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Universidade Federal de São Carlos


Campus Sorocaba Aprimoramento de
bancada ajustável para montagem de
Guilherme Silva

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Osvaldo Correia

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE P…


Vit or Missio

Simulat ion support s as int ermediat e object s t o incorporat ion t he perspect ive of act ivit y in t he design…
Daniel Braat z
Universidade Federal de São Carlos
Campus Sorocaba

Aprimoramento de bancada ajustável para montagem de


Esquadrias de Alumínio (PIBIC/UFSCar/CNPq)

Relatório final a ser apresentado à


Coordenação de Iniciação Cientifica e
Tecnológica da Pró-Reitoria de
Pesquisa da Universidade Federal de São Carlos

Discente: Guilherme Henrique Miguel da Silva


Orientador: Prof. Dr. Miguel Ángel Aires Borrás
Co-orientador: Prof. Dr. Cleyton Fernandes Ferrarini
Curso de Bacharelado em Engenharia de Produção

Prof. Dr. Miguel Ángel Aires Borrás


Professor orientador

Sorocaba, agosto de 2017


2

Sumário

1. Resumo ................................................................................................................................ 3
2. Objetivo da pesquisa.......................................................................................................... 3
3. Fundamentação Teórica.................................................................................................... 4
3.1. Processos de Desenvolvimento de Produtos................................................................. 4
3.2. Observações de estudos similares .................................................................................. 7
3.3. Importância da ergonomia no trabalho .......................................................................... 8
4. Método e Materiais ............................................................................................................. 8
4.1. Método................................................................................................................................. 9
4.2. Materiais ............................................................................................................................ 12
5. Resultados e Discussões ................................................................................................ 14
5.1. Levantamento de patentes .............................................................................................. 14
5.2. Situação do protótipo ....................................................................................................... 15
5.3. Melhorias implementadas................................................................................................ 16
5.3.1. Sistema de ajuste e travamento.................................................................................. 17
5.3.2. Estabilidade do protótipo .............................................................................................. 19
5.3.3. Redimensionamento das barras metálicas conectivas ........................................... 23
5.3.4. Eliminação de interferências demasiadamente intensivas entre componentes .. 23
5.3.5. Implementação de suportes ........................................................................................ 25
5.4. Situação do protótipo melhorado ................................................................................... 26
5.5. Testes realizados .............................................................................................................. 27
5.6. Percepção dos usuários .................................................................................................. 28
6. Conclusão .......................................................................................................................... 29
7. Referências ....................................................................................................................... 30
Apêndice A – Questionário de funcionalidade do protótipo ............................................... 31
3

1. Resumo

Com a necessidade cada vez mais evidente de se proporcionar melhores


condições de trabalho aos funcionários, principalmente de empresas de pequeno
e médio porte, uma bancada ajustável para montagem de esquadrias de
alumínio foi manufaturada visando ganhos ergonômicos em primeiro plano sem
detrimento da capacidade produtiva do sistema. Tal protótipo em um primeiro
momento não conseguiu atender a todas as expectativas dos usuários e,
portanto, uma etapa de aprimoramento mostrou-se necessária, sendo o objetivo
principal do desenvolvimento deste trabalho. Para tanto, através da concepção
de diversos autores, realizou-se uma revisão bibliográfica a cerca dos principais
temas que permeiam o desenvolvimento das atividades deste projeto. Visando
a correta aplicação de conceitos de processo e desenvolvimento de produtos
durante a melhoria do protótipo existente, em parceria com os usuários finais do
produto, buscou-se ainda obedecer às restrições orçamentárias, impostas pela
empresa de esquadrias de alumínio parceira no desenvolvimento desta
pesquisa, e ergonômicas do trabalho. Como resultado principal, entregou-se o
equipamento melhorado em concordância com a demanda dos usuários, além
de dotar o bolsista de experiência em processo real de desenvolvimento de
produtos.

Palavras-chave: Engenharia de Produto; Esquadria de Alumínio; Bancada de


Montagem.

2. Objetivo da pesquisa

Esta pesquisa teve por objetivo aplicar métodos de Engenharia do Produto


visando o aprimoramento do protótipo de uma bancada para auxiliar na
montagem de esquadrias de alumínio, com o intuito de aperfeiçoar as
movimentações de materiais e de pessoas nas áreas adjacentes aos postos de
trabalho da linha de produção e adequá-los ao uso dos operadores da fábrica. O
protótipo em questão foi desenvolvido inicialmente em projeto de extensão por
grupo de pesquisa da UFSCar, e aprimorado durante a execução deste trabalho
4

adequando-se com a maior fidelidade possível às exigências e necessidades


dos operadores na realização de atividades quotidianas realizadas na empresa
parceira de desenvolvimento.

3. Fundamentação Teórica

O presente trabalho possui como foco principal o aprimoramento de um


produto protótipo existente, porém ainda não adequado em sua totalidade às
necessidades dos clientes. Portanto, a partir de tal perspectiva torna-se
pertinente a discussão a cerca de temas que permeiam o desenvolvimento deste
projeto, assim como a observação de estudos já realizados com características
similares ao que se está desenvolvendo.

