ela se sufocou no começo, provavelmente em seu próprio sangue porque ele viu o
gotejar de vermelho do canto da sua boca. Aqueles olhos largos preenchidos com dor e
choque porque isso não era a morte que ela esperava.
Porque ele odiava que todo aquele sangue bom fosse desperdiçado, ele se inclinou em
direção a ela, e lambeu aquelas doces gotas para fora dos seus lábios.
Então ele deixou o seu corpo cair.
Hora de arrumar outra piranha.
***
Agora isso era apenas...esquisito. Dee empurrou a estaca de volta para o seu coldre no
tornozelo. Ela inclinou a sua cabeça, se esforçando para captar algum som que
indicasse movimento, mas ela apenas captou o silencioso batimento de música.
“Chase?”
Talvez ele tivesse circulado as redondezas para frente do prédio. Possivelmente.
Mas assim tão rápido?
O seu olhar disparou para a linha de carros aninhada na esquerda. Ela não tinha visto
ninguém ali, mas....
Dee espreitou para os veículos, consciente da tensão crescendo em seu corpo.
Noite passada, uma mulher tinha dito que ela iria morrer aqui. Estar de volta agora,
okay, isso iria fazer qualquer um nervoso.
Apertando seus olhos, ela captou uma visão de um pequeno, veículo vermelho. Espere
–esse era –
Uma rajada de vento atrás dela.
Oh, maldição. Dee congelou. Ela não tinha precisado olhar para trás para saber que ela
não estava mais sozinha. “Eu estava me perguntando quando você iria aparecer,” ela
murmurou. Seus dedos estavam apenas uns poucos centímetros longe do coldre da sua
arma. Então se ela estivesse certa e um vamp tinha apenas se aproximado dela –
maldição mas eles eram quase tão quietos quanto os shifters esses dias –então um tiro
não iria matá-lo.
Mas isso iria ainda doer. Muito. E isso iria dar a ela os preciosos minutos que ela
precisava para apunhalar o babaca.
“Eu tenho observado você,” ele disse, sua voz esplêndida com um pouco de sotaque
Inglês.
“Você tem?” Ela se virou, lentamente, para encarar o vampiro.
Seus dedos roçaram o coldre. “E eu tenho observado você.” Dee sacudiu sua cabeça.
“Sua mãe não lhe disse que é errado fazer uma mulher esperar?”
As presas dele estavam para fora. Longas e afiadas. Enquanto ela observou, seus olhos
azuis desvaneceram para preto. Ótimo. Dee engoliu. Um vamp em total modo de caça.
“Eu não estou aqui para brincar com você.” O olhar negro a rastreou.
“Oh?” Era isso. “Então eu imagino que é melhor a gente pular as preliminares, huh?”
Sem chance de dizer se esse era o Mestre Nascido ou um de seus lacaios porque os
Nascidos, eles sempre tinham malditos lacaios. “Talvez nós devêssemos apenas ir para
a parte da morte.” Dee arrancou para fora a sua arma e disparou, seis vezes, centros
mortais em seu peito.
Carne e ossos foram arrancados, sangue espirrou em volta deles. Dee ficou tão perto
que o sangue do bastardo chovia nela.
Mas ele não vacilou. Não caiu em seus joelhos. Não tropeçou. Apenas a encarou, e
sorriu. “Você vai desejar que eu mate você, antes disso terminar.”
Ela ainda tinha mais balas. Dessa vez, Dee visou a cabeça.
“Promessas, promessas.” Os dedos dela se apertaram ao redor do gatilho –e eles
atacaram.
Cinco, não, seis vamps pularam da escuridão, dentes e garras para fora e prontos para
matar. Dee não perdeu um fôlego durante o grito.
Ela atirou, atirou até que o gatilho apenas clicou. Eles a derrubaram e seu corpo bateu
no chão, duro. Mas, se virando como uma cobra sob punhos e corpos, ela conduziu
agarrar sua estaca –nova arma, nova luta. Dee saltou para eles, muito consciente que ela
cometeu o erro fatal que a caminhou direto para dentro da sua armadilha.
Você está morta, Dee. A voz de Luz do Sol tocou em sua cabeça. Ninguém vai
lamentar. Ninguém vai sequer sentir falta de você quando você apodrecer no chão.
***
Simon tinha apenas nadado para dentro do Onyx quando ele ouviu o distinto trovão de
tiros. Inferno.
O seu olhar escaneou a grande sala. Dee, esteve aqui.
Uma ruiva curvilínea andou para ele, um largo sorriso em seus lábios. “Oi aí, lindo, eu
estou-”
“Não estou interessado.” Ele roçou por ela e cortou um curto caminho para o bar.
Ele bateu sua mão no balcão. “Eu estou procurando por uma mulher.”
O garçom não olhou para cima. “Tente olhar atrás de você.”
Rosnando, Simon se inclinou sobre o balcão e agarrou a blusa do idiota.
Whiskey transbordou por sua mão. “Você se lembra da mulher com que eu estava noite
passada.” Não um pergunta.
Os olhos do cara incharam. “Você está gozando comigo? Você sabe quantas galinhas
vêm aqui cada noite? Sem chance que eu-”
“Pequena. Cabelo loiro que ela cortou em pedaços. Bunda firme e lábios que-”
“Ela.”
“Onde ela está?”
O garçom apontou uma mão para a esquerda. Saída.
Simon se empurrou para trás. Ele se virou ao redor –
E veio cara a cara com um demônio.
Não apenas qualquer demônio. O demônio dela. Outro caçador da Night Watch. Zane
Wynter. O cara parecia como um humano, mas Simon conhecia muito bem o monstro
além do homem. Simon rosnou, “Era supostamente para você estar cobrindo o traseiro
dela.”
“Pensei que fosse o que você estivesse fazendo noite passada.”
A música tinha aumentado. A maldita banda em alguma gritante merda e –era outro
tiro? “Saia do meu caminho,” Simon ordenou.
O demônio não se moveu. Bem.
Simon empurrou o bastardo para trás, uns bons trinta centímetros, e correu para a
saída mesmo enquanto o demônio destruía uma mesa antes dele bater no chão.
Um chute mandou a porta voar aberta. “Dee!” Ele podia cheirá-la, aquela selvagem
essência vagando no ar.
Simon correu para frente e viu a arma lançada no chão. A arma dela.
“Dee!”
Mas ele não podia ver sua pequena caçadora.
Sumiu. Talvez morta.
Filho da puta.
Rosnando, ele decolou para dentro da noite, seguindo a essência de sangue rastreando
tão rápido quanto ele podia. Dee tinha feito os seus atacantes sangrarem e aquele doce
cheiro iria levá-lo direto a ela.
Se ele pudesse chegar lá a tempo.
***
O gemido de sirenes a acordou. Um alto, forte grito que ela ouviu muitas vezes antes.
Dee lutou para abrir seus olhos. Um gemido rasgou dos seus lábios enquanto a dor
destroçava pelo seu corpo.
Vampiros.
O fôlego que ela tentava sugar agora em sufoco enquanto a realidade colidiu.
Ela tinha os derrubado?Ou eles tinham a derrubado?
Por favor, não.
O fedor bateu nela então. O odor de cobre que ela captou pela primeira vez tempos
atrás e nunca se esqueceu. Não podia.
Não, não novamente.
Seus cílios se abriram. Ela apertou os olhos, tentando ver.
Mas estava muito escuro. Preto piche.
Ela se empurrou para cima e uma explosão de agonia queimou pela sua cabeça com o
movimento. Foda-se essa dor. Suas mãos se apoiaram enquanto ela tentava lutar por
equilíbrio, e algo pegajoso e molhado revestiu as suas pontas dos dedos.
Não.
O cheiro bateu por ela novamente, mais forte agora que ela estava consciente,
surpreendente como um soco forte em seu rosto. Bile ergueu e ela se sufocou,
assustada, enjoada.
Não novamente.
Ela tropeçou para trás, mas bateu em algo. Algo suave e imóvel.
Seus olhos se estreitaram enquanto ela se esforçava para ver mas a escuridão estava
muito perfeita. Suas mãos remexeram, estendendo.
Carne.
Um braço. Gelado ao toque.
Um quadril.
Estômago.
Então –Oh Deus, não –
Um maldito alto boom em sua direita e luzes explodiram nela como –o que?
Uma porta? Voando aberta.
“Dee!”
Sua cabeça se arrastou para o som e o movimento mandou fogo queimando pela base
do seu crânio.
“Oh, maldição, o que no inferno aconteceu?”
Aquela voz...Simon.
Uma fenda de luz se atirou atrás dele, iluminando o escasso interior do seu inferno. Ela
olhou para longe dele, seguindo o terror nos olhos dele ao ver o corpo. Roupas top de
linha, encharcadas de vermelho. Longo, cabelo emaranhado cobrindo metade de um
rosto de uma mulher. Um rosto que ela conhecia. Pequena Senhorita Luz do Sol
deitava morta abaixo de suas mãos. Não uma morte bonita. Muito brutal.
As pontas dos dedos de Dee flutuavam em torno da estaca de madeira que foi enfiada
dentro do coração da outra mulher. Seu fôlego raspou para fora. “Eu-eu não-” Suas
mãos voaram de volta. Uma humana. Luz de Sol era uma humana. Em vida, e na morte.
Dee tentou se levantar, mas ela escorregou e caiu no sangue que revestia o chão.
Apenas como antes. “Mãe? Mãe! Me ajude!”
Mas ninguém a tinha ajudado.
“Dee? Dee?” Simon a agarrou e a levantou em seus braços. “Você está ferida?”
Yeah, mas a outra mulher estava morta. Eu a matei?
Por favor, não. Ela não podia se lembrar de nada. Não desde o beco, quando todos
aqueles vamps pularam nela –
Sua mão voou para o seu pescoço. Ela tinha sido mordida? Cristo. Se eles a tivessem
mordido eles seriam capaz de chegar em sua cabeça. Doentias, aberrações distorcidas.
Simon se virou para longe do corpo. “Nós temos que dar o maldito fora daqui!” Seu
aperto a machucou.
“Não, não nós não podemos deixá-la. Os tiras-”
“Estão para invadir o local a qualquer minuto.” As sirenes gritaram, tão perto agora.
Tão perto.
Dee arfava contra ele, mas ele apenas prendeu suas mãos mais apertadas ao redor dela,
e correu da cova. Não, não uma cova, ela percebeu enquanto a luz se derramava sobre
ela. Algum tipo de armazém?
Simon correu para fora, a segurando apertado.
Yeah, um armazém. Com janelas com tábuas, um sinal de condenação na lateral, e
alguns poucos postes derramando luz sobre o seu inferno.
“Os tiras acham você aqui, seu traseiro irá ser encaminhado para a cadeia.” Ele só a
empurrou para dentro do seu carro. O cheiro de couro fluiu em suas narinas mas ele
não conseguiu bloquear do fedor de sangue. Tanto sangue. O sangue de Luz de Sol
tinha manchado sua pele.
Uma porta de carro bateu. Dee olhou para cima para ver Simon girando a ignição,
então ele acelerou o Mustang e eles voaram para frente com um rosnado do motor.
“Nós não podemos...deixar a cena.” Sua mente não estava trabalhando bem. Ela sabia
disso. Tudo parecia mais lento. As luzes da rua muito brilhantes. Dee apertou os olhos
enquanto ela corria uma mão para trás da sua cabeça.
Quando Dee tocou o nó do tamanho de punhos na base do seu crânio, sua respiração
saiu asperamente. O que eles fizeram comigo?
Simon empurrou a direção para a direita e virou descendo a rua. Então outra. Outra. O
mustang serpenteava por entre becos e estradas secundárias, fazendo tantas voltas que
fizeram Dee ficar enjoada.
Ela achava que conhecia a cidade. Ela pensou errado.
Seus olhos se apertaram fechando e ela viu –
Uma estaca, enfiada profundo dentro do peito da mulher. Sangue.
“Porque?” A palavra rompeu dos seus lábios enquanto seus olhos se abriram. “Ela era
uma..isca. Ela não deveria ter sido-”
“Dee.” Simon poupou a ela um olhar. “Foque em mim. Quanto desse sangue é seu? Os
bastardos morderam você?”
Não sei. Suas mãos começaram a tremer. O bater constante na sua cabeça fizeram
náuseas percorrerem por ela. “Não estou certa.” Okay, isso soou normal. Não foi? Sua
língua parecia tão espessa em sua boca.
“A mulher...”
“Porra, Dee! Ela está morta! Ela foi parte da armação! Os vamps deixaram você ali,
com uma estaca –provavelmente uma das suas – dentro do coração da mulher, e eles
mandaram a polícia achar você.”
As sirenes –como a polícia soube quando vir?
Ele pegou outra esquina e os pneus cantaram. “O que você achava que iria acontecer
quando os tiras achassem você agachada sobre um corpo humano morto?”
A dor estava pior. Ela podia agora ouvir os pulsos. Isso não poderia ser bom.
“Tenho...amigos que são tiras.” Eles deveriam ouvi-la. Tony –ela podia contar com ele.
“T-Tony..” Okay, isso foi atrapalhado.
“Inferno! Você está para desmaiar, não está?”
Talvez. Umm, yeah.
“Dee? Dee!” Ele pisou nos freios e ela caiu para frente.
O cinto de segurança que ela não se lembrava de ter prendido –talvez ele tenha? –
cortou através do seu peito. “Fique comigo. Eu tenho que saber...isso é importante.
Eles te morderam?”
As luzes da rua não pareciam tão brilhantes agora. Ou talvez os seus olhos estivessem
apenas fechados. Difícil dizer ao certo.
“Dee?”
“Talvez,” ela sussurrou e a última coisa que ela ouviu foi –
“Caralho.”
***
Morte tinha uma maneira de fazer a beleza...feia.
Capitão de Polícia de Baton Rouge Antônio “Tony” Young olhou para baixo para o
corpo diante dele. Ele estava acostumado com sangue, então o fedor e a visão não o
incomodaram. Essa não era a primeira vez que ele encontrou um show de terror como
cena de crime. Não deveria ser a sua última também.
Ele se agachou ao lado do corpo e um assobio sem som passou pelos seus lábios.
Alguém tinha se ferrado. Ele podia ver as marcas de mordida no pescoço da mulher,
então yeah, ela teria sido um brinquedinho de mastigação de vamp, mas –
Mas ela não tinha sido uma vamp.
Os filmes e os programas de TV tinham vampiros morrendo de forma toda errada.
Quando os vamps eram apunhalados, eles não envelheciam ou encolhiam ou
explodiam em poeira.
Nada tão extravagante.
Mas a mudança estava ali. Você apenas tinha que saber o que você estava procurando
para ver isso.
Na morte, bem, sua segunda morte, de qualquer forma,os caninos alongados dos
vamps retraiam. A escuridão em seus olhos –a escuridão que vinha quando eles
caçavam –se desvaneciam.
Os seus corpos se enrijeciam, se endurecendo imediatamente, então quando os ME2
olhassem mais tarde, o TOD3 nunca estava certo. Sem chance de determinar a hora da
morte de um vamp, apenas não podia acontecer.
Sua pele se embranquecia, não lentamente se tornando acinzentada e amarela como a
humana. Não, a pele se drenava de cor até que a carne estivesse o mais nítido dos
brancos, a drenagem era quase instantânea.
Esses sinais eram sempre dádivas mortais de que você estava lidando com vamp. Esses
indicadores, e a estaca de madeira que estava geralmente alojada no peito. Difícil
perder uma estaca.
“Oh, cara, essa é quem eu penso que é?” O fardado próximo de Antônio pressionou um
pouco muito perto.
Antônio bateu suas mãos contra o peito dele. “Não sequer pense em estragar a minha
cena de crime.” Como se as coisas não estivessem estragadas o suficiente. Essa pista
eles tinham recebido... “Dois homens lutando, gritando, alguém precisa de ajuda no
Belmont e Queens. A piranha louca estava gritando sobre vampiros.”
Gritando sobre vampiros –e agora a vítima tinha sido apunhalada.
“Capitão você não a reconhece?”
Ele se virou para encarar o fardado. Manchas vermelhas manchando o rosto do garoto.
“Eu deveria?” Outro corpo. Outro caso que daria a ele desgosto.
2
(ME-medical examiner – médico legista)
3
(TOD - transfer on death –transferência na morte)
Não poderiam os supernaturais sequer recuar?
Um rápido golpe da língua do tira. “Ela é Lisa Durant. Você sabe, a sobrinha do
Senador Durant. Eu vi –eu a vi na TV algumas semanas atrás. Ela estava...” seu olhar
caiu para o corpo. “Quente.”
Não mais.
Os dentes de trás de Antônio cerraram. A sobrinha do Senador. Oh, inferno.
Manter isso quieto seria uma cadela.
Ele olhou de volta para a estaca. Seus olhos se estreitaram.
“Jon..isso é o que eu penso que é?” Sem luz suficiente para dizer nesse ângulo, mas isso
parecia como –
O técnico da cena do crime que se agachou ao lado do corpo e atirou para ele um
sorriso irônico.
“Impressões digitais ensangüentadas. Inferno, sim.”
A mão de Antônio passou por cima do seu rosto. “Execute-os, e dê os relatórios pra
mim.” Seus olhos seguraram os do Jon. “Apenas eu, você entendeu isso?” Jon deu um
severo aceno.
“Bom.” Porque ele tinha o pressentimento que a merda supernatural estava para atingir
o ventilador em sua cidade.
***
“Dee.”
Alguém a sacudiu. Forte.
“Você tem que acordar. O que bateu em você deixou uma concussão em sua cabeça.
Você não pode dormir.”
Mas ela realmente queria, apenas mais um pouco de qualquer forma.
“Dee!” Outra sacudida. Uma forte o suficiente para chacoalhar os seus dentes.
Ela conseguiu abrir um olho. “Você deveria realmente...sacudir uma mulher com
uma...concussão?”
Um breve sorriso virou para cima os seus lábios. “Ou era sacudir você ou talvez deixar
você deslizar em um coma.”
Algo molhado e gelado pressionou contra a sua nuca e Dee sugou um rápido fôlego.
“Mas que inferno?”
O sorriso piscou novamente. Estava o cara curtindo a sua dor ou o que? “O gelo fará o
gigante nó ir embora mais cedo.”
Ambos os olhos dela abriram. Dee percebeu que estava em um sofá, escorada contra
algumas almofadas, e Simon, ele estava sobre ela, ao redor dela. Uma mão segurava o
seu ombro, impulsionado-a mais perto, enquanto a outra ancorava na bolsa de gelo na
base do seu crânio. Meros centímetros separavam seus rostos.
Seus olhos esfumaçados eram tão profundos e intensos. Ela notou os seus cílios então.
Realmente longos, escuros cílios. Estranho, porque o seu rosto estava duro e –
“Você voltou pra mim dessa vez?” ele murmurou.
Ela piscou, percebendo que embora o seu crânio ainda palpitasse, o torpor de antes
tinha acabado. “Yeah, eu...acho que sim.” Se ela pudesse parar de ser uma idiota e parar
de olhar para dentro dos seus olhos como uma adolescente doente de amor com uma
paixão. Jesus.
Dee tateou a bolsa de gelo. Seus dedos emaranharam com os dele. “Eu tenho- eu tenho
isso.”
A mandíbula dele cerrou.
Okay, talvez ela não fosse a mais graciosa vítima. As boas maneiras do Sul nunca seriam
o seu mais forte traje.
A mão de Simon desviou e ela pressionou a frígida bolsa contra a sua cabeça. “Não se
preocupe....comigo,” ela conduziu. “Eu me curo rápido.” Para uma humana, de
qualquer forma. Ela arrastou o seu olhar para longe dele e escaneou a sala. Paredes
vazias. Sem fotos, sem quadros. Uma TV, tocador de DVD, consoles de jogos. E em
um canto...o que era isso? Uma revista pornô? “Ah, sua casa?”
Um aceno severo.
O gelo deslocou para baixo dos seus dedos. “Olhe, Simon, eu agradeço que você tentou
vir em meu socorro-”
“Eu salvei o seu traseiro, Dee, de novo.”
Verdade, embora ela estivesse um pouco esparsa nos detalhes. “Eu não..eu não posso
me lembrar o que aconteceu depois de eu deixar o beco.” Os vamps tinham pulado
nela. Ela descarregou sua arma. Ficou sem munição. Começou a apunhalar. Muitos
deles. Eles a derrubaram. Sua cabeça ricocheteou no chão e –
“Eu acordei no sangue dela.” Ela nem sequer soube o nome da mulher.
Outra vítima. Tantos rostos sem nomes.
Simon começou a recuar. A mão esquerda de Dee o agarrou. “Eu não a matei.”
A cabeça dele ergueu. “Embora você apenas tenha dito que você não se lembra.”
Dee engoliu e esperou que estivesse falando a verdade. “Eu não teria matado um
humano.”
“Você tinha uma estaca contra o coração dela noite passada.”
“Para assustá-la, não para matá-la!” Oh, má idéia. Gritar fez o latejar muito pior.
“Simon, confie em mim, eu-eu não mataria um humano, não depois do que aconteceu
a-” Ela se interrompeu, apertando os seus lábios juntos. Então, o que? Uma pancada na
cabeça a fez super falante?
“Você quer que eu acredite em você?” ele perguntou.
Dee percebeu que seus dedos estavam se enfiando dentro do pulso dele.
Com um esforço, ela desapertou e assentiu.
“Você me diz porque você é tão contra vamps, e me faz acreditar que você nunca
apunhalou uma mulher desarmada. Então, nós vamos ver sobre falar em confiar.”
O gelo tinha começado a derreter. Um gotejar deslizava para baixo da sua nuca. “Minha
história não é tão diferente da sua.”
Ele não falou.
Ótimo. Ele queria a sua alma nua –esse era o jeito que isso deveria ser. Porque agora
mesmo, ela precisava dele. Até que eu pudesse descobrir o que no inferno estava
acontecendo. “Quando eu tinha quinze, eu voltei pra casa pra achar um banho de
sangue na minha casa.”
Mãe? Mãe? Onde está você?
Dee ignorou essa suave voz sussurrando em sua cabeça. A voz de uma garota que ela
tinha sido há muito tempo atrás.
Ela limpou sua garganta e disse, “Meu encontro me largou na porta de casa. Meu
primeiro encontro.” Ele envolveu suas suadas palmas ao redor dos ombros dela e deu
um beijo nela. Molhado, desleixado, mas seu primeiro beijo. Ele se apressou com isso
quando ele ouviu um baque do lado de dentro.
Vince tinha pensado que o seu pai estava vindo. O ex- marinheiro, durão como pregos
que estava limpando a sua arma antes deles partirem.
“Maldição, eu o amava tanto,” ela murmurou. Aquela estúpida arma.
Ela tinha implorado a ele para colocar a coisa para cima antes que Vince chegasse.
Pessoas realmente não faziam coisas como essa, mas ele queria –
“O garoto que você estava-”
Uma forte sacudida da sua cabeça. “Não. Esqueça isso.” Ela engoliu. “As luzes estavam
acessas quando eu entrei, mas eu não podia achar ninguém.” Mas ela cheirou um
espesso, forte odor.
Sangue e morte.
“Eu encontrei o meu pai primeiro. Ele estava no corredor. Sua garganta tinha sida
rasgada, aberta.” Tanto sangue. Ela não tinha gritado quando ela tinha visto ele. Ela
deveria ter, ela tinha até tentado, mas o seu fôlego tinha acabado.
Ela caiu em seus joelhos próximo a ele. Sua preciosa arma ainda estava em sua mão.
Seu pai nunca carregou a coisa, então isso não tinha dado a ele nada de bom.
Os dedos de Simon deslizaram para cima em sua bochecha e Dee percebeu que tinha
derrubado o seu olhar. A mão dele envolveu o seu queixo e ele a forçou a olhar para ele
novamente.
Melhor ele que o passado. “Eu encontrei a minha irmã a seguir.” Ela pausou, sentindo a
dor. “Ela tinha sete.”
Eles a tinham matado em seu quarto,exatamente ali próximo a linda cama pink de Sara
e de sua alta, branca casa de bonecas.
“Alguns vamps curtem o sangue de crianças. Eles acham que fazem eles mais fortes,”
ele disse. “Dee olhe pra mim.”
Ela estava, mas ela podia ainda ver Sara. “Ela costumava me enlouquecer. Eu era tão
mais velha e-” E Simon provavelmente não se importava. Ele não queria saber o quanto
piranha ela tinha sido com a sua irmã mais nova.
Não queria saber que ela correu direto para o quarto de Sara depois de encontrar o seu
pai, seu coração queimando em seu peito. Quando ela encontrou Sara, ela caiu.
O grito tinha vindo então. Rompendo de sua boca e a estilhaçando.
“Eu gritei por ela, por socorro, e então eu ouvi os passos chegando.”
Tão estúpido.
“Eles deveriam ter ouvido você no momento que você entrou na casa,” Simon disse e
seu rosto ficou mais duro. “Os bastardos estavam apenas brincando com você.”
Ela soube disso agora. Eles deixariam que ela encontrasse os corpos, deixariam o terror
e dor romper por ela, e eles deveriam ter se arrastado para fora para observá-la.
Doentes, aberrações distorcidas.
Então eles atacariam.
“Suas bocas estavam manchadas com sangue. Quando eu vi os seus dentes, eu-eu não
acreditei no que estava vendo primeiro.”
Porque quem iria acreditar que vampiros fossem reais? Que eles apenas tinham abatido
a sua família?
“Eu tenho esperado por você, pequena Sandra Dee, esperando tanto tempo.”
Dee pulou e a bolsa de gelo despencou de seus dedos. “O que? O que no inferno você
acabou de dizer?”
Os dedos dele despencaram. “Eu disse que eles estavam esperando por você,
provavelmente tentando ter certeza que você estivesse sozinha antes deles atacarem.
Esse é o jeito que os bastardos trabalham.”
Yeah, esse era.
“Como você escapou?”
Por causa de um milagre. Ou, não, talvez porque o diabo tinha se entediado e decidiu
agitar o inferno na Terra. “Minha mãe desceu as escadas.”
Ainda viva. Dee tinha engasgado essas palavras. Um vamp tinha segurado o seu braço
direito, outro o seu esquerdo. Ela tinha pensado que eles iriam a despedaçar. E o outro
vamp bastardo –aquele com cabelo loiro, olhos negros de carvão, e o mentiroso, rosto
gentil –ele a observava com um sorriso.
Sua mãe tinha tropeçado os degraus para baixo. Espessas, feridas abertas cobriam o seu
pescoço. “Os vamps não tinham sido suaves com ela.” Uma enferrujada, quebrada
gargalhada. “Quando eles são suaves?” Um assassino amável não era geralmente uma
opção para os vampiros. Eles gostavam que a presa sofresse.
Sangue tinha se encharcado na blusa da sua mãe. Seu rosto... “Ela estava tão pálida.
Tremendo. E seus olhos, eles estavam-” Mudando. Desaparecendo de um brilhante
dourado para sombras escuras. Ela não sabia o que a escuridão significava. Não nessa
ocasião.
“Eles gargalharam quando eles a viram. Disseram a ela que ela não poderia ter uma
bebida.” Mamãe não bebia. O estúpido pensamento tinha tido aos quinze anos.
Sua mãe nunca tinha tocado em álcool. Nunca.
A mandíbula dele travou mas o seu olhar nunca vacilou. “Termine isso,” ele rangeu.
Ela não queria. Dee apertou seus olhos fechados.
Escuridão. Apenas como os olhos de sua mãe.
Eram todos os vampiros realmente maus?
Alguns caçadores clamavam que um vampiro perdia a sua alma quando eles eram
transformados. Aquela bondade morria e apenas o mau remanescia. Um shifter tinha
dito a ela isso uma vez –ele disse que a podridão e a decadência que ele cheirava em
vamps vinham da decadência interior, onde a alma deveria estar.
Talvez a velha raposa tenha falado muitas mentiras, mas ela tinha perguntado ao Jude e
ele disse que captava o mesmo fedor qualquer hora que um vamp estivesse perto.
Exceto um, ele tinha dito a ela sobre o vamp em LA que –
“Como você escapou?” ele repetiu.
Dee abriu seus olhos. “Ela –ela tinha uma arma. Esse baque eu tinha ouvido antes, ela
tinha quebrado uma mesa. Eu imagino que eles pensaram que ela não tinha nenhuma
força restante, mas ela tinha.” Um pouco de orgulho aqui. “Quando ela chegou ao
patamar, ela atacou e apunhalou o líder bastardo nas costas.”
Um momento de fraqueza. Isso era tudo o que ela precisava. Apenas um momento.
“Vá, Sandra Dee. Vá,” ela sussurrou as últimas palavras de sua mãe. Um triste sorriso
curvou em seus lábios. “E eu fiz. Eu corri e a deixei ali.” Para morrer.
Raiva e medo tinha revirado o seu estômago enquanto ela desceu correndo o corredor
e saiu da casa. “Eu a deixei,” ela repetiu, voz ainda suave. Os outros tinham se virado
para sua mãe quando ela apunhalou o líder, e seu ataque tinha dado a Dee aquele
momento único para fugir.
Mate eles. O pensamento agora era o mesmo quando tinha sido naquele momento.
Mate eles. Ela não queria ter ajuda. Ela queria encontrar alguém para matar aqueles
bastardos na sua casa.
“Eu corri para fora. Fui para os vizinhos.” Eles não estavam perto. Não perto o bastante
para ouvir o seu primeiro grito. Se apenas.
Mark McKenley e sua esposa Julie queriam ir para sua casa, imediatamente. Eles
ligaram para os tiras, e Mark tinha decolado com sua velha espingarda. Dee relembrou
que correu atrás dele, gritando que a arma não seria suficiente.
“Algo aconteceu com minha casa.” Ela lambeu seus lábios. “Fogo...a fumaça, eu vi isso
no minuto que eu fui de volta para o lado de fora.”
Mãe!
“Fogo queima rápido, você sabe. Tão rápido.” Chamas insaciáveis, lambendo o lado da
sua casa, descascando a pintura do caminho em espessas bolhas, comendo a sua casa.
“Eu sei,” seu ríspido sussurro.
Julie tinha a segurado para trás. Mark, sessenta, com ombros encurvados e mãos
trêmulas, tinha estourado para dentro da casa em chamas, gritando o nome da sua mãe.
Ele permaneceu dentro, até os bombeiros chegarem e arrastarem o seu corpo para fora.
Morto. Como os outros.
Minha culpa. Ela não tinha sido capaz de olhar para Julie depois disso.
“Os tiras e os bombeiros não acreditaram em mim quando eu contei a eles o que
aconteceu.” Não que ela pudesse culpá-los. Inferno, eles provavelmente pensaram que
ela estivesse louca ou doidona. “A história correu no papel poucos dias depois.” Ela leu
isso com lágrimas escorrendo em seu rosto. “Eles decidiram isso como assassinato-
suicídio. Depois que o fogo parou, os únicos restos que eles acharam dentro eram –
bem, eles disseram que eles puderam identificar Mãe, Pai, e Sara.” Não ela. Não agora.
“Sem sinal dos vamps, claro.”
“Porra.” Entendimento na palavra gutural. Ele sabia para onde isso estava indo.
“Eles disseram que minha Mãe matou o meu Pai e Sara, então ela enfiou uma faca em
sua própria garganta.”
Mentira. Não sua mãe. Não a mulher que sacrificou a sua própria vida para que Dee
pudesse escapar. “Ninguém acreditou em mim.”
O pulsar constante na sua cabeça a estava deixando louca, mas ela superaria. Ela
sempre superava.
“O que você fez? Para onde você foi?”
Para as ruas. “Eu decolei por mim mesma.” Com a estúpida idéia de achar os vamps
que atacaram a sua família e os mataram.
Mas, aos quinze, ela não sabia como viver nas ruas. Ela esteve perto de morrer de fome
uma semana mais tarde, suja, com frio. Sua mandíbula cerrou. “Consegui sobreviver.”
Um dar de ombros. Como se ela pudesse dar de ombros para aqueles anos sombrios.
“Então eu conheci Jason Pak.” Não, ele a achou. A Perseguiu e a encontrou naquele
apartamento cercado de baratas que ela sangrava para pagar.
“Pak.” Ele ecoou o nome. A maioria das pessoas em Baton Rouge sabia de Pak, mesmo
se elas não tinham pessoalmente encontrado o cara. Más reputações se transportavam
muito facilmente.
“A primeira coisa que ele me disse...ele disse que eu não estava maluca.” Mas ela
pensava que estivesse.
“E a segunda?”
Seus dedos se fecharam. “Ele disse que me ensinaria como matar os bastardos.”
Pak tinha sempre sido um homem de palavra.
“Eu não achei esses vamps ainda, mas eu irei.” Um dia. Então talvez ela parasse de ouvir
os gritos de Sara tarde da noite. Talvez. Ou talvez ela os ouviria até ela morrer.
O olhar dele vagou sobre o seu rosto. Seu pescoço. “Eles não morderam você aquela
noite?”
“Não.” Inflexível. Uma boa coisa, também, porque a maioria das pessoas não entendia
o quanto perigoso até mesmo um pequeno beliscar de um vamp poderia ser.
Uma vez que um vampiro tomasse sangue da vítima, ele tinha um link psíquico com
sua presa. Se ele fosse forte o bastante, ele poderia roubar pensamentos, memórias, e
mandar sussurros sedutores nas horas da escuridão.
Alguns deles –esses acidentais Mestres Nascidos –era possível que eles pudessem até
controlar a sua presa. Ter humanos para seguir cada seu comando distorcido. Como
doentes, enlouquecidos fantoches.
Dee nunca quis ser um fantoche. Nunca.
Tomando um profundo fôlego, ela se empurrou para fora do sofá. As coxas deles se
roçaram e ela lutou para ignorar a onda de calor daquele rápido toque.
Seus joelhos sacudiram um pouco quando ela se levantou. Por apenas um segundo,
pontos pretos dançaram diante de seus olhos e a náusea rolou em seu estômago.
“Dee?” Ele estava ali, levantado, também, e colocando uma mão de apoio em seu
ombro.
Cuidado. Não se acostume com ele estando ali.
Sozinha. Isso era como ela vivia a sua vida. Como ela continuava vivendo.
Ela enrijeceu sua coluna e levantou seu queixo. “Eu estou bem.” Não uma mentira
total. Dee estava certa que não havia ameaça imediata de morte.
Lentamente, ela se virou para encarar Simon. Ela olhou para cima para ele. “Depois do
que aconteceu com a minha família, você realmente acha que eu alguma vez tiraria a
vida de um humano? Eu não posso fazer isso. Seria o mesmo que-”
Eles. Os vampiros. Roubando vidas. Derramando sangue.
“Eu não me lembro o que aconteceu naquela sala, mas eu sei que eu não iria apunhalá-
la.” Os vampiros. Eles a teriam feito assistir e ela não podia sequer se lembrar? A
mulher tinha implorado por socorro?
Simon a mediu com olhos de gelo. Silêncio preencheu a sala, pesado e espesso, então
ele deu um severo aceno. “Se você quisesse matá-la, ela estaria morta no chão noite
passada.”
Não um toque de aprovação, mas ela pegaria o que ela pudesse ter.
“Obrigada por isso tudo, ao menos.”
Então foi a vez dela de fazer uma pausa porque essa parte, yeah, seria estranha. Bem,
inferno, não era como se ele já não a tivesse visto nua. “Eu preciso de um favor.” Ela
tinha desnudado sua alma para ele, um pequeno favor não era realmente muito para
pedir em retorno. “Eu joguei o seu jogo, contei a você o inferno do meu passado, agora
eu quero uma coisa de você.”
“Suficientemente justo.”
Ela achava também.
“O que você precisa?” Ele deu de ombros. “Você sabe que você pode se jogar aqui até
nós descobrirmos o que –uh, Dee?”
A camisa dela atingiu a mesa de café. O latejar em sua cabeça chutou para cima em um
degrau. Não há socorro para isso. Ela tinha que arrancar a camisa. Sangue tinha
manchado e endurecido o tecido, e ela nunca queria ver essa camisa novamente.
Dee tirou seus sapatos. Abriu seus jeans e –
“Apenas que tipo de favor você precisa, bebê?” A voz dele estava mais espessa, escura, e
quando ela olhou para cima, Dee viu que aqueles olhos esfumaçados dele não pareciam
mais tão frios. Não, nenhum pouco frios.
Ela empurrou o jeans para baixo. “Eu não me lembro o que aconteceu –isso significa
que eles podem ter feito qualquer coisa comigo.” Não, não, não. “Eu...preciso que você
me cheque.” Ela lambeu os lábios. Teria que ser uma verificação de corpo inteiro. Sem
chances dela correr riscos.
“Checar você?”
Seu olhar prendeu o dele. “Por marcas de mordidas.”
Capítulo 5
Oh, mas ele certamente gostaria de tomar uma mordida. Simon engoliu e deixou o seu
olhar deslizar sobre a pálida carne de Dee. A mulher sabia como tirar a roupa, rápido.
Um sutiã preto simples e calcinha combinando a cobriam. Bem, cobrindo o que ele
mais queria ver, e ela estava ali, ombros para trás, seios pequenos para fora, e disse a
ele...
“Eu vou precisar de uma checagem de corpo inteiro.”
Sim. Ele limpou sua garganta. “Eu farei o meu melhor.”
“Isso é sério, Simon. Isso não é como um maldito mosquito. Se eu tiver tido uma
mordida, eu vou-”
“O que?” Curiosidade real agora. “Se eles morderam você, não há uma maldita coisa
que você possa fazer sobre isso agora.”
“Eu sei.” Suave. As mãos dela levantaram, pairando entre eles. “Eu apenas-”
Seus olhos se alargaram enquanto ela olhava para seus dedos. “O sangue dela ainda está
em mim. Em minhas mãos.”
A ponta dos seus dedos estavam coloridas de vermelho. Filés de sangue tinham secado
nas costas da sua mão.
“Pia.” Estalou para fora.
Ele apontou para o banheiro e a observou arrancar para longe enquanto ele aproveitava
a ondulação firme de seu traseiro. Ele seguiu lentamente, o melhor para aproveitar a
vista.
Atraente.
Dee arrancou a água e, com a sua torneira temperamental, voou água para todos os
lugares. Mas ela não fez muito além de recuar debaixo do respingo do que ele sabia ser
uma água congelante. Simon espreitou perto e assistiu enquanto ela agarrou o seu
sabonete e começou a quase esfregar para fora a carne dos seus dedos.
Depois de cerca de cinco minutos, ele disse a ela, “Eu acho que você já atingiu isso.”
Ela enrijeceu. Largou o sabonete. A corrente de água parecia muito alta para ele.
Sempre parecia, porém.
“Me cheque.” Ela grunhiu as palavras. “Eu tenho que saber.”
Ele relaxou atrás dela, e viu o seu cotovelo mexer enquanto ela desligava a água. Mas
Dee não virou para encará-lo.
As luzes brilhavam no pequeno banheiro, dando a ele uma perfeita visão do seu corpo.
Pequeno, frágil...sexy. Mesmo embora ela fosse pequena, a mulher realmente tinha um
lindo traseiro. Talvez fosse aquela calcinha. Ela abraçava as suas curvas tão bem, muito
bem.
“Simon.”
As pontas dos dedos dele roçaram nos ombros dela. “Fique parada.”
Ele captou a forte inalação da sua respiração. O olhar dele levantou daquele doce
traseiro e escaneou o resto do seu corpo. Okay, o seu pênis estava tão duro que estava
para explodir através do seu jeans, mas ele prendeu o controle e conduziu se focar por
um tempo. Ele tinha que, para ela.
Isso –seus dedos traçaram sobre as suas omoplatas –era importante. Para ela e para ele.
Porque se ela tivesse sido mordida, então ela estaria comprometida. Ela seria um risco
para si mesma, e para seus amigos.
Para ele.
Não que uma mordida fosse mudar os planos dele. Sem chance dele abandoná-la
agora. Não quando ele muito só a tinha encontrado.
“O sutiã tem que sair.” Gutural. Muito ruim. Não como se ele pudesse manusear muito
mais do que isso. Simon calculou que ele era sortudo em ser capaz de falar agora
mesmo. Seus dedos deslizaram sob as alças, então arrastaram para o fecho. Se os vamps
tinham se alimentado dela, eles iriam tentar esconder a marca.
Eles não a queriam consciente.
O melhor para manter a localização, para a tortura.
Ele desprendeu o fecho. Empurrando o sutiã para fora dos seus ombros e o deixou cair.
Simon tinha uma maldita boa idéia do porque os vamps deixaram que Dee continuasse
respirando e porque eles tentaram armar para ela.
As palavras nas ruas eram que certos vamps tinham planos para Sandra Dee. Planos de
dor e loucura. Morte teria sido muito fácil.
A boca dele pairou sobre ela, diretamente em cima do seu ombro. A pele parecia tão
macia. Ele podia –
“O que você vê?”
Simon afastou-se. “Me deixe checar a sua frente.”
Um xingar, mas ela se girou.
Os olhos dele ampliaram quando ele viu seus firmes mamilos. Ainda molhados do
spray de água. Apontados, arqueados diretamente para ele.
Caralho. A mulher tinha uma concussão, puta que pariu. Ele não podia devorá-la agora,
sem importar o quanto faminto ele deveria se sentir.
Ele não era esse tanto de um bastardo. Ele era?
As mãos dela prenderam nele. “Cheque.” Sussurrada aqui. Fome –apenas como eu.
Porque ela sentia isso, também. O pulsante calor da luxúria. Sempre ali. Quando ela
estava perto, ele queimava.
Ele bateu suas mãos contra a pia, a prendendo. Ele deixou os seus olhos tocarem na
pele dela, da maneira que suas mãos e boca queriam fazer tão malditamente. “Levante
seus braços.”
Claro, o movimento só fez aqueles seios arquearem mais.
Maldição. Con-cus-são.
O olhar dele rodou em todo o seu estômago liso. Para baixo para a preta calcinha do
biquíni.
“Acredite em mim, Simon, eu saberia se eu fosse mordida ali.”
Os lábios dele curvaram. Não podia evitar. “Suficientemente justo.” Ele com certeza
não precisava dessa tentação sensual em seguida, de qualquer forma.
Ele envolveu suas mãos ao redor da cintura dela e ele a levantou. Ele a colocou no
balcão –provavelmente com um pouco mais de força –e alcançou as suas pernas.
“Simon.”
Ele a imobilizou com seu olhar. “Você quis isso.”
Um severo aceno. As pupilas dela estavam tão grandes. Seus olhos tão escuros. Quase
como um vampiro. Quase.
Ele pegou a sua perna direita. Curvou os dedos em volta da carne e acariciou para cima.
Sem rompimentos na pele. Sem rasgos. Sem sangue.
Sua pele estava tão sedosa e suave. Enquanto ele a tocava, o coração dele batia nas suas
costelas. Simon pressionou um beijo contra sua coxa.
Não posso evitar.
Um suave raspar veio de Dee.
Os dedos dele imóveis ao redor do seu joelho. “Se eu achar algo, o que você vai fazer?”
