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Anotações das aulas de Ética — Faculdade de Filosofia.

Notas de aulas sobre Aristóteles e sobre Kant.

(Introdução)
Ø Resumo de “As origens do pensamento grego” (págs 01-73)
recorte enviado pelo professor.

O que implica o sistema da polis é primeiramente uma preeminência da “PALAVRA”


sobre todos os outros INSTRUMENTOS DO PODER. Torna-se o instrumento político
por excelência, a chave de toda autoridade no Estado, o meio de comando e de
domínio sobre outrem. Esse poder da palavra — de que os gregos farão uma
divindade: Peithó, a força de persuasão — lembra a eficácia das palavras e das
fórmulas em certos rituais religiosos. (…) Quando, por sua vez, os indivíduos decidem
tornar público o seu saber por meio da escrita, seja sob forma de livro como os que
Anaximandro e Ferecides teriam sido os primeiros a escrever ou como o que Heráclito
depositaria no templo de Ártemis em Éfeso, seja sob forma de parápegma, inscrição
monumental em pedra, análoga às que a cidade faz gravar em nome de seus
magistrados. Assim, não se trata mais de um segredo religioso, reservado a alguns
eleitos, favorecidos por uma graça divina. Certamente, a verdade do sábio, como o
segredo religioso, é revelação do essencial, descoberta de uma realidade superior
que ultrapassa muito o comum dos homens; mas, entregue à escrita, isto significa
reconhecer que ela é por direito acessível a todos, aceitar submetê-la, como o debate
político, ao julgamento de todos.

Essa transformação de um saber secreto de tipo ESOTÉRICO, num corpo de


verdades divulgadas ao público, tem seu paralelo num outro setor da vida social.
Desse modo, a filosofia flutuará entre o espírito de segredo próprio das seitas e a
publicidade do debate contraditório que caracteriza a atividade política. No
movimento dos Sofistas, se integra inteiramente na vida pública, apresentando-se
como uma preparação ao exercício do poder na cidade e oferecendo-se livremente
a cada cidadão, mediante lições pagas a dinheiro. Mas também tinha outro lado de
sua ambiguidade, apegada ao esoterismo. O filósofo não deixará de oscilar entre duas
atitudes, de hesitar entre duas tentações contrárias. Ora afirmará ser o único
qualificado para dirigir o Estado, e, tomando orgulhosamente a posição do rei-
divino, pretenderá, em nome desse “saber” que o eleva acima dos homens,
reformar toda a vida social e ordenar soberanamente a cidade. Ora ele se
retirará do mundo para recolher-se numa sabedoria puramente privada;
agrupando em torno de si alguns discipulos, desejará com eles instaurar, na cidade,
uma cidade diferente, à margem da primeira e, renunciando à vida pública, buscará
sua salvação no conhecimento e na contemplação.
(…)Certas atitudes psicológicas da aristocracia dos hippeis. (Hippeis é um termo
para cavalaria grega. Na sociedade ateniense, o hippeus foi o segundo mais alto
degrau de quatro classes sociais.) Ora, desde metade do séc. VII, as modificações do
armamento e uma rev. na técnica do combate transformam o personagem do
guerreiro, renovam seu estatuto social e seu retrato psicológico. De modo que,
a palavra não poderá tornar-se, em Esparta, o instrumento político que será em
outros lugares, nem adotará forma de discussão, de argumentação, de refutação.
No lugar de peithó(Πειθώ) força de persuasão, os lace-demônios celebrarão, como
instrumento da lei, o poder de Phobos(φόβος), esse temor que curva todos os
cidadãos à obediência.

(…)Prosseguia Aristóteles, “dirigiam seus


olhares para a organização da Polis, inventaram
as leis e todos os vínculos que reúnem as
partes de uma cidade; e essa invenção,
nomearam-na Sabedoria;
———— é desta sabedoria (anterior à ciência
física, a physiké theoria,
e à Sabedoria suprema que tem por objeto as
realidades divinas)
———— que foram providos os Sete Sábios,
que precisamente inventaram as virtudes
próprias do cidadão.”

