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Revisão Textual:
Profa. Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni
Introdução
Os Evolucionistas Culturais –
Formação da Antropologia
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O impacto das relações sociais, o comportamento
humano e o encontro com o outro trás questionamentos desde
os tempos mais remotos da vida na terra. Esta é uma
preocupação que remonta a antiguidade clássica. Podemos
nos certificar disto lendo os antigos escritos de gregos, como
Heródoto e Aristóteles, e romanos como Lucrécio e Tácito,
entre outros. Alguns “filósofos e historiadores” dessa
antiguidade e depois na idade média como, por exemplo,
Agostinho, já faziam suas “reflexões antropológicas”.
Agostinho comparava a sociedade pagã ao estilo de vida
cristão, colocando o segundo como modelo de sociedade
perfeita a ser seguida. Com o “boom” da revolução industrial e a mudança de paradigma da
sociedade que passou da “leitura” teocêntrica para a antropocêntrica vai surgir para além da
teologia e da filosofia, novas ciências, entre elas a antropologia. Ao se derrubar o domínio da
Igreja sobre os Estados, vão sendo permitidas novas especulações a respeito do homem e do
universo, antes proibidos pela religião.
6
Informação
Nessa unidade o enfoque é dado principalmente na metodologia de pesquisa que foram sendo
construídas ao longo do desenvolvimento da Antropologia como ciência que surgiu na segunda
metade do Século XIX, impregnada pelo seu ambiente acadêmico, e dele recebendo influências das
ideias positivistas e evolucionistas, e que, a partir dessas bases foi também forjando seus métodos
de analise, para entender o homem e a sociedade, em toda sua complexidade, e hoje colabora e
influencia as ciências humanas com seus conceitos e métodos próprios.
Esta sociedade com gênese única foi uma das premissas dos antropólogos assim que
esta ciência surge no inicio do século XIX, ou seja, a sociedade tem um mesmo começo
comum e evoluem a partir dele – da selvageria à civilização - no século XIX, aqueles homens
que se ocupavam dessa ciência o faziam de seus gabinete acadêmicos, informados por
documentos das conquistas ultramarinas e depois pelo relato de cidadãos que imigraram do
continente europeu neo-colonialista do século XIX, que passaram a ocupar continentes como
a África, a Ásia e a Oceania, ou seja, obtinham mais informações do que os relatos dos
viajantes dos séculos precedentes. Essa distância do campo de pesquisa ajudou a forjar
inúmeros mitos e preconceitos. Segundo a professora Claudia Gouveia da Universidade
Federal de Pernambuco,
1
GOUVEIA, Claudia Simone Carneiro. Antropologia do Direito: Faculdade de Ciencias Humanas de Pernambuco –
SOPECE, 2011.
7
A antropologia, enquanto disciplina, é uma ciência nova. Juntamente com as demais
“ciências humanas”, a antropologia só encontrou seu lugar no campo acadêmico a partir da
segunda metade do século XIX. A Antropologia é a ciência que estuda o homem por inteiro,
como um todo, preocupando-se com os vários aspectos da existência humana (Gouveia,
2011). Como Foucault nos mostra em Les Mots et Les Choses (1966), é apenas quando a
Europa desenvolveu uma forma específica de pensamento sobre o homem, foi possível o
surgimento das diversas ciências cujos objetos tinham como centro o homem e a sociedade
como totalidade, na forma em que os concebemos hoje, em seu sentido moderno.
Assim, entender a história da antropologia é entender a constituição desse saber que se
estabelece a partir do contato com a alteridade, isto é, do contato com outras formas dos
homens viverem em sociedade. Da curiosidade e dos relatos dos viajantes europeus que iam a
diversas partes do mundo descrevendo paisagens e formas de se relacionar nas mais
diferentes sociedades, passando pelo desenvolvimento de muitas ciências e ao advento do
positivismo e do darwinismo (Laplantine, 1999), é preciso que se perceba o ponto onde
convergem essas diversas formas de conhecimentos para dar origem à tal disciplina e
estabelecer o rastreamento dos diferentes modos que assumem alguns conceitos centrais do
pensamento ocidental, como “homem”, “cultura” e “sociedade”, para o desenvolvimento,
não apenas de uma ciência que esteja sempre em movimento, mas para o balanço crítico do
que temos produzidos e para entendermos a importância disso para nos conhecermos um
pouco mais.