Seus lábios abriram.
A pergunta tinha que ser respondida. Tinha que ser. Os dedos dele subiram.
Os olhos dela se estreitaram. “Eu irei o mais longe desses bastardos que eu puder.”
Bom. Quanto maior distância, menos controle eles teriam. Uma lição que ele conhecia
bem.
“Você achou algo?” Ela sussurrou e houve um tremer de medo naquela rouca voz.
“Não ainda.” Ele pegou sua perna esquerda. Acariciou sua panturrilha, trabalhando na
sua perna e curvou seus dedos sobre a sua coxa. “Eu não acho que eles tocaram em
você.”
Eles não teriam se atrevido. Não se eles estivessem seguindo ordens, e ele suspeitava
que havia ordens definidas lá fora para Dee.
Eles a sacudiram nas redondezas. Tiveram sua diversão.
A quebrem, mas não provem. Não ainda.
Uma antiga ordem que ele ouviu uma vez um vampiro dar. Doente bastardo.
Ele deixou a sua mão em sua coxa. Pele tão lisa. Músculos tão fortes embaixo da pele.
Os seus dentes estabeleceram juntos. Apenas mais um lugar para checar, e ela já tinha
dito a ele que aquele doce ponto estava fora dos limites. “Você está limpa,” ele rangeu e
se empurrou para trás.
Dee piscou para ele. Então o seu olhar caiu, caiu para a sua forquilha, para a ereção
saliente que ele sabia não haver esperança de esconder.
Não como se ele quisesse esconder a coisa de qualquer forma. Ele queria Dee. Ele a
teria. Mas não quando ela ainda estava girando de um ataque.
Ele deu um passo atrás, dando a ela algum espaço, e arrancou a sua camisa para fora.
Simon encarou aqueles seios. Queria eles em minha boca.
Sua essência o cercou. Aquela profunda, rica essência que era Dee.
Seu pênis palpitava.
Poderia ter achado o seu cadáver. A estaca poderia ter sido interposta em seu coração.
Então o que no inferno eu teria feito?
O que. No. Inferno?
Simon lançou a Dee sua camisa. “Se cubra.” A coisa a iria engolir.
Os dedos dela fecharam no material, pegando ele facilmente.
“Simon, eu-”
“Se. Vista.” Ele sugou em um áspero trago de ar. “Ou seja fodida porque, bebê, isso é
uma coisa muito próxima.” Um cavalheiro, não, ele nunca tinha sido isso. A mulher
deveria não perceber isso, mas ele estava tentando para ela.
Tentando protegê-la. Dos loucos lá fora que estavam atrás dela, e até mesmo dele
próprio.
Lentamente, levando seu doce tempo sobre isso, Dee enfiou seus braços dentro das
mangas da camisa. Ela não colocou o sutiã de volta –o que, ela queria torturá-lo? Ele
podia ver as pontas dos seus mamilos e ele não tinha provado eles e –
Simon se virou para longe dela. “Apenas pra você saber,” ele grunhiu. “Eu fui um idiota
na outra noite.” Deveria tê-la tomado. Faria as coisas ficarem mais fáceis.
“Huh.” Uma pausa. “Então qual é a sua desculpa agora?”
Sua cabeça se virou de volta para ela. “A concussão que fez você tremer, seus olhos
dilatarem, e sua fala continua arrastada.” Okay, não realmente arrastada. Ele apenas
arremessou isso para divertir e para provar o seu ponto de vista. A mulher mal estava
em seus pés, se ele a tomasse, não –não.
“Então, quando eu estiver curada, o jogo estará valendo?”
O que? Os olhos dele fenderam. “Conte com isso.”
Isso era algum blefe? Alguma provocação? Ela aprendeu cedo o bastante que ele não
era do tipo provocador.
“Bom.” O sorriso dela atingiu ele no estômago e teve ele quase contorcendo-se.
“Porque eu estou cansada de esperar pelo seu traseiro ‘difícil de conseguir’”
A gargalhada veio dele, um pouco áspera e um pouco muito dura.
Aquele sorriso dela se alargou, mostrando seus lindos dentes brancos. Então ela
gargalhou com ele, assim como ela levantava a mão para tocar a base da sua cabeça.
Oh, merda. Ele não podia desviar da plenitude dos seus lábios. Eu estou em
apuros.Dirigindo direto para o inferno, seguindo uma mulher que nunca seria um anjo.
***
Antônio entrou no prédio da Night Watch apenas antes da madrugada. Caçadores
circulavam, vozes zumbiam. O lugar era sempre mais ocupado a noite.
A escuridão era o melhor disfarce para pegar presas.
Ele apressou passando a fila de escritórios pretos, um arquivo agarrado fortemente em
sua mão esquerda.
Rodando uma esquina, ele desceu essa última, solitária extensão de espaço –
“Senhor? Senhor, eu posso ajuda-”
Novo assistente. Antônio parou. Ótimo. Deixe isso com Pak para quebrar alguém novo
agora.
Se virando lentamente, ele olhou para o novo PA4 de Pak. A mulher parecia estar
empurrando setenta. Seu cabelo era uma juba branca, e seus olhos estavam estreitos
atrás dos seus óculos de armação de metal. Seus ombros tinham se inclinado com o
4
(PA- people association – pessoal associado)
tempo, apenas um pouco. A mulher parecia como se um pequeno vento pudesse batê-
la contra a parede.
Ela também parecia como se ela fosse a avó de alguém.
Mas, conhecendo Pak e o pessoal que ele gostava de contratar, as probabilidades eram
boas que essa mulher fosse uma bruxa. Um demônio. Ou...quem no inferno soubesse o
que mais.
Piscando o seu distintivo em um rápido movimento, Antônio disse, “Eu preciso falar
com Pak. É urgente.” Ou então ele não teria arrastado o seu bumbum do outro lado da
cidade. Ele estaria em casa, na cama, sonhando –
“Porque você quer vê-lo?” Sua cabeça ereta. Seus lábios finos franzidos.
As sobrancelhas dele levantaram. “Não posso dizer, senhora. Isso é um problema
particular.” Por agora. Mas quando os noticiários pegassem essa história...
“Hmmmph.”
A porta de Pak abriu no final do corredor. Um suave ranger que fez os ombros de
Antônio enrijecerem.
“Antônio, entre.”
Ele inclinou sua cabeça, lançando uma última olhada para a mulher. “Senhora.”
Ela moveu sua cabeça no mais fraco majestoso agradecimento.
Ele marchou para dentro do escritório de Pak. A porta fechou trás dele com o mesmo
ruído.
Pak não se sentou. O cara apenas encarou Antônio com seus escuros –não me pode ler
– olhos. Depois de quase trinta segundos, Pak perguntou, “Onde está minha
caçadora?”
E Antônio soube que eles estavam na mesma página.
Ele estendeu a Pak o arquivo. “Não sei, mas nós precisamos descobrir malditamente
bem.” Ele exalou e lutou para manter sua voz insípida, sem emoção. Difícil, contudo.
Porque ele se importava com Dee. Mais do que ele alguma vez se importou por outra
mulher.
“Nós temos problemas, Pak.”
O cara que era a Night Watch grunhiu enquanto seus olhos escaneavam as anotações
digitadas. “Suas impressões digitais estavam sobre a arma do crime.”
“Isso não significa nada,” Antônio disse, mesmo embora ele soubesse que ele não
deveria. Ele deveria ao menos ser imparcial, mas –essa era a Dee.
“Alguém poderia ter roubado uma das suas armas. A moça tem muitas malditas estacas.
Eu tenho dito isso a ela por anos.” Mas Dee sempre teve as armas. Ela as escondia ao
redor do seu apartamento pelo amor de Deus. Não que ele realmente a culpasse, com o
seu passado.
Os dedos de Pak tornaram-se brancos ao redor do arquivo. “Alguém viu Dee atacar a
vítima na noite anterior?”
Yeah, e essa merda era a parte que estava mordendo todos eles bem no traseiro.
“Eu tenho duas testemunhas que contaram aos fardados que eles viram Dee lutando
com uma mulher correspondendo a descrição da vítima na noite anterior. Eles estavam
atrás do Onyx. O bartender identificou Dee.”
“Ela estava trabalhando em um caso.” Um rosnado furioso. “Você sabe que ela não
machuca humanos.”
A regra número um de Dee. Yeah, ele sabia disso. Era por isso que ele estava ali.
“Ela deixou a cena do crime. Nós temos amostras de cabelo que eu tenho certeza irão
combinar com ela.” Tinham que corresponder, tudo mais estava tão agradável e limpo.
Como se estivesse sido embrulhado para presente para ele. “Sua partida...cara, isso não
parece bom.”
Pak olhou para cima para ele. Aqueles olhos estavam tão escuros como de um
demônio. Bem, quando um demônio deixava o seu glamour desprender. “Nós não
temos certeza se Dee partiu de bom grado.”
O que?
Com dedos firmes, Pak colocou o arquivo no topo da sua perfeita disposta mesa. “Não
há contato da Dee desde que ela foi vista pela última vez por Zane na missão. O seu
carro ainda está no bar. Ela não voltou para sua casa. Ela não fez nenhuma tentativa
para contatar a agência.”
O seu estômago deu um nó. “Ela está viva?”
Um ombro levantou. “Nesse ponto, eu não posso dizer com certeza.” Uma pausa. “Eu
posso dizer que Dee nunca mataria um humano.”
Não intencionalmente, de qualquer forma. “E se as coisas saíram do seu controle? E se
houve um ataque e ela estava lutando com vampiros e a mulher –a mulher atacou ela
também?” Fazia sentido. Ele com certeza esteve sobre cenários diferentes uma dúzia de
vezes. Tentando achar uma razão, uma desculpa. “Ela teria atacado para se defender.
Ela teria-”
“Ela não a teria deixado sozinha. Se fosse dessa maneira que isso aconteceu, ela teria
ficado, esperado pelos tiras.”
Verdade. Essa era a maneira que Dee trabalhava. Ou então ele teria pensado. “Você
está procurando por ela,” Antônio disse, afirmando, não questionando.
Um aceno.
“Nós temos que ser cuidadosos com isso, muito cuidadosos.” A palavra errada, o
ouvido errado para escutar isso, e a cidade iria explodir. “A vítima, ela era a sobrinha de
Craig Durant –o senador. Ele já está ligando para o DP, falando com o DA.” Ele
sacudiu sua cabeça. “Esse caso não vai desaparecer facilmente.” Se fosse desaparecer.
Nenhuma expressão passou pelo rosto de Pak. “Obrigado por você vir para mim com
essa informação. Eu vou me lembrar o quanto útil você foi comigo.”
“Yeah, certo.” Ele correu uma mão sobre o seu rosto. Os seus olhos estavam tão
granulosos que eles doíam. “Quando meu traseiro for chutado para fora da força por
compartilhar informação confidencial, eu apenas espero que você tenha um trabalho
pra mim.” Ele se virou embora, marchando para a porta.
“Não se preocupe.” A suave voz de Pak. “Eu terei.”
Pak esperou pelo tira sair. Um bom cara, embora muito fundamentado nas maneiras
humanas.
Ele olhou para o arquivo, então pegou seu telefone celular. O número de Dee era um
dos poucos programados automaticamente em seu telefone porque ela era uma das
poucas que importavam para ele.
A mensagem de texto era curta. Simples.
Não apareça. Tiras estão caçando você.
Dee não iria para a cadeia. Ele nunca deixaria isso acontecer.
Se enfie no caso. Mate o Bastardo Nascido.
Antes que o Nascido tivesse sucesso em matá-la.
***
“Porque eles não me mataram?” Dee perguntou enquanto os primeiros raios do
amanhecer começaram a aparecer no horizonte.
Amanhecer. Sua hora favorita. Ela amava quando a luz chutava o traseiro da noite para
o outro lado do céu.
Simon sentou próximo a ela. Eles estavam na sua varanda traseira. Pequena, compacta.
Duas muito antigas cadeiras de pedra que a relembravam muito do seu passado.
Com a sua pergunta, ele se virou para ela e seus olhos pareciam fechados. “Porque você
acha que você ainda está respirando?”
“Eu não sei.” Ela não teria perguntado a questão se ela soubesse.
O que era isso, algum tipo de porcaria de Freud? “Eles estavam me cercando, e-”
O bolso dela vibrou. Não, seu telefone. Ela enfiou o seu jeans mais cedo, amarrando a
camisa de Simon em sua cintura, e tentando se sentir normal. Ela tinha ainda
encontrado o seu telefone, checado a bateria, e pensado em ligar para Pak.
Ela também percebeu que se os vamps estavam realmente armando contra ela, ele
deveria estar com o traseiro afundado em tiras. Então ela esperaria.
O protocolo para um agente em problemas era esperar, ficar discreto por vinte e quatro
horas, então procurar por ajuda.
Ao menos que um superior da Night Watch contatasse primeiro.
Ela puxou para fora o seu telefone. Apertou os botões até que ela viu o seu texto, então
sua respiração assobiou para fora. “Maldição.”
Simon ergue-se. “Problema?”
Claro. Como boas notícias a seguiam. Dee lambeu seus lábios e olhou para cima para
ele. “Eu posso...” Yeah, o olhar dele tinha definitivamente se aquecido com esse enrolar
da sua língua. O batimento cardíaco dela chutou para cima em um talho.
“Eu posso ficar com você? Apenas por um dia ou dois?”
O olhar dele ainda estava na sua boca. “Eu já disse que você podia. Fique o tempo que
você quiser.” As palavras eram um escuro estrondo.
Oh, eles deveriam então estar indo para a cama logo. Sua cabeça estava melhor agora.
O inchaço tinha aliviado. Não mais pontos negros dançavam diante dos seus olhos.
Simon tinha forçado por uma visita no hospital, mas ela não queria arriscar. Vamps
amavam morar em hospitais. Falando sobre grátis e fácil acesso ao fornecimento de
sangue.
Se ela tivesse visões duplas, se ela tivesse desmaiado, se ela tivesse vomitado no corpo
sexy de Simon, então, yeah, ela iria procurar um médico.
Mas parecia como se ela fosse sobreviver. E assim ela conseguiria pular em Simon logo.
“Você continua me salvando,” ela disse a ele. Estranho. Normalmente, ela fazia o
salvamento. A proteção. Ela não estava muito certa como agir com ele. Mas duas vezes,
duas vezes, ele tinha salvado o seu bumbum das chamas.
“Você fará o mesmo por mim.” Absolutamente certo.
Seus olhos se estreitaram. Aquela frase...estava errada. Não, você faria o mesmo, mas
você fará. Ela forçou uma risada. “Não se preocupe. Eu sempre pago minhas dívidas.
De fato, eu-”
Ele pegou seu braço. “Nós precisamos entrar.”
O seu aperto pareceu muito forte. “Uh, okay.”
Os lábios dele se apertaram. “Me...desculpe. Eu estou cansado. Inferno de noite, você
sabe?” Oh, sim, ela sabia.
Ele afrouxou seu aperto. E Dee percebeu que ele parecia cansado. Havia uma beira de
escuridão sob seus olhos. As fracas linhas perto da sua boca tinham ficado mais fortes.
Justo, considerando que eu provavelmente parecia como um caloroso inferno.
Ela seguiu Simon para dentro. Ele trancou a porta traseira, rolou seus ombros. Então
ele perguntou, voz distraída, “Você quer alguma comida?”
Ela já tinha tomado banho, e claro, comida soava realmente bem agora mesmo. “Sim,
porque não?”
A cabeça de Simon subiu e seu olhar zerou na porta da frente. “Porra.”
Uma gelada quietude fixou sobre ela. “Uh, Simon?”
“Companhia.”
Compreensão bateu forte. “E aqui nós estamos sem um capacho de boas vindas do
lado de fora.” Armas. Simon tinha que –
As janelas explodiram. Vidros despedaçados, correndo para dentro da sala enquanto as
balas atravessavam as vidraças.
Cacos a atingiram, cortando profundo, e o rápido fogo trovejando das armas ecoou nos
seus ouvidos.
Filho da puta.
Dee atingiu o chão apenas quando a madeira da porta da frente explodiu em pedaços.
Pedaços de madeira voaram do outro lado da sala, alguns cortando a sua carne, alguns
raspando a sua pele para fora.
Ela se agachou atrás do sofá. Lamentável proteção, mas isso era melhor do que nada.
Simon avançou lentamente em direção a ela. Um longo gotejar de sangue corria para
baixo no lado do seu rosto.
Dee sugou um rápido fôlego. Quem quer que estivesse atirando –os bastardos estavam
certos de fazer um bom trabalho em disparar o lugar.
Onde estava a sua arma? De volta naquela sala encharcada de sangue?
Perfeita hora para estar desarmada.
Simon agarrou o seu ombro. “Nós temos que correr disso,” ele sussurrou.
Essa não parecia ser a melhor opção, mas então, sentar aqui e esperar pelos babacas
com armas entrarem e atirarem nela direto no rosto não parecia ser como um bom
plano, também.
Ele apontou para a direita, para a porta fechada, “Garagem,” ele declamou.
Um metro e cinqüenta de distância. Talvez um metro e oitenta. Mas onde estavam os
atiradores? Ainda do lado de fora? Ou trabalhando o seu caminho para entrar?
Um fraco grunhido de madeira alcançou seu ouvido. A varanda era de madeira. Velha,
desvanecida madeira. Porra. Seus atacantes estavam chegando muito perto.
“Vá!” Simon a levantou, movendo na mesma hora para cobrir as suas costas. Dee pulou
para a porta. Como eles os acharam tão rápido? Como tinha –
Bam. Bam.
Uma bala cortou de um lado ao outro do seu ombro. Filho da puta. Usando sua mão
esquerda, ela puxou abrindo a porta.
Simon apertou um botão na parede até mesmo enquanto ele caía em cima dela.
Eles despencaram para baixo três degraus, bateram no concreto, forte, e cambalearam
em um entrelaçar de membros e maldições.
O Mustang esperava. Revestimento preto brilhando. Dee pulou para dentro para o
assento do passageiro mesmo enquanto mais balas voavam. Simon pegou a direção.
A porta da garagem estava aberta –deveria ter sido o controle da porta que ele tinha
apertado antes –
“Aqui.” Ele cavou debaixo do assento. “Consiga esses bastardos fora das nossas costas.”
Uma arma. Uma doce, preta Beretta5 que encaixava perfeitamente em suas mãos.
Dois babacas de preto apareceram, descendo os degraus para dentro da garagem.
Máscaras de esqui cobriam seus rostos e suas armas estavam para cima.
Simon sacudiu a alavanca de marcha- ré. Dee esperava que a porta da garagem estivesse
aberta o suficiente.
Balas falharam no para-brisas. Uma. Duas.
Dee atirou de volta. A bala atingiu o cara alto no ombro. Não uma ferida superficial, um
profundo baque de bala dentro do músculo e osso. E então para baixo foi um idiota de
preto. O outro se curvou para proteção.
“Caralho! Atrás da gente!”
Ela se virou. Dois homens a mais, revelados agora pela abertura na garagem. Armas
para cima. Desde quando vamps caçavam a luz do dia? E usando máscaras de esqui?
“Segure-se,” ele rosnou e o carro voou para trás mais rápido.
Porque ele estava visando exatamente os homens.
5
(Beretta- é um nome genérico atribuído à fabrica de armas de fogo italiana, cujo fundador é Pietro Beretta)
Eles pularam para fora do caminho no último segundo, voando para o lado coberto da
rua antes que o Mustang batesse neles.
Simon virou rapidamente. O Mustang rosnou para frente, cavalos martelando para
longe.
Dee olhou de volta para os homens. Não estavam perseguindo. Não ainda. Muito
ocupados pegando as suas cápsulas de balas de fora do chão.
E da maneira que Simon estava dirigindo...inferno, não, eles os estariam seguindo
qualquer hora em breve.
O Mustang estava facilmente movendo-se a cem na longa, vazia extensão da estrada.
Dee tomou um longo fôlego. O primeiro que ela tinha desde que ela ressuscitou do seu
disfarce na toca dele. Seu ombro queimava como uma cadela.
Cuidadosamente, ela destravou seus brancos nódulos do aperto e clicou a trava de
segurança da arma antes que ela colocasse no assoalho.
Estremecendo, ela tocou a ferida. Okay. Um bocado de sangue, mas a bala não tinha
ido para dentro do ombro, apenas raspou por ela. Não um grande dano. Ela
continuaria vivendo.
Dee olhou Simon. “Você foi atingido?”
Ele rosnou para ela. Seriamente, rosnou.
Dee alcançou ele. “Simon?”
A cabeça dele sacudiu em direção a ela. “Se afaste.” Seus dentes estalaram juntos.
O que? A mão dela pairou no ar entre eles.
Ele sacudiu sua cabeça mesmo enquanto suas articulações ficavam brancas em volta do
volante.
“Não me toque agora.”
Os dedos dela fecharam, então caíram. “Eu-eu não sabia que alguém iria vir atrás de
mim.” Não tão rapidamente. Mas, inferno, ela deveria ter sabido. Alguém poderia
facilmente tê-la seguido e Simon daquele piche mortal. E que alguém tinha arruinado a
casa dele. Quase o matado.
Yeah, porque tudo isso iria colocar um sorriso no rosto do cara.
Sem surpresa que ele estivesse rosnando para ela. Ela tinha apenas trazido sua usual
morte e perigo para dentro da vida do cara.
“Você não pediu por isso,” ela disse, mesmo enquanto ela olhava para trás para ter
certeza que eles ainda não estavam sendo seguidos. Dessa vez, ela estava alerta o
suficiente para localizar uma perseguição. Estando inconsciente tinha realmente
atrasado o seu jogo antes. “Eu vou contatar o Zane na primeira parada segura. Pedir a
ele para vir para mim e-”
“O inferno que você vai.” Gutural, mas sem a escura fúria de antes.
“Maldição, você não vê o que ser como eu está fazendo com você?” Ele tinha que ver
isso. “Aqueles bastardos estavam atrás de mim, Simon, eles queriam-”
“Foda-se o que eles queriam.” Ele disparou a ela um olhar ardente. “Eu não estou
deixando você fora da minha vista.”
O que?
Ele se virou em seu assento, estremecendo um pouco. “E aqueles não eram vampiros,
bebê. Desde quando vamps caçam na luz do dia? E usam armas nas presas?”
Quase nunca. Vamps não explodiam no dia ensolarado. Isso era apenas algum mito
mentiroso que Hollywood inventou. O bom e velho Bram estava certo quando ele
disse que vampiros podiam andar na luz do dia. Eles eram apenas mais fracos nas horas
de luz –humanos fracos. Dee sempre percebeu que Bram6 deve ter estado dentro da
trilha dos vamps.
Enquanto ao usar armas...porque atirar na sua presa? Para vampiros, isso era apenas
uma perda de um bom sangue. Dee engoliu. “Porque vamps mandariam humanos atrás
de mim?”
“Atrás de nós.”
Os olhos dela se estreitaram. Suor cercava a parte superior da testa de Simon.
“Eles sabem que eu estou ajudando você,” ele murmurou. “Agora eles estão tentando
derrubar ambos. Não. Vai. Acontecer.”
O carro sacudiu um pouco. “Simon?”
Ele balançou sua cabeça. “Tudo...bem.” Seus dedos se apertavam ao redor da direção,
mas seus olhos começaram a deslizar fechados.
6
(Bram- Bram Stoker – diretor de Drácula o filme)
“Não, você não está.” O coração dela bateu em suas costelas.
“Você foi atingido, não foi?” Não me toque agora. Rude e zangado. Tinha que ser uma
gíria do homem por Eu estou ferido. “Pare o carro, me deixe ver o que-”
“Não! Não vou...deixar eles...pegarem você...”
Uh, sendo tão macho e protetor era meio sexy, especialmente desde que ela estava
acostumada a ser aquela que dava o pé na bunda, mas...
O carro saiu da estrada e se encaminhou direto para a fila de pinheiros torcidos.
“Simon!” Dee saltou para o volante.
Capítulo 6
7
(SOB –son of a bitch – filho da puta)
O cara de moveu, passando de uma sombra curvada para uma alta, forte forma de um
homem. Dee olhou para ele, franzindo o cenho enquanto –
“Maldição, Dee! Porque no inferno você sempre tem que bater primeiro?”
Ela conhecia aquela voz. “Simon, acenda as luzes.”
Um dilúvio de luz brilhante preencheu a sala, e Dee encarou um rosto muito familiar.
“Tony? O que você está fazendo aqui?”
Ele pressionou uma mão em seu estômago. Gemeu, então ele disse, “Eu estou aqui para
prender você por assassinato.”
Capítulo 7
“O inferno que você vai.” Simon saltou adiante. Ninguém iria tirar Dee dele. Ninguém.
E certo como merda, não o bastardo que tinha sido o seu amante.
Capitão Antônio Young levantou seu queixo e olhou para ele. “Quem é você?” Sua mão
ainda esfregando seu estômago ferido.
“O cara que está cuidando do traseiro dela.” Simon deixou seus lábios curvarem em um
sorriso selvagem. “E não há uma maldita maneira que você irá levar Dee daqui.”
Mas se o tira quisesse tentar...
Venha e terá algo.
“Simon.” Dee pegou sua mão. Os olhos do tira caíram para o movimento, se
estreitando. Oh, não tinha gostado disso, huh? Muito mal.
Ela mordeu seu lábio. “Você está...você está bem, Tony?”
Ele instantaneamente largou a mão que ele estava pressionando contra seu estômago.
“Ótimo.” Um pouco fora. “Eu achei que você estaria aqui sozinha.”
Ah, então foi por isso que Lancelot tinha vindo em direção a cabana.
“Como você soube que eu sequer estava aqui?”
Olhos escuros cintilaram sobre o rosto dela. Muita emoção ali. “Eu conheço você
muito bem, Dee. Eu sabia aonde você iria se você quisesse um santuário.” Ele segurou
para cima uma chave. “E eu fiquei aqui com você antes, se lembra?”
O inferno que ele tinha. A visão de Simon sangrou para o vermelho. Então o que – Dee
tinha o hábito de trazer amantes aqui?
Já não era mais o que ela fazia e se aquele menininho continuasse olhando para ela com
os seus olhos de cachorrinho, ele iria plantar um soco no rosto do cara.
Dee olhou para Simon, então desviou o olhar rapidamente. “Eu me lembro. Isso foi há
muito tempo atrás.”
Bom saber, e Simon não queria ouvir mais nada sobre isso.
“Dee não matou a mulher.”
O tira piscou, então olhou sobre a mão esquerda de Dee. Seus dedos estavam
apertados em volta de uma estaca de madeira. “As evidências dizem ao contrário.”
“Era uma armação,” Simon rangeu. “Os vamps queriam a derrubar.”
“Por que?”
Dee se empurrou para longe dele e marchou em direção ao armário de armas. Algumas
mulheres colecionavam figurinhas, Dee – Instrumentos de morte.
“Porque no inferno eles iriam causar todo esse problema?” O tira, Tony, sacudiu sua
cabeça. “Vamps não trabalham assim. Eles matam, drenam a vítima, e-”
“E alguns deles são doentes aberrações que se excitam brincando com a sua presa.”
Não todos, contudo. Nem todos eram desse jeito. Dee iria aprender essa verdade.
Eventualmente. “Eles querem fazer a Dee ruir. Não apenas matá-la. Armando pra ela,
eles arrancam seu confortável e seguro mundo.” Não que Dee ligasse muito para
segurança.
“Eles a arrancam de seus amigos, a isolam-” Ele se interrompeu, sacudindo a sua
cabeça. Não, ele não podia dizer mais nada.
“Eu estava lutando com um bando de vamps atrás do Onyx.” A voz de Dee estava
insípida. Ela cruzou seus braços sobre seu peito. “Minha cabeça atingiu o chão, e a
próxima coisa que eu soube, eu estava em alguma fedorenta, sala escura. Sangue estava
em todo o meu redor e sua vítima-”
“Lisa Durant.”
“Estava morta.” Seus ombros ficaram tensos. “Eu não me lembro de nada que
aconteceu entre esse beco e aquela sala. Eu apenas me lembro-”
“Eu estava ali,” Simon disse, segurando o olhar do tira e o desafiando. “Eu vi os vamps
matarem a mulher. Eles deixaram Dee em seu sangue. Eu vi tudo isso.”
“Mentira.” Tony deu passos adiante. “Eu não compro isso-”
“É a minha história.” Uma breve pausa. “A única que eu irei dizer a todos que eu vir
enquanto você pensar em transportar Dee daqui.” Não vai acontecer. Suas têmporas
palpitavam em um doentio, doloroso ritmo.
Ninguém podia ameaçar Dee. Ela era muito importante.
“Oh, então você vai apenas foder totalmente com os vampiros?” repugnância tinha
feito os lábios de Tony se apertarem.
“Eles se desmascararam.” Talvez essa fosse a hora para o mundo todo parar de fingir.
Salas de alimentação estavam surgindo na maioria das cidades –e humanos estúpidos
estavam deslizando para dentro, alguns rapidamente ficando viciados em mordidas de
vamp. Alguns nunca conseguindo sair. Sorte para os vamps, eles aperfeiçoaram a vala
de corpos ao longo dos anos.
“Existe um Mestre Nascido vindo para a cidade,” Dee disse e ela inclinou sua cabeça.
Os olhos de Simon se estreitaram. Yeah, aquela era a sua marca no pescoço dela e ele
sabia que o tira tinha visto isso. Sem sangue coletado, sem mordida, uma vez que Dee
não gostava disso. Mas um doce chupão tinha feito o truque. “Eu sou a melhor
caçadora de vampiros da Night Watch. Você me tira desse jogo, e não há como dizer
que inferno vai aparecer na cidade.”
Os olhos de Tony se alargaram. Ah, então o cretino nunca tinha cruzado com um
Nascido? Então ele não sabia com que inferno ele se parecia. “Você não pode matar
Nascidos da maneira que você pode com a maioria dos vampiros.” Não, eles eram
muito mais difíceis de matar. Ele uma vez ouviu de um Nascido que sobreviveu a uma
estaca no coração e a uma decapitação parcial.
Seus corpos eram mais duros. Eles se curavam dez vezes mais rápido do que um
Tomado. Quando você era transformado em um vampiro, você trazia algo de sua
fraqueza humana com você. Mas quando você era um Nascido como vampiro...
Não havia fraqueza para você. Não uma vez que os poderes fervilhassem e a luxúria de
sangue começasse.
“Quem é você?” Tony exigiu novamente.
“Calma aí, Tony. Simon não é o cara mau aqui.” Ela descruzou seus braços. “Ele sabe o
que eu estou indo contra. Ele pode me ajudar.”
“E eu não posso?”
“Não.”
Tony vacilou.
“Você é um tira você protege inocentes.” Ela sacudiu sua cabeça. “Mas o seu trabalho
não é matar vampiros.”
“Alguns dias ele é,” ele atirou de volta.
As sobrancelhas de Simon subiram. Então o tira teve algumas mordidas, ele teve?”
“Eu sei que as coisas parecem ruins agora mesmo,” Dee disse.
“Você fugiu, Dee. Pessoas inocentes não fogem.”
Okay, culpa dele. Simon rolou seus ombros. “Eu não dei a Dee muita escolha. Quando
eu a puxei para fora daquela cova, ela mal estava consciente. Sirenes estavam soando –
eu apenas não podia arriscá-la.”
“Você não podia, huh?”
“Não.” Nada mais a dizer sobre isso. “A mulher no chão estava morta. Dee não estava.
Minha prioridade era levá-la para a segurança.”
“Yeah, porque se enfiar nas calças dela não tem nada a ver com isso, certo?”
Foda-se ele. Simon atacou. Em um segundo de tempo, ele tinha um tira preso na
parede enquanto seus punhos torciam na frente da camisa de Tony. “Não fale de Dee
desse jeito.”
Um tapa na parte de trás do seu ombro. “Calma. Tony apenas se transforma em um
babaca quando ele está preocupado.”
“Ele precisa vigiar essa tendência. Isso irá metê-lo em um problema em breve.” Ele
prendeu o olhar do tira. “Realmente em breve.” Ele desenredou os seus dedos.
“Cristo, Dee, onde você achou ele?” Tony murmurou, endireitando sua camisa.
“No beco, repleto de balas.” Ela se empurrou entre os dois deles. “O mesmo lugar que
eu encontrei você alguns anos atrás.”
Um grunhido, então os lábios dele começaram a se curvar, apenas um pouco.
“Tony, nós fomos atacados um pouco antes do amanhecer. Alguns caras com máscaras
de esqui nos acharam na casa do Simon. Eles acabaram com o lugar.”
A mão dela levantou para o seu ombro. Para a ferida que Simon tinha esquecido
completamente quando ele a teve naquela cama. “Nós tivemos sorte de conseguir sair
com vida.”
“Inferno.”
“Yeah, é onde nós estamos.” Ela engoliu e Simon ouviu o suave estalo. “Mas eu estarei
condenada se eu ficar aqui. Eu não vou ficar me escondendo, esperando para que os
vampiros descubram. Nós precisávamos descansar. Nós precisávamos nos recuperar –
fazendo isso.”
Simon sabia onde isso estava indo. Sabia, e não gostava disso.
“Agora é hora de caçar esses bastardos,” ela disse. “Porque eu realmente não gosto
quando esses masturbadores tentam me matar, especialmente quando eu já estou
caída.”
“Não posso dizer que eu goste muito disso, também,” Simon adicionou.
O olhar de Tony estalou para ele, então voltou para Dee. “Você realmente acha que é
capaz de achar os vamps?”
Um pequeno dar de ombros. “Isso é o que eu faço.” Seu queixo estava levantado. A
mulher era uma gracinha quando ela estava prometendo morte. “Eu estava fraca antes,
eu não estou agora.”
Yeah, umm, humanos não se recuperavam rápido assim de concussões e tiros à bala.
Talvez ela estivesse se sentindo bem e bombeada-para matar-vampiros, mas a mulher
ainda não estava 100 por cento.
Nem ele estava. Não ainda.
“A administração está inclinada em mim como uma árvore prestes a cair.” Tony soprou
um forte fôlego. “São aquelas testemunhas que disseram que viram você lutando com a
vítima no Onyx. Eles estão pregando o seu caixão fechado.”
O olhar dela disparou para Simon. “Essa parte está certa, Tony. Lisa...me encontrou
atrás do bar. Ela estava trabalhando para os vamps.”
“Uma isca?” o tira perguntou.
“Mais como uma mensageira,” Simon disse. “Você sabe, o alegre tipo que aparece e diz
Você vai morrer. Implore pela morte. Blá. Blá.”
Tony piscou.
Dee deu um pequeno dar de ombros. “Ela me deixou puta. Eu perdi minha calma.”
“Esse é o problema.” Linhas de preocupação engrossaram no rosto do tira. “Muitas
pessoas sabem sobre esse seu temperamento. Não é um pulo pensar que você se
encontrou com a mulher novamente, e ficou zangada mais uma vez, tão zangada que
você não se impediu quando a estaca veio para fora. Depois de tudo, é fácil matar, não
é? Tão fácil.”
O cara soava como se ele estivesse falando por experiência própria. Como se ele
pudesse sequer comparar. “Nós dê tempo e nós vamos provar que Dee é inocente.” As
palavras estalaram para fora. Não que ele estivesse planejando.
Simon esfregou suas têmporas. O palpitar estava ficando pior. O sono não tinha sido
suficiente para ele. Para se recuperar completamente, ele precisaria de muito mais.
“O DA sabe o placar sobre essa cidade,” Dee disse a eles. “Pak me disse, depois do caso
da Erin Jerome...o DA sabe.”
Erin Jerome. Simon conhecia esse nome. Erin era a assistente do procurador do
distrito. Ela estava também envolvida com um dos caçadores da Night Watch, Jude, o
shifter.
“Imaginei que o bastardo sabia mais do que ele transparecia.” Tony correu uma mão
pelo seu cabelo. “Muitos casos pareciam desaparecer diante da data da audiência.”
“Esse aqui tem que desaparecer, também.” O corpo de Dee vibrou com tensão.
“Eu vou trazer a você uma testemunha. Eu vou trazer provas que eu sou inocente, e eu
quero Clark para fazer essa coisa desaparecer.”
“E os vamps?”
“Eu vou fazê-los desaparecer.”
Grande promessa. Realmente difícil de manter.
Tony olhou para ela. Muito profundo e se demorou muito tempo.
“Tony, me dê esse tempo. Você me conhece.”
Muito bem isso parecia.
Um aceno severo. “Quarenta e oito horas.”
“Tony-”
“É tudo o que eu posso fazer. Eu não sou o único nesse caso e eu não serei capaz de
segurar os outros para trás mais tempo que isso.” Um músculo flexionou ao longo da
sua mandíbula.
“Quarenta e oito horas –e você me traz um vamp que convença Clark que você está
limpa ou então eu terei que trancar você.”
Ela assobiou. “Não está me dando muito tempo pra trabalhar, não é?”
“Eu estou dando tudo o que eu posso.” Ele deu passos em direção a ela, cobrindo sua
bochecha com sua palma, e quase perdeu a mão. “A última coisa que eu quero é ter que
te prender, mas eu talvez não tenha escolha.”
Simon deu a ele um longo, olhar superior. “Sempre há uma escolha.”
Sempre. Talvez não seja a escolha certa, e esse era o problema.
Tony largou sua mão. “Imagino que você vai ser o reforço dela?”
“Acho que sim.”
“Então é melhor você tomar conta dela ou eu estarei indo chutar o seu traseiro.”
Duvidoso.
O tira se encaminhou para a porta. “Melhor correr pra fora daqui,” ele lançou para trás,
“do jeito que eu descobri isso, duas viaturas da polícia estarão movendo-se em cerca de
trinta minutos.”
Cretino.
“Você mandou os fardados atrás de mim?” Um assobio. “Maldição, cara, você
realmente veio para me jogar para uma cela.”
O cretino em questão olhou de volta para Dee. “Não.” Uma insinuação de tristeza ali.
Arrependimento. “Eu vim pra te dar uma chance, uma que eu sabia que os outros não
dariam. E é por isso que os fardados não estarão chegando até que você vá.” Um piscar
de dentes brancos. “Então mova o seu doce traseiro, Dee. Saia daqui e encontre esses
vamps.”
***
“Então para onde no inferno nos estamos nos dirigindo?” Simon perguntou, e apertou
seus dedos em volta do couro do volante. Eles ficaram nas estradas secundárias,
tentando sobrevoar o radar enquanto eles se dirigiam de volta para a cidade, e o
silêncio – espesso, pesado –estava envelhecendo o seu último nervo.
Dee estava tendo arrependimentos? Talvez ter visto o velho namorado a fez hesitar.
Aquele babaca tinha o pior sincronismo.
“Não há qualquer salas de alimentação em Baton Rouge.”
Salas de alimentação. Seus dentes traseiros cerraram. Os lugares se organizavam para
parecer como bares, profundamente, eles eram apenas buffets de tudo-o que–você-
pode-comer para vampiros.
As pessoas entravam e algumas nunca voltavam para fora. Outras ficavam viciadas. Elas
passavam a ser controladas pelos vamps, e elas fariam tudo para voltar para aquelas
salas.
“Porque não há nenhuma?” ele perguntou. “Eu achei que esses lugares estavam
malditamente dentro de todas as cidades agora.” Alguns diziam que elas eram casas
seguras para os vampiros.
E esses alguns realmente sabiam de toda essa porcaria. Não uma casa segura. Mais
como um matadouro.
Mesmo embora os humanos fossem a presa preferida nas salas de alimentação, os
vamps nunca tinham que se preocupar sobre os humanos se virarem contra eles e
gritarem para as autoridades sobre o novo clube noturno que servia sangue. Depois de
tudo, uma mordida, e o vampiro podia formar um link com a mente do humano.
Um link significava controle. Você não se virava contra quem controlava você.
Para os humanos, era tudo muito fácil ficar viciado na emoção da mordida.
Se o vamp quisesse que a vítima sentisse dor, a mordida poderia doer mais do que uma
ferida a faca ou um tiro à bala.
A mordida podia também sentir melhor do que sexo.
Era tudo para o vampiro. Prazer ou dor.
Simon inclinou um rápido olhar para a figura ainda imóvel de Dee.
Quase melhor do que sexo.
“Eu fiz questão de encerrar cada sala de alimentação que tentou brotar.”
Oh, yeah, ele apostava que ela tinha. “Então onde nós começaremos daqui?”
Ele sentiu os seus olhos. Não tinha que olhar, apenas sabia que aqueles olhos chocolate
estavam nele. “Eu pensei que você tivesse contatos vamps na cidade.”
Cuidado agora. “Ah, os vamps que eu conheço se dispersaram quando o mundo veio
abaixo sobre os Mestres Nascidos.”
“Porque? Se eles estivessem ligados a ele, não haveria necessidade de fugir.”
O link. A ferrada árvore genealógica que conectava os vampiros. Um Mestre Nascido
tomava uma vítima, e formava uma conexão psíquica com sua presa. Mas se o Mestre
transformasse essa presa em um Tomado, e o novo vampiro tomasse outra vítima, a
conexão do Mestre Nascido iria gotejar em uma nova presa, e se manter gotejando
através de cada troca de sangue. Como enlouquecidos tentáculos, estendendo para
mentes e espíritos.
Um Mestre Nascido não era apenas mais forte psicologicamente do que outros
vampiros.
Ele era como um buraco negro psíquico, sugando todas as presas que ele pudesse
encontrar. E as controlando.
Um Mestre Nascido não pegava apenas os pensamentos daqueles com sua ligação. Ele
podia sussurrar os seus pensamentos para eles. Compelindo-os. Governando-os. Seu
exército de lacaios indefesos. Bom, mau, tudo entre eles. Tudo dele para tomar e para
matar.
Os Tomados nunca eram verdadeiramente livres. Não até o Mestre Nascido que
começou a sua linhagem de sangue estivesse morto.
Nunca uma tarefa fácil.
“Huh. Bem, se os seus contatos estão fora, então eu acho que nós teremos que fazer
isso da moda antiga.”
Simon sabia que ele não estaria gostando disso. “E isso seria?” Ele freou em um sinal de
Pare, um que tinha sido pintado em spray em um amarelo berrante.
Eles alcançaram a extremidade da cidade. A parte onde as boas pessoas nunca
visitavam. Muitos criminosos. Muita escuridão. Muito mal.
Simon olhou para Dee. Sim, os olhos dela estavam nele. “Nós achamos a presa
perfeita,” ela disse simplesmente. “Então esperamos pelos vampiros morderem a isca.
Quando eles aparecerem para uma mordida, nós pregamos seus rabos.”
“Plano interessante.” As suas pontas dos dedos martelavam uma rápida, forte batida no
volante. “Você realmente acha que isso vai funcionar?” Um ombro levantou, “Imagino
que eu tenha um lance de cinqüenta-cinquenta com isso. Se isso não funcionar, então
eu tenho uma bruxa que me deve um favor. Talvez eu possa conseguir um feitiço de
invocação.”
Um feitiço de invocação? Agora ela estava falando merda fantasmagórica.