Trechos selecionados e relevantes -- Ética Nicomaqueia

"Sendo, pois, de duas espécies a virtude,


intelectual e moral, a primeira, por via de regra,
gera-se e cresce graças ao ensino — por isso

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requer experiência e tempo; enquanto a virtude
moral é adquirida em resultado do hábito, donde
ter-se formado o seu nome por uma pequena
modificação da palavra (hábito). Por tudo isso,
evidencia-se também que nenhuma das virtudes
morais surge em nós por natureza; com efeito,
nada do que existe naturalmente pode formar um
hábito contrário à sua natureza. Por exemplo, à
pedra que por natureza se move para baixo não se
pode imprimir o hábito de ir para cima, ainda que
tentemos adestrála jogando-a dez mil vezes no ar;
nem se pode habituar o fogo a dirigir-se para
baixo, nem qualquer coisa que por natureza se
comporte de certa maneira a comportar-se de
outra."

"os legisladores tornam bons os cidadãos por


meio de hábitos que lhes incutem (...) assim como
toda arte: de tocar a lira surgem os bons e os
maus músicos. Isso também vale para os
arquitetos e todos os demais; construindo bem,
tornam-se bons arquitetos; construindo mal,
maus. Se não fosse assim não haveria
necessidade de mestres, e todos os homens
teriam nascido bons ou maus em seu ofício."

"01 - problemática do sacrifício, ceder ao


antiprazer, a dor - para o equilíbrio moral - e

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não só viver de prazer. Em um recorte no qual
se sente prazer por meio da dor."

"O sem limite, pois, almeja todas as coisas


agradáveis ou as que mais o são, e é levado pelo
seu apetite a escolhê-las a qualquer custo; por
isso sofre não apenas quando não as consegue,
mas também quando simplesmente anseia por
elas (pois o apetite é doloroso). No entanto,
parece absurdo sofrer por causa do prazer"

"Ora, o contrário do que deve ser evitado,


enquanto coisa vitanda e má, é bom. O prazer, por
conseguinte, é necessariamente um bem. E a
resposta de Espeusipo, dizendo que o prazer é
contrário tanto à dor como ao bem, assim como o
maior é contrário tanto ao menor como ao igual,
não consegue convencer, pois que o próprio
Espeusipo não diria que o prazer é,
essencialmente, uma simples espécie de mal."

"mas cada homem ama não o que é bom para


ele, e sim o que parece bom."

""Ora, as pessoas amam por três razões. Para o


amor dos objetos inanimados não usamos a
palavra "amizade", pois não se trata de amor
mútuo, nem um deseja bem ao outro (seria, com
efeito, ridículo se desejássemos bem ao vinho;

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se algo lhe desejamos é que se conserve, para
que continuemos dispondo dele); no tocante
aos amigos, porém, diz-se que devemos desejar-
lhes o bem no interesse deles próprios."
- nota: Relacionar perante as pessoas como
vinho, são bem tratadas, se sentem importantes
pela dedicação em serem conservadas, mas
vinhos são feitos para serem usados por diversão,
quase que psicopatia. Ou, para redenção, vinho
me remete a culpa e a vazio, de um jeito sedutor,
logo quase que narcisismo clinico. Assim, uma
analogia dualista que brinca com o afeto, amor é
algo tão utópico como a ética."

"Nicômaco (pai de Aristóteles) era médico da


realeza. O que favorece minha impressão de que a
maioria dos jovens médicos tem uma relação
implícita com questões filosóficas, ou
psicológicas. A necessidade de entender as
pessoas, nos faz querer salva-las."

Marcações do professor

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É porque nós somos o nosso espírito, e
porque o corpo é para nós um outro, que toda
a moral consiste em viver a vida do espírito e não
a vida deste outro. A virtude ética é,
precisamente, mediania entre dois vícios,
dos quais um é por falta — toda falta é
uma privação do prazer e concorre à
diminuição de nossas energias —, o outro
é por excesso —todo excesso da ação
produz um excesso de prazer a ponto de
obscurecer as luzes da razão e tende a
degenerar-se em dor. Nestemomento, é
importante perceber, na doutrina de
Aristóteles, que a mediania não é
mediocridade, mas sua antítese.

