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FELICIDADE E

BEM-ESTAR NA
VIDA PROFISSIONAL

Pablo Rodrigo Bes


Autoconhecimento
e equilíbrio humano
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

>> Definir autoconhecimento e equilíbrio humano.


>> Descrever práticas voltadas ao autoconhecimento e ao equilíbrio físico e
emocional.
>> Identificar aspectos do cotidiano que limitam o autoconhecimento e o
equilíbrio.

Introdução
Vivemos hoje em dia numa corrida desenfreada contra o tempo, buscando satisfazer
necessidades que se confundem com a própria realização e a felicidade. Expostos
aos conflitos que decorrem da configuração de nosso tempo atual — sobretudo
estimulados pela lógica do consumo, da competição, da concorrência, do em-
presariamento de si e do individualismo —, muitas vezes perdemos o controle
de nossos sentimentos e emoções, tendo atitudes que nos distanciam cada vez
mais de uma condição de equilíbrio físico e emocional. Para que o ser humano
possa compreender o próprio conceito de felicidade e o que dá sentido à sua
existência, precisa desenvolver a capacidade de se autoconhecer, reservando
tempo e aplicando técnicas que propiciem a reflexão sobre si, sobre os modos
como reage aos fatores externos, como funciona em relação a suas experiências
passadas e suas projeções futuras. Pela prática desse autoconhecer, aliada à busca
do bem-estar e do equilíbrio de aspectos físicos e emocionais, o ser humano pode
se sentir pleno e, consequentemente, feliz.
Neste capítulo, você vai aprender sobre a importância da busca do autoconhe-
cimento e do equilíbrio físico e emocional para o ser humano, conhecendo práticas
que podem conduzir a isso e reconhecendo os aspectos de nosso cotidiano que
acabam por limitar esse processo.
2 Autoconhecimento e equilíbrio humano

Autoconhecimento e equilíbrio humano:


possíveis definições
Na sociedade contemporânea, as pessoas vivem em constante busca pela
felicidade, que normalmente costuma ser associada com fatores externos
a si próprio, como a aquisição de algum bem material, a conquista de um
emprego, uma nova experiência pessoal, um relacionamento, etc. Esses
eventos influenciados unicamente por aspectos externos podem distorcer o
entendimento e a importância de aspectos internos a nós mesmos, pois ser
feliz está muito relacionado com o quão equilibrado nós somos em relação
aos aspectos físicos que nos constituem e aos aspectos emocionais com os
quais lidamos diariamente. Assim, podemos inferir que, quanto maior o grau de
conhecimento do ser humano sobre si próprio, maior serão as possibilidades
de viver uma vida equilibrada e, consequentemente, feliz.
Ao analisar o conceito de felicidade sob a lógica conhecida como o “mito
da chegada”, Abreu (2016, documento on-line) acrescenta que muitas pessoas
passam a vida à espera do tão almejado “final feliz” que aprenderam que
ocorreria desde a infância. Esse mito está atrelado aos aspectos externos que
citamos, levando as pessoas a esquecerem ou relegarem ao segundo plano
as questões pessoais, subjetivas, sobre as quais teriam maior possibilidade
de controle. “Devemos entender que, para se sentir bem, basta começar a
cuidar de si mesmo e se empenhar na realização daquilo que pontualmente
nos faz bem, pois sobre isso, sim, temos controle” (ABREU, 2016, documento
on-line). Dessa forma, entendemos que o sentir-se bem, que pode levar
a uma felicidade plena, passa obrigatoriamente pelo autoconhecimento,
que, mediante práticas diárias, pode ser capaz de produzir em nossa vida o
equilíbrio físico e emocional que precisamos.
Dentro do entendimento da psicologia positiva, conforme definido por
Seligman e Csikszentmihalyi (2000), a felicidade seria uma das muitas expe-
riências subjetivas positivas, ao lado do bem-estar, otimismo, satisfação,
contentamento e esperança, sem contar com o chamado flow, que seria aquilo
que é possível conquistar da vida, em termos de positividade, ao envolver-
-se de forma total ou plena com as experiências que ela proporciona. Ao
relacionar a psicologia positiva com o conceito de saúde mental, Seligman
(2008, documento on-line), esclarece que:

[...] ao formular a estrutura conceitual da psicologia positiva, pegamos a noção


cientificamente complicada de ‘felicidade’ e a dividimos em vários aspectos mais
quantificáveis: emoção positiva (a vida agradável), envolvimento (a vida engajada)
e propósito (a vida significativa).
Autoconhecimento e equilíbrio humano 3