Você tinha que ser malditamente cuidadoso quando você usava magia negra. Você
nunca sabia o que no inferno iria pedir carona naquela escuridão e vir viajando direto
para você.
Enquanto ele a observava, pensando sobre a sua própria escuridão, um arrepio correu
sobre o corpo de Dee. “Uh, Dee? Você está bem?”
“Ótima. Apenas com frio. A gente pode ligar o aquecedor?”
Porque os verões em Baton Rouge eram frios. Certo. Mas ele ainda assim ligou o
aquecedor. Não importava para ele. “Talvez nós devêssemos esperar.” Ele com certeza
não estava se sentindo bem para chutar o traseiro do principal vampiro nesse
momento. Talvez depois de uma refeição ou duas.
“Sem tempo.” Ela entrecruzou seus braços e esfregou sua carne. Ela tinha posto uma
blusa leve, uma de suas camisas que ela encontrou na cabana. Uma que dava a ele um
belo vislumbre dos seus seios. “Nós já perdemos algumas horas. Nós caçamos, agora –
ali.”
Ele seguiu seu súbito olhar afiado. Um homem tinha dado passos para fora das
sombras. O fraco brilho vermelho do seu cigarro iluminava a noite. “Quem no inferno
é isso?”
“Um informante.” Ela inclinou sua cabeça e seu olhar estalou de volta para ela e para
aquela linda garganta nua.
Foco.
Mas os tambores estavam de volta em suas têmporas. Mais forte, mais dolorido que
antes.
“Ian conhece essa cidade. Ele será capaz de me dizer os últimos sussurros dos vamps.”
Controle. Simon sugou uma profunda respiração.
“Eu sabia que ele estaria aqui.” Ela desatou o seu cinto.
“E como você sabia disso?” Ele rangeu, desligando a ignição.
Dee apontou em direção a casca-esburacada de um prédio na esquerda.
“Porque seu irmão morreu naquele incêndio um ano atrás. Ele vem aqui toda Sexta. Ele
vem para se lembrar.”
Simon estreitou seus olhos e olhou mais uma vez para o cigarro brilhando. “Uh, yeah,
como esse fogo começou?”
“Você não quer saber.” Ela empurrou abrindo a porta, então hesitou.
“Ian não leva muito bem os outros, Apenas fique aqui, okay? Eu ficarei apenas alguns
minutos.”
Ficar no fodido carro. Era a isso que ele tinha se reduzido?
Mas a mulher tinha ido. Correndo do outro lado da rua. Desaparecendo e aparecendo
nas sombras.
Ficar no fodido carro. Não. Não é o seu estilo. Ele estava lá para vigiar as costas dela.
Não para ser deixado para trás.
Ele abriu sua porta silenciosamente, então, se moveu lentamente depois dela, mas
mantendo-se nas mesmas sombras, ele começou a segui-la.
***
A fumaça do cigarro flutuou para as suas narinas. Dee deu passos em direção a fraca luz
da rua, deliberadamente se colocando no trajeto de Ian. Com Ian, você tinha que se
identificar rápido – ele atacava.
E algumas vezes ele atacava não importando o que fosse.
“Ian.” Ela fez a sua voz serena mas calma. “Ian, eu preciso da sua ajuda.”
Ele estava meio escondido pela escuridão. O cigarro balançava nas pontas dos seus
dedos. Ele não estava fumando. Não tinha fumado em um ano.
“Dee?” A ponta do cigarro balançou e cinza espalhou dentro da noite. “É você?”
Okay, ele não estava vindo para ela com punhos ainda. Um bom sinal. Ela disse a
Simon para ficar para trás porque uma olhada nele, e ela sabia que Ian iria ruir.
O cara apenas não tinha sido o mesmo desde o incêndio. Não que ela o culpasse. Não,
nenhum pouco. “Yeah, Ian, sou eu.”
Ele trocou sua posição um pouco, trazendo o lado direito do seu rosto para dentro da
luz. Um forte, duro rosto. “Ouvi que você matou uma humana, Dee.” Ele sacudiu sua
cabeça. “Péssimo movimento esse.”
“Eu não matei, Ian.”
“Humanos deveriam ficar grudados. Todos esses babacas paranormais lá fora querem
que a gente morra. Nós temos que lutar com eles.”
Mais cinza se espalhou.
“Eu quero lutar com eles essa noite, Ian.” Ela tinha que manter Ian focado. Tão difícil.
O homem já tinha um pé na cova. Talvez fosse como ele conseguia porque ela tinha
certeza como o inferno, e não estava certa, como ele descobria todas as suas
informações sobre o Outro.
Ian era psíquico. Ela sempre soube disso. Mas desde o incêndio, era como se ele fosse
algum tipo de canal aberto para a escuridão na cidade.
Ele tomou um passo adiante, e a luz movimentou obliquamente a ele, obliquamente a
arruinada, distorcida, e avermelhada carne no lado esquerdo do seu rosto.
Dee manteve seus olhos nos dele. “Me ajude, Ian.”
“Os vampiros estão vindo pra você, Sandra Dee.” Sua voz tinha ficado oca e tomada
daquele vazio tom que vinha com as suas visões. “Centímetros cada vez mais perto.
Mais perto do que você pensou...”
***
Simon captou o cheiro no ar. Sangue. Sangue Fresco.
Ele sacudiu em uma parada, suas narinas cintilando. Dee estava cerca de três metros
dele, sussurrando para o bastardo nas sombras.
Mas o cheiro de sangue estava vindo da esquerda. Espalhando da boca do beco. Lixo e
decadência –e doce sangue humano.
Ele hesitou, seu olhar naquela escancarada abertura.
“Ajude...” O mais fraco dos sussurros.
Simon fechou seus olhos. Um ataque. Exatamente ali, tão perto. Perto o suficiente para
o sangue o tentá-lo.
Dee estava certa. Esse era o lugar perfeito para caçar. Mas não para eles. O fundamento
dessa caça pertencia aos vampiros.
“Ajude...m-” Um murmúrio chocado. Um choro de morte.
Merda.
Simon correu para a entrada do beco.
***
A cabeça de Dee estalou para cima ao estrondo de passos. Simon. Ela se virou ao redor
e o viu correndo para dentro do beco. Onde no inferno ele estava indo?
Ian agarrou sua mão, a carne dura de seus dedos queimados e palmas raspando contra
ela. “Venha para o lado de dentro, Sandra Dee. A coisa que você teme vai te tomar hoje
a noite.”
E assim de repente, o estranho frio que ela sentiu no carro estava de volta. “Você está
me dizendo que eu vou morrer, Ian?”
Seu olhar lamacento flutuou de volta para a casa queimada. “Vi o fogo, você sabe.
Sonhei com isso.”
Ian sempre teve seus sonhos. Sonhos que o tinham mandado para a beira da sanidade e
além. “Eu sei sobre seus sonhos.”
Todos sabiam, humanos e supernaturais.
“Disse a Brian que isso não era seguro. Disse a ele para partir.”
Brian. O gêmeo de Ian. Viciado em crack e comido por um câncer.
“Mas então eu senti o fogo começar, e eu tive que vir para ele. Eu sabia – eu sabia que
ele não tinha restado.”
Ele tinha andado para dentro das chamas pelo seu irmão. Encarado a morte. E ainda
assim Brian foi levado pelas chamas. Mas Ian não morreu. Não totalmente.
“Eu vi Morte essa noite.” Ele virou-se, então apenas aquele o lado perfeito do seu rosto
remanesceu. “Eu vejo ele agora. Ele está com você. Em pé e tão perto.”
Essa não era a pista que ela queria.
Os lábios dele levantaram em uma onda sem humor. “Não se preocupe, Sandra Dee.
Você não estará sozinha. Eu estarei ali mesmo com você. Cada minuto.”
Ela balançou para trás. Sacudiu sua cabeça. “Eu não vou morrer essa noite.”
Mas aquele sorriso assimétrico não desvaneceu. “Nós ambos vamos,” ele sussurrou.
“Eu sonhei sobre nós noite passada. Doces, lindos sonhos completos de sangue e
gritos.”
Um grito perfurou o espesso silêncio da noite, e Dee correu para o beco, com o nome
de Simon em seus lábios.
Eu não vou morrer essa noite.
***
Simon agarrou o vamp e o arremessou contra a parede. O cheiro de sangue inundou
suas narinas e a fome com que ele tentava lutar tão duramente borbulhou na superfície.
Fraco. Apenas precisa se alimentar mais uma vez.
Não! Dee estava muito perto.
Ele poupou a mulher gritante um olhar. Sangue escorria pela sua garganta. “Dê o
maldito fora daqui,” ele rosnou. Se a mulher tivesse senso, ela já estaria correndo.
Ele abriu sua boca e desnudou suas próprias presas. “Dê o fora.”
Mas com a visão, a ruiva apenas gritou mais alto. E outro vampiro pulou nele.
***
Dee correu rápido, seu coração batendo em suas costelas. Ela captou a visão de Simon,
lutando com outro homem, ambos rodando e debulhando no chão enquanto –
O atacante de Simon abriu sua boca e afundou suas presas no ombro de Simon.
“Não!” o grito explodiu dela.
Simon arremessou o vampiro para fora dele, mandando o cara zunindo uns bons três
metros no ar. O que – como no inferno ele tinha conseguido fazer isso?
Alguma mulher estava gritando em um uivo contínuo, o som perfurou os ouvidos de
Dee enquanto o pintinho se encolhia perto de uma caçamba de lixo.
O vamp se levantou. “Você acha que você pode me atacar? Chase, eu vou fodidamente
cortar o seu coração fora, você não estará-”
Simon correu direto para ele. Enfrentando o bastardo. “Você não vai fazer uma maldita
coisa comigo!”
E então ele afundou seus dentes dentro da garganta do vampiro. Enfiou suas presas
dentro da garganta do vampiro.
Dee congelou, cada músculo do seu corpo endurecendo. Não, por favor, Cristo, não,
isso não poderia estar acontecendo.
O grito estalou para fora, o silêncio áspero e sacudido. Dee arrancou sua estaca.
Percebeu que suas palmas estavam ensopadas com suor quando ela quase perdeu sua
arma. “Simon?”
Ele largou o vampiro e rodopiou em direção a ela. Sangue gotejando de sua boca.
Ela se perguntava se ele era completamente humano. Pensava talvez que ele devesse ser
um híbrido. Ou um demônio. Talvez um shifter. No final, ela estava inclinada em
direção dele ser um charmer, como Pak.
Mas ela nunca pensou que ele fosse um vampiro. Não um vamp. Não ele.
Ele lambeu seus lábios. Lambendo o sangue do caminho.
“Você é um fodido vampiro.” O que Ian disse? Merda, estúpido, ele tinha dito – Ele
está com você, Dee. Em pé tão perto.
Simon tinha estado com ela desde o começo, furtivamente sobre a pele. Ficando muito
perto. A perfeita armadilha.
Ela tinha acreditado nele. Vampiro. Não, não –
“Calma.” Simon levantou suas mãos. “Eu estou do seu lado, Dee.”
Não, ele não estava. Ele conhecia o vamp que ele tinha acabado de atacar.
“Você esteve armando contra mim.”
“Não. Eu juro, eu venho tentado te ajudar.”
Cigarros e fumaça velha queimaram o seu nariz. Ian tinha vindo se unir a festa. “É a
hora,” ele falou alto e Dee não olhou no seu caminho. Fodido maluco Ian. Ele tem
estado insano desde que ele e Brian atingiram aquele lote ruim anos atrás e –
“É a hora, piranha,” outra voz grunhiu e o olhar de Dee disparou para a sua esquerda. A
mulher – aquela em um vestido colante e saltos agulha, a mulher com sangue
ensopando o seu pescoço e um estranho, trêmulo sorriso em seus lábios –aquele
maluco pintinho se lançou para ela.
E afundou uma faca dentro de peito de Dee.
“Não!”
Os joelhos de Dee cederam e ela atingiu o chão, forte.
A piranha manchada de sangue olhou para baixo para ela, aquele estúpido sorriso ainda
em seu rosto. “Eles disseram que você não iria ter medo de mim. O que? Você não
pensou que uma humana pudesse te matar, também?”
Os dedos de Dee atrapalharam-se com o cabo da faca. Fogo pulsando do seu coração.
Seu coração...desacelerando, desacelerando...
“Dee!” Simon empurrou a piranha para fora do caminho. Ele agarrou os ombros de
Dee, seus dedos cortando a carne dela. “Oh, merda, bebê, agüente!”
Ela piscou e tentou se focar em seu rosto. Que dentes grandes você tem.
“Vam...piro...” Um resmungar. Ela tentou se empurrar livre dele. Arma. Ela precisava da
sua arma. Pontos negros dançaram diante de seus olhos.
“Eu não irei te machucar! Eu não irei! Eu juro, eu nunca-”
Vampiros mentiam.
Todos mentiam. Mesmo as vítimas. Não, as vítimas não apenas mentiam. Eles
apunhalavam você no fodido coração.
Gargalhadas. As gargalhadas da piranha.
Os dedos de Dee curvaram-se ao redor do cabo.
“Morrendo! Nós estaremos morrendo essa noite...” A estúpida voz monótona de Ian.
“Morte está aqui. Parada bem aqui...”
“Dee...”
“Obrigada por nos dizer onde encontrá-la.” A piranha estava falando novamente e Dee
piscou, certa de que ela estava falando com Simon. Ele armou pra mim? Por que? Ela
tinha...confiado nele.
E estado tão malditamente cega.
Ian gargalhou. Alto. Profundo. Louco. “Não importa o que eu disse, nada poderia ter
mudado. Nada nunca muda. Morte está vindo...para você, também...”
Ian tinha dito a mulher onde encontrá-la? Eu sonhei sobre nós noite passada.
Gelo anestesiou seu corpo, suavizando o fogo em seu peito.
“Você vai ficar bem.” Simon. Seus dedos estavam ainda na carne dela, mas ela mal
podia sentir isso agora. Não, ela não podia sentir muito, mas ela ainda podia ver – ele.
Presas para fora e brilhando. Olhos – preto piche. Os olhos de vampiro.
Ela arrancou a faca para fora do seu peito. O fogo rugiu a vida novamente e seu coração
–morrendo.
“Dee, bebê, não-”
Ela tateou. A faca escorregando dos seus dedos.
“Bastardo,” ela sussurrou. “Porque...eu não...vi você?” Ela era muito fraca com ele,
desde o início. Precisando dele, querendo ele – Se importava.
Tão cega. Ela deveria ter pensado melhor.
“Você não vai morrer. Eu não vou deixar você!” Suas presas descobertas vieram em
direção a sua garganta.
“Não,” um fôlego, porque isso era tudo o que ela tinha.
“Nós morremos essa noite!” Ian gritou. “Essa noite! Brian, você está esperando por
mim?”
“Nós vamos dar o fora daqui,” Simon grunhiu e então ele a agarrou, puxando-a para
cima contra seu peito.
Vampiro. Dee tentou se empurrar contra ele. Falhou. Suas mãos apenas não estavam
trabalhando agora mesmo.
“Você não vai a nenhum maldito lugar, bastardo.”
A cabeça de Dee caiu de volta contra o ombro de Simon enquanto ele virava o seu
rosto para a boca do beco. A saída que estava bloqueada por facilmente meia dúzia de
vampiros.
Armadilha.
A humana tinha sido a disposta isca. Isca. Deveria ter sabido. Estúpido fodido erro de
principiante. Mas ela estava tão ocupada observando Simon, que ela não tinha visto a
ameaça gritando nas sombras.
Simon.
Ela tentou falar, mas sufocou em seu próprio sangue.
Um dos vampiros agarrou Ian. “Obrigado pela pista, babaca.” O vamp empurrou o
pescoço de Ian para o lado e afundou seus dentes profundo.
Nós morremos essa noite.
O olhar de Ian fixou no dela. “Pronta?” Seus lábios moveram em um sussurro quase
sem som.
Não.
“Nos dê a piranha!” Uma vamp cuspiu em Simon. “Rápido, antes que ela-”
“Vocês não vão tocar nela. Vocês. Não. Vão. Tocar. Nela!”
Huh. Soou como se ele importa-se. Bastardo mentiroso.
O batimento de seu coração não ecoou mais em seus ouvidos.
Não mais.
Seu pescoço começou a ceder. Não, eu ainda estou aqui! Eu ainda posso pensar, ainda
–
Tanto escuro.
Mas ela pode ouvir os rosnados. Os vamps estavam se aprontando para atacar. E não
havia uma maldita coisa que ela pudesse fazer.
Essa é a maneira que isso termina. Oi, Morte. Ian seu bastardo, é melhor eu não vir o
seu traseiro arrependido na outra vida.
Capítulo 8
Simon chutou aberta a porta principal da Night Watch. Seus braços curvados
apertadamente ao redor do corpo flácido de Dee e sangue gotejava no chão em volta
deles.
O sangue dela e dele.
Ele teve que arranhar e morder o seu caminho através daquela gangue de vampiros.
Ele derrubou o máximo deles que ele pode, então ele correu como o inferno.
Ficar e lutar não tinha sido uma opção. Não com Dee sangrando por tudo ao seu redor.
O shifter deveria ter captado o cheiro de sangue no ar porque Jude Donovan veio
carregando ao longo corredor, movimentando-se em alta velocidade e passando pelos
guardas que tinham suas armas para cima, mas que olhavam com largos, chocados
olhos para o corpo inclinado de Dee.
Donovan empurrou um dos guardas para fora do seu caminho. “Mas que porra-”
Simon segurou mais apertado ao redor de Dee. Ela estava tão malditamente imóvel.
As mãos de Donovan procuraram por ela. Simon cerrou sua mandíbula e deixou o
shifter levá-la embora. Sem escolha. Os vamps estariam vindo para ele.
Ele tinha que deixá-la em algum lugar seguro. O que não seria mais seguro que o covil
de caçadores?
Os cílios dela lançavam densas sombras sobre suas bochechas. Tão pálidas bochechas.
“Pak!” Donovan berrou.
Um dos guardas correu detrás do shifter, agarrando um telefone, e imediatamente
chamou por uma ambulância.
“Não vai fazer nenhum efeito,” Simon disse, voz severa. “Médicos não podem ajudá-la
agora.”
Donovan olhou para cima, seus dentes esticando, suas narinas cintilando. “O que você
fez?”
Ah, agora havia um problema. Ele esticou a mão e trilhou seus dedos para baixo nas
bochechas de Dee. “Nenhuma maldita coisa.” A carne dela estava quente. Não mais o
gelo que ela esteve no beco.
Vida, não morte.
Porque isso era tão difícil para as pessoas entenderem?
Barulhos de passos abaixo no corredor. Mais caçadores, vindo ajudar a sua amiga
caída.
O polegar dele roçou sobre os lábios dela. Aqueles suaves lábios estavam manchados
de vermelho com seu sangue.
Simon largou sua mão. “Diga a Dee...diga a ela que eu não fiz uma maldita coisa.”
Pak virou a esquina. Talvez ele tivesse ouvido o berro do shifter ou talvez um dos
guardas tivesse zumbido para ele. Pak tropeçou em uma parada com a visão do corpo
flácido de Dee nos braços de Donovan.
Não a deixe. Fique. O comando veio de dentro, da alma que ele tinha completamente
esquecido nos últimos anos.
Fique. Uma tentação que quase o ruiu. Ela iria acordar. Confusa. Zangada. Ela iria
precisar dele. Ela iria precisar –
Não. Os vamps podiam rastreá-lo. Eles não podiam rastreá-la.
Dessa vez, isso não seria sobre o que ele precisava. Simon encontrou o olhar escuro de
Pak. “Você saberá como cuidar dela.”
Pak vacilou enquanto o entendimento o atingiu. “Não...Dee?”
Sua cabeça se inclinou para um brevíssimo assentimento. Então, uma última olhada.
Não podia evitar. Ele tinha que vê-la mais uma vez.
Dee.
Donovan tinha caído sob seus joelhos e espalhado Dee no chão diante dele. Suas mãos
estavam no peito dela, puxando aberta a sua camisa e pressionando contra a ferida.
Isso não estava sangrando, não mais.
Simon engoliu. O jogo não tinha ido de acordo com os planos. Nenhum pouco.
Porra.
“Adeus, Dee.” Simon se virou para longe e foi de volta para a escuridão.
A escuridão sempre esperava por ele. E agora, por ela.
***
Dee abriu seus olhos e sugou uma forte, dura respiração. Uma fúria batendo
preenchidamente seus ouvidos. Forte, muito alta. Uma dúzia de cheiros atacaram o seu
nariz.
Perfume, muito forte. Cigarros. Menta. Uma selvagem, essência animal e –
Vozes zumbiam em seus ouvidos. Dúzias delas. O zumbido crescia, mais alto, e mais
alto, se virando em um rugido louco –
“Dee! Maldição, Dee, olhe pra mim!”
Ela piscou para a voz trovejante e seu olhar voou para encontrar o olhar de Pak
brilhando para ela. Pak? Como ele a achou? Ela estava no beco, sangrando por todo o
lugar –
Sangue.
Simon.
Vampiro.
“Calma, Dee.” Mãos estavam em seu ombro. A segurando no lugar.
A segurando para baixo? Ela olhou para a direita. Viu Jude, seu rosto branco, sua
mandíbula cerrada. Havia algo em seus olhos enquanto ele olhava para ela, algo –
Pena?
“Eu-eu-” Ela soou como um sapo enlouquecido. Um sapo muito alto. “Eu
estava...morrendo.” sua mão atrapalhou-se, alcançando seu peito. Sua camisa tinha sido
cortada fora e ela tocou a pele.
Lisa, íntegra carne exatamente sobre o seu coração.
“Respire, caçadora. Você ainda precisa respirar,” Pak disse a ela suavemente.
Bem, claro ela precisava respirar. Todos precisavam.
Ela tomou outra forte respiração e engoliu e percebeu que ela estava com sede. Muita,
muita sede.
Seus dentes começaram a doer.
“Você está sob controle?” Pak perguntou.
Dee pode apenas olhar em branco para ele. Porque eu estou viva? A faca perdeu meu
coração? Talvez a ferida não tivesse sido tão profunda quanto ela tinha pensado, mas
havia tanto sangue.
Sangue.
O martelar nos seus ouvidos bateu mais rápido, mais alto. Sua mão ergueu mais alto,
roçando a alça do seu sutiã, e circulou sua garganta.
Tão seca. Que doía engolir.
“Beba isso.” Pak empurrou uma caneca preta em sua mão esquerda.
Pak nunca a deixou errar. Dee levantou a caneca, e o líquido, doce e rico e oh, Deus,
bom, deslizou sobre a sua língua e desceu pela seca garganta.
Mais.
Gananciosa, desesperada, ela drenou a caneca em três engolidas. “Mais!”
O gosto permaneceu em sua língua. Pak estendeu a mão para ela. Ele nunca tinha dado
a ela algo como isso antes e –
“Talvez nós devêssemos dar a ela todo o saco.” A voz de Jude. Profundo e muito alto,
exceto talvez que ele tenha sussurrado.
O seu olhar se inclinou para ele, e ela o encontrou segurando para cima uma daquelas
bolsas, do tipo que pinga IV8 que você vê no hospital, apenas – que essa estava cheia de
um fluido vermelho. Não, com sangue.
Dar a ela todo o saco.
Dee lambeu seus lábios e a caneca caiu de sua mão, estilhaçando no chão.
Ela vomitou então porque ela sabia o que eles estavam dando a ela. O que ela
avidamente tomava.
8
(IV- intravenosa)
“Porra! Consiga toalhas aqui!” Gritou para alguém, em algum lugar, então,
“Tudo está bem, Dee.” Pak, ainda tentando ser tranqüilizador.
Não, tudo não estava bem. Sua cabeça caiu para trás mesmo quando sua língua
deslizava sobre seus dentes, captando a borda muito afiada do seu canino –
Não, Cristo, não! “Pak?”
Jude moveu em direção a ela, segurando aquela comida de vampiro pronta para
viagem, e Dee estremeceu. Suas mãos vieram para cima, suas curtas unhas estavam
transformando-se em garras.
“O que ele fez comigo?”
Simon.
O vampiro que a segurou nos últimos momentos. O amante que ela estupidamente
acreditou. “O que ele fez?” Mas ela sabia. Oh, maldição, ela sabia.
Jude abaixou sua mão. “Ele disse que não fez nada.”
“Olhe pra mim!” Ela gritou enquanto as vozes zumbiam em sua cabeça e o cheiro
amaldiçoava seu nariz. “Eu não sou mais uma humana! Aquele bastardo me
transformou.” Eu me tornei o que eu mais odiava.
“Dee.” Pak, calmo, tentando acalmá-la. Sem acalmá-la disso.
O sangue – tão perto. Ela queria mais.
Não, não, ela iria ficar enjoada novamente –
Sangue.
O seu olhar caiu para a garganta de Jude. Para o pulso que palpitava embaixo da sua
pele. Sangue fresco seria melhor. Tão muito melhor.
A sobrancelha dele ficou com ranhuras. “Porque você está olhando pra mim como se
eu fosse a sua comida, caçadora? Fique no controle, você me entendeu? Fique no-”
Ela empurrou sua mão contra a sua boca. A fome era tão intensa que ela quase se
dobrou. Um vampiro. Apenas como aqueles bastardos que mataram a sua família. Não.
Nunca isso. Nunca. “Fique longe de mim,” ela grunhiu, e não olhou para ele. Não
podia, porque ele a tentava muito.
“Você tem que beber mais,” Pak disse, voz insípida enquanto como seda. Calmo,
constante Pak. Agindo como se nada estivesse errado. Como se o mundo dela não
estivesse apenas ido ao inferno graças a um sexy, mentiroso vampiro que armou para
ela desde o começo. “A primeira fome pode ser muito forte para alguns. Eu não posso
permitir que você ataque qualquer um, Dee. Você tem que beber.”
Ela lançou a sua mão para fora. Outra caneca foi empurrada contra seus dedos. Ela
levantou a caneca, se esbaldando com o sangue. Mantenha. Isso. Para. Dentro.
Eu estou bebendo sangue. Náusea rolou dentro dela, a humana remanescente lutando
com o que ela tinha se tornado.
Vazio. Ela empurrou a caneca de volta para Pak. Ela era recarregada quase
instantaneamente.
Ela engoliu o líquido escuro. Mantenha. Isso. Para. Dentro.
Novamente.
Novamente.
Dee bebeu e fechou seus olhos. Suas bochechas estavam molhadas, mas ela não se
importava. Ela nunca chorou na frente de outros caçadores.
Nunca chorou, tempo passado. Mas isso era diferente. Isso era o inferno.
Seus dentes doíam. Seu estômago estava embrulhado. Ela ainda bebeu. Bebeu até a
necessidade viciosa batendo através de que seu corpo relaxasse, até que ela pudesse
respirar sem se preocupar em afundar seus dentes dentro da garganta de Jude.
Até que o monstro interior ficasse calmo.
“Não mais.” Pak tomou a xícara dela. Dee deslizou as costas de sua mão sobre suas
bochechas. Estúpidas lágrimas – que bem chorar faria por ela? Ela olhou para suas
mãos, franzindo o cenho. Espere, isso era sangue? Ela estava chorando lágrimas de
sangue?
O queixo de Dee veio para cima. “Onde está Zane?” Ela não era estúpida. Ela caçava
vampiros para viver. Ela sabia que um dia como esse poderia vir, provavelmente iria vir,
mais cedo ou mais tarde. Ela cobriu suas apostas para ter certeza que ela não se tornaria
um daqueles assassinos que predavam inocentes. Tantos vampiros apenas perdiam o
controle e matavam...matavam.
Porque a luxúria de sangue podia ostentar tão fortemente.
Zane era a sua rede de segurança.
“Ele está com o time de limpeza em Bymore.”
Ela esteve em Bymore, exatamente antes do ataque. “Ian?”
“O bastardo está morto, e também está a tira, a fêmea que esteve trabalhando como
vice9.”
A piranha que a apunhalou. E ela era uma das garotas do Tony?
“O lugar está uma fodida bagunça, sangue em todo o lugar, vamps mortos dilacerados-”
“O que?” Com a fúria apaziguada, ela podia pensar melhor. “A Night Watch foi ali para-
”
“Não nossas mortes.” Pak cruzou seus braços sobre seu peito e olhou para baixo para
ela. “Nós achamos os corpos assim e pensamos que você talvez tratou de levar alguns
bastardos a extinção.”
Ela negou com a cabeça. “Não, não, a tira me apunhalou. Eu estava ao chão para
contar.” Deveria ter estado, entretanto.
Vocês não vão tocar nela. Dee ainda podia ouvir a fúria na voz de Simon.
“Ele me trouxe aqui?” A despejou. Ele tinha a transformado, depois a despejou.
Ela engoliu, consciente do conhecimento da dor. O babaca ainda tinha o poder de
machucá-la. Me despejou como lixo. Por que?
Porque ele sabia que ela iria ir atrás do seu traseiro.
“Chase queria que nós tomássemos conta de você. Ele sabia que você estaria segura
aqui.”
Mas os caçadores não estavam seguros. Ela estava muito instável. Muito –
“Você sabe que as primeiras quarenta e oito horas são as mais difíceis.” Pak, ainda com
aqueles braços cruzados e voz calma. “Nós vamos ter que manter você trancafiada até
que você possa ter certeza que você não está-”
Insana. Enlouquecendo pela luxúria de sangue e poder. Um assassino enlouquecido
que mataria todos e tudo em seu caminho.
9
(vice- vice cops- tiras que trabalham em uma subdivisão responsável por crimes relacionados a drogas ilegais, jogos de
azar, prostituição e outras atividades também consideradas ilegais.)
“Eu sei que você deu ordens de matar ao Zane,” Pak disse e Jude sugou em uma forte
respiração.
“Mas que inferno?” As garras de Jude saltaram.
“Mas você ainda não vai morrer,” Pak disse a ela.
“Eu já estou morta!”
Ele arrastou sua cabeça em direção ao Jude. “Trancafie ela. E, faça tudo que você tiver
que fazer, mas mantenha aquele demônio longe dela.” Uma pausa. “Por agora.”
Porque se ela ficasse mau, se ela não pudesse se manter no controle, Zane iria vir para
ela.
Ele tinha dado a ela sua palavra, depois de tudo, e uma coisa sobre o demônio, ele
sempre mantinha sua palavra.
Diferente de Simon...eu vou achar você. Mais cedo ou mais tarde, ela iria achar o seu
amante e fazê-lo pagar.
***
“Você não cheira como um vamp,” Jude disse quatro noites mais tarde quando ele a
conduziu para fora na porta traseira da Night Watch. Suas narinas alargando um pouco
e ele se inclinou mais perto. “Maldição, mulher, você apenas cheira, inferno, como
você.”
Dee olhou para a direção dele, então virou o olhar ao longo da rua escura.
Desde o momento que ela acordou, Pak a manteve perto sobre uma pesquisa
minuciosa. Ele a observou. A alimentou. A ajudou a focar o caos de sua mente que
vinha de sentidos reforçados e medos.
Apenas como antes, Pak tinha a ensinado. Não como caçar dessa vez. Como viver
como um vampiro.
“Pak me disse que uma essência de vamp muda,” Dee disse, não tendo certeza porque
ela não estava fedendo como um cadáver.
“Aqueles bastardos que estraçalham humanos, eles tem o fedor da morte e
decadência.”
“Porque eles não têm alma remanescente,” A voz suave de Pak, vindo detrás deles. Dee
não olhou para trás. Ela sabia que ele estava ali. Era muito fácil captar até mesmo as
suas suaves pisadas agora.
“Meu avô uma voz me disse que quando os Tomados perdem sua humanidade, eles se
tornam nada mais do que zumbis.”
O seu avô tinha sido um xamã Choctaw, então Dee percebeu que o cara sabia uma
coisa ou duas sobre os zumbis.
“Você ainda tem a sua alma, Dee. Sua vida mortal se foi, mas você ainda é a mesma por
dentro.”
Yeah, certo. Ela apenas tinha um pouco de complementos espalhafatosos no lado
exterior. Novos dentes. Novas unhas. Novos olhos.
Tomados. Porque Simon a transformou? “Porque apenas não me deixou morrer?” ela
perguntou para a noite, suas mãos cerradas em punhos.
Sem resposta. Dee não tinha esperado por uma.
“Você vai caçar agora.” Pak soou determinado.
Ela iria, porque ainda havia um trabalho para fazer.
“Por alguma razão, o Mestre Nascido deixou a cidade.”
Um grande golpe de sorte deles. Porque ela com certeza não esteve apta a caçar nos
últimos dias.
“Nós não podemos arriscar que ele volte,” Jude disse, voz severa.
Ela desenrolou suas mãos e olhou para baixo para suas novas garras. “Ele não vai
voltar.”
“Você não pode derrotá-lo sozinha!” Jude estalou. “Você vai-”
“Morrer?” Ela terminou e deu a ele um sorriso apertado. “Estive lá, fiz isso.” Seus olhos
dispararam ao redor da rua. Sem sinal de Zane. Ele não tinha vindo na Night Watch,
nenhuma vez durante a sua pequena “estada.” Ela deveria ter sabido.
Deveria ter captado a essência dele apenas como ela captava todas as outras.
Mas ele viria para ela, mais cedo ou mais tarde.
Apenas como Tony estaria vindo. O seu tempo estava expirando para ele, e o pequeno
problema do seu ser morto-vivo não estava indo impedi-lo de derrubá-la.
Ela deu passos para dentro da noite.
“Nunca os inocentes, caçadora. Se lembre disso. Nunca eles,” Pak ordenou.
Dee deu um aceno. A presa que ela estaria caçando primeiro, bem, ele não era
inocente.
Ela duvidava se ela alguma vez tinha sido.
Claro, ela iria rastrear o Mestre Nascido. Encontrá-lo, fazer o seu condenado melhor
para matá-lo. Mas primeiro –
Primeiro, ela tinha algum reembolso pessoal surgindo.
Suas narinas se alargaram enquanto ela farejava a noite. “Saia, saia, Simon Chase.” Eu
vou achar você, qualquer lugar que você esteja.
A caçada estava começando.
Seguir a essência de sangue era ridiculamente fácil. Lutar contra a urgência de deixar
suas presas para fora, levava um pouco, não tão fácil.
Mas a necessidade de sangue tinha sido saciada sob os olhos atentos de Pak.
Controle, yeah, ela tinha isso agora. Eles a tinham através daquela primeira urgência de
fome de sangue. A urgência que guiavam alguns vampiros para a loucura e empurravam
outros além daquela linha fina do bem e mal.
Ela tinha sobrevivido. Ela não precisaria se alimentar por semanas agora, e quando ela
fosse, a sede não seria tão esmagadora.
A primeira vez – isso sempre foi uma ‘cadela’ na terra dos vampiros.
Então ela tinha o seu controle. Para o que valia a pena. Uma vez que ela colocasse suas
mãos em seu amante mentiroso, Dee não estava realmente certa quanto tempo isso iria
levar até que aquela velha parede de controle começasse a rachar.
A primeira parada da sua pequena caçada era a casa dele. Não que ela esperasse que
Simon ainda estivesse passando o tempo pela cidade. Não, uma vez que ele tinha
chutado o seu traseiro, ele provavelmente teria atingido a estrada o mais rápido que ele
pudesse.
Por que me transformar? Por que? Aquela pergunta a tinha assombrado cada
momento.
Isso era algum tipo de punição doentia? Outra maneira de torturá-la?
Maldito vampiro. Ele provavelmente pensou que a transformando no que ela mais
odiasse era hilário.
A casa dele ficava no final da rua, delimitada pela extravagante fita amarela da polícia.
Ela podia ver a cor da fita tão claramente na escuridão.
Podia ver tudo tão claramente. Os buracos de bala ladeando. Os quebrados cacos de
vidros. A porta da frente que balançava bêbada em suas dobradiças.
Ela se curvou para baixo e deslizou sob a fita da polícia. Sem sinal de quaisquer
fardados. Sem sinal de ninguém mais. Talvez ela encontrasse algo no lado de dentro
que a guiasse para o bastardo vampiro.
Entrar foi fácil – a porta da frente tinha ido quase toda. A TV deitava esmagada no
chão. Enchimento do sofá e almofadas cobriam a sala.
E ao pensar, que ela realmente foi feliz aqui, por um breve, estúpido momento de
tempo, ela tinha sido feliz.
O piso rangeu. Um gemido, mais uma vibração que um som, e ela captou o mais fraco
tropeço. Respiração. Vindo do quarto.
Garras para fora, ela saltou adiante.
E bateu contra o peito do seu amante. Peito do amante morto.
Dee o derrubou, duro e rápido. A cabeça de Simon raspou contra a madeira de lei. Os
quadris dela se escarrancharam nele e ela prendeu seus braços no chão. Oh, yeah, força
de vampiro, baby. Reembolso estava para ser um inferno.
“Dee.” Porque ele estava dizendo o seu nome assim? Completamente rouco e faminto.
Como se ele não tivesse regiamente ferrado com ela.
“Babaca.” As presas dela estavam crescendo, afiadas, e ela queria afundá-las em sua
garganta.
Morda.
O sussurro que ela tinha ouvido primeiro aqui, com ele. Ela deveria ter sabido então o
que estava acontecendo. Vampiros eram altamente psíquicos. Ele era quem transmitiu
aquele desejo, não ela. Ele.
“Você deveria ter me deixado morrer,” ela grunhiu e seus dedos se apertaram ao redor
dele.
Os olhos dele piscaram para o preto enquanto a fúria endurecia em seu rosto.
Finalmente ela estava vendo o homem verdadeiro. Não o falso esmo. “Eu deixei.”
“O que?”
Ele saltou para cima, quebrando o aperto dela e rolando eles em uma confusão de
membros. No segundo seguinte, Dee estava no chão, ele a tinha prendido, e seus
dentes brilhavam para baixo para ela. “Não tomou a força como o ponto de partida
ainda, não foi, bebê? Isso foi um erro. Você não será forte o suficiente para-”
Ela tentou dar uma cabeçada nele, mas Simon se puxou para trás, sacudindo sua
cabeça. “Ainda pensando como uma humana. Você não pode fazer isso, Dee.”
“Eu disse a você não!” Ela sabia que suas presas estavam para fora. Não se importava.
Suas palavras estavam começando a balbuciar, apenas um pouco. Ainda não estava
acostumada a esses malditos dentes. “Eu sabia o que você queria, no fim.” Essa parte
estava cauterizada na mente dela. “Eu disse a você não!”
A memória da voz dele retumbou em sua mente. “Você não vai morrer. Eu não vou
deixar você!” Então as presas desnudas dele tinham vindo em direção a sua garganta.
Deveria ser a sua imaginação, ou talvez apenas a insanidade trazida pela morte, mas ela
teve certeza de ter pensado que o homem soou assustado em seguida.
Medo, por ela.
A mandíbula dele cerrou. “Eu não fiz-”
“Você brincou comigo todo o tempo. Mentiu pra mim! Me enganou! Você foi aquele
que armou toda aquela merda, não foi?” As mãos dela se empurravam contra ele, mas
ele era mais forte e ele não estava afrouxando.
“Pensando como humana,” ele murmurou novamente. “Dee, se acalme.”
Ela estava tão cansada das pessoas dizendo para ela se acalmar, relaxar, ou ficar
tranqüila.
Ela era um vampiro, puta que pariu! Ela não tinha um resfriado ou uma mão quebrada
– ela era um vampiro! Dee bateu o seu joelho para cima e pegou ele direto na virilha.
Seu aperto afrouxou, um momento era tudo o que ela precisava, e ela o arremessou
para trás.
Ele voou um metro e meio e bateu contra a parede.
Algumas vezes pensar como uma humana não era tão mal.
Ela se inclinou para baixo e puxou sua estaca do seu coldre no tornozelo.
Ele ressaltou de volta para os seus pés e sacudiu sua cabeça. “Você não veio aqui para
me matar.”
Se endireitando, ela testou o peso da estaca. “Eu quero saber onde está o Mestre
Nascido.” Se ela tivesse que ficar fisicamente com ele para descobrir a localização,
então seria.
Uma áspera gargalhada estourou dos lábios dele.
Os dedos dela se apertaram ao redor da estaca. “Não me provoque.” Seu controle tinha
começado a vacilar no minuto que ela tinha visto ele.
Mas o homem deu passos para frente e um duro sorriso curvou em seus lábios. “Eu fiz
você gritar pra mim. Eu tomei você e você veio e você gritou pra mim.”
Ela tinha gritado o seu nome. Um rosnado construiu em sua garganta. “O Mestre
Nascido.”
O sorriso se enxugou. “Eu tirei você daquele beco. Aqueles vampiros queriam te
destroçar. Eu tirei você. Eu mantive você salva.”
Ela saltou para ele e diminuiu a distância instantaneamente. Ela empurrou a estaca
direto sobre o seu coração, sem romper a pele, não ainda. Mas seria tão fácil continuar
com a matança. “Você deveria ter me deixado morrer.” E me deixado permanecer
morta.
As mãos dele vieram para cima, movendo-se em um rápido borrão, não para afastá-la,
mas para envolver em volta do seu pulso, e segurar aquela estaca perto. “Eu deixei.”
Ele tinha dito a mesma coisa antes, mas desta vez, um arrepio a percorreu. “Alguém
mais me fez?”
Seu aperto não vacilou. “Não entendeu isso, não é? Eu achei que Pak fosse te contar
antes que ele mandasse você pra fora em uma caçada.”
A estaca pressionou dentro da sua carne. “Me dizer o que?”
O seu olhar traçou sobre o rosto dela. “É você. Você. Você foi um Nascido naquele
beco. Você morreu-” Ele sugou uma forte respiração. “bem nos meus braços, mas
depois você voltou.”
E Simon quase morreu depois porque o rosnar em suas orelhas dinamitava sua mente
em pedaços e a estaca estava subitamente muito leve em suas mãos –
Ele a empurrou para trás. Ela deveria ter caído no chão. Ela mal tropeçou. “Isso é
mentira.”
“Não, isso é verdade.” Aquele olhar negro aborreceu-se no dela. “Em certos círculos, a
verdade sobre você é conhecida por muito, muito tempo.”
“Certos círculos de vampiros?” Seu estômago rolou.
Um lento aceno.
“Você está mentindo,” ela cuspiu as palavras. Tinha que estar. Não havia maneira dela
ser um Nascido.
“O que você ouve?” ele perguntou e ele não avançou em direção a ela. Um arroio de
sangue escorreu do seu peito. O cheiro era muito maduro e rico, melhor do que
morangos que ela sempre amou e Dee queria se arrastar mais perto, para provar. “O
que você ouve?”
“Seu batimento cardíaco.” Os mitos estavam errados. Os corações dos vamps ainda
batiam. Eles ainda respiravam. Ainda fodiam. Ainda faziam tudo que os humanos
faziam.
Porque vampiros apenas morriam por um momento, depois eles retornavam – eles
apenas retornavam diferentes.
Errados.
“O que mais?” ele pressionou.