Acima das virtudes éticas, segundo


Aristóteles, estão as virtudes da parte mais
elevada da alma racional, chamadas
virtudes dianoéticas, virtudes intelectuais, ou
virtudes da razão. Pois bem,duas são as
partes ou as funções da alma racional.
A parte científica (intelecto especulativo) tem
a ciência como objeto. A partecalculativa

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opinativa (intelecto prático) tem o contingente
por ob-jeto. Assim, a primeira conhece as
coisas necessárias e imutáveis;permite-nos
contemplar as coisas cujos primeiros
princípios sãoinvariáveis.

A segunda conhece as coisas variáveis e


mutáveis;permite-nos contemplar as coisas
passíveis de variação
Deve decidir sobre os meios adequados
paraalcançar o desejo verdadeiro. “O homem
considerado, enquantoautor de uma ação, é
uma aliança de desejo e ação.

✔ÉᏖᏂᎥᎤᏬᏋ 23/11
#oque-esta-dentro-da-etica-e-oque-esta-
fora#conhecimento-daetica-definicoes.

O conhecimento não pode se confundir com a contemplação da ordem


mutável do cosmos, é uma prática/atividade, um grande deslocamento que
Aristóteles faz em relação a Platão.
A ética é uma ciência que exige um conhecimento prévio, é uma ciência
que hierarquiza o conhecimento e a ação segundo a sua finalidade.
O conhecimento metafísico tem uma finalidade, (e um objeto: a natureza).
O conhecimento ligado ao ethos tem outra finalidade. Na éthique, a
finalidade da ação se liga à finalidade do conhecimento. Assim, ocorre uma
articulação do tipo de conhecimento que está em jogo.
Étudier daquilo imutável, a essência do ser.
A açao humana é perecivel, nao absoluta e mutavel
A natureza exige uma ciencia do ethos diferente da outra ciencia
Aristóteles é o primeiro a sistematizar a totalidade dos saberes de sua
época em grupos: primeiro grupo tem com tema a verdade por ela propria,
principios e causas independentes da vontade e da acao humana.
A finalidade da alma nao particular é o principio da acao em nos, por as
coisas em movimento.
A finalidade da alma é sofrer e causar sofrimento.

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leituradeeticaanicomacoemaula

“movimentos que nao envolvem a minha deliberação como digerir um café


caem fora da ética”

o que eu nao preciso deliberar é chamado de vegetativo

—— aula de introdução à Kant.


#diferença-entre-a-etica-antiga-grega-e-a-
modernakantiniana.

O conceito de vontade não existe para os


gregos, a cultura grega, a qual Aristóteles faz
parte, não tem esse contato. E, é de extrema
importância ressaltar que um dos primeiros
autores a trabalhar a primeira concepção de
vontade é o Santo Augustinho (por volta de 400
d.c). Nessa linha do tempo, o próximo destaque
vai para Kant, com a vontade como faculdade do
espírito. E, como a vontade só ganha importância
na modernidade, sobretudo com Kant, deve-se
dar atenção á algumas divergências nesse tema
com o pulo temporal apresentado.
Como para os gregos apenas se tratava de
voluntário e involuntário, não existia noção de
vontade. O que nos leva à pergunta: Qual a
diferença entre voluntario/involuntario e
vontade repressivel/vontade não repressível?

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• No voluntário, mora o desejo guiado pela razão. E, na vontade: ? Qual o
paralelo disso?
Na segunda, - vontade -, existe a ideia de
“vontade” como sinonimo de desejo.
Para os modernos, o desejo é determinado por
máximas morais, é algo DETERMINADO, por uma
faculdade, não pela razão. Regras que nos
permitem distinguir a ação moralmente correta da
não moralmente correta.

✔anotações aulas de kant por


yazbeck. janeiro de 2022.
“O uso legítimo da razão é a autonomia.” de
André apontando Foucault.
Sem muletas sem tutelas sem dogmatismo
é necessario que se faca a critica da razao é necessario entender ate onde
vao os poderes da razao. por definicao a razao humana é finita por definicao
entao para eu fazer o uso proprio da razao é necessario fazer a critica da
razao por ela propria pra que ela se reconheca em seus limites
quando eu conheco os limites da razao ara determinar o que eu devo fazer
ou permitido esperar estou de posse do bom uso da razao. o que permite
que o individuo se livre do dogmatismo e das tutelas.

faculdade bem coordenada x mal coordenada. Fazer bem uso das


faculdades exige sabe como elas funcionam. Faculdades ligadas ao
conhecimento. Fazer ciencia de qualidade ciencia valida.

a primeira critica se dedica a conhecer os modos das faculdades da razao


a segunda - conhecer as faculdades ligadas a acao moral, se conhecer seu
funcionamento, no centro dessas faculdades esta a vontade

se eu conhecer como elas operam posso produzir uma acao moralmente


valida

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conhecer o modo de funcionamento das faculdades é o objeitvo todo

Palavra Crítica em kant.


