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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

ENFERMAGEM NAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE


MEDICAMENTOS

Prof. Ms. Daniel Granadeiro


ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS E REGISTROS DE
ENFERMAGEM
Existe um grande equívoco a respeito do significado das
palavras remédio e medicamento. Embora o emprego da palavra seja
compreensível no dia-a-dia, o significado não é igual.
Remédio é tudo que pode curar ou minimizar um mal do corpo
ou da alma.
Medicamento é toda a substância que, introduzida no
organismo humano, desempenha uma função profilática, diagnóstica
ou terapêutica.
Indiscutivelmente, uma das maiores responsabilidades
atribuídas à equipe de enfermagem está relacionada ao cálculo, ao
preparo e à administração de medicamentos. Para executar a
prescrição médica com segurança é necessário que a equipe domine
o conhecimento dos princípios técnicos que envolvem aplicação de
medicamentos, conhecimento da farmacologia de cada droga, dose,
efeitos terapêuticos, efeitos adversos, contra-indicações, diluição,
interações medicamentosas e cálculo da dose.
É de competência médica preparar a prescrição de medicamentos de
modo que nenhum componente essencial (LETRA LEGÍVEL, NOME
COMPLETO DO CLIENTE, DATA E HORA DA PRESCRIÇÃO,
DOSAGEM, VIA DE ADMINISTRAÇÃO, FREQUENCIA DA
ADMINISTRAÇÃO E ASSINATURA) seja esquecido.
É de competência do farmacêutico preparar e fornecer medicamentos
e discutir com a equipe médica, caso haja dúvidas a respeito da prescrição
de medicamentos com dosagem fora do limite de segurança para o cliente.
A Enfermagem, dentre as várias responsabilidades relacionadas à
administração de medicamentos, deve utilizar a regra dos Treze Certos
rotina de trabalho:

• Prescrição correta; Dose Certa;


• Paciente Certo; Compatibilidade Certa;
• Medicamento Certo; Orientação ao paciente;
• Validade Certa; Via de administração certa;
• Forma e apresentação certa; Horário Certo;
• Tempo de Administração certa; Ação Certa;
• Registro Certo.
Ação Medicamentosa:
1. Geral ou Sistêmico: Pode produzir um efeito geral, é necessário
que o medicamento entre na corrente circulatória para
posteriormente atingir o órgão ou o tecido sobre o qual tem ação
específica. Exemplo: ingestão de dipirona comprimido ou injeção
de dipirona.

2. Local: O efeito é exercido apenas no ponto de aplicação, sem


passar pela corrente sanguínea. Exemplo: pomadas.

Vias de Administração:
Os medicamentos podem ser administradas por diversas vias.
A escolha depende de fatores clínicos e físicos do cliente, fatores
farmacodinâmicos, farmacocinéticos e forma farmacêutica.
1. Oral e Enteral: A absorção do medicamento ocorre no trato
digestório (boca, estômago e intestino) pelo método da deglutição
ou gavagem.

2. Tópica: A ação do medicamento ocorre na própria pele pelo


método de fricção.

3. Mucosa: Proporciona alta absorção do medicamento pelos


métodos de nebulização, instilação nasal e conjuntival e aplicação
de supositórios, podem ser:

- Nasal; Conjuntival; Sublingual; Retal; Vaginal; Pulmonar.

4. Parenteral: Apresenta rápida ação do medicamento pelo método


de injeções, podem ser:

- Intramuscular; Subcutânea; Intradérmica e Endovenosa.


Administrando medicamentos por VIA ORAL:
A Via Oral é uma das mais utilizadas para a administração de
medicamentos devido à praticidade, ao conforto, à segurança e à
economia do procedimento.
Em determinadas situações a via oral é contra-indicada por não
oferecer segurança; normalmente esse fato ocorre com clientes
pediátricos ou idosos (risco de broncoaspiração) e clientes com
náuseas e vômitos, inconscientes ou com a dificuldade de
deglutição.
Algumas formas farmacêuticas possuem características
especiais e não podem ser modificadas para facilitar a
administração, pois essa conduta pode alterar o efeito ou a
velocidade de absorção, ou ainda inativar o medicamento
prescrito.
A formas farmacêuticas podem ser: Comprimidos; Cápsulas;
Soluções; Xaropes; Elixires; Suspensões; Géis e Pós.
Administrando medicamentos por VIA TÓPICA:

