ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
RESUMO
Desde 1980, o TDAH ocupa lugar de relevância na vida de muitas famílias e estudiosos da
área da saúde mental, sendo considerado o mais importante transtorno psicológico em
crianças, mas sem muita divulgação. Estudos demostraram que o TDAH surge com mais
frequência na primeira infância, por volta dos 3 anos de idade. O objetivo do trabalho é
realizar um ensejo de reflexão sobre o TDAH, buscando alternativas que possam amenizar
os sintomas da doença. O TDAH é um dos transtornos mais usuais da infância e uma das
principais causas de procura por atendimento em unidades ambulatoriais de saúde mental,
e seus sintomas podem se aparecer em idade precoce. O TDAH é um distúrbio fisiológico
caracterizado por desatenção e impulsividade que não são próprias no desenvolvimento e
são prejudiciais à aprendizagem em crianças em idade escolar. Não há marcador biológico
para TDAH, seu diagnóstico é clínico, baseado em entrevista com o paciente, pais,
professores e pessoas que lidam com o portador. Este trabalho foi realizado por meio de
levantamento bibliográfico, obtido por meio de livros e artigos de revistas científicas
especializadas com conteúdo fiável. O TDAH é caraterizado por desatenção,
hiperatividade e impulsividade. Mais estudos são necessários para dirimir as dúvidas
remanescentes sobre o problema e fornecer informações básicas para a população cuja
grande maioria desconhece a existência do TDAH.
1 INTRODUÇÃO
1
crianças, porém sem muita atenção. Atualmente, com o desenvolver-se dos grupos de
apoio e a exposição significativa à mídia, cada vez mais crianças estão sendo
diagnosticadas e tratadas corretamente. No Mexico, a doença é um problema de saúde
pública que afeta cerca de 5 % da população infantil, com uma proporção estimada de 3
para 1 entre meninos e meninas respectivamente (PÉREZ, 2010). O surgimento de uma
pessoa com TDAH na família, muda espantosamente a sua estrutura, tendo a mãe como a
pessoa mais atingida, considerando que o pai, geralmente por ser o mantenedor, faz com
que esteja mais ausente e a criança, pela sua pouca idade, vê tudo como muito natural. Os
momentos com a família para o lazer ou outros eventos familiares, que deveriam ser
momentos de prazer, tornam-se estressantes devido às atitudes do paciente incompatíveis
com a idade.
Ticas et al., (2011) argumenta que o interesse pelo TDAH entre adultos é
relativamente precoce. A partir de 1976 começaram a surgir pesquisas comprovando o
aparecimento da síndrome também em adultos. Trabalhos têm demonstrado que, o TDAH
surge com maior frequência na primeira infância, em torno dos 3 anos de idade, sendo
mais frequente em meninos do que em meninas, proporção aproximada de 4 para 1,
pesquisas recentes demostram uma prevalência de 4 a 12 % da população de 6 a 12 anos
(POLÓNIO, 2009).
2
o consumo inadequado de substâncias químicas podem ocasionar (em adolescentes e
adultos), ansiedade, depressão, distúrbio de aprendizado e distúrbio bipolar (PHELAN,
2005).
Além disso, de acordo com Phelan (2005), o TDAH não é superado na idade adulta
e há adultos com um transtorno conhecido como “TDAH, tipo residual”. Sintomas:
Dificuldade de concentração, hiperexcitabilidade emocional e impulsividade podem
persistir, mas são formas leves que permitem que os adultos trabalhem, se casem e ganhem
a vida. Esta pesquisa tem como dar margem para uma reflexão sobre o TDAH, buscando
alternativas que possam amenizar os sintomas deste transtorno, com o intuito de contribuir
para a melhoria do estado geral do portador, consequentemente melhorando sua qualidade
de vida, bem como dos seus pais e familiares. Por isso é necessário estimular novas
controvérsias sobre esse transtorno.