3.1. Processos de Desenvolvimento de Produtos

Um Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP), de maneira geral,


consiste em um conjunto de atividades por meio das quais busca-se chegar às
especificações de projeto de um produto e de seu processo de produção, para
que a manufatura seja capaz de produzi-lo ou melhorá-lo. No PDP, identificam-
se os desejos dos clientes, traduzidos em especificações a serem desenvolvidas
para gerar soluções, tanto técnicas, quanto comerciais. Isso tudo atrelado às
restrições, estratégias e possibilidades operacionais da empresa e às
necessidades dos clientes (BACK, 1983).

Modelos de referência descrevem o processo de desenvolvimento de


produto e servem de referência para que empresas e seus profissionais possam
desenvolver ou melhorar produtos segundo um ponto de vista comum. A
definição de um modelo de referência possibilita que seja obtida uma visão única
das operações do processo de desenvolvimento de produtos, tornando-se, na
empresa, um mapa que serve de base para que todos os envolvidos no processo
estejam alinhados quanto ao conhecimento das tarefas. (ROZENFELD et al.,
2006).

O modelo de referência mais adequado ao presente projeto, voltado,


principalmente, para empresas de bens de consumo duráveis e de capital,
5

proposto por Rozenfeld et al. (2006), é dividido em três macrofases: Pré-


Desenvolvimento, Desenvolvimento e Pós- Desenvolvimento.

O pré-desenvolvimento subdivide-se em outras duas fases: planejamento


estratégico de produtos e planejamento do projeto. Resumidamente, nesta
macrofase deve-se garantir que o direcionamento estratégico, definido a priori
pela empresa, as ideias de todos os envolvidos com os produtos, e as
oportunidades e restrições sejam mapeados sistematicamente e transformados
em um conjunto de projetos bem definidos, isto é, um portfólio de projetos a
serem desenvolvidos, todos alinhados à estratégia da empresa. Os objetivos
principais do pré-desenvolvimento são garantir a melhor decisão sobre este
portfólio, e garantir também que haja uma definição clara e um consenso mínimo
sobre o objetivo final de cada projeto, partindo de uma mesma ótica para todos
os membros da equipe sobre as metas do projeto.

Já a macrofase de desenvolvimento de produtos ou projeto do produto,


como também pode ser denominada, utiliza o conceito de Engenharia
Simultânea, que objetiva que eventuais mudanças ocorram logo em seu início,
com o intuito de que custos elevados e desnecessários sejam evitados ao
decorrer do desenvolvimento do produto. Esta macrofase se subdivide em outras
5 fases subsequentes entre si: projeto informacional, projeto conceitual, projeto
detalhado, preparação da produção e lançamento do produto, sendo as três
primeiras de maior relevância.

 Projeto Informacional: o objetivo principal desta fase é, a partir das


informações levantadas no pré-desenvolvimento e em outras
fontes, desenvolver um conjunto de informações, o mais completo
possível, chamado de especificações-meta do produto que alinham
a ideia do produto com o projeto que será desenvolvido. Para tanto,
o projeto informacional é subdividido em atividades lineares e
subsequentes.
 Projeto Conceitual: esta fase relaciona-se com a busca por
soluções já existentes para o problema de projeto, feita pela
observação de produtos concorrentes ou similares, a criação de
soluções, direcionada pelas necessidades, requisitos e
6

especificações do projeto do produto, a representação dessas


soluções, podendo ser feita através de esquemas, croquis e
desenhos computacionais ou manuais, e a seleção das soluções
pensadas, feita com base em métodos apropriados que se apoiam
nas necessidades ou requisitos definidos previamente. Em síntese,
o projeto conceitual transforma as especificações-meta, obtidas na
fase de projeto informacional, na concepção do produto.
 Projeto Detalhado: o objetivo principal do projeto detalhado é
desenvolver e finalizar todas as especificações do produto para
então serem encaminhados à manufatura e às outras fases do
desenvolvimento. Nesta fase, a concepção do produto, obtida na
fase de projeto conceitual, é transformada em especificações
finais, como desenhos, projeto de embalagem, materiais
necessários, protótipo funcional, projeto dos recursos e plano de
fim de vida, através do detalhamento do projeto.
 Preparação da produção: engloba a produção do lote piloto e
definição dos processos de produção e manutenção. Durante a
fase de preparação da produção, especificações finais, protótipo
funcional, projeto dos recursos e plano de fim de vida, resultados
da fase anterior, são convertidos em: liberação da produção,
documentos homologados, capacitação de pessoal e
especificações dos processos de produção e manutenção.
 Lançamento do produto: esta fase tem como objetivo a colocação
do produto no mercado, visando garantir sua aceitação pelos
clientes em potencial. Os resultados obtidos na fase de preparação
da produção são transformados em documento de lançamento do
produto e especificações dos processos de venda, distribuição,
assistência técnica e atendimento ao cliente, durante a fase de
lançamento do produto.