Critica em kant tem um conceito proprio como a maioria das palavras em
filosofia, nao tem o mesmo entendimento que a palavra critica usada no dia a
dia, no significado do senso comum, tem que tomar cuidado com os usos
das palavras
critica em kant significa a investigacao a respeito dos poderes dos limites da
razao, nao é a razao divina pois ela tem por definicao nenhum limite
a razao humana por definicao nao é ilimitada pois se fosse nao seria humana
seria divina

Coisa em sí, revolucao feita por kant.


entao o quanto mais a razao pudesse

um problema de principio fundamental

as meditacoes metafisicas de descartes anti-sentidos


pro empirista a razao ela propria nao é fonte independente do conhecimento
ela depende da percepcao sensivel

a revolucao que kant produz é a superacao dessas posicoes, por meio da


parcialidade de tais pontos de vista. o problema em sua totalidade foge a
ambos.
e como ele faz pra superar?
o kant recupera uma diferenca tradicional muito tradicional na filosofia a
diferenca entre aparecencia e realidade ou aparecencia e essencia
o campo do fenomeno x o ser como ele é em si mesmo que kant vai
chamar de coisa em si

essa diferenca tradicional é recuperada pra dizer que racionalismo e


empirismo estao certos mas cada um esta tratando de uma parte do
problema desconsiderando o outro

a fonte do problema precisa ser montado nao por parcialidades mas em


sua completude ou seja pelo ser tal como aparece tanto como tal como
ele é.

— pelas coisas que aparecem a nos que aparecem por meio dos sentidos os
empiristas estao certos pelas que nao os racionalistas que estao certos, kant
vem dizendo que sao DIMENSOES ligadas, interdependentes,
ARTICULACAO entre uma e putra coisa

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Em que a metafísica bykant veio em (1785) e o
esclarecimento bykant veio em (1783).
(texto publicado em 1783 na revista Berlinische Monatsschrift.)

o fundamento da moral nao pode ser epirico porque ai ele variaria conforme
as circunstancias, situacao atual, fase de vida etc, seja por quereres pessoas
interesses pessoais, etc kant precisa garantir que o campo da moralidade ou
seja dos costumes tenha um fundamento nao empirico para que ele nao
varie por entanto é uma metafisica, dai essa ideia de metafisica dos
costumes — metafisica ai significa puramente e simplesmente
fundamentacao nao empirica.

a metafisica que é muito mais antiga que remonta os presocraticos. por que
a fisica parece possivel como ciencia e se estabelece como ciencia rigoroza
e a matafisica nao consegue se estabelecer como ciencia nao existe um
unico objeto da metafisica sobre o qual estamos de acordo, nao
conseguimos se estabelecer sobre quase nenhum dos postulados da
metafisica. por que essa diferença? entao notem a primeira coisa: a critica da
razao pura é um debate com a fisica e a metafisica, esse debate estava em
ebulicao.
para debater sobre tais, usa de modelo a fisica de newton

no seculo de kant o que é ciencia? —> a geometria euclidiana e a mecanica


newtoniana.

citacoes curtas de expliçs yazbeck


— kant ve na fisica de newton modelo de ciencia rigoroza
— a fisica de newtoon é superior a fisica de descartes e do laignes
— mas o fundamento de ciencia deles dois é a qual kant acredita, a ideia
classica da ciencia, classica por que remonta a antiguidade, ciencia como
conhecimento universal e necessario, nao sendo pura em simplesmente
descrever fatos ou a ocorrencia de um fenomeno. A ciencia na verdade é
formar vinculo causal com os fenomenos, como na antiguidade, para kant.
— eu tenho ciencia quando relaciono fatos com um vinculo causal
— para kant ciencia é conhecimento universal e necessario, que remonta
aristoteles por isso remonta a antiguidade classica.
— corpo como extensao se um corpo é extensao posso traduzilo em
quantitativo, aquilo que me permite geometrizar, extensoes sao mensuraveis

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e relacionaveis por meio da geometria. (…)traduzem o universo em
linguagem matematica
— a fisica nao pode fundamentar conhecimento universal e necessario
apenas na experiencia pois os dados dos sentidos variam, dependem de
circunstancias, e circunstancias sempre variam. condicoes de observacoes e
observador. etc etc — a experiencia sempre pode ser diferente do que ela
representa hoje.

como o kant faz?


