Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sumário
1 Introdução3
2 O QUE É CRIATIVIDADE3
2.1 INGREDIENTES DA CRIATIVIDADE5
3 FATORES DE INFLUÊNCIA PARA CRIATIVIDADE7
3.1 VALORIZANDO AS DIFERENÇAS9
4 ABORDAGENS INOVADORAS PARA PROBLEMAS
10
4.1 APRENDENDO A LIDAR COM BLOQUEIOS MENTAIS
13
5 TRANSFORMANDO IDEIAS EM AÇÕES15
5.1 DESENVOLVIMENTO DE IDEIAS17
6 GESTÃO DA EXECUÇÃO INOVADORA18
6.1 A POTENCIALIDADE DE UM BOM ESTADO DE
ESPÍRITO20
Resumo do curso21
Referências22
Módulo 1
Criatividade
1 Introdução
Nesta disciplina sobre criatividade, vamos compreender que tal instância não é inerente ao
indivíduo, mas pode ser um processo pelo qual é desenvolvida. A criatividade é uma concep-
ção, enquanto a inovação, um ato a partir dessa visão ou noção.
Mas só há possibilidade de a inovação surgir, tornando-se concreta, quando existe também
um objetivo para ela, e isso pode ser encontrado conforme o indivíduo vai desenvolvendo a sua
criatividade. Portanto, vamos abordar aqui diferentes pontos sobre criatividade e inovação.
2 O QUE É CRIATIVIDADE
Existem diferentes definições sobre criatividade, porque essa instância abrange também vá-
rias áreas da vida, desde a artística até o campo das teorias. Mas é possível esmiuçar esse
conceito para absorvê-lo com mais profundidade e se preparar para compreender outro tão
complexo quanto, o da inovação.
FIGURA 1: PESSOAS USANDO A CRIATIVIDADE
Criatividade pode ser entendida como algo que advém da imaginação com o intuito de formar
uma coisa tangível ou intangível. Por exemplo, pense em uma peça de encaixe para um que-
bra-cabeça. No momento da criação, alguém decide que tais peças devem ser mudadas para
que o encaixe aconteça de maneira diferente. Tal concepção se inicia pela ideia de reconstruir
as peças (intangível) e, consequentemente, concretiza-se pelo objeto físico (tangível).
Mas também criatividade é inventar coisas que ainda não foram nem pensadas, imaginadas
por ninguém, e pode se transformar em valor para determinadas pessoas ou para o mundo
todo, como foi a criação do avião. Além disso, a criatividade se constitui de aspectos exis-
tentes, mas encarados de jeitos diversos, como uma consciência nova sobre algum fato ou
alguém; possíveis relações sobre as coisas que antes não se tinha; soluções recentes para
problemas de sempre etc.
Segundo a IGI Global, editora acadêmica internacional, a criatividade é “definida como a ten-
dência de gerar ou reconhecer ideias, alternativas ou possibilidades que podem ser úteis na
resolução de problemas. Para serem criativas, as pessoas precisam ser capazes de ver de
uma forma diferente e nova”.
Importa saber que a criatividade se insere na cognição humana: “que é o processo pelo qual
tomamos conhecimento das coisas ou, em outras palavras, como ganhamos conhecimento.
Isto inclui compreensão, memória, raciocínio, atenção e criatividade”. (SILVA FILHO, 2012, p. 1)
Estar aberto à criatividade amplia perspectivas, capacita para a resolução de problemas e en-
coraja a realizar desafios, além de ajudar a passar por cima de ideias pré-concebidas, ou seja,
sempre vale a pena.
4
2.1 INGREDIENTES DA CRIATIVIDADE
Uma das circunstâncias da vida que é comum a todos os seres humanos é a incerteza, e com
o desenvolvimento da criatividade, o indivíduo se torna hábil para lidar com as dúvidas e osci-
lações que frequentemente ocorrem no cotidiano das pessoas.
