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prova da CECB

analisar a burguesia paulista desde o período colonial até o século xix e as novas
implantações ocorridas na Era vargas para o desenvolvimento econômico.

Principais características da burguesia paulistana:

- Marcada pela desigualdade, não só pelo governo mas sim pela burguesia
que gestou São Paulo na época colonial

- Em Piratininga (no alto da serra, SP) se desenvolve uma comunidade


pequena, a burguesia paulistana, quando isso aconteceu, começou uma
massificação de pessoas nas áreas periféricas pois se formou um centro
elitizado dessa burguesia que se formava na época, daí surgem as periferias.

- Porém com toda a riqueza saindo do país e indo para burguesia portuguesa o
retorno era mínimo, ou seja, o poder de renda e influência era ínfimo, não
havia um plano interno econômico por conta do pacto colonial.

- A burguesia não tinha muito dinheiro reunido pois tudo iria para a burguesia
europeia, não ficava em território nacional. A autonomia era apenas pela
localização onde os mandos do rei não chegavam pela localização, mas nada
muito atrelado a riqueza.

- Século XVI: Brasil era visto como uma terra de passagem onde não vale a
pena o investimento e nem moradia, toda riqueza gerada aqui ia para
Portugal.

- O poder dessa burguesia era regional, tendo autonomia de como realizar


suas práticas comerciais porém não era sinônimo de riqueza, pois a riqueza
(assim como tudo extraído) é exportada. O poder de relacionamento com o
âmbito internacional não era possível, tudo era somente feito com Portugal
onde era uma relação totalmente desigual e favorável a Portugal, não
permitindo o desenvolvimento político e econômico interno, não provendo
recursos a essa burguesia.

- Dentro de suas limitações (depois do aval de portugal de explorar o interior


do país, sec dezessete e dezoito) os tropeiros paulistas, os bandeirantes
paulistas, começaram a explorar os minérios e tendo um enriquecimento
mesmo que mínimo. surgem as reclamações da nossa burguesia paulista por
conta do custo dessa mineração e da logística até o porto, que era muito
precária e muito custoso tendo um encarecimento nesses minérios, podendo
até desmotivar os burgueses da época. Todos esses aspectos caracterizam
uma burguesia diligente, ou seja, sem poder algum e com pouco potencial
em dinheiro.

- No regime imperialista havia leis que beneficiavam os produtos ingleses


acima de qualquer produto, até mesmo do nacional, pois na fuga da corte
portuguesa para o Brasil houve a ajuda da inglaterra e em troca a corte
portuguesa abaixa os impostos dos produtos ingleses, tendo eles somente a
porcentagem de 15%, produtos portugueses de 16% e de demais povos de
24%, colocando os produtos da inglaterra em vantagem a qualquer outro.

- A burguesia se queixa novamente, agora pelos produtos manufaturados


ingleses onde tinham melhor qualidade e baixo custo, colocando assim seus
produtos nacionais que eram produzidos nas vilas paulistanas em total
desvantagem.

- No final século dezoito e início do século dezenove: a mineração ainda


continua porém em uma escala menor por já ter sido bastante explorada mas
ainda se faz presente. O Rio de Janeiro já era atuante na indústria do café e
no século dezenove essa indústria carioca estava em decadência no vale do
Paraíba, por três principais motivos: primeiro ponto é a técnica utilizada que
foi a de plantation que acabou por desertificar todo o território onde acontecia
as plantações de café, segundo ponto é a logística que dificultava esse
escoamento do café por ainda ser de tração animal, que por consequência
acabava encarecendo o produto final e o terceiro ponto, que foi fundamental
para essa virada do Rio de Janeiro para São Paulo, foi que todo excedente
de dinheiro gerado pelo café carioca era aplicado pela burguesia na própria
plantação, não diversificando a economia, o que levou essa produção
cafeeira para o oeste paulista.

- Só ocorre uma virada nessa burguesia, o processo de enriquecimento,


influência regional e influência em tratativas internacionais somente quando
acontece a queda do império, do regime imperialista (virada do século
dezenove para o século vinte) com o surgimento da economia cafeeira, com
grande força no oeste paulista. Onde há novas técnicas de extração, mais
industrializações, fortalecendo uma economia agroexportadora paulista que
antes não existia.

- A burguesia paulista soube investir nessa produção cafeeira, o solo era mais
propício do que o do rio de janeiro, a terra roxa, uma das mais férteis. Foi
usada a técnica de plantio por revezamento não matando todos os nutrientes
do solo, outro ponto que ajudou a essa ascensão foi o surgimento das
malhas ferroviárias que fizeram com que o escoamento para os portos fosse
muito mais rápido e menos custoso, barateando o produto e o principal, a
burguesia paulistana não investia 100% do lucro do café nas suas
plantações, foi dividido, diversificando a economia como investir e comércios,
nas próprias indústrias, na construção de navios, na logística, ou seja, teve
um investimento geral promovendo o sucesso dessa economia, não
permitindo que ela ficasse estagnada. Caracterizando uma burguesia de
empresários.

- Esse perfil empresarial possibilitou a aceleração do nosso desenvolvimento


industrial, mesmo que não máxima mas ainda sim muito importante, portanto
para esse processo de urbanização foi necessário muito do capital externo
principalmente para a construção das estradas de ferro, dependendo de
empresas inglesas e americanas. Havia também o capital interno mas que
ainda sim dependia do financiamento internacional, que por sua vez, era
tratado com a oligarquia cafeeira e não pelo governo federal.
- Mesmo com a exportação a todo vapor, não anulou o poder regional
fomentando uma economia interna porém tendo sua maior parcela
dependendo de capital externo, da nossa economia agroexportadora.