A macrofase de pós-desenvolvimento é subdivida entre acompanhar o


produto, tanto em relação aos seus resultados, quanto às suas limitações e
descontinuar o produto. Seu tempo de duração costuma ser mais elevado
quando comparado ao das outras macrofases, pois sua realização está
7

estritamente relacionada ao tempo de vida útil do produto. Nesta macrofase, uma


equipe de acompanhamento é formada, composta por membros do time de
desenvolvimento acrescidos de pessoas responsáveis pela produção e
assistência técnica do produto. Esta equipe tem conhecimento pleno em todos
os aspectos sobre o produto e faz o acompanhamento em todos os segmentos,
dando suporte aos clientes durante eventuais necessidades ocasionadas por
falha do produto. O pós-desenvolvimento não se encerra quando o produto deixa
de ser produzido, mas sim juntamente ao seu ciclo de vida útil, documentando
todas as informações e conhecimentos relevantes associados àquele produto
para permitir que sejam reutilizados no futuro. No final, acrescenta-se um
documento formal no qual se avalia o retorno que o produto trouxe à empresa,
comparando-se com o que foi planejado.

3.2. Observações de estudos similares

Sob a perspectiva de desenvolvimento de novos itens, funcionais


produtivamente e ergonomicamente adequados, buscou-se também a ilustração
a cerca do desenvolvimento de tais atividades em indústrias similares à empresa
parceria no desenvolvimento deste trabalho.

Para Cragg, Caldeira e Ward (2011), proprietários e principalmente


funcionários de empresas de médio ou pequeno porte, como a empresa parceira
no presente desenvolvimento da pesquisa, desenvolvem múltiplas funções e
métodos, muitas vezes inovadores, para lidar com a indisponibilidade de
recursos adequados, muitas vezes estes temendo a demissão, portanto, torna-
se compreensível submeterem-se à condições não ideais de trabalho, o que
muitas vezes pode acarretar em lesões a longo prazo para o trabalhador.

De acordo com Silva e Amaral (2011), a melhoria provocada em sistemas


produtivos é o resultado da aplicação de métodos e técnicas de análise
desenvolvidos com objetivos específicos, sejam eles ergonômicos produtivos ou
ambientais.

Empresas de pequeno e médio porte representam grande parte do total


de empresas que movimentam a economia mundial, sendo aproximadamente
70%. No entanto, tais empresas não dispõem usualmente de equipamentos
8

adequados para que seus funcionários exerçam suas funções com qualidade
sem precisarem despender sua saúde para tanto, conforme afirmam os autores
Silva e Amaral (2011).

3.3. Importância da ergonomia no trabalho

Como é afirmado por Guimarães e Naveiro (2004), os custos de montagem


de produtos finais em uma indústria correspondem a cerca de até 70% do total
de um item, sendo o processo que envolve o maior contingente de trabalhadores.
Ainda segundo os mesmos autores, pela tendência de sempre reduzir-se os
ciclos de montagem, visando maior produtividade, as empresas, de diversos
seguimentos, inclusive o de esquadrias de alumínio, têm optado muitas vezes
por processos automatizados. Porém, as ferramentas e métodos utilizados,
quando não se trata de um sistema automatizado, são os mesmos do passado.
Por tal motivado, alinhado com a frequente cobrança por resultados melhores a
níveis produtivos, os funcionários de empresas, em sua maioria de pequeno e
médio porte, tendem a sofrer lesões físicas em longo prazo.

Além disso, pode-se destacar o fato de que a inadequação dos postos de


trabalho às características físicas específicas de cada trabalhador constitui um
problema social com reflexos nas questões de requalificação, saúde e
produtividade, como é afirmado por Abrahão (2000). Tal afirmativa pode ser
ilustrada pela percepção de Wisner (1987) sobre a importância da análise do
trabalhador no processo de reestruturação produtiva, o que nem sempre é
realizado e acarreta na marginalização de alguns indivíduos em decorrência
disto.

4. Método e Materiais

Nesta seção serão descritos o método e os materiais utilizados para o


aprimoramento do produto em questão.
9

4.1. Método

Este trabalho trata-se de uma pesquisa exploratória realizada através do


método de pesquisa-ação, contando com a colaboração efetiva dos funcionários
que trabalham direta ou indiretamente com a montagem de esquadrias de
alumínio. A participação efetiva de tais funcionários deu-se em praticamente
todas as etapas do processo de desenvolvimento e aperfeiçoamento do produto,
aplicado ao longo deste trabalho.

O processo de aperfeiçoamento da bancada ocorreu de maneira coordenada


e através do contato periódico com trabalhadores e gerência da empresa objeto
de estudo, a fim de se obter soluções projetuais mais adequadas e aplicáveis às
necessidades identificadas.

Para Rozenfeld et al. (2006), o processo de desenvolvimento de produtos


consiste em um conjunto de atividades pelas quais se busca, a partir das
necessidades do mercado, das possibilidades e restrições tecnológicas e ainda,
considerando as estratégias competitivas e de produto da empresa, chegar às
especificações de projeto de um produto e de seu processo de produção, de
maneira que a manufatura seja capaz de produzi-lo, atendendo as necessidades
de um cliente interno ou externo.

De acordo com Faria et al. (2008), o sucesso na gestão do sistema de


desenvolvimento do produto é vital para a competitividade e sobrevivência das
organizações. A vantagem competitiva que uma empresa leva sobre outra do
mesmo setor está diretamente ligada à sua própria capacidade de introduzir no
mercado produtos de qualidade a um preço justo. Portanto, segundo os autores,
desenvolver essa capacidade constitui um ponto fundamental para a
longevidade de organizações.