A medicação por via tópica é absorvida através da epiderme


para derme. Essa absorção depende da vascularização da
região.
Os medicamentos aplicados na pele e em mucosas podem
ter efeitos locais ou sistêmicos, dependendo da concentração e
das características da droga. Podem ser aplicados na pele em
diversas formas farmacêuticas como Pomadas; Líquidos; Géis;
Loções; Xampus, etc.
Administrando medicamentos por VIA MUCOSA:

Nas diversas mucosas podem-se utilizar vários métodos de


administração, como: Aplicação direta de líquidos e colírios;
bochechos; borrifos do medicamento sobre a mucosa; e introdução
da droga diretamente em uma cavidade onde o medicamento tenha
contato com a mucosa, como colocação de supositórios, a
aplicação de pomadas, instilação de fluido no ouvido, nariz ou
bexiga.

1. Via Nasal: Nas instilações nasais o medicamento é aplicado sobre


a mucosa das narinas. As preparações intranasais podem ser
usadas para tratar tanto condições sistêmicas como doenças
respiratórias ou para exercer um efeito local como diminuir a
congestão nasal.
2. Via Auricular: A aplicação por via auricular é aquela em que o
medicamento é instilado na parte externa do ouvido. Esse método
é utilizado para umedecer o cerume impactado ou instilar
medicamentos para o tratamento de afecções locais.

3. Via Ocular: A aplicação oftálmica é um método de aplicação de


medicamentos sobre a membrana mucosa dos olhos denominada
conjuntiva. O olho é um órgão constituído por estruturas delicadas
de tecidos e membranas e, por estar permanentemente em contato
com o meio externo, é bastante suscetível a infecção e lesões.

2. Via Vaginal: Esta via é amplamente utilizada devido à praticidade


do procedimento. A terapêutica utiliza a mucosa vaginal para a
absorção de medicamentos. O efeito é otimizado quando a cliente
permanece deitada por determinado tempo.
5. Via Sublingual: A aplicação pela via sublingual é cômoda e fácil.
É uma terapêutica rápida graças à absorção para a corrente
sanguínea através dos pequeninos vasos da base da língua.

6. Via Retal: A absorção do medicamento é feita através da mucosa


retal. Possui a desvantagem de não absorver 100% do
medicamento. Esta via é muito utilizada em clientes pediátricos ou
com intolerância gástrica. Apresenta formas farmacêuticas como
Soluções, Supositórios e Pomadas.
1. Evacuantes ou de limpeza: Utilizados rotineiramente para
preparação de exames, na constipação intestinal e no preparo pré-
operatório (Fleet Enema e Enteroclisma).
2. Medicamentoso: Têm por objetivo fazer com que o medicamento
permaneça o maior tempo possível no intestino.
Administrando medicamentos por VIA PARENTERAL:

Esta via envolve qualquer outra que não o trato gastrintestinal.


É utilizada na administração de medicamentos não-absorvíveis
pelo trato gastrintestinal e proporciona ação imediata dos
medicamentos.

1. Administração por Via Intramuscular (IM): Consiste na


introdução de um medicamento no tecido muscular. A absorção do
medicamento é rápida, porém, mais lenta que por via endovenosa,
sendo por isso largamente empregada. As vantagens desta via são
a facilidade de absorção do medicamentosa e a possibilidade de
administração pouco dolorosa.
- Locais de Aplicação: Com relação à escolha dos locais de
aplicação, é importante levar em consideração os seguintes pontos:

1. Distância em relação a vasos e nervos importantes;


2. Massa muscular adequada para absorver o medicamentos;
3. Espessura do tecido adiposo;
4. Idade do cliente;
5. Compatibilidade da droga com o tecido muscular;
6. Atividade do cliente.

As regiões indicadas para aplicação de injeção intramuscular


são:

1. Ventro-glútea ou de Hochstetter – Escolha inicial por ser indicada


em qualquer idade e conter maior volume de líquidos;
2. Da face ântero-lateral da coxa – indicada especialmente para
lactentes e crianças até 10 anos, sendo contra-indicada para
menores de 28 dias.