Nessa primeira unidade nos debruçaremos mais
especificamente sobre o conceito de sociedade. Desse
modo, começaremos vendo, a partir do texto “O conceito
de sociedade em antropologia”, de Eduardo Viveiros de
Castro (2002) os dois sentidos que se apresentam a nós
desse conceito tantas vezes controverso. Veremos um
sentido mais geral de sociedade, ou sociedade como
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Eduardo Viveiros de Castro (idem), ao discorrer sobre as diversas caracterizações do
conceito de sociedade em antropologia, se depara com uma diferença fundamental 2 do termo
para os antropólogos: dois sentidos de “sociedade” teriam sido polarizados ao longo do
tempo. Um primeiro, presente principalmente nos anos de formação da antropologia –
retomado em suas ambições generalistas com o estruturalismo – e um segundo sentido,
presente com maior intensidade nos anos subsequentes ao evolucionismo cultural, até as
décadas de 1940 e 1950.
Aqui, “fundamental” é, ao mesmo tempo, o que subjaz a essa disciplina e o que está em seu início.
2
9
Trata-se de uma forma de conceber a sociedade filiada desde o iluminismo frances de
Rousseau3 à sociologia francesa positivista, principalmente a sociologia de Durkheim e Mauss
(1993)4, onde a sociedade apresenta papel preponderante na constituição dos indivíduos por
conta das regulamentações a que ela os submete a todo instante. Em outras palavras, o que
está em jogo nessa interpretação5, segundo Viveiros de Castro (2002), é a existência de regras
(ou normas) que não sejam apenas dispositivos mediadores entre os indivíduos ou que
regulem as relações sociais, mas seriam mecanismos que constituam essas relações, que as
tornem possíveis, colocando-se, assim, exterior aos indivíduos. Nas palavras do autor:
(ibidem., p.298)
Não é nosso objetivo aqui neste ensaio apresentar com maior minucia este sentido,
mas é importante que tenhamos ao menos uma noção o que ele abrange e as possibilidades
que encerra.
É bom que tenhamos em mente também, que no que diz respeito à antropologia, este
sentido de sociedade tem recebido forte importância desde pelo menos o começo do século
XX, primeiramente com a escola funcionalista de antropologia, fundada com os trabalhos de
Malinowski (1978), onde há, através de uma pesquisa empírica, isto é, o estudo dos povos in
loco (o que não acontecia até então com os antropólogos evolucionistas), uma reconceituação
A esse respeito ver “Jean-Jacques Rousseau fundador das ciências do homem” de Lévi-Strauss (1993)
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Ver A divisão do trabalho social (Durkheim, 1984), para compreender a como o autor concebe a questão das relações
sociais como formadoras do indivíduo. Para uma conceituação mais sistemática e precisa de conceitos como ‘sociedade”,
“fato social” etc., ver As regras do método sociológico (Durkheim, 2007).
5
E aqui está assentada, inclusive toda retomada estruturalista da ideia de sociedade como unidade, como veremos mais
adiante.
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e reelaboração metodológica, substituindo a ideia de uma sociedade una, por sociedades,
com características distintas entre si.
Há, ainda, diversas escolas que se vinculam a essas e que lhes são distintas, mas que
seguem a mesma concepção de sociedade(s), no plural. Viveiros de Castro (2002) apresenta
ainda três referentes que, em geral, são utilizados para delimitar a sociedade estudada: o
componente populacional – uma quantidade de pessoas inscritas em categorias que as tornem
parte de um grupo; o componente institucional-relacional – “equivalente a ‘sistema’ ou
‘organização’ social, ele destaca o quadro sociopolítico da coletividade” (ibidem., p.298); por
fim, o componente cultural-ideacional – nesse caso, “’sociedade’ é frequentemente substituído
por ‘cultura’ – visam os conteúdos afetivos e cognitivos da vida do grupo” (idem.).
Voltando-nos agora para nossos interesses, vamos procurar entender melhor como se
apresentam no início da antropologia a concepção de sociedade, entendida como unidade
pelos evolucionistas culturais. Para isso, debateremos como o conceito aparece em 3 textos
fundamentais, que devem ser lidos. São eles: “A sociedade antiga” de Lewis Morgan,
publicado em 1877; “A ciência da cultura”, de Edward Tylor, publicado em 1871 e “O escopo
da antropologia social”, de James Frazer, publicado em 1908.
