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O reator de aterramento é

um transformador de
potência que opera em
vazio, que tem impedância
infinita na seqüência
positiva e impedância baixa
na seqüência zero.
Os Reatores de aterramento são
utilizados para dar referência á terra a
um sistema elétrico com o neutro
isolado da terra ou aterrados através de
uma alta impedância (sistemas não
aterrados), e permitir a circulação de
correntes de seqüência zero durante
faltas monofásicas, no barramento
principal.
OS SISTEMAS ELÉTRICOS PODEM SER
ATERRADOS OU NÃO ATERRADOS

 ATERRADO: Aquele no
qual pelo menos um ponto
do sistema ou um condutor é
intencionalmente conectado
à terra, mantendo-se assim
ao mesmo potencial
elétrico.

 NÃO ATERRADO: É o
sistema sem nenhuma
ligação intencional à terra.
Os sistemas aterrados podem ser:

Solidamente aterrado:

consiste na conexão do
neutro do sistema
diretamente à terra.
Aterrado através de um reator:

Existe uma impedância de


caráter predominantemente
reativo, entre o neutro e a
terra.
Aterrado através de um resistor

É inserido entre o neutro e a


terra um elemento resistivo.
Dessa forma passa a existir
entre o neutro e a terra uma
impedância
predominantemente
resistiva.
Aterramento através de um transformador

O transformador, onde também


predomina uma impedância reativa,
proporciona o ponto neutro(conexão
estrela) por onde se efetivará o
aterramento.
Aterramento através de indutor (Bobina de Petersen)

É uma bobina (reatância indutiva)


previamente calculada que
proporciona uma corrente indutiva
de neutro que anula a corrente
capacitiva circulante eliminando-se
dessa forma o arco elétrico.
Cada concepção de aterramento tem seus prós
e contras. O como será feito o aterramento
dependerá de uma análise e conhecimento do
sistema elétrico a ser operado .
ATERRAMENTO SÓLIDO

O aterramento sólido reduz o risco de sobretensões durante faltas à


terra. Essas faltas não deslocam o neutro do sistema, Logo, o
sistema não requer um nível de isolação de tensão tão elevado
quanto requer um sistema com neutro isolado. Em geral, os
sistemas de transmissão são solidamente aterrados ao redor do
mundo, pois para elevados níveis de tensão o custo com o sistema
de isolação torna-se muito oneroso, inviabilizando qualquer outro
tipo de aterramento.
Outra questão relevante nos sistemas de transmissão é a
eliminação e isolação do defeito em um período de tempo mais
curto o possível e para tanto um nível de corrente mais alto ajuda
na sensibilização dos relés de proteção, que normalmente
apresentam a característica de funcionamento baseada em uma
curva inversa de tempo por corrente, assim quanto maior a corrente
menor é o tempo para sensibilização da proteção.
Os principais objetivos do
aterramento do sistema são:

 minimizar as solicitações térmicas e


de tensão nos equipamentos,
 propiciar segurança para as equipes
de trabalho,
 reduzir as interferências nos
sistemas de comunicação
 contribuir para a detecção e
eliminação rápidas de faltas à terra.
Com exceção das solictações de tensão, a
operação de um sistema do tipo não aterrado,
aterrado através de alta impedância restringe
as magnitudes das correntes de falta à terra e
permite atingir a maioria dos objetivos
relacionados anteriormenmte.
Apesar de ter vantagens, sistemas
como estes ficam insensíveis a
defeitos monofásicos. Num sistema
isolado (estrela não-aterrada ou delta),
uma falta fase-terra só
sensibilizará a proteção, se outro
defeito a terra ocorrer em algum
lugar do sistema. Além disso,
em sistemas isolados, quando ocorre
um defeito para terra, as sobretensões
nas fases sãs podem atingir valores
muito elevados.
Esquema de ligação zigue-zague
HO H1 H2 H3

Os enrolamentos de um
Reator de Aterramento são
ligados em zigue-zague
aterrados, pois possui dois
enrolamentos no qual a
relação de espiras é 1:1,
sendo os enrolamentos
primários e secundários
interconectados, com o
neutro aterrado.
Verificadas as diferenças entre os sistemas aterrados e
desaterrados, as características de sistema aterrados são
superiores às dos desaterrados

Duas vantagens principais são atribuídas aos sistemas


isolados:

-A primeira é operacional, pois a primeira falta à terra em um


sistema faz com que flua somente uma corrente pequena à
terra, devido as capacitâncias, assim o sistema pode ser
operado com a presença desta falta à terra, o que melhora
sua continuidade.