— ele ao mesmo tempo adota a fisica de newton mas nao abandona as
ideias de descartes e do laignessnum sei das contas. interpreta a ciencia de
newton pela visao racionalista de ciencia.
kant vai dizer a fisica do newton nao é a mera descricao de ocorrencias de
fato, tem um fundamento que nao é a mera x y z, o newton ele proprio nao
esta preocupado com isso, com esse tipo de questao metafisica que diz
respeito ao fundamento. o newton pressupoe as categorias, de tempo, as
categorias de espaco, as categorias de forca, ser ao procedimento tipico da
ciencia moderna a ciencia moderna exclui as categorias das quais a fisica
lanca a mao.

Se newton produz conhecimento universal e necessario, é pq tem um


conhecimento ai na fisica que ele nao se preocupou em investigar, quem se
preocupa? a metafisica.

Em que Kant distingue 3 formas da estrutura


cognitiva.
(estrutura cognitiva: que nos é comum, nao psicologica)

condicoes tempo e espaço para conhecer objetos objetos no signo


kantiniano

este aparto cognitivo so opera em primeiro lugar organizando as coisas em


tempo e espaço.

os dados brutos do sentido chegam ate mim - eu organizo no tempo e


espaço - depois vem o uso das categorias: conceitos básicos, - depois

eu nao tenho experiencia de objetos se nao os organizando no tempo e no


espaco apreensao do objeto!!!

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deus nao pode ser organizado no tempo e no espaço, entao ele nao pode
ser objeto de conhecimento, pode ser objeto de outras coisas mas nao do
conhecimento, ele excede o aparato da organizacao mental

categorias:
conceitos basicos de quantidade, de qualidade, de relação, e de
modaliidade à aquilo que a sensibilidade ja organizou no tempo e no
espaco.

anotações imperativas (no sentido do portugues).

Tomar cuidado com as palavras que eu posso usar como sinonimos/para me


referir a palavra clareza no sentido kantiano.

O que faz um grande filosofo não é responder questoes, é resolver algumas


delas gerando um universo de outras.

✔Dúvidas jan.
— registro/relatório

✔alem disso eu tenho uma duvida curta sobre a propria materia da prova,
que é o conceito de mediedade, por que nao pode usar a palavra
centralidade como sinonimo de justo meio? tem que ser tao fiel assim ao
vocabulario de aristoteles?

—> nao se pode pq as palavras sao muito ricas em conceito nao sao meras
palavras e nao pode usar outras de maneira alguma, isso voltou na aula de
hoje na explicacao de kant quando alguem usou X de kant em outro contexto
etc ate para um vice-versa.

✔eu posso me referir as muletas as tutelas e o dogmatismo que andré se


referiu a pouco —— como ao longo de um texto em algum momento como

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“manipular”? ou tem que se prender a elas? eu nao ouvi ele falar "manipular"
ai fiquei insegura pq seria normal pra mim usar essa palavra em um texto.

—> desculpe, acho que não tinha entendido o contexto da sua pergunta,
tutela é uma palavra mais adequada no texto o que é o esclarecimento,
mesmo

✔Pedro, meu rei, diga “O uso legítimo da razão é a autonomia.” de André


apontando Foucault. e as coisas subsequentes que ele fala todas
correspondem com kant pois sao uma interpretacao de foucault sobre kant.
Logo, eu posso usar em texto para explicar e exemplificar, mas posso fazer
isso como se fossem as minhas palavras sem precisar citar ele né?

—> Na avaliacao nem seria necessario, pq será diretamente sobre kant e nao
sobre a interpretacao de foucault. Em um texto academico seria.
—> Ou seja posso usar como se fossem minhas proprias palavras
—— pelo fato de a avaliacao ser diretamente sobre kant.

A fundamentação da metafísica dos


costumes.