“Carros.” Distantes. Correndo na estrada. “Insetos.” Não podia focar neles ou os seus
zumbidos iriam enlouquecê-la. Ela aprendeu essa lição na primeira hora da sua nova
vida. Morte. Enfim.
“E o que você sente?”
Fome. Luxúria.
Olhando para ele, Dee sabia que ela deveria odiá-lo, mas a necessidade fervilhava
embaixo da superfície. Ele tinha mentido para ela, a traído, mas o vamp dentro olhava
para fora dos seus olhos e cobiçava.
Sangue.
Sexo.
Presa.
“Você não sente o chamado, você sente?”
Os olhos dela se estreitaram.
“Você não sente a pressão.” Ele soou determinado. “Você não ouve isso, certo? A
incômoda voz em sua cabeça, dizendo a você para ir, para escutar, para prestar
atenção?”
Não, não havia nada em sua mente assim. Apenas a luxúria e a necessidade. E a urgente
força de estraçalhar o cara.
“Os Tomados são ligados com o Nascido, você sabe disso.”
Vampiro. Cada caçador aprendeu aquela lição bem cedo.
“Você não tem um link. Se você tivesse,” suas mãos cerraram em punhos, “você seria
tão fodidamente louca como eu porque o Nascido que nós estamos atrás está
chamando seus vamps pra ele, chamando eles em um frenesi porque o bastardo está
assustado como o inferno.”
O Nascido que eles estavam atrás? Ela podia ver a tensão no corpo de Simon. O fraco
suor em suas sobrancelhas. Ela achou que isso fosse medo, medo dela. “Você está me
dizendo que você tem um link com o Nascido que estava em Baton Rouge?”
O mais básico dos acenos.
Sua respiração explodiu, e por um momento, ela viu vermelho.
Literalmente o viu em uma parede de sangue. Traída. Dee atacou. Não com a estaca
dessa vez, mas com garras e dentes.
Ela bateu nele e eles cambalearam para o chão.
Ela arrancou as mãos dele para baixo e sua boca foi para sua garganta.
Suas garras raspavam lado a lado de sua carne.
Levou um minuto para ela perceber que ele não estava lutando com ela. O seu corpo
estava ainda muito parado, tenso, como um arame, e ele estava apenas...esperando.
“Faça isso,” uma lixa, e ele descobriu sua garganta. “Isso é o porque deu ter caçado
você, porque eu lutei pra você.”
Nada estava fazendo sentido para ela.
“Eu matei pra você, e eu teria morrido. Morrido.”
O sangue fluía tão perto, direto embaixo dos seus dentes. A língua dela escorregou para
fora, provando aquela carne.
Deveria ter ficado mais tempo com Pak. Não estava pronta para isso. Mas ela nunca
estaria pronta para isso.
“Me morda.”
A mordida dava poder ao vampiro. Porque ele queria ser fraco?
Aquele sangue...tão perto...Ela estremeceu contra ele, lutando o melhor que ela jamais
conheceu até agora.
“Eu quis você desde o primeiro momento que eu te vi. Eu quero você agora. Eu luto
como o inferno queimando por você, você não vê isso? Mulher, você não-”
Ele se empurrou para frente e as presas dela perfuraram a pele.
Acidente! Não, ela não teve a intenção –
O sangue deles deslizou sobre a sua língua. Quente e doce.
Um gemido rasgou dos lábios dele.
As presas dela afundaram profundo. O sangue fluindo mais rápido. Mais, mais. Os seios
dela pressionados contra o peito dele e ela liberou suas mãos, o melhor para cravar seus
dedos pelo cabelo dele e segurar sua cabeça para que ela pudesse tomar.
As mãos dele curvaram-se ao redor dos quadris dela e a puxou apertado contra ele, o
desperto crescimento do seu pênis empurrava entre as pernas dela.
Grosso, duro. Ela arqueou seus quadris, amando aquela pressão enquanto ela bebia
dele.
Sexo e sangue.
“Mais, Dee, tome mais!”
Abandonada, ela fez.
Os dedos dele tatearam o botão do jeans dela. Ele puxou a braguilha aberta, tratando
de empurrar seus dedos entre eles e empurrar para dentro do jeans dela.
Calor reunia em seu sexo, e uma fome, um desejo vicioso arrancando sua razão
enquanto ela se alimentava dele. Alimentar, pela primeira vez em um ser vivo.
Vício.
Poder.
Luxúria.
Isso era o que Pak tinha a advertido. Isso era o porque dela ter dado a Zane ordens de
matar. Dee não podia voltar atrás. Ela queria seus dentes na garganta de Simon e ela
queria seu pênis enfiado nela.
O que ele tinha feito com ela, quem ele era – não importava. Ela precisava, tão
malditamente.
Tome.
Mais.
Meu.
O corpo dela começou a aquecer, do interior para fora, e uma corrida de poder e
euforia correu por ela. Ela poderia ter tudo.
Fazer tudo. O mundo era dela. Não havia parar para ela. Ela podia tomar e tomar e-
Suas mãos se uniram as dele e eles empurraram o jeans dela e calcinha para baixo
mesmo enquanto ela chutava seus sapatos para fora. Mas Dee não liberou a garganta
dele. Não, não havia maneira que ela pararia de beber daquele maravilhoso sangue
doce.
O zíper dele assobiou para baixo. As pernas dela se ampliaram. O toque do seu pênis nu
a fez sacudir, mas não parar. Não, não parar.
Ela era morta viva. Não requeria proteção. Sem doenças. Sem gravidez.
Apenas desejo.
O desejo que fez o seu sexo escorregadio quando ela deveria ter estado horrorizada. O
desejo que fez os seus mamilos enrijecerem e suas costas arquearem, o desejo que –
Simon enfiou dentro dela e ela bateu os seus quadris para baixo para ele no mesmo
momento.
“Dee!”
Não deveria estar fazendo isso. Não deveria estar. Ela não confiava nele. Nem sequer
gostava dele.
Mas o vampiro não ligava.
Sangue e sexo. Um sonho molhado de vampiro.
Seus corpos deslocavam juntos. O seu pênis era longo e grosso e cada movimento
frenético do quadril dele, o fazia deslizar mais profundamente dentro.
Ela estava molhada, mais do que pronta, e ele preenchia cada centímetro do seu
núcleo.
Sua boca apertada nele, presas dentro profundas.
Ele se enfiava duro, empurrando para cima com seus quadris, e Dee tomava cada
centímetro esticado do seu eixo e queria mais.
Os dedos dele tamborilaram no seu clitóris.
Os joelhos dela apertados ao redor dele. Ela se empurrou para baixo com força,
querendo tomar, tomar.
Ela explodiu ao redor dele enquanto o seu sexo contraía em uma onda de puro prazer
que a fez estremecer, tremular, vir com o melhor orgasmo que ela –
Simon deu um salto embaixo dela e explodiu, jorrando para fora o quente respingo de
sua liberação profundo dentro dela.
Dessa vez, ele foi aquele que gritou. Não, mais como um rosnado.
Seu nome.
A boca dela suavizou no seu pescoço. O ímpeto louco da luxúria de sangue começou a
se acalmar e a neblina de vermelho clareou de sua mente.
O que eu fiz?
Oh, Cristo o que ela tinha feito? Ela não tinha vindo para transar com ele. Não uma
parte dos seus planos. Ela tinha vindo para descobrir o que ele sabia sobre o Nascido e
fazê-lo pagar por transformá-la.
Dois corpos no chão. Homem. Mulher. Mais velhos. Cabelos grisalhos e olhos cegos.
Sangue ao redor deles, escorrendo de seus pescoços rasgados.
As mãos dela se fecharam no ombro de Simon. Suas garras cravaram profundo.
Simon, correndo para eles, caindo no chão, escorregando em seu sangue.
Dee tentou levantar sua cabeça. Isso estava errado. Ela não deveria estar vendo –
“Eu disse a você que não havia escolha, Chase. Você é nosso agora.” Um alto, pálido
vampiro. Lindo e perfeito. Gargalhando enquanto ele olhava para os corpos mortos,
sangue gotejando de sua boca.
“Eu fodidamente vou matar você!” O berro de Simon com fúria.
Simon.
Suas memórias. Sua mente. Seu sangue.
O que ela estava fazendo?
Vinculação. A maneira dos vampiros.
Dee afastou sua boca da garganta dele. Ela se distanciou, sacudindo, o gosto dele ainda
em sua boca, na sua língua, e seu sexo trêmulo por mais. Dee empurrou para trás o seu
cabelo e ela olhou para ele.
O que eu fiz?
Não, não – o que eu me tornei?
Sangue e sexo.
Mais.
Ele sorriu para ela, uma triste, dolorosa visão, e disse, “Bem vindo ao meu mundo.”
Capítulo 9
10
(denim –marca de jeans)
“O que você precisa?” Ela perguntou novamente.
A última parte do quebra cabeça. Cuidadoso. Tinha que ser cuidadoso aqui.
“Sangue.”
A mandíbula delicada dela trabalhou.
Ele deixou os seus ombros despencarem. Não muito difícil com a fraqueza propagando
através dele, pesando os seus membros para baixo.
“Você bebe, então você me explica, entendeu? Tudo, tudo.” Ela segurou o seu braço
para cima, virando-o, e expôs seu pulso com a fina linha de veias azuis visíveis apenas
embaixo da superfície.
Ele seria o seu primeiro.
As mãos deles tremiam quando ele alcançou o seu pulso. O tremor era da perda de
sangue, claro, apenas isso. Os dedos dele curvaram-se em volta da carne dela e trouxe a
sua oferta mais perto. Olhos nela, ele abriu sua boca e afundou seus dentes profundo.
Caralho. Sua língua deslizou ao longo do pulso dela e o sangue fluiu para dentro de sua
boca. Doce, tão malditamente doce. Uma pressa selvagem derramou através dele com
seu gosto.
O seu pênis sacudiu, seus músculos esticaram, e poder, selvagem, rico poder, aqueceu
seu corpo.
Nada como um sangue de um Nascido. Esse era o sussurro. O rumor. Sangue direto de
um Nascido era poder. Puro poder.
A respiração dela ficou presa e seus olhos começaram a escurecer mais uma vez. A
essência de sangue se pendurou no ar entre eles, mas as narinas de Simon se alargaram
e ele captou o pesado aroma do seu creme escorregadio.
“Suficiente.” Seu sussurro.
Mais uma deslizada de sua língua, depois uma pressão de seus lábios, e Simon se
afastou.
O queixo dela se levantou e caiu rapidamente. “O que no inferno eu estou fazendo?”
Ficando pronta para mudar o mundo.
Simon se levantou, muito facilmente dessa vez. Ele endireitou suas coisas, difícil aquilo,
com seu pênis sacudindo em direção a ela. Mas ele tinha prometido a Dee respostas, e
daqui a diante, ele iria manter a sua palavra com ela.
“Eu não mudei você naquele beco.” O queixo dela inclinou-se para trás enquanto ela
encarava para cima para ele. O pescoço dele palpitava da sua mordida e o corpo dele
queimava por ela.
Sempre, por ela. “E eu muito malditamente não deixei nenhum daqueles bastardos
tocarem você.”
O entendimento estava em seus olhos, mas Dee sacudiu sua cabeça.
Tempo para alguma verdade brutal. “Você sabe quanto tempo faz desde que um novo
Nascido veio para o mundo?”
Os lábios dela tremeram. “Nascidos são anciãos. Não houve qualquer um por centenas
de anos. Eles eram algum tipo de mutação genética. Uma confusa mutação que deu
origem aos vamps.”
A nós. “Que tudo você sabe sobre os Nascidos?”
Os dedos da mão direita dela esfregaram o pulso que ele tinha mordido. Lentas,
carícias constantes que ela nem sequer pareceu estar consciente de fazer. “Eu caço
vampiros. Eu sei tudo que há para saber – ambos sobre os Nascidos e os Tomados.”
“Não tudo,” ele disse, voz suave.
Olhos estreitos, ela estalou, “Eles são novos. Eu quero dizer os Nascidos mudam novos.
Eles são fortes. Mais fortes fisicamente e psicologicamente do que os Tomados. Eles
podem – eles podem controlar outros vampiros. Convocar aqueles na fila que eles
criaram.”
Pontos para ela. Hora do inferno. “Aqueles vampiros foram para sua casa todos esses
anos atrás por uma razão, Dee. Não era algum tipo de ataque aleatório.”
“Não, eles queriam sangue. Eles não se importavam com quem eles machucavam-”
“Eles foram pra você.”
Ela ficou pálida. “O que você está dizendo?”
“Eu estou dizendo que cerca de dezesseis anos atrás, uma demônio de nível nove fez
uma previsão.” Ela tinha sido a mais forte clarividente viva. Claro, depois da sua
previsão, o corpo da demônio foi encontrado, menos a sua cabeça
Uma demônio clarividente a menos nas redondezas.
“A demônio disse que um novo Nascido estava no mundo, e que um dia, ela iria se
transformar, apenas como os outros mudaram há tantos anos atrás.” Sem uma sutil
ênfase no ela.
Os lábios de Dee partiram. “Não.”
Sem simpatia. Sem remorso. “Os vampiros foram para sua casa porque você era o
Nascido previsto. Eles tinham que matar você enquanto você estivesse nova, antes que
você pudesse mudar.”
“Não.”
O ar parecia muito espesso ao redor deles. “Eles estavam sob ordens de não drenar
você. Eles deveriam cortar a sua cabeça fora.” Sem chance dela se transformar dessa
maneira. “Eles não estavam certos quando você se transformaria, e o bastardo os
liderando não queria tomar quaisquer riscos.”
Ela deu um passo atrás. “Pare com isso! Isso é mentira, eu não-”
“Eles mataram a sua família porque eles queriam você sozinha. Indefesa.”
Uma lágrima escorreu do canto do seu olho. Sangue vermelho. Nascidos sempre
choravam lágrimas de sangue. “Se o que você está dizendo é verdade, porque eles não
voltaram e me mataram? Porque me deixaram viva todos esses anos?”
“No início, porque você desapareceu.” E porque Grim tinha matado os seus demônios
que tudo vêem. Nenhum estava ao redor para dizer a ele onde encontrar uma garota
desaparecida. “Então Pak pegou você.” A maioria dos vamps pensaria melhor antes de
cruzar com ele. “Outros foram pra você, mas então, era muito tarde. Você tinha
aprendido a matar, e você estava pronta para a mudança.”
“Pronta? Pronta como? Simon, eu não-”
Agora ele levantou sua mão. Seus dedos esfregaram sobre o rosto dela. As limpas, lisas
linhas do seu rosto. Ela deveria ter visto isso por si mesma. “Você parou de envelhecer.”
Ela engoliu.
Em seus trinta, mas ela parecia como se ela tivesse em seus vinte. A mulher não tinha
percebido isso. Ela tinha estado muito ocupada lutando. Ele limpou sua garganta.
“Você provavelmente começou a curar mais rápido das suas injúrias, também, não foi?
E matar, eu aposto que se tornou mais fácil.”
“Tão muito mais fácil.” Um pouco de tristeza.
“Você não se transformou completamente porque você ainda estava viva.” Uma parte
complicada aqui. “Você não podia se tornar um vampiro até que o seu eu humano
morresse.” Uma pequena regra que nem todos sabiam.
Os cílios dela caíram. “Como eu fiz naquele beco.”
Sem negar agora. Ela apenas soou cansada. Enjoada.
“Sim.”
Ela enxugou a lágrima e deixou um borrão de vermelho em sua bochecha.
“Porque eu deveria acreditar nessa porcaria? Porque eu acreditaria em você? Você tem
mentindo pra mim desde o começo.”
“Sim.” Novamente, uma resposta simples.
Ela rosnou para ele. Ele não deveria achar, realmente não deveria, mas ele achou aquele
pequeno rosnar sexy.
“Isso poderia ser algum tipo de jogo fodidamente doentio que você está jogando
comigo.”
“Poderia ser, mas não é.”
As mãos dela foram para o seu estreito quadril. “Então como você sabe tudo isso?
Como você sabe?”
O olhar dele deslizou por todo o seu rosto. Ele suspeitava que ela soubesse disso, mas
ele a disse do mesmo jeito. Se ela quisesse as palavras, ele as daria pra ela, e ele
suportaria o seu ataque. “Porque eu tenho um link de sangue com o Mestre Nascido
que matou a sua família. E desde o momento que eu me tornei um vampiro, eu soube
que existe uma recompensa pela sua cabeça.”
A caçada – ela não sabia disso, mas todo esse tempo, ela tinha sido a presa. Presa que
derrubava todos os vamps que vinham para ela.
E que fez o bastardo Nascido se assustar.
Dee recuou seu pulso, e Simon sabia que o soco seria duro. Ele provavelmente merecia
isso, contudo, considerando todas as coisas.
Antes que o golpe pudesse pousar, um longo, alto estalo rachou a noite.
Dee se virou em direção a frente da casa. “Essa não é a minha noite-” Ela congelou. “Me
diga que isso não é gasolina.”
Mas isso era. O cheiro estava espesso e pesado no ar, porque algum bastardo estava ali
fora, preparando para incendiar a casa, e incendiá-los.
“Eles seguiram você.”
“O que?” As garras dela estavam para fora. Não tão longas ou mortais quanto as de um
shifter, mas ainda capazes de fazer um enorme de um estrago. “Sem chance, eu sou
sempre cuidadosa.”
Ele se empurrou passando por ela e comandou para dentro do pequeno esconderijo. O
cheiro da gasolina era forte aqui. Sem muito tempo. “Você não foi cuidadosa o
suficiente.”
“Simon-”
Alguma coisa voou através da já quebrada porta da frente. Um coquetel Molotove.
Merda. “Dee! Dê o inferno fora daqui!”
Mais garrafas queimando. Elas bateram no chão. Bateram nas paredes. Para dentro dos
restos da sua valorizada TV.
Então as chamas brotaram como piranhas gananciosas, correndo cruzando o chão e
devorando tudo em seu caminho.
Tentando nos queimar para fora. Não, apenas tentando os queimar. Ele agarrou Dee e
empurrou suas costas para o banheiro. As chamas os perseguiram. A fumaça espessou o
ar e ele provou cinzas em sua língua. Ele podia ver as chamas através das persianas na
janela. Altas, dançantes, vermelhas chamas. Elas cercavam a casa. Babacas espertos.
Eles tinham circulado a casa com um anel de fogo antes de mandar as chamas para
dentro.
O melhor para prendê-los.
Vampiros e fogo não se misturavam. Ele tinha visto muitos dos seus irmãos caírem com
as chamas. Isso não iria acontecer com eles. Não com Dee. Ele agarrou os cobertores
emaranhados da cama.
Dee pulou para cima e chutou o vidro da sua janela. Nenhum ar fresco entrou, apenas
mais fumaça esvoaçante.
Ela se arremessou através do vidro quebrado e Simon se lançou direto em seus
calcanhares.
Não podia ver o céu. Sem estrelas. Sem lua. Apenas aquele faminto círculo de chamas,
queimando mais perto.
“Nós estamos cercados.” A voz apertada de Dee. E eles estavam. Os vamps tinham
planejado bem, e ele esteve tão distraído pela Dee que ele os deixou chegar
mortalmente perto.
Não cometeria esse erro novamente.
Eles tinham alimentado as chamas, despejado tanta gasolina na área que o ar parecia
rançoso em sua língua.
“Queime, piranha, queime.” As palavras ecoaram na noite, crepitando acima das
chamas.
Não sob o seu cuidado. Ele arremessou os cobertores sobre Dee, ouviu o seu grunhido
enquanto ele a agarrava e a lançava sobre seus ombros.
Então ele pulou através das chamas.
O fogo atingiu seus braços e lambeu cruzando o lado do seu rosto. Tocando o inferno.
A dor quente-branca o cauterizou, chamuscando pele e lancetando lampejos nos
segundos que ele levou para pular através do fogo.
Eles atingiram o chão. Os braços dele estavam queimados. O cobertor cercando Dee
ardia com fogo. Ele a rolou, pisando no fogo, e a sujeira voou ao redor deles.
A dor – aw, porra. Ele sugou por uma respiração, embargado com fumaça, e sentiu a
quente agonia. Acostume com isso.
Dee se empurrou para fora do cobertor. “Simon, o que no inferno você estava-”
“Fodida piranha,” um rosnar, muito perto.
A cabeça de Simon arrastou para cima e ele viu os vamps se aproximando. Quatro
deles. Os sobreviventes do beco.
Não deveria ter deixado eles vivos. Mas sua prioridade tinha sido tirar Dee do inferno
daquele lugar antes que qualquer um dos vamps fosse capaz de fazê-la morrer
permanentemente.
Mateo veio primeiro. O grande, gordo Italiano era ao menos de idade centenária, e ele
tinha um sério vício com dor – dando ela e ouvindo os gritos de sua presa.
Ele veio até Dee, as garras da sua mão esquerda oscilando em direção ao pescoço dela
mesmo enquanto ele trazia para cima a sua mão direita, uma mão que Simon sabia que
estaria agarrando uma estaca em seu punho saliente.
“Não! Dee, cuidado!”
Ela girou, suas pernas ainda parcialmente presas nas cobertas esfumaçadas enquanto
ela lutava para se levantar.
Simon pulou na frente dela, e as garras de Mateo afundaram em seu peito.
Merda. Seus dentes estalaram juntos. Oh, mas o bastardo esteve implorando por uma
morte por muito tempo agora.
Ele bateu a sua cabeça na cabeça do vamp. Habilidoso o pequeno truque que ele
aprendeu da Dee. Mas Mateo apenas gargalhou e aquela estaca veio para cima mesmo
enquanto as garras giravam no peito de Simon.
Okay, uma pequena ajuda seria bom agora mesmo. “Dee!”
Os olhos do Mateo se alargaram. Seus lábios se abriram e um alto choro de lamento
gorgolejou na sua garganta. Então ele caiu para frente.
Simon olhou por cima do corpo do homem forte. Viu Dee. Viu ela puxar a estaca de
madeira das costas do Mateo. “Não se preocupe, eu peguei o coração.”
Uh, yeah, ele apostava que ela tinha pego.
Ele arrancou a mão do vamp e as garras romperam-se do seu peito. Dor explodiu
através dele. Tome isso. Use isso. Simon não olhou para baixo para o seu corpo. Não
podia. Não agora. Se ele visse o estrago...
“O que eles estão esperando?” Dee sussurrou.
A cabeça dele subiu. Os outros três vampiros estavam a menos de um metro e meio de
distância. Suas garras estavam para fora, as suas presas brilhando na luz do fogo.
Ele conhecia todos eles, apenas como ele conhecia Mateo.
Katya, a vampira Russa, amante do ex-chefe da máfia. Ela arrasou o tolo que a amava.
Vince, o novato que se transformou em menos de um ano atrás. Tanta luxúria de
sangue ali, queimando em seus olhos.
E Leo, alto e escuro, em pé e esperando com aquele maldito sorriso distorcido em seu
rosto. Esperando, todos eles, apenas esperando.
“Quem no inferno são vocês seus babacas?” Dee exigiu e maldição se a mulher não se
colocou na frente dele.
Aw, bem, aquilo não era doce? Mas, considerando a maneira que ele estava começando
a ondular sob seus pés, talvez isso fosse necessário, também.
“Nós somos a recepção de boas vindas, amada.” De Leo. Ele cruzou os seus braços,
inclinando o seu olhar sobre ela, e pareceu ignorar as chamas.
“Uh, yeah? Bem aqui está uma dica. Flores funcionam bem. Eles dizem, ‘Oi aqui está
um presente.’ Fogo, ummm, não é legal.” A estaca estava na sua mão. Gotejando
sangue.
O olhar negro de Leo escorregou para Simon. “Você tem certeza que esse é o lado que
você quer escolher, camarada?”
Antes que ele pudesse responder, Dee rosnou. “Camarada? Inferno Simon, me diga
que você não conhece essas aberrações.”
Uma gargalhada de Leo. Deveria ter sido uma advertência. E era. “Eu sou aquele que
transformou Simon, e Katya-”
Katya sorriu. Não vá por aí. Não vá!
“Ela foi aquela que deu a ele a primeira fodida de vampiro.” Oh, ótimo, como se ele
precisasse dessa merda. “Vamos apenas matá-los, okay?” A conversa era parte da
técnica de Leo. A maneira de distrair. De enfraquecer.
Dee olhou para a ruiva. “E sobre ela.” Ela disparou a Simon um olhar quente. “Péssimo
gosto. Vocês vêm para assassinar? Porque Katya eu ouvi falar de você.”
A ruiva gostava dos seus banhos de sangue, então isso não era surpresa.
“Eu não transei com ela.” A luxúria de sangue tinha montado nele forte quando Leo o
trouxe para o bando. Mas ele lutou contra a forte tentação e Katya.
Katya não era o tipo de vampiro que ele queria. Dee era.
“Eu não sou como eles.” Ela podia ver isso?
Os olhos dela seguraram os dele um segundo mais longo. “Eu sei.”
“Piranha.” Katya puxou duas facas da bainha dos seus quadris. “Eu vou cortar a sua
cabeça fora.” Cinqüenta anos e o sotaque da mulher ainda enrolava com o Russo.
Um suspiro de Dee. “Venha.”
Katya se lançou para frente, facas para cima, presas desnudas, ela veio rápido para um
ataque brutal e –
Dee enfiou sua estaca para dentro do peito da vampira. Katya caiu no chão.
“Próximo.”
Ele piscou. Não, ela não tinha dito apenas –
Vince gritou e tamborilou em direção a ela. Oh, certo,rumores diziam que Vince e
Katya tinham sido um item desde a mudança dele.
Dee desenterrou as facas de Katya. Fatiou rápido e profundo. Outro corpo no chão.
Esse aqui, umm, sem uma cabeça.
“Você está pronto?” Dee perguntou ao não-agora sorridente Leo. “Ou você quer fazer
coisas interessantes e tentar fugir?”
Sim. Ele estava certo sobre ela. Ela seria mais do que uma força suficiente para chutar o
traseiro de Grim. O Mestre Nascido iria ser abatido. Esse pesadelo iria ter fim.
Finalmente.
Sirenes gemiam à distância. Os tiras estavam chegando. Então alguém tinha finalmente
notado a gigante bola de fogo que estava comendo o seu caminho para dentro da
noite?
“Mais virão pra você.” Leo cuspiu no chão.
Um ombro levantado. “Deixe eles virem.”
“Você e o traidor – vocês dois vão morrer, gritando.”
“Uh, espere, me deixe adivinhar.” Uma pausa enquanto ela segurava a sua mão pra
cima. “Implorando pela morte? Por misericórdia?” Uma forte sacudida da sua cabeça.
“Não é o meu estilo. Não fiz assim na primeira vez, não farei na segunda.”
Vermelhas luzes brilhantes infiltraram pela fumaça. Um alto ressoar de uma buzina do
caminhão de bombeiros fez Leo se sacudir. “Isso não está terminado.”
“Pra você isso está.”
Os joelhos de Simon atingiram o chão. “Dee...” Muita dor. Muita.
As garras de Mateo se afundaram profundamente em seu peito. Ele olhou para baixo
agora, finalmente, e – o bastardo quase levou meu coração.
Isso não era bom. “D-Dee...” Ele tentou chamá-la novamente.
Mas Dee com seu cabelo levemente tostado, se lançou para frente e bateu o seu punho
no rosto de Leo.
Então Simon atingiu primeiro com o rosto no chão.
Capítulo 10
Ele acordou em uma maca. a máscara cobria metade do seu rosto e alguma mulher
maluca tinha a sua mão pressionada forte no seu coração. As mãos de Simon
sacudiram, rompendo as amarras que seguravam o seu pulso no lugar.
“Wow, calma!” Aquela mão pressionou mais forte. A mulher olhou para ele, olhos cor
de avelã constantes. “Você fica pulando pra cima, e você vai arruinar com todo o meu
excelente trabalho.”
Ele se ergueu, e estremeceu com o puxar dos – pontos? Yeah, ela tinha costurado o seu
peito.
“Eu não fiz nada pelas queimaduras.” Não, ele não queria olhar para elas, mas a mulher,
uma EMT11, traçou os seus dedos para baixo pelo seu braço. Dor pulsou através dele e
Simon sugou uma forte respiração.
“Calma.” Ela olhou sobre seus ombros ao enxame de tiras e de bombeiros com seus
jatos de mangueiras. Então seus olhos voltaram para ele. “Eu te costurei para parar o
sangramento. Eu imagino que as queimaduras irão curar antes ou na sua próxima
ascensão.”
Ascensão. Um termo vampiro. Então a moça com o cabelo cacheado marrom sabia o
que ele era.
“Eu dei sangue a você,” ela disse, se inclinando mais perto e apontando para uma bolsa
que pendia perto da cabeça dele. “Levou quatro sacolas para acordar você.”
“Você se importa em dar pra ele mais espaço, Samuels?” A voz aborrecida de Dee.
Simon quase sorriu. Quase.
A EMT sorriu.
11
(EMT- emergency medical tecnician – paramédicos)
“Jesus, eu juro, se eu não soubesse que você está transando com aquele charmer, eu iria
pensar que você estava dando em cima do meu vamp.”
Seu vamp? Desde quando? Progressos consideráveis.
Samuel relaxou para trás e Simon deu uma olhada na sua Nascida. Fuligem marcava o
lado direito do seu rosto. As pontas do seu cabelo tinham sido queimadas, então o
corte estava até mesmo pior do que o normal. Seus lábios estavam vermelhos. Seus
olhos grandes e escuros. E quando aqueles olhos aterrissaram nele, horror os
preencheu.
“Oh, inferno, Simon, eu não sabia que isso estava tão mal.” Ela pulou para dentro da
parte traseira da ambulância e correu para o seu lado. “O que no inferno você estava
pensando? Vamps não podem pular através do fogo. Você sabe que a pele de um vamp
queima muito rápido.”
Uma fraqueza. Uma de apenas algumas que a sua espécie possuía.
O fôlego dela saiu em um longo assobio. Seus dedos pairavam sobre a pele vermelha,
carne-viva. Ele pegou sua mão. “Não olhe pra isso.”
O olhar dela levantou. “Seu rosto...”
Então ele se lembrou do lampejo de agonia ao longo da sua bochecha.
Mas os olhos dela apenas cintilaram por um momento, então prendeu o dele. “Cara
durão, não é?”
Como se isso fosse o pior que alguma vez já aconteceu com ele. Nem chega perto.
“Você tem que parar de tentar me proteger.” Os dedos dela subiram e roçaram de volta
em seu cabelo. Simon sabia que seu cabelo tinha que estar chamuscado como o dela.
Isso, também, iria desaparecer com a próxima ascensão. “Você sabe que eu sou mais
forte do que pareço,” ela disse.
Um inferno de muito mais forte. “Você matou todos eles?” Um cara poderia ter
esperanças, porque aqueles babacas eram problema.
A mão dela caiu. “Não, seu mestre ainda está respirando. Algo assim, de qualquer
forma.”
Ele vacilou. Essa era a última coisa que ele queria. “O que? Por que? E onde no inferno
ele está? Humanos estão aqui!”
“Calma.”
Por que estava todo mundo falando isso pra ele?
Ela olhou de volta sobre seus ombros. “Tony o tem. Ele o está levando para uma cela
de contenção privada.” Os olhos dela retornaram para os dele. “Nós realmente não
podemos ter ele sangrando com uma população geral na cadeia, agora, não podemos?”
Não ao menos que eles quisessem um assassinato.
Alguém bateu a porta da ambulância. A sirene gritou ligada, lamentando sobre a sua
cabeça. “Eu não posso ir pro hospital! Você sabe o que vai acontecer uma vez que eles
derem uma boa olhada em mim.”
Ela se agachou e fechou os seus dedos com os dele enquanto a ambulância partia. “Nós
não estamos indo pro hospital.” Seus olhos não vacilaram. Não olharam para a pele do
seu rosto que ele sabia que tinha que estar como se fosse tocada pelo inferno.
“Onde então?”
Uma fraca curva ergueu em seus lábios. Samuels os observava, mas não disse nada
enquanto ela remexia com as sacolas de sangue, uma das quais ainda drenava para
dentro da veia de Simon. “Nós estamos indo para aquela cela de contenção privada.
Tony ainda precisa da sua prova que eu sou inocente, e antes do sol se levantar, Leo vai
dar a ele essa prova.”
“Você acha que Leo vai entregar o Grim?” Ele dirigiu um forte aceno da sua cabeça. A
dor esfaqueava através do seu corpo, agonia quente-branca serpenteando seus braços,
mas ele estava ficando mais forte. Cada segundo, ele estava ficando mais forte. “Nunca
vai acontecer.”
“Aw, mas você não sabe o quanto persuasiva eu posso ser.” Um sorriso enorme, um
que mostrou as pontas das suas presas.
Ele engoliu.
“Grim,” ela repetiu o nome, como se provando ele. “Esse é o nome da aberração atrás
de nós?”
“Yeah.” Um dos seus nomes, de qualquer modo. Quando você vive tanto tempo
quanto Grim viveu, os nomes mudam com os séculos. “Ele não é um alvo fácil. Você
nunca foi atrás de outro como ele.” Ele tinha que adverti-la. A luta não seria acabada
como as outras do seu passado.
“Huh.” Uma pausa, muito longa, então, “Se você não estivesse me enganando, e eu já
sendo um Nascido-”
“Oh, Cristo,” a exclamação de sussurro veio da de repente com olhos arregalados
Samuels.
“–então eu poderia fazer o bastardo do Leo falar. De um jeito ou de outro.”
Sim ela podia.
Ele caiu de costas contra a maca. “Isso não é enganação.”
“Não,” suave, pensativa. “Eu não acho que isso seja.” Os dedos dela traçaram a
extremidade do seu braço, cuidadosamente contornando as bordas vermelhas
brilhantes. “Onde você se encaixa em tudo isso? Do lado deles? Do meu?”
O olhar dele arremessou para Samuels. Ele não a conhecia. Não confiava nela. Ele
pegou os dedos de Dee. Trouxe-os para seus lábios. “Eu estou com você, bebê.” Era
simples – ele se encaixava com ela.
Ela hesitou. Ele sabia que ela não confiava nele ainda. Mas ela iria. Em breve.
Mesmo se ele estivesse que andar através do fogo por ela mais uma vez.
Simon fechou seus olhos, empurrando a dor de volta, e se perguntou quem Grim iria
mandar atrás deles da próxima vez.
“Você se queimou por mim,” ela disse, sua voz mal alcançando seus ouvidos sensíveis.
Ele não abriu seus olhos. “Eu disse a você, eu estou com você.”
Dela. Se ela apenas soubesse.
***
Dee não falou novamente. Muito menos ele.
A ambulância parou em uma antiga fábrica na periferia de Baton Rouge. Um apito de
trem ecoou na distância e o cheiro de chuva foi carregado pelo vento.
Quando Simon saiu da ambulância, Dee tentou realmente, realmente forte não
estremecer. As feridas estavam sarando, quase ali diante dos seus olhos, mas, oh, elas
estavam maus.
E o homem estava de pé. Não, andando, como se ele não apenas tivesse acabado de sair
do coma, com queimaduras de segundo grau cobrindo uma grande porção do seu
corpo.
Vampiros. Ele me salvou. Novamente.
“Dee!” A voz de Tony. Exigente e um pouco nervosa.
Uma vez que ele era humano, ele deveria ficar nervoso. Muito nervoso.
Ela andou em direção a ele, com Simon ao seu lado.
Eu estou com você, bebê. Se apenas as coisas fossem simples assim. Se apenas ela não
achasse que o homem ainda tinha segredos que poderiam voltar a morder.
Tony empurrou aberta as portas da fábrica. Ratos guincharam e Dee estava muito certa
sobre seis baratas correrem sobre seus pés.
Oh, inferno.
“Tenho ele acorrentado ali dentro.” Ele empurrou seu polegar em direção a uma sala
na esquerda. “Ele está acordando, e mesmo a perda de sangue não vai desacelerá-lo por
muito tempo.”
O queixo dela elevou. Ela tinha conseguido dar alguns golpes antes que os tiras
aparecessem, e ela tinha conseguido nocautear Leo apenas a tempo. Ela foi a única
deixada consciente quando os fardados invadiram com suas armas, então ela foi capaz
de dar umas explicações enganosas, rápido.
Sorte pra ela, Tony tinha estado na cena, latindo ordens e pegando os tiras que ele
confiava –dois charmers –para levar o ensangüentado Leo em custódia.
Ela tinha se inclinado mais perto de Tony naquela cena. Muitos ouvidos estavam ali,
então ela teve que ter cuidado, e ela disse a ele, simplesmente, “Minha prova.”
Ele fez o resto. Limpando a área. Levando Leo para a nova sala de “interrogação” que
tinha sido preparada para supernaturais. Assegurou que Samuels estava ali para cuidar
de Simon.
Simon.
Tony olhou para ele. “Eu não acredito que você está com um vampiro. Eu quero dizer,
seriamente, Dee, um chupa-sangue? Por favor, eu achei que você tivesse normas. Você
sabe que eu e você poderíamos-”
O olhar dela o calou. “Vamos acabar logo com isso, okay? Eu quero meu nome limpo e
eu quero descobrir se mais babacas estarão vindo para atacar.” Ele não sabia. Tony
pensava que ela apenas tivesse uma noite de luta maravilhosa porque ela teve dessas
antes.
O que Tony faria, quando ele visse o que ela se tornou?
Resmungando, ela se empurrou passando por ele e indo atrás da sua presa. Leo estava
no meio da sala, seus braços levantados e presos em grossas correntes por onde ele
pendia um bom pé do chão.
As correntes estavam enganchadas em algum tipo de roldana, e um dos charmers
estava perto da máquina principal, suor cobrindo sua sobrancelha.
“Piranha.”
As sobrancelhas dela levantaram enquanto ela encarava Leo. “Aw, você está tentando
falar-doce comigo?”
Ele rosnou e tentou se lançar para ela.
Estúpido movimento. Mesmo ele não seria forte o bastante para quebrar essas
correntes. Ele girou um pouco, parecendo como um peixe em dois grandes anzóis.
Os dentes de Leo estalaram juntos. “Você deveria ter me matado. Eu vou me libertar –
irei atrás de você! Você deveria ter me matado!”
“Não se preocupe, você vai morrer.” De Simon. Duro. Frio. Gelado.
“Você. Seu fodido bastardo! Você acha que encontrou seu maldito ticket de ouro, não
foi? Acha que você pode se livrar só porque você está transando com a nova rainha
piranha?”
“Rainha piranha?” Tony perguntou suavemente. “Isso é...ah...diferente pra você, não
é?”
“A luxúria de sangue vai pegar ela,” Leo gritou. “Apenas uma questão de tempo, então
ela vai foder como maluca e ela vai beber de qualquer tolo que ela quiser. Beber,
drenar, e foder –e você vai estar tão ferrado quanto antes!”
Dee voou para ele. Não deliberadamente. Não realmente. Ela apenas viu o
enrijecimento do corpo do Tony e –
E, merda.
Ela se lançou para o vampiro e cortou as suas garras para baixo no peito dele. Ele uivou
e o sangue fluiu. E o cheiro era tentador.
Dee começou a tremer.
“Mas que inferno? Dee? Dee, você não é-”
Ela se virou em direção a Tony e sabia que suas presas estavam para fora. Presas, garras.
Luxúria de sangue.
“Caralho!” Tony mexeu na sua arma.
Simon o socou, um motriz, brutal soco direto na sua mandíbula. Tony cambaleou para
trás, bateu na parede, então no chão.
Snick. Os dois charmers tinham suas armas para fora e apontadas.
“Não vai fazer bem pra nada,” Simon disse a eles, indo para frente e –
O que? O cara estava bloqueando ela. Fazendo um escudo nela. De novo. Um tanto
doce. Um tanto de –“Você sabe que balas não param a gente.”
Não, mas Dee não estava exatamente excitada sobre testar essa idéia. Ela tinha sido
atingida como uma humana, podia ainda lembrar da fúria da explosão, e não queria
passar por isso de novo, muito abrigada. “Nem sequer pense em atirar em mim,” ela
disse aos charmers, consciente de Leo gargalhando suavemente atrás dela.
Gargalhando – aberração.
“Segure o disparo.” Tony se levantou lentamente, massageando sua mandíbula. Seu
olhar viajou sobre ela. “Dee?” Seus olhos escuros estalaram para Simon e a fúria
endureceu seu rosto. “Você fez isso com ela.” Ele tinha sua arma pra fora e apontada
em um instante.
Simon, bastardo, espalhou seus braços amplos como se ele dissesse, yeah, eu posso
levar isso, então –
“Não pra ela!” Tony rugiu.
Maldição.
Dee agarrou os braços de Simon e o empurrou. A bala rasgou para dentro do ombro
dela. Seus olhos apertaram fechados. Ainda doía como uma pi –
“Dee!”
Os olhos dela racharam abertos. Tony correu em direção a ela. “Eu não tive a intenção-
”
Simon o pegou, o levantando pela garganta. “Você. Nunca.Atire.Nela.”
Umm, ele apenas disse.
“Eu estava mirando em você, babaca!”
Mais selvagem, alta gargalhada de Leo.
Foda-se isso. “Abaixe o bastardo,” ela ordenou. O charmer próximo ao interruptor
hesitou. “Abaixe ele.”
Um suspiro engasgado. O rosto de Tony começou a ficar roxo e o zumbido da roldana
preencheu a sala.
“Simon.” Dee manteve sua voz suave. Muita tensão. Muita raiva. Simon caminhava em
uma fina extremidade, e um empurrão... “Simon, eu quero que você deixe ele ir.”
Ele largou o tira.
Tony arfou, tentando sugar o ar.
Dee lambeu seus lábios e tentou ignorar o latejar em seu ombro. A bala tinha
atravessado, ela ouviu isso tinindo contra uma das pilhas de metal atrás dela. Ao menos
ela não tinha que se preocupar sobre cavar a coisa para fora.
Apenas a perda de sangue. Ela tinha que parar isso. E ela tinha que esquecer a dor. Se
Simon poderia ficar ali, com o inferno que ele tinha de estar sentindo, então, de alguma
forma, ela também podia.
“Dee?” A voz de Tony, rouca. Triste.
Ela não podia lidar com ele agora.
“Eles todos irão se virar contra você agora,” Leo zombou. Ela o encarou. Os pés dele
tocaram o chão. “Todos aqueles que você se importa – eles vão se virar contra você.
Eles vão ver o que você é, e eles vão vir para matar você.”
Zane.
“Você será aquela caçada agora. Você vai ser aquela que estará com medo e
desesperada e-”
Ela deu passos para frente. Sorriu um pouco. Então afundou seus dentes dentro da sua
garganta. Houve um instante de repulsa. De horror. De o-que-no-inferno-eu-estou-
fazendo.
Porque ela não queria o seu sangue. Não como ela queria o de Simon. Não queria o
gosto dele em sua boca.
Ela ansiava por Simon. Sem repulsa. Sem medo. Ela tinha estado desesperada para
tomar dele.
Isso – isso era apenas negócios.