- O segundo é econômico, pois nenhuma despesa é


requerida com o aterramento dos equipamentos ou
condutores de aterramento do sistema.
Desvantagens dos sistema não aterrados

Estão sujeitos, quando da ocorrência de defeito


de fase ( fase/terra ), à condição de que as
tensões entre fase não afetadas e a terra
tornem-se cerca de 73% maiores que seus
valores normais.

Impossibilidade do emprego de um sistema


seletivo de proteção para defeito fase/terra.
Sistema com Neutro Isolado
Embora apresentem vantagens, o
sistema elétrico com neutro isolado
não permite a detecção de faltas
monofásicas, tornando-se, portanto,
indispensável o uso de reatores de
aterramento para dar referência à
terra.
Os sistemas elétricos em 69 kV, constituídos pelas subestações da Chesf
e concessionárias de distribuição, são sistemas de neutro isolado e com os
enrolamentos de 69kV dos transformadores conectados em delta. Para
reduzir as sobretensões nas fases sãs durante defeitos monofásicos, na
Chesf são utilizados reatores de aterramento, conectados com os seus
enrolamentos em zigue-zague aterrado. Quanto mais baixa a impedância
em ohms/fase do Reator, menor a relação X0/X1. Baseado em Nomas
Técnicas, dimensionam-se esses equipamentos de acordo com a
suportabilidade dos equipamentos do sistema elétrico que estão instalados
com relação às sobretensões temporárias fase-terra.

Instalação típica das subestações 230/69kV da Chesf,


com sistema elétrico isolado, utilizando Reator
de Aterramento como referência à terra.
Ocorrências detectadas nas subestações da Chesf
mostraram que a entrada em operação de novos
equipamentos, tais como: transformadores de
potência, linhas de transmissão e/ou geradores; podem
iniciar as condições para que ocorra a
ferrorressonância durante a manobra desses
equipamentos através de chaves seccionadoras.
Na configuração atual, as manobras do
reator de aterramento através da
chave 32A1-8 podem iniciar
ferrorressonância e provocar
solicitações acima dos limites de
projeto e de ensaios, podendo causar
falhas por degradação excessiva do
isolamento interno. Foi dado como
solução definitiva a instalação da
chave 32A1-6 para permitir a
transferência do reator para a barra
auxiliar, sendo a energização e
desenergização do equipamento feitas
pelo disjuntor auxiliar 12D1, reduzindo
significativamente as solicitações
Solução para manobra de reatores de aterramento
através da instalação da chave 32A1-6.
sobre o equipamento e evitando a
ferrorressonância.
Vantagens do uso do reator de aterramento:

Redução dos valores das sobretensões transitórias;

Possibilidade do emprego de esquemas seletivos de


proteção;

Maior facilidade na localização de defeito fase/terra;

Maior grau de segurança para pessoal equipamento.


Transformador de aterramento TUSA
Ferro-ressonância

Um dos problemas dos TT’s é o fenómeno de ferro-


ressonância, embora apenas se verifique em sistemas
de neutro isolado. A oscilação de baixa frequência
acontece entre a indutância não linear do
transformador e a capacidade à terra da rede de
transmissão, quando de uma variação brusca de
tensão na rede. Esses harmónicos podem saturar o
ferro do transformador, provocando o aumento da
tensão a tal nível que pode destruir os isolamentos,
provocando a avaria do TT. Embora seja difícil
precisar o possível risco do fenómeno descrito, pois
depende do transformador, é possível calcular a
existência de risco de ressonância quando a
capacidade homopolar expressa em S (Km) é:

S<42000/Un^2 ( Linhas ) S<1400/Un^2 ( Cabos ) ,


onde Un é a tensão do sistema em kV.

É importante a existência de um dispositivo que


amorteça a oscilação de baixa frequência, eliminando-

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