Assim, o autoconhecimento se associa diretamente com a capacidade de


produzir essas emoções positivas, esse engajamento e sentido de propósito
na vida, os quais, por sua vez, se associam com o modo como pensamos,
sentimos e vivemos nossas vidas de forma única e particular.
O autoconhecimento está associado com a comunicação estabelecida pelos
indivíduos consigo mesmos e com os outros ao seu redor. Algumas práticas
ou técnicas podem facilitar sua percepção, reflexão e consciência sobre si
próprios. O autoconhecer leva ao mapeamento e à percepção de nossas
habilidades e capacidades, bem como daquilo que nos fragiliza, nos afeta e
produz efeitos diversos em nossa personalidade e emoções. Logo, quanto
melhor for nosso autoconhecimento, maior poderá ser nossa autoestima e
nosso autocontrole perante momentos difíceis e conflitos que nos desafiam
diariamente. Para esclarecer melhor o que envolve o autoconhecimento,
listamos algumas de suas características e pontos que costumam tangenciar
seu conceito (ABREU, 2016; SELIGMAN; CSIKSZENTMIHALYI, 2000; BARROS FILHO;
KARNAL, 2017):

„„ comunicação;
„„ experiencial;
„„ reflexão;
„„ processo;
„„ subjetivo;
„„ percepção;
„„ qualidade de vida;
„„ autoestima;
„„ autocontrole;
„„ equilíbrio.

A partir desses elementos, podemos verificar que o autoconhecimento


é processual e experiencial e deve ocorrer de forma contínua, uma vez que
se trata de fator subjetivo, interno e inerente a cada pessoa em particular.
Assim, relaciona-se com a percepção que temos a respeito dos fatos e
fenômenos que nos cercam no dia a dia, sobre os quais produzimos nossas
representações mentais, agindo a partir deles. A percepção sobre nós mes-
mos e sobre o sentido e a utilidade de nossas vidas pode afetar diretamente
nossa autoimagem e nossa autoestima, que também se refinam a partir
do autoconhecimento.
4 Autoconhecimento e equilíbrio humano

A reflexão também é fundamental para o autoconhecimento, pois


permite que analisemos a forma como temos agido perante as situações
cotidianas, principalmente quando envolvem aspectos de nossa perso-
nalidade, como nosso humor e o controle de nossas emoções e percep-
ções acerca dos sentimentos alheios, conforme estabelece o conceito de
inteligência emocional.

O conceito de inteligência emocional foi difundido internacionalmente


pelo psicólogo norte-americano Daniel Goleman (1995) na década de
1990. Envolve a busca pelo conhecimento e controle das emoções individuais,
bem como o desenvolvimento da capacidade de observação e consideração das
emoções daqueles que fazem parte de nossas relações interpessoais.

Ao associarmos o autoconhecimento com a qualidade de vida, nos


cabe conhecer a definição de qualidade de vida da Organização Mundial
de Saúde (OMS) na contemporaneidade, que envolve “[...] a percepção
do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de
valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectati-
vas, padrões e preocupações” (WHO, 1998, documento on-line). Assim, a
qualidade de vida proposta por esse grupo de estudos da OMS aborda-a
pelo seu caráter multidimensional, que abrange aspectos subjetivos,
contextuais e culturais. Sob esse prisma, para que possam ter qualidade
de vida, as pessoas devem possuir um equilíbrio em algumas áreas,
que envolvem os domínios f ísicos, psicológicos, a independência, rela-
ções sociais, o ambiente e os aspectos espirituais, religiosos e crenças
pessoais existentes. Numa dimensão simplificada da qualidade de vida
proposta com o projeto denominado World Health Organization Quality
of Life, conhecido pela sigla WHOQOL-bref, a OMS estabelece que, para
a existência de qualidade de vida, devem ser consideradas ao menos
quatro áreas específicas: domínio f ísico, domínio psicológico, relações
sociais e meio ambiente (THE WHOQOL GROUP, 1998)
No Quadro 1 podemos perceber mais detalhadamente os 24 componen-
tes que fazem parte de cada um dos quatro domínios da qualidade de vida
propostos pela OMS e suas conexões com a busca pelo autoconhecimento e
equilíbrio na vida humana.
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Quadro 1. Os domínios da qualidade de vida segundo a OMS

Domínio físico Domínio psicológico Relações sociais Meio ambiente

„„ Dor e „„ Sentimentos „„ Relações „„ Segurança física


desconforto positivos pessoais e proteção
„„ Energia e „„ Pensar, aprender, „„ Suporte „„ Ambiente no lar
fadiga memória e (Apoio) social „„ Recursos
„„ Sono e concentração „„ Atividade financeiros
repouso „„ Autoestima sexual „„ Cuidados de
„„ Mobilidade „„ Imagem corporal e saúde e sociais:
„„ Atividades aparência disponibilidade
da vida „„ Sentimentos e qualidade
cotidiana negativos „„ Oportunidades
„„ Dependência „„ Espiritualidade/ de adquirir
de religião/crenças novas
medicação pessoais informações e
ou de habilidades
tratamentos „„ Participação em,
„„ Capacidade e oportunidades
de trabalho de recreação/
lazer
„„ Ambiente físico:
(poluição/ruído/
trânsito/clima)
„„ Transporte

Fonte: Adaptado de The WHOQOL-Bref (1998).