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Uma anotação se faz justa antes de prosseguirmos com nosso trabalho. Ela diz respeito
aos evolucionistas. Segundo Celso Castro (2005), existe um equívoco ao tratar o
evolucionismo cultural como devedor da teoria darwinista presente em “A origem das
espécies”, publicado em 1859. Para o autor, o grande responsável por essa abordagem dos
autores que trataremos aqui é o filósofo inglês Herbert Spencer (1820 – 1903)6:
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É importante tomar nota, inclusive, da importância de Spencer na obra de Darwin. Isto porque, apenas em 1872 – 13 anos
após a primeira edição de “A origem das espécies” que Darwin usou a palavra “evolução” para caracterizar tal processo e isso
se deveu à popularização do termo decorrente da popularidade das ideias spencerianas (Castro, 2005).
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Daí porque o entusiasmo de Engels (1975) ao saudar as descobertas de Morgan a
respeito dos “povos primitivos”. O autor chega a colocá-lo ao lado de Darwin e Marx em
termos de importância para o conhecimento humano. No prefácio à primeira edição de A
origem da família, da propriedade e do Estado, de 1884, o autor chega a afirmar:
essenciais de Marx”
nela, chegou, contrapondo barbárie e civilização, aos mesmos resultados
(ibidem, p.1)
O autor chega inclusive a citá-lo mais vezes do que o próprio Marx e colocar seu
trabalho como contribuindo com o de Morgan.
Isso se deve ao fato de Morgan ([1877] 2005) ter criado uma espécie de “linha do
tempo” evolutiva da humanidade que ia do “período inicial de selvageria”, ao que concedia
um “status inferior de selvageria” que seria o começo da história do homem, até o “status de
civilização”, que ia da invenção do alfabeto, com o uso da escrita, até os dias de hoje. Com
essa linha evolutiva da humanidade, era a primeira vez que, a partir de dados objetivos e
provas materiais, concebia-se uma história da sociedade humana como uma unidade coesa
que tinha sua infância nos selvagens e a idade adulta na civilização ocidental.
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Tylor, ainda que na mesma linha, inverte os termos de Morgan. Aonde este autor
atribui o nome de “sociedade”, aquele chama “cultura” ou “civilização”. Mas não nos
enganemos, trata-se da mesma coisa, pois, assim como “sociedade” para Morgan, “cultura,
para Tylor, era palavra usada sempre no singular, e essencialmente hierarquizada em
‘estágios’” (Castro, 2005, p.17).
Para este autor, assim como para o outro, interessa entender e classificar os variados
graus de evolução atingidos pela humanidade se desfazendo de variantes formais, buscando
na essência do fenômeno da civilização o que se mantém em evolução, numa linha reta,
desde os tempos primitivos até os modernos. É importante que se tenha em mente que, para
Tylor, essa linha do tempo evolutiva seria um processo e cabe ao antropólogo investigar as
“causas que produziram os fenômenos de cultura e [as] leis as quais estão subordinadas”
(Tylor, [1871] 2005, p.93).
Contudo, essa ideia não se manteria se uma segunda ideia não estivesse subjacente a
ela: a de que os costumes, as práticas, teriam uma origem passível de ser estudada e tendo
uma origem, seria preciso admitir a existência de uma substância, uma essência desse costume
ou prática que a individualiza e pode ser encontrada em nossas origens humanas ou estaria
presente, em fase de desenvolvimento, nessas sociedades mais primitivas. Dessa forma, a
ideia de uma prática ou fenômenos internos à sociedade (como direito, religião, o mito etc.) –
repare-se: trata-se da sociedade com uma unidade – passível de ser isolado e de ser
encontrado em sua essência é que permitiu a ideia de sua descontextualização em relação a
outras práticas e ofereceu a possibilidade para classificar as culturas de acordo com seu estágio
na evolução.