E existem ingredientes que auxiliam nesse processo de adaptação rumo ao desconhecido até
que se torne experiência, como:
• Curiosidade: todo mundo tem em alguma hora da vida e sobre alguma coisa, a fim de
adquirir informação ou conhecimento.
• Atitude positiva: para agir com positividade é preciso crer que algo de bom vai acon-
tecer, por isso, antes de uma atitude positiva, vem o pensamento positivo.
• Determinação: nem sempre a pessoa se sente motivada, mas isso não a faz desistir.
Isso é determinação. Colocar para si mesma metas ajuda na realização.
Essas características são o estopim para a criatividade, e quando bem trabalhadas, podem
render outras que vão sendo fortalecidas ou originadas, como a ousadia de falhar sem se sen-
tir mal com isso, a coragem de assumir mais riscos, e a disposição de ser e fazer diferente,
destravando potencialidades “adormecidas”.
Atenção!
Há também formas simples de cultivar o lado criativo, que independem da faixa etária, clas-
se social, do papel profissional exercido, da história de vida, ou de qualquer outro fator,
tais como:
• tornar tudo o que fizer divertido, leve. As ideias surgem quando isso é permitido.
• adquirir mais confiança em si mesmo e nos outros. Dar chances para o autoconheci-
mento e para o conhecimento alheio.
• praticar a solidariedade. Ajudar as pessoas sem esperar nada em troca possibilita um
desapego sem tamanho.
5
Ao mesmo tempo em que é importante aperfeiçoar o lado criativo através de ações singelas,
mas que requerem um pouco de atenção e disposição do indivíduo, tão importante quanto é
assumir isso com responsabilidade, liberdade e bom senso, flexibilidade e recompensas.
Geralmente quem é criativo ou, pelo menos, está no processo de desenvolver esse aspecto
em sua personalidade, passa a ser mais útil igualmente. Isto, porque, enquanto alguém está
usando a criatividade, de acordo com Dietrich (2004), pode passar por um destes 4 estágios:
Desse modo, há como afirmar que a criatividade está em toda parte, em diversas ocasiões,
podendo também ser experimentada a sós em companhia, e mesmo que faltem recursos para
a realização das coisas.
6
3 FATORES DE INFLUÊNCIA
PARA CRIATIVIDADE
Cada pessoa é uma, com características individuais, história de vida e maneira própria de ra-
ciocinar, isto é, perceber o mundo à sua volta conforme memórias e consciência sobre as coi-
sas. Por isso, a criatividade está diretamente ligada a esses elementos, sendo que alguém
toma uma decisão, seleciona algo entre várias alternativas de acordo com seu pensamento,
suas experiências anteriores, resultados, crenças, etc. Brown (1989) identificou quatro cons-
tituintes da criatividade:
Atenção!
• características pessoais;
• processos cognitivos;
• resultados produzidos;
• ambiente físico e situacional.
Diante disso, há como afirmar que aprendizado e experiência contribuem para o desenvol-
vimento da criatividade. Guilford (1968) e, Vincent, Decker e Mumford. (2010) notaram que
o pensamento divergente também possibilita que o indivíduo se torne mais criativo ao se
permitir acessar uma variedade maior de ideias, capacitando-o a resolver problemas de
forma criativa.
7
FIGURA 3: IDEIAS OPOSTAS
Adotar determinadas posturas diante da vida também ajuda a aumentar o nível de criatividade
além de deixar alguém mais hábil em fazer as coisas. São elas:
Desse modo, um indivíduo que vivencia situações diversas e diferentes, mas atento para isso,
melhor desenvolverá seu lado criativo, além de acolher circunstâncias nem tão agradáveis
com coragem. E importante semelhantemente é manter-se com motivação ou inspiração.
E também, tal indivíduo deve contar com a ajuda das pessoas com as quais lida no seu cotidia-
no, percebendo que há incentivos e uma comunicação aberta. Isso favorece que a mentalida-
de se expanda e crie conexões ou relações entre as coisas.
