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Macaé, RJ
Treinamento de Supervisores de Entrada em Espaço Confinado
Nome do Curso
40h
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Treinamento de Supervisores para Entrada em Espaço Confinado – 40h
INTRODUÇÃO
A existência de espaços confinados, tanto em unidades industriais terrestres como
em unidades marítimas e demais embarcações, representa um risco potencial para as
empresas no que tange à segurança dos seus empregados envolvidos nas atividades
desenvolvidas no interior ou nas proximidades daqueles espaços. Estudos realizados pela
NIOSH - National lnstitute for Occupational Safety and Health demonstram que a cada
ano ocorrem aproximadamente 67 acidentes fatais em espaços confinados. Dados
estatísticos da OSHA - Occupational Safety and Health Administration revelam que
cerca de 85% dos acidentes decorrentes de trabalhos em espaços confinados poderiam
ser evitados se os trabalhadores estivessem adequadamente informados, preparados e
bem treinados a respeito dos riscos por ele enfrentados. No Brasil ainda não existem
quaisquer dados estatísticos oficiais de óbitos por acidentes em espaços confinados. Só
sabemos que, infelizmente, eles acontecem.
Milhares de técnicos empregados em instalações terrestres, instalações offshore
ou em embarcações da indústria de Petróleo & Gás desenvolvem suas atividades
laborais nos chamados espaços confinados, sejam essas atividades eventuais ou
permanentes. Estes devem estar conscientes dos riscos Já existentes e treinados para
desempenhar suas funções nesses espaços, sejam elas de planejamento, de assistência,
reparos, inspeções ou até mesmo de resgates. Quando nos deparamos com locais
classificados como espaços confinados, toda equipe envolvida nos processos
desenvolvidos no interior e nas adjacências daquele local deve estar atenta quanto aos
procedimentos de controle daquela entrada programada a serem aplicados visando à
segurança da integridade física do trabalhador e a preservação das instalações de
trabalho. O desafio é realizar uma entrada devidamente planejada e rigorosamente
controlada, em conformidade com os parâmetros estipulados pela NR-33: SEGURANÇA E
SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS, sem que as operações da unidade
(perfuração, exploração, produção, etc.) tenham a sua eficiência comprometida. Esse
cuidado deve-se à ocorrência de fatalidades ou de consequências irreversíveis aos
trabalhadores, causados por explosões, asfixias, intoxicações, choques elétricos, quedas,
estafa pelo calor excessivo e etc.
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OBJETIVO
Toda necessidade de entrada em espaços confinados representa uma situação
potencialmente perigosa, que requer planejamento, treinamento, trabalho em equipe,
experiência, perícia nos procedimentos corretos e equipamentos específicos. Portanto,
diante dos riscos envolvidos nesses trabalhos especiais, este curso apresenta os
seguintes objetivos:
1) Apresentar um conjunto de definições e procedimentos prévios e necessários
para o planejamento, preparação e habilitação dos profissionais indicados para execução
de trabalhos e resgates em espaço confinado;
2) Apresentar medidas de controle que possam ser empregadas visando à
melhoria ou a manutenção das condições ideais de trabalhos em espaços confinados, a
segurança dos trabalhadores autorizados, a integridade dos equipamentos e preservação
do meio ambiente;
3) Realizar o correto dimensionamento dos trabalhos e operações de resgates;
4) Apresentar a Normatização brasileira e internacional sobre os procedimentos
de segurança que devem ser seguidos para entradas em espaço confinados;
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➢ Legislação Nacional:
• NR-18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO
Publicada em 08 de junho de 1978, por meio da Portaria GM n.º 3.214, foi a
primeira Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho (NR) a tratar dos
espaços confinados, através da publicação da Portaria N° 04, de 04 de julho de 1995. O
item 18.20 (locais confinados) da NR-18 estabelece medidas especiais de proteção para
atividades da indústria da construção que exponham os trabalhadores a riscos de asfixia,
explosão, intoxicação e doenças do trabalho.
•
NR-29 – NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO PORTUÁRIO e NR-30 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
AQUAVIÁRIO
Estas duas normas estabelecem medidas de segurança nos trabalhos de limpeza e
manutenção dos espaços confinados existentes nos portos e embarcações.
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➢ Legislação Internacional:
•OSHA29 CRF PARTES 1910.146, 1928 E 19,26: OCCUPATIONAL SAFETY
AND HEALTH STANDARDS-PERMIT-REQUIRED CONFINED SPACES
Esta norma trata dos requisites para práticas e procedimentos visando a proteção
do trabalhador nas indústrias em geral, agricultura, construção e estaleiros.
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DEFINIÇÃO
Diante das diversas normas apresentadas encontramos muitas definições para um
local ser reconhecido como espaço confinado.
A NR-33, no seu item 33.1.2, define espaço confinado como:
"qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que
possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para
remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de
oxigênio".
o qual poderá conter ou produzir contaminantes perigosos para o ar; e o qual não foi
tencionado para ocupação contínua de empregados. Espaços confinados incluem, mas
não se limitam a tanques de armazenamento, compartimentos de embarcações, vasos
de processamento, poços, silos, tonéis, degreasers, reatores, caldeiras, dutos de
ventilação e exaustão, esgotos, túneis, câmaras subterrâneas e oleodutos".
Sendo assim, diante das definições acima poderíamos resumir as características
de um espaço confinado da seguinte forma:
• Todo e qualquer local não projetado para ocupação humana contínua, mas
grande o suficiente para a permanência de trabalhadores durante a
execução de serviços;
• Possui acesso limitado tanto para entrada como para saída;
• Possui pouca ou nenhuma ventilação que assegure a remoção de
contaminantes ou garanta uma respiração normal;
• Apresenta uma atmosfera rica ou deficiente em oxigênio, contaminada ou
explosiva;
• Pode expor o trabalhador a algum tipo de risco.
A importância de conhecer precisamente as características e condições que torna
algum local um espaço confinado está na obrigação que a NR33 trouxe para as
empresas de, previamente, identificar os espaços confinados existentes na empresa ou
de sua responsabilidade e antecipar e reconhecer os riscos específicos em cada um
deles.
Portanto, diante das definições apontadas podemos propor uma relação, não
exaustiva, de exemplos de espaços confinados:
• Tanques de transporte;
• Vasos de pressão;
• Torres de destilação;
• Esferas;
• Colunas;
• Tubulações;
• Reatores;
• Tanques de carga; o Tanques de lastro; o Tanques de "slop"; o Fundo
duplo;
• Reatores; Caldeiras; Fornos.
• Dutos de ventilação;
• Poços de elevadores;
• "Pontoon";
• Silos;
• Poços;
• Degreasers;
• Túneis;
• Redes de esgoto;
• Câmaras subterrâneas
• Caixas de passagem.
A NBR 16.577 traz duas condições distintas para espaços confinados. A saber:
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Ação pela qual o trabalhador adentra um espaço confinado, que se inicia quando
qualquer parte do corpo ultrapassa o plano de uma abertura deste.
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ANÁLISE DE PERIGOS/RISCOS
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RISCOS FÍSICOS
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• Iluminação;
• Radiações ionizantes ou não ionizantes.
RISCOS QUÍMICOS
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RISCOS BIOLÓGICOS
RISCOS MECÂNICOS
Os riscos mecânicos estão relacionados com o contato físico direto com a vítima
para produzir o mecanismo nocivo de lesão. Portanto, o trabalhador ao manusear uma
ferramenta ou ficar exposto a algum sistema não protegido poderá ser vítima de lesões
graves, incapacitantes ou que o leve até a morte. São exemplos de riscos mecânicos:
• Descarga de energia (Equipamentos energizados, aquecidos, pneumáticos
ou hidráulicos);
• Derramamento de líquidos;
• Materiais perfurantes ou cortantes;
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RISCOS ERGONÔMICOS
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➢ Consumo:
• Oxidação de metal;
• Combustão (soldas);
• Secagem de pinturas e revestimentos;
• Decomposição de material orgânico (fermentação);
➢ Substituição:
• Introdução de algum gás inerte (nitrogênio, dióxido de carbono, hélio, etc);
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➢ Adsorção:
Considera uma atmosfera deficiente em oxigênio aquela contendo menos de
19,5% de oxigênio em volume. A NR15 define que o Limite de Tolerância do oxigênio é
de 18% por volume. A NR33 modernizou esse entendimento, adotando uma postura
mais conservadora ao definir uma atmosfera deficiente de oxigênio aquela que contenha
uma concentração de oxigênio inferior a 19,5% por volume. É praticamente impossível
assegurar que todos os trabalhadores sofrerão as mesmas reações de modo idêntico por
falta de oxigênio ou pela diminuição da pressão parcial do oxigênio.
