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 A aprovação municipal do parcelamento do solo urbano é comprovada pela cópia do ato de

aprovação do loteamento e pelo comprovante do termo de verificação da execução das obras


exigidas por legislação municipal.

 Tais obras incluirão, no mínimo, a execução das vias de circulação do loteamento, a demarcação dos
lotes, quadras e logradouros e as obras de escoamento das águas pluviais (infraestrutura mínima).

 Se ainda pendentes as obras de infraestrutura, o ato de aprovação será acompanhado da aprovação


de um cronograma, com a duração máxima de quatro anos, acompanhado de competente
instrumento de garantia para sua execução e implementação.

 Pretendendo lotear uma gleba, deve o proprietário, primeiramente, solicitar à Prefeitura que defina
as diretrizes para o uso do solo e para o traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das
áreas reservadas para equipamentos urbanos e comunitários.

- Tal requerimento deve vir acompanhado da planta do empreendimento, que deverá conter os elementos
relacionados no art. 6º da Lei nº 6.766/1979.

 O projeto incluirá, necessariamente, a infraestrutura mínima, ou seja, as vias de circulação, as obras


de escoamento de águas pluviais e outras que se fizerem necessárias para sua implantação, de
forma a serem fixadas, por cronograma, pelo Município, com a possibilidade de exigir garantia real
(tal como a hipoteca dos lotes) para assegurar a sua execução.

 As normas incidentes nos projetos de parcelamento nas áreas acima mencionadas deverão ser
fixadas pelos Estados por decreto. Nessa regulamentação, o Estado procurará atender às exigências
urbanísticas do planejamento municipal.

 Além dos documentos comprobatórios da aprovação municipal, deve, concomitantemente, ser


apresentada ao Registro Imobiliário a planta do empreendimento, devidamente assinada pelo
loteador e responsável técnico, aprovada pelo ente público municipal.

 Caso a execução das obras de infraestrutura seja subsequente ao registro, dever-se-á apresentar o
cronograma de obras, com duração máxima de quatro anos, bem como o instrumento de garantia
correspondente.

 O cronograma constitui a representação gráfica de previsibilidade da obra de infraestrutura e sua


respectiva entrega à Municipalidade, indicando os prazos e as etapas de execução.

 A duração máxima é de quatro anos, embora possa ser fixado, pelo Município, prazo inferior ao
limite legal. A duração máxima, entretanto, não pode ultrapassar o limite de quatro anos, sob pena
de ser denegado o registro do loteamento por ofensa ao texto legal.

Na hipótese de descumprimento do prazo fixado no cronograma de obras, a despeito de já ter sido aprovado
e registrado o loteamento, este será considerado irregular.

 Dever-se-á indicar a natureza do loteamento (se residencial, industrial ou comercial), as restrições


convencionais, a existência ou não de cronograma de obras (que não poderá ultrapassar o prazo de
quatro anos), as eventuais garantias reais, se houver, as áreas verdes e os espaços públicos.
ROL DE DOCUMENTOS exigidos para registro, nos termos do
artigo 18 da Lei 6.766/79 e artigo 966 e seguintes do Código de
Normas da Corregedoria Geral de Justiça de MG/ 2020:

Atenção! Os documentos deverão ser apresentados na ordem


abaixo, estabelecida na lei, conforme artigo 966, do Código de
Normas da Corregedoria Geral de Justiça de MG-/ 2020.

1 - Requerimento do proprietário ou de procurador com poderes


específicos solicitando o registro, (quando casado, ambos os
cônjuges) com firma reconhecida, o requerimento apresentado não
contou a assinatura de .............
2- Favor apresentar o Decreto Municipal de aprovação do
loteamento.