Quanto a fatores externos, alguns reforçam o desenvolvimento do lado criativo, como se edu-
car para progredir, trabalhar para se sentir útil e capaz de realizar as coisas, conhecer assun-
tos que pouco se domina para ampliar perspectivas, aprender a usar tecnologias, colocar-se
em ambientes multiculturais para reduzir preconceitos e expandir horizontes etc.
Outro fator tão importante quanto é ajustar o tempo, os momentos em que se dedica a fazer
algo, de maneira que tal tarefa possa dar frutos e aumentar as chances de eclodir a criativida-
de em todos os âmbitos da vida, desde o social ao profissional.
8
3.1 VALORIZANDO AS DIFERENÇAS
Alguém que convive com diversos tipos de pessoas, cujas formas de ser, pensar, sentir e agir
são diferentes têm muito mais chances de adquirir variadas percepções sobre as coisas ali-
mentando o seu processo criativo e tomado decisões mais acertadas.
Assim, esse indivíduo passa a acolher pontos de vista que divergem do seu, ampliando opor-
tunidades e ideias, gerando maior aprendizado porque há uma abertura para o novo e para o
diálogo com o outro, aumentando a perspectiva cultural também.
E o mérito disso está em reconhecer que a criatividade só tem de fato valor quando leva à ino-
vação, particularmente no ambiente profissional, onde existe a necessidade de pensamentos
divergentes com o intuito de fazer conexões entre eles e estabelecer um elo comum para,
enfim, surgir um pioneirismo, que pode vir em forma de produto, processo, experiência do
cliente, método etc.
No ambiente de trabalho valorizar as diferenças facilita para lidar com preconceitos, con-
flitos, ao mesmo tempo em que cresce a autoconfiança e o senso do coletivo, promovendo
com eficácia as ações que envolvem a rotina profissional, como também inspirando todos em
volta. Tanto que hoje em dia algumas empresas aderiram à política da diversidade, porque já
existe comprovação de que equipes heterogêneas são bem mais criativas. “Diversidade, ago-
ra, é parte estratégica do negócio” (MAIA, 2021).
Apesar de ser complexo quantificar ou medir como uma equipe diversificada influencia e con-
tribui para a inovação, existem evidências conforme experiências relatadas por empresas de
vários setores, e basta pesquisar na internet para encontrar tais notícias. Mas quando se trata
de pensar em diversidade, essa noção vai além daquela constituinte e conquistada.
Desse modo, alguns fatores que diferenciam as pessoas desde que nascem, como gênero,
etnia e temperamento sexual formam a diversidade constituinte. Já a conquistada equivale
a alguém ter feito um intercâmbio cultural, por exemplo, onde passou a conhecer e vivenciar
modos de vida, costumes e estilos de ser.
Um ambiente diverso desbloqueia a inovação porque ideias diferentes surgem, pensamentos
fora do convencional ganham a licença de repercutirem e vão, aos poucos, concretizando-se.
Inclusive, a diversidade deve estar refletida não só entre os colaboradores de uma organi-
zação, mas também nas lideranças presentes, estimulando que todos sejam ouvidos a fim
de ideias novas aparecerem, delegar decisões aos membros da equipe, responsabilizando-
-os e abastecendo a autoconfiança do pessoal, oportunizar o crédito dos parabéns e alguns
bônus aos que têm êxito dentro da empresa, fornecer feedback e possibilitar ouvir dos lide-
rados também.
9
No entanto, é importante admitir que diversidade só não basta para haver inovação, porque a
vitória pode não ocorrer. Com criatividade se torna mais provável que algo inovador apareça,
ao romper com uma restrição ou desafiar expectativas. Mas isso é insuficiente para executar
de fato inovação.
A maioria das pessoas em sua vida íntima e profissional dá mais atenção ao que é possível fa-
zer em um curto prazo, preocupadas com números e status. Já que cada um enxerga o mundo
como se é. E até que reajustem um ponto de vista leva algum tempo.