Hoje é obrigação dos empregadores adotarem um programa de proteção
respiratória para espaços confinados. Porém, é comum nos preocuparmos com o
fornecimento de proteção respiratória em espaços confinados somente na execução
direta de trabalhos em atmosferas IPVS ou nas situações de resgates. A norma não
proíbe que trabalhos em espaços confinados não sejam realizados em atmosferas com
menos de 19,5% de oxigênio. Ela permite que sejam autorizados os trabalhos nessas
concentrações inferiores a 19,5% desde que seja oferecida a proteção respiratória
devida. Portanto, nesse caso, a norma se refere aos equipamentos de escape que
providenciariam o auto socorro dos trabalhadores autorizados quando forem alertados
por algum equipamento ou reconhecimento de alguma condição perigosa na atmosfera
de trabalho em que estão inseridos.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
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Algumas das condições mais conhecidas que podem produzir uma atmosfera
explosiva ou um risco de incêndio durante trabalhos quentes são:
FONTES DE IGNIÇÃO
GASES TÓXICOS
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MONÓXIDO DE CARBONO – CO
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DETECÇÃO DE GASES
MONITORAMENTO
É impossível se determinar o percentual de oxigênio ou a existência de agentes
químicos presentes em determinada atmosfera utilizando somente nossos sentidos. Em
sua grande maioria gases e vapores tóxicos ou inflamáveis, não possuem cor ou odor,
onde jamais será recomendado que se confie somente em nossos sentidos para
determinar a qualidade do ar em um espaço confinado. A má qualidade do ar em locais
confinados representa sério risco à saúde humana, principalmente se, medidas de
proteção individual e/ou coletiva não forem aplicadas devidamente de acordo com a
necessidade imposta pelo tipo de serviço a ser executado.
O estudo sobre esses agentes químicos e sua ação sobre o corpo humano devido
ao exercício da atividade laboral dos profissionais do setor industrial é chamado de
Toxicologia Industrial. Mas por que nos referimos aos agentes químicos como venenos?
Em 1567, o controverso Paracelso (Theoperastus Bombastus Von Honhenheis), já
demonstrando sinais de um novo pensamento que se mais aproximava da ciência
química atual, proferiu durante os estudos sobre afecções provocadas nos mineiros da
região do Tirol, a célebre frase de sua autoria: "Todas as substâncias são venenos. É a
dosagem que os diferencia entre venenos e remédios".
Portanto, as substâncias químicas serão consideradas venenos nocivos aos seres
humanos, quando expostos em concentrações perigosas. A consideração importante para
uma análise ambiental de uma atmosfera de risco é relacionar a concentração existente
ou a sua dosagem mínima a partir da qual o produto se torna perigoso. Dos fatores
relacionados com a dosagem do produto que poderão causar alguns males à saúde do
trabalhador exposto, destacam-se os seguintes:
• Concentração ou quantidade do produto;
• Duração da exposição;
• Estado de dispersão (tamanho da partícula ou estado físico);
• Afinidade com o tecido do corpo humano;
• Solubilidade nos fluidos dos tecidos humanos;
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TIPOS DE GASES
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DENSIDADE
Quando falamos de densidade, a grosso modo estamos falando do peso dos gases
ou vapores. Mas os gases têm peso? A resposta é afirmativa, sendo matéria, os gases
consequentemente têm peso. A referência é o ar atmosférico e para ele atribuímos um
valor igual a 1. Imagine uma pequena área de 1 cm² no chão ao nível do mar. A coluna
de ar que se ergue sobre essa área e cuja altura é igual a da nossa atmosfera tem um
peso correspondente a 1 kg ao nível do mar.
Os gases com densidade maior do que 1 são mais pesados do que o ar, portanto
tendem a descer. São considerados os mais perigosos, por exemplo: Propano (1,56),
Butano (2,05). Os gases com densidade menor do que 1 são mais leves do que o ar,
portanto tendem a subir. São considerados menos perigosos, por exemplo: Amônia
(0,59) e Monóxido de carbono (0,97).
Esse é um importante critério para se determinar o posicionamento dos
dispositivos de detecção de gases para que se tenha uma análise qualitativa e
quantitativa precisa.
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PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Supondo que o corpo de uma pessoa adulta tenha cerca de 15.000 cm² de
superfície, o peso do ar que atua sobre a pessoa será de aproximadamente 15.000 kg. A
isso chamamos de pressão atmosférica, o peso da coluna de ar que se apoia sobre o
corpo do indivíduo. Essa pressão poderá variar, pois como vimos na definição de
densidade, o peso da coluna de gás que ergue é determinado em razão do nível de
altitude de que nós estamos em relação a nossa atmosfera. Portanto, em lugares mais
altos, a pressão é menor, e em lugares ao nível do mar é maior. Além da temperatura, a
pressão atmosférica também influi na mudança de estado. Quanto menor a pressão
exercida sobre a superfície de um líquido, mais fácil é a vaporização, pois as moléculas
do líquido encontram menor resistência para abandoná-lo e transformar em vapor.
Mas se a pressão que o ar exerce sobre todas as coisas é tão grande, porque esse
peso todo não esmaga as pessoas? Isto não ocorre porque o ar também penetra no
corpo e faz pressão de dentro para fora. Além disso, a pressão do sangue dentro dos
vasos sanguíneos (artérias e veias) também é proporcional à pressão exterior. Dessa
forma, a pressão interna fica "equilibrada" com a pressão externa. Uma coisa compensa
a outra. Enquanto as pressões de dentro para fora e de fora para dentro forem iguais
não ocorrerá o "esmagamento" de ninguém.
ELASTICIDADE
Os gases são elásticos, isto é, são compressíveis e extensíveis. Podem tanto ser
comprimidos, quanto podem ser estendidos quando é repuxado por uma força de tração.
Logo, entendemos que uma mesma quantidade de um gás pode ocupar um volume
pequeno ou grande. Resumindo, elasticidade é a propriedade que um gás tem de se
comprimir ou se distender de acordo com o espaço disponível e a pressão que sobre ele
atua.
EXPANSIBILIDADE
É a capacidade que tem um gás de se espalhar ou expandir pelo espaço, ocupando
um volume cada vez maior. Um detalhe importante aqui é o fato de quando um gás se
expande ocupando um espaço cada vez maior, a quantidade de suas moléculas não
aumenta. Elas apenas ficam cada vez mais afastadas umas das outras. Um exemplo
prático é aquele que ocorre com a amônia, por exemplo, quando ao abrirmos o
recipiente em que ela está acondicionada percebemos rapidamente a sua presença pelo
forte odor. Isto ocorre porque as partículas da amônia se expandem rapidamente pelo
espaço.
PONTO DE FULGOR
É a menor temperatura na qual um combustível libera vapores em quantidade
suficiente para formar uma mistura inflamável. Para efeitos de classificação são
identificados os líquidos inflamáveis que possuem ponto de fulgor < 60° C.
• Gasolina: -38°;
• Álcool: +22°;
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• Diesel: +43,3°.
Em geral, produtos que possuem um ponto de fulgor baixo têm um potencial para
gerar uma atmosfera explosiva com maior facilidade.
TEMPERATURA DE AUTO-IGNIÇÃO
LIMITE DE EXPLOSIVIDADE
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ignição não consegue se propagar pelo espaço confinado é chamada de LSE - Limite
Superior de Explosividade.
Para que um incêndio ou uma explosão ocorra, três elementos devem estar
presentes nas proporções ideais: oxigênio, combustível e uma fonte de calor. Suprimindo
um desses elementos o risco de incêndio estará eliminado.
AOSHA e a NFPA exigem que a leitura de um gás inflamável esteja abaixo de
10% do LIE para entrada, mas o ideal é que se encontre uma leitura de gás inflamável
de 0% para permissões de entrada e trabalhos quentes em espaços confinados.
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LIMITES DE TOLERÂNCIA
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MONITORAMENTO INICIAL
sinais sonoros, visuais e vibração que, uma vez identificada alteração na atmosfera do
local do trabalho, informe ao trabalhador a necessidade de abandonar o local.