PREFÁCIO: 13-20,

Todo conhecimento racional é: ou material, aquele que considera qualquer


objeto, ou aquele outro que é formal, esse já assume a forma do pensar em
geral, sem a distinção dos objetos.

⁃ A filosofia formal é a Lógica.


⁃ A filosofia material é a que se ocupa de determinados objetos, assim
como das leis da natureza ou leis da liberdade.
⁃ A filosofia material que se ocupa das leis da natureza, chama-se Física
e as que se ocupam as leis da liberdade chamam-se Ética.
⁃ A que chama-se Física, chama-se também de Teoria da Natureza. A
que chama-se Ética, chama-se também de Teoria dos Costumes.

A velha filosofia grega se dividia em três ciências: a física, a ética e a lógica. A


filosofia formal é a lógica, já a material se ocupa de objetos que podem ser
tanto quando das leis da natureza, tanto como das da liberdade. E, quando
se ocupam das da natureza, é dito como Física, ou melhor: Teoria da

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Natureza. Porém, quando se ocupam das da liberdade, é dito como Ética, ou
melhor: Teoria dos Costumes. Desta maneira, surge a ideia de uma dupla
metafísica. Uma metafísica da Natureza e uma Metafísica dos Costumes. A
física, ficando com a parte empírica, mas também uma parte racional assim
como a Ética.

“A física terá por tanto sua parte(…)se bem que esta parte empírica poderia
se chamar especialmente antropologia prática, enquanto a racional seria a
Moral propriamente dita.”

⁃ A Lógica não pode ter parte empírica, isto é parte em que as leis
universais e necessárias do pensar assentassem em princípios tirados da
experiência.

“Uma lei(…) tem de ter em si uma necessidade absoluta”

“princípio da obrigação” —> não devem ser buscadas na natureza do homem


ou nas circunstancias do mundo em que ele está posto, mas sim a priori
exclusivamente nos conceitos da razão pura.
(Caso fossem em qualquer outro preceito baseado em princípios de
experiência, mesmo que universal, num mínimo que seja, talvez poderá
chamar-se na verdade uma regra prática, mas nunca uma lei moral.)

/////fichar o uso de kant do vocabulario como “moral”sendo que dentro de


uma referencia da divergencia entre etica e moral, kant justamente formula
uma etica, bem especifico ate na sua forma de conceituacao, ele descreve a
lei moral nao como algo de um espaço mas universal que é justamente a
forma a qual a ética se distingue da moralidade

“O método que adaptei neste escrito é(…) A divisão da matéria é, pois:”

1. Primeira Secção: Transição do conhecimento moral da razão vulgar


para o conhecimento filosófico.
2. Segunda Secção: Transição da filosofia moral popular para a Metafísica
dos costumes.
3. Terceira Secção: Último passo da Metafísica dos costumes para a
Crítica da Razão pura prática.

Ou seja, a primeira é sobre a consolidação da moral como um


conhecimento filosófico, a segunda sobre a passagem de
filosofia moral para Metafísica dos Costumes, e a terceira

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sobre como essa Metafísica dos costumes se aplica, de
modo à termos a crítica da razão pura prática.

PRIMEIRA SECÇÃO: 21-x, (com cortes, o pdf de yazbek é todo de


recortes e ainda com x em algumas partes de texto para obter um foco
maior)

✔anotações II

Como o Kant concebe:

• Se a filosofia não consegue ser metafisica no campo do conhecimento,


consegue ser metafisica no campo da moral.
• No campo da moralidade, lido com os principios primeiros, as causas
primeiras. Qual a causa primeira da minha ação? A minha vontade.
• O kant ta usando o conceito de causalidade aqui na ação. Qual? Ele
proprio. Na medida em que ele tem uma faculdade, a vontade, sem que nada
a determine previamente, incausada previamente.
• Posso obter metafísica no conhecimento da ordem da açõa humana,
moralmente compreendida.

Ponto de vista histórico:

O fundamento da moral não pode se dar pela experiencia, pois ela é


incontingente e variável. Mesmo que se considere uma pessoa que não tem
nenhuma simpatia, mesmo essa pessoa é obrigada por dever moral, a
levar em conta o outro.

• O kant diz que todos tem a inclinacao para a busca da felicidade.