Por isso, é mais do que fundamental que todo o processo seja claro e cujas ideias passem a
ser categorizadas e priorizadas até que sejam colocadas em prática, porque a cada tarefa de-
sempenhada em meio a esse processo em busca da inovação, ocorre um amadurecimento de
todas as partes que o integram.
Assim, antes de quaisquer impulsos de criar coisas novas, é necessário mudar as formas de
pensar, considerando como elas funcionam. E, a partir daí, então, comunicar as ideias, cola-
borar, criar e fazer jus ao esforço de todos.
4 ABORDAGENS INOVADORAS
PARA PROBLEMAS
Enquanto a criatividade é uma concepção nova sobre alguma coisa, a inovação é a execução
dessa concepção na prática. Inovar significa apropriar-se de algo, que pode já existir, para
então dar um novo sentido, uma nova finalidade para isso, aperfeiçoando algum processo ou
produto que se transformará em inovação.
Há dois tipos de inovação: a incremental e a radical. A incremental trata de melhorar algo que
já existe. E a radical, encontrar uma forma diferente de fazer algo pela primeira vez. E para
inovar usam-se a mente e a criatividade.
Ao se deparar com problemas e usar a criatividade para resolvê-los, é necessário entender de
verdade que problemas são esses. Em seguida, colocar de um lado aspectos divergentes e de
outro, convergentes, combinando-os por similaridade. Depois, tentar descrever tais proble-
mas em frases. Assim, ficará mais fácil perceber as raízes ou padrões que criaram os proble-
mas e juntar todas as informações e gerar alternativas para solucioná-los.
10
Para ilustrar, James Dyson, inventor do aspirador de pó Dyson, percebeu uma oportunidade
para resolver o problema comum de aspiradores de pó com plástico contendo a poeira que ele
aspira, o que além de prejudicar a saúde das pessoas, principalmente as alérgicas, gasta um
tempinho até tirar o filtro e inseri-lo limpo de volta ao aparelho. Então, decidiu criar um aspira-
dor que dispensasse o saco plástico ou o flltro. Hoje, esse inventor é o 83° mais rico do mundo
e o mais rico da Grã-Bretanha.
Uma tarefa bastante comum nos meios do marketing, do design e da comunicação em geral, é
o braimstorming, que significa um processo criativo para gerar novas ideias através do pen-
samento divergente. E o pensamento convergente é a partir disso selecionar as mais favorá-
veis. Mas convém realizar essas etapas separadamente.
Para ajudar na descrição dos problemas, o melhor é formulá-los como perguntas abertas, isso
possibilita menos limitações de respostas. E a metodologia CPS, Creative Problem Solving,
usada para resolver problemas de modo inovador se baseia em:
01
ESCLARECER
02
IDEALIZAR
03
DESENVOLVER
04
IMPLEMENTAR
A 1ª etapa é esclarecer o problema. E para isso existe a técnica dos 5 porquês, que ajuda a
identificar a raiz ou causa do problema para que ele não se repita mais e se resolva rapida-
mente. Essa técnica funciona em perguntar 5 vezes por quê?
11
A técnica na prática:
Em equipe de no máximo 5 pessoas ou só. Quando junto dos outros, é conveniente que haja
alguém para atuar como facilitador do processo.
Discutir e observar o problema ou pensar nele, e escrever uma frase que o defina claramente,
sendo indicado escrevê-la em um papel que possa ser colado em um quadro, por exemplo. E ir
colando também as respostas para os 5 porquês.
Perguntar à equipe ou a mesmo por que o problema está correndo? Para responder é aconse-
lhável se lembrar de fatos e não ficar supondo as coisas. Segue exemplo:
FIGURA 5: OS 5 PORQUÊS
PROBLEMA
Nossos clientes se recusam a pagar por folhetos que imprimimos a eles.
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Por quê?