3 – Favor apresentar memorial descritivo, contendo:


a) Descrição da propriedade parcelada por inteiro;
b) Descrição de cada lote, mencionando as metragens de frente,
fundos, laterais, sua designação e confrontantes, conforme consta
da planta;
c) O memorial descritivo deve ser assinado pelo engenheiro com
firma reconhecida.
A descrição dos lotes desmembrados, em todas as suas medidas e
confrontações deve ser dar com base nos confrontantes atuais já
averbados na matrícula,
De conformidade com a Lei 6.766/79, no seu artigo 4º, item III, "ao
longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio
público das rodovias, e dutos será obrigatória a reserva de uma
faixa "non de 15 (quinze) metros cada lado, salvo maiores
exigências da legislação específica. Desta forma, não estando
enquadrado na exigência acima, deverá constar no memorial de
desmembramento, declaração expressa do engenheiro neste
sentido, caso contrário, cumprir-se-á o disposto

4) Diante instrumento de garantia para sua execução e implementação


apresentado. Foi constatado que as obras de infraestrutura estão pendentes
para conclusões futuras. Será necessário apresentar o ato de aprovação de
um cronograma pelo Município de Belo Horizonte/MG, constando como
duração máxima de quatro anos para a sua conclusão, definindo as diretrizes
para o uso do solo e para o traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços
livres e das áreas reservadas para equipamentos urbanos e comunitários.
Dever-se-á indicar a natureza do loteamento (se residencial, industrial ou
comercial), as restrições convencionais.

5 – Favor retificar/aditar o exemplar do contrato padrão de venda


de lote do loteamento/desmembramento, contendo os requisitos do
art. 26 e 26-A da Lei 6.766/79, art. 3º da Lei Federal 13786 de
27.12.2018 e art. 966 do Código de Normas da Corregedoria Geral
da Justiça de Minas Gerais/ 2020 quais sejam:
a) Os dados precisos do lote, nome do loteamento, a matrícula
imobiliária e campo de qualificação completa das partes no seguinte
padrão (nome, RG, CPF, nacionalidade, data de nascimento, estado
civil, profissão, domicílio e residência);
b) Deverá estar assinado pelo proprietário e ter todas as suas folhas
rubricadas;
c) Os contratos de compra e venda, cessão ou promessa de cessão
de loteamento devem ser iniciados por quadro-resumo, que deverá
conter, além das indicações constantes do art. 26 desta Lei:

I - o preço total a ser pago pelo imóvel;


II - o valor referente à corretagem, suas condições de pagamento e
a identificação precisa de seu beneficiário;
III - a forma de pagamento do preço, com indicação clara dos
valores e vencimentos das parcelas;
IV - os índices de correção monetária aplicáveis ao contrato e,
quando houver pluralidade de índices, o período de aplicação de
cada um;
V - as consequências do desfazimento do contrato, seja mediante
distrato, seja por meio de resolução contratual motivada por
inadimplemento de obrigação do adquirente ou do loteador, com
destaque negritado para as penalidades aplicáveis e para os prazos
para devolução de valores ao adquirente;
VI - as taxas de juros eventualmente aplicadas, se mensais ou
anuais, se nominais ou efetivas, o seu período de incidência e o
sistema de amortização;
VII - as informações acerca da possibilidade do exercício, por parte
do adquirente do imóvel, do direito de arrependimento previsto no
art. 49 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de
Defesa do Consumidor), em todos os contratos firmados em
estandes de vendas e fora da sede do loteador ou do
estabelecimento comercial;
VIII - o prazo para quitação das obrigações pelo adquirente após a
obtenção do termo de vistoria de obras;

IX - informações acerca dos ônus que recaiam sobre o imóvel;


X - o número do registro do loteamento ou do desmembramento, a
matrícula do imóvel e a identificação do cartório de registro de
imóveis competente;

XI - o termo final para a execução do projeto referido no § 1º do art.


12 desta Lei e a data do protocolo do pedido de emissão do termo
de vistoria de obras.

6 - Apresentar declaração do cônjuge consentindo no registro do


desmembramento, tratando-se de pessoa física (artigo 18, inciso
VII, da Lei Federal nº 6.766/79) com firma reconhecida;

7- Anotação de Responsabilidade Técnica - ART com o


comprovante de quitação com firma reconhecida .
8- Aprovação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente

9 - Apresentar a planta reduzida para fins de publicação de edital;

 É salutar, ainda, que a descrição constante no memorial


coincida exatamente com a descrição existente no registro no
que tange aos confrontantes. Caso contrário, exigir-se-á a
prévia atualização do fólio registral.
 A indicação dos confrontantes deve ser precisa e correta, até
porque possibilita aos lindeiros a oportunidade de impugnar o
pedido do registro.

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