Como já foi dito, e Roberto DaMatta coloca muito bem, “foram as doutrinas
evolucionistas quem primeiro trataram de apresentar a sociedade como uma totalidade, uma
universalidade” (ibidem, p.96), isso porque – e essa é a terceira ideia – no evolucionismo a
sociedade se desenvolve em sentido linear e irreversível, onde cada cultura deverá passar,
necessariamente, pelos mesmos estágios e chegará, assim, até o estágio mais avançado: a
civilização. Os acontecimentos, dessa forma, são tomados ora como causas, ora como
consequências, de acordo com os pontos de vistas dos antropólogos. Para DaMatta, “junto
com essa ideia de desenvolvimento linear, temos a noção de progresso e a determinação.
Assim, os sistemas evolvem do mais simples para o mais complexo e do mais indiferente para
o mais diferenciado, numa escala irreversível” (ibidem, p.95).
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Por fim, a quarta e última ideia característica do evolucionismo, de acordo com
Roberto DaMatta, diz respeito ao modo pelo qual os evolucionistas lidavam com a diferença.
Para ele, esses antropólogos usavam “o velho modo de apresentar o que é novo e o que é
estranho, como se ele fosse velho e conhecido e, por meio disto, dar conta de outros universos
sociais como se eles fossem parte e parcela do nosso próprio passado” (ibidem, p.98). Em
outras palavras, é colocado que no evolucionismo de Tylor, Morgan e Frazer, as diferenças
são reduzidas ou recolocadas num sistema onde os termos lhe são familiares ou conhecidos. O
outro, nesses autores, é visto a partir da lógica de quem vê – ou seja, eles próprios –, se
colocando, dessa forma, na posição historicamente privilegiada.
É importante, sobretudo, que não nos enganemos ao julgar os evolucionistas com
muita pressa. Esses autores eram herdeiros de uma tradição cientificista que não tinha
encontrado ainda grandes contestações nem dentro da própria ciência, quem dirá externa a
ela. A crença de ter chegado num estágio mais avançado no conhecimento e aperfeiçoamento
não tinham ainda sofrido o grande baque que foi a Primeira Guerra Mundial. Ademais, o
projeto de tentar constituir uma ciência do homem que possuísse objetos empíricos e não
incorresse ao transcendentalismo da filosofia, perseguiu e persegue a antropologia até hoje.
Nesse sentido, por mais equivocada que tenha se provado a experiência evolucionista, nela
continha o gérmen de problemáticas ainda não resolvidas nem na antropologia, nem nas
ciências humanas de modo geral.
Contudo, é possível dizer com alguma propriedade que muitas coisas mudaram. A
própria forma de colocar a questão da sociedade mudou muito, mesmo em se tratando da
questão da sociedade como unidade. Segundo Viveiros de Castro,
Um grande exemplo disso é como Lévi-Strauss retoma, quase quarenta anos depois,
essa tentativa de estabelecer uma ciência que tenha no homem e nas relações sociais seu
objeto. Para isso, o autor recorre à linguística estruturalista – outra ciência que se desenvolvia
e começava influenciar fortemente o pensamento da época – tentando traçar analogias entre
ligações de fonemas e relações de parentesco (Lévi-Strauss, 2008), chegando à conclusão, em
outra obra (Lévi-Strauss, 2009) que o que unificava a sociedade, ou melhor, o que toda a
sociedade tinha em comum, era a presença de uma regra fundamental, uma proibição que
estaria na origem da passagem do homem, da natureza para a cultura: o tabu do incesto.
Com isso, o autor não quer mostrar que em todas as sociedades há uma proibição do
casamento entre membros da mesma família, como poderia se supor. Lévi-Strauss aponta que
independentemente da cultura e dos critérios que são utilizados para a classificação e
diferenciação interna da sociedade (laços de sangue, por clãs etc.), existe pelo menos uma
regra que em todas as culturas persiste: os casamentos sempre são regulamentados através de
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critérios que apontam a diversidade de indivíduos com quem os membros de determinado
grupo podem casar e, principalmente, com quem não podem.
Essa proibição original estaria no cerne de tudo o que se construiu como cultura na
sociedade humana. Embora, é preciso salientar, Lévi-Strauss não trabalhe mais com as
categorias “primitivo” e “civilizado” e se diferencie radicalmente do evolucionismo. Para o
autor e para a esmagadora maioria dos antropólogos que vieram depois de Malinowski, mas
principalmente de Boas, essa diferença deixou de fazer sentido. Isso está intimamente
relacionado com a mudança na forma de conceber a sociedade.