CONTRAMEDIDA
12
Frequentemente um mesmo problema aparece várias vezes, e para evitar que se repita, resol-
vendo-o de forma definitiva, usa-se a contramedida, que é um conjunto de ações com a fina-
lidade de criar atalhos, driblando as circunstâncias que fizeram o problema surgir.
Importante
A técnica dos 5 porquês foi criada em 1963 por Sakishi Toyoda, fundador das
indústrias Toyota, mas só passou a ser conhecida e utilizada na década de
70. Baseia-se na filosofia da própria empresa “Vá e Veja”, cuja tomada de
decisões acontece depois de compreender profundamente o problema. No
caso da Toyota era importante ir até o chão da fábrica verificar o que ocorria
em vez de deduzir ou supor as coisas.
No exemplo citado a inovação é considerada aberta, devido a usar fontes alheias de conheci-
mento, como a técnica dos 5 porquês, para identificar e resolver um problema. Mas também
existe a inovação fechada que consiste em encontrar soluções de maneira autônoma, sem
contar com orientações externas, tudo acontece internamente, através da própria mentali-
dade dos envolvidos.
13
FIGURA 6: BLOQUEIO MENTAL
Shirzad Chamine, em seu livro Inteligência positiva (2012), conceitua sabotadores como
“um conjunto de padrões mentais automáticos e habituais, cada um com sua própria voz,
crença e suposições que trabalham contra o que é melhor para você”. Em resumo, a autora
apresenta formas de pensar e agir que mais prejudicam a criatividade e a inovação do que
as impulsionam.
Tais sabotadores são:
14
• Esquivar-se do que pode ser desagradável, doloroso, difícil e buscar somente o que
dá prazer e o que é positivo, leva o sujeito a fugir de si mesmo, a desconhecer suas
potencialidades e forças, e quando acumulam pensamentos e emoções ruins acabam
por explodirem em excesso de raiva, criando conflitos.
Assim, é importante ter bom senso, equilíbrio, e estar atento a quando esses sabotadores
vierem à tona para não criar bloqueios mentais que podem atrapalhar a criatividade e, conse-
quentemente, algo inovador que possa surgir.
5 TRANSFORMANDO IDEIAS
EM AÇÕES
A primeira atitude necessária para que uma ideia se transforme em uma ação, em algo con-
creto, é permanecer com a mente aberta. Igualmente importante é saber exatamente aonde
se quer chegar, de que forma a ideia vai se tornar executável.
Entretanto, algumas posturas facilitam bastante quando se quer colocar uma ideia em práti-
ca, como a determinação no foco que se almeja, o ímpeto para agir, revisar constantemente
porque podem surgir componentes novos que alterem o rumo das coisas, e registrar tudo isso
para poder consultar assim que desejar.
De acordo com um artigo da Harvard Business Review, publicado em 2018, pesquisas foram
feitas com os mais diversos perfis profissionais, desde empreendedores a chefs de cozinha,
que são pioneiros e agentes de mudanças, constatando-se alguns padrões que levam à inova-
ção, a transformar ideias em ações.
15
FIGURA 7: AÇÕES PARA INOVAR
Apaixonar-se Aperfeiçoar
pela ideia a ideia
Ter um Banir
propósito distrações
E sem dúvida, nutrir a paciência, pois nem sempre as coisas vão permanecer no trilho, vão
acontecer conforme o planejado e o esperado, mas isso não pode causar desmotivação, pelo
contrário, é fundamental que essa interrupção, essa pausa para reflexão seja aceita para con-
tinuar a manter o foco.
Porém, não basta que o próprio indivíduo acredite em si e na ideia que tem para transfor-
má-la em ação, sendo preciso também que outras pessoas assim o façam. Dessa maneira,
para pôr um conceito em execução, já que ninguém faz nada sozinho, é essencial saber ven-
der a visão disso.
Existem dicas para ajudar nesse desenrolar, e a principal delas é tornar a ideia simples para
que os outros a compreendam. Então, lá vão as dicas!