2 DESENVOLVIMENTO
3
atender a pedidos ou informações e são incapazes de completar as tarefas domésticas ou
outras atividades incluindo as escolares. Uma criança que demostra um transtorno
excessivamente agitador, são injustamente criticados por simplesmente serem impulsivos,
desatentos e desnutridos (LIMA, 2011). Impulsividade é agir sem pensar, fazer o que vier à
mente sem se preocupar com as consequências. O TDAH pode ser analisado como uma
falta de autorregulação ou autocontrole, pois as ações impulsivas podem variar das
situações mais simples às mais complexas e a inabilidade de controlar o comportamento.
Um garoto com inteligência acima da média com TDAH tem vantagem sobre crianças
menos inteligentes e pode ser uma ferramenta importante na superação de muitos déficits,
como problemas de atenção e dificuldades de aprendizagem. Pontuações mais altas do
quociente intelectual (Q.I.) podem alterar os sintomas e bloquear o comportamento
hiperativo na escola em graus variados. (PHELAN, 2005).
4
não se enquadra em 6 dos 9 itens de hiperatividade e impulsividade. • Quase todos os
especialistas afirmam que principalmente hiperativo e impulsivo ocorre com o tipo
agregado. O TDAH pode ser moderado ou grave. Os sintomas são apresentados nas
pessoas de maneiras diferentes, em algumas os sintomas são mais intensos e fortes e
apresentam todos os sintomas e em outras pessoas os sintomas não são todos apresentados.
(TICAS et al., 2011).
5
Muitos Fatores genéticos podem contribuir no aparecimento e desenvolvimento
desta doença. Trabalhos mostra que gémeos idênticos, filhos de pais com transtorno
hiperativos criados em famílias diferentes, desenvolveram ações e comportamentos
característicos desse transtorno. (POLÔNIO, 2009). Phelan (2005) diz que: em gêmeos
monozigóticos, quando um é portador, são grandes as chances de que o outro também
venha a ser. Em gêmeos iguais (dizigóticos) em que um é portador, as possibilidades do
outro também apresentar, é de uma em três. Estudos mostram que parentes de pessoas com
TDAH são mais propensos a ter o transtorno. crianças em idade escolar têm cerca de 5 %
de chance de serem portadoras. confrades de portadores têm 30 % de chance de ter o
transtorno. Se um dos pais é portador, há 50 % de chance de ter um filho com a doença. A
pesquisa genética é um dos novos e excitantes avanços no campo do TDAH. No entanto, a
alegação de que a doença é hereditária não explica a causa do problema. Hoje, um número
crescente de pessoas afirma que o distúrbio é um distúrbio neurobiológico, pois pesquisas
mostram que problemas com atenção, controle de ímpetos, nível de atividade e
autorregulação decorrem do mau funcionamento de uma área chamada córtex cerebral. ".
pré-frontal" (PHELAN, 2005)
6
consistência à ideia de que os aditivos artificiais, condimentos ou os salicilatos naturais
produzem TDAH, da mesma maneira que alimentos açucarados não causa a
hiperatividade, ainda o seu uso em abuso possa causar na criança uma relativa letargia,
entretanto com abundante distração. Comportamentos de desatenção, hiperatividade e
impulsividade podem provocar inadequações sociais e problemas de desenvolvimento de
aprendizagem (ASSEF et al., 2010). Pessoas com TDAH podem apresentar pouca
tolerância a frustrações, baixa autoestima e maneiras bruscas, na maioria das vezes
considerados pelas pessoas como negligentes e sonhadores, começam vários projetos e têm
dificuldade para concluí-los. Segundo Phelan (2005) todas as crianças e adultos
relacionados com o portador deste transtorno precisam conhecer os sintomas básicos para
melhor relacionamento com a criança.