E a mulher interior, a mulher que temia e odiava vampiros por tanto tempo, ela
estremeceu e um grito ergueu em sua garganta.
Não pode fazer isso. Não pode viver como isso. Não. Não.
Imagens vieram para ela depois. Piscando uma trás da outra.
Leo, coberto de sangue e sujeira, em pé sobre um velho campo de batalha. Uma espada
deitava em sua mão. A morte o cercava e um sorriso selvagem esticava em seu rosto.
Dee se forçou a tomar mais. Mantenha. Isso. Para. Dentro.
Leo, bebendo de uma mulher seca enquanto ela gritava e gritava – uma mulher em um
longo, fluído vestido branco, com seu cabelo tão longo e solto em volta deles.
Um homem alto com cabelo loiro brilhante, entrelaçando pelos lados, observando, um
sorriso em seus lábios. “O primeiro gosto de sangue é sempre o mais doce.”
Leo levantou sua cabeça.
“Quer mais?” o homem loiro perguntou.
Um rápido aceno, mas uma lágrima escorreu na bochecha de Leo.
“Não se preocupe, sua mulher sequer sente a dor agora.”
Gargalhada.
Maldade.
Raiva.
Dor.
Ela arrancou sua boca da carne dele. Seus lábios estavam molhados. Sangue gotejava
para baixo no pescoço de Leo. Seus olhos tinham ficado vítreos e o cara tinha parado
de gargalhar. Finalmente.
“A voz está quieta...” Leo falou, um sussurro.
Okay, então ele parecia estar se acalmando, sempre um bom bônus e –
Ele se lançou para frente e afundou os seus dentes no ombro dela. Dee uivou e o
empurrou para trás. Ele disparou para longe dela, mas as correntes gemeram e o
ergueram baixo. Leo lambeu seus lábios. “Peguei você.”
Os dentes dela estalaram juntos. “Você-”
Uma sacudida da sua cabeça escura. “Eu-eu me lembro dela...agora.”
Dee esfregou o seu ombro palpitante, então ela o socou, porque aquela merda doeu.
“Dee.” A voz de Simon. Constante e muito controlada.
Onde estava o seu grande, mau protetor quando ela realmente precisava do seu
bumbum? Ela disparou um olhar pra ele, então quase estremeceu. Ainda prejudicado.
“Dee, ele precisou do seu sangue, apenas como eu precisei.”
Ela piscou.
“O que no inferno está acontecendo aqui?” Tony gritou.
“Eu sou um vampiro, você apenas tentou me matar, e eu estou tendo realmente uma
puta de uma noite.” Bom resumo. Dee estreitou seus olhos em Leo. “E se você vier em
mim novamente, eu vou tomar a sua cabeça.”
Uma lágrima escoou do seu olho esquerdo. “Eu posso ver a minha Sonja novamente.”
Uh, ótimo.
“Sua mordida e sangue diluem o controle de Grim,” Simon disse. “Pergunte a ele agora,
ele vai dizer a você tudo que você quer saber.”
Realmente? Fácil assim? Bem, não realmente fácil considerando que ela tinha que
sagrar para suas respostas. “Você é um dos Tomados de Grim?”
“Ele me transformou.” Sussurrado. “Atado pelo seu sangue.”
Vampiros. Eles não podiam alguma vez dizer simplesmente as coisas?
“Okay, você é um dos seus tontos. Você estava dentro da armadilha? Você matou
aquela mulher e me deixou no seu sangue?”
Os olhos dele apertaram fechados, então voaram abertos. Pretos meia-noite. “Ela era
fácil de matar. Ela pensava que eu daria a ela o para sempre.”
“Imagino que você matou, não matou?” Para sempre em uma caixa de madeira em
algum lugar.
“Isso foi rápido.” Um dar de ombros. “Ela não sofreu.”
“Yeah, eu tenho certeza que houve muitos mais que sofreram todos esses anos por sua
causa.”
Os lábios dele tremeram. “Não o que eu queria. Nunca quis.”
O que? “Escute, camarada, você era um dos assassinos. Aquele que mordia e drenava-”
“Não era forte o suficiente.” O seu olhar disparou para Simon. “Você sabe como é isso.
Quando ele entra em você...”
Ele. Grim. O grande fodão que Simon a tinha advertido.
“Ele toma o controle,” Leo disse, dando um lento sacudir na sua cabeça. “As
necessidades dele se tornam as minhas. Você não tem idéia o quanto forte ele pode
ser.”
Barulhos de passos embaralhados mais perto atrás dela. “Me diga que essa aberração
Grim não está na minha cidade.” A voz de Tony rachando um pouco. Medo poderia
fazer isso com um cara.
Leo não respondeu.
Dee agarrou a frente da sua camisa ensangüentada. “Onde ele está?”
Os olhos dele se contraíram nela. “Fugiu. Sabe o que você vai fazer.”
Okay, então agora sua voz estava ficando um pouco cantada. Ela estava fazendo isso?
Ou era a sua perda de sangue? Talvez os dois.
“Uh, o que ela vai fazer?” Tony perguntou.
Simon e Leo responderam em uníssono. “Matar ele.”
Simon pegou a mão dela. “Ou ao menos, eu espero dizer que você vai.”
“Se não,” Leo respirou, olhando direto para ela com seus olhos pretos de caça, “então
ele vai despedaçar você, Nascida. Estraçalhar o seu mundo e despedaçar você.”
Ah, agradável visual.
Um bip estridente cortou o ar. Tony xingou e puxou o seu celular. Leo cedeu para trás
contra suas correntes. “Morte,” ele sussurrou.
Esse era o durão SOB12 que quase a derrubou mais cedo? Ele parecia...açoitado. Não
quebrado.
“É o seu sangue,” Simon disse, sua voz chegando apenas aos seus ouvidos. “Está
diluindo a influência de Grim nele, fazendo ele se lembrar quem ele era e tudo que ele
fez.”
Tony deixou sair uma forte expulsão de ar. “O que? Quando? Cristo. Quantos
mortos?”
Dee correu uma mão sob seu rosto. “Se Grim tem tanto poder, porque você não é
como” –ela atirou seu polegar em direção ao tremulante vampiro –“ele?”
O rosto de Simon tinha começado a curar. As bolhas estavam começando a
desaparecer, a pele clareando para o rosa ao invés do vermelho furioso.
“Grim não me transformou diretamente. Leo sim. Então a ligação era mais fraca.”
“Mentiroso, mentiroso...” Um fraco cântico de Leo. “Eu sei o que você fez, Simon. Eu
sei, irmãozinho.”
“Dee!”
Ela sacudiu com o chamado estalado de Tony. Ela se afastou de Leo. Ele parecia como
se ele fosse cair por sua conta, mas ela não confiava nele.
Tony levantou uma mão, estendendo-a para ela. Então ele hesitou.
O queixo de Dee levantou. Eu ainda sou a mesma. Talvez. Ela esperava que sim.
A mão de Tony disparou e ele agarrou seu pulso.Um rosnado construiu na garganta de
Simon. Tony não olhou para o seu caminho. “Houve um ataque.”
Yeah, bem, infelizmente, nessa cidade, alguém era atacado todo dia.
12
(SOB- son of a bitch- filho da puta)
“Menos de meia hora atrás, vampiros derrubaram dois caçadores da Night Watch e eles
mataram um dos assistentes, uma mulher chamada Grace.”
O rosto dela gelou. “O que?” Não a Night Watch. Ninguém se atreveria a ir até o
quartel general e atacar os caçadores ali. Não ao menos que eles quisessem o inferno
em seus calos.
“Eu tenho que ir-”
Os dedos dele se fecharam apertados em volta da sua carne. “Eu não posso ter você na
cena. Não...como da maneira que você está.”
Presas e garras. Luxúria de sangue. A sua mandíbula travou. “Quem – quem são os
caçadores?” Não Jude. Não Zane. Não, não eles, por favor.
“Spade e Gomez.”
Bile subiu. O gosto de sangue – forte demais em sua boca. Monstro. Eu me tornei
apenas como eles.
“Spade estava DOA13, sua garganta foi rasgada.”
“Caralho.” Um rosnado de Simon e subitamente ele estava ali, envolvendo o seu braço
ferido em volta dela, a segurando perto.
“Gomez está a caminho do hospital, mas ele está mal. Realmente mal.” Tony inalou. Os
seus dedos roçando sobre o pulso dela, sobre o pulso que acelerava muito rápido.
“Parece que os vamps pularam neles assim que eles deixaram a Night Watch.”
Haveria muitos caçadores do lado de dentro. Os vamps não seriam estúpidos o
suficiente para arriscar uma luta como essa. Então eles se esconderam nas sombras.
Golpeando em um momento fraco.
“Isso não foi a sua culpa,” Simon disse a ela, voz se tornando áspera. Mas mesmo antes
dos lábios de Tony abrirem, ela sabia que ele provou que as palavras de Simon era uma
mentira.
“Eles deixaram Gomez vivo para que ele pudesse entregar uma mensagem.”
Ela manteve o seu queixo alto. Manteve seus ombros para trás.
Leo, bastardo ferrado maluco, começou a gargalhar novamente.
13
(DOA- dead on arrival –morto quando chegaram)
Tanto para o seu sangue o ajudar. “Que mensagem?” ela perguntou.
Os lábios de Tony se afinaram.
“Me diga!”
“Que você é a próxima, baby. O sangue irá continuar a derramar nas ruas, e ele está
vindo atrás de você.”
Ela tomou o golpe. Tomou ele, mesmo quando o seu olhar disparou para o rosto tenso
de Simon. “Eles sabiam que o primeiro golpe não foi bem sucedido.” Sabiam que ela
ainda estava vivendo enquanto os vamps atingiram o chão. “Como?”
As presas dele estavam pra fora. “Porque as palavras viajam rápido nessa cidade e esse
homem-” Ele poupou um olhar ao Tony. “Sabe mais sobre essa cidade do que ele
pensa.”
Um vazamento. Não, um espião. Um que reportou aos vampiros de Grim. Um que
queria aquela doce promessa de imortalidade? Porque todo mundo queria viver para
sempre?
“Eu estou indo para a cena,” Tony disse, “e eu vou ver se eu posso descobrir apenas
com quem nós estamos indo contra.”
Fácil. Um Mestre Nascido e sua gangue de chupadores de sangue. Caras que gostavam
de beber, de drenar, e torturar para diversão.
“Harper, Post,” ele atirou aos dois charmers. “Cuidem dessa aberração.”
“Corra, pequena caçadora,” Leo murmurou. “Corra rápido. Grim está vindo por você, e
ele não vai parar até ele ter a sua cabeça.”
Ela olhou de volta para o cretino. Mas encontrou tristeza em seus olhos. Olhos cinzas
agora, não pretos. “Mesmo sendo Nascido não irá salvar você,” ele disse a ela. “Corra,
enquanto você pode.”
Capítulo 11
“Zane, não!” O choro de Dee ecoou nos ouvidos de Simon. Medo. Fúria. Então O
demônio estava os rastreando? Maldita grande coisa. Ele nunca teve medo de um
demônio, e ele com certeza não estava para começar a temer um agora.
O olhar de Zane os escaneou. Congelando na estaca de madeira que Simon ainda
agarrava em suas mãos. “Você está planejando acabar com ela, também?”
O que? Sua testa franziu e então as palavras foram compreendidas. Não, uma palavra.
Também. “Que porra você disse.” Ele empurrou Dee completamente para trás dele.
Sem chance de um demônio vir atrás da sua mulher com a morte em seus olhos.
“É o que ela quer.” O demônio cruzou o limiar da porta. Passeando e balançando uma
sacola azul em seu ombro. Ele empurrou sua mão dentro do lado superior aberto e
tirou uma estaca. “O que ela sempre quis.”
“Você não vai tocar nela.” Matar o demônio seria fácil. O único problema? Ele não
queria arrancar o coração do demônio, não na frente de Dee. Esse demônio tinha sido
uma vez seu amigo. Um amigo que estava para matá-la.
“Eu não vou me esconder dele,” Dee disse e sua voz estava clara. Forte.
Ela caminhou para o lado de Simon, seu queixo elevado, sua cabeça para trás. As pontas
carbonizadas do seu cabelo desapareceram enquanto ela dormia. Sua juba loira estava
despenteada ao redor do seu rosto. Suas bochechas estavam coradas, seus lábios
vermelhos brilhantes. Sexy. A mulher sempre pareceu tão sexy pra ele.
“Dee.” Os olhos do demônio varreram o seu corpo mais uma vez. “Você está
parecendo bem para uma mulher morta.”
Ela deu de ombros.
“Eu entendo que esse babaca é aquele que a transformou?” Raiva escorregando através
do gelo na voz de Zaine. Quebrada.
“Não.” A mão dela roçou sob o braço de Simon. “Ele é aquele que salvou a minha vida.
Mais de uma vez.”
Um triste sacudir da cabeça de Zane. “Então você já está do lado dele, huh, Dee? Já
abandonada –
“Eu sou um Nascido.”
Os olhos do cara incharam. “Mentira.”
“Essa é a razão dos meus pais serem assassinados. A razão que os vamps vieram atrás de
mim de novo e de novo. Eu sou um Nascido e eu derrubarei o bastardo –Grim –que
está no meu calo.”
Maldição. A mulher com certeza tinha um inferno de uma mordida. Sexy. Se não
houvesse um demônio em pé ali, flagrando e ameaçando de morte, ele lamberia aquele
longo suporte da sua garganta mais uma vez.
Se.
“Desculpe, Dee, isso não vai acontecer.” Zane olhou para baixo para o chão, então de
volta para ela. “Eu tenho uma promessa a manter.”
Então ele se lançou para frente, a estaca para cima, pronta, movendo-se mais rápido do
que um humano alguma vez pudesse e voando direto para Dee.
Simon tentou pular na frente dela, mas Dee o empurrou para o lado. Então sua mão
esquerda disparou e ela arrancou a estaca, tirando-a diretamente da mão do demônio e
a despedaçando em duas.
A estaca quebrada ricocheteou no tapete. Ela agarrou Zane, apanhando a sua camisa
com seu punho, e o puxou para perto do rosto dela.
Ele sorriu para ela. “Eu tentei.”
O que?
“Você vai me morder agora? Vai afundar esses, umm, realmente longos e que se
parecem assustadoramente como dentes de tubarão no meu pescoço? Vai me drenar
até me secar?”
O demônio não parecia particularmente preocupado.
Ela rolou os olhos. “Não me provoque, babaca. Não me provoque.”
Aquele sorriso que curvou em seus lábios desapareceu. “Você ainda está aí, não está,
Dee? Tudo isso...” Suas mãos levantaram, traçaram os lábios dela, e Simon teve que
morder de volta um rosnado. “É apenas superficial.”
Ela piscou e sua cabeça ficou ereta. Superficial. Ser um vampiro era um inferno de
muito mais que isso.
“Não um frio-sanguinário assassino, não é?”
Dee o libertou.
“Se você fosse, você teria me drenado por agora.” Ele endireitou sua camisa, então
ergueu uma sobrancelha. “Nascida, huh? Nunca vi isso acontecendo.”
Ela empurrou uma mão pelo seu cabelo. “Nem eu.”
Zane rosnou e olhou para a sua direção. “Então qual é a história?”
Simon apenas o encarou de volta.
“Cara, você precisa diminuir o nível dessa raiva. Dee e eu não éramos amantes. Você
quer ficar todo territorial e essas encheções de saco, guarde essa porcaria pro Tony.”
Simon travou sua mandíbula e rangeu, “Porque você está aqui?”
Outro sorriso fugaz. “Eu estou aqui porque se Dee realmente tivesse se transformado
em algum chupador de sangue sem alma, eu iria ter que manter a minha promessa.” O
seu olhar se inclinou para uma Dee observadora. “Não se preocupe, docinho, eu teria
feito isso rápido e tão indolor quanto possível.” Um dar de ombros. “Mas no minuto
que eu vi você, eu soube que você ainda era a minha Dee-”
Uma mulher gritou. Estrondoso, alto. Aterrorizada. O cheiro atingiu Simon depois.
Espesso e enjoativo. Fumaça. Fogo.
“Porra!” Zane girou ao redor e correu para a porta. Dee e Simon aceleraram atrás dele.
Não outro maldito fogo. Não de novo. O bando de Grim, eles apenas não iriam parar,
não até que eles tivessem matado Dee.
Não sob os seus cuidados.
Zane empurrou abrindo a porta na margem da escada e eles caminharam para dentro –
De um inferno.
Isso deveria ser impossível. Fogo não poderia se espalhar tão rápido. Com seus
sentidos, eles deveriam ter sabido além –
Além do Delaney estar queimando. As chamas estalavam e lambiam o teto, crescendo
maior, mais famintas, e dando a eles um vislumbre do doce inferno.
“Catalina!” O berro de Dee.
A bruxa estava atrás do bar, aparentemente congelada. Seus olhos estavam nas chamas
que a cercavam. Brilhantes, chamas dançarinas.
O demônio xingou e correu para ela. Ele ondulou sua mão e as chamas esmaeceram ao
redor da bruxa. Ele voou sobre o fogo e a agarrou.
“Queima,” ela sussurrou, mas Simon podia ouvi-la sobre as chamas.
“Queima tão rápido.” Ela fechou seus olhos e virou sua cabeça contra o ombro de
Zane.
As chamas dispararam maiores. A fumaça espessou, mas o fogo não acelerou de volta
em direção a bruxa. Ao invés disso, ele se encaminhou direto para Dee.
“Wynter!” Simon gritou. O demônio podia controlar o fogo. Ele não sabia que tipo de
escala de poder o cara tinha, mas nesse momento, enquanto o cara pudesse parar o
fogo, ele não se importava.
Zane içou a bruxa sobre o seu ombro, então fez um rápido movimento com sua mão.
As chamas cintilaram, desapareceram.
Apenas para começarem a erguer mais uma vez.
“Magia!”
Yeah, ele tinha descoberto isso. Dee tinha uma toalha de mesa em suas mãos e ela
estava lutando com as chamas.
“Não, esqueça isso, Dee! Dê o fora daqui!” Zane ordenou.
Bom plano. Simon agarrou o braço dela. O demônio guiou o caminho, usando o seu
poder para empurrar de volta o fogo que apenas continuava levantando, levantando...
“Ela!” O rosnado do demônio. Ele congelou diante da porta. Simon movimentou-se
em alta velocidade para cima dele. Não era a hora para isso –
Mas então Zane correu para frente. A porta de vidro explodiu ao seu redor. Fumaça
subia até a noite. Simon aspirou o forte, limpo ar, asfixiando quando os seus pulmões
começaram a limpar.
“Pare ela!” Ele olhou para cima para o grito. Ele viu Zane lutando com a bruxa, e Simon
vislumbrou uma mulher com cabelo encaracolado vermelho alcançando a rua.
Ele piscou e Dee decolou. Tão rápido, tão rápido, sua pequena vampira. Ela pegou a
mulher em dois segundos e a enfrentou, mandando a sua presa atingir a calçada.
“Não!” O choro da mulher. Com medo. Furiosa. “Porque você não pode morrer?”
Oh, então não era o que ela deveria estar falando com Dee. Ele pulou atrás delas.
Dee virou a mulher e prendeu os seus pulsos no chão. Simon viu as lágrimas nas
bochechas da mulher. Longos, espessos filetes que escorriam sobre sua pele, caindo em
seu cabelo.
“Faça isso, Nina.” O sussurro estava no vento. Ele congelou. “Mate ela ou eles
morrem.”
A cabeça de Dee estalou para cima. “Mas que diabos? Hey, babaca – saia e venha me
encarar!”
Outro vamp. Um dos homens de Grim. Tinha que ser. Mas ele estava dizendo a
mulher para matar Dee? Como ela deveria fazer –
“Ignitor!” o grito de medo de Zane.
Não, não. O olhar de Simon estalou de volta para a mulher e ele finalmente viu os seus
olhos, o sangrar de vermelho.
Grim não estava mais de sacanagem. Ele tinha partido para as armas pesadas.
“Dee!”
Ignitor – uma mulher. Uma muito, muito rara mulher abençoada com o poder do fogo.
Ela teria queimado Dee, a queimado com apenas um pensamento e a matado em um
instante. Ela estaria –
“Inferno, não,” Dee rosnou quando a sua T-shirt começou a soltar fumaça. Então ela
bateu a cabeça da mulher de volta contra o cimento.
Duro.
Os olhos do Ignitor caíram fechados, escondendo aquele vermelho mortal, e ela caiu,
mole, embaixo de Dee.
Ele podia amar aquela vampira. Já amava.
“Eu tenho ela,” Dee chamou. “Você pegue aquele outro bastardo!”
Feito. Simon decolou, pernas saltando rápido. Ele voou na rua escura, serpenteando
para dentro do beco. Seu nariz se contorcendo enquanto ele captava o cheiro de
sangue. Uma mulher em pé, balançando ligeiramente, sua mão na suja parede. Álcool
emanava dela mas ela teria sido uma presa, também.
Perto.
“Saia!”
A mulher vacilou. Ela olhou para ele com olhos turvos. “Corra,” ele disse a ela
calmamente, cintilando as presas.
Ela correu.
E o deixou sozinho no beco com a sua presa. A caçamba de lixo chiou. Um sapato
raspou sobre o asfalto. Simon lambeu seus lábios. “Se escondendo com o lixo?”
O vamp saiu, garras prontas, um bocado de sangue ainda gotejando da sua boca. “Você
escolheu o lado errado dessa luta.”
Simon ergueu suas sobrancelhas. Ele captou o sussurro de passos atrás dele. O seu
reforço. Sem chance dele alguma vez errar a rica essência de Dee. “Eu não acho isso.”
Os olhos do vamp dispararam atrás de Simon, e por um instante, medo cintilou em seu
rosto. Então ele se virou ao redor, e deu um salto ultrapassando a parede de tijolos atrás
dele com um pulo.
Simon saltou atrás dele. Sem chance dessa escória escapar dele.
***
O homem sabia como saltar sobre uma parede. Realmente um bocado sexy a maneira
que ele podia se mover tão rápido.
Dee exalou, observando um pouco mais, admirando a sua visão, então ela olhou a
parede. Umm, yeah, ela podia fazer isso. Assim ela esperava.
Dee correu –uma corrida nunca doía em nada –então saltou. Ela ultrapassou a parede,
mas bateu no chão abaixo. O impacto rangeu cada osso do seu corpo, mas Dee rolou, e
voltou sob seus pés e decolou.
Um parque. Um grande, escuro, yeah, coisas-estão-escondidas-aqui parque. Repleto de
grama. Muitas árvores altas. Ótimo. O vamp com cara de furão era rápido; ela devia
isso a ele. Seu coração acelerou em seus ouvidos e suas pernas chutavam abaixo dela
enquanto ele corria atrás dele e de Simon. Sem chance desse cara estar escapando, não
depois dele pôr um Ignitor enlouquecido atrás dela.
Um Ignitor. O pesadelo de um vampiro. Um ser que podia erguer e controlar fogo.
Não um bom modo de um vampiro morrer. Ela observou vamps morrerem queimados
antes. Dee apenas não imaginava que essa seria a maneira que ela iria morrer.
Claro, ela não pensava que seria um vamp, também.
Simon se inclinou adiante e lançou o seu corpo no vampiro. Mesmo da distância que os
separava, ela pode ouvir o baque quando seus corpos caíram na terra.
Ela se empurrou para frente com uma explosão de velocidade.
Simon lançou o vampiro pra cima – e o bastardo furão começou a gargalhar.
Foi quando o cabelo ergueu na nuca de Dee. Quando ela percebeu que as sombras
estavam muito escuras. E que vampiros nem sempre invocavam pelos seus primeiros
cursos de ataques.
Planos reservas. Ela não era a única que os tinha.
Dee deixou suas garras pra fora. “Simon.” Sua cabeça deu um salto. “Ele está
conduzindo a gente pelas bordas. É uma armadilha.” Uma que eles caminharam, não,
correram, direto pra ela. O Ignitor não tinha sido a única ameaça. Nem por um longo
arremesso.
Os vamps saíram das sombras. Quatro. Não, cinco. Oh, maldição, seis.
Simon se levantou lentamente, sem medo agitando em seus olhos ou mostrado nas
fortes linhas do seu rosto. Seus ombros rolaram e ele sorriu. “Imagino que todos vocês
estão prontos para um chute no traseiro, huh?”
O homem poderia ser insano. Esses vamps todos? Não, inferno, não. Dee estava com
muito medo que eles pudessem ser aqueles com os traseiros chutados. Ela ainda não
tinha entendido todos os seus poderes de Nascido. Sem chance que ela pudesse
derrubar essa quantidade de vamps de uma vez.
Gargalhadas. O selvagem, maluco tipo que você normalmente ouve apenas em filmes
do tipo B.
O cara de furão se levantou em seus pés. Ele cuspiu em Simon. Sangue atingiu o chão
próximo do seu pé. “Eu-Eu sabia que eles ti-tinham um furo aqui.” Mais gargalhadas.
Qual era o negócio com o Senhor Giggles14? “Não pode apanhar todos nós, você po-
pode?” As costas dele se endireitaram e aquele sorriso quase rachou o seu rosto.
Os braços de Simon roçaram nos dela. Dee suspirou e puxou uma estaca para fora.
Alguns hábitos apenas não podiam ser quebrados. Talvez eles não devessem ser
quebrados.
Ela olhou o círculo fechado de vamps, procurando pela cabeça da cobra. Porque havia
sempre uma cabeça, uma com o maior poder e quem deveria ser derrubada primeiro,
porque por outro lado, ele derrubaria você.
Rápido, duro, e sujo.
Apenas porque ela gostava do seu sexo desse jeito, isso não queria dizer que ela
quisesse que a sua segunda morte fosse assim.
Ali. O cara com o longo, cabelo vermelho com rastas. Aquele com olhos verdes que
brilhavam e encaravam muito duro para ela. Aquele com suas garras para fora e suas
mãos para cima. Ele estava antes dos outros, apenas cerca de trinta ou sessenta
centímetros. Não uma presa a se lançar à distância. Perigo número um.
“Pego ele,” Simon sussurrou.
Hey, se ele quisesse ir primeiro. “Divirta-se,” ela sussurrou e seu olhar cruzou para a
mulher na direita do alfa.
Asiática. Olhos exóticos muito escuros e mortais, vermelhos, lábios vermelhos, pálida,
pele lisa e –
A mulher saltou adiante.
O que?
Dee rosnou e trouxe a sua estaca para cima. Lute. Sobreviva. O seu mantra. Sempre.
14
(Senhor Giggles –é um palhaço que tem uma pintura assustadora no rosto.)
Mas a mulher não veio para ela. Ao invés disso, suas garras cortaram para dentro das
costas do vampiro gargalhando. Cravaram profundo.
Ele gritou.
“Segure ele firme, Jun.”
O vamp gritou até mais alto quando a mulher cravou suas garras mais profundo. O alfa
seguiu em direção a ele.
“Mas que inferno?” Simon murmurou.
Dee apenas sacudiu sua cabeça e manteve a sua estaca para cima.
“Você não nos conhece. Você vem aqui, cheirando a sangue fresco, trazendo a erguida
Nascida, e você acha que nós vamos aceitar a sua oferta?”
“Grim-” Saliva voou, “Grim vai-”
O alfa sacudiu sua cabeça. “Grim vai morrer, e você também.”
Uma choradeira agora, não um grito.
O vampiro alfa sacudiu sua cabeça. “Faça isso rápido, Jun. Mas faça isso doer.”
“N-não, não, Grim-”
“Grim pode apodrecer. Eu não sou a sua puta.”
Wow. Agora essa não era uma declaração que ela esperava. Dois outros vampiros se
apressaram para o lado de Jun. Eles rebocaram o agora implorando vampiro embora e
o Grande Vermelho voltou-se para encará-la.
Uma lasca de madeira picou dentro da sua palma.
As narinas dele se alargaram, cintilando um pouco. “Vai me matar?”
“E estava considerando isso,” ela disse a ele honestamente. “Mas eu acho que eu posso
ver seus planos primeiro.”
Um pequeno, estridente choro explodiu da escuridão. Faça isso rápido, Jun. Mas faça
isso doer. Pareceu como se Jun tivesse feito ambos.
Então assassinar estava obviamente funcionando na agenda pra ele. Tudo bem. Isso
deveria estar na dela, também, mas ela tinha esperado forçar primeiro as respostas para
fora do agora morto vampiro.
“Você vai atrás de Grim?”
Se ela sobrevivesse nos próximos cinco minutos, sim.
“E você...” Grande Vermelho virou o seu olhar verde – verde, quando ele deveria ter
sido preto, definitivamente um tempo para um vamp trocar para o modo de caça –em
Simon. “Aquele feitiço ainda funciona pra você?”
Simon ficou tenso. “Como você sabe sobre-”
Uma forte gargalhada. “Eu sei sobre um inferno de um monte.” O seu olhar percorreu
de volta da Dee e ele sorriu.
Okay, aquele sorriso fez calafrios subirem em seus braços. Porque enquanto seus olhos
não tinham feito muito que cintilar em cores, suas presas estavam para fora e Dee podia
sentir o seu poder no ar. Pressionando em volta dela. Não, a cercando. Ele não tinha
levado a sua pequena gangue de vamps para atacá-los, ainda, mas Dee tinha a muita
distinta impressão que a ordem poderia vir a qualquer momento.
Jun voltou para o lado dele, seus passos certos e constantes. Suas mãos se estenderam
para o líder dos vampiros, seu aperto possessivo.
“Eu senti você-” ele murmurou, “no momento em que você se ergueu.”
As unhas de Jun se alongaram em garras. Sangue escorrendo no braço do homem
vampiro quando aquelas garras cortaram a sua pele.
Dee apoiou suas pernas e ficou preparada para o ataque que tinha de estar vindo.
Enquanto ela sabia, não havia chance desse cara estar sentindo qualquer coisa sobre
ela. “Você sente agora?”
“Umm. Estou esperando um longo tempo por você.”
Se o olhar de Jun ficasse mais quente, Dee imaginou que poderia começar a queimar
um segundo de tempo naquela noite. “Apenas quanto tempo você tem estado nesse
jogo, Red?”
“O nome é Tore,” ele disse, “e baby, eu tenho estado nesse jogo mais tempo do que
você pode imaginar.”
Nascido.
“Oh, eu não sei. Eu posso imaginar uma enorme quantidade.” Ela captou o pequeno
problema na respiração de Simon e soube que ele tinha acabado de perceber que eles
estavam lidando com um Nascido. Fora de um tiroteio, para dentro de outro. “Então
você é algum cretino ferrado como o Grim? E que diabos você está fazendo na minha
cidade?”
Porque sem chance, sem chance que esse cara tinha estado muito tempo na cidade. As
palavras viajavam muito rapidamente sobre os Nascidos, e Pak não tinha dito nada
sobre dois dos super vamps estarem nas redondezas. Pak não iria esconder essa Intel
dela, ele iria?
O fraco sorriso se enxugou do rosto de Tore. “Ele não é nada como Grim,” Jun raspou
e Dee soube que a moça estava caminhando para uma pequenininha coleira de raiva.
“Nada.”
“Bom saber.” O corpo de Simon estava na mesma postura falsa relaxada que ela, e ela
sabia que se ela avançasse adiante, ele pularia para atacar. “Mas nós ainda não sabemos
porque diabos ele está aqui, e yeah, Tore, eu sei exatamente quem você é.” Fúria
depositada retumbou na voz de Simon.
Alguém me deixe entrar na festa. Dee disparou um rápido olhar para Simon. Seus olhos
negros queimando. “Ele é o irmão de Grim.”
O que? Maldição, falando sobre uma linha de sangue poderosa. Dois nascidos?
“Uma lamentável circunstância de nascimento,” Tore murmurou. “Não podemos
escolher uma família agora, nós podemos?”
O seu coração bateu contra o seu peito. “Não, nós não podemos.” Você não podia
sempre salvá-las também. Mas você podia se vingar por elas.
“Eu acho que a morte vai finalmente me deixar escapar do bastardo.” Tore balançou
sua cabeça. Suas tranças rastas roçando sobre os seus ombros. “Deveria ter sabido que
as coisas não seriam assim tão fáceis.” Os olhos dele rastrearam sobre ela. “Eu
realmente pensei que você fosse...maior.”
Dee sacudiu sua cabeça, farta. “Olhe, nós vamos ficar aqui urinando e gemendo a noite
toda, ou nós vamos lutar?”
“Não tão rápido,” Simon grunhiu. “Nós precisamos-”
“Eu não posso matá-lo,” Tore disse a ela, a mão de Jun acariciando com uma suavidade,
“Calma, amor.” Uma sobrancelha vermelha levantou. “Mas de acordo com a vidente-”
“Uh, você quer matar Grim?” Mas, então, todo mundo não queria?
“Ele me matou uma vez. Reembolso seria...aceitável.”
“Certo.” Dee sacudiu sua cabeça. “Eu não entendo, porque você não pode-”
“Matá-lo?” Simon disparou na mesma hora.
“Porque nós estamos ligados. Grim não pode me controlar, mas ele pode me sentir. Ele
pode deslizar nos meus pensamentos, sem importar o quanto forte eu tente bloquear
minha mente, e ele sabe quando eu estou indo pra ele. Ele foge, sempre foge, e deixa
um banho de sangue pra eu limpar.” Seus dentes estalaram juntos. “União de sangue,
você conhece? Não há mordida entre nós, mas nós dividimos uma mãe e o vínculo que
nos une sempre existiu.”
Esse cara não soava como um lunático delirante. Ele não agia como um poderoso
vampiro maluco, também. Ele tinha vindo para a cidade, sem levantar um tumulto, sem
deixar um rio de sangue nas suas ruas.
“Você não entende, não é?” Jun perguntou, voz afiada. “Mesmo agora que você é uma
de nós-” Uh, não. Nem tão perto. “–você ainda acha que nós merecemos apodrecer,
não acha?”
Não. Seus olhos foram para o Simon novamente. Não, nem todos os vampiros eram
maus. Alguns lutavam como loucos para manter a sua alma. Seus espíritos. Alguns
deles, bem, eles apenas ficavam presos em uma maldição ou uma guerra que eles não
entendiam. “Eu nunca fui atrás de todos os vampiros,” Dee disse lentamente e ela
manteve seu foco em Simon. Ele olhou para ela. Seus olhos se prenderam. “Apenas
aqueles com recompensas por suas cabeças.” Os assassinos. Aqueles que amavam
torturar e erguer o inferno.
“Como a recompensa que está pela sua cabeça?” Jun pressionou.
A mandíbula de Simon travou. “Não me provoque,” ele grunhiu para a moça falante.
Seu herói. Tão doce. Os dedos dela levantaram e roçaram contra a sua bochecha. A
cabeça dele se virou, apenas um pouco, e seus lábios pressionaram contra a palma dela.
“Você está cometendo um erro,” Tore disse. “Você não deveria confiar nele. Tome
dele, transe com ele da maneira que você quiser, mas não deixe seus sentimentos
cegarem você.”
Simon atacou. Ele se lançou para o outro vampiro, envolvendo sua mão esquerda em
volta da garganta de Tore e erguendo a estaca que ele tinha arrancado de Dee –
Jun passou suas garras na lateral de Simon. Os vampiros se aproximaram.
“Pare!” Dee gritou. Não, Simon não iria morrer na frente dela. Sem. Chance.
Com um choro, cada vampiro congelou. Alguns deles – espere, alguns desses caras
apenas abaixaram as suas cabeças?
Uma celebridade de vampiros. Era isso que ela era agora. Inferno. “Deixe. Ele.Ir.”
Mas ninguém se moveu. “Jun, moça – eu estou falando com você.”
Ela poderia derrubar esses vampiros, sem dúvida sobre isso.
“Ele não vai matar o meu companheiro!” Jun não afrouxou o seu aperto, mas ela não se
direcionou para um outro ataque, também.
“Yeah, bem, ele não vai insultar o me-” Whoa. O que era aquilo? Sem chance dela dizer
meu. “Ele não vai insultar o cara que cuidou das minhas costas todo esse tempo. Eu sei
do link de Simon com Grim. Eu sei que o feitiço não vai durar para sempre.” Os
ombros dela se endireitaram. “Esse é um risco que eu estou disposta a correr.”
Tore assobiou, ou bem, algum tipo de gorgolejo.
“Simon...”
Suas mãos caíram do pescoço de Tore, mas a estaca permaneceu pressionada bem em
cima do coração do vampiro. “Eu morreria para protegê-la.”
“Você provavelmente terá que fazer exatamente isso.” O olhar de Tore caiu para a
estaca. “Lição pra você, pequena vampira. Quando você costuma ser tão velho quanto
eu sou – tão velho quanto Grim –nos matar é difícil.” Seus dedos levantaram,
curvaram-se em volta da estaca.
“Vai precisar mais do que uma estaca atravessando o coração para manter Grim caído.”
Ela tinha ouvido um rumor como esse anos antes. Falando de um outro Nascido que
tinha sido apunhalado e quase decapitado, mas o cara tinha ido ao chão e se erguido
novamente. “Então qual é a dica de assassinato?”
“Queime-o. Queime-o até não restar nada mais.”
Mas fácil falar do que fazer.
Simon xingou e deu passos para trás, arrastando a estaca com ele. “Porque você apenas
não nos diz onde encontrar o babaca?”
“Volte para a sua bruxa carbonizada. Ela sabe.” Os vamps começaram a recuar para
dentro das sombras.
“E onde você está indo?” Dee exigiu.
“Eu quero apenas ver você e descobrir se você está à altura da missão diante de você.”
Uma sacudida mais ou menos triste da sua cabeça. “Ou se você não está.”
Agora ele iria insultá-la? “Eu poderia ter você morto nesse chão no primeiro minuto.”
“E eu poderia levar o seu coração nos primeiros trinta segundos.” Um sarcasmo. Um
que fez as mãos dela cerrarem. “Não hesite nas suas matanças. Pare de pensar como
uma humana.”
Impossível. Por dentro, ela ainda era humana.
Superficial. Talvez Zane estivesse certo sobre ela. Talvez a raiva a tenha cegado por
muito tempo.
“Quando você encarar Grim, ataque rápido e ataque primeiro. Porque você não vai ter
um segundo disparo.” Ele se virou e foi embora.
E Jun também. Protegendo as suas costas. Boa garota. Ela podia admirar isso.
“Oh...” Ele parou, olhando para trás. “Diga ao Ignitor que eles estão mortos.”
Então ele se foi.
Mas o nó no estômago de Dee tinha apenas ficado maior.
***
Feitiços eram coisas perigosas. Umas poucas palavras, encantamentos, um punhado de
magia, e o mundo poderia mudar.
Dee e Simon se apressaram de volta para o Delaney. Simon meio que esperava
encontrar as ruas fervilhando com caminhões incendiados e espectadores esticando os
pescoços, ansiosos por um vislumbre da tragédia ou heroísmo.
Mas o feitiço de Catalina manteve-se, e embora a fumaça ondulasse levemente das
janelas quebradas, nenhum humano estava perto do bar. Se um humano aparecesse e
olhasse o Delaney, eles não veriam nenhum estrago. Nenhum destroço. Não enquanto
o feitiço estivesse no lugar.
Mas Simon viu tudo isso.
Catalina estava em pé na frente das portas quebradas, seus ombros caídos, suas roupas
manchadas com fuligem.
O demônio não estava perto dela. Ele estava posicionado próximo a uma caminhonete
estacionada. Uma usada, velha, caminhonete cinza. Quando ele captou a visão deles,
sua cabeça sacudiu. “Você pegou o bastardo?”
“Ele está morto.” Não pelas suas mãos. Tore. Quem iria imaginar que vamp viria
chamando? Simon soube que ele era como um Viking, mesmo antes de Tore abrir sua
boca e começar a falar sobre Grim.
A reputação do cara definitivamente o precedia.
Ele sacudiu seu polegar em direção a caminhonete. Mesmo com as janelas escuras, ele
podia ver a caída figura de uma mulher. “Ela ainda está apagada?”
“Yeah, Dee bateu forte.”
Dee rangeu com isso. “Quando alguém está tentando me fritar, eu faço.” Ela seguiu em
direção ao bar. “Catalina?”
A bruxa não se virou.
Dee tocou o seu ombro. Ela vacilou. “Catalina, eu-eu preciso da sua ajuda.”
Finalmente, a mulher se virou. Seu rosto estava branco de cor, e seus lábios tremeram
quando ela disse, “Eu terei que matar ela?”
Do canto do seu olho, Simon viu a súbita rigidez do corpo de Zane. “Cat...”
“Ela poderia ter me matado.”
“Não.” As mãos de Dee caíram. “Ela estava procurando por mim. Isso não é uma
caçada, Cat. Ela não estava aqui pra vincular ou destruir você.”
Uma caçada. As sobrancelhas de Simon ergueram. Bruxas caçavam onde deveriam ser
os pesadelos do passado. Queimando e gritando e inferno.
Do passado.
Então porque elas continuavam sucedendo tão freqüentemente no presente?
“Não importa porque.” O queixo de Catalina levantou. “Ela teria queimado a todos
nós.”
Simon se lembrou das lágrimas que ele viu escorrendo nas bochechas da mulher. E ela
estava certa. O fogo poderia ter destruído o prédio em uma única rápida fúria. Mas,
para a sorte deles, eles todos tiveram a chance de partir antes que o fogo derretesse suas
carnes.
Com um Ignitor, eles poderiam ser destruídos em segundos. Um Ignitor sempre tinha
controle perfeito do fogo. A mulher tinha hesitado com suas chamas. Por que?
Lentamente, ele disse, “Eu acho que há mais coisa acontecendo aqui do que a gente
sabe.” Diga ao Ignitor que eles estão mortos. Seu estômago embrulhou. Não poderia
ser bom. “Vamos deixá-la falar. Vamos descobrir o que ela sabe.”
“Eu quero ela morta.” Fúria e medo falando de Cat. Ele conhecia ambos quando ele os
ouvia.
“Recue, Cat. Recue.” Uma exigência de Zane. Uma que veio apenas enquanto –
O Ignitor explodiu a janela traseira da caminhonete. Ela se lançou através das chamas,
caindo no cimento. Tropeçando mais conduzindo ficar em seus pés.
Zane a derrubou. Forte. “E nem pense em me queimar porque, baby, eu controlo o-”
“Eles estão mortos,” Simon disse, as palavras rasgando dele. Provavelmente na hora
errada. Deveria ter usado de algum tato, mas a bruxa estava parecendo agitada e com a
sua magia –sem chance deles correrem risco. Eles precisavam que alguém ficasse vivo
para interrogar, e ele não queria perder outro link com Grim.
“Simon!” A voz suave e chocada de Dee.
O ignitor parou se debatendo embaixo do demônio. “O-o que você disse?”
“Eles estão mortos.” De quem ele estava falando? Não sabia. Tinha que ser alguém
próximo a ela. “Um vamp nos contou.” Um soluço rompeu dela. Não uma daquelas
suaves fungadas que alguma mulher podia fazer, mas uma forte, erupção de agonia de
balançar o peito.
Dor.