Ao vender a ideia a outras pessoas, fazer associações pode ajudar a convencê-las de que a
ideia é boa, afinal, ressaltar que algumas coisas estão conectadas é importantíssimo, e quan-
do se inicia algo de uma determinada forma, outras ideias podem surgir, ou a mesma ideia
pode se expandir para novos campos de percepção.
16
Sentir gosto por explorar uma ideia a ponto de concretizá-la, de maneira apaixonada faz toda
a diferença porque estimula naturalmente e inspira os demais.
E primordial é que a ideia tenha um propósito claro porque demonstra saber aonde se quer
chegar, direciona os esforços para um foco.
Tão importante quanto todas essas coisas é manter o equilíbrio e evitar distrações enquan-
to a ideia é concretizada, desenvolvida, porque qualquer excesso pode causar esgotamento,
prejudicando o processo e impossibilitando o aperfeiçoamento da ideia. Por fim, reafirmar o
propósito, aquilo que originou a ideia, mesmo após ser concretizada, é algo a ser lembrado
constantemente.
17
Toda ideia para ser gerada e desenvolvida requer tempo. Além dessa duração para que as coi-
sas aconteçam, é importante que haja interesse genuíno a fim de manter a motivação. Pes-
quisar também é uma ação que enriquece a formulação e incrementa a ideia, e isso pode se
dar através de livros, de conversas com pessoas, de cursos, de viagens, de experiências sen-
soriais, enfim, tudo valoriza a concepção de uma ideia.
Esse percurso de originar uma ideia e passar a desenvolvê-la parte de que a ideia quando con-
cebida é apenas uma teoria, posto que não foi ainda materializada. Só depois de refinar essa
ideia, criar um contexto para ela e associar a isso outros fatores é que a ideia pode ser imple-
mentada ou executada.
Relembrar que fazer perguntas abertas promove respostas mais satisfatórias e seguras por
meio das quais a ideia nasce e se molda. Distanciar-se de suposições, mas se basear na rea-
lidade é o principal.
Elaborar um plano onde essa ideia seja pensada e repensada, descrita, caracterizada, e expe-
rienciada. Por fim, testá-la antes de pôr em prática.
6 GESTÃO DA EXECUÇÃO
INOVADORA
Toda gestão envolve procedimentos, desde a fase inicial até a ideação ou execução de um
projeto ou mesmo uma ideia. E tudo o que é feito afeta a gestão, como as decisões tomadas e
as práticas realizadas.
Uma maneira legal de gerir algo que será inovador é ir documentando as fases ou etapas, de-
pois, desmembrar essas fases em partes menores, ou em ações a serem realizadas.
Entender também a necessidade de obter feedbacks, como um comprometimento de todos
os que participam da ideia inovadora, predispõe a acertar mais e coloca todos em espírito
de colaboração.
18
Em uma empresa, a gestão da inovação abrange 4 aspectos:
Capacidades Cultura
Estratégias Estrutura
Posto isso, compreende-se que uma cultura inovadora tende a ser menos rígida e mais
encorajadora.
A estrutura diz respeito a aceitar que regras podem ser quebradas quando em jogo está a
inovação. Se em uma determinada empresa se acostumou a adotar certa postura e medidas
para obter resultados, mas quando há uma nova ideia que vire inovação, faz-se imprescindível
afrouxar a estrutura, e delegar papéis para seguir em frente e evoluir.
E as estratégias se referem às escolhas dentro de um conjunto de opções para a conquista ou
o desenvolvimento de uma ideia que gere inovação.
19
6.1 A POTENCIALIDADE DE UM BOM
ESTADO DE ESPÍRITO
Tornar-se mais criativo e possibilitar inovação tem muito a ver com o estado de espírito, que
significa a soma das representações mentais que todo indivíduo possui. Ao pensar positivo,
emoções e sentimentos positivos também começam a crescer, o que favorece a sensação de
bem-estar ligada a recompensa. Pois, quanto mais satisfeita uma pessoa se sente, mais disso
procura em sua vida.