Matos (2005), afirma que: os sintomas do TDAH podem ser tornar mínimo,
olhando os itens a seguir, os quais podem ser ativos para muitos portadores ou apenas para
alguns: Tenha sempre certeza de que o diagnóstico e que o tratamento está sendo
realizados por profissionais qualificados, tome os medicamentos indicados, de acordo com
o caso, e na dosagem estabelecida pelo profissional. Procure informar-se sobre o que é o
TDAH, estudando livros, realizando cursos e participando de grupos de apoio, conversar
sobre o TDAH e seus sintomas com as pessoas próximas, mas não use o transtorno como
desculpas para tudo o que acontecer com você, faça uso regularmente de uma agenda para
anotação dos compromissos, ter no computador as anotações importantes, decida sobre o
que é mais relevante e resolver prontamente o que puder, deixando o mínimo possível “a
realizar”. Tenha tempo e dedique um horário para ir cumprir a agenda, nunca se envolva
com muitos projetos ao mesmo tempo, dizer não é uma atitude a aprender. Todo portador
de TDAH fica cansado facilmente, sendo assim descansar sempre é necessário, dormir um
pouco durante o dia irá fazer bem, descontrair praticando algum esporte ou aprender a
7
dançar e ir ao cinema ver bons filmes. Ter sempre uma rotina satisfatória que beneficie o
sono.
O humor pode mudar muito, quando isso acontecer, vá dormir, descanse, saia e
desenvolva uma nova atividade até mesmo pode ler um livro. Nos relacionamentos a
determinação em manter a convivência é fundamental, a fim de aproveitar a vida a dois e
ajudar nos momentos diferentes da vida.
Determine prioridades em sua vida. Seja seletivo quanto ao que seja mais
importante e mais urgente. Ter uma prioridade do que precisa ser realizado, garante que as
coisas mais importantes sejam realizadas e com isso a frustação e perda de tempo em ficar
sem saber o deve e quando deve ser feito não será um problema; todos aprendem e o
TDAH precisa descobrir a maneira que consegue assimilar e consolidar o conhecimento.
Para alguns estudar por curtos períodos e realizando alguns intervalos para descansar se
torna mais proveitoso e produtivo. Outros precisam buscar lugares calmo, que tenha
silencio o menos de distração possível, já que manter o foco para quem tem TDAH é algo
realmente complicado de se fazer; Busque ver sempre o lado bom, pois talvez um
comentário possa te deixar desmotivado, assim manter a mente focado em pensamentos
positivos; Como o TDAH tem dificuldades em encontrar os objetos e perdem com
facilidades chaves, documentos e outros objetos, o que facilita bastante é sempre manter
um local como uma caixa para guardar seus objeto. Isso ajudar a evitar perder seus objetos
e a frustação.
Segundo Mattos (2011), para o tratamento de uma pessoa com TDAH, pode ser
necessário uma equipe interdisciplinar contando com quadro de profissionais como
médico, psicólogo, neuropsicopedagogo ou psicopedagogo, neuropsicólogo, entre outros
profissionais.
