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Há critérios materiais (norma) e há critérios formais (equidade justiça do caso concreto).
Os critérios normativos (materiais) são gerais e abstratos, não se baseiam num caso.
A equidade não revela normas jurídicas, não é fonte de direito, pois só pode ser usada quando a lei
assim o permite.
As formas de expressão do dever ser (norma) podem ser várias, mas de uma fonte só pode ser
retirada uma norma do dever ser – não pode haver normas distintas retiradas da mesma fonte.
Quando falamos de norma, falamos quase de sempre das normas de conduta (normas por
excelência) são as que nos convidam a um determinado comportamento (dever ser).
Norma e regra para alguns autores são conceitos similares. Norma é a expressão da ordem e do
dever ser. Regras são todas aquelas que não são normas de conduta, aquelas normas que não
expressam nenhuma ordem de dever ser – retroativas, revogatórias.
A norma divide-se em duas partes que não aparecem sempre da mesma forma, a previsão e a
estatuição:
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Características das normas jurídicas
A norma jurídica tem uma vocação geral, fixa uma categoria de destinatários não
conhecida à priori. Distingue-se de um preceito individual. A generalidade tende a ser confundida
com pluralidade. Há generalidade aparente e pluralidade aparente. Pode haver preceitos gerais
individuais, aparenta individualidade, mas é geral (presidente da república) – norma geral pois
destina-se a uma categoria de pessoas. Por outro lado, existem situações de individualidade que
aparentam pluralidade. (despedir caminhos-de- ferro, mas só há um). Não há generalidade num
preceito que visa ser aplicado às pessoas em concreto, ainda que aparente pluralidade.
Para Rui Medeiros, a generalidade e a abstração são características tendenciais, mas o essencial é a
igualdade, pois o destinatário não pode ser alvo de discriminação.
Importa, ainda, salientar a hipoteticidade como característica das normas jurídicas. Esta
consiste no facto de os efeitos jurídicos estatuídos só surtem efeito se forem verificadas as
situações ou factos previstos. Quer isto dizer que, a norma jurídica, tem uma dimensão de
hipótese, aplicada apenas quando esta se verifica.
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Classificação das normas jurídicas
A classificação das normas jurídicas pode ser feita atendendo a vários critérios, sendo eles:
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Âmbito pessoal da validade:
lacunas3
Plenitude do sentido:
Quanto à sanção:
1. leges plus quam perfectae: determinam a invalidade dos atos que as violam, e aplicam
uma pena para os infratores
2. leges perfectae: só determinam a invalidade dos atos que as violem
3. leges minus quam perfectae: não estabelecem a invalidade dos atos contrários, apenas
limitando os efeitos produzidos
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4. leges imperfectae: normas que não fixam nenhuma sanção
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Cf. ARTo. 7o, no3 do Código Civil.
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Cf. ARTo. 11o do Código Civil.
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Cf. ARTo. 10o, no1 do Código Civil.
Sanção
O conceito de sanção difere de estatuição. A sanção pode definir-se como uma consequência ou
efeito imposto pela norma jurídica.
reação desfavorável: incumprimento de uma norma jurídica conduz a uma sanção negativa
= privação de um bem
reação favorável: cumprimento de uma norma jurídica conduz a uma sanção positiva ou
premial = atribuição de prémios ou recompensas
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