Segundo Vieira (2016, apud Amado et al., 2006), desenvolver um produto


com flexibilidade, tecnologia e conhecimento é tido como obrigação para
empresas, no entanto para isso não basta somente criar determinado produto, é
necessário também conhecer seu processo, seu real potencial de
desenvolvimento e seu desempenho, para que eventuais melhorias possam ser
feitas visando elevar o grau de satisfação de seus usuários.
10

O processo de aprimoramento do produto em questão pode ser dividido em


atividades de fases de projeto de produto estabelecidas por modelos de vários
autores como Baxter (2000), Rozenfeld et al. (2006) e Cooper (1998), ou seja,
em revisão do projeto informacional, revisão do projeto conceitual e
aprimoramento do projeto detalhado do produto.

A revisão do projeto informacional iniciou-se com as releituras das


avaliações coletadas e, posteriormente, utilizadas para revisão dos requisitos de
projeto, fazendo uso de questionários e análises de tarefas através de
observação direta durante turnos de trabalho, em relação à funcionalidade,
satisfação e comodidade dos trabalhadores que atuam no posto de montador de
esquadrias e possuem contato direto diário com o produto em teste. Além de,
também, reuniões esporádicas com gerentes e supervisores a fim de se avaliar
eventuais alterações produtivas e organizacionais proporcionadas pela utilização
do produto durante o desenvolvimento desta pesquisa, como por exemplo o
volume de produção da empresa ou seu mix de produtos.

Após a releitura dos dados sobre operacionalidade, obtidos com os


funcionários diretamente ligados ao produto, identificou-se, em conjunto com
integrantes do grupo de pesquisa especializados no assunto, quais eventuais
melhorias poderiam ser feitas, visando satisfazer as necessidades dos
trabalhadores. Porém, sem que houvesse detrimento da capacidade produtiva
da linha de montagem, buscando até, se possível, alternativas que pudessem
alavancar a produção da montagem de esquadrias.

Durante as análises, buscou-se, através de estudos e visitas ao ambiente


produtivo, identificar e verificar dados e informações a partir do desenvolvimento
anterior, sobre como os funcionários responsáveis pela montagem de
esquadrias de alumínio realizam suas atividades diárias e o quão importante é,
para ele e para a empresa, que as necessidades apontadas fossem atendidas
para que sua função pudesse ser desempenhada com excelência, gerando
ganhos produtivos. Ao final desta etapa, as especificações obtidas puderam ser
vistas como um conjunto de informações que constituem a confirmação da base
para a revisão do projeto conceitual do produto.
Na etapa de revisão do projeto conceitual, buscou-se a reavaliação da
criação, representação e seleção das alternativas para resolução do “problema
11

de projeto”, já inicialmente definido e prototipado anteriormente. A busca da


atualização dessas soluções se dará a partir de pesquisas de produtos similares,
ou seja, utilizados para cumprimento das tarefas estudadas, experimentação e
também através de consultas e discussões com os colaboradores do projeto. A
triagem e seleção das alternativas para resolução de problemas estruturais do
produto foi realizada conjuntamente aos colaboradores através da apresentação
de mock-ups digitais dos produtos elaborados com softwares para desenho
disponíveis nos laboratórios do departamento e posterior confecção de peças
que pudessem servir como “esboço” para uma eventual implementação da
alternativa estudada.

Posteriormente à fase de concepção, o projeto de aprimoramento do produto


entrou na fase de implementação de melhorias identificadas e sugeridas,
fazendo uso de equipamentos e dispositivos disponíveis no laboratório do
departamento. A partir da revisão do detalhamento do produto foram realizadas
as intervenções necessárias e posteriormente essas modificações foram
especificadas e documentadas.
Em princípio pretendia-se utilizar, como matéria-prima para possíveis
componentes da bancada, alumínio e placas de polietileno e/ou nylon, porém,
após algumas tentativas mal sucedidas de trabalhar-se com este segundo tipo
de material, optou-se por uma estrutura mais robusta, sendo esta confeccionada
de madeira, além do próprio alumínio já mencionado. Outros elementos
metálicos foram também utilizados para união e ajustes de posição dos
componentes da bancada, tendo sido estes adquiridos externamente à
Universidade.
Após a realização da intervenção no protótipo, pretende-se realizar um
teste de usabilidade com os próprios funcionários da empresa, obtendo-se suas
impressões durante a realização de tarefas auxiliadas pelo protótipo melhorado
e realizando ajustes necessários e cabíveis, o que até o presente momento não
foi possível por motivos externos ao desenvolvimento deste projeto.
12

4.2. Materiais

Para a manufatura das melhorias necessárias identificadas neste projeto


foram utilizados, além de diversos elementos metálicos de fixação, como
parafusos e porcas, perfis de alumínio, polímero do tipo Acrilonitrilo Butadieno
Estireno (ABS) utilizado para a confecção de algumas peças através de
manufatura aditiva (impressões 3D), chapas de nylon e chapas de madeira do
tipo Medium Density Fiberboard, conhecido popularmente como MDF. Tais
materiais estão ilustrados nas figuras abaixo (Figuras 1 a 4):