Poderá ser exigido a avaliação de substâncias específicas e prejudiciais à saúde do
trabalhador. Para tal a avaliação dessas substâncias por equipamentos ou a coleta de
amostras dessas deve ser realizada por pessoal treinado e protegido adequadamente
(roupas de proteção e proteção respiratória) conforme análise de risco.
MULTIGÁS
Esses equipamentos de leitura direta são utilizados para a detecção de mais de
uma substância simultaneamente. A NR-33 obriga que esse detector seja
intrinsecamente seguro e, normalmente, é empregado para detectar no mínimo 4 gases.
Os mais aplicados são para oxigênio, monóxido de carbono, H2S e gases ou vapores
inflamáveis.
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CERTIFIÇÃO
A certificação do equipamento é obrigatória pela Portaria n°.83 de 03/04/2006 do
INMETRO. Deve ser certificado, testado quanto à sua performance por órgão responsável
e acompanhado de um Certificado de Conformidade.
TESTE DE RESPOSTA
O equipamento deve ter os seus sensores testados com um gás padrão que
assegure a sua resposta devido à presença daquele gás. É a única maneira segura de
garantir que os seus sensores estão funcionando perfeitamente.
Conforme determina a NR 33, o teste de resposta deverá ser feito antes de cada
uso do equipamento.1
Image Image
H 4 cm x W 7.6 H 4 cm x W 7.6
cm cm
CALIBRAÇÃO
Através da calibração o equipamento é testado quanto à precisão dos valores
medidos pelo leitor, e se os mesmos estão em conformidade com o informado pelo
fabricante. Normalmente os detectores multigás são preparados para a leitura quanto a
presença do Oxigênio, do gás Sulfídrico, do Monóxido de Carbono e de gases
combustíveis.
1
Item 33.3.2 “j”.
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GÁS LIMITE
10% do Limite Inferior de
INFLAMÁVEIS
Explosividade
OXIGÊNIO De 19,5% a 23% por Vol.
LT - 39 ppm (NR15)
MONÓXIDO DE
TLV - 25 ppm (ACGIH 2015)
CARBONO
IPVS - 1.200 ppm
LT - 8 ppm
DETECTORES PESSOAIS
Destinados para uso pessoal não devendo serem empregados para análise inicial
de gases. Como é uma obrigação que a atmosfera seja avaliada continuamente ao longo
da execução de trabalhos nos locais confinados, devido à possibilidade de se
desenvolverem produtos perigosos gerados pelo próprio serviço em execução, a
utilização desses dispositivos permite que os próprios trabalhadores possam receber
informações precisas e imediatas sobre as condições atmosféricas do ambiente em que
estão inseridos.
Existem modelos que variam de detecção para 1 gás até para 4 gases
simultâneos. Também existem equipamentos de vida útil limitada onde não é possível a
troca de sensores (descartáveis), e equipamentos sem limitação de vida útil onde é
possível a troca de sensores, sendo ainda necessário a sua calibração periódica.
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CMS (Drager®)
É um sistema de medição que representa uma evolução da Bomba Accuro. A
medição é feita através de um chip específico e um analisador eletrônico para quantificar
a medição e fornecer a indicação digitalmente. Normalmente, cada chip permite a
realização de várias medições sem ter que trocá-lo a cada amostra feita.
As vantagens desses equipamentos são:
• As mesmas da Bomba Accuro;
• Maior precisão e menor margem de erro do que a Bomba Accuro;
• Maior rapidez de leitura;
• Possibilidade de armazenamento de dados (memória interna).
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TIPOS DE VENTILAÇÃO
Existem dois tipos de ventilação conhecidas: a ventilação natural e a
Ventilação Mecânica. A ventilação natural utiliza o movimento natural das correntes de
ar para o interior dos espaços confinados, sem o auxílio de equipamentos.
A ventilação natural não apresenta resultado satisfatório devido às seguintes
características:
● intensa variação da vazão do ar;
● dificuldade de controle no direcionamento do ar;
● irregularidade do efeito dos ventos;
● deficiente circulação de ar pelo reduzido número e tamanho das aberturas
presentes na maioria dos espaços confinados;
● inadequada diferença de altura entre as entradas e saídas do ar do espaço
confinado.2
A ventilação mecânica utiliza-se de equipamentos mecânicos para introduzir e/ou
retirar o ar dos espaços confinados. Desta forma temos a Ventilação Geral Diluidora
(VGD) que consiste no processo de renovação do ar de um espaço confinado por meio
da insuflação e/ou exaustão de ar, cuja finalidade é de promover a renovação de ar,
redução da concentração de contaminantes e conforto térmico quando é introduzido ar
ao espaço confinado. E a Ventilação Local Exaustora (VLE) que tem a finalidade de
2
NBR 16577 item B1.
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acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0 e a Portaria INMETRO nº 179/2010 bem como
serem protegidos contra descargas eletrostáticas, incluindo aterramento dos
equipamentos, conforme as subseções 12.14 e 12.15 da NR 12 – Segurança no Trabalho
em Máquinas e Equipamentos. 6
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Uma das regras básicas mais cobradas para ventilação em espaços confinados é a
proibição do uso de oxigênio puro3 para uma ventilação geral (insuflamento) do espaço
confinado, devido à possibilidade de provocar distúrbios respiratórios nos trabalhadores
e pela possibilidade de se desenvolver uma atmosfera explosiva. Os fatores listados a
seguir devem ser considerados ao ventilar um espaço confinado.
3
Norma Regulamentadora 18 item 18.20
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TIPO DO LOCAL
A configuração interna de um local confinado terá influência na eficiência do tipo
de ventilação selecionado. Impedimentos, obstáculos (equipamentos, cavernas,
estreitamentos, etc.) poderão causar a redução na circulação do ar e possivelmente
algumas áreas não serão alcançadas. Com isso é necessário melhorar a configuração da
ventilação.
TIPO DA ATMOSFERA
Os gases ou vapores identificados na atmosfera determinarão qual o modelo de
equipamento a ser utilizado e o tipo de ventilação a ser aplicada, seja ventilação ou
exaustão. Se estiverem presentes mais de uma substância, é importante salientar que
elas possuem densidades diferentes com tendências variadas de se acumularem no teto,
no piso ou no meio.
Chamamos atenção mais uma vez ao comportamento dos gases e vapores. A sua
forma ou sua densidade poderão também sofrer alterações em razão da temperatura e
da pressão existente no local.
DURAÇÃO DA VENTILAÇÃO:
VETILAÇÃO PRÉ-ENTRADA
É calculada ao dividir o volume do espaço confinado pela vazão do equipamento
indicada pelo fabricante. Um padrão comum de ventilação industrial ao trabalhar em
atmosferas inflamáveis ou tóxicas é fazer no mínimo seis trocas de ar completas
podendo chegar até dez trocas antes da entrada. Contudo não é um padrão absoluto. Ao
término da ventilação se faz necessário medir novamente a atmosfera com o detector e
desta forma garantir ar adequado à respiração aos trabalhadores. Desta forma vamos
precisar do volume do espaço confinado e da vazão do equipamento, por exemplo:
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Pela fórmula t=V/Q o tempo (t) para uma troca, nessas condições, é de 5 horas,
considerando que teremos no mínimo 6 trocas, sendo assim, o tempo total será de 30
horas. Para o cálculo do tempo só levamos em consideração a vazão da ventilação e não
da exaustão.
Qec = n x V
Qec = Vazão (m³/h) de troca do espaço confinado (não é a vazão do
equipamento)
n = Numero de renovações por hora recomendado (ren/h)
V = Volume (m3)
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INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
Na instalação dos equipamentos (dutos), os meios de acesso devem ficar liberados
para o ingresso e a saída dos trabalhadores envolvidos. Portanto, a ventilação do espaço
confinado deve ser feita utilizando-se de outros acessos existentes. Se a ventilação
desejada não for obtida de forma satisfatória sem bloquear os acessos disponíveis para a
entrada da equipe de trabalho, os trabalhadores autorizados deverão estar protegidos
por equipamentos de proteção respiratória por linha de ar com cilindro de escape.
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EQUIPAMENTOS DE RESGATE
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NBR 16577 item 6.5
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SISTEMA DE COMUNICAÇÕES
5
NBR 16577 item 11.2
6
NBR 16577 item 6.4
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pode ser unida a uma linha de ar para criar um único cabo, baixa manutenção e baixo
preço.