Acompanhando o quadro acima, podemos perceber que, para o ser hu-


mano atingir um estado pleno de felicidade e realização em sua vida, é preciso
necessariamente equilibrar esses campos físicos, psicológicos, ambientais/
contextuais e de relacionamento, pois todas categorias possuem aspectos
que favorecem o desenvolvimento de uma vida considerada saudável e repleta
de emoções positivas. Na próxima seção, vamos aprender sobre as práticas
que podem favorecer a busca pelo autoconhecimento e pelo equilíbrio físico
e emocional.

Desenvolvimento de autoconhecimento
e equilíbrio físico e emocional
As tentativas de relacionar o conhecimento com a busca por uma vida plena,
com sentido e virtuosa — como diriam os pensadores da filosofia clássica — e
ainda repleta de qualidade — como sugerido mais recentemente, como vimos
no tópico anterior — acompanham a própria evolução do ser humano na so-
6 Autoconhecimento e equilíbrio humano

ciedade. Nessa trajetória, o ser humano foi produzindo sua subjetividade ao


se apropriar das características contextuais e dos discursos que iam surgindo
em cada época específica. Cabe lembrar que, segundo Platão (1999), Sócrates
já propunha, inspirado nos dizeres no portão do Templo de Delfos, a máxima
“Conhece-te a ti mesmo” como forma de marcar a atitude que o ser humano
deveria ter ao longo de sua vida, isto é, a consciência de que somos inacabados
e devemos estar em plena busca pelo autoconhecimento, para que possamos
então atingir um estado de vida boa, ou mais bem-sucedida e equilibrada.
Conforme destacam Barros Filho e Karnal (2017), cabe ao ser humano
superar a noção de que a felicidade virá ao se obter aquilo que falta, aquilo
que ainda não se possui, com uma ênfase constante em um futuro projetado,
quando então possuirá ou se tornará aquilo que almeja. O remédio para isso
seria a aceitação de si próprio, pelo reconhecimento da potência e da força
internas, pelo desenvolvimento do amor próprio, da autoestima e do amor à
vida em todos os instantes, reforçando a situação presente, o hoje, o agora.
Para isso, porém, devemos perseguir uma vida equilibrada nos aspectos físicos
(fisiológicos, nutricionais, motores) e nos aspectos emocionais (sentimentos,
percepção, julgamento, relacionamentos, etc.), o que é possível a partir do
emprego de algumas técnicas que exploraremos neste tópico.
O velho ditado popular “não tenho tudo que amo, mas amo tudo que
tenho” pode ser interpretado como uma analogia dessas ideias. Na vida
contemporânea, o amor se relaciona diretamente com o que temos, com a
posse, com a propriedade de algum bem específico, ou ainda com o desejo de
conseguir algo no futuro. Assim, caímos na armadilha de focar nossa energia
e empenho naquilo que não temos, quando devíamos nos dedicar a conhe-
cer e amar quem já somos e quem participa das nossas vidas e das nossas
relações. Mas quando devemos fazer isso? Agora, a partir deste instante.
Devemos buscar viver intensamente o presente.
A busca pelo autoconhecimento implica empenho individual, pois não
podemos delegar aos outros essa questão, que nos exige dedicação diária e
cotidiana. Ainda assim, podemos utilizar alguns procedimentos, ferramentas e
técnicas para nos ajudar nessa busca, resumidos a seguir (ABREU, 2016; BARROS
FILHO; KARNAL, 2017; MOSCOVICI, 1997; SELIGMAN; CSIKSZENTMIHALYI, 2000):

„„ refletir;
„„ conversar a respeito;
„„ esperar para agir;
„„ pedir feedback;
„„ meditar;
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„„ praticar o silêncio;
„„ contemplar;
„„ viver o ócio;
„„ praticar atividades físicas;
„„ comer alimentos saudáveis;
„„ fazer uso das emoções positivas;
„„ conviver.