Figura 1: perfil de alumínio Figura 2: rolo de polímero ABS


Fonte: xyzcnc.com.mx/aluminio-estructural/ Fonte: multilogica-shop.com/filamento-abs-marrom

Figura 3: chapas de nylon Figura 4: chapas de MDF


Fonte: redebras.com.br/chapas/chapa-de-pvc.php Fonte: http2.mlstatic.com/

Tais materiais, depois de trabalhados, foram empregados no processo de


melhoria do protótipo. Todas as operações de manufatura de peças e
componentes para a bancada ajustável foram executadas nas instalações do
laboratório do departamento, utilizando equipamentos como furadeiras, manual
e de bancada, fresadoras, manual ou CNC e impressoras 3D, além de outros
13

equipamentos utilizados para pequenas operações com pouca complexidade no


processo produtivo de cada componente.

Os perfis de alumínio, assim como as chapas de MDF, foram empregados


na manufatura do sistema de ajuste e travamento da bancada, enquanto que as
chapas de nylon foram utilizadas na melhoria estrutural e redução de folgas no
equipamento e o polímero ABS em diversas pequenas peças, tanto de redução
de folgas quanto de encaixe entre perfis e em guias de elevação, como pode-se
observar nas imagens a seguir (Figuras 5 a 7):

Figura 5: emprego das chapas de MDF e perfil de alumínio (em destaque)


14

Figura 6: peças de nylon anexadas ao protótipo

Figura 7: guia de perfil manufaturado aditivamente

5. Resultados e Discussões

5.1. Levantamento de patentes

Em um levantamento realizado através da base de dados do Instituo


Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) não foram encontrados resultados
que se alinhassem minimamente com o escopo do presente projeto, utilizando-
se como palavras chave para a busca os seguintes termos: bancada ajustável,
montagem com ajuste de altura e termo montagem de esquadrias de alumínio.
Através disto, pode-se concluir então que, a âmbito nacional, não existem
15

produtos patenteados semelhantes ao desenvolvido durante este projeto, uma


bancada ajustável para a montagem de esquadrias de alumínio.

Consultando-se a base de dados World Intellectual Property Organization


(WIPO) para realizar-se uma busca mais ampla sobre este assunto abrangendo
o cenário internacional, constatou-se que existem dois projetos semelhantes ao
desenvolvido nesta pesquisa ao buscar-se pela combinação de termos
adjustable bench for assembly of window frame. Ambos os títulos encontrados
são datados de muito tempo (1934 e 1977) e, apesar de possuírem um escopo
similar, não se utilizam da mesma tecnologia empregada no protótipo
desenvolvido nesta pesquisa.

Além disso, consultou-se também a base de dados Espacenet e,


utilizando a combinação de palavras adjustable bench for assembly, foi possível
constatar que não existem projetos semelhantes ao desenvolvido nesta
pesquisa, pois apesar de 13 resultados terem sido retornados, nenhum possui o
escopo similar ao deste. Optou-se também pela tentativa de uma busca mais
afunilada, incluindo os termos of window frame e of aluminum window frame,
mas não foram encontrados resultados.

Após o levantamento feito, conclui-se que existem possibilidades


concretas de patentear o protótipo e a tecnologia empregada em sua
manufatura, ou ao menos gerar um modelo de utilidade, dada a inexistência de
patentes semelhantes em âmbito nacional e, a nível internacional, apenas duas
e com tecnologia não muito similar empregada.

Reitera-se que a tecnologia e desenvolvimento de novos produtos neste


campo cresce a medida em que o mercado no seguimento de esquadrias de
alumínio se expande e se torna mais atraente e lucrativo para possíveis
investidores.

5.2. Situação do protótipo

Com o intuito de observar-se o protótipo em uso e coletar-se informações


a respeito de sua adequação às atividades cotidianas desenvolvidas pelos
trabalhadores, foram realizadas visitas à empresa parceira objetivando a coleta
16

de opiniões através de questionários aplicados aos usuários (Apêndice A –


Questionário de funcionalidade do protótipo não aperfeiçoado, na Figura 8) e a
gravação de vídeos, onde o protótipo pudesse ser visto em utilização. Porém,
devido à fatores externos ao projeto, como cooperação dos trabalhadores, esta
última atividade não pôde ser concluída pois o protótipo não foi posto em
funcionamento pela empresa nas datas agendadas para a gravação do vídeo.

Figura 8: protótipo ainda não melhorado

Através das opiniões coletadas e da avaliação das respostas obtidas com a


aplicação do questionário durante as visitas, foi identificado que os principais
pontos a serem melhorados eram a velocidade de ajuste, sendo este pouco
prático, a estabilidade do protótipo durante sua utilização e a eliminação de
folgas existentes entre os próprios perfis de alumínio. Em contrapartida, um
ponto bastante elogiado foi o sistema de regulagem de altura, possibilitado pela
atuação de um cilindro pneumático.