Se durante a entrada ocorrer uma interrupção nas comunicações e não havendo
outra forma de comunicação ou contato visual, os trabalhadores deverão abandonar o
interior do espaço confinado imediatamente. O uso dos equipamentos de comunicação
poderá ser dispensado somente nos casos em que seja garantido o contato visual
constante entre o vigia e os trabalhadores no interior do espaço confinado.
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
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NBR 16577 item 6.9
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CINTOS DE SEGURANÇA
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TRIPÉS
Tripés são livremente posicionados e possuem pernas encaixadas que podem ser
ajustadas para oferecer uma variação de alturas. São muito efetivos em decidas e
subidas, mas fica instável se a força lateral for muito acentuada. Isso acontece quando
os cabos são puxados para o lado, ou quando o responsável pela movimentação retira o
trabalhador para fora e tenta puxá-lo para um lado da abertura. Por isso devemos
redobrar nossa atenção para que o equipamento não tombe. A seguir, alguns cuidados
que devemos adotar ao selecionar o tripé para trabalho:
• Sempre siga as instruções do fabricante para inspeção, montagem e uso do tripé.
Você será responsável por seguir estas instruções durante as operações.
• Nunca coloque mais de uma pessoa por vez no tripé, a menos que você esteja
seguro de que o equipamento é aprovado para carga de duas pessoas.
• Sempre que for descer ou subir uma pessoa, utilize outro sistema de segurança
adicional (backup) além do sistema principal.
• Desenvolver técnicas de manuseio do equipamento e de posicionamento dos
indivíduos que estão sendo movimentados.
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MONOPÉ
GUINCHOS E TRAVA-QUEDAS
Tripés e monopés são geralmente equipados com manivelas que contêm um cabo
de aço galvanizado de, aproximadamente, ¼ polegada de diâmetro, embora diâmetros
maiores e cabos de aço inoxidáveis também sejam utilizados. São usados para subir ou
descer pessoas onde escadas ou outros meios de acesso não estão disponíveis. Os
dispositivos de trava-quedas funcionam como sistema de proteção contra quedas em
caso de falhas no cabo principal ou possuem manivelas incorporadas tornando-se
resgatadores.
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8
Item 33.3.3 “a” da NR 33.
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CAPACITAÇÃO
A capacitação, a norma estabelece treinamento inicial, carga horária,
periodicidade e conteúdo programático conforme quadro abaixo:
9
Item 4.2 da NBR 16577.
10
Item 33.3.4.1 da NR 33.
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11
Item 33.3.5.2 da NR 33.
12
NBR 16577 item 3.37.
13
Item 33.5.3 da NR 33
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14
Item 33.3.3.1 da NR33.
15
Guia técnico da NR-33 Pag. 37.
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MODELO DE PET
A NR 33 propõe um modelo de PET. Às empresas é permitido adaptar conforme
suas peculiaridades e a dos seus espaços confinados.
Abaixo modelo proposto pela NR:
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EQUIPE DE TRABALHO
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Cabe ao empregador indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento
da NR 33.17
SUPERVISOR DE ENTRADA
Pessoa capacitada para autorizar a entrada em espaço confinado para a realização
de trabalho seguro, responsável por preencher e assinar a PET18
O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções:
a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;
b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na
Permissão de Entrada e Trabalho;
c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e
que os meios para acioná-los estejam operantes;
d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e
e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços.
O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia.19
16
Item 33.3.4.3 e 33.3.4.3 da NR 33
17
NR 33 ítem 33.2.1
18
NBR 16577/2017 item 10
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VIGIA
O vigia deve conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam ser
enfrentados durante a entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais
ou sintomas e consequências da exposição aos agentes;
O vigia deve estar ciente dos riscos de exposição dos trabalhadores
autorizados;
O vigia deve manter continuamente uma contagem precisa do número de
trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que os meios
usados para identificá-los sejam precisos;
O vigia deve permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada e de
forma contínua, durante as atividades até que seja substituído por outro
vigia;
O vigia deve acionar a equipe de salvamento, quando necessário;
O vigia deve operar os movimentadores de pessoas em situações normais
ou de emergência.
O vigia deve manter a comunicação com os trabalhadores para monitorar as
suas condições e para alertá-los quanto à necessidade de abandonar o
espaço confinado;
O vigia não pode realizar qualquer outra tarefa que possa comprometer o
monitoramento e a proteção dos trabalhadores;
As atividades de monitoração dentro e fora do espaço determinam se há
segurança para os trabalhadores permanecerem no interior do espaço;
O vigia deve ordenar aos trabalhadores o abandono imediato do espaço
confinado sob quaisquer das seguintes condições:
a) detectar uma condição de perigo;
b) detectar uma situação externa ao espaço que possa causar perigo aos
trabalhadores;
c) se não puder desempenhar efetivamente e de forma segura todos os seus
deveres.
TRABALHADORES AUTORIZADOS
Profissional com capacitação para entrar no espaço confinado que recebe
autorização do empregador, ou seu preposto, ciente dos seus direitos e deveres e com
conhecimento dos riscos e das medidas de controle existentes20
O empregador, ou seu preposto, deve assegurar que todos os trabalhadores
autorizados:
a) conheçam os riscos e as medidas de prevenção que possam encontrar durante
a entrada, incluindo informações sobre o modo, sinais ou sintomas e consequências da
exposição;
b) usem adequadamente os equipamentos EPI e EPR;
19
NR 33 item 33.3.4.6/ NBR 16577/2017 item 10
20
NBR 16577/2017 item 10
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c) saibam operar os recursos de comunicação para permitir que o vigia monitore
as suas atuações e os alerte da necessidade de abandonar o espaço confinado.
O trabalhador deve alertar o vigia sempre que:
a) reconhecer algum sinal de perigo ou sintoma de exposição a uma situação
perigosa não prevista;
b) detectar uma condição proibida.
A saída de um espaço confinado deve ser processada imediatamente nas
seguintes condições:
a) se o vigia ou o supervisor de entrada ordenar abandono;
b) se o trabalhador reconhecer algum sinal de perigo, risco ou sintoma de
exposição a uma situação perigosa;
c) se o alarme de abandono for ativado.
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Programa geral elaborado pelo empregador por meio do responsável técnico (RT),
que contempla o reconhecimento, a avaliação e o controle de todos os riscos e plano de
emergência nas atividades realizadas em espaços confinados.21
21
NBR 16577/2017 item 3.38
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setores que deverão ser informados a fim de que as mais diversas atividades não
venham a contribuir com riscos adicionais na atividade.
ISOLAMENTO E SINALIZAÇÃO
Separação física da área destinada às atividades de vigilância e entrada no
espaço confinado das outras áreas com a finalidade de manter afastados trabalhadores
não envolvidos na atividade.22
TRAVAMENTO E BLOQUEIO
O travamento é uma técnica aplicada para impedir uma descarga de energia
perigosa nos trabalhadores ou uma abertura de válvulas. Garante a manutenção dos
equipamentos impedindo o acesso ao local intencionalmente interditado, mesmo que
exista um descuido ou insistência no manuseio daquilo que foi isolado.
ETIQUETAGEM
É a colocação de etiquetas personalizadas fixadas junto
às travas dos equipamentos ou locais que tiveram seus
dispositivos de alimentação colocados na posição desejada
para a realização daquele trabalho específico em um espaço
confinado.
22
Item 3.31 da NBR 16577.
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PURGA/DRENAGEM
É o processo de dispersar os gases e vapores
perigosos de um espaço confinado através da
injeção de vapores ou gases inertes. Um dos
métodos utiliza-se da pressurização de gases que
os leva à condensação, esse condensado é retirado
através de uma válvula específica para tal fim.
Quando a purga está sendo realizada para
reduzir os riscos associados à substância perigosa
existente no local, ela também poderá produzir
novos riscos, como por exemplo, a deficiência de oxigênio. Por essa razão, deve ser
seguida de uma ventilação.
VAPOR
Em alguns casos pode ser utilizado para purgar um espaço que contenha materiais
como solventes hidrocarbonetos de baixo ponto de fulgor, óleos de motores ou outros
produtos derivados do petróleo. Também ajuda soltar as crostas e os materiais viscosos
grudados nas paredes ou nas fendas do espaço. Contudo, muito cuidado deve ser
tomado no uso do vapor aquecido, pois ele irá se condensar tão rapidamente o quanto é
introduzido, não expulsando, assim, o contaminante do local. Isso poderá provocar um
aumento da temperatura e todo o cuidado será necessário para não deformar ou rachar
as anteparas ou provocar uma explosão.