3. Dorso-Glúteo – a região de escolha se o cliente for adulto ou


criança, sendo contra-indicada para menores de 2 anos, maiores de
60 anos e pessoas excessivamente magras.
4. Deltoidiana – Apesar de amplamente utilizada em nosso meio,
não é indicada para menores de 10 anos, e mesmo em adultos é
necessário haver um bom desenvolvimento muscular. O uso do
músculo deltóide é contra-indicado em clientes com
complicações vasculares dos membros superiores, parestesia ou
paralisia dos braços, e naquelas que sofreram mastectomia.
.
1. Material Necessário pra o preparo do medicamento
e injeção IM:

- Luva de Procedimento;
- Seringa de 3ml ou 5ml;
- Agulha para aspiração da medicação 40/12;
- Medicação;
- Agulha para aplicação da medicação 25/08 ou 30/08;
- Algodão;
- Álcool a 70%.
2. Técnicas para o procedimento da aplicação
intramuscular:

- Lavar as mãos antes e após o procedimento;


- Reunir o material para aplicação IM;
- Explicar ao cliente o que será realizado;
- Deixar o cliente em posição confortável, escolher o local para
aplicação, se possível permitir que o cliente faça a escolha com
você, deixe a área de aplicação relaxada;
- Calçar as luvas de procedimento;
- Fazer antissepsia do local;
- Com a mão não dominante, segure firme o músculo para
aplicação da injeção;
- Realizar a aplicação no músculo escolhido, sempre com o bisel
lateralizado, introduzir a agulha no ângulo de 90º;
- Realize aspiração, é recomendado após a introdução da agulha,
certificando-se de que não houve punção de vaso sanguineo. Caso
tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o
medicamento, novamente preparado e aplicado;
- Realize a aplicação do medicamento após aspiração local;
- Realize massagem leve, isso pode propiciar melhor distribuição e
absorção do medicamento;
- Não realize massagem em medicamentos com contra-indicações
por ação prolongada;
- Descarte o material, seguindo as precauções padrão, lave as mãos e
proceda à anotação de enfermagem, descrevendo o local da
aplicação, para rodízio na próxima aplicação.
3. Aplicação Método Trajeto Z

É uma técnica IM utilizada na aplicação de drogas irritativas


para proteção da pele e de tecidos subcutâneos, é um método eficaz
na vedação do medicamento dentro dos tecidos musculares.
Deve ser realizada em grandes e profundos músculos, como
Glúteo Dorsal ou Ventral. Técnica:

1. Segure a pele esticada com a mão dominante;


2. Realizar introdução da agulha no músculo;
3. Aspire a seringa após introdução da agulha no músculo sem soltar
a pele; atenção para o retorno do sangue que implica em nova
aplicação;
4. Injete o medicamento lentamente, ao término da injeção
permaneça com a agulha introduzida aproximadamente por 10
minutos, permitindo melhor distribuição do medicamento;
5. Retire a agulha e solte a pele. A soltura da pele implicará em
vedação do orifício da injeção impedindo a saída do medicamento.
Seleção do local de aplicação de IM e volume máximo a ser administrado, segundo faixa etária.
FONTE – Bork, A M T. Enfermagem baseada em evidências – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

VASTO
IDADE DELTÓIDE VENTROGLÚTEO DORSOGLÚTEO
LATERAL

Prematuros - - - 0,5 ml

Neonatos - - - 0,5 ml

Lactentes - - - 1,0 ml

3 a 6 anos - 1,5 ml 1,0 ml 1,5 ml

6 a 14 anos 0,5 ml 1,5 – 2,0 ml 1,5 – 2,0 ml 1,5 ml

Adolescentes 1,0 ml 2,0 – 2,5 ml 2,0 – 2,5 ml 1,5 ml – 2,0 ml

Adultos 1,0 ml 4,0 ml 4,0 ml 4,0 ml


Seleção do local de aplicação de IM e calibre da agulha, segundo características do paciente.
FONTE – Bork, A M T. Enfermagem baseada em evidências – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