5.3. Melhorias implementadas

Algumas medidas, em conjunto com outros integrantes do grupo de


pesquisa, acerca do desenvolvimento de alternativas que solucionassem os
problemas identificados, foram tomadas. Dentre as principais melhorias
implementadas no protótipo, pode-se destacar:
17

5.3.1. Sistema de ajuste e travamento

Para a correção do problema relacionado à falta de velocidade de ajuste


do sistema de travamento, um novo sistema foi pensado, com componentes
menos complexos, o que permitiria que o setup para montagem de cada
estrutura fosse realizado de maneira mais adequada à necessidade produtiva da
empresa, possibilitando ganhos produtivos neste aspecto. Em um primeiro
momento, optou-se pela produção deste novo sistema através de manufatura
aditiva, porém, dada a confecção dos quatro conjuntos necessários, e realizados
alguns testes, contatou-se, com auxílio dos usuários, que este não conseguiria
prover a robustez necessária para a realização das operações de montagem
requeridas na empresa. Algumas das peças deste sistema acabaram sofrendo
fratura durante as etapas de montagem e teste, como pode ser observado na
Figura 9:

Figura 9: carrinho do sistema de ajuste fraturado

Devido a este fato, um novo material para produção deste conjunto foi
pensado, chegando-se a conclusão de que o mais apto para tal aplicação seriam
chapas de madeira compensada, por sua disponibilidade, fácil usinagem, custo
reduzido e maior robustez conferida ao sistema. Desta maneira, novas formas
do sistema de ajuste e travamento, ainda menos complexas, puderam ser
pensadas, utilizando-se perfis de alumínio bipartidos como trilhos para alocação
da guia do carrinho, como pode ser observado nas Figuras 10 e 11:
18

Figura 10: novo sistema de ajuste e travamento

Figura 11: guia do carrinho alocado no trilho

Este novo sistema possui, assim como o antigo, liberdade de movimento


em todas as direções e sentidos com até quatro graus de liberdade, além de ser
menos custoso e com tempo de ciclo produtivo menor do que o anterior,
produzido por manufatura aditiva. Além disso, o ajuste pode ser feito com mais
simplicidade e maior aderência à superfície, o que melhora ainda mais o tempo
de setup, bem como a fácil fixação, não necessitando de chave específica para
travamento, devendo este ser feito manualmente uma vez que o tipo de elemento
de fixação utilizado é muito simples, similar ao utilizado em ajustes de bicicletas,
como também pode ser observado na Figura 10.
19

5.3.2. Estabilidade do protótipo

A instabilidade proporcionada pelo protótipo e percebida pelos usuários


pôde ser dividida em três aspectos: má fixação entre duas partes de um mesmo
braço da mesa, sustentação da base e folgas existentes entre as hastes de
sustentação e a carcaça do atuador.
Cada extremidade da mesa, ou cada braço, pode ser alongada por
aproximadamente 84 cm além de sua extensão mínima, sendo algo pensado
para que haja a possibilidade de trabalhar-se com grandes perfis a serem
montados, como janelas e portas prediais, produtos também comercializados
pela empresa parceira neste desenvolvimento. Tal alcance estendido pode ser
observado na Figura 12:

Figura 12: mesa com braços em direções variadas e alongados

Buscando a resolução completa deste problema de instabilidade, através


da consulta de opinião de todos os membros do grupo de pesquisa, identificou-
se como melhor alternativa, sendo posteriormente confirmada através de testes
e observações de implementação, a possibilidade de anexar-se chapas de nylon,
pensadas em um primeiro momento de metal, na extremidade do braço inferior
e adicionando-se um guia, manufaturado aditivamente, ao braço móvel superior.
20

Optou-se pela utilização de nylon por se tratar de um material com melhor


usinabilidade, sendo mais dúctil, menos dispendioso quando comparado à outra
opção e, além de tudo, disponível no laboratório do curso.

Tal alternativa se mostrou muito eficaz e reduziu consideravelmente as


folgas laterais, responsáveis pela instabilidade do protótipo neste aspecto,
praticamente eliminando-as (Figura 13).

Figura 13: chapa de nylon fixada à extremidade da parte inferior do braço

Já em relação à sustentação da base, pode-se destacar o fato de que se


identificou a necessidade de retirada das rodas de silicone, algo que apesar de
sugerido anteriormente aos funcionários, ainda não havia sido testado por eles.
Tal medida se mostrou como uma boa alternativa quando avaliada. Porém, para
tanto, constatou-se a necessidade de anexação de uma sustentação para a
base, sendo esta produzida através de perfis metálicos, como os exibidos na
Figura 14. Tal medida serviu para que os parafusos presentes na base, utilizados
para unir a chapa de aço e o atuador pneumático, não comprometessem sua
fixação adequada ao solo (Figura 15).
21

Figura 14: perfil metálico utilizado para criar sustentação para a base

Figura 15: perfis soldados formando a sustentação para a base

Em relação ao terceiro aspecto citado, buscou-se através da elaboração


de um dispositivo, pensado em conjunto pelos integrantes do grupo de pesquisa,
22

eliminar tais folgas existentes entre hastes de sustentação e carcaça do atuador


pneumático. O componente pensado foi impresso e acoplado ao protótipo em
sua parte inferior, enquanto que para a parte superior da haste optou-se pela
utilização de uma chapa metálica capaz de reduzir sua liberdade e com isso
diminuir possíveis trepidações durante a utilização do protótipo. Tais medidas
tomadas aumentaram consideravelmente sua estabilidade, algo que pôde ser
constatado através de testes (Figuras 16 e 17).