Já sabemos que o autoconhecimento deve ser processual, exigindo que


encontremos uma pausa nas atividades rotineiras que tanto nos afligem e
que acabam por roubar a totalidade de nosso tempo, fazendo com que nos-
sos pensamentos se tornem plenos de preocupações, angústias, ansiedade
e estresse. Em grande parte das vezes, esses sentimentos se encontram
associados a metas que nos propomos a atingir, a objetos que gostaríamos
de adquirir, a experiências que pretendemos viver. Perceba que essa rotina
diária acaba nos privando da possibilidade de reflexão, pois nos falta, às
vezes, um dos recursos mais valiosos da contemporaneidade: o tempo.
Autoconhecimento nos exige tempo ocioso, para contemplar aquilo que
nos cerca, o que somos, permitindo que possamos desenvolver o pensamento
reflexivo, que pode nos levar a mapear algumas respostas para alguns ques-
tionamentos: “Como ocorre o funcionamento de nosso corpo?”, “O que ocorre
quando reagimos a algo que surge em nosso cotidiano?”, “Como acabamos
tendo atitudes que não condizem com o que gostaríamos de ter feito?”, “Por
que acabamos magoando as pessoas que convivem conosco?”, “O que nos
faz amar ou odiar algumas pessoas?” e “O que me faz feliz e traz sentido à
minha vida?”.
Uma estratégia para buscar o autoconhecimento é ter alguém com quem
se abrir sobre a própria vida interior, o que pode explicar o grande sucesso
que alguns gurus contemporâneos têm obtido, bem como o uso de terapias
de grupo, meditação, ioga ou mesmo a conversa com um amigo. Quando nos
permitimos elaborar o que pensamos, compartilhando com o outro aquilo que
nos afeta, conseguimos perceber mais minuciosamente quais os mecanismos
que nos movem diariamente e as origens de nossas emoções e atitudes. Aqui
se encaixa a busca por feedback, conforme define Moscovici (1997, p. 53):

No processo de desenvolvimento da competência interpessoal, feedback é um


processo de ajuda para mudanças de comportamento; é comunicação a uma pessoa,
ou grupo, no sentido de fornecer-lhe informações sobre como sua atuação está
afetando outras pessoas. Feedback eficaz ajuda o indivíduo (ou grupo) a melhorar
seu desempenho e assim alcançar seus objetivos.
8 Autoconhecimento e equilíbrio humano

Assim, é oportuno em nosso processo de autoconhecimento que possamos


contar com alguém que nos descreva aspectos de nossas atitudes que podem
estar afetando as relações que desenvolvemos com outras pessoas, pois,
em boa parte das vezes, não as percebemos ou não conseguimos mapear
sozinhos os seus efeitos ou impactos produzidos.

Moscovici (1997) propõe a utilização da técnica conhecida como


Janela de Johari para que as pessoas possam entender a persona-
lidade humana em suas relações interpessoais. Nessa técnica, desenha-se um
quadrado dividido em quatro quadrantes. No primeiro quadrante, encontra-se
o “Eu aberto”, associado às expressões: “Conhecido pelo Eu / Conhecido pelos
outros”. No segundo quadrante, encontra-se o “Eu cego”, associado à expressão:
“Não conhecido pelo Eu”. No terceiro quadrante, encontra-se o “Eu secreto”,
associado à expressão: “Não conhecido pelos outros”. Por fim, no quarto qua-
drante encontra-se o “Eu desconhecido”, associado à expressão: “Não conhecido
pelos outros”. Essa técnica suscita um fluxo de informações entre os membros
de um grupo, permitindo que existam momentos de busca por feedback, bem
como de autoexposição dos participantes.

Como nosso corpo funciona de forma integrada e sistêmica, para termos


equilíbrio precisamos também ter cuidados em relação aos aspectos físicos,
o que facilita e contribui para que possamos ter uma vida emocional mais
plena e bem resolvida. Assim, ao menos dois pontos são fundamentais nesse
aspecto: o desenvolvimento de algum tipo de atividade física habitual e a
busca por uma alimentação saudável.
As atividades físicas podem contribuir para minimizar fatores que limitam
nosso equilíbrio emocional, como o estresse e a ansiedade, permitindo que
possamos nos tornar mais ativos e capazes em lidar com as demandas coti-
dianas, a partir do bom funcionamento das questões fisiológicas que se de-
senvolvem quando executamos tais práticas, como a produção de hormônios
específicos que nos fornecem a sensação de bem-estar. Além disso, algumas
atividades físicas específicas podem ser utilizadas como técnicas para que
possamos nos autoconhecer e nos desenvolver social e emocionalmente,
como ocorre com as Técnicas de Expressão Corporal (TEC), que podem ser
realizadas de forma individual, em dupla, trio ou grupos maiores. Conforme
comenta Marques (2007, documento on-line), a TEC costuma envolver “[...]
jogos de integração social e de criatividade: motores, rítmicos, dramáticos,
de relaxamento e que trabalhem os sentidos. Além de exercício corporal, a
TEC inclui um tempo de reflexão e de feedback”.
Autoconhecimento e equilíbrio humano 9