Durante a purga as escotilhas localizadas no topo do espaço devem ficar abertas
para permitir que o ar quente escape enquanto o vapor é introduzido desde o fundo do
espaço, não deixando de considerar também o local para onde o vapor e os
contaminantes serão lançados.
Quando a purga for efetuada com vapor d'água, o sentido do fluxo deve ser do
ponto mais baixo do espaço confinado para o ponto mais alto. Após o término da injeção
e bloqueio, deve ser assegurada a injeção de ar atmosférico para se evitar a diferença de
pressões provocada pela condensação do vapor.
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INERTIZAÇÃO
A inertização é eficaz para controle de
atmosferas cujo a presença de gases inflamáveis
é contínua. É feita através da introdução de
algum gás inerte como, por exemplo, o dióxido de
carbono ou nitrogênio que irá expulsar do
ambiente o oxigênio, não permitindo assim
ocorrência de explosão.
Após a inertização, é importante que
sejam estabelecidas medidas que assegurem o isolamento do ambiente contra a
reintrodução de oxigênio.
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DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO
USO DE FERRAMENTAS
JATEAMENTO
SERVIÇOS DE PINTURA
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DESCARTE DE RESÍDUOS
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PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
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A COMPOSIÇÃO ATMOSFÉRICA
Valores à parte, para nós o elemento mais importante dessa mistura é o oxigênio
na exata proporção indicada. Todavia, nos ambientes industriais nem sempre
conseguiremos assegurar a presença de uma atmosfera respirável de qualidade. Por
isso, uma das formas de proteger os trabalhadores contra distúrbios provocados em
nossa respiração por intoxicações ou asfixias é a utilização de equipamentos de proteção
respiratória reunidos em um programa específico. Porém, antes de nos aprofundarmos
no assunto sobre esse programa, vamos, uma vez mais, considerar alguns comentários
sobre a importância da respiração para a vida humana.
O ar respirável deve se caracterizar por:
• Conter no mínimo 19,5% e no máximo 23% em volume de oxigênio;
• Estar livre de produtos prejudiciais à saúde, que através da respiração
possam provocar distúrbios ao organismo ou seu envenenamento;
• Ter pressão e temperatura normal, que sob hipótese alguma, venha
provocar queimaduras ou congelamentos;
• Não conter qualquer substância que o torne desagradável, como, por
exemplo, odores.
A importância do oxigênio pode ser avaliada pela seguinte afirmação:
"O homem pode sobreviver, guardadas as devidas proporções, 30 dias sem se
alimentar, 3 dias sem beber e apenas 3 minutos sem Oxigênio."
O SISTEMA RESPIRATÓRIO
Quando falamos em respiração, estamos nos referindo às trocas gasosas que
absorvem o oxigênio do ar e devolvem com o gás carbônico. O oxigênio se toma
essencial, pois a energia de que nós precisamos é obtida pela queima de certos
nutrientes como a glicose com ajuda desse gás, ocorrida a nível celular. Mas antes de
nos aprofundarmos, cabe aqui uma diferenciação importante entre respiração pulmonar
e a respiração celular. Respiração pulmonar é aquela que se consiste em uma troca de
gases entre o pulmão e o ambiente.
Respiração celular é aquela que consiste na queima da glicose, com liberação de
energia que ocorre em nossas células. Ela é representada pela seguinte reação química:
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NARIZ
A entrada do ar começa pelo nariz que, de início, já participa na filtragem do ar
contra pequenas impurezas existente. Ainda no nariz existe o septo nasal, uma
cavidade dividida em duas. A sensibilidade a odores também é uma das funções do
nariz que através do nervo olfativo leva ao cérebro informações que captamos sobre os
odores do ambiente.
FARINGE E LARINGE
Dela partem dois tubos separados: o esôfago, pelo qual passa os alimentos, e a
traqueia, que leva o ar aos pulmões.
Ligando a faringe à traqueia há um tubo curto, semelhante a uma pequena caixa,
chamado de laringe. O orifício superior da laringe é a glote. Quando engolimos, a
epiglote fecha a laringe, impedindo que o alimento penetre na traqueia e forçando-o a
descer pelo esôfago.
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TRAQUEIA
A traqueia é um tubo que leva o ar aos pulmões e apresenta anéis de cartilagem
que a mantém constantemente aberta, impedindo que as paredes se toquem. A face
interna da traqueia está permanente mente umedecida com muco, um líquido espesso
que tem função protetora. As pequenas partículas que existem no ar e que não foram
filtradas no nariz aderem a ao muco, sendo depois removidas pelo movimento dos
minúsculos cílios existentes na parede da traqueia. Dessa forma, o ar acaba sendo
filtrado uma vez mais.
PULMÕES
São órgãos muitos leves e esponjosos devido à grande quantidade de sangue. A
quantidade de sangue se deve a grande quantidade de vasos sanguíneos. Esses vasos
que chegam aos pulmões trazem sangue pobre em oxigênio e rico em gás carbônico.
Os vasos que saem levam sangue rico em oxigênio e pobre em gás carbônico. Sua
leveza provém do fato de serem cheios de ar, que fica contido nos alvéolos. Para se ter
uma ideia, calcula-se que cada pulmão exista a quantidade de cerca de 700 milhões de
alvéolos. A superfície total dos alvéolos humanos é avaliada em, aproximadamente, 100
m². Essa área é quase 70 vezes maior que a superfície de toda a nossa pele. Isso torna
muito eficiente a troca gasosa a nível pulmonar. Os pulmões estão envolvidos por
membranas duplas muito finas chamadas pleuras. Entra as pleuras há uma pequena
quantidade de líquido lubrificante.
HEMOGLOBINA
Nas hemácias (células do sangue que transportam o oxigênio) existe uma
substância chamada hemoglobina. Essa substância possui grande afinidade do o
oxigênio, por isso se combinam quimicamente com facilidade. Essa reação química
ocorre nos alvéolos pulmonares. As hemácias que saem dos pulmões estão, portanto,
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BULBO
Próximo ao nosso cérebro, existe uma região do sistema nervoso chamada bulbo,
que comanda o diafragma e os músculos intercostais. Do bulbo partem nervos, que vão
do diafragma aos músculos intercostais. São esses nervos que comandam o movimento
da respiração. Essa região é muito sensível à concentração de gás carbônico existente no
sangue. À medida que essa concentração aumenta, o bulbo “solicita” o oxigênio
existente no ar.
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PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
23
Vide Publicação Programa de Proteção Respiratória – Fundacentro (4ª edição), pág. 21 a 23
24
Vide Publicação Programa de Proteção Respiratória – Fundacentro (4ª edição), pág. 20
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Treinamento de Supervisores para Entrada em Espaço Confinado – 40h
modificação no respirador feita pelo usuário, mesmo que pequena, pode afetar de modo
significativo o desempenho do respirador e invalida a sua aprovação.
Fatores como concentração de oxigênio, contaminante presente no espaço
confinado, limite de tolerância, adaptabilidade do uso por parte do trabalhador devem
ser fatores decisivos na escolha do equipamento para proteção respiratória, garantindo
assim limites seguros para a exposição do trabalhador.25
25
Vide Publicação Programa de Proteção Respiratória – Fundacentro (4ª edição), pág.31 a 43
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MÁSCARA PURIFICADORA DE AR
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RESPIRADOR DE FUGA
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ÁREA CLASSIFICADA
A NR-33 é objetiva ao simplesmente definir como uma "área potencialmente
explosiva ou com risco de explosão". A NBR 16.577 completa definindo como "atmosfera
explosiva, ou probabilidade de ocorrência desta, ocasionada pela presença de mistura de
ar com materiais inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, exigindo
precauções especiais para construção, instalação, manutenção, inspeção e utilização de
equipamentos, instrumentos e acessórios empregados em instalações elétricas".
terrestres. Por isso, mesmo em condições normais de operações nos preocupamos com
a possibilidade de produção de gases ou vapores inflamáveis que, em contato com uma
fonte de ignição, principalmente sistemas elétricos, poderão provocar uma explosão
catastrófica. Portanto, a classificação de áreas é um método de análise e classificação
desses ambientes industriais onde possa haver a presença de uma atmosfera explosiva,
de modo a facilitar a seleção e instalação de equipamentos elétricos, eletrônicos e até
mesmo mecânicos que devem receber um tratamento especial para aumentar a
segurança para seus usuários e para a própria planta industrial quando estiverem em
uso.