Mesmo que a natureza dos seres racionais seja buscar a felicidade. Mesmo
que seja dever perseguir essa finalidade, para kant. A felicidade como
váriavel e sujeita à experiencia, não pode ser fundamento das causas morais.

• A felicidade não pode fundamentar a moralidade, não pode ser


princípio supremo, pois nao é suficientemente determinada.

• O imperativo hipotético não é universal. Como o conteúdo da


felicidade varia, pode ser objeto de conselhos de prudencia, ser fundamento

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de imperativos hipotéticos. Vale para quem quiser atingir aquele fim, para
quem não quiser atingir aquele fim, nao vale.

• O interesse (egoista(egoi)) não é critério de ação, mesmo que se trate


da felicidade. Não interessa as condições. Não importa, é formal.

O imperativo categórico, diferente do hipotético, vale para


qualquer finalidade. Ele é bom por ele mesmo. E, só uma coisa
é boa em si mesma, a boa vontade. Uma moral ou é uma lei
universal, ou não é nada. O que funda uma moral é um
imperativo categórico. Ex: “não mate.”
“Vale em absoluto.”

A- Divisão entre saberes formais e materiais.

nao leva em consideracao o efeito da acao, objetos particulares do desejo


etc, pra assim eu poder chamar de boa, essa vontade.

O agente que faz a coisa certa pela razão certa evidência o que o Kant
chama de boa vontade.

A parte empirica (material) da etica se da pela


antropologia, aplicação de situação, coisa que
não funda a moralidade.

IPC))) Em seu livro Crítica da Razão Pura, Kant


analisa os limites da razão humana. ... A Ética
kantiana é fundamentada pela "razão prática" e
pela "liberdade". A diferença
entre a razão teórica e a razão prática é que, a
primeira visa, através da especulação ou
investigação reflexiva, o conhecimento, e a
segunda visa o agir.
“oq que é categorico?”-“voce deve independente das condicoes, categorico
significa -> “incondicionalmente”.

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B- Toda máxima é um dever?
Existe um tipo de regra de acao que é imperativa
o imperativo categorico é um tipo de regra de acao que se apresenta de
forma imperativa e categorica.

“O imperativo é uma máxima, maxima é uma


regra de acao, a maxima é um principio do
querer.
O imperativo é uma regra de açào que tem que
valer pra todo mundo.”
máxima => princípio subjetivo da ação. —> o
dever não é subjetivo, é objetivamente um dever
moral.

C- Inclinação pessoal x dever.

A empatia é uma disposicao afetiva, é uma


inclinação pessoal, nao um dever.
as disposicoes afetivas sao mutaveis sao condicionais
os deveres server pra quem tem empatia e pra quem nao tem empatia
pra quem tem compaixao e pra quem nao tem compaixao
é uma obrigacao a cima das disposicoes afetivas, para kant

A parte empirica (material) da etica se da pela


antropologia, aplicação de situação, coisa que
não funda a moralidade.

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IPC))) Em seu livro Crítica da Razão Pura, Kant
analisa os limites da razão humana. ... A Ética
kantiana é fundamentada pela "razão prática" e
pela "liberdade". A diferença
entre a razão teórica e a razão prática é que, a
primeira visa, através da especulação ou
investigação reflexiva, o conhecimento, e a
segunda visa o agir.

D - vocábulos fazer lista

-
-
-
ipc))“motivação” , “amor ao dever”, “efeitos ligados à
ação”.

Dialética em Kant tem sempre um preceito/sentido negativo


É sempre a razão pra chegar na totalidade sem saber faze-lo
Conjunto de consideracoes que afastam ao uso pratico da razao da sua
obediencia ao dever moral

✔ÉᏖ Aula 7

“Resposta à pergunta: o que é


——— KANT, I.

‘Esclarecimento’?

https://ppgfil.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/Processo%20Seletivo/2019.2/KAN
T,%20Immanuel.%20Que%20%C3%A9%20Esclarecimento.pdf
(10págs)

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IPC)))))))))))))

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_____________________________________________________________________
_____________________________________)

_____________________________________________________________________
_____________________________________)

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(se trata do principe II da prússia!!)

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IPC))))_______________________________________
_____________________________________________
__________

ALGUM TIPO CHEIRO DE INICIO DE CAMINHO PARA UMA CONCLUSAO

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Cronograma

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