Assim, a TEC une a ludicidade proposta pelos jogos com o exercício da


reflexividade sobre si e a troca de vivências e informações com os demais
participantes, permitindo que se amplie o potencial de autoconhecimento e
de equilíbrio. A seguir são destacados alguns tipos de jogos que podem ser
utilizados na TEC (MARQUES, 2007):

„„ Jogos motores — exercícios que melhoram a coordenação, as habi-


lidades físicas e o alongamento, por meio de ginásticas corretivas
promovem o autoconhecimento, a autoestima e a integração social.
„„ Jogos rítmicos — exercícios que desenvolvem capacidade rítmica,
atenção, memória, noções espaço-temporais, criatividade, autoco-
nhecimento, integração em grupo e autoestima.
„„ Jogos dramáticos — exercícios que desenvolvem capacidade lúdica,
criatividade, arte dramática, expressão do corpo e dos sentimentos
e representação.
„„ Jogos sensoriais — exercícios indoor e outdoor que trabalham a percep-
ção dos sentidos olfativo, auditivo, visual, gustativo e tátil, bem como a
integração com o meio ambiente, o autoconhecimento e a autoestima.
„„ Relaxamento — exercícios que promovem a consciência corporal, a
imaginação, a memória, o autoconhecimento e a autoestima. Atividade
que trabalha a respiração e a descontração física.

O mesmo ocorre com os aspectos nutricionais que fazem parte de nosso


cotidiano mais básico, que igualmente podem contribuir ou limitar nossa
qualidade de vida, conforme contextualiza Deloroso (2007, p. 204):

O homem moderno maltrata constantemente seu corpo. Pensemos nos efeitos


combinados de atos que podem se repetir no nosso dia a dia, como dirigir, assistir
televisão, acomodar o corpo à mobília e aos equipamentos mal projetados e ainda
o dano fisiológico causado por calçados inadequados, de roupas íntimas muito
apertadas, de hábitos como sentar com pernas cruzadas ou ficar em pé por muito
tempo com o peso apoiado numa só perna. Pensemos por um momento em tudo
que o corpo precisa suportar num ‘dia normal’. O homem está ficando cada vez
mais acomodado, ou permanece grande parte do seu tempo sentado, favorecendo
o aparecimento do estresse e contribuindo para o surgimento dos encurtamentos
musculares e do aumento de peso, prejudicando sua postura atual e a futura também.

Assim, nosso dia a dia sedentário, típico da sociedade contemporânea,


associado com a falta de cuidados com a alimentação balanceada, acaba
produzindo efeitos nocivos apontados por Deloroso (2007), como problemas
posturais e obesidade. Nesse sentido, segundo o autor, “[...] a implemen-
10 Autoconhecimento e equilíbrio humano

tação de programas de promoção da saúde e qualidade de vida depende


muito do incentivo para à prática de atividade física e da adoção de hábitos
alimentares saudáveis” (DELOROSO, 2007, p. 204). E para que possamos ter
hábitos alimentares saudáveis, precisamos ao menos saber como deveria ser
composta nossa alimentação cotidiana. Convém, nesse caso, conhecermos
o “prato saudável” desenvolvido por especialistas em nutrição da Harvard
T. H. Chan (2020, documento on-line), ilustrado na Figura 1.

Figura 1. Distribuição recomendada de alimentos para uma alimentação saudável.


Fonte: Harvard T. H. Chan (2020, documento on-line).

Analisando a constituição do prato saudável proposto, podemos verificar


como se encontra nossa própria alimentação, identificando se apresenta o
nível de balanceamento entre proteínas, grãos, frutas, vegetais e líquidos
que precisaríamos ingerir para ter um corpo saudável e, consequentemente,
um melhor funcionamento de nossos processos mentais, psicológicos e
sociais. Na Figura 1, cabe salientar ainda a expressão “mantenha-se ativo!”,
que associa diretamente a alimentação à atividade física que comentamos
anteriormente. Ainda que possa parecer simples entender esses aspectos
que contribuem para o aumento de nosso autoconhecimento e para nosso
equilíbrio físico e emocional, muitos são os fatores que podem obstaculizar
suas práticas cotidianas, conforme analisaremos na próxima seção.
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Limitações ao autoconhecimento
e ao equilíbrio
Podemos admitir que a vida contemporânea apresenta inúmeros empeci-
lhos para que possamos buscar nosso autoconhecimento e o tão desejado
e necessário equilíbrio físico e emocional. Tais impedimentos se alinham
com os próprios hábitos cotidianos e com a racionalidade que pauta os
estilos de vida hoje existentes. Basta analisarmos alguns dos fatores que
compõem a racionalidade neoliberal, conforme apontam Harvey (2014)
e Dardot e Laval (2016), que se coloca hoje de forma predominante no
mundo, para percebermos como o individualismo, a competição, a trans-
formação de tudo (organizações e pessoas) em mercadorias e empresas,
a perda de liberdade em prol da segurança, a distorção do espaço-tempo
pelas tecnologias digitais e as pressões da sociedade de hiperconsumo
acabam produzindo obstáculos à nossa busca pelo autoconhecimento e
pelo equilíbrio.
Ao analisar as tendências de estilos de vida na sociedade contemporânea
que acabam se contrapondo à própria busca da felicidade, Barros Filho e
Karnal (2017, p. 77) citam os motes do nosso cotidiano:

É preciso trabalhar de segunda a sexta para que cheguem o sábado e o domingo;


É preciso trabalhar durante quarenta anos para que eu possa me aposentar e
finalmente aproveitar a vida; É preciso suportar isto para que aquilo possa advir
no futuro; É preciso poupar, porque quem poupa conquista o que a vida tem de
melhor; e assim por diante. Vamos nos acostumando a admitir que, no momento
em que a vida é vivida, temos que suportar inconvenientes para que alguma coisa
melhor advenha. Mas não tem advindo.

Da mesma forma, podemos perguntar como teremos oportunidade de


buscar nos conhecer e assumir uma atitude de busca de equilíbrio se mal
conseguimos tempo para refletir sobre isso? A busca incessante por ganhos
futuros em investimentos que fazemos no dia a dia parece nos afastar daquilo
que seria mais importante e significativo para nossa vida, como as experi-
ências junto àqueles que amamos e convivemos, o reconhecimento de quem
somos e do potencial de nossa constituição e as diferenças que compõem
nossa subjetividade e identidade.
Com isso não se quer dizer que não devemos ter sonhos ou projetar
objetivos futuros. É claro que essas atividades devem pautar nossa vida, mas
não deveríamos colocar essa espera como o centro de nossa vida, como a
máxima que poderia vir a nos tornar felizes e plenos um dia. Isso também diz
12 Autoconhecimento e equilíbrio humano

respeito a nossas experiências passadas, que não deveriam servir para nos
restringir a viver intensamente a vida com medo de que algo que nos tenha
ferido, magoado ou entristecido possa voltar a ocorrer.
Para que possamos analisar os fatores que nos limitam na busca pelo
autoconhecimento e pelo equilíbrio físico e emocional, vejamos uma síntese
deles (ABREU, 2016; BARROS FILHO; KARNAL, 2017):

„„ estresse;
„„ ansiedade;
„„ depressão;
„„ deficiências;
„„ crenças limitadoras;
„„ pressão do tempo;
„„ consumismo/dinheiro;
„„ mundo do trabalho;
„„ sedentarismo;
„„ individualismo.

Partindo dessa lista — que não tem a pretensão de esgotar todos os pos-
síveis fatores que nos limitam ou nos impedem de desenvolvermos nosso au-
toconhecimento e que contribuem para nos privar, muitas vezes, do equilíbrio
em nossas vidas —, podemos perceber que ela inclui aspectos relacionados
à saúde mental, bem como a outras questões biológicas, sociais e culturais
que fazem parte fundamental da vida atual em sociedade.
Convém trazermos para nossa análise o conceito de saúde da OMS, pre-
sente em sua constituição datada de 1946, segundo o qual “A saúde é um
estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas
na ausência de doença ou de enfermidade” (OMS, 2020, documento on-line)
A partir desse entendimento amplo do conceito de saúde, a saúde mental
passa a ter maior importância na sociedade contemporânea, principalmente
pelo seu caráter interdisciplinar e relacionado à constituição de políticas
públicas. Amarante (2013, p. 16), em um esforço de análise acerca do conceito
de saúde mental, problematiza, destacando que ela:
Autoconhecimento e equilíbrio humano 13

[...] não pode ser reduzida ao estudo e tratamento das doenças mentais.[...] Na comple-
xa rede de saberes que se entrecruzam na temática da saúde mental estão, além da
psiquiatria, a neurologia e as neurociências, a psicologia, a psicanálise [...], a fisiologia,
a filosofia, a antropologia, a filologia, a sociologia, a história, a geografia (esta última
nos forneceu, por exemplo, o conceito de território, de fundamental importância
para as políticas públicas). Mas, se estamos falando em história, em sujeitos, em
sociedades, em culturas, não seria equivocado excluir as manifestações religiosas,
ideológicas, éticas e morais das comunidades e povos que estamos lidando?