FONTES DE RISCO
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METODOLOGIA - ZONAS
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Habitualmente, uma fonte de risco contínuo leva a uma zona 0 / zona 20, uma
fonte de risco primário leva a uma zona 1 / zona 21 e uma fonte de risco secundário leva
a uma zona 2 / zona 22. Nas zonas criadas por fontes adjacentes que possuem
interseção e são de diferentes classificações, a maior classificação de risco prevalece na
área comum. Se as zonas forem de mesma classificação, deve ser adotada a
classificação normalmente.
A extensão das zonas dependerá da distância estimada ou calculada na qual uma
atmosfera explosiva até o ponto que é atingido o Limite Inferior de Inflamabilidade – LII
(LIE Limite Inferior de Explosividade substituídos pela edição 2.0 2017).
A Taxa de Liberação da substância inflamável também é outra informação
importantíssima. Essa taxa mede a quantidade de gás, vapor inflamável ou poeira
combustível emitida por quantidade de tempo pela fonte de risco em análise. Quanto
maior a taxa de liberação, maior é a extensão da área classificada. Não podemos deixar
de avaliar o ponto de fulgor dos gases, quanto menor maior a extensão da área
classificada.
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CLASSIFICAÇÃO DE TEMPERATURAS
CÓDIGOS IP
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numérica de acordo com a IEC 605529, precedida pelo símbolo IP, aplicada ao invólucro
do equipamento para proporcionar:
• Proteção dos usuários contra o contato ou aproximação a partes vivas ou
contato com partes móveis dentro do equipamento;
• Proteção do equipamento elétrico contra o ingresso de objetos sólidos
estranhos;
• Onde indicado pela classificação, proteção do equipamento elétrico contra a
penetração prejudicial de água.
EQUIPAMENTOS IMERSOS - EX o / EX q/ EX m
Equipamentos que possuem seus dispositivos internos imersos total ou
parcialmente em um meio isolante de se produzir centelha ou alta temperatura. A
atmosfera explosiva existente acima da superfície do meio isolante não é inflamada pelo
funcionamento do equipamento. Esse meio isolante pode ser: óleo, areia ou resina.
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Uma seleção eficiente dos equipamentos inicia-se com uma correta classificação
de áreas da planta industrial sujeita aos riscos de explosão. Com base nessa
classificação, deveremos nos orientar pelo seguinte:
P á g i n a | 103
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P á g i n a | 104
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OPERAÇÕES DE SALVAMENTO
No Brasil não contamos com uma norma específica que estabeleça os requisitos
necessários para a preparação administração, qualificação e instrução de um Serviço de
Emergência & Resgate Técnico. A tendência natural dos segmentos da segurança
industrial é de seguir os padrões e protocolos de resgate das autoridades competentes
(Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Salvaero etc.) ou de outras entidades reconhecidas
como a já comentada NFPA.
P á g i n a | 105
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De acordo com a NIOSH a maior causa de fatalidades nos espaços confinados são
os riscos atmosféricos, geralmente na forma de uma atmosfera deficiente de oxigênio
(ou inerte), uma atmosfera tóxica ou uma atmosfera explosiva. Abaixo demonstramos o
percentual das ocorrências fatais em espaços confinados segundo aquela organização:
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O RESGATISTA
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ANÁLISE INICIAL
PLANEJAMENTO
mútua com as demais organizações que assegurem o seu acionamento diante de uma
emergência, como por exemplo, hospitais especializados, transporte de vítimas, resgate
aéreo etc.
COMANDO DA EMERGÊNCIA
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P á g i n a | 111
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PREPARAÇÃO
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ANÁLISE INICIAL
Durante a fase inicial de preparação a equipe de resgate precisa levar em
consideração um planejamento prévio para enfrentar riscos específicos que possam
interferir em suas operações de resgate. Esse levantamento básico poderá providenciar
uma visão geral para os problemas e dificuldades que os resgatistas encontrarão nas
rotinas de resgates em espaços confinados.
• Se for necessário, consulte o plano de emergência e os controles de
descarga de energia;
• Consulte os responsáveis que trabalham nos locais para informações
adicionais;
• Requisite cópia das permissões de entrada;
• Identifique qualquer tipo de risco especial ou processos que são necessários
conhecê-los antes de qualquer resposta a emergências;
• Identifique qualquer dificuldade local específica tal como: localização,
acesso, suprimento de ar ou variações extremas nas avaliações.
Planejamento prévio é essencial para qualquer equipe de resgate séria e
preparada para enfrentar toda a sorte de imprevistos nos serviços de resgate em
espaços confinados. Não só permite ao comando da emergência e aos resgatistas
planejarem a tática mais eficaz para o resgate como também aumenta a segurança da
operação como um todo.
AVALIAÇÃO
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AVALIAÇÃO DO CENÁRIO
Uma vez presente no cenário, a equipe de resgate deverá levantar e examinar as
seguintes informações para o desenvolvimento de um plano de ação:
• Qual é o problema principal?
• Quantas pessoas estão em risco? Quantas estão feridas?
• Quantas pessoas estão perdidas? Aonde eles foram avistados por último?
• Qual o tipo de espaço confinado e sua utilização?
• Existem riscos na armazenagem dos produtos?
• Existem materiais viscosos ou aquecidos?
• Quais são os possíveis resíduos?
• Existe algum potencial de engolfamento?
• Demais perigos existentes no espaço confinado.
• Elétrico, mecânico ou energia acumulada?
• Quais são os pontos de entrada e de saída?
• Existem múltiplos pontos de entrada?
• Existem pontos de entrada acima ou abaixo do nível do chão?
• Existe alguma outra dificuldade de acesso?
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uma revisão posterior para avaliar o seu programa de resgate e para a investigação do
acidente ocorrido.
PRÉ-ENTRADA
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Observador
• Estabelecer um sistema de rastreamento dos resgatistas;
• Monitoração da atmosfera.
Segurança
• Estabelecer uma ventilação adequada do espaço.
• O tipo de sistema de ventilação será determinado pelos riscos encontrados
durante a avaliação.
Equipe de Resgate
• Os resgatistas devem usar o EPI necessário para os riscos presentes ou
potenciais.
• A equipe de resgate inicial deve ter uma unidade adicional de ar mandado
para colocação na vítima
Equipe de Reserva
• Os resgatistas de apoio devem estar equipados com o mesmo EPI dos
demais.
Equipe de Movimentadores
• Identifica e prepara o sistema de remoção das vítimas.
• Nesta equipe poderíamos incluir o seguinte:
✓ Tripés;
✓ Sistemas de guincho e trava-quedas
✓ Sistema de cordas e polias;
✓ Equipamentos de imobilização e transporte da vítima;
Sistema a ser utilizado para remoção da vítima;
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Equipe de Apoio
• Transporte, assim que a vítima estiver sido removida do espaço.
• De acordo com a toxidez dos contaminantes presente deverá ser
providenciado a descontaminação da equipe, das vítimas e dos
equipamentos assim que saírem do espaço.
• Estabelecer o suprimento de ar para os equipamentos de proteção
respiratória selecionados e preparar para torná-los operacionais.
INSTRUÇÕES DE PRÉ-ENTRADA
Antes de entrar, cada resgatista deverá receber as últimas instruções do chefe da
equipe. As informações mínimas abaixo relacionadas serão abrangidas nessas
instruções:
• A equipe deverá ser informada exatamente sobre quais serão suas tarefas
durante a operação.
• Deve ser direto ao ponto: "Sua função nesta entrada é localizar a vítima,
reportar qualquer condição de aprisionamento e prover cuidados iniciais de
salvamento. Não remova a vítima a menos que seja rápido e fácil."
• A equipe envolvida na operação deve ser informada dos procedimentos de
emergência dentro do espaço, no caso de ocorrência de algum problema
com a equipe de resgate.
• Cada equipe deve providenciar um local de instruções.
• Pode ser executado através da consulta de plantas e mapas disponibilizados
durante a fase de avaliação ou através da criação do seu próprio mapa do
espaço.
