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Problema de Tempels
Metodológico, pois, coloca visão de mundo como filosofia
Condições para questão conceitual:
“...(a) a existência de um conjunto de filósofos africanos que viva e trabalhe num meio
cultural e intelectual estimulante e decisivamente aberto para o mundo; b) um uso bom
e, naturalmente, crítico de “reflectores” filosóficos externos, que através da paciência da
disciplina, iriam promover em África um pensamento transcultural (tal como o sistema
de Aristóteles, herdado e reformulado por árabes medievais, antes de ser transmitido,
como um legado, aos acadêmicos europeus); (c) um inventário seletivo e flexível de
valores africanos – sejam eles atitudes, categorias ou símbolos – que possivelmente
dariam que pensar (provocariam o pensamento) no sentido proposto pela hermenêutica
de P. Ricoeur (que permitiria iniciativas em África semelhantes à reformulação de uma
filosofia moral e política de Spinoza, com base numa leitura crítica da tradição judaica);
(d) uma clara separação entre consciência reflexiva e consciência mítica, o que
implicaria, e de qualquer forma, ampliaria, grandes contrastes (sujeito versus objeto, eu
versus o outro, natureza versus sobrenatural, sensível versus metafísica, etc.); (e) uma
análise às principais tentações dos intelectuais africanos.
Critica de Eboussi-Boulaga
Não se questiona como a antropologia pode ser fonte de ou base para a filosofia e
define-se como técnica para transcrever valores e expressar o que é fundamentalmente
indizível
Segunda fase
Hountondji
1 A etnofilosofia é uma interpretação inebriante e imaginária quem não é suportada por
autoridade textual;
2 Se as instituições ocidentais a valorizam é por uma questão etnocêntrica;
Hountondju diz que a maioria dos etnofilósofos são filósofos, mas não restauram uma
filosofia africana, pois, até agora a África não tem filosofado e o passado não mostra
nada que possa ser denominado filosófico
Fundamentos
Outro extremo da etnofilosofia e dos seus críticos: ideia de filosofia perene que
pressupõe uma alteridade africana e, em certa medida, há uma ortodoxia que se orienta a
partir de três bases: herança etíope, tradição empirista dos países anglófonos, debate
epistemológico de um discurso africano nas ciências sociais e humanas e o
universalismo marxista.
Entende-se como um exercício autocrítico e uma disciplina crítica em África
Exemplos:
1 - Debate epistemológico sobre teologia africana
É possível conciliar fé universal (cristianismo) com cultura africana no seio de uma
disciplina (teologia) que seja epistemologicamente marcada?
Uma parte dos africanos não tem nada a ver com a estrutura social e econômica dos seus
países; o espírito crítico deve apoiar-se na ideia de que não existe nada sagrado que a
filosofia não possa questionar
Debate sobre o significado das ciências sociais
Doutrina de desconstrução em filosofia