Isso nos leva a refletir sobre como se constituem os aspectos atuais que
se relacionam com a falta de saúde mental na população mundial, como
depressão, transtornos de ansiedade, bipolaridade, dependência química,
transtornos alimentares diversos, entre outros. Além disso, aspectos cultu-
rais específicos citados pelo autor também podem contribuir tanto para o
equilíbrio quanto para o desequilíbrio dos indivíduos ao se depararem com
conflitos diversos, incluindo violência, drogadição, preconceitos e discrimi-
nações de toda a ordem, etc.
Seligman (2008) agrega ao conceito de saúde mental os aspectos de
sua psicologia positiva, estabelecendo três variáveis independentes que
contribuem para a busca da saúde global positiva: subjetiva, biológica e
funcional. Assim, as ações voltadas para a saúde mental devem conside-
rar em suas iniciativas tanto os aspectos biológicos que se apresentam
na constituição física dos indivíduos quanto seu funcionamento geral,
bem como os seus aspectos subjetivos fortemente relacionados com a
forma como as emoções são percebidas e manifestadas. Por esse prisma,
possuir alguma deficiência (motora, neurológica ou global) pode limi-
tar os indivíduos, mas não impossibilita que busquem o equilíbrio e o
autoconhecimento.
Quando um indivíduo vive de forma equilibrada, sendo capaz de de-
senvolver suas habilidades e lidar com as tensões cotidianas que a vida
lhe impõe, sendo produtivo nos espaços em que participa e gerando
contribuições para as comunidades com que se envolve, dizemos então
que ele possui saúde mental. Acompanhe o exemplo a seguir e perceba
a correlação entre saúde mental e alguns aspectos de nossa vida coti-
diana, analisando como limitam as possibilidades de autoconhecimento
e equilíbrio das pessoas.
14 Autoconhecimento e equilíbrio humano

Rodrigo tem 40 anos de idade e é visto por aqueles que o conhecem


como uma pessoa amargurada e infeliz. Na verdade, ele mesmo culpa
o seu “destino” por se sentir assim, como se sua vida não tivesse sentido. Ocorre
que Rodrigo passou por algumas más experiências no início de sua vida adulta,
como a perda precoce e inesperada dos pais, seguida da perda do emprego
que tanto lhe realizava e, na sequência, viu seu casamento se desfazer. Esses
eventos fizeram com que ele passasse a ter insônia e uma tristeza profunda,
que fez com que buscasse no álcool e em outras drogas a fuga para esse estado
de infelicidade em que se encontrara.
Com o passar do tempo, Rodrigo foi ficando mais introspectivo e isolou-se
do convívio com familiares e amigos, chegando ao extremo de pensar em tirar
sua própria vida. Com a ajuda de um primo que percebeu que ele estava com
sua saúde mental fragilizada, Rodrigo procurou ajuda clínica e psiquiátrica, com
o que conseguiu reestabelecer o equilíbrio necessário para retomar sua vida.
Agora, segue em busca do seu autoconhecimento para que novos incidentes
que ocorram em sua vida não venham a lhe causar tantos prejuízos.

Alguns dos aspectos antropológicos, sociais e culturais que afligem os


indivíduos atualmente, fazendo com que se distanciem do seu equilíbrio
físico, emocional e social, dizem respeito às características da sociedade
contemporânea, entre elas o individualismo, o empreendedorismo de si e
o consumismo. O individualismo, impulsionado pelas lógicas da concorrên-
cia, da competição e da meritocracia, costuma fazer com que as pessoas
abandonem ou diminuam seu convívio social, entendendo que devem
dedicar o máximo de tempo investindo em si próprios, procurando obter
uma vantagem futura. Assim, muitas pessoas vivem reclusas, dedicando-
-se quase que exclusivamente à busca de aperfeiçoamento e esquecendo
de outros fatores igualmente importantes que já comentamos, como a
realização de atividades físicas, cuidados com a alimentação e o próprio
convívio social.
Soma-se a esse aspecto a ampla utilização das redes sociais digitais que,
de acordo com Abreu (2016, documento on-line), em alguns casos pode ser
vista como um mecanismo de fuga ou automedicação emocional dos conflitos
cotidianos, uma vez que:

[...] à medida que experimentamos certas doses de sofrimento e de angústia, bus-


camos, sem perceber, atividades que nos distanciam das dificuldades cotidianas.
Dessa forma, a internet se torna uma porta de fuga alternativa, permitindo que
nos anestesiemos de nós mesmos e da realidade conflitante.
Autoconhecimento e equilíbrio humano 15