Calibre da
Local Características do paciente
Agulha
Pacientes adultos.
Ventroglúteo Homens com peso corpóreo
30 X 7 mm
Dorsoglúteo entre 60 e 118 kg;
Mulheres entre 60 e 90 kg.
Pacientes adultos.
Deltoide Mulheres com peso inferior a 90
25 X 7 mm
Vasto Lateral da Coxa kg, indicam-se agulhas com pelo
menos 3,8 cm de comprimento
Crianças – a avaliação clínica é
25 X 6 mm Vasto Lateral da Coxa imprescindível para a tomada de
decisão.
2. Administração por Via Intradérmica (ID): A administração ID de
medicações é empregada sobretudo para fins diagnósticos, quando
se testam alergias ou reação para tuberculose. Essa via resulta em
pouca absorção sistêmica, produz efeito principalmente local. Ao
realizar a técnica de aplicação, deve-se certificar de não injetar o
medicamento profundo, evitando iatrogenia na administração ID.
O máximo de volume indicado para essa via é de 0,5ml.
3. Administração por Via Subcutânea (SC): A
administração via SC faz com que o líquido seja absorvido
lentamente a partir do tecido subcutâneo, prolongando
assim seus efeitos. Essa via não pode ser usada quando o
cliente tem doença vascular oclusiva e má perfusão
tecidual, pois a circulação periférica diminuída retarda a
absorção da medicação.
É uma via utilizada com freqüência na aplicação de
medicamentos em tratamentos de longa duração, em pós-
operatórios, na profilaxia de ocorrências vasculares
obstrutivas. O volume indicado para essa via é 0,5ml até
2,0ml.
1. Material Necessário pra o preparo do medicamento
e injeção SC:

- Luva de Procedimento;
- Agulhas 13X4,5 e 40X12;
- Seringa de 1ml= 100UI ou 3ml;
- Bolas de algodão;
- Medicamento prescrito (frasco ou ampola);
- Álcool a 70%;
- Bandeja.
2. Técnicas para o procedimento da aplicação
subcutânea:

- Lavar as mãos antes e após o procedimento;


- Reunir o material para aplicação SC;
- Explicar ao cliente o que será realizado;
- Deixar o cliente em posição confortável, escolher o local para
aplicação, se possível permitir que o cliente faça a escolha com
você, deixe a área de aplicação relaxada;
- Calçar as luvas de procedimento;
- Fazer antissepsia do local;
- Com a mão não dominante, segure a pele ao redor do local da
injeção e eleve firmemente o tecido subcutâneo para formar
uma dobra adiposa;
- Realizar a aplicação no ângulo de 90º com agulha 13X4,5 e ângulo
de 45º com agulha 25X7;
- É recomendada à aspiração, certificando que não houve punção de
vaso sanguineo;
- Realize a aplicação do medicamento após aspiração local;
- Em caso de medicamentos que não tenham ação prolongada e que
não atuem na coagulação sanguínea uma massagem leve pode
propiciar melhor distribuição e absorção do medicamento;
- Descarte o material seguindo as precauções padrão, lave as mãos e
proceda sua anotação de enfermagem, descrevendo o local da
aplicação, para rodízio na próxima aplicação.
4. Administração por Via Endovenosa (EV):

A administração via endovenosa (EV) permite a


aplicação de medicações diretamente na corrente sanguínea
através de uma veia. Como o medicamento ou a solução é
absorvido imediatamente, a resposta do cliente também é
imediata. Como a absorção pela corrente sanguínea é
completa, grandes doses de substâncias podem ser
fornecidas em fluxo contínuo. Indicam-se diluições em
seringas de 20 e 10ml, ou seja com 20 ou 10ml de água
destilada ou para injeção.
Tipos de Infusão
Bolus: é a administração intravenosa realizada em tempo menor
ou igual a 1 minuto.

Infusão rápida: é a administração intravenosa realizada entre 1


e 30 minutos. Algumas podem ser realizadas com seringa, porém para
infusões em tempo superior a 10 minutos recomenda-se a utilização
de bureta.

Infusão lenta: é a administração intravenosa realizada entre 30


e 60 minutos.

Infusão contínua: é a administração realizada em tempo


superior a 60minutos, ininterruptamente.

Administração Intermitente: não contínua, por exemplo de 6


em 6 horas. Para este tipo de terapia é importante a preocupação com
a manutenção da permeabilidade do cateter que permanecerá com
dispositivo tipo tampinha nos intervalos da medicação.
Locais mais indicados para punção endovenosa:

1. REGIÃO DO DORSO DA MÃO: Área em que encontramos veias


superficiais de fácil acesso, porém atenção à punção de longa duração
nesse local, pois pode limitar os movimentos.
2. REGIÃO DOS MEMBROS SUPERIORES: Área em que
encontramos vários locais disponíveis para realizar a punção.
3. REGIÃO CEFÁLICA: Utilizada com freqüência em pediatria,
quando não há possibilidade de realizar a punção em regiões
periféricas.
CUIDADOS NO PREPARO
 Atenção a pacientes alérgicos.