Seu rosto ficou vermelho e as lágrimas vazavam de seus olhos. Ela tentou se curvar, mas
Zane a segurou rápido. “Mas que inferno?”
E Dee estava ali. Olhando para baixo para a outra mulher em reconhecimento .
Entendimento. Um de quem esteve ali, e viu a escuridão.
“Sua família. Isso é...Cristo. Eles se foram.” Ela engoliu. “Eu – eu chorei assim, também.
Zane, de-deixe ela ir.”
Ele olhou para baixo para a mulher, a luta em seu rosto.
“Ela não vai machucar a gente,” Dee disse.
A respiração da mulher saiu ofegante. Ela estremeceu e chorou como se o mundo
estivesse acabando. Para ela, talvez ele estivesse.
As mãos de Simon cerraram. E se o vamp estivesse errado? Mentir não seria nada novo
para a sua espécie. Para qualquer espécie.
Quantas vezes ele mentiu? Enganou? Ainda mais para os seus próprios planos – muitas
vezes para contar. “Nós não vimos os corpos,” Simon disse. As palavras escorregaram
para fora, em um esforço para o conforto. Aquela agonia – não, ele não podia ver isso.
Não podia ouvir isso. Porque quando ele olhava para ela, ele via o inferno de Dee tão
facilmente.
E se lembrava do seu próprio. Não, Mãe! Mãe! Pai! Tanto sangue.
Seus olhos cheios de água se viraram para ele. Esperança, fraca, pincelando, tímida
através da dor.
Ele travou sua mandíbula e Simon rangeu, “Um vampiro Nascido chamado Tore
queria que nós entregássemos uma mensagem pra você. Ele é aquele que disse que eles
estavam mortos. Nós não temos provas e-”
“E-E sobre o Greg?”
Greg? “O vampiro que trouxe você aqui pra nos matar?”
As mãos de Zane estavam muito apertadas em volta do pulso dela. Muito apertadas.
Quando o demônio subitamente a libertou, Simon viu as marcas impressas em sua
carne. Zane xingou quando ele captou a visão das marcas.
“S-sim, e-ele é esse-” Ela se empurrou para cima.
“Greg está morto.” Dee colocou suas mãos em seus quadris. “Muito morto.”
Esperança novamente, mais brilhante dessa vez. “Então talvez possa ter uma-uma
chance. Eu – se nós conseguirmos chegar a casa antes de qualquer outro e checar, eu
posso tirá-los-”
Eles estão mortos. Simon sacudiu sua cabeça. Falsa esperança, era tudo o que ele daria
a ela. Maldita falsa –
“Os vampiros drenaram o homem primeiro. Aquele com listras grisalhas em seu
cabelo.” A voz de Catalina. Calma e fria. O olhar de Simon a encontrou encolhida no
chão, inclinado-se sobre um espesso caco de vidro quebrado.
Seus olhos estavam fixos no vidro. Não, no que ela podia ver pelo vidro.
Vidência. Um talento de bruxa.
O batimento cardíaco da humana acelerou em seus ouvidos. Batendo rápido, muito
rápido.
Perigoso isso.
“Eles mantiveram a mulher, fizeram ela assistir. Então foi a sua vez.”
Catalina recolheu o vidro e sangue gotejou das suas pontas dos dedos quando as
pontas afiadas a cortaram. “Morte esperava naquela casa próxima da água. Apenas
morte.”
O Ignitor não chorou alto novamente. As lágrimas vieram silenciosamente, longas,
derramando rios, e Dee rosnou.
Suas presas estavam para fora, suas garras cintilando, e quando ela virou para a bruxa,
seus olhos estavam o perfeito preto da meia-noite. “Veja ele.”
Grim.
O sangue pingava espirrando no chão. O cheiro o atraiu e poder pulsou no ar.
Simon cruzou para a bruxa. Os olhos de Catalina tinham ficado vítreos com a magia.
Um piscar atordoado pareceu trazer ela de volta para eles. “Eu-eu não queria – eu nem
fundi o meu círculo-”
Sem tempo. Os corpos estavam se empilhando. O mau se aproximando.
Sem mais ataques. Nossa vez.
Simon varreu suas garras sobre a sua testa. Ele levantou sua mão e deixou uma gota de
sangue cair dentro do vidro escurecido. “Veja ele através de mim.”
Um brilho iluminou seus olhos, então ela olhou para baixo para o vidro mais uma vez.
Ele não podia ver uma maldita coisa. Fuligem. Cinzas. A mancha vermelha do seu
sangue. Escuridão.
Mas Catalina olhou e olhou, e o silêncio engrossou em volta deles.
“Onde.” Uma exigência de Dee. Ele deveria ter sabido que a sua paciência iria acabar
primeiro.
“Texas.” Suave, cansado. “Esperando, em um lugar chamado Heuco, próximo da
fronteira do México.”
Hueco. Oco.
Excitação queimou através dele. “Corte o link.” Ela não poderia olhar muito tempo.
Com Grim, não havia como dizer quem ele tinha forçado para o seu lado. Um Ignitor
era apenas o começo. Ele podia ter uma bruxa ou até mesmo um feiticeiro. Quando
escolhia as suas armas, Grim poderia ir direto para alguém que pisava dentro do lado
negro da magia. Um feiticeiro poderia ser capaz de sentir o poder de Catalina se ela
permanecesse muito tempo.
O vidro estilhaçou em sua mão. “Não pode me achar agora,” ela sussurrou. “Mas eu
achei você.”
Maldito inferno. Eles tinham conseguido. O seu olhar encontrou o de Dee. Os lábios
dela começaram a se curvar, apenas um pouco.
Ele correu para ela. Beijando-a forte e profundo. A provando. O fim estava vindo. Não
para eles, oh, não. Para eles, isso seria um começo. Eles teriam o para sempre. Mas para
Grim, o inferno esperava. Simon conseguiria a sua liberdade. Dee teria a sua vingança,
depois eles teriam um ao outro.
Muito foidamente perfeito.
***
“A armadilha está montada?” Grim perguntou, seus olhos na mulher que dançava
diante dele. Humana. Ele gostava das melhores dançarinas humanas. Essa – seus olhos
sorriram, flertando. O seu coração acelerava e todo aquele doce sangue pulava com
cada balançar do seu corpo.
“Greg não se comunicou.”
Com isso, Grim afastou o seu olhar da mulher. A música continuava, um ritmo sensual,
e ele sabia que a mulher continuava deslizando. “Quanto tempo ele está desaparecido?”
Ele não se preocupava sobre vigiar suas palavras com a dançarina. Não precisava com
ela.
“Uma hora.” Malik, um vampiro que esteve com ele desde que o primeiro cara
Tomado respirou há cinco centenas de anos antes, encontrou o olhar de Grim
diretamente.
Uma hora era bastante tempo para morrer. Grim esfregou sua mão sobre seu queixo.
“Os parentes estão mortos?” A sua Ignitora era uma arma muito útil. Uma embalagem
fraca, mas com um incrível poder interior.
“Os corpos deles devem ser encontrados amanhã.”
Uma rápida pista para os tiras, sim, isso seria apenas muito bom.
“E meu irmão?” Como se ele não soubesse que o babaca estivesse nas redondezas. No
instante que Tore cruzou o oceano, ele sentiu o tolo. Ele tomava passos para se
preparar pra ele. Tore não teria uma vantagem nessa caçada.
“Nenhuma palavra ainda.”
Não haveria nenhuma. “Ele não virá pra mim.” Tore tinha aprendido a sua lição da
última vez quando Grim tinha deixado a última criança morta para ele encontrar. Seu
irmão sempre foi um pouco fraco pelas crianças. Quando você conhecia alguém tão
bem, era fácil trabalhar os seus pontos fracos. Ele sabia apenas como fazer Tore sofrer.
O seu irmão tinha implorado para ele o matar cerca de doze anos atrás. Quando ele
tinha visto o que Grim se tornou. Quando ele encontrou os corpos e soube que ele
seria o próximo a sentir as presas de Grim em sua garganta.
Não havia como controlar a luxúria de sangue. Sem parar a viciante sede. Mas ele não
quis pará-la. Ele apenas quis matar.
Ele rangeu com o desejo do seu irmãozinho. Muito mal que Tore não permaneceu
caído.
“Ele será o nosso projeto futuro,” Grim disse, dando um aceno.
“É hora de nós o livrarmos do seu tormento.” Um presente.
A música terminou. Ele olhou para a mulher. Peito arfando. Lábios brilhantes. Ele iria
transar com ela primeiro. Então matá-la.
“É uma pena. Eu sempre amei meu irmão.”
Malik não falou. Não o chamou de mentiroso. Ou de tolo. E Grim era ambos. Depois
de tudo, ele deixou Tore sobreviver por muito tempo. Ele deveria ter arrancado a sua
cabeça há muito tempo.
Mas quando o seu irmão acordou – apenas como eu. Sentimento.Ligação. Então sim,
ele tinha um ponto fraco pelo homem que ele conhecia como seu irmão. Tore tentou
salvá-lo uma vez, exatamente antes da puta da nova mulher do seu pai ter traído todos
eles.
Tore tinha vindo para ele, trabalhando para libertá-lo das correntes, mas não houve
muito tempo. Muitos guerreiros ao redor deles. Muita raiva. Águia de sangue15.
Ele apertou os seus olhos fechados com a memória da agonia cauterizada em sua carne.
Suas mãos estenderam para trás dele imediatamente, tocando suas costas. Sem asas.
Mas ele nunca se esqueceu, nunca. O estalar das costelas, o empurrão para trás –
A morte não tinha vindo rápido o suficiente enquanto o seu sangue jorrava no chão. O
silêncio o atingiu depois. Espesso e completo. Seus braços ainda atrás dele, ele olhou
para a dançarina. Pele escura. Longos, membros flexíveis. Seus olhos estavam nele.
Estudando. Observando. Observando como todos os outros. Observando e
gargalhando enquanto ele caia no chão. Ninguém o tinha ajudado . Ninguém.
“Nós vamos matar a piranha Nascida.” A voz de Grim saiu rouca. Ele tinha gritado
naquela longa noite . Gritado até que eles levassem o seu fôlego e arrancassem o seu
pulmão. Águia de sangue. Não era um mito de tortura Viking. Real. Real.
Ele não iria morrer novamente. Os vampiros próximos conheceriam a agonia. Não ele.
Não novamente. Ela iria morrer.
Ele andou para frente. A dançarina levantou seu queixo e perguntou, “Me mate...ou me
transforme?”
Humanos estavam sempre esperando para viver para sempre. Ele alcançou a sua mão e
não respondeu. Porque ele nunca quis ser um mentiroso. Ou um assassino.
Uma pena que ele era os dois.
15
(A águia de sangue é conhecida pelas antigas lendas nórdicas. Esse tipo de morte funcionava da seguinte forma: os
condenados eram forçados a deitar de bruços sobre uma mesa, enquanto os capatazes faziam cortes nas costas perto
da caixa torácica. As costelas eram cortadas para que elas se expandissem como se fossem asas. O capataz em seguida
removia os pulmões, com a pessoa ainda viva e polvilhava sal nas feridas.)
Capítulo 13
Naquele dia simon sonhou com agonia. Com um campo de batalha coberto de neve
que se transformou do branco para vermelho embaixo dele. Simon se revirou na cama,
se sacudindo e se estremecendo, mas ele não conseguia fazer os seus olhos se abrirem.
Não podia escapar.
Mãos pegaram o seu corpo. Seguraram muito apertado. Dois homens. Um de cada
lado. Longas tranças cercando os seus rostos. Grossos elmos colocados no topo das
suas cabeças e algum tipo de capa ou manto subindo por detrás deles.
Um grito explodiu dele enquanto a dor ardente perfurava suas costas. Simon sufocou,
lutando por ar. Ele ouviu um estalo, como se um osso estivesse quebrando.
Novamente –
Mas que diabos?
Dor, tanta dor. A morte viria. A morte tinha que vir. Eu vou morrer com honra, eu não
vou –
“Acorde, vampiro.”
Seus olhos voaram abertos com a suave voz e ele saltou, peito arfando. Suas mãos
voaram para as suas costas. Ele esperava encontrar a carne rasgada aberta, suas costelas
arrancadas e quebradas, parecendo como –
“Você sonhou o sonho dele.” Catalina olhou para ele e sacudiu sua cabeça. “O link dele
com você está crescendo novamente.”
Porra, não. Simon correu uma mão tremente sobre o seu rosto.
Ela olhou em direção a porta. Uma porta de motel barato. Eles estavam na fronteira
Louisiana/Texas. Ela tinha vindo com ele e Dee. Vindo com o demônio e o Ignitor – a
mulher que apenas conseguia sentar e chorar.
“Se você não matar ele logo, ele vai começar a controlar você de novo.” Sem censura
ali. Catalina parecia estar declarando um fato.
Okay, ela estava declarando um fato.
Simon saiu da cama. Quando a bruxa tinha entrado? “Onde está Dee?” Ele alcançou
pela sua camisa. Uma coisa boa que ele ainda estava usando o seu jeans. Catalina teria
obtido um show.
“Com Zane. Ela quer que ele leve a humana embora.” Catalina soprou uma forte
respiração. “Ele quer ficar do lado da Dee.”
Ele puxou a camisa sobre a cabeça. “Você sabe o que vai acontecer?” Ele foi primeiro
para Catalina semanas antes. Ele sabia que ela era próxima dos caçadores da Night
Watch. Ele contou a ela sobre Grim e perguntou se entendia o que estaria vindo.
“Eu estive esperando por você.” Sua primeira resposta. “Você é aquele que veio pela
Dee.”
Seus ombros rolaram e ela olhou de volta para ele. “Eu sei que se eu for com vocês, eu
morro.”
Ele piscou com aquilo. “Você tem olhado para o futuro?” Havia um preço para isso.
Um preço pesado. E olhar adiante levava à magia negra.
Ela deu a ele um aceno fraco e esfregou sua mão direita sobre sua testa. “Foi o fogo. Eu
tinha que ter certeza que eu não iria-”
A porta oscilou aberta. “Bem, aquele cara é um autêntico babaca.” Dee invadiu o
quarto. “Não ouviu nada do que eu disse, e a mulher –Nina –ela nem sequer sabe onde
ela está.” Ela parou, piscou. “Uh, o que está acontecendo?”
A coluna de Catalina se esticou. “Eu estou partindo.”
Dee deu um rápido sorriso. “Bom. Eu sei que você viu uma razão, ao menos. Eu quero
dizer, você poderia ter ficado na cidade, você nem sequer tinha que vir tão longe.”
“Todos vão morrer, Dee.”
Seus lábios partiram. Ela hesitou. “O-Oque é isso?”
“Eu olhei.” Catalina sacudiu sua cabeça. “Eu vi a morte. Zane estava cercado por
chamas. Eu me queimei. Nina – sua garganta estava cortada.” Ela engoliu. “E você...”
“O que tem eu?”
Os olhos de Catalina pararam em Simon. Merda. Nada bom.
“Você morre, Dee.” Disse novamente, suavemente. Tristemente.
“Eu já morri uma vez.”
“Você não vai voltar dessa vez.” Catalina olhou de volta para ela. “Você não pode
ganhar contra Grim. Eu vi-”
“Você está com medo.” Os braços de Dee cruzaram sobre seu peito. “Eu sei que você
está. Inferno, eu estou assustada, também, okay?”
Dee tinha admitido isso? Sem chance. Simon caminhou em direção a ela mas ela jogou
para cima uma rápida mão. “Apenas...espere. Quando você me toca, fica difícil pensar.”
Bem, maldição.
Ela virou aquela mão e apontou para Catalina. “Você não pode olhar no futuro quando
você tem medo no seu coração. Mesmo eu sei disso.”
Catalina não falou.
“Você bagunça com o Escuro, e isso vai te mostrar as coisas que mais assustam você,
não o que vai acontecer.” Dee deu um forte suspiro. “Eu tenho jogado esses jogos por
um tempo, e eu sei sobre as bruxas. E o que você pode e não pode ver.”
“Eu vi a morte.” As mãos de Catalina cerraram. “Eu não vou ser uma assassina para uma
luta que não pode ser vencida.”
“Ele matou minha família. A família do Simon. A família da Nina. Ele não vai
parar.”Dee pausou, então disse, “Nós temos que pará-lo.”
“Você mataria a todos nós por vingança?”
“Cuidado com isso, cuidado,” Simon avisou. O medo em Catalina era novidade. O
fogo tinha inflamado o terror e a forte mulher que ele conhecia, agora parecia ter
desaparecido. Medo podia fazer isso. Girar você. Mudar você. “Vá embora se você
quiser. Essa luta não é sua.” Ela era dele. Não havia parada para ele. Sem escolha.
O olhar dela prendeu o dele. Tristeza ali. “Você vai matá-la,” Catalina sussurrou.
O coração de Simon estremeceu em seu peito. Não, não, ele não iria.
Ele vai começar a controlar você mais uma vez. Sua visão esmaeceu. Medo, dele
mesmo, lambendo em seu estômago e subindo para a sua garganta como –
“Se você a mandar atrás dele, você estará muito bem a matando,” a bruxa terminou e a
respiração de Simon recuou.
“Não, eu vou ficar do lado dela. Grim tem medo dela. Ele sabe que ela pode matá-lo.”
Ou então ele não iria querer ela morta tão seriamente.
“Pode.” Os olhos de Catalina fecharam. “Apenas porque ela pode não quer dizer que
ela vai.”
“Eu vou.” Certeza absoluta na voz de Dee. Ela iria voltar para ela qualquer dia.
Os cílios de Catalina levantaram. “Você sempre é tão certa de si mesma. Desde o
primeiro momento que eu conheci você, você era tão forte-”
“Você quer dizer quando aquele feiticeiro idiota veio e tentou vincular você?”
Um feiticeiro como Skye. Um ex-assistente que se virou para a escuridão.
“Nós chutamos o seu traseiro, não chutamos?” Dee murmurou e Simon desejou que
ele pudesse ter visto isso. Desejou que ele pudesse ter conhecido Dee, antes do inferno
vir chamando em ambas as suas portas.
A bruxa lambeu seus lábios. “Nós chutamos.” Uma pausa. “E eu pensei – eu pensei que
nós iríamos chutar o seu traseiro novamente. Quando ele” –uma fraca agitação de sua
mão em direção a Simon –“veio a mim, me perguntando pelo Nascido prometido, eu
pensei que nós poderíamos fazer tudo dar certo. Pensei que nós fôssemos fortes o
suficiente para encarar o que estava vindo.”
“Nós seremos,” Dee disse. Sua voz estava segura e confiante mas Simon aconteceu de
olhar para baixo, e ele viu seus dedos sacudirem.
“Eu não serei.” Simples e tão certo quanto Dee soou. “Eu estou partindo essa noite. Eu
nem sequer sei onde eu estou seguindo.” Catalina disse, lábios curvados para baixo,
“Eu tenho apenas que sair daqui. O fogo-”
Fogo. A única coisa que pode assustar uma forte bruxa.
Grim sabia exatamente o que ele estava fazendo. Separando. Arrastando Dee para
longe dos seus amigos que a poderiam ajudar. Grim poderia ter colocado o Ignitor para
atacar Dee qualquer hora. Mas, não, ele esperou até que Dee procurou um abrigo com
Catalina.
Ele tinha mandado os seus outros tolos com fogo da primeira vez. Mas da segunda vez,
ele não esteve brincando. Grim tinha colocado para fora as armas grandes. Ignitor.
Queimando tudo ao seu redor.
Um a menos. Grim estava trabalhando sua mágica distorcida.
Dee se afastou dele e se arrastou para perto de Catalina. Ela empurrou uma mão
através do seu curto cabelo e a encarou em silêncio por um momento. “Eu entendo.”
Sem argumentos para ficar. Sem viagens de culpa que eles poderiam usar a magia da
bruxa.
Os braços de Dee envolveram ao redor da outra mulher. “Apenas fique salva.”
Ele captou um vislumbre do rosto de Catalina. Simon viu uma lágrima escorrer pela
sua bochecha. Seus braços se fecharam apertados ao redor da Dee. “Você, também.”
Amigas.
Mas ainda assim Catalina estava indo embora.
E Dee estava tentando forçar o demônio a deixar o seu lado.
Amigos.
Ela queria que eles estivessem salvos e estar salvo queria dizer que ela não queria eles
em nenhum lugar perto de Grim.
Catalina se afastou e varreu uma mão sobre sua bochecha. Então ela foi embora. A
porta fechou atrás dela com o mais suave dos cliques.
Os ombros de Dee se esticaram. “Você quer me dizer...” ela começou lentamente,
então olhou de volta para ele, “porque eu tive uma visão de você, morrendo, em alguma
assustadora nevasca exatamente antes de eu entrar aqui?”
Ele piscou. Como ela tinha –
Ela esfregou seus olhos. “Droga, Simon, isso foi ruim. Em um minuto, eu estava falando
com Zane – o idiota não me escutou. No seguinte, tudo o que eu pude ver era você e
você estava-”
“Não era eu.” Ele poderia dar a ela esse tanto, ao menos. Tinha que ser link de sangue
entre eles. Grim estava tentando voltar a se sintonizar com ele, mas Dee estava
escorregando dentro da sua mente, sem sequer tentar.
O seu corpo virou totalmente em direção a ele. Seu olhar mergulhou sob o seu peito e
ela cruzou para ele. “Uh, yeah, era você.” Ela andou atrás dele. Seus dedos traçando
suas costas e Simon enrijeceu com o suave toque. “O que ele fizeram com você-”
“Não comigo,” ele disse novamente, sua respiração presa. A essência dela sempre
chegava a ele. Sensual e rica.
“Eu vi você.”
Porque ela estava na mente dele, e as imagens tinham tomado controle do seu
subconsciente e não tinham ido embora. “Grim.” As palmas dela pressionaram nas suas
costas, parecendo queimar a sua pele mesmo através da T-shirt.
“O que você viu – era ele.”
A sua respiração soprava sobre a carne dele. Quente. Seus olhos fecharam. Ela levantou
a barra da camisa e seus lábios pressionaram na pele dele.
Simon engoliu. “Eles chamam isso de águia de sangue.”
Os dedos dela escorregaram pela pele das suas costas e ele sabia que ela tinha se
lembrado da imagem do sonho. Visão. Ou o que diabos isso tinha sido. Rasgado,
quebrado, costelas espalhadas para parecerem como asas de águia.
“Uma antiga tortura Viking.” Uma que ele sabia que tinha sido usada em Grim. O link
deles tinha mostrado isso para ele antes.
Os lábios dela se levantaram e ele sentiu falta do toque da sua boca.
“Por que?”
Olhando sob seus ombros, ele encontrou o olhar dela. “Nem todos os monstros são
nascidos, Dee, alguns são feitos.” Era uma vez, há muito maldito tempo atrás, Grim não
tinha sido o doente bastardo distorcido de hoje. Ele era apenas um homem. Um que foi
quebrado. Trucidado.
“Se as histórias são verdadeiras,” Simon disse, observando-a cuidadosamente, “a
primeira coisa que ele fez quando ascendeu foi encontrar cada homem que participou
da sua tortura, e ele os estraçalhou.”
O olhar dela prendeu o dele. “Vingança.” A mesma coisa que ela procurava.
Ele deu um aceno. “Há um preço, você sabe.” Porque ele não tinha percebido o quanto
pesado o preço seria pra ela? Porque ele tinha pensado apenas em si mesmo?
Ele puxou Dee para dentro dessa guerra, arrastando-a para dentro do sangue.
“Eu sempre soube que há um preço.” Um triste sorriso intitulou nos seus lábios.
“Porque você acha que eu coloquei uma ordem de morte para mim mesma?”
As mãos dele fecharam em punhos com isso. Sem chance. Nem uma maldita chance
daquele demônio Zane vir alguma vez se aproximar dela com morte em seus olhos.
“Eu tenho visto morte pelos últimos dezesseis anos,” Dee disse. “Eu sempre soube que
eu estava vivendo além da conta.”
Não além da conta.
“O que eu não entendo é porque eu?” Dor ali, rompendo entre a superfície. “Porque
diabos eu sou uma dos Nascidos? Eu não sou ninguém. Ninguém. Eu era uma criança
ignorante assustada quando os vamps vieram atrás da minha família. Eu não era
especial. Eu não sou especial.”
Ele pegou as suas mãos. Segurou-as apertado. “Você é a mulher mais forte que eu
alguma vez conheci.” Verdade. Ele nunca a tinha visto recuar. Uma lutadora, direto na
alma.
O olhar dela caiu. “Quando eu era uma criança, minha família costumava ir juntas a
igreja todo o Domingo.”
Ele esperou. A vida de Dee, antes dos pesadelos.
O olhar dela não encontrou o dele. “Muitas pessoas pensam que Deus amaldiçoou os
vampiros. Amaldiçoou os Nascidos e eles espalharam o vírus-”
Era isso que as pessoas estavam falando nos dias de hoje? Um vírus?
“–como uma praga. É por isso que a água benta funciona com vampiros.”
Yeah, ele tinha sido queimado por uma dessas antes. Água benta e vamps não se
misturavam –isso não era um mito.
“Então o que eu fiz, Simon, que me condenou aos quinze anos?”
Seus olhos se levantaram. “O que eu fiz que era tão ruim para eu ser amaldiçoada,
também? Eu perdi toda a minha família –o que eu fiz?”
Nada. Os dedos dele se apertaram ao redor dos dela. “Eu não sei porque você é um
Nascido.” Ele escolheu o seu caminho. Para ela, o destino tinha escolhido. “Eu conheço
as histórias, também. Que o primeiro Nascido cometeu uma traição, que todos os
vamps eram punidos pelos crimes dele.” Ele sacudiu sua cabeça. “Você não fez nada
errado. Nada, você me entendeu?”
Seu rosto estava tão branco quanto o de uma boneca. “Mas eu ainda vou acabar como
o Grim, não vou?”
“Não! Você nunca será como ele.”
Ela cintilou um pequeno sorriso. “Eu acho que eu já sou.” Uma pausa. Então,
silenciosamente, “e lá no fundo, você também acha.”
Não. “Dee, eu-”
“Merda!” Um rosnado do lado de fora. “Dee!” A voz de Zane. Seu punho bateu contra
a porta. Meio segundo depois, a porta abriu quebrada. “Ela se foi.” Seu peito ofegando
e seus olhos brilhando preto.
Dee assentiu. “Eu sei. Eu disse a Catalina que-”
“Não ela!” Ele sacudiu sua cabeça e rosnou, “Nós dois sabíamos que a bruxa iria bater e
correr. Cat não consegue lidar com fogo. Essa merda apenas trouxe muitas memórias
ruins pra ela e ela estava com muito medo de se queimar.”
Ele bateu uma mão contra o limiar da porta. “Nina escapuliu.”
Um xingamento irrompeu dos lábios de Simon. Sua família assassinada – yeah, eles
tinham que confirmar por uma rápida ligação ao contato tira amigo de Dee.
Uma família massacrada.
Um Ignitor que sabia a localização do vampiro Nascido por trás do assassinato.
“Ela foi atrás dele,” Dee disse, e isso era tudo o que eles sabiam.
“Quanto tempo até você se dar conta?”
Sua mandíbula cerrou, Zane rangeu, “Ao menos três horas. Eu achei que ela estava
dormindo em seu quarto. Ela estava chorando tanto, eu nem pensei em ir lá checar.”
Merda. Três horas. O inferno de uma vantagem que ela tinha sobre eles. Com esse
tempo todo, ela definitivamente chegaria no Grim primeiro.
Ignitores eram tão fortes psiquicamente. Fortes o suficiente para criar e controlar o
fogo com suas mentes. Mas a natureza era uma piranha astuta. Para toda a sua força
psíquica, Ignitores eram muito fracos fisicamente. Um toque descuidado poderia
contundi-los, como quando Zane tinha envolvido seus dedos ao redor dos pulsos do
Ignitor. E matá-los iria apenas custar um sopro.
Se Grim visse ela se aproximando, se ele a sentisse, Nina estaria morta.
Mas se ele não visse...
Queime bastardo.
***
“Simon.” A voz de Dee, vibrando com tensão. “Vamos pegar a estrada, agora.”
Ele já estava se movendo. Ele agarrou sua sacola. Era isso. Partida final.
Ele nunca deveria ter trazido Dee para isso. Ele pensou que eles poderiam fazer um
time perfeito. Mesmo inimigo. Mesmo objetivo.
Mas se algo acontecesse com Dee...
Não posso perdê-la. Não vou perdê-la.
Como o seu plano mestre ficou tão ferrado?
Zane apoiou suas pernas afastadas. “Ele vai matá-la. Nós temos que chegar lá antes-”
Dee marchou em direção a ele, aquele esquisito, fraco sorriso em seu rosto. Sua mão
pressionou contra o peito dele. “Eu disse a você antes, essa luta não é sua. Nem sua.
Nem da Cat.”
Os olhos de Zane se estreitaram enquanto ele olhava para baixo para ela. “Você acha
que eu vou me afastar de você? Você não vai sair para uma luta mortal. Eu cobri as suas
costas antes, eu vou fazer isso de novo. Eu não vou-”
“Você não tem uma escolha.” Sua mão direita serpenteou o pescoço dele.
“Desculpe.” A sua mão esquerda subiu, e despejou um duro, rápido soco no queixo
dele. O demônio caiu. “Depois de todas as vezes com Tony, você deveria ter visto isso
se aproximando.” Ela olhou para baixo para ele, o corpo dela tenso.
Simon se aproximou dela lentamente e muito, muito cautelosamente. “Quer me
explicar o que foi isso tudo?”
Ela olhou para cima. O demônio caído esparramado além do limiar da porta. “No caso
da visão de Cat não ser uma pura merda, sem chance de eu ir arriscá-lo.” Emoção ali.
Afeição. Amor.
O nó que batia no seu estômago disse a Simon que ele estava com ciúmes. Tinha
estado com ciúmes do demônio desde a primeira vez. Um vínculo existia entre Dee e
Zane. Um criado com tempo e luta. Confiança.
O que ele não daria para que Dee se importasse o suficiente para bater a sujeira para
fora dele. Confiança. Amor.
Os ombros dela cederam. “Eu aliviei o soco, você sabe. Eu usei minha mão esquerda.”
Entretanto, ela tinha a força do vampiro agora, então o soco não teria sido nada perto
de suave. Ela se inclinou, correu seus dedos sob a mandíbula de Zane. “Mas demônios
são fortes e ele não vai estar desacordado por muito tempo.”
Não, ele não iria estar. E quando ele acordasse, Simon sabia que Zane viria atrás deles.
Porque o demônio se importava com Dee, também. Se importava o suficiente para vir
por contra própria com uma ordem de morte.
Se você se importasse o suficiente para matar...
Simon ergueu o seu olhar. “Vamos dar o inferno fora daqui.” Não amantes. Dee e o
demônio nunca tinham ficado juntos sexualmente, então ele não deveria nunca pensar
em atacar o cara enquanto ele estivesse desacordado.
Mas ele estaria ali para Dee quando esse inferno terminasse. Quando ela não tivesse
mais que lutar com os pesadelos do seu passado, o demônio estaria ali.
E onde eu estarei? Dee alguma vez iria querer ele na sua vida uma vez que a ameaça de
Grim acabasse?
Ele não tinha pensado tão longe.
Dee arrastou Zane para dentro do quarto. Simon agarrou as pernas de Zane, e eles
içaram o demônio em cima da cama. Dee empurrou um travesseiro embaixo da sua
cabeça.
“Não venha atrás de mim,” ela sussurrou.
Zane não seria capaz de ouvi-la.
Ela alcançou a sua mão. Virou o seu pulso. “Eu-Eu tenho que saber onde você estará.
Eu não posso arriscar você. Não vou. Não pela minha vingança.”
Você mataria a todos nós por vingança? A pergunta da bruxa.
Não, Dee não mataria.
Ela encarou o demônio, engoliu, e o mordeu.
Simon congelou. Não, não – ele não gostou de ver a sua boca no demônio. Não uma
mordida. Tomando o seu sangue. Um rosnado roncou na garganta de Simon. Não ela.
Não ele. Não –
Dee arrancou sua boca pra longe. Seus olhos encontraram os de Simon.
“Não...outro.” O seu rosnado era uma exigência gutural.
“Simon?”
Ele agarrou o seu braço e a arrastou da cama. Sem tempo. Sua mandíbula travou. “Para
dentro do carro.” E para longe do demônio.
Um demônio agora ligado para sempre a ela. Apenas o que ele precisava. Mais
competição. Como se ele não tivesse merda o suficiente acontecendo.
Simon a arrastou para fora, deixou o demônio, e não olhou para trás. Tão quanto ele
estava interessado, nunca houve qualquer utilidade em olhar para trás.
Eles entraram na SUV de Dee. A moto de Zane tinha sumido. Seja cortesia de Nina ou
da bruxa. De qualquer forma, ele sabia que o demônio não estaria abrandado por muito
tempo. Reforço iria aparecer, se eles quisessem isso ou não.
“Uh, esse é o meu carro, você sabe, eu deveria ser aquela que-”
Ele pisou no acelerador e eles dispararam do estacionamento, deixando um rastro de
cascalho cuspido atrás deles.
***
A preta SUV derrapou para fora do estacionamento. Os dois dentro do veículo estavam
tão atentos em suas presas que eles não olharam ao redor.
Não perceberam aquele observando.
Uma pena.
A chave virou e o motor chutou para a vida. Rastreá-los seria tão fácil.
Matá-los – mais difícil. Mas não impossível. Nada era impossível.
O vibrar lento de música country preencheu o interior do carro, e o veículo arrancou
das sombras ocultas.
***
“Quanto tempo até agente chegar em Hueco?” A voz constante de Dee. As palavras
foram as primeiras que ela falou na última hora.
Simon manteve o seu pé apertado por todo o caminho no acelerador. Mesmo correndo
na preta estrada interestadual, isso ainda seria “depois do amanhecer.” Uma maldita
hora para dirigir na cidade. Ele estaria fraco. Todos os vamps estariam. Ele e Dee
estariam em desvantagem. Grim teria uma guarda. Muitos vamps e quem diabos o que
mais.
“Então se nós não temos nada para fazer pelas próximas seis horas-”
Provavelmente mais tempo.
“Porque você não me diz o que está fazendo o seu bumbum se contorcer tanto?”
Seus nódulos ficaram brancos ao redor do volante. “Você não tinha que beber dele,” ele
latiu. O seu bumbum se contorcendo. Ótimo.
“Eu quis saber se ele estava vindo atrás de mim. De nós.”
Ele ainda podia ver a sua boca no pulso do outro homem. Seus lábios tão vermelhos
contra a carne dele escura. Provando dele. Tomando dele.
O SUV desviou para o canteiro central e Simon puxou o volante e então o veículo
deslizou de volta para a pista certa. “Você tomou o seu sangue. Você está ligada a ele.”
Não era suficiente que os dois deles já tivessem algum tipo de ligação que ele não
entendia?
Confiança. Yeah, Dee confiava no seu demônio.
“Eu estou ligada a você, também. Eu não ouvi você reclamando sobre isso.”
Não, esse era o problema. Ele estaria implorando por mais. O sentir dos seus lábios.
Aquela língua –
Uma coisa fodidamente boa que o demônio já estivesse nocauteado.
“Eu-Eu achei que eu tivesse que fazer isso. Depois do que Cat disse, eu não o queria
seguindo a gente.” Quieta, vencida.
Desde quando ela estava vencida? Mas que inferno? Ele inclinou a ela um rápido olhar
e tentou deixar o louco ciúme de merda sob controle.
Medo. Era o que isso realmente era. Medo de encarar Grim. Porque se o bastardo
fosse muito forte? E então...o medo frio-que come-a sua-alma de que quando a batalha
estivesse terminada, ele perderia Dee.
De um jeito ou de outro.
Quando ela tinha se tornado mais importante que a liberdade?
Ele limpou sua garganta e tentou afrouxar os seus dedos antes que ele quebrasse o
volante. “Eu achei que você não acreditou na bruxa.”
Um som, poderia ser uma risada tensa ou apenas um longo suspiro, veio dos seus
lábios. “Algumas vezes, eu não tenho certeza no que eu acredito mais. Eu não deveria
tê-los deixado partirem da cidade conosco. Eu sabia todo o tempo que era um erro.”
Mas o demônio estava inflexível, e ele agrupou a abalada Ignitora e a ainda bruxa
atordoada com ele.
“Eu tentei dormir no motel, mas eu apenas – eu apenas continuei vendo Catalina,
cercada pelo fogo.”
Mas o fogo cercou você, também. Porque Dee não estava assustada por ela mesma? Ela
não se importava?
“Eu não podia fazê-la encarar as chamas novamente. E Zane -oh, inferno, depois do
que eu vi-”
O seu olhar estalou para ela. “O que você viu?”
Sua mão levantou, então caiu flacidamente de volta em seu colo. “Cada vez que eu
morder alguém, eu verei a vida da pessoa, certo?”
Infelizmente, esse era o jeito dos Nascidos. Mais visão do que uma força. Uma maneira
de chegar dentro das mentes da presa e controlá-las.
Não Dee. Ele podia dizer que ela encarava isso como algum tipo de punição. Outra
punição, para ela.
“Ele já passou por muito. Eu não vou deixá-lo morrer pela minha luta.”
Ele alcançou a sua mão e entrelaçou os seus dedos com os dela. “Nossa luta.” Ela não
estava sozinha nisso. Ela não iria se livrar dele da maneira que ela tinha feito com os
outros.
Ele não deixaria o seu lado. Sem importar o que fosse. “Eu não vou desviar de você,
babe. Eu não me importo com o que a bruxa disse, eu não vou desviar.” O feitiço
poderia estar enfraquecendo. Grim poderia começar a encontrar um link novamente,
mas isso não importava. Grim estaria morto muito antes do feitiço se desfazer
completamente.
Os dedos dela se apertaram em volta dos seus. “Eu sei.”
Simples. Certo. Confiança?
O seu fôlego expeliu em uma forte corrida e seu coração trovejava contra seu peito.
“Há algo que você precisa saber.” O couro gemeu embaixo dela enquanto ela se
inclinava para encará-lo. “Eu não quis morder Zane. Não quis morder aquele louco
vamp Leo. Desde que eu me transformei, eu tenho precisado da mordida. A luxúria de
sangue esteve ali, não nego isso. Quando eu abri meus olhos pela primeira vez e vi
Jude...” Ele ouviu o clique da sua deglutição. “Eu achei que eu até poderia perder o
controle.”
As primeiras ânsias eram as mais fortes. As mais perigosas. Foi por isso que ele a deixou
no Pak. Pak sabia como cuidar de vampiros. Ele guardava dezenas de Tomados ao
longo dos anos. Guardava-os, e tinha que derrubar alguns.
Simon sabia que se ele ficasse com Dee, sua luxúria de sangue teria alargado e ao invés
de acalmá-la o seu próprio controle teria quebrado. Eles deveriam estar quebrados.
Mas agora eles estavam mais fortes. Juntos, eles eram mais fortes.
Não. Vamos.Quebrar.
“Você é diferente. Eu quero você. Eu quero a mordida, e eu quero que você me
morda.”
Uma confissão como essa, de uma caçadora...dela. Suas gengivas queimaram enquanto
seus dentes cresciam e a forquilha da sua calça ficou muito apertada em volta da
expansão do seu pênis.
“Você é o único que eu quero, Simon. Apenas você”
Suas mãos unidas descansavam nas suas suaves, coxas vestidas de jeans. “Quando tudo
isso acabar,” ele conduziu dizer, as palavras saindo roucas e duras, “você não vai se
afastar de mim.” Ele tinha que explicar, tinha que dizer tudo a ela –
Mas ela não iria escapar dele.
“Bom.” Ele captou o seu fraco sorriso. “Porque é melhor você nem pensar em se afastar
de mim.”
***
Ah, maldição.
Ela tinha feito isso com ele novamente. Um soco direto. Tony nunca iria deixá-lo ouvir
o final desse. Zane se ergueu da cama. Seu olhar voou ao redor do quarto. Se foi. Claro.
O que mais?
Ele pulou, automaticamente checando o relógio. Quanto tempo ele esteve
desacordado? Uma hora? Duas? A julgar pela fraca luz escorrendo através das cortinas,
um inferno de muito.
Dee tinha usado a força de vamp nele. Ele quase sorriu. Quase.
Então ele captou a visão das marcas no seu pulso. Fraca. Pequena. Dois círculos.
Filha da puta.
Ela tomou o seu sangue. Colocou um bloqueio nele.
“Tudo bem, princesa – então você sabe que eu estou indo. O que mais você esperava
que eu fosse fazer?”
Ele correu para a porta. Carro. Ele teria que roubar um do estacionamento, pegar a
estrada, e ligar por reforço. Pak deveria ter alguns outros caçadores no Texas que ele
poderia contatá-los. Fácil acordo. Dee não iria se livrar dele tão facilmente.
Ele arrancou a porta aberta e captou os cheiros muito tarde.
Três vampiros. Altos, compactos, com dentes prontos e garras para fora. Eles apenas
ficaram de pé ao passar pela sua porta, sorrindo.
“Sabia que nós acharíamos alguém esperando,”aquele no meio disse, e seu sorriso com
presas se alargou. “Vamos ver quanto tempo leva pra fazer um demônio gritar.”
Um tempo realmente, realmente longo.
Zane levantou suas mãos e lançou um sorriso em seu rosto. “Quem é o primeiro?”
Eles todos atacaram de uma vez. Presumido.
***
Dee sugou um forte fôlego e se inclinou para frente. O cinto de segurança cortou no
seu peito. À distância, a fraca luz roxa do amanhecer riscava no horizonte.
Fraqueza.
“Dee? O que está errado?”
Ela lambeu seus lábios. “Zane. Por um minuto ali, eu pensei-” Ela pensou que ele tinha
chamado o seu nome.
“Você deveria tentar dormir,” Simon disse a ela. “Salvar a sua força.”
Que força? Ela já podia sentir a tração do sol. O cansaço, a fraqueza. “Você deveria
dormir.” Ele esteve dirigindo toda a noite. Mesmo ultrapassando por duas patrulhas.
Impressionante. “Me deixe pegar o volante por um tempo.”
Ele olhou na direção dela. “Eu estou bem.”
Ela não ia entrar em um irritante estopim com ele. “Desacelere e me deixe pegar o
volante.” O cara era sexy como um inferno, mas mandão.
Uma coisa boa que ela gostava dele. Okay, mais do que gostava dele. Não vá por aí, não
agora. Mais haveria abundância de tempo para escolher a doente, bagunça emaranhada
das suas emoções. Para ver se havia algo entre ela e o vampiro além do que o espesso,
quente desejo.
Um desejo que ela sentia até agora. Tinha sentido desde que os dedos dele
pressionaram contra o topo da sua coxa horas antes.
Ela sabia que ele tinha cheirado a sua excitação. Assim como ela tinha captado o seu
espesso cheiro. E a grande protuberância em seus jeans –yeah, outra dádiva dos
mortos. Mas ele ignorou isso. Ela estava tentando fazer o mesmo. Tentando.