Figura 16: chapa metálica acoplada à parte superior da haste de sustentação

Figura 17: componente impresso acoplado à parte inferior da haste de sustentação


23

5.3.3. Redimensionamento das barras metálicas conectivas

Tais barras, utilizadas para unir-se base da bancada e atuador pneumático,


encontravam-se danificadas, devido ao grande esforço sofrido por elas durante
as primeiras utilizações do protótipo e seu mau dimensionamento, tornando-a
incapaz de assegurar o bom funcionamento do protótipo.

Portanto, tais componentes foram substituídos por outros similares, porém


mais robustos capazes de suportarem as cargas exercidas sobre eles durante
seu funcionamento (Figura 18).

Figura 18: barras conectivas devidamente substituídas

5.3.4. Eliminação de interferências demasiadamente intensivas


entre componentes

Ainda buscando aumentar-se a velocidade de ajuste e melhorar a


experiência de utilização do protótipo pelo usuário, pensou-se como medida de
grande importância a redução dos atritos entre componentes. Os pontos críticos
identificados foram: guia de elevação no perfil de alumínio do atuador
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pneumático e união entre perfis de alumínio dos braços feitas através de chapas
deste mesmo material. Diante de tal constatação, pensou-se na utilização, mais
uma vez, do recurso de manufatura aditiva para que tais peças pudessem ser
acopladas de uma maneira mais adequada, que melhorasse o desempenho do
protótipo, reduzindo os atritos existentes.
De tal forma, foram impressas novas peças para substituição das antigas
em ambos os casos, como pode-se observar nas Figuras 19 e 20:

Figura 19: guia de elevação do atuador pneumático

Figura 20: peça de alumínio (antiga) à esquerda e de polímero (atual) à direita

Ambas as melhorias neste aspecto foram consideradas de grande valia


para o projeto, uma vez que a performance do protótipo melhorou
consideravelmente após as substituições realizadas. Além disso, também foi
empregado o uso de óleos lubrificantes que exercem como função principal o
melhoramento do deslizar de uma superfície do perfil sobre outra, assim como
25

também o atrito de contato entre a superfície do perfil e do componente de união,


deixando o manuseio de tais componentes mais leve.

5.3.5. Implementação de suportes

Devido à necessidade de utilização de equipamentos pneumáticos para a


realização das montagens de esquadrias de alumínio, pensou-se, em conjuntos
com os usuários e membros do grupo de pesquisa, como um ponto extra a ser
adicionado ao protótipo, um suporte para alocação dos equipamentos quando
não utilizados.

Esse suporte (Figura 21) seria útil para posicionar-se o equipamento


(aparafusadeira pneumática, por exemplo) entre a retirada de uma esquadria
montada e a alocação da próxima, mantendo sempre a máquina próxima ao
operador, a uma distância satisfatória e altura ergonomicamente adequada.

Figura 21: suporte para “descanso” de máquinas

Além disso, para melhorar a organização e disposição das mangueiras de


ar comprimido, utilizadas para acionamento do atuador pneumático,
manufaturou-se aditivamente através de impressão 3D um suporte que
possibilita que haja uma harmonia visual maior quando o protótipo é observado
(Figura 22).
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Figura 22: suporte para mangueira de ar comprimido

5.4. Situação do protótipo melhorado

Após todas as melhorias terem sido identificadas e corretamente


implementadas, pode-se afirmar que o protótipo alcançou seu objetivo principal
ao ser elaborado, não apresentando falhas e com todos os aspectos que
anteriormente foram criticados, devidamente ajustados até o momento (Figura
23).

Figura 23: protótipo aperfeiçoado


27

Atualmente o protótipo encontra-se no campus da universidade


aguardando que os principais interessados em sua utilização compareçam à
UFSCar, afim de que seja realizada a verificação do trabalho desempenhado e
um novo período de testes, já tendo estes sido notificados. Por se tratar de um
protótipo com logística de transporte não trivial, assim como seu manuseio,
optou-se, em conjunto com tais interessados que os testes sejam realizados no
próprio campus, evitando movimentações desnecessárias com um custo
significativo associado.

5.5. Testes realizados

Durante todas as etapas de seu aperfeiçoamento foram realizados


diversos testes que, ao longo do caminho, foram guiando a equipe de pesquisa
e validando, ou até mesmo invalidando, algumas ideias obtidas relacionadas ao
projeto. Porém, dada a conclusão das melhorias, com os principais objetivos do
projeto sendo alcançados, um período de testes práticos e funcionais foi iniciado.
Em um primeiro momento sendo realizados testes internos de esboço de
montagem pela própria equipe de pesquisa e em seguida, testes com os
usuários finais e principais interessados pelo protótipo, como a alta gerência da
empresa parceira. A primeira etapa de testes internos foi desenvolvida
utilizando-se vigas de madeira que representassem as esquadrias de alumínio a
serem montadas sobre a bancada, como pode ser observado na Figura 24:

Figura 24: bancada ajustável sendo testada pela equipe de pesquisa


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Através de tais testes torna-se possível também a exibição do


funcionamento do sistema de ajuste e travamento, tendo se mostrado bastante
funcional durante esta etapa, conforme se pode observar na Figura 25.