E se tratando de despertar ou amadurecer o lado criativo e introduzir algo inovador para o
mundo, o estado de espírito ainda é mais importante, e entre as prioridades para conseguir
permanecer nesse estímulo, está se concentrar na visão em longo prazo. Perceber que é mais
importante aproveitar o processo em si, que leva tempo, do que acelerar os passos e esperar
que as coisas aconteçam rapidamente.
É possível notar que esse bom estado de espírito pode ser incentivado na medida em que não
se sente medo e não se resiste a voltar atrás para tentar fazer as coisas de outro jeito, de for-
ma melhor.
Importante
Concluindo, crer que pensar da mesma maneira sempre levará a viver também mais do mes-
mo, e para quem deseja elevar a criatividade e inovar, sair do habitual e reinventar a rotina é
compensador porque transforma.
20
Resumo do curso
Neste curso, você aprendeu que a criatividade pode ou não ser algo latente no indivíduo, mas
também aprendido com vontade e abertura. Enquanto a criatividade reina no mundo das
ideias, a inovação a põe em prática e a torna uma ferramenta poderosa para a idealização.
Compreendeu que existem fatores que tanto estimulam o lado criativo quanto o apagam, além
de método e técnicas facilitadoras para transpor ideias no papel e fazer delas algo viável e
real. E percebeu como as ideias são geradas e podem ser administradas a fim de desenvolver
todo um potencial despertado pelo entendimento de que é preciso mudar para transformar.
21
Referências
5 WHYS: Getting to the Root of a Problem Quickly. Mind Tools. [202-]. Disponível em: https://
www.mindtools.com/pages/article/newTMC_5W.htm. Acesso em: 14 ago. 2021.
BRING Your Breakthrough Ideas to Life. Harvard Business Review, nov./dec. 2018. Disponível
em: https://hbr.org/2018/11/bring-your-breakthrough-ideas-to-life. Acesso em: 14 ago. 2021.
BROWN, E. Criatividade: O que devemos medir? In: GLOVER J. A.; RONNING R. R.; REYNOLDS C.
R. (eds.). Handbook of Creativity. Nova York, Plenum, 1989.
CHAMINE, S. Inteligência Positiva: Por que só 20% das equipes e dos indivíduos alcançam seu
verdadeiro potencial e como você pode alcançar o seu. Fontanar, Espanha, 2012. Disponível
em: https://visionvox.com.br/biblioteca/s/Shirtac_Shamili_Intelig%C3%AAncia_Positiva.pdf.
Acesso em: 14 ago. 2021.
DIETRICH, A. The cognitive neuroscience of creativity. Psychonomic Bulletin & Review, v. 11,
n. 6, p. 1011-1026, 2004. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.3758/BF03196731.
Acesso em: 16 ago. 2021.
GUILFORD, J. P. Criatividade, inteligência e suas implicações educacionais. San Diego, CA:
Edits / Knapp, 1968.
MAIA, R. A diversidade como parte estratégica dos negócios. Forbes Brasil, 31 mar. 2021. Dis-
ponível em: https://forbes.com.br/colunas/2021/03/rachel-maia-o-social-e-o-corporativo/.
Acesso em: 14 ago. 2021.
SILVA FILHO, A. M. da. Inovação = Criatividade + Serendipismo. Revista Espaço Acadêmico, n.
129, fev. 2012. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/ar-
ticle/view/15905/8638. Acesso em: 13 ago. 2021.
VINCENT, A. S.; DECKER, B. P.; MUMFORD, M. D. Pensamento, inteligência e experiência diver-
gentes: um teste de modelos alternativos. Creativity ResearchJournal, p. 163-178, jun. 2010.
WHAT is Creativity. IGI Global Publisher Of Timely Knowledge. Pennsylvania, USA. 2021. Dis-
ponível em: https://www.igi-global.com/dictionary/creativity/6166. Acesso em: 14 ago. 2021.
22