O carro desacelerou. Finalmente. O velocímetro foi diminuindo mais, mais...oitenta,
setenta...
Eles saíram da Interestadual uma hora atrás. O SUV serpenteando alguma amável,
retorcida estrada que parecia guiar para lugar nenhum.
Além da morte.
Para Hueco.
O cintilar de faróis dianteiros preencheram o interior do SUV. Ah, depois de todo esse
tempo em estradas vazias, eles tinham companhia.
Um motor gemeu e Dee ficou tensa.
As luzes atrás deles queimavam mais brilhantes, preenchendo o interior da SUV com
um calor quente. O motor gemeu mais alto – vindo para nós. Não o tipo amigável de
companhia. “Mas que inferno?” Dee se arrastou ao redor. Alguém estava vindo, tudo
bem, caindo sobre eles rapidamente. Muito rápido.
“Simon!”
O SUV acelerou adiante, mas, muito tarde –
Nunca percebi o outro carro. Deveria ter olhado para trás antes. Muito preocupada
sobre o que esperava adiante.
O carro os atingiu. Um duro, brutal impacto. Uma vez. Duas vezes. O SUV capotou.
Metal gritando. Vidros estilhaçando. O veículo rolou atravessando a estrada. O air-bag
explodiu. O mundo na frente de Dee se tornou uma nuvem branca.
Suas garras cortaram os air-bags, cortando-os para fora do seu caminho. Ela empurrou
o vidro quebrado ao lado, conduzindo espiar para fora da janela –
E ela viu que o outro carro tinha vindo da escuridão minguante. Não, não um carro
dessa vez. Uma caminhonete – vindo direto para eles. Para ela. Emboscada. Fodida
emboscada.
Dee se empurrou contra o metal, mas o sol já a estava enfraquecendo.
A prendendo. Presa pela porta retorcida. “Simon!”
Sem resposta. Ela se virou para olhar para ele. Sem se movimentar, caído sobre o
assento. “Simon?” Um sussurro agora, não um grito.
Não, não, isso não podia estar acontecendo com ele.
Perda de sangue, a maneira mais fácil de matar um vamp.
O carro bateu neles novamente. Depois a caminhonete atingiu. Metal rasgou a sua
carne, cortando através da pele, dirigindo para dentro do músculo e todo o seu
caminho até o osso.
Simon.
Dessa vez, antes da escuridão se aproximar, dessa vez, ele era o seu último pensamento.
E todo o seu arrependimento.
Capítulo 14
O corpo de Dee tremeu contra ele e Simon apertou o seu agarre em volta da sua forma
delgada. O sangue dela fluía em sua língua e com isso, o link deles se fortalecia.
A voz que estava gritando em sua mente desde que ele seguiu Dee para dentro daquele
inferno finalmente silenciou, e seu foco mudou de volta para – ela.
Matar Dee?
Sem uma fodida chance.
Seus olhos fecharam apenas por um momento e seus dentes afrouxaram do seu
pescoço. Sua língua deslizou sob sua carne. A sensual carícia era a única garantia que
ele podia oferecer a ela entretanto.
“Eu disse pra matar a piranha!” O grito furioso de Grim.
A cabeça de Simon levantou e ele olhou para o Nascido que ele lutava para manter fora
da sua cabeça por tanto tempo. O homem que ordenou o acidente com a sua família. A
de Dee.
O Ignitor deitava no chão. Ainda inconsciente porque a sua Dee não brincava em
serviço.
Nem ele.
Dee gargalhou. “O homem pode morrer por mim, quase morreu, mas sem chance dele
alguma vez me matar.”
Maldição, mas ele a amava.
Ele encontrou o olhar escuro de Grim. O domínio do bastardo tinha quase
desaparecido agora. Quer pelo toque de Dee, seu sangue, ou apenas por ela, ele não
sabia.
Mas o final tinha se aproximado. Não para eles, mas para Grim.
“Seu irmão te mandou felicitações, Grim. Eu acho que ele realmente espera que você se
divirta no inferno.”
O rosto do Nascido mudou em seguida, indo da calmaria com a surpresa e um cintilar
de dor. O olhar de Grim pulou para a cama. Para a apática forma da mulher. “Eu não
estou...” Ele sacudiu sua cabeça. “Tore não pode me matar, ele não está aqui, eu
saberia-”
“Ele não está matando você.” O corpo de Dee vibrou em seu aperto. “Nós estamos.”
O olhar de Grim estalou para eles e seus lábios levantaram. “Ainda com isso, nós não
estamos?”
“Yeah, nós estamos.” Tanta fúria, sua Dee.
“Um vamp fresco e um tolo que não pode apreciar a nova vida que ele teria cedido?”
Chega de falar. Hora de terminar –
“Seu cavaleiro, ele não é?” Grim zombou com isso. “Você não sabe, querida, que ele
tem seduzindo você –pra mim –desde o começo?”
As mãos de Simon enfiaram dentro dos seus ombros.
“Aquele ataque no beco. O quase ataque com a espingarda. O seu amante arranjou isso.
Ele quase matou você.”
Dee olhou para cima para ele.
“E aquela mulher, aquela que morria tão bem pelos meus homens. Grace, não é,
Simon?”
Grace. A amiga de Dee. Aquela que costumava manipulá-la.
“Ela deu a você toda aquela informação errada sobre Simon, não foi? Eu me
pergunto...como ela poderia ter feito um erro desses?”
Porra. Porra. Porra. Ele deveria ter explicado tudo isso para ela antes. Deveria tê-la feito
entender –
“Eu sei.” Suave. “Eu sei tudo que ele fez,” ela disse.
A mandíbula dele caiu. Ela sabia e ela estava permitindo que ele a tocasse? Sem gritar?
Sem o apunhalar?
“E eu sei que ele não estava fazendo isso pra você, babaca.” O seu escuro olhar voltou
para Grim. “Ele estava trabalhando para matar você, não para armar contra mim.”
Ela sabia? Como –
“Eu soube pela primeira mordida. Eu sou um Nascido, se lembra? Eu soube.”
Bem, merda.
Ódio retorceu o rosto de Grim. “Você deveria ter fugido enquanto você teve a chance.”
Um agitar dos ombros dela. “Não sou realmente o tipo que foge. Mais como o tipo que
chuta o seu traseiro.”
Chamas correram cruzando o chão.
A gargalhada de Grim preencheu seus ouvidos. E Nina – maldita, ela pulou para cima.
“Queime, puta!” Seu grito de fúria, diretamente para Dee.
Grim escorregou pelo outro lado da entrada da porta, sua gargalhada o seguindo.
As chamas aumentaram muito alto, muito rápido. Os olhos de Nina cintilaram
vermelho, os vasos quase explodindo enquanto ela balançava todo o seu poder direto
para eles.
Dee tropeçou para trás contra ele. “Corra!”
Eles correram em direção à janela. O fogo perseguindo atrás deles.
“Queime, queime, queime,” Um cântico de Nina. Fodidamente insana. As chamas
pegaram as costas de Simon e pernas, picando a carne, e ele cerrou seus dentes com a
agonia. Ele caiu, o fogo aumentando em volta dele enquanto –
“Não! Não com você!” Dee agarrou seus braços e o arrastou para fora da janela com
ela. O vidro quebrado cortou seu estômago e peito e então Dee estava se batendo nele,
pisando no seu corpo. Não – golpeando as chamas e tirando o fogo.
Queimando a sua carne, para salvá-lo.
Um grito penetrante ecoou da casa. E as chamas se aproximaram deles novamente.
“Grim tem pra si um inferno de um cão de guarda,” Dee rosnou, respiração ofegante.
O olhar de Simon escaneou o jardim. Três vampiros saíram, garras e dentes prontos,
mas eles não atacaram. Eles apenas observaram.
Prontos para assisti-los morrer.
“Essa é a maneira que isso termina pra você.” A voz sarcástica de Grim. Ele caminhou
das sombras da casa. Sangue escorrendo do seu peito. “Para vocês dois.”
Simon pegou a mão de Dee, segurou apertado. Cercados por fogo e vampiros.
Ele olhou para Dee. Ombros para trás, queixo alto. Olhos resplandecentes em negro.
Sem medo. Não a sua Dee. Nunca com medo.
Não, não ela e ela estava – Sorrindo?
“Eu sei o que acontece a seguir,” Dee disse, e sua suave voz foi carregada facilmente
sobre o crepitar das chamas.
“Eu, também,” Grim estalou. “Você queima. E você grita. Então você morre. Nos
braços do seu amante.”
“Você acredita em profecias, não acredita, Grim?” As chamas estavam tão perto que o
calor parecia esfolar a sua pele, mas Nina estava se segurando agora, observando Dee.
Porque?
Porque Grim tinha a sua mão para cima, e como o bom cãozinho de estimação que ela
era, Nina não poderia atacar sem a sua ordem.
“Afinal de contas, você colocou tudo isso em ação.” A mão direita de Dee – a qual
parecia quebrada –se ergueu para indicar as chamas e os vampiros. “Porque um
demônio teve uma visão e disse a você que eu poderia ser a sua assassina.”
Os lábios de Grim se afinaram.
“Você matou minha família,” ela continuou. “Todos que eu amava porque você pensou
que eu erauma garota humana de quinze-anos-de-idade iria um dia matar um todo
poderoso Nascido.”
“O demônio estava certo! Você deveria ter vindo pra mim!”
“Eu vim agora por vingança. Por sua causa. Você é o único que colocou isso em ação.
Você.”
Ele sacudiu sua cabeça. “Não, não, eu não estava morrendo novamente. Aqueles
bastardos, eles me traíram antes. Eu não estava indo morrer daquele jeito novamente!”
Os seus olhos dispararam aos vampiros que continuavam tão imóveis e silenciosos.
“Meus homens não vou correr dessa vez. Eles vão ficar ao meu lado.”
“Isso não é sobre eles.”
Simon não tinha idéia onde ela estava indo com isso, mas ele captou um movimento do
canto do seu olho. Lento, cuidadoso movimento. Suas narinas se alargaram, apenas um
pouco, mas ele não podia cheirar nada além de fumaça e sangue.“Eu não vou ficar ao
seu lado,” Simon gritou. “Eu não vou ser mais um fodido fantoche.”
Um músculo repuxou na mandíbula de Grim.
Simon virou o seu olhar para a fila de vamps. “Tem certeza que vocês estão no time
certo?”
Um dos vamps cortou os seus olhos em direção a Grim. Hesitação ali. E raiva nos olhos
do homem. Ele odiava esse controle, apenas tão quanto ele odiava. “O que ele fez vocês
fazerem?” Simon exigiu, consciente que aquela sombra estava escorregando mais perto.
“Matar seus amores? Suas famílias? Como vocês tiveram que provar a sua lealdade pra
ele?”
Porque essa era a maneira de Grim. Lealdade podia apenas ser mostrada com sangue.
“E se vocês não os matassem, ele matava, certo?” Como o bastardo tinha matado a sua
família. “Nenhum de nós assinou um contrato para essa merda, mas nós podemos ir
embora. Ele tem apenas que morrer!”
Grim deu um passo atrás. Sua mão levantou novamente para traçar a lateral das suas
costas. Sempre checando pelas feridas que ele teve há tanto tempo atrás. Agora, Simon
compreendia.
“Eu sei o que vai acontecer,” Dee disse e ela estava tão perto das chamas. Ele queria
arrastá-la para trás, forçá-la atrás dele, mas dessa vez, esse momento era dela. E ele
seguiria para qualquer lugar que ela o levasse.
“Você acredita em suas profecias.” Ela levantou suas mãos para o alto. “Eu acredito na
minha bruxa.”
Desconforto cintilou sob o rosto de Grim e os vampiros começaram a se mover para
perto. Não mais perto do fogo, mas mais perto de Grim. Para a sua proteção? Ou –
“Ela previu como essa luta iria acabar.”
Uh, yeah, e essa merda não tinha sido tão positiva. Simon engoliu e ignorou a feroz
pulsação na parte de trás das suas pernas. As bolha iriam curar, eventualmente, se eles
sobrevivessem essa noite.
“Catalina sabia que ela iria morrer no fogo. É por isso que ela estava fugindo quando os
seus homens a pegaram.”
Os olhos de Grim se alargaram, apenas um pouco.
“Grim!” A voz gritada de Nina. “Vamos apenas matar eles agora, vamos-”
“Ela viu você morrer.” Os dedos de Dee ergueram-se e apontaram para o Ignitor.
“O diabos que você diz! Você morre, você-”
As sombras pareceram agarrá-la. As palavras de Nina sufocaram e uma fina linha de
vermelho apareceu em seu pescoço.
“Sua garganta era cortada,” Dee disse, apenas enquanto o corpo de Nina caia no chão.
As chamas vaporizaram para longe.
A sombra –era Zane. Em pé, ali, corpo tremendo enquanto ele encarava abaixo para a
mulher.
“Eu vi a morte. Zane estava cercado pelas chamas. Eu me queimei. Nina – sua garganta
era cortada.” A triste voz de Catalina espalhando através da mente dele. Mas não,
depois disso, ela tinha dito –“Você morre, Dee.” O sussurro das suas palavras
preenchendo a cabeça dele mesmo enquanto Dee saltou adiante e disse –
“Você morre, Grim. Você. Morre!”
Grim veio para ela com fúria, encontrando-a armado com a estaca que ela tinha usado
nele. Ele enfiou essa estaca direto no peito dela.
“Não!”
Mas Dee estava pronta. Ela se virou para longe do vamp, e a estaca raspou na sua
lateral, não em seu coração.
Simon agarrou Grim e se debateu com o bastardo no chão. Ele ignorou as garras e
dentes e lutou para segurar o Nascido quando ele se dobrava, lutando para mantê-lo
preso enquanto –
“Você morre,” Dee sussurrou novamente e ela tinha a estaca em sua mão. A estaca que
ela tirou de Simon quando os seus braços estavam travados em volta dela e ninguém
poderia ver. A estaca que tinha estado escondida perto da cintura dele, apenas
esperando por ela.
Grim sacudiu-se. Ela empurrou a estaca para dentro do seu peito. Os olhos de Grim
escancararam e ele sugou uma forte respiração. Depois ele sorriu, “Verdade,” ele
sussurrou, e sangue derramou de seus lábios. “Ambos...certos...”
O bastardo sorriu, e morreu.
Os vampiros de Grim avançaram adiante. Simon olhou para eles. “Suas escolhas.
Morrer com ele ou dar o maldito fora daqui.”
Eles olharam de volta para ele.
“Minha mãe...” Um sussurrou. “Ele me fez...”
“Minha mulher...” De outro.
“Meu filho.” Pesar. Fúria. “Eu o implorei, mas eu não podia pará-lo!”
Não os monstros nascidos. Nós somos o que nos tornamos.
Simon encarou para baixo ao rosto apático de Grim. Uma vez, Grim tinha sido apenas
um homem, também. Um homem traído que tinha acordado com um poder próximo
ao de Deus.
Os dedos de Dee lentamente perderam os seus apertos mortais na estaca. O seu fôlego
exalou em um forte assobio. Ela estremeceu.
Os cílios de Grim estavam fechados. Seus lábios imóveis. Sem batimentos cardíacos.
Sem respiração. Morto
Simon pegou o ombro de Dee e a puxou para longe do vampiro.
Terminado. Finalmente.
“Dee?”
Ele captou uma essência então. Uma selvagem, feroz essência na noite. Animal.
Não, shifter. Jude tinha que estar perto. Mais da cavalaria, mas chegando muito tarde
dessa vez.
Os vampiros silenciaram-se, e ele viu seus olhos pararem nas sombras. Eles sabiam
quando eles estavam sendo caçados. Medo escorria pelos seus olhares escuros. Então
eles se curvaram.
Não tão estúpidos quanto ele pensava. Apenas perdidos, como ele esteve.
“Ele está morto?” Zane não estava olhando para eles. Seus olhos continuaram no corpo
de Nina e seus ombros curvaram.
A estaca estava enterrada no peito de Grim. O bastardo não estava fazendo mais nada
além de se contrair. Sim, parecia morto.
Ele puxou Dee em direção a ele. “Puta que pariu, mulher, você me assustou! Catalina
não nos disse que Grim iria morrer, ela disse que você-”
Os joelhos dela se dobraram e Simon viu seu peito – viu o sangue que a cobria. “Dee?”
Uma estaca. Uma fodida estaca. Ela pegou o Nascido, mas ele conduziu o seu golpe
mortal.
Ambos...certos.
Porque eles estariam ambos morrendo.
Os cílios dela caíram fechados. Não, não, que se dane isso. Simon agarrou a estaca e a
puxou do seu peito. Ela ainda estava respirando. O seu coração ainda batendo.
A estaca tinha errado o seu alvo, ela tinha errado! Ela não iria morrer, não, ela não iria –
“Calma.” A voz rouca de Zane ordenou e Simon percebeu que ele esteve gritando.
Implorando.
“Viva,” Simon sussurrou agora.
Grim tinha errado o seu coração. Ele podia ouvir o coração de Dee batendo. Ela estaria
bem. Ela apenas precisava de sangue. Ela apenas precisava –
Seus cílios levantaram. Olhos tão escuros. Fraca, mas , ainda Dee. “Eu vou,” ela
prometeu. “Eu vou.”
Ele esmagou seus lábios nos dela e beijou a mulher tão forte e profundo quanto ele
pode. Cercados pela morte, mas ela estava viva. Ele inclinou a sua testa contra a dela e
apenas a segurou.
“Mal...perdeu...o coração...” ela respirou as palavras.
“Você acabou de me assustar como um inferno,” Zane estalou.
E ela quase o tinha matado.
“Terminado,” ela disse, sussurrando suave. “Ele não pode mais nos ferir.”
A voz tinha saído da sua mente. O link se cortou. “Vamos dar o fora daqui.” Longe da
morte e de volta a vida que esperava por eles.
Mas Dee sacudiu sua cabeça e olhou em direção a Grim. “Sempre voltam...” Suas mãos
levantaram aos seus ombros. Pressionando forte. “Eles sempre...voltam.”
“Não dessa vez.” A voz certa de Catalina. Ela veio das sombras. Fuligem e sangue
cobrindo suas roupas. Jude caminhava ao seu lado, vestido em um par de jeans, e sua
mulher segurava o braço da bruxa, a ajudando a caminhar. “Dessa vez,” Catalina disse
novamente, “ele vai ficar caído.”
Ela parou próximo do corpo dele. Catalina pisou para longe dos shifters e levantou seus
braços. A seu cântico veio, rápido mas suave, e o vento mexeu.
Poder. Lambendo o ar. Tanto poder. E nada disso vinha de uma fonte positiva que uma
bruxa poderia usar.
Simon sentiu o infectar da escuridão, viu isso refletido nos olhos de Catalina.
Mudada.
Grim deixou sua marca em outra vítima.
Uma bola de fogo explodiu – não, o corpo de Grim explodiu em chamas. Queimando e
queimando até nada ser deixado. Nem mesmo uma cinza.
“Imagino que ele não vai voltar...disso,” Dee geriu e eles observaram o fogo crepitar.
Não, ele malditamente bem não voltaria. Um lembrete de nunca irritar uma bruxa.
Adeus, babaca. Se divirta no inferno.
“Eu não morri.” Dee se sentiu como se ela tivesse sido atingida por um ônibus ou por
uma estaca. Mas então, ela tinha. Ela estremeceu enquanto ela abaixava o seu corpo
para uma cadeira que Simon tinha arrastado para fora, e quem diabos sabia de onde.
Catalina estava a alguns metros de distância, balançando para trás e para frente, seus
olhos nas cinzas que tremulavam subindo ao céu.
Um time de limpeza estava a caminho. O time de Pak sempre se movia rápido. Em
breve,nada seria deixado nesse lugar. Apenas memórias do que tinha acontecido.
“Você me ouviu, Cat?” Yeah, bom, sua voz estava ficando mais forte por que a perda de
sangue tinha finalmente parado. “O seu futuro estava errado. Eu não morri. Eu estou
sentada bem aqui, eu estou-”
Catalina finalmente olhou para ela. “A noite não está terminada.”
Bem, merda. Ela não era uma bola de alegria? Não que Cat realmente gostasse de
alegria por esses dias. Dee piscou. “Uh, você ainda está viva, também.”
Um arrepio percorreu o corpo de Cat. “Não sinto dessa forma.”
“Não.” Suave agora enquanto ela pensava exatamente sobre o que Catalina deveria ter
passado. Quanto tempo ela esteve com Grim e sua pequena amiga fogo-amoroso. “Eu
imagino que não sente.”
Os ombros de Catalina se enquadraram. “Eu não vou voltar para Baton Rouge.”
Não o que ela esperava. “Onde você está indo?”
O seu olhar se inclinou sobre o estábulo. Fumaça flutuava do teto. “Algum lugar que eu
possa esquecer.”
Esquecer não era sempre a resposta.
“Eu não deveria ter deixado você,” Catalina disse. “Você precisava de mim. Eu-eu não
deveria ter fugido.”
“Não era a sua luta.”
Um olhar firme. “Não era?”
Dee engoliu. “Quanto tempo-” Ela tinha que perguntar.
“Eu tinha acabado de deixar o estacionamento. Eles me pegaram-” Ela limpou sua
garganta. “Foi rápido.”
“E os feitiços? Todos que o Grim queria?”
Os olhos de Catalina dispararam para os homens. Zane e Simon estavam em pé na
frente da casa. O olhar de Simon continuava voltando para Dee. A checando.
Observando.
Ele a forçou a beber dele. Uma coisa boa porque sem o sangue, ela teria caído de cara
no chão.
“Ele queria que Simon te matasse.”
Dee encontrou o olhar de Simon.
“Grim queria que eu mandasse um feitiço de comando. Um que iria forçar Simon a
agir.”
“E você não fez.” Catalina podia não ter ficado para lutar, mas a mulher tinha coragem.
Ela se deteve contra Grim e ela –
“E eu fiz.” O olhar de Dee voltou para ela ao mesmo tempo em que a cabeça de
Catalina se afundou.
Wow. Não tinha esperado por isso. “Então porque eu ainda estou respirando?”
“Porque ele ama você.”
Pareceu como se outra estaca tivesse sido mergulhada dentro do seu peito. Apenas que
dessa vez, isso achou o seu alvo no seu coração. “Você não-”
“Ele deveria ter matado você. Ele deveria ter se virado contra você e se unido a Grim.
Você deveria ter morrido. Eu deveria ter morrido. Tudo que eu vi deveria ter se
tornado realidade” Um forte raspar de fôlego. “Mas ele lutou com o meu feitiço e ele
lutou com Grim.”
“Ele queria a sua vingança. Sua liberdade.” Foi por isso que ele lutou tão forte. Não por
– Eu fodidamente vou amar você pra sempre. As palavras que ela nunca esqueceria.
“Ele quis você.”
Ela olhou de volta para ele. O olhar dele perfurando o dela. Tanto calor. Necessidade.
O seu próprio encarava desse jeito?
“Por você, ele lutaria com magia e monstros.”
Ele lutou.
Catalina se afastou. “Eu-eu vou...contar ao Zane.”
“Você dirá a ele.” Aqueles dois tinham alguma complicada porcaria rolando.
“Eu não sou o que ele precisa. Ou o que ele quer.” Tristeza ali. Uma dor. “Eu vi o seu
futuro. Ela não sou eu.”
“Você já esteve errada uma vez,” Dee a relembrou, e ela rasgou o seu olhar de Simon.
Catalina não podia apenas partir. Ela pertencia a eles.
Mas Catalina não olhou para trás e sua cabeça sacudiu uma vez, lentamente. “Você não
me ouviu, Dee? A noite não está terminada ainda.”
Seus lábios partiram, mas Dee não tinha idéia do que dizer. O que mais poderia
acontecer?
“Eu vi você.” A voz de Catalina flutuou de volta para ela. “Cercada de vampiros. Sem
forma de escapar. Sem. Forma. De. Escapar.”
Compreensão finalmente atingiu. Catalina nunca havia dito que Grim a mataria. Os
outros –eles eram aqueles que ela precisava temer.
***
Eles voltaram para o mesmo puído motel. Eles poderiam ter permanecido na cena, ter
certeza que o time de Pak chegasse, mas que se dane isso. Dee estava quase caindo de
cara no chão e tomar conta dela era a prioridade de Simon.
Ela tinha tomado sangue dele na cena. Não muito. Apenas o suficiente para dar o
pontapé inicial na sua cura, e então ela olhou ao redor na escuridão, preocupação em
seus olhos.
O grande, bastardo do mal estava morto. Com o que ela tinha que se preocupar?
Ela se embaralhou entrando no quarto diante dele, enrugando o seu nariz. “Eu cheiro
como a morte.” Comum, para muitos vampiros, mas não para ela.
Nunca ela.
Ela tirou a roupa, ali mesmo, mesmo antes dele bater a porta do quarto do motel
fechada, e Simon apenas levou um minuto aproveitando a vista. Nível mundial,
realmente.
Então ela se encabeçou para o banheiro e o seu olhar seguiu o traseiro dela. Covinhas.
Lindas, covinhas me-lamba bem no topo da curva.
Ele deu um passo e a seguiu. A moça chutou a porta fechada. Okay.
O chuveiro explodiu ligado, o gemido da água penetrando facilmente através da fina
porta. Simon hesitou, seus olhos na porta. Ela o fechou para fora, então isso claramente
dizia que ela não o queria tirando a roupa e se unindo a ela para alguma curtição na
água.
Mas havia algo em seus olhos desde a morte de Grim. Não medo. Yeah, preocupação,
mas –dor. Mais do que apenas as feridas físicas.
Ele trancou a porta do quarto e se encaminhou em direção a porta do banheiro. Seus
nódulos rasparam contra a porta. “Dee?”
Sem resposta.
Sua mão caiu para a maçaneta. Se ela dissesse a ele para sair, ele a deixaria em paz. Mas
se ela estivesse ali, ferida, ele não estaria indo embora.
Ele virou a maçaneta e andou para dentro. Vapor começou a subir e a esfumaçar
preguiçosamente no ar, mas Dee não tinha entrado no chuveiro ainda. Ela estava em pé
perto da banheira, cabeça curvada, ombros caídos.
“Dee?” Ele disse o seu nome novamente, mais suave. Ela olhou de volta para ele e a
visão de lágrimas em seu rosto foi um soco direto no seu estômago.
“Não fez qualquer diferença.”
O que? Porra, mas agora ele se feriu. Ele agarrou seus braços e a puxou contra o seu
peito. “Bebê, o que está-”
“Eu achei que matando ele faria algumas das dores parar. Que isso me daria alguma
paz.” Uma forte engolida. “Mas quando eu fecho meus olhos, eu ainda vejo eles.”
Eles. Sua família. Simon soprou uma respiração e a segurou até mesmo mais apertado.
“Eu sei.” Ele disse. Porque ainda havia um buraco em seu coração pela sua família. Um
buraco que a vingança não tinha curado.
“Minha culpa.” Um sussurro. Forte.
A água caia em um forte jato.
“Nada que aconteceu foi sua culpa. Nem depois. Nem agora.”
Ela inclinou a sua cabeça para cima e olhou para ele. “Eles morreram por causa do que
eu sou.”
“Não.” Certeza absoluta. “Eles morreram porque algum doente distorcido acreditava
que ele iria mudar o futuro.”
Ela empalideceu um pouco com isso. “Você realmente acha que o futuro está traçado?
Que as profecias ditas não são mentiras?”
Cuidadosamente agora, porque ele tinha ouvido as últimas palavras de Catalina para
ela. Não que ele deixaria isso passar. “Eu acho que Grim selou o seu destino há muito
tempo atrás.”
A sua mão pressionou contra o seu peito. “E sobre os seus pais? Matar o Grim trouxe
alguma paz pra você?”
“Paz não.” Nunca isso. “Mas justiça.”
Ela deu um lento aceno. “Justiça. Isso ainda parece vazio.” Seu lábio começou a tremer
então. Dee durona, que podia encarar um Nascido e mandá-lo para o inferno com um
sorriso. “Eu preferia ter tido apenas...eles.”
A mulher estava quebrando o seu coração. Ele dobrou a sua cabeça contra o seu ombro
e a segurou enquanto a água derramava. “Eu sei.”
Ele a deixou chorar. As lágrimas que ela manteve no interior por todos os anos. As
lágrimas que ela parou de verter uma vez que ela começou a lutar.
Quando as lágrimas finalmente pararam, ele a levantou e a carregou para o chuveiro.
Era hora para lavar a dor e o passado. Talvez, apenas talvez, era hora para eles
começarem novamente.
Eles não falaram no chuveiro. Simon tirou a roupa e se uniu a ela. A água batendo neles
e lavando o sangue e a batalha. E eles não conversaram.
Ele a carregou para o quarto, a colocou no meio da cama. A água reluzia na sua pele e
seus olhos, muito escuros, encontraram os dele.
Então ela abriu suas pernas.
Ele desceu ao lado dela, colocando um estrangulamento no seu desejo. Dessa vez não
seria sobre calor e desespero. Dessa vez, ele a daria algo a mais.
Porque isso foi o que ela deu a ele.
Seus lábios tocaram os dela. Um leve, efêmero beijo. Simples. Suave.
Seus dedos trilharam sobre o seu corpo. Acariciando os seus seios, os mamilos que se
enrijeceram embaixo dos seus dedos.
“Eu quero esquecer.” Seu sussurro. A primeira coisa que ela disse. Seu pênis,
totalmente inchado e grosso com necessidade, pressionou contra a sua perna.
Esquecimento – transitório. As memórias iriam voltar. Elas sempre voltavam. Mas ele a
daria isso.
Inferno, ele a daria qualquer coisa que ela quisesse.
Ele não teria pressa. Porque ele precisava, também. Do gosto dela...
Ele beijou um caminho descendo em seu pescoço. Lambendo as cicatrizes da batalha
passada. Provando seus mamilos e sugando sua carne dentro da sua boca. Ela se
retorceu embaixo dele, se erguendo e puxando um rápido fôlego.
E finalmente, finalmente, a essência de sua excitação começou a preencher o ar. Porque
ele nunca iria tomá-la se não ela o quisesse.
Seus dedos escorregaram entre as suas coxas abertas, encontrando a quente carne, e
relaxou dentro dela.
Isso era o que ele queria.
Os olhos dela se tornaram negros.
Ele lambeu um caminho descendo o seu estômago. Soprou levemente sobre seus
cachos dourados que escondiam aquela carne rosada.
“Simon...”
Ele sempre amou a maneira que ela dizia o seu nome, especialmente quando ela o
queria. Aquele amarrar, a forma como o final do seu nome soava como um gemido em
seus lábios. Ele colocou sua boca contra ela. Tomou o seu creme em sua língua e
provou da sua carne.
Os seus quadris arquearam contra ele, um puxão impotente do seu corpo. Sua língua
deslizou sobre seu clitóris. O suspiro dela enchendo os seus ouvidos. Quando os dedos
dela afundaram no seu cabelo, ele sabia que ela queria mais. Queria mais forte. Mais
rápido. Queria vir.
“Ainda não.” Ele disse as palavras contra o seu sexo e ela estremeceu. O prazer não seria
fugaz. Não para nenhum deles. Era hora para ela aprender isso.
Os seus lábios se fecharam em volta do inchado botão do seu desejo, e ele sugou,
usando lábios e língua para dar e tomar.
O gemido dela rompeu.
Ele deu a ela, lentamente. Aprendendo cada curva. Explorando sua carne. Sua língua
enfiou nela e suas pernas sacudiram. Ele a lambeu. Banhando-a e querendo mais.
Tudo.
“Simon, eu estou aproximando!”
Não. Ainda não.
Ele recuou e seus dedos trabalharam na sua carne. Extraindo a liberação, fazendo o
desejo ser construído com suaves carícias e com profundos mergulhos de seus dedos.
Seu pênis repuxou. A necessidade dela era tão feroz que ele queimava.
Morda.
A luxúria de sangue estava ali, como sempre esteve, porque ele não queria apenas o seu
corpo. Ele queria o seu sangue. O seu coração. Tudo.
E ele teria tudo.
Ela se retorceu contra os lençóis. A água tinha secado da sua pele e seus seios
impulsionados para cima contra ele. Tão linda. Tão perfeita.
Ele pegou seu mamilo com sua boca. Sugou profundo e duro. Ela estremeceu embaixo
dele. Não mais sobre esquecer. Sobre eles. Ela se lembraria disso.
Uma última lambida, e ele levantou sua cabeça. Os olhos dela ficaram cegos com
necessidade e negros com desejo.
Ele posicionou seu pênis contra o seu calor escorregadio. Empurrando a cabeça para
dentro, apenas alguns centímetros. Esperando.
O olhar dela encontrou o seu. Simon pegou suas mãos. Ele enroscou seus dedos com
os dela e a prendeu contra o colchão.
Ele a tomou então. Enfiando profundo e certo e sentiu o calor sensual do seu sexo em
volta dele.
Os dentes dele cerraram e ele freou o besta – tentou, de qualquer forma.
As pernas dela envolveram ao redor dele, e seus tornozelos enfiaram no seu traseiro.
Mais. Ali, em seus olhos. O que ela queria –
Ele se retirou. Enfiou profundo. De novo e de novo. A cama balançava. Seus corpos
tremiam, mas ele levou o seu tempo e ele aproveitou o seu prazer.
E teve a maldita certeza de tomar o dela.
Morda.
Ele não olhou para o seu pescoço. Não tirou o seu olhar do dela. Dessa vez seria
diferente. Tinha que ser.
O seu sexo o apertava e a ondulação reveladora fez a sua coluna formigar.
Ele enfiou mais forte. Mais rápido. O controle começando a desaparecer, e a
necessidade, aquela cega, necessidade de consumir, fez a sua respiração ofegar e seus
quadris explodirem.
Ela veio, as contrações de seu sexo fazendo o seu próprio clímax entrar em erupção
enquanto ele balançava no seu interior. A longa, onda quente o dinamitou, dentro dela,
e o prazer roubou a sua respiração.
Ele ainda enfiou. Mesmo enquanto o seu pênis sacudia e ele gozava nela, ele enfiou.
Mais forte, mas mais lento. Mais profundo.
Seus dedos apertaram ao redor dos dela. Ela sussurrou o seu nome. E veio novamente.
Doce fodido inferno. Yeah, ele morreria por essa mulher. Em uma batida de coração.
***
Eles começaram a se agregar na escuridão. Primeiro, apenas uns poucos. Dois. Então
três. Eles vieram juntos silenciosamente enquanto eles sentiam a ruptura psíquica de
uma antiga conexão.
A ligação tinha acabado. O Nascido morto.
Um ali soube da sua morte. Um vampiro que viu uma mulher matar Grim.
Vingança? Uma vida por uma vida?
Lentamente, os outros apareceram. Humanos uma vez. Assassinos, monstros agora.
Eles esperaram.
Mais estariam vindo.
Capítulo 17
“Porque você não me perguntou sobre o babaca no beco?” Dee forçou sua cabeça a se
levantar com a pergunta de Simon. Realmente, ela queria apenas deitar ali, sua cabeça
acolchoada no peito dele, e ouvir o firme batimento do seu coração. Mas talvez eles
precisassem ir em frente e ter essa, humm, pequena conversa.
Ela encontrou o seu olhar e seus ombros ficaram um bocado tensos quando ela
perguntou, “Porque você não me contou?”
“Porque eu achei que você iria fugir de mim ou tentar me apunhalar se você soubesse a
verdade.”
“A verdade?” Uma sobrancelha levantou. “Você quer dizer pelo fato de que você pagou
um atirador para me atingir-”
“Eu paguei ele pra errar.”
Ela sabia disso, mas... “Não pode realmente confiar em caras como esses, você sabe.
Algumas vezes, eles pegam o seu dinheiro e atiram em qualquer pessoa que eles
querem.”
Os dedos dele traçaram descendo as suas costas e pararam na base da sua coluna. “Foi
por isso que eu me certifiquei de estar entre você e a arma, cada instante.” Sua
mandíbula endureceu. “Você sabe o que aconteceu com ele.”
Realmente, não, ela não sabia dessa parte. Ela não era algum tipo completo de bola de
cristal vidente, andante e falante. Tudo o que ela tinha eram vislumbres. Trechos de
conversas. As memórias dele. O pouco que havia filtrado através do link de sangue. O
que se tornou o Senhor Gatilho Feliz, ela não tinha idéia. Então ela apenas encarou.
“Não houve uma escolha, Dee. Ele forçou a minha mão.” Ah,uma daquelas histórias
que não iriam terminar bem. “Frankie veio atrás de mim, okay? Ele me atirou pelas
costas e deveria ter me matado-”
“Espere.” Seus olhos se estreitaram. “Frankie?” o rosto do cara cintilou diante de seus
olhos. Características gerais. Calvo. “Frankie Lee?” Ela deveria ter colocado essas peças
juntas mais cedo.
“Yeah.”
Ela assobiou e bateu seus dedos no peito dele. “Passou muito tempo se favelizando,
huh?” As palavras na rua era que Frankie atiraria na sua própria mãe –e, realmente,
atirou –por uma grana rápida.
“Ele veio atrás de mim,” Simon repetiu, seu rosto tenso. “Não houve escolha.”
Silêncio por um momento, então Dee se aventurou, “Eu imagino que o velho Frankie
não vai receber mais nenhuma visita.”
A palma dele pressionou mais forte contra suas costas. “Eu juro eu não paguei ele pra te
matar. Eu não teria feito isso!”
“Mas você nem sequer me conhecia ainda. Eu era apenas uma caçadora pra você,
outra-”
“Você era tudo.” Raspado. Seus olhos brilharam para ela. “Você ainda é.”
O que uma mulher diz sobre isso? Dee se afastou dele e alcançou o lençol. Ela apenas
precisava se cobrir, levar um segundo para pensar.
Ele agarrou o seu pulso. “Você não quer ouvir como eu me sinto, você quer? Muito
malditamente errado, bebê.” O seu polegar roçou sobre o seu ponto pulsante. “Você
sabe que eu fui atrás de você porque eu pensei que você derrubaria Grim.”
E ela tinha. Um ponto para os bonzinhos. Bem, semi-bonzinhos, de qualquer modo.
“Eu sabia que você queria ser livre, você já tinha-”
“Eu queria você. Eu quero você.” Simon sacudiu sua cabeça. “Desde o momento que eu
vi você, eu quis você.”
Suficientemente justo. Ela quis pular nele, também. Ele a confrontou; ela queria
retribuir o favor.
“Eu achei que isso era apenas luxúria, Dee. Que eu poderia tomar você, curtir com
você, e ir embora.”
Meio difícil não vacilar com isso. Com sua mão esquerda, ela puxou o lençol para cima
para seu queixo. Simon segurou apertado o seu pulso direito. “Então você estava me
usando para sexo e morte?” A morte de Grim. Sem enrolar que ela tinha sido um meio
para um final ali. Mas ela pensou que houvesse mais. Ele a fez pensar isso. Eu
fodidamente vou amar você pra sempre.
Diga isso novamente.
Mas agora o cara não estava falando sobre pétalas de flores e pôr do sol.
“Eu sabia que eu estava perdido.” Ele trouxe sua mão para a sua boca e beijou a carne
da sua palma. “Quando você morreu nos meus braços.”
Okay, ela definitivamente vacilou. Não a sua melhor memória.
“Eu queria mudar você. Você estava morrendo na minha frente, e eu sabia que você
deveria ser a Nascida. Catalina tinha me contado sobre você.”
Ela tinha agradecido apropriadamente a bruxa por isso? Naum. Ela não tinha deixado
Cat saber o quanto ela apreciou o sigilo da mulher. Reembolso, humm, gratidão viria
eventualmente.
“Você não iria permanecer morta.” Quem ficava nesses dias? “Não era pra você ficar
morta,” ele alterou. “Mas eu estava assustado com a merda e quando seus olhos
fecharam,eu quis transformar você.”
O seu coração silenciou com isso.
“Eu queria isso tão fodidamente.” Outro beijo quente contra a sua palma.
“Mas você não tentou.” Nem uma mordida. Sem troca de sangue.
“Não.” A sua respiração soprou contra a sua carne. “Porque se eu estivesse errado sobre
você, se a bruxa e aquela maldita vidente estivessem erradas, eu estava para fazer você a
coisa que você odiava.”
E ela tinha odiado a idéia de vampirismo. Estranho, porque agora, as coisas pareciam
tão diferentes.
“Se você estivesse morrendo, eu não estava fazendo você voltar pra mim. Essa foi a
coisa mais difícil que eu jamais fiz.” Seus lábios afinaram. “Assistir você morrer e não
saber se você alguma vez abriria seus olhos novamente.”
A última coisa que ela tinha visto tinha sido ele. “Você me deixou.” As palavras vieram
como uma acusação e ela percebeu que, yeah, que isso a tinha chateado. Sem importar
com o que estava acontecendo entre eles, sem importar com que segredos ele guardava
– e ela sabia que havia segredos e até mesmo –que ela esperasse que ele ficasse com ela.
“Eu pensei que eu fosse a última pessoa que você quisesse ver.” E ele tinha sido aquele
que ela mais quis. “Eu sabia que você precisava de tempo para se ajustar. Me ver...eu
estava com medo que isso pudesse te pressionar muito.” O olhar dele segurou o dela.
“Mas então você veio a mim.”
Sexo.
Sangue.
Tanta fome.
“Você não estava com medo de mim,” ele disse.
“Eu estava com medo de mim mesma.” Uma decisão rígida, uma que ela deveria ter
dado anteriormente. “Eu não queria me tornar-”
Como Grim.
Como Leo.
Como muitos outros que ela derrubou ao longo dos anos. Não um monstro. Ela não
queria ser uma mulher governada pela luxúria de sangue e perder a sua humanidade.
“Você tem o controle, Dee. Você não vai se transformar e começar a matar inocentes.”
Ele liberou a sua mão e se levantou, movendo-se lentamente para longe dela.
“Isso não vai acontecer com você. Não existe Nascido para controlar a sua mente.
Ninguém para forçar você. Há apenas...você.”
Tinha sido apenas ela por tantos anos. Talvez ela estivesse cansada disso. Ela envolveu
o lençol em volta do seu corpo. “Então o que acontece agora?” Ela iria voltar a Night
Watch? Continuar caçando? Enquanto ele – o que? Dar o maldito fora dessa cidade tão
rápido quanto ele pudesse?
Apenas...você. Ela seria deixada sozinha? Novamente?
Apenas que dessa vez, ela não estaria olhando para alguns anos vazios diante dela. Ela
estaria olhando o eternamente. Sem ele.
Merda. Quando o vampiro tinha começado a significar tanto? Porque ela não podia
respirar sem provar dele. Ela queria o seu toque, sua boca, seu sangue. Ele. Sempre ele.
“Uma pena nós não termos nos conhecido antes,” ela sussurrou. Como a vida deveria
ter sido?
Ela olhou para ele, o viu arrastar um par de jeans. Ele congelou com as suas palavras,
depois rangeu, “Eu malditamente desejava que nós tivéssemos.”