 Conhecer o medicamento: reconstituição, diluição, tempo de


infusão, reações adversas, fotossensibilidade e estabilidade.

 Lavar as mãos.

 Desinfecção do local de preparo.

 Homogeneizar e observar presença de partículas e alteração na


cor.

 Atenção ao manuseio da seringa e agulha.


Material:

 Medicação;
 Bolas de algodão com álcool 70%;
 Seringas com SF 0,9% para salinizar o acesso caso
necessário;
 Agulhas de acordo com a finalidade do acesso (scalp,
jelco, agulha hipodérmica...);
 Garrote;
 Esparadrapo ou micropore para fixação, se for
preciso.
 Equipo e soro em caso de infusões.
Escolhendo o dispositivo:
 Comprimento: será determinado pela extensão da veia que
se pretende puncionar.
 Diâmetro: um cateter de menor diâmetro ocupará menor
espaço dentro da veia, facilitando o fluxo venoso e a
introdução do medicamento.
 Calibre de 20 a 22 é utilizado para a maior parte dos líquidos
infundidos.
 Calibre 14 a 16 para soluções viscosas e cáusticas.
 Calibre 18 para hemoderivados.
EQUIPO COM BURETA
EQUIPO
TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA: CATETER
TIPO JELCO
- Lavar as mãos antes e após o procedimento;
- Reunir o material para punção;
- Explicar ao cliente o que será realizado;
- Deixar o cliente em posição confortável com a área de punção apoiada;
- Escolher o local para punção, se possível permitir que o cliente faça a
escolha com você;
- Calçar as luvas de procedimento;
- Garrotear o local para melhor visualizar a veia;
- Fazer antissepsia do local com algodão embebido em álcool 70% ou
clorexidina alcoólica;
- Realizar punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado para
cima;
- A técnica de punção é igual a das anteriores, com angulação de 15º ou 45º;
TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA: CATETER
TIPO JELCO
- Ao penetrar no interior da veia, veremos que reflui sangue no dispositivo
transparente (canhão) do JELCO.
- Desgarrotear o braço;
- Segura-se o mandril e empurra-se o cateter para o interior da veia até fique
complemente introduzido.
- Retira-se o mandril, comprimindo-se a ponta do catéter, sobre a pele,
impedindo ou diminuído o refluxo de sangue;
- Conecta-se ao equipo de soro através de uma torneira de 3 vias ou similar.
- Após a punção, deve ser feito o teste de refluxo, para evidenciar que
realmente o cateter está no interior do vaso;
- Após, realizar fixação adequada com adesivo disponível;
- Realizar dobraduras nas laterais do adesivo para facilitar a sua troca diária;
- Identificar o adesivo com data, nome do profissional, hora e calibre do
dispositivo;
- Reunir o material e realizar anotação de enfermagem do procedimento,
descrevendo local e possível intercorrências.
TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA: CATETER
TIPO SCALP
- Obedecendo a técnica do cateter tipo jelco;
- O espaço interno do scalp deve ser preenchido por soro ou com o sangue
que reflui da veia, para poder conectar no equipo de soro.
- Faça a fixação do scalp com esparadrapo, previamente cortado.
- Certifique-se de que o scalp esta no interior da veia, descendo o frasco de
soro.
- Identifique com data e numeração do catéter utilizado (algumas instituições
também solicitam que seja anotado o nome do profissional que realizou a
punção).
Acidentes que podem ocorrer durante e
após aplicações dos medicamentos:
1. Não reencape as agulhas após realizar o procedimento de aplicação
injetável de medicamentos (ID, SC, IM e EV), risco de auto
contaminação;

2. Atenção para não esquecer o perfuro-cortante no leito, risco de acidente


para o cliente e equipe;

3. Durante a administração das medicações podem ocorrer alguns acidentes


relacionados à manutenção e permanência do dispositivo venoso:

• Extravasamento: ocorre uma infiltração da medicação ou solução que


está sendo injetada, causando a formação de edema, dor local. A infusão
deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado.
Acidentes que podem ocorrer durante e
após aplicações dos medicamentos:

• Obstrução: ocorre quando a infusão é interrompida por algum motivo


e o dispositivo fica sem fluxo ou fechado durante muito tempo,
impedindo a infusão da solução, indica-se a prescrição de enfermagem
da injeção de salina ou água destilada (10ml em seringa de 10ml em
bolus), garantindo assim a permeabilidade do cateter, conforme
protocolo da instituição.