Figura 25: sistema de ajuste e travamento em funcionamento

5.6. Percepção dos usuários

Até o presente momento, as percepções dos usuários diretos e principais


interessados ainda não puderam ser coletadas e analisadas por conta da falta
de disponibilidade dos mesmos para o comparecimento à universidade para
consequente realização de testes, o que tem sido cobrado recorrentemente.

Contudo, de acordo com a percepção dos integrantes do grupo de pesquisa,


dos desenvolvedores do projeto e do técnico laboratorial, mesmo tratando-se de
opiniões com menor relevância, apontam para um desfecho de desempenho
satisfatório do protótipo, que assim que possível será posto à prova na realização
de atividades práticas por especialistas, como mencionado.
29

6. Conclusão

Os testes realizados até o presente momento indicam que o objetivo principal


desta pesquisa foi atingido, mesmo apesar de o protótipo ainda não ter sido
colocado à prova por especialistas, algo que deve ocorrer em um futuro próximo.

Devido à complicações percebidas durante a realização de testes, o


cronograma do projeto não pôde ser integralmente obedecido, tendo suas fases
principais respeitadas e realizadas integralmente, apesar de não no período
estritamente adequado, como previa-se.

Reitera-se ainda que as restrições orçamentárias do projeto inicial


continuaram sendo obedecidas nesta fase de aprimoramento, o que contribui
significativamente para uma possível replicação do projeto em grande escala,
visando atender às necessidades de outras indústrias do mesmo seguimento.

Devido à grande mobilidade do equipamento e custo razoável, também passa


a ser possível, após o desenvolvimento deste projeto, a utilização desta bancada
ajustável para a montagem de outros produtos ou equipamentos, assim como
sua aplicação em diversas outras atividades que envolvam a necessidade
ergonômica de adequação do trabalhador ao posto de trabalho, pois é de simples
manutenção e adequa-se à mais de uma atividade, podendo servir para uma
gama de diversas possibilidades com pequenos ajustes.

O próximo passo no desenvolvimento será fazer comunicação de invenção


para possível depósito de Modelo Utilidade conjuntamente entre UFSCar e
empresas participantes do projeto.

Com relação ao ganho de conhecimento do bolsista, o projeto permitiu o seu


desenvolvimento quanto à aplicação de métodos e ferramentas de Engenharia
de Produto em uma situação real, bem como a utilizar equipamentos como as
impressoras 3D, enriquecendo o currículo e conferindo experiência científico-
acadêmica ao estudante.
30

7. Referências

BACK, N. Metodologia de projeto de produtos industriais. Rio de Janeiro:


Guanabara Dois: 1983.

BAXTER, M. Projeto de Produto. Edgard Blücher, 2001.

CHENG L. C.; MELO FILHO, L. D. R. QFD: Desdobramento da função


qualidade na gestão de desenvolvimento de produtos. São Paulo: Editora
Blucher, 2007. 539 p.

COOPER, R. G. ; EDGETT, S.J.; KLEINSCHMIDT, E. J. Portfolio Manegement


for new product. United States of America, Perseus Books, 1998.

CRAGG, P.; CALDEIRA, M.; WARD, J. Organizational information systems


competences in small and medium-sized enterprises. Information &
Management, v. 48, n. 8, p. 353-363, 2011
FARIA, A. F et al. Processo de desenvolvimento de novos produtos. In:
Enegep, 28, 2008. Anais... Rio de Janeiro, 2008
ROZENFELD, H.; FORCELLINI, F. A.; AMARAL, D. C.; TOLEDO, J. C.; SILVA,
S. L.; ALLIPRANDINI, D. H.; SCALICE, R. K. Gestão de desenvolvimento de
produtos: uma referência para a melhoria do processo. São Paulo: Editora
Saraiva, 2006.

VIEIRA, A. V. ANÁLISE DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO


INTEGRADO DE PRODUTOS NO PROJETO DE REDUTORES DE
VELOCIDADE PLANETÁRIOS MODULARES. Sorocaba, 2016. 82 p.
Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de
São Carlos.
Wisner, A. (1987). Por dentro do trabalho: Ergonomia, método e técnica. (F.
Gomide Vezza, Trad.) São Paulo: FTD/Oboré.
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Apêndice A – Questionário de funcionalidade do protótipo

Grau de importância dos aspectos relacionados à


funcionalidade da bancada (desempenhar bem a função para a
qual é designada)
Nota protótipo
Quesito Nota Importância
atual
Estabilidade
Segurança
Flexibilidade de ajuste
Ajuste rápido
Regulagem de altura
Estética

Grau de importância: Nota para o protótipo atual:


1 – Nada importante Atribua uma nota de 0 a 10,
2 – Pouco Importante onde 1 significa que
3 – Importante determinado quesito está
4 – Muito Importante péssimo e 10 significa que está
5 – Extremamente importante ótimo.
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