3 CONCLUSÃO
A partir das informações obtidas por meio deste trabalho conclui-se que: O TDAH
é um transtorno do neurodesenvolvimento que tem como característica predominantes a
desatenção, a hiperatividade e a impulsividade. O que mais é evidente em pessoas que
8
tenham esse transtorno é que apresentam dificuldades em manter o foco, a atenção, a
motivação, por essa razão tem dificuldades em terminar uma tarefa, pois são pessoas que
por terem dificuldades de manterem o foco se perdem ao executarem uma tarefa ou ficam
logo cansados e na grande maioria das vezes não terminam as tarefas que iniciam; Ainda
apresentam dificuldades em tomar iniciativas, planejar, monitorar o tempo, realizar um
planejamento de uma execução de tarefa é praticamente algo muito difícil, árduo e sofrido
para uma pessoa com TDAH. Vários estudos sobre o TDAH estão sendo divulgados e por
essa razão ocorrem nesses últimos anos um surto de diagnósticos de pessoas com TDAH,
muitas pessoas que antes não compreendiam e não tinham conhecimento do problema que
as acompanhavam passam agora a compreender com mais clareza e entender que o
problema da falta de concentração e apresentarem um certo desinteresse me completar
tarefas, de manterem um emprego, de manterem relacionamentos sociais, são devidos a um
transtorno. O conhecimento e o entendimento são para muitos uma chance de
compreenderem que precisam de estímulos e ajuda para conseguirem levar uma vida mais
próximo do normal. Estudos apontaram que na grande maioria os do sexo masculino tem
uma maior predisposição para apresentarem o TDAH do que as do sexo feminino. O
TDAH é atualmente um dos transtornos que mais afetam as pessoas e que apresentam uma
grande procura por atendimento especializado, basicamente o TDAH pode ocorrer de três
subtipo como está definido no DSM5 como sendo hiperativo/impulsivo, desatento e
combinado. Por se tratar de um transtorno o TDAH acompanha a pessoa em toda sua vida,
claro que com intervenção de uma equipe multidisciplinar os sintomas podem diminuir ao
ponto de não serem um problema na vida dessa pessoa, mas para que isso ocorra deve ser
realizado tratamento que em alguns casos há a necessidade do uso de medicação. Um
sintoma do TDAH que afeta a vida da pessoa é a qualidade do sono que passa em alguns
casos a ser prejudicado, como tanto problemas que o TDAH pode causar na vida da pessoa
um rastreio deve ocorrer, por ser um fator genético deve-se buscar saber se na família
outras pessoas também apresentam algum dos sintomas e em que grau. Os sintomas de
TDAH precisam ser monitorados em toda área de vida da pessoa, na escola, na família, no
social, no emprego, somente desta forma conseguirá chegar a um diagnóstico.
5 REFERÊNCIAS
EDDY IVES L. S., UGARTE LIBANO, R., TDAH y transtornos del sueño. EAPap ed.
Curso de Actualizacion Pediatría 2011. Exlibris Ediciones, p. 397-406, Madrid, 2011.
Disponível em: http://cursosaepap.exlibrisediciones.com/files/4 9-
54fichero/presentacion.pdf Acesso em 20/07/2022.
FONTANA R. S., VASCONCELOS, M. M., WERNER JR, J., GÓES, F. V., LIBERAL,
E. F., Prevalência de TDAH em quatro escolas públicas brasileiras. Arquivos de
Psiquiatria, n.65 (1), p. 134-137, 2007. Disponível em: http://www.scielo.
br/pdf/%0D/anp/v65n1/a27v65n1.pdf Acesso em 19/07/2022.
10
MATTOS, P., No mundo da lua - Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. 10
ed. – São Paulo - ABDA, 2011.
MELO, V. M. C., Importância do Lúdico para a Criançá com TDAH. 2011. Monografia
(Especializando em Desenvolvimento humano, educação e inclusão escolar) - UAB/UnB –
Polo Anápolis/GO. Disponível em:
http://bdm.bce.unb.br/bitstream/10483/2409/1/2011_ValeriaMi gueldaCruzMelo.pdf
Acesso em 28/02/2011.
PÉREZ E. B., Un Nuevo Diagnóstico Deferencial Del Transtorno Por déficit de atencion:
La Personalidad Permeable. Revista Medica Hondureña, v. 78, n. 4, p. 203-205, Octubre,
Noviembre, Diciembre, 2010. Disponível em:
http://www.bvs.hn/RMH/pdf/2010/pdf/Vol78 -4-2010-11.pdf, Acesso em 11/08/2022.
POLÔNIO, M. L., Aditivos Alimentares e Saúde Infantil, In: ACCIOLY, E., SAUNDERS,
C., LACERDA, E. M. A., Nutrição em Obstetrícia e Pediatria. 2 ed. - Rio de Janeiro:
Cultura Médica:Guanabara koogan, 2009.
PÓVOA, H., CALEGARO, H., AYER, L., Nutrição cerebral. Rio de Janeiro - Objetiva
2005.
11