• Flebite: ocorre uma inflamação na veia, após a punção venosa e ou


administração da medicação; o cliente apresenta dor local, calor,
edema, sensibilidade ao toque e hiperemia (vermelhidão). A infusão
deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado.
Acidentes que podem ocorrer durante e
após aplicações dos medicamentos:

• Obstrução: ocorre quando a infusão é interrompida por algum motivo


e o dispositivo fica sem fluxo ou fechado durante muito tempo,
impedindo a infusão da solução, indica-se a prescrição de enfermagem
da injeção de salina ou água destilada (10ml em seringa de 10ml em
bolus), garantindo assim a permeabilidade do cateter, conforme
protocolo da instituição.

• Flebite: ocorre uma inflamação na veia, após a punção venosa e ou


administração da medicação; o cliente apresenta dor local, calor,
edema, sensibilidade ao toque e hiperemia (vermelhidão). A infusão
deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado.
Orientações gerais:
• Selecionar o cateter periférico com base no objetivo pretendido. Na duração da
terapia. Na viscosidade do fluido. Nos componentes do fluido e nas condições de
acesso venoso;
• Em adultos, as veias de escolha para canulação periférica são as das superfícies
dorsal e ventral dos antebraços. As veias de membros inferiores não devem ser
utilizadas a menos que seja absolutamente necessário, em virtude do risco de
embolias e tromboflebites;
• Para crianças menores de 03 (três anos) também podem ser consideradas as veias
da cabeça. Caso a criança não caminhe, considere as veias do pé;
• Evitar região de flexão, membros comprometidos por lesões como feridas
abertas, infecções nas extremidades, veias já comprometidas (infiltração, flebite,
necrose), áreas com infiltração e/ou extravasamento prévios, áreas com outros
procedimentos planejados;
• Em caso de sujidade visível no local da futura punção, removê-la com água e
sabão antes da aplicação do antisséptico;
• Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no
máximo, quatro no total;
Orientações gerais:
• A cobertura deve ser trocada imediatamente se houver suspeita de
contaminação e sempre quando úmida, solta, suja ou com a integridade
comprometida. Manter técnica asséptica durante a troca;
• Proteger o sítio de inserção e conexões com plástico durante o banho;
• Realizar o flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue antes de
cada infusão para garantir o funcionamento do cateter e prevenir complicações;
• Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do cateter ao passo que utilizando as
seringas de diâmetro de 10 ml para gerar baixa pressão no lúmen do cateter e
registrar qualquer tipo de resistência. Não forçar o flushing utilizando qualquer
tamanho de seringa. Em caso de resistência, avaliar possíveis fatores (como,
por exemplo, clamps fechados ou extensores e linhas de infusão dobrados).
Não utilizar seringas preenchidas para diluição de medicamentos;
• A avaliação de necessidade de permanência do cateter deve ser diária;
• Remover o cateter periférico tão logo não haja medicamentos endovenosos
prescritos se caso nesse meio tempo o mesmo não tenha sido utilizado nas
últimas 24 horas;
• Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado logo após um período
inferior a 96 h. A decisão de estender a frequência de troca para prazos
superiores ou quando clinicamente indicado dependerá da adesão da
instituição às boas práticas recomendadas pela ANVISA.
Referências Bibliográficas:

1. SMELTZER, S.C; BARE, B.G. Brunner & Suddarth – Tratado


de Enfermagem Médico--Cirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro,
Guanabara, 2008.

2. POTER, P; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª ed.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

3. PIANUCCI, Ana. Saber Cuidar: Procedimentos básicas em


Enfermagem. 13ª ed. São Paulo: SENAC, 2006.

4. SILVA, M. T; SILVA, S.R.L.P.T. Cálculo e Administração de


Medicamentos na Enfermagem. 2ª ed. São Paulo: Martinari,
2010.

Ministério da Saúde (BR). Portaria n° 2616 de 12 de maio de 1998.

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