E ela também. “Simon...” O que ele poderia dizer? Seus olhos flutuaram sobre ele.
Largo, ombros fortes. Peito musculoso. Quadris esguios. Tão sexy. Tão –
Simon.
Vampiro. Homem.
Dela.
A respiração de Dee ficou presa. “Você – você veio a mim porque você pensou que eu
pararia Grim.”
Um aceno.
“Mas se você quisesse apenas se libertar dele, porque você continuou se colocando
entre mim e-” Tudo. Todos. “Eu posso tomar conta de mim mesma, você sabe. Você
não tem que pular na minha frente cada vez que as coisas ficam um pouco perigosas.”
Um hábito muito ruim que ele parecia ter aqui.
Ele estalou o botão do seu jeans. Puxando o zíper para cima. Negando a ela a muito
prazerosa visão da sua ainda carne despertada. “Eu estava protegendo você porque
você era minha para se proteger.”
Okay, agora ela estava quase cortando o lençol com o seu aperto mortal.
Os olhos dele se estreitaram e ele seguiu de volta para a borda da cama. “Você quer
clarear o ar sobre o que está acontecendo aqui? Okay. Ótimo.”
Uh, talvez ela devesse vestir algumas roupas, também. Ela alcançou a sua camisa. Ele
agarrou o seu braço e a puxou contra ele. “Isso é um porra de uma conversa de
despedida, não é? Uma vestida e algum tipo de bate-papo agradável e educado.”
Os olhos dele se tornaram pretos.
“Eu nunca disse pra você se mandar,” ela geriu, voz calma.
“Ainda.” Os dedos dele se apertaram em volta dela. “Eu protegi você porque você era
minha para se proteger, entendeu? Eu sei que eu quis você desde o começo.”Ele a
beijou, duro, profundo, e fez os seus mamilos enrijecerem, seu sexo se apertar, e seus
dedos curvarem. Oh, yeah. “Minha,” ele rangeu novamente. “Eu não ia deixar ninguém
– Grim, seu amigo demônio, ou até mesmo a sua bruxa –ficar entre nós.”
Ninguém estava entre eles agora. Apenas o fino lençol. “O começo foi ferrado.” O seu
queixo levantou. “Eu não estou negando isso. Yeah, eu menti. Yeah, eu enganei você.
Mas eu também sou o homem que estava pronto para morrer por você. Eu sou o-”
“Você disse que me amava.” Ela arremessou as palavras. Os olhos dele brilharam nos
dela. Dee respirou fundo e o provou. Eu fodidamente vou amar você pra sempre. Até
Simon, nenhum homem sequer tinha dito isso a ela e falou a sério. Claro, caras
clamavam o amor toda vez que eles pensassem que uma rápida transa estava à
caminho.
Ele lambeu os seus lábios. “Eu falei.”
“Você falou a sério?” E ela quis que suas palavras saíssem como uma afirmação, não
como uma pergunta.
A mão dele se ergueu, os dedos fortes curvaram-se em volta da sua mandíbula. “Eu falei
sério.”
Não uma mentira. Não algum truque para conseguir a sua ajuda. A pressão no seu peito
se afrouxou e calor entornou por dentro dela. “Eu quero ouvir as palavras de novo.”
Porque ela podia ser uma egoísta, também. Nenhum deles era perfeito. Longe, muito
longe disso.
“Eu. Amo. Você.” Quase zangado.
O seu coração bateu nas suas costelas. Ficando tão perto, tendo os poderes dele de
vamp, ele tinha que sentir a súbita emoção. Ele engoliu. “I-isso é bom-”
“Não, isso não é.” Definitivamente zangado. “Isso é uma merda. Sou eu, pensando em
você, toda hora. Eu, querendo você, cada maldito minuto. Eu, não sendo capaz de
sequer respirar sem provar você.”
“Eu sinto o-”
“Eu quero fazer você sorrir. Quero fazer você gargalhar. Pois você sabe porque, Dee?
Você não gargalha. Você não. E você deveria, bebê. Porque você é linda quando você
sorri e quando você gargalhar, eu aposto que você tiraria o meu ar.”
Ele tinha acabado de tirar o dela.
“Eu quero você nua, yeah. Inferno yeah. Mas eu quero te abraçar pela manhã. Quero
conversar com você na escuridão. Eu quero olhar para todos esses dias que estão
chegando e saber que estarei passando eles com você. Porque se eu souber disso, então
para sempre com certeza não vai parecer como um mau negócio.”
Nenhum pouco mal.
Ele olhou para ela. “Eu quero tudo isso. Eu quero você. Agora mesmo, eu estou
assustado porque eu acho que você vai me dizer para se mandar porque desde o
momento que eu apareci na sua vida, eu trouxe apenas problema pra você, enquanto
você me trouxe...tudo.”
Oh.
Ele sugou um fôlego, e recuou, a soltando. “Eu não vou forçar você a ficar comigo. Eu
não poderia, mesmo se você não fosse forte o suficiente para chutar o meu traseiro.”
Os lábios dela queriam se curvar. Não, ela queria gargalhar. Para ele.
“Você quer sair por aquela porta e voltar para a sua vida que você tinha antes de mim,
então faça isso.” Simon se moveu para o lado. “Mas saiba disso – você não vai
encontrar outro homem que ame você como eu amo. E se você encontrar, eu poderei
apenas ter que aparecer e chutar o traseiro dele.” Ele empurrou um mão pelo seu
cabelo. “Se você se enrolar com esse bastardo demônio, ah, Dee – apenas não.”
Zane.
“Nós quase dormimos juntos uma vez.” A admissão saiu, provavelmente em uma hora
errada. Ela sempre dizia a coisa errada. Os olhos dele se fecharam em um lento piscar e
seu rosto endureceu. “Nós éramos amigos. Pensamos que talvez nós pudéssemos ser
mais.”
As presas dele estavam para fora. Um vampiro ciumento era um vampiro perigoso.
“Mas nós éramos melhores como amigos do que algo mais. Zane me entendia, a raiva e
a dor interior.” Porque ele tinha a mesma mistura agitando-o.
“Porque você não dormiu com o cretino?”
“Porque eu queria um amigo. Precisava de um, e eu nunca deixei os meus amantes se
aproximarem.” Nem mesmo Tony. “Até você.”
Isso fez os seus olhos se alargarem. “O que você está dizendo?”
Tão difícil. Dee inalou e se arriscou. Era a hora para isso. “Eu estou dizendo que eu não
contava me apaixonar por você, vampiro. Eu sabia que você estava me usando. Eu achei
que estivesse usando você também.” Brutal hora da verdade. Eles deveriam ter isso,
agora. “Eu não podia ferir você fisicamente. Você podia lidar com a minha força e
minha luxúria de sangue e eu.”
Ele apenas a observou. Olhar escuro muito firme.
“Eu nunca contava em me apaixonar por você,” ela disse novamente, mais suave agora.
“Isso não era parte do meu plano.” Mas ela foi e se apaixonou da mesma forma. “Eu
provei você, também. Eu quero você, sempre. Eu quero proteger você. Lutar por você.
Eu quero você no escuro. Mesmo na luz.” Embora parecesse como se ela tivesse pouca
luz em sua vida. Talvez isso pudesse mudar agora. Quem poderia imaginar? Foi preciso
se tornar um vampiro para ver a luz do sol. E para ver que, algumas vezes, as melhores
coisas poderiam estar escondidas na escuridão.
Não apenas os monstros.
Homens.
“Eu não quero voltar para a forma em que as coisas eram antes.” Fria. Vazia. Dor a
assombrando. “Eu quero tentar viver dessa vez. Realmente viver, e eu não quero estar
sozinha.”
Os lábios dele partiram. “Não me provoque, bebê, apenas não ferre-”
“Você não é perfeito, Simon Chase. Nós dois sabemos que você é um mentiroso e um
lutador sujo.” Ela sorriu agora. Um grande, largo sorriso. Para ela. Para ele. “Uma coisa
boa pra você, que eu sou, também.”
Esperança iluminou o seu rosto.
Quando foi a primeira vez que ela sentiu esperança? Nesse instante. “Eu acho que eu te
amo, vampiro.” Amar o que ela mais temia. Catalina tinha visto isso acontecendo? Não,
ela apenas viu a morte.
Dee empurrou aquele pensamento da sua mente. O sol iria se erguer em menos de uma
hora. A bruxa tinha estado errada. Vida. Amor – isso era o que esperava por ela. Não
morte. Não novamente. Era a hora para ela ser feliz. Com o seu vampiro.
Dee deixou o lençol cair. “Você me quer para sempre?” O olhar dele deslizou sobre o
seu corpo. Aquecido. “Vamos começar com agora mesmo, nesse momento, e nós
vamos deixar o para sempre vir mais tarde.” Agora mesmo, ela o queria. Amor.
Assustador. Mas ela podia lidar com o assustador. Ela tinha provado isso, e ela podia
lidar com ele.
Ela levantou sua mão e ofereceu a sua palma. “Fique comigo?” Me ame.
Os dedos dele curvaram em volta dos dela, quente e forte. “Sempre.”
Ela teve que piscar porque seus olhos estavam lacrimejando. Boba. “Me beije.”
Os lábios dele roçaram os dela. Uma frágil carícia. Ela sabia que ele podia ser suave,
com ela. Quando uma batida veio na porta, ela não se afastou dele. Dee o puxou mais
perto. Mas Simon ficou tenso contra ela. Sua língua escorregou sobre os seus lábios e
sua cabeça levantou. “Isso é...”
Dee olhou para cima para ele. O amanhecer não tinha vindo. Ela sabia no instante que
ela captou o cheiro. O mesmo cheiro que já preenchia o seu nariz. Catalina está errada.
Errada.
Mas Simon já estava se afastando dela. Agarrando o seu jeans e uma camisa e lançado-
os para ela antes dele se virar para a porta, presas descobertas.
“Desde quando o diabo bate na porta?” Ela perguntou a ele, apenas meio-brincando
porque um nó estava apertado em sua barriga. Tão perto. Ela tinha chegado tão perto
de ser feliz. Deveria ter sabido que o destino iria ferrar com ela mais uma vez.
Dee puxou a camisa sobre a cabeça e se deslizou dentro do jeans. “Porque eles não
estão chutando a porta abaixo?” E eram eles. Ela podia cheirá-los. Ao menos cinco
vampiros. Seis?
Você estava cercada. As estúpidas palavras de Catalina não paravam de tocar na sua
mente. Simon sacudiu a sua cabeça. “Eu não sei.” Não como se vampiros estivessem
para jogar gentilmente.
Ele agarrou as suas armas, lançou a uma estaca, então alcançou a maçaneta da porta.
“Simon!” Uma pausa, então ele olhou para trás para ela. Dee molhou os lábios e disse,
“Eu amo você realmente.” Aquele arrependimento não iria ficar com ela, sem importar
o que estava esperando do lado de fora. Ela diria a ele como ela se sente. Como ela não
tinha sido capaz de dizer a sua família.
“Porque eu ainda sinto como se você estivesse dando adeus?” Os dedos hesitaram
sobre a maçaneta.
Porque eu posso estar me despedindo. Não, não, Catalina estava errada. “Você acha
que nossos futuros estão traçados? Que o que aquelas bruxas e demônios vêem,
aquelas imagens são o único futuro que nós podemos ter?”
“Inferno, não,” Simon disse imediatamente. “Eu não ligo uma merda pro que eles
vêem. Eu sei qual é o meu futuro.” O seu olhar poderia ter queimado um humano
inferior. Ele apenas fez o seu sangue esquentar. “Eu estou olhando direto pra ela.” Ele
empurrou o seu polegar em direção a porta. “Uma vez que esses babacas aqui fora se
forem, eu vou tomar você de novo, também.”
Isso soou como um ótimo plano. Agora se o medo em sua barriga apenas não fosse
embora.
“Para sempre, Dee. Para sempre começa agora.”
Ele puxou abrindo a porta. Ninguém esperava do lado de fora. Apenas o odor dos
vamps, flutuando no vento. Um aviso? Eles estavam tentando assustá-la?
Ela seguiu para o lado de Simon. À distância, ela podia apenas ver os fracos raios rosa
do amanhecer. Eu não vou morrer essa noite. “O que está acontecendo?”
Simon deslizou para fora do quarto. O estacionamento esperava na esquerda. Ele
parecia deserto. Como se ela não soubesse o quanto a aparência poderia ser enganosa.
“Os homens de Grim?” ela perguntou. Ele deveria saber. Ele tinha uma melhor captura
no radar deles do que ela tinha. Claro, o link com o mestre foi decepado, mas ainda
havia uma conexão entre os seus Tomados.
E o cara tinha criado um grande e grotesco exército.
Eles todos viriam atrás de mim? Esse era apenas o começo?
Um homem avançou da sombra minguante. Dois. Três. Uma mulher se levantou da
escuridão. Outra seguiu ao seu lado.
Ou esse seria o fim?
Um vento quente soprou contra o rosto de Dee enquanto ela permanecia na porta de
entrada. Esses não eram vampiros Nascidos. Todos eram Tomados. Ela era mais forte,
mesmo se ela fosse a mais nova do mundo dos Mortos-Vivos. Ela podia lidar com eles.
O ombro de Simon roçou no dela. Não, eles podiam lidar com eles. Seus dedos se
apertaram em volta da estaca.
Dois mais vampiros apareceram. Mas que inferno era isso? Algum tipo de convenção
vamp? Um humano iria olhar para fora em uma dessas janelas sujas e os veria, e os
delegados locais iriam encher esse lugar. Não era muito fácil manter as coisas
silenciosas quando as sirenes começassem a soar.
“Vocês vieram atrás da mulher errada,” Dee disse a eles, deixando a sua voz ressoar. Eu
estava tão perto de ser feliz.
Estúpidos. Ela não podia sequer ter um minuto de felicidade. Eles sempre estariam
caçando-a, apenas como ela os caçava. Sempre.
Os vampiros curvaram suas cabeças e viraram as suas mãos para fora, mostrando as
suas palmas vazias. Certo, como se vamps precisassem de armas para matar.
“Nós não estamos aqui para lutar com você,” uma das mulheres clamou, não
levantando a sua cabeça.
“Claro. Vocês estão aqui apenas para me desejar uma esquisita boa manhã.”
Depressa, sol, levante-se. Predição estúpida.
“Nascido.”
“Matou Grim.”
Os sussurros flutuaram para ela.
Dee avançou para frente. Simon permaneceu bem ao seu lado. “Seu bom velho líder
Grim mereceu a morte que ele teve.” Realmente, ele provavelmente merecia uma
morte muito mais dolorosa, mas ela não tinha exatamente a opção de fazer-mais. “Ele
era uma doente aberração e ele precisava ser derrubado.” Provavelmente não o que
esses vamps estavam esperando ouvir.
Durona. Ela não iria ficar açucarada. Seus olhos sondaram o estacionamento. Okay,
eles eram sete no total. Ela e Simon poderiam arrebatá-los.
“Nós não estamos aqui para matar você.” O vampiro ainda não tinha olhado para cima.
Dee percebeu que os vamps tinham formado um semi-círculo em volta do seu quarto.
Ela ficou tensa.
Simon tinha as minhas costas. E ele o fez. Ele permaneceu com ela, forte e firme.
“Bom,” ela disse a eles, determinação aquecendo o seu sangue. “Porque eu não estou
morrendo essa noite.” Não, ela não iria. Ela tinha acabado de achar algo para se viver e
ela não iria desistir disso.
Que se dane, Catalina.
“Nós estamos?” A calma pergunta flutuou no ar.
Suas sobrancelhas estalaram juntas e Dee olhou para Simon. Um intenso,rápido olhar.
Cercados. Isso os atingiu em seguida. Vampiros a cercando. Mas Simon era um desses
vamps, e ela confiava nele. Com a sua vida e o seu coração.
“Você vai nos matar?” a mulher perguntou, ainda não olhando para o caminho de Dee.
Seu longo cabelo loiro cobria o seu rosto. Dee olhou para ela, um calafrio deslizou o
seu caminho para baixo na sua coluna.
“Isso depende.” Vamos tentar por alguma honestidade. “Se vocês forem distorcidos
como Grim e vocês saírem caçando humanos, então, yeah,eu irei atrás de vocês. É o
que eu faço.” Isso não iria mudar. Ela viu muitos inocentes morrer. Sem chance que ela
iria deixar um assassino viver.
“E você acha que alguns vampiros podem viver....sem ferir outros?”
Antes, ela não achava. Mas ela foi cega por sua própria raiva nessa ocasião. Ela estava
finalmente começando a ver direito agora; apenas precisou morrer para abrir os seus
olhos. “Yeah, eu acho.” Seus dedos estavam envoltos tão firmes em volta da estaca que
a madeira picava dentro da sua carne.
Ela encarou a fila de corpos e se perguntou quem iria se mover primeiro. Quem iria
atacar. Dee não iria extrair o primeiro sangue, mas ela com certeza iria extrair as últimas
gotas.
“Nós esperávamos por você.” A mulher olhou para ela em seguida. Uma longa cicatriz
cortava lado a lado da sua bochecha. Uma cicatriz que ela deveria ter obtido há muito
tempo atrás. Em outra vida.
“Esperar era muito difícil...”
“Nós estivemos esperando por você Sandra Dee...” Palavras daquela noite terrível. Os
homens de Grim. Esperando pela sua morte.
Mas esses vampiros estiveram esperando, também – pelo que?
Os seus olhos se estreitaram enquanto ela os observava.
Nascido.
Eles estiveram esperando para ela os libertarem.
Os vampiros começaram a desaparecer.
As mãos de Simon fixaram em seus ombros. “Eu disse a você, Dee. Algumas vezes,
monstros são feitos.” E algumas vezes eles são Tomados.
Uma lágrima escorreu descendo a bochecha da mulher. “Meu filho...” Isso foi tudo o
que ela disse. Dee compreendeu. Grim tinha brincado os seus jogos distorcidos com
todos.
“Você não me verá novamente,” a vampira disse a ela. “Nenhum de nós.” O seu queixo
levantou. Orgulho ali. Força. “Nós somos mais do que o mal que as pessoas pensam.”
Mas as pessoas temem vampiros por séculos. E esquecem que uma vez, vampiros
foram pessoas, também. Ela tinha esquecido disso. Não, ela não quis se lembrar.
Os vampiros desapareceram quando o sol se levantou. Dee os observou, silenciosa.
Simon permaneceu com ela enquanto o sol avançava sobre o céu. O amanhecer era
uma coisa tão bonita. Uma pena que ela não tinha aproveitado mais os nascer do sol.
“Nós deveríamos entrar. Descansar um pouco.” Porque outra noite se aproximaria.
Outra. Sempre outra. Com mais escuridão para lutar.
Dee o alcançou e esfregou seus dedos sob a forte linha da sua mandíbula. Ela não
estaria lutando mais sozinha. Não, o seu vamp estaria ao seu lado. Ela apostava nisso. A
escuridão podia se aproximar. Eles estariam prontos. Eles chutariam traseiros. Fariam
amor.
E viveriam pelo-maldito-sempre.
A morte não tinha vindo para ela. Catalina esteve errada. Não, talvez ela estivesse certa.
Enquanto ela encarava Simon na crescente luz da manhã, Dee soube que sua velha vida
tinha terminado. Mas uma nova vida...
Essa esperava por ela.
Tudo que ela tinha que fazer era estender a mão e tomá-la.
Ela manteve a estaca em sua mão direita e curvou seu braço em volta do pescoço de
Simon. Então ela o beijou na luz do sol. Apenas como ela o tinha beijado na luz da lua.
Algumas vezes, uma mulher tinha que fazer o seu próprio final feliz. E, algumas vezes,
ela tinha que deixar espaço para um pouco de caça ao lado. Porque você tinha que
manter a vida interessante, e afinal de contas, alguém tinha que parar os vilões.
Ela os mataria todos, breve o suficiente.
Mas primeiro, ela iria tomar o seu vampiro e, como ele tinha prometido, ele a tomaria.
Pelo-maldito-sempre.
Fim.
A série Night Watch está próxima do fim...
Confira o primeiro capítulo do último livro da série Night Watch:
Eternal Flame
ERA UMA MALDITA TRISTE NOITE PARA MORRER, MAS ENTÃO, ZANE
WYNTER não planejava morrer. matar, yeah, essa era uma possibilidade, mas não morrer.
“Filho da Puta.” O respirar das chamas chamuscou a pele de Zane. Isso era previsto para ser
uma fácil captura. Entrar, nocautear algum demônio esperando do lado de dentro, clamar a
sua recompensa. Uma simples noite de trabalho para um caçador da Night Watch. Depois da
captura, ele tinha planejado beber uma cerveja e talvez uma fudida.
Ele tirou a sua jaqueta e a lançou no chão. Sem sentido ter cinzas nisso.
Um grito explodiu do lado de dentro da casa. Ele ficou imóvel com o som porque isso-isso
era um grito de mulher. E sua presa era um homem.
Vítima do lado de dentro. Não apenas o assassino que ele queria, mas talvez uma inocente
presa nesse inferno, também.
Merda. Isso realmente era uma noite muito ruim. Ele tomou fôlego, enquadrou os seus
ombros, e soube que ele tinha que entrar na maldita casa. Alguma vezes,era uma merda ser
ele.
Zane acelerou para frente mesmo quando as janelas da antebellum explodiram, mandando
uma chuva de vidros nele. Um chute e ele nocauteou a porta da frente. Fumaça levantou, uma
espessa névoa cinza. As chamas estalavam, e a casa caia ao seu redor.
“Jacobson!” ele gritou o nome do bastardo. Henry Jacobson. O demônio que esteve caçando
e matando para os vampiros em Baton Rouge. Um puto de vampiro. Seriamente, o que era
pior? “Jacobson, onde está você?” A fumaça picou o seu nariz e fez os seus olhos encherem de
água enquanto ele trovejava através dos quartos, procurando através da fumaça e chamas.
Outro grito. Ele correu para a escada, uma longa, escadaria curvada que terminava dentro do
fogo e fúria. Alguém estava nos degraus. Ele viu uma sombra na fumaça, alguém debruçado
sobre ela, segurando apertado no corrimão.
“Me ajude!” Olhos azuis desesperados encontraram os dele. Largos e sombrios. Tão
sombrios. Eles refletiam as chama e o medo dela.
A pequena-mulher, curvilínea, lançou o seu sacudido corpo contra ele e o segurou com toda a
sua força. “M-me...ma-matar...ele vai...me...” Ela se rompeu, tossindo, asfixiando, apenas
como eu.
O teto rangeu acima deles, um longo, baixo estrondo que não podia ser um bom sinal. Ele
olhou para cima e viu as rachaduras e o fogo rolando no que estava restando do teto. Porra.
“M-me ajude...m-me....” Ela estremeceu novamente, seu corpo atritando contra ele.
O inferno tomaria conta de Jacobson. Zane agarrou a mulher, erguendo-a alto dentro dos
seus braços. Ele a segurou perto contra o seu peito e correu de volta descendo as escadas. As
chamas estavam em todos os lugares. O fogo estava tão malditamente quente que por um
instante, ele pensou sobre a morte.
Os lábios da mulher pressionaram contra a base da sua garganta. Lábios suaves. Um delicado
toque do inferno.
Os dedos dela tremularam no rosto dele. “Você está” –uma tosse- “bem?” Uma voz leve,
Sulista e suave. Rouca. Ela ergueu o seu corpo para cima, e agora espiou o seu rosto com
preocupação naqueles grandes, pervertidos olhos.
Ele não respondeu no início. Apenas a encarou. A mulher era algo mais. Sua pele era um
pálido marfim, mas suas altas bochechas e sua força, fino nariz estavam atualmente
manchados com fuligem. Seus lábios-malditamente-eram cheios, sexy. O tipo de lábios que
um homem fantasiava. Muito. E ela tinha uma espessa, caída massa de cabelo preto. Cabelo
que fazia a sua pele parecer ainda mais pálida.
“Você me salvou.” Ela sacudiu sua cabeça, mandando aquelas longas tranças balançando. “O-
obrigada.”
Um estalar sacudiu a casa. “Baby, eu não salvei o seu traseiros ainda,” ele disse. Então Zane
agarrou-a e a rebocou em seus pés. Esse não era o lugar para uma parada. Eles derrubaram os
curvos degraus da varanda, correndo rápido daquelas chamas.
Jacobson.
Ele a empurrou para trás do portão na beirada da garagem. Ele tossiu novamente, forte e
longo, limpando a fumaça dos seus pulmões. Um caminhão de bombeiros rugiu na rua,
finalmente chegando perto agora. Ele segurou os seus braços, olhando para dentro daqueles
olhos me-coma. “Alguém mais estava lá dentro? Você viu-”
“E-eu acho que ele queria...me...matar.” Sussurrado. O seu olhar caiu para a garganta dele. “E-
ele tentou me morder....”
E ele notou a garganta dela então. As marcas vermelhas. As marcas de dentes. Enquanto ele
sabia, Jacobson não era um vamp, não ainda de qualquer modo. Zane não viu as punções de
feridas dos dizem-os contos de chupadores de sangue, no pescoço da mulher. Talvez
Jacobson estivesse roubando algum sangue de vamp, ele tinha se tornado um viciado.
Puto de vamp.
“O que aconteceu?”
Bombeiros correram passando por eles, levando as mangueiras com eles. A mandíbula de
Zane cerrou assim que ele se virou para longe dela. Ele deveria ir –
Agora aquela voz era puro sexo. Sua cabeça se virou de volta para ela, realmente devagar.
Ela lambeu seus lábios, um rápido deslizar de uma pequena língua rosada. “Eu morreria sem
você.” Ela se pressionou mais perto dele. “Você entrou no fogo.” Ela sacudiu sua cabeça. “Eu
nunca vi algo –você era como um anjo.”
Oh, a sexy mulher estava tão confusa. “Não completamente, baby.” Mais como o diabo. O
seu olhar demorou naqueles lábios cheios. Definitivamente não um anjo.
Suspirando, Zane olhou sobre seus ombros e viu um dos bombeiros pesando em direção a
ele. “Tem mais alguém lá dentro?” o cara exigiu.
A casa parecia um colapso. Gemidos e gritos preenchiam o ar, e o resto do teto despencou,
esmagando direto em cima do primeiro andar.
“Nem um fudido está vivo agora,” o bombeiro murmurou enquanto ele se afastava.
“Maldição!”
Se o homem do lado de dentro fosse um humano, não, ele definitivamente estaria morto.
Mas os bombeiros não estavam apenas lidando com um humano. Se apenas. E eles
precisariam de Zane se eles quisessem que aquele incêndio se acalmasse. Sorte deles, ele
tinha um jeito com as chamas.
Como a maioria dos demônios, ele podia controlar os elementos, e fogo era a sua puta.
Mas primeiro...
Ele a beijou. Pegou-a com a sua boca aberta e levou a sua língua para dentro daquele doce
calor. E, oh, mas ela era doce. A sua língua a provou, a acariciou, e ele a segurou mais apertado
contra o seu corpo, amando a sensação daquelas suaves curvas esmagando contra ele. Um
gemido subiu na garganta dela, e sua mão se apertou em volta dos ombros dele.
A sua pequena vítima não o afastou. Não, ela tentou puxá-lo mais perto.
“Eu disse a você que eu não era um anjo, baby.” Ele deixou um sorriso curvar em seus lábios.
“Mas se você quiser me mostrar o quanto você apreciou a minha ajuda apenas fique por perto
por um tempo.”
A sua mandíbula caiu. Ele quase gargalhou. Quase...mas o seu pênis estava empurrando
contra seu jeans, e os bombeiros estavam perdendo a sua batalha com as chamas. Eles
precisavam dele.
Então ele se virou para longe dela e não olhou para trás.
Jana Carter curvou os seus ombros com a voz. Mais veículos tinham chegado. Tiras. Uma
ambulância. Ela olhou para a direita e encontrou um novato EMT* olhando para ela.
*(EMT- paramédicos)
“Você se queimou?” ele perguntou a ela calmamente, compaixão fluindo com as palavras.
Ela deixou os seus lábios tremerem. “N-não.” O seu “herói” tinha desaparecido. Tinha o alto,
escuro, e perigoso voltado para dentro da casa? Para salvar um assassino?
Não eram os caçadores da Night Watch sempre previstos a serem preparados? Como o
assustado Boy Scouts? Night Watch...a agência interestadual de caçadores de recompensas
tinha uma reputação de sempre ter o trabalho feito. Mesmo que os agentes estivessem
caçando os piores criminosos humanos do lado de fora ou perseguindo o Outro que
cruzavam a linha, eles derrubavam a sua presa.
A maioria dos humanos não sabia sobre o Outro nesse mundo. Eles não sabiam sobre
vampiros, os demônios, os shifters, e a centena de outros monstros lá fora nas ruas. Eles não
sabiam porque eles eram cegos.
Jana não era cega. Ela sabia o verdadeiro placar nesse mundo. E ela sabia que o seu “herói”
não era um caçador mediano, também. Não, um homem não tinha rebocado-a para fora das
chamas. Um demônio tinha.
Anjo, o meu traseiro. Ela quase asfixiou quando ela disse isso daquela vez.
“Senhorita, eu preciso que você entre na ambulância. Eu quero conferir você.”
Ah, agora isso soou promissor. A viagem na ambulância a deixaria escapar dos tiras. Porque
aqueles garotos de azul já estavam olhando para ela com muita curiosidade e ela realmente
não queria entrar em uma explicação de apenas porque ela esteve em uma casa na Rua
Francis.
Os joelhos de Jana dobraram. O EMT a agarrou, e ela deixou os seus cílios cederem.
“Tão...fraca.” Embora ela raramente tenha ficado fraca na sua vida. A aparência podia ser tão
enganosa, mas o EMT não percebeu isso.
“Está tudo bem!” Ele a apanhou e gritou por ajuda. Segundos mais tarde, ele estava
carregando-a para dentro nos fundos da ambulância. As portas bateram fechadas atrás deles,
e os tiras foram deixados para fora no frio.
A sirene da ambulância gritou e quando o veículo deu uma guinada, Jana sorriu.
Tão fácil.
Ou talvez ela estava apenas tão bem porque Jana tinha acabado de extrair a sua presa, destruir
a evidência, e até mesmo conseguir um carro de fuga. Um passeio com motorista para longe
da cena do seu ataque.
Pobre Zane. O cara obviamente pensou que ele era o grande, durão demônio fodão. Ele
perceberia logo o suficiente que havia um novo xerife na cidade.
***
“Eu não peguei o demônio.” Zane coçou a sua nuca, sentindo cada aflição e dor em seu
corpo, e encontrou com o olhar do seu chefe, Jason Pak, o manda-chuva. “Quando eu
cheguei na casa na Rua Francis, o lugar era um maldito inferno.” As chamas tinham se
espalhado tão rapidamente que os bombeiros com pensamentos acelerados deveriam ter
ensopado o lugar.
Tudo apenas explodiu. A voz da mulher sussurrou através da sua cabeça. Yeah, a casa tinha
explodido mesmo. Com uma pequena ajuda.
Ele exalou e largou sua mão. “O bastardo tinha uma vítima com ele. Ele ainda estava
caçando.” Não apenas caçando, mas agindo como um vamp. Tentando morder a presa. Sem
mais cortá-las com garras e facas, mas morder, estilo vamp. Mas que diabos? “Ela teve sorte
de sair com vida.”
A cadeira de couro de Pak rangeu enquanto o dono da Night Watch se inclinava para frente e
achatava suas palmas na mesa. “Ela teve?”
Os ombros de Zane se endireitaram um pouco. “Eu a tirei das chamas.” Essa boa ação tinha
que valer algo, certo? Sem importar com o que a maioria do pessoal pensasse, ele não gastava
toda a sua vida dizendo ao mundo para se ferrar.
“Onde ela está?” Os dedos de Pak tamborilaram na mesa. Havia um esquelético pessoal no
escritório da Night Watch. A maioria dos caçadores de recompensa estava fora em casos.
Arrastando a presa.
Pena. Dessa vez, Zane não teria nenhuma presa para arrastar.
“O EMT a levou ao hospital,” ele disse a Pak. “Ela sugou muita fumaça, e aquele bundão do
Jacobson a mordeu.”
Zane piscou com isso. “Ah...bonita. Cerca de um metro e sessenta e dois, curvilínea, cabelo
preto, olhos azuis-”
“Podia ter mudado a sua aparência,” Pak murmurou e seus dedos pararam de tamborilar.
Sobrancelhas castanhas escuras de Pak subiram. “Eu alguma vez disse a você que eu achei que
você lidou consigo mesmo malditamente bem com toda essa merda que aconteceu com
Dee?”
Dee. Dee Daniels era outra caçadora de recompensas no escritório. Ela cobria o seu traseiro,
e ele cobria o dela, por anos. Ele confiava na mulher com a sua vida mais vezes do que ele
podia contar. Então ela se tornou um vampiro.
“Eu fiz o meu trabalho,” Zane disse calmamente. Apenas como ele tinha feito o seu trabalho
quando Dee mudou. Ele a protegeu e teve certeza que os babacas atrás dela fossem
derrubados. “Sem importar o que aconteça, eu faço o meu trabalho.”
Pak se levantou e andou até a borda da mesa. Um fantasma de um sorriso curvou em seus
finos lábios. “Bom. Você sabe que o trabalho vem primeiro.”
Mas que diabos? O trabalho sempre vem primeiro para ele. Zane sugou uma forte respiração.
“O corpo de Jacobson não foi descoberto na cena. O departamento de incêndio estava ainda
ali quando eu parti, escavando através da alvenaria, mas-”
“Mas você não acha que eles vão encontrar um corpo? Ou o que restou de um?”
“Jacobson era um demônio.” Demônios e fogos sempre se misturavam. “O cara era um baixo
nível, mas ele deveria estar forte o suficiente para recuar as chamas, ao menos por alguns
minutos.” Alguns minutos eram tudo que o cara precisava para uma escapulida.
“Jude pode voltar a Rua Francis. Se Jacobson fugiu, ele vai captar o cheiro do cara.”
Jude Donovan era bom em captar cheiros. Mas então, Jude era um tigre branco shifter, então
era fudidamente melhor ele ser bom em fungar.
Zane travou seus músculos. “Jude é bom em rastrear, mas eu também sou, e você sabe que eu
não paro um caso até eu pegar a minha presa.” Especialmente não se a presa fosse um
demônio. Ele sempre derrubou os demônios. Ou os levantou, dependendo do caso.
“Jude pega Jacobson,” Pak disse, olhando para cima para ele. Porra. Cada músculo no corpo
de Zane se contraiu e suas mãos fecharam.
“Porque eu preciso de você em algo mais importante,” Pak disse a ele. “O que?”
Pak sacudiu sua cabeça. “Você pode tomar o fogo, Jude não pode. Isso significa que ele não
pode tomá-la.”
Ela.
“Eu não acho que um acelerador foi usado na Rua Francis,” Pak disse, “Apenas como
nenhum acelerador foi usado três noites atrás no incêndio da Biltmore que matou dois
vampiros, ou aos três incêndios em New Orleans que ocorreram nos últimos
meses...Incêndios todos visando supernaturais.”
Okay, Pak com certeza tinha a atenção de Zane. Alguém estava colocando alvo em
supernaturais?
“Eles estavam visando o Outro, mas parece que humanos foram pegos no fogo cruzado. Dois
humanos cientistas morreram.”
Inferno.
“Claro, os investigadores de incêndio culposo acham que um acelerador foi usado porque
aqueles incêndios queimaram muito rápido e muito quente.” Pak alcançou atrás dele e lançou
um arquivo de papel pardo para fora no topo da mesa. “Uma mulher estava suspeita na cena
do crime. Altura mediana. Cerca de cinqüenta e oito quilos.”
O intestino de Zane se apertou.
“Testemunhas viram uma loira, com cabelo enrolado, correndo dos outros incêndios.”
Loira. Talvez ela tenha mudado a sua aparência. Agora ele sabia o que Pak queria dizer. “A
mulher na noite passada era a vítima.”
Pak olhou de volta para ele, aquele olhar escuro sem piscar. “Você tem certeza disso?”
Muita dúvida na voz de Pak, e Zane percebeu que não, ele não estava certo. Nesse mundo,
você não poderia estar certo de nada nem ninguém. Maldição. Ele poderia ter jogado.
Mandíbula cerrada, Zane exigiu, “Apenas com o que eu estou lidando aqui?”
“Se eu estou certo, a mulher que você está procurando é uma humana com um dom muito
especial. Um dom do fogo.”
Merda. Um Ignitor. Um humano que pode criar fogo do nada, que pode deixar isso queimar
ardente e muito rápido. Um humano que pode destruir muito.
“Eu quero que você encontre esse. Encontre-a, e a traga para cá.” A mais breve das hesitações.
“Se a mulher de hoje a noite não é aquela que nós precisamos, inocente-a, e siga em frente.
Mas eu espero ter o Ignitor que está fazendo esses incêndios contido dentro das próximas
quarenta e oito horas.”
Bem, seria fácil o suficiente encontrar o lindo cabelo-escuro com os olhos pecaminosos. Os
EMTs a tinham levado para dentro. Ela ainda estaria no hospital agora.
Ao menos que ela fuja. Ao menos que ela não fosse a vítima. Ao menos que ela tenha me
ferrado.
Zane forçou suas mãos a abrir. “Algumas vezes Ignitores podem ser difíceis de serem
contidos.” Ele pausou, porque a pergunta tinha que ser feita. “Essa é uma missão de
assassinato?” Com Ignitores, não havia sempre uma escolha. Se o fogo enfurecesse muito
quente...
“Nós a queremos viva,” Pak disse. Então o bastardo cauteloso adicionou, “Por agora.”
***
Quanto tempo levaria para fazer uma atadura em uma marca de mordida? Jesus, não era
como se o demônio nunca tivesse rompido a pele. Depois de duas horas, horas assustadoras,
Jana conseguiu escapulir pela saída do hospital, tendo certeza que ela ficasse nas sombras, e
ela se apressou descendo a rua tão rapidamente quanto ela pode.
Levou cerca de dois minutos para ela perceber que ela estava sendo rastreada. Péssimo,
péssimo erro. Ela deveria ter percebido esse fato cerca de trinta segundos.
Okay. Havia duas maneiras de jogar isso. Ela podia atacar com armas em chamas ou...
Jana pisou para fora das sombras. “E-eu...tem alguém aí?” Ela deixou a sua voz tremer. Bancar
a fraca vinha tão naturalmente para ela. Ela parecia fraca. Pequena. Frágil. Todo o melhor
para mentir.
Ninguém a respondeu. Seus olhos se estreitaram. Hora de alcançar a rua principal e sair dessa
silenciosa travessa. Ela podia chamar um taxi e estar de volta na sua casa em meia hora.
O vento soprou contra o seu rosto, um gelado, vento frio, e por um instante, ela captou o
cheiro de...cinzas.
O seu corpo enrijeceu. Oh, inferno, não. Aquele trabalho tinha terminado. Ela recuou, seu
olhar esforçando ao redor na área. Ela não podia ariscar ser morta.
Jana começou a seguir para a rua principal. Um taxi iria passar, ele tinha que passar. E se ele
não...
Uma mão serpenteou para fora e agarrou o seu pulso. Ela gritou porque isso era o que ela
deveria fazer.
“Relaxe, baby. Sou apenas eu.” Zane deu a ela um sorriso afiado, um com muitos afiados,
dentes brancos. “Seu cavaleiro em uma armadura brilhante.”
Só que ele não parecia particularmente um cavaleiro brilhante entretanto. O cara era uma
grande, forte ameaça na escuridão. Ela sabia apenas o quão perigoso ele era.
“Você está me seguindo?” ela sussurrou e pisou mais perto dele. Maldição, mas o cara tinha
alguns ombros amplos. E uma larga, musculatura peitoral.
Ele era lindo, em um duro, selvagem tipo. Cabelos escuros e marrons, longo, levemente
retorcido nariz, lábios um pouco finos, mandíbula perfeitamente quadrada e forte. Seus olhos
estavam com escura tonalidade agora, mas ela sabia que seu olhar penetrante era verde. Ela
tinha visto a sua foto muito antes dela tê-lo encontrado no incêndio. Ela sempre estudava as
fotos dos seus alvos. Depois de tudo, uma mulher tinha que ter certeza que ela fosse atrás do
alvo certo.
“Seguindo você?” Sua voz estava profunda, estrondosa, e um calafrio percorreu sobre o seu
corpo. Do frio porque ela não se dava bem com o frio, e não porque ela achou aquele
estrondo sexy.
Ela olhou para trás sobre o seu ombro. “Eu pensei que eu ouvi...” Jana sacudiu sua cabeça e
forçou-se a sorrir enquanto ela olhava de volta para ele. “Nada.”
Mas ela sabia que ele estava observando-a. Pesando-a. Tentando ver através da sua pele.
Se você quiser me mostrar o quanto você apreciou a minha ajuda apenas fique por perto por
um tempo.
O seu queixo se levantou. O sexo estava na mente do demônio? Ou era algo mais?
“Jana.” O nome seria seguro o suficiente. “Jana Carter.” Ela pausou e estremeceu novamente.
Maldição. “Eu sou Zane Wynter.”
Certo. Zane Wynter, o super caçador. O demônio fodão. Confere. “Você me seguiu, não
seguiu?”
“Não, baby, eu acabei de chegar aqui. Eu vi você caminhando...” Ele deu de ombros. “Eu
estava checando você. Eu queria ver se você estivesse bem.”
Ela colocou suas mãos no seu peito. “Eu estou bem.” Uma coisa boa que ela sabia como jogar
esse jogo. “Não, piranha, você não está.”
Inferno, ela conhecia aquela voz. A cabeça de Jana bateu ao redor, e ela travou os olhos em
Henry Jacobson. Droga –o cretino tinha conseguido sair do fogo.
Bem, a maior parte, de qualquer maneira. Ele pisou embaixo de uma poste de luz cintilando, e
ela viu as profundas, vermelhas bolhas cobrindo a metade direita do seu rosto. Bolhas que
esticavam e retorciam-se descendo o seu pescoço. Sua camisa tinha derretido, fundindo com
a pele no seu peito e o fedor de carne queimada enchia o seu nariz.
O homem queria sangrá-la. Muito mal pra ele...ela era um pouco afeiçoada a viver.
Zane agarrou as mãos dela, segurou apertado, então a empurrou para Jacobson. Ela
cambaleou para uma rápida parada a alguns centímetros na frente de Zane.
Mas que inferno? Zane era previsto para ser um maldito bonzinho.
O que? Babaca. Ele estava usando ela para algum tipo de isca enlouquecida? Ela não era uma
boa isca.
Jacobson se lançou direto para ela, correndo forte e rápido com suas mãos para fora, com
morte em seus olhos, e ela sabia que se ele a tocasse, ele iria despedaçá-la.
Maldição. Ela não planejava morrer. Não agora, e certamente não por alguma mão de baixo-
orçamento de um demônio idiota.
Jana puxou o bisturi que ela havia roubado do hospital e gritou enquanto o todo o fedor de
Jacobson a sufocava.
Formatação: Judas