- ERA VARGAS: inicia-se a percepção de uma necessidade de integração,


com o intuito de equilibrar a balança do internacional e do nacional. Esse
olhar mais atento a integração do comércio, mais atenção ao
desenvolvimento interno do país mas não que isso represente ruptura em
políticas internacionais, mas sim balanceando essas duas vertentes,
quebrando a ideia colonial (ou procurando quebrar) onde tudo dependia do
internacional, período de transição entre a ideia colonial, imperialista e a ideia
republicana.

- Vargas acreditava que era a hora de começar a integração nacional e não


regional como era uma característica dos outros regimes, acreditava que se
não ocorresse essa integração deixaria um rombo na nossa sociedade,
possibilitando revoluções e revoltas. Com essa medida de integração de
Getúlio, buscando a consolidação da unidade nacional atrelada ao
desenvolvimento econômico, ocorre a ruptura dessas oligarquias regionais
que antes estava a frente de tudo e concentravam todo o poder em apenas
uma região, fomentando a desigualdade social.

- Foi um período de transição de mentalidades também no aspecto dos


trabalhadores onde tivemos séculos de mão de obra escrava e agora há a
mão de obra assalariada, necessitando de novas políticas onde era
necessário uma reforma estrutural no direito dos trabalhadores mediante a
essa desigualdade social gritante.

- Medidas são tomadas e grandes feitos acontecem calcados no


desenvolvimento
industrial, ele criou instituições que contribuíram para o desenvolvimento
econômico e social do país. A Consolidação das Leis do Trabalho ainda é a
base geral de regulação das relações de trabalho, sem mencionar o salário
mínimo; a ampliação do crédito agrícola via programas do governo federal e
de carteiras do Banco do Brasil; a criação do BNDES, que ainda financia boa
parte dos investimentos na indústria e na infraestrutura; a criação das
companhias Vale do Rio Doce e Siderúrgica Nacional (ambas em 1942) e da
Petrobrás (em 1954).

mostrar com a teoria de keynes como o brasil superou a crise de 1930 e de


2008

A crise de 1929 provocou uma diminuição na renda e no consumo no mundo


todo, atingindo escala global e no Brasil não seria diferente. Com o poder aquisitivo
dos países comprometidos, a agroexportação foi seriamente afetada aqui no Brasil
(que era a principal renda nacional na época), principalmente a agroexportação do
café. As exportações de café, que chegaram a US$ 445 milhões em 1929, caíram
para US$ 180 milhões em 1930, a cotação da saca no mercado internacional, caiu
quase 90% em um ano, o que fez com que o governo brasileiro precisasse intervir
para segurar os efeitos dessa crise, com receio de tomar proporções ainda piores e
o país se assolasse no desemprego, foram necessárias medidas para salvar a
economia nacional, O governo comprou a produção excessiva do café no intuito de
assegurar os empregos e que o mercado continuasse girando e não ficasse
estagnado e ainda no ano de 1930 o governo chegou a queimar esse excedente da
safra de café.
A crise de 2008 assolou novamente o mundo em uma recessão histórica,
fazendo com que a bolsa de valores despencasse e ocorressem perdas bilionárias
ao redor do mundo. Diante da escassez de crédito disponível no mercado, o
governo brasileiro injetou uma série de estímulos na economia com o objetivo de
aumentar o consumo no país. Dentre essas medidas estavam a redução da alíquota
do depósito compulsório dos bancos (parcela de recursos que os bancos precisam
recolher no Banco Central e não podem emprestar aos clientes), redução do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, construção civil e
eletrodomésticos, a criação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI),
redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), alterações no formato de
cobrança do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e estímulo ao crédito em
bancos públicos, ou seja, essas medidas de estímulo foram cruciais para manter a
economia girando, a população começa a ter acesso a eletrodomésticos,
automóveis, imóveis, estimulando o consumo, também foi importante para as
empresas voltarem a ter créditos para investimentos, promovendo o crescimento do
país, mesmo diante a crise.
A baixa nos juros também foi uma das medidas adotadas, de setembro a
dezembro de 2008, a taxa básica de juros (Selic) havia parado de aumentar mas foi
mantida em 13,75% ao ano, até cair para 8,75% entre o final de 2009 e o início de
2010, portanto a redução dos juros foi mais uma forma de estímulo ao crédito no
país e ao investimento por parte das empresas, aumentando o consumo e
mantendo a economia aquecida.
As medidas tomadas pelo governo brasileiro tanto em 1930 quanto em 2008,
é o keynesianismo na prática, que é a teoria que defende um estado
intervencionista com o intuito de garantir um bom funcionamento da economia,
mesmo que isso signifique que o governo precise se endividar, ou seja, a
intervenção estatal se faz necessária em tempos de crise, onde o estado busque
superar essas falhas e rombos na economia por meio de políticas públicas e não
quebrasse o país.Em sua essência, Keynes defende que é melhor que o Estado
interfira e resolva os problemas a curto prazo do que se esperasse o mercado voltar
ao normal que se regulasse sozinho, pois os danos que podem ocorrer a longo
prazo podem ser irreversíveis ou muito mais complicados e penosos de se
resolverem. Contudo, as medidas do governo do Brasil mediante as crises que
foram enfrentadas. foram medidas intervencionistas com o intuito de arreglar a
economia e minimizar as consequências, como comprar a produção excedente do
café para assegurar emprego de milhares de trabalhadores, como também, a
redução de juros em 2008 e a baixa nas alíquotas, fomentando o consumo.

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