Assim, ao invés de aprendermos a lidar com os problemas, abrindo espaço


para o autoconhecimento, acabamos, por meio das redes sociais, envolvendo
nossa atenção em busca de distrações. É fato, inclusive, que as redes sociais
tem oportunizado que seus usuários possam, em busca de atenção, construir
perfis falsos e criar novas identidades nesse processo de imersão, ao invés se
concentrarem em seu autoconhecimento e equilíbrio também por esses canais.
Além disso, vivemos sob a lógica da economia subjetiva neoliberal,
que, segundo Lazzarato (2011, p. 29) procura intervir no social a partir do
empresariamento tanto das organizações quanto dos sujeitos, passando a
“[...] incitar, solicitar e forçar cada indivíduo a se tornar empresário de sim
mesmo, a se tornar ‘capital humano’”. Assim, isso se associa tanto com o
consumo quanto com a busca por qualificação profissional permanente.
Sob a lógica do consumo, os sujeitos contemporâneos apresentam uma forte
necessidade de consumir, de poder passar por experiências de compra, que,
inclusive se encontra aliada ao conceito de sucesso contemporâneo. Sobre
esse aspecto sedutor e devastador do consumismo, Abreu (2016, documento
on-line) acrescenta:

Atingindo cerca de 3% da população, a compra compulsiva, ou oniomania, pode


levar famílias e suas contas bancárias à total devastação. Talvez seja muito difícil
lidar com o apelo do comércio para garantir que seus produtos sejam vendidos:
folhetos, cartazes em shoppings, e-mails, televisão — sem falar nos canais de
compras. Viramos uma sociedade em que comprar é sinônimo de recreação. Es-
tamos sempre ‘dando uma olhada’ nas vitrinas. Em alguns casos, porém, esse
comportamento se torna incontrolável.

Além disso, reforça a ideia do consumo o fato das pessoas serem julgadas
atualmente pelo que possuem, como sinal de serem alguém bem-sucedido na
vida, não é mesmo? Assim, quando não conseguem consumir e não alcançam
objetivos de consumo que gostariam, muitos sentem-se frustrados, infelizes
e desmotivados com sua trajetória.

Outro aspecto que pode prejudicar o autoconhecimento e a busca


pelo equilíbrio são as crenças que as pessoas passam a possuir e
que as limitam. O fato de acreditarem, por exemplo, que alguma habilidade
específica “não nasceu com elas”, que “não possuem esse dom ou talento”,
ou ainda acreditar no “destino” ao invés de procurarem planejar seu percurso
nessa vida, pode fazer com que não se esforcem em seu autodesenvolvimento.
O autoconhecimento ajuda também na percepção dessas crenças limitantes e
na sua superação.
16 Autoconhecimento e equilíbrio humano

De modo similar, as mudanças no mundo do trabalho nas últimas três


décadas, principalmente após a globalização, têm exigido um perfil profis-
sional cada vez mais abrangente em termos de competências que se renovam
constantemente, pressionando profissionais a lutarem para manter sua
empregabilidade. Enquanto isso, aqueles que se encontram desempregados
ou exercem algum tipo de atividade autônoma, ou ainda que executam algum
tipo de trabalho intermitente, veem-se igualmente imersos nesse mar de
preocupação com os fatores macroeconômicos e contextuais, sobre os quais
não possuem controle algum.
De modo geral, a busca do ser humano por um estado de felicidade e
plenitude nessa vida é algo que o acompanhou ao longo da história, sob
influência de condições contextuais econômicas, políticas, sociais e cultu-
rais que produziram discursos, ciências e ações voltadas para o estudo dos
aspectos biológicos, sociais e emocionais. Na sociedade contemporânea,
reconfigurada pelas mudanças radicais das últimas décadas da globalização,
as pessoas encontram uma gama de fatores limitantes para a busca de seu
autoconhecimento, que as distanciam de seu equilíbrio físico e emocio-
nal. Quando desiquilibradas, elas podem se tornar violentas, agressivas
e amarguradas, provocando prejuízos à sua própria saúde, percebidos na
obesidade e na hipertensão, por exemplo, ou ainda na sua saúde mental,
podendo vir a desenvolver ansiedade, depressão e transtornos de humor e
de comportamento diversos.
Cabe a cada indivíduo buscar espaços e momentos em que possa exercer
a reflexão sobre o tempo presente, em que possa colocar em prática técnicas
que o levem a perceber como pensa, sente e reage perante os fatos cotidia-
nos, contemplando e valorizando a vida. Esse movimento, associado com a
busca por atividades físicas regulares, alimentação balanceada e cuidados
com o corpo, pode contribuir para que se encontre o equilíbrio na vida e,
consequentemente, seu sentido e a felicidade plena.

Referências
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hoje. Porto Alegre: Artmed, 2016. (E-book).
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Autoconhecimento e equilíbrio humano 17

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