• Todavia, antes de tudo, lembre-se de que, em alguns casos, você estará
entrando em um labirinto no qual não é familiar a você.
• Durante a entrada, a equipe deve estar ciente do ambiente ao seu redor e
estar preparada para relatar em detalhes quando saírem do espaço.
• Cada equipe deve estar avisada de qualquer limite de tempo imposto a eles.
Uma vez que estas informações são de conhecimento de todos, a equipe de
entrada poderá começar seus procedimentos de entrada.
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ENTRADA E RESGATE
Observador
• Avaliar as medições para assegurar se a ventilação está sendo efetiva.
• Registro do momento de entrada da equipe de resgate.
• Manter a comunicação constante com a equipe e o chefe da equipe de
resgate.
Equipe de Resgate
• Trabalhar em equipe e se comunicar constantemente com relação às ações,
táticas e procedimentos pré-definidos.
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Equipe de Reserva
• Mantém-se fora do espaço, e preparados para uma entrada imediata caso a
primeira equipe de resgate também precise ser resgatada
Equipe de Movimentadores
• Auxiliar o máximo possível a equipe de resgate no espaço.
• Estar pronto para uma remoção de emergência da equipe de resgate.
• Providenciar todos os equipamentos requeridos pela equipe de resgate.
• Quando solicitado, operar os sistemas de recuperação para retirar a vítima
e a equipe
Equipe de Apoio
• Monitorar o sistema de ventilação para assegurar que é uma operação
contínua.
• Auxiliar no recebimento das vítimas e seu transporte.
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TÉRMINO DA OPERAÇÃO
Uma vez que a vítima e a equipe de resgate já tenham saído do espaço, registre o
tempo de saída da equipe e demais observações de toda equipe em um relatório.
EQUIPAMENTOS DE RESGATE
CAPACETE E ILUMINAÇÃO
O ideal são os capacetes para trabalhos em altura
especialmente desenhados para também atenderem situações
de resgate em espaços confinados. A iluminação é indispensável
já que sabemos que a maioria dos espaços confinados em áreas
industriais possui grandes dimensões e iluminação deficiente ou
inexistente. As lanternas devem ser apropriadas para uso em áreas potencialmente
explosivas.
CINTO DE SEGURANÇA
Nas operações de resgate o técnico em resgate deverá estar
usando um cinto de segurança completo tipo paraquedista conectado a
um cabo ou corda seguramente ancorada fora do espaço confinado.
O cinto deve ser de um tipo certificado (CA) pela autoridade
competente. Devem ser inspecionados antes e depois de cada uso, e
higienizados após o trabalho. Segundo a NFPA 1670 o cinto deverá ser
um do tipo Classe III ou Classe II, denominações essas criadas pela
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norma NFPA 1983. Deve ser resistente o suficiente para aguentar o peso de duas
pessoas.
O cinto deve ser equipado com fitas, fivelas argolas e malhas rápidas, e construído
com material resistente ao tipo de risco ao qual ele foi projetado (fogo, eletricidade,
etc.). Cintos para resgate Classe III são aqueles fabricados com material antichamas
(Kevlar ou Aramida) são equipados com argolas hemisféricas na altura do ventre e do
peito usadas para movimentar ou posicionar o resgatista ou, ainda, para a equipagem de
outros equipamentos. Possuem também uma argola fundida as correias e posicionada
no dorso.
SISTEMAS DE POLIAS
Alternativamente, durante um resgate
poderão ser montados sistemas de cordas e polias
para a movimentação de trabalhadores. A NFPA
1006 define um sistema de vantagem mecânica
como sendo uma força criada através de meios
mecânicos incluindo, mas não se limitando a um
sistema de alavancas, engrenagens, cordas e polias,
geralmente criando uma produção de força maior do
que a energia aplicada, expresso em termos de uma
relação entra a energia aplicada e a força produzida.
São utilizados o 3:1 (3 roldanas para 1 corda) e o
4:1 (4 roldanas para 1 corda). Isso significa que
cada sistema tem seu alcance relativo a quantidade de polias instaladas e o tamanho da
corda.
Atenção ao utilizar o sistema de vantagem mecânica, pois você não só estará
reduzindo o esforço, como também estará dividindo o tamanho da sua corda pelo
número de polias.
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INSPEÇÃO
Antes de reutilizar cordas, elas deverão ser avaliadas para as seguintes
condições:
• Danos não visíveis;
• Não foi exposta a calor ou ao contato direto de chamas;
• Não foi sujeita a abrasão;
• Não foi sujeita a nenhum impacto;
• Não foi sujeita a exposição de líquidos, gases, sólidos, poeiras,
vapores de quaisquer substâncias químicas que possam deteriorar o
material;
• Aprovada por pessoal qualificado seguindo as orientações do
fabricante.
CRITÉRIOS DE INSPEÇÃO
• Abrasão
✓ A alma começa a ficar exposta ou mais da metade da capa começa a
ficar desgastada;
• Puimento
✓ Indica um pedaço partido da capa;
• Endurecimento
✓ Causado por exposição ao calor;
• Descoloração
✓ Mudança na cor original indica exposição a alguma substância
química;
• Exposição da alma
✓ Indica possíveis danos na alma ou danos severos na capa;
• Perda de uniformidade
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CUIDADOS E MANUTENÇÃO
• Lavagem
✓ Use sabão neutro, lave com as mãos e seque à sombra;
• Acondicionamento
✓ Ensacada. Deve ser guardada de uma maneira que evite o seu
desgaste pelo ambiente (contaminantes, calor, ácidos, luz solar,
fumos, etc.).
• Diário da corda
✓ Histórico de uso da corda para o seu controle.
MOSQUETÕES
Construídos de aço, alumínio ou composite. Para operações de resgate os
mosquetões devem ser de aço. Os mosquetões para sistemas de segurança devem ter
uma carga de ruptura de no mínimo 27 KN. Os mosquetões para sistemas de trabalho
devem ter uma carga de ruptura de no mínimo 40 KN.
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DESCENSORES
São dispositivos de controle de descida. Para sistemas de segurança devem
suportar um teste de carga de no mínimo 13,5 KN sem falhar. Para sistemas de trabalho
deve suportar um teste de carga de no mínimo 22 KN.
O Freio 8 é um dos descensores mais comuns.
Contudo, o seu uso é limitado para cargas de apenas uma pessoa ou para
descidas curtas. Um descensor mais seguro é o grigri por ser auto-blocante.
ASCENSORES
São dispositivos desenvolvidos para servirem de assessórios para os sistemas de
cordas de ascensão ou de bloqueio. Como equipamento auxiliar de ascensão deve
suportar um teste de carga de no mínimo 5KN. Se for utilizado como bloqueador, deve
suportar um teste de carga de, no mínimo, 11 KN.
POLIAS
Dispositivos utilizados nos sistemas de vantagem mecânica (redução de esforço).
Para sistemas de segurança deve possuir uma carga de tensão de, no mínimo, 22 KN
sem falhas.
Para sistemas de trabalho deve possuir uma carga de tensão de, no mínimo, 36
KN, sem falhas.
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DESTORCEDORES
Dispositivos utilizados nos sistemas ancorados, para que os mesmos não fiquem
embolados e atrapalhem o seu manuseio.
PLACAS DE ANCORAGEM
Dispositivos desenvolvidos para multiplicar os pontos de ancoragens para os
sistemas quando os equipamentos apropriados ou o local do incidente apresenta
limitações de pontos seguros para ancoragem.
MACAS /IMOBILIZADORES
São os equipamentos para transporte de vítimas imobilizadas.
MACA SKED (MACA ENVELOPE)
Feita de resina e muito útil em espaços confinados com acessos limitados para
entrada e saída. Também chamada de maca envelope, devido a sua tendência de
"envelopar" a vítima.
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MACA RÍGIDA
Construída de aço de liga leve e com fundo de polietileno, oferece limitações
para o seu uso em locais com acessos limitados para entrada e saída.
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RESSUSCITADORES DESFIBRILADOR
Dispositivo eletrônico de ressuscitação.
BOLSA VENTILATÓRIA
Dispositivo manual de ressuscitação para uso nas vias aéreas.
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PRIMEIROS SOCORROS
Mesmo que se trate de uma entrada para trabalho é importante que o trabalhador
autorizado e os demais membros da equipe de trabalho estejam capacitados a prestar o
atendimento inicial, ainda que restrito, e caso de acidente.