Informação
Durante a leitura observar as imagens e fazer relação com o que esta sendo
apresentado na matéria sobre as diferentes sociedades e como elas foram analisadas
pelas escolas antropológicas ao longo de mais de um século.
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Ao conceito de sociedade, tornou-se central o conceito de cultura. Porém, as
especificidades dessa mudança, bem como os debates que envolveram e ainda envolvem o
conceito de cultura em antropologia é assunto bastante complexo.
http://antropologianobrasil.blogspot.com.br/
Pode-se afirmar que, há poucas décadas, a antropologia conquistou seu lugar entre as
ciências. Primeiro, foi considerada como a história natural e física do homem e do seu
processo evolutivo, no espaço e no tempo. Se, por um lado, essa concepção vinha satisfazer o
significado literal da palavra, por outro, restringia o seu campo de estudo às características do
homem físico. Essa postura marcou e limitou os estudos antropológicos por largo tempo,
privilegiando a antropometria, ciência que trata das mensurações do homem fóssil e do
homem vivo.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia
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Algumas informações básicas sobre os principais paradigmas e
escolas de pensamento antropológico:
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Escola/Paradigma: Funcionalismo
Período: Século XX - anos 20
Características: Modelo de etnografia clássica (Monografia).
Ênfase no trabalho de campo (Observação participante). Sistematização do conhecimento
acumulado sobre uma cultura.
Temas e Conceitos: Cultura como totalidade. Interesse pelas Instituições e suas Funções para
a manutenção da totalidade cultural. Ênfase na Sincronia x Diacronia.
Alguns Representantes e obras de referência: Bronislaw Malinowski (“Argonautas do
Pacífico Ocidental” -1922). Radcliffe Brown (“Estrutura e função na sociedade primitiva” - 1952-
; e “Sistemas Políticos Africanos de Parentesco e Casamento”, org. c/ Daryll Forde - 1950).
Evans-Pritchard (“Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande” - 1937; “Os Nuer” - 1940).
Raymond Firth (“Nós, os Tikopia” - 1936; “Elementos de organização social - 1951). Max
Glukman (“Ordem e rebelião na África tribal”- 1963). Victor Turner (“Ruptura e continuidade
em uma sociedade africana”-1957; “O processo ritual”- 1969). Edmund Leach - (“Sistemas
políticos da Alta Birmânia” - 1954).
Escola/Paradigma: Estruturalismo
Período: Século XX - anos 40
Características: Busca das regras estruturantes das culturas presentes na mente humana.
Teoria do parentesco/Lógica do mito/Classificação primitiva. Distinção Natureza x Cultura.
Temas e Conceitos: Princípios de organização da mente humana: pares de oposição e códigos
binários. Reciprocidade.
Alguns Representantes e obras de referência: Claude Lévi-Strauss: “As estruturas
elementares do parentesco” - 1949. “Tristes Trópicos”- 1955. “Pensamento selvagem” - 1962.
“Antropologia estrutural” - 1958 “Antropologia estrutural dois” - 1973 “O cru e o cozido” - 1964
“O homem nu” – 1971.
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Escola/Paradigma: Antropologia Interpretativa
Período: Século XX - anos 60
Características: Cultura como hierarquia de significados Busca da “descrição densa”.
Interpretação x Leis. Inspiração Hermenêutica.
Temas e Conceitos: Interpretação antropológica: Leitura da leitura que os “nativos” fazem de
sua própria cultura. Alguns Representantes e obras de referência: Clifford Geertz: “A
interpretação das culturas” - 1973. “Saber local” - 1983.
21
BENEDICT, Ruth. O crisântemo e a espada. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2002.
BOAS, Franz. Antropologia cultural. Seleção de Celso Castro. 6. ed. Rio de Janeiro: Zahar,
2010.
COMTE, A.; MORAES FILHO, E. (org.). Auguste Comte: sociologia. 3. ed. São Paulo:
Ática, 1989.
______. As regras do método sociológico. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
FOUCAULT, M. Les mots et les choses: une archeologie des sciences humaines.
Paris: Gallimard, 1966.
______. Antropologia estrutural dois. 4. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1993.
22
MORGAN, L. “A sociedade antiga”. In: CASTRO, C. et al. Evolucionismo cultural. Rio de
Janeiro: Zahar, 2005.
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