Entende-se por primeiros socorros a ajuda imediata prestada por uma pessoa a
um acidentado, doente, ou vítima de mal súbito, com a finalidade de mantê-lo com vida,
até a chegada do médico. Seus objetivos principais são:
Manter a vida;
Evitar o agravamento da lesão;
Servir como elo entre o momento do acidente e a chegada de ajuda
profissional.
AVALIAÇÃO DA CENA
• Segurança da cena;
• Mecanismo do trauma;
• Número de vítimas;
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• Biossegurança;
• Triagem;
• Apoio;
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
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As Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE enfatizam, mais uma vez, a
necessidade de uma RCP de alta qualidade, incluindo:
• Frequência de compressão cardíaca: de 100 a 120/minutos;
• Profundidade de compressão externa: de 5 a 6 cm em adultos, e de um
terço do diâmetro anteroposterior do tórax, em bebes e crianças (4 cm em
bebes e 5 cm em crianças).
• Retorno total do tórax após cada compressão.
• Minimização das interrupções nas compressões torácicas.
• Evitar excesso de ventilação.
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COMPRESSÃO
Localize o ponto correto para colocar o “calcanhar” da mão (base da mão) no
centro do tórax da vítima (no meio de esterno – quatro dedos acima do processo xifóide,
ou na junção de duas linhas imaginária, uma na altura dos mamilos e a outra do nariz ao
umbigo) e de joelhos, mantenha o corpo firme (sem fletir os cotovelos com o seu tronco
alinhado sobre a vítima) mantendo os braços completamente esticados.
Agora cruze as mãos entrelaçando os dedos, e comprima o tórax pelo menos 5
(cinco) cm – para adultos.
BOA VENTILAÇÃO
Procure utilizar os equipamentos necessários para tal. São eles; Bolsa Ventilatória
(BMV – bolsa-máscara-ventilatória) e Pocket Mask. Realize 2 (duas) ventilações rápidas
– 1 (um) segundo para cada ventilação – permitindo que o ar entre, seja “inspirado”.
Neste momento você já deve estar posicionado ao lado da vítima na direção da cabeça e
de frente para o outro socorrista. A mascarilha deve ficar bem vedada na face da vítima
evitando a perda de ar.
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HEMORRAGIAS
HEMORRAGIA ARTERIAL
O sangramento acontece em jatos intermitentes, no mesmo ritmo das contrações
cardíacas. Sua coloração é um vermelho vivo. A pressão arterial torna este tipo de
hemorragia mais grave que um sangramento venoso devido à velocidade da perda
sanguínea, bem como a qualidade do sangue perdido, visto que o sangue arterial é rico
em O2.
HEMORRAGIA VENOSA
Sangramento contínuo, de coloração vermelha escura. Esse sangue é pobre em
oxigênio e rico em gás carbônico.
HEMORRAGIA CAPILAR
Sangramento contínuo com fluxo lento como visto em arranhões e cortes
superficiais da pele. Considerando que as artérias estão localizadas mais profundamente
na estrutura do corpo, as hemorragias venosa e capilar são mais comuns do que a do
tipo arterial.
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ELEVAÇÃO DE MEMBROS
Pode ser combinada com a compressão direta em hemorragias nos membros,
desde que, não haja suspeita de fraturas. Os efeitos da gravidade diminuem a pressão
sanguínea na área afetada, reduzindo assim a intensidade do sangramento.
O ferimento deve ficar acima do nível do coração para que os efeitos desejados
sejam alcançados.
TORNIQUETE
A real necessidade do uso deste método deve ser considerada por se tratar de um
procedimento extremo e de último recurso para controlar uma hemorragia grave, pelos
riscos que o cercam. Muitas vezes um curativo compressivo é a melhor opção.
Em uma situação onde ocorra uma amputação traumática, o sangramento pode
ser pequeno, ao contrário do que se espera, pois, a artéria envolvida entra em constrição
pela ação reflexa dos nervos simpáticos.
Tal fato justifica o uso da compressão direta ao invés de um torniquete.
Sendo inevitável o uso deste procedimento, ou seja, após todos os métodos
citados anteriormente falharem, o socorrista deverá estar atento aos cuidados que
envolvem esta técnica, pois, quando mal realizada, poderá induzir a uma eventual perda
do membro afetado, quando não se tratar de amputação total.
FRATURAS
É quando ocorre a quebra de algum osso. Pode ser do tipo fechado (quando a
pele permanece íntegra) ou aberta (quando há lesão na pele, mesmo que seja um
pequeno furo).
Toda lesão que houver muita reclamação de dor e formação de hematoma e
edema , deve ser tratado como uma fratura em potencial.
FRATURA INTERNA
➢ Sintomas
✓ Dor; Inchaço;
✓ Perda de movimento normal;
✓ Em alguns casos apresenta deformidade; e/ou
➢ Objetivo dos Primeiros Socorros
✓ Evitar que a lesão se agrave e aliviar a dor.
➢ Ação
✓ Imobilizar a articulação acima e outra abaixo do membro fraturado;
FRATURA ABERTA
➢ Objetivos Dos Primeiros Socorros
✓ Evitar que a lesão se agrave, infecção e aliviar a dor.
➢ Ação
✓ Imobilizar a fratura;
✓ Dar conforto a vítima;
✓ Se o ferimento for visível, deve ser coberto com curativo
(bandagem); e providenciar transporte para o hospital.
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FATORES PSICOSSOCIAIS
No final da década de 1970, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou um
fórum interdisciplinar em Estocolmo, com o objetivo de discutir a influência dos fatores
psicossociais na saúde, formular medidas e propor políticas de saúde inclusivas baseadas
nesses fatores. Nos idos de 1980, a Organização Internacional do Trabalho e a OMS
publicaram documento em que chamavam a atenção dos efeitos adversos dos fatores
psicossociais relacionados ao trabalho (International Labour Organization26 1986).
Segundo esse documento, ambas as organizações internacionais concordavam
que... “o crescimento e progresso econômico não dependiam apenas da produção, mas
também das condições de vida e trabalho, saúde e bem-estar dos trabalhadores e seus
familiares”. O documento citava que não apenas os riscos físicos, químicos e biológicos
tinham importância na saúde do trabalhador, mas vários fatores psicossociais presentes
no trabalho.
Os fatores psicossociais do trabalho referem-se às interações entre meio
ambiente e condições de trabalho, condições organizacionais, funções e conteúdo do
trabalho, esforços, características individuais e familiares dos trabalhadores Portanto, a
natureza dos fatores psicossociais é complexa, abrangendo questões associadas aos
trabalhadores, meio ambiente geral e do trabalho.
Desde aquela época até os dias atuais, houve significativo avanço no
conhecimento científico sobre a influência das interações entre esses elementos e os
efeitos na saúde. As demandas psicológicas e suas associações com o controle no
trabalho são variáveis de natureza psicossocial e têm sido intensamente investigadas.
Mais recentemente, na década de 1990, uma variável conhecida como “desequilíbrio
esforço-recompensa”, que expressa a percepção dos trabalhadores quanto à relação
entre os esforços empreendidos e os retornos obtidos em seu trabalho, foi também
26
International Labour Organisation. Psychosocial factors at work: recognition and control. Report of the Joint ILO/ WHO
Committee on Occupational Health. Ninth Session, Geneva, 18-24 September, 1984. Geneva; 1986. (Occupational Safety
and Health Series, 56.
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reconhecida como outro fator psicossocial com importante associação na saúde dos
trabalhadores
Não menos importantes na anamnese ocupacional para trabalhos em espaços
confinados, os fatores psicossociais também serão levados em consideração. Ter boa
condição física não é o suficiente. Como ficaria o equilíbrio psicológico dos trabalhadores
que poderão desenvolver algum estresse de fundo emocional desencadeado em locais
enclausurados ou escuros?
FATORES PSICOLÓGICOS
São fatores de fundo comportamental no que se refere aos aspectos emocionais
individuais motivados por algum desequilíbrio psíquico ou de saúde. São aspectos
subjetivos, ou seja, "todos têm um limite!".
Claustrofobia, fadiga são algumas das situações que podem influenciar no
emocional as quais o trabalhador ou resgatista poderá estar exposto durante entradas de
longa duração em espaços confinados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ABNT/NBR 16577/2017.
6. ABNT/NBR-14606:2013.
7. MTE/NR-18.
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