Art. 4º - Como se resolver uma disputa quando não houver leis que tratem da
matéria?
Ex: Código civil de 2002 que se tornou obrigatório (entrou em vigor), somente
i ano após sua publicação, vide art. 2.044 do Código Civil de 2002.
Art. 1º (LINDB)
Art. 8º.
Revogação
Ato por meio do qual uma regra retira a validade da outra, total ou
parcialmente, para tanto a regra revogadora deve ser de mesma hierarquia ou de
hierarquia superior a da regra revogada.
b) quando o texto da nova lei seja incompatível com a anterior. Nesse caso,
ainda que não mencione expressamente a revogação integral ou parcial da lei anterior,
entende-se que a intenção do legislador foi dar novo regramento, ainda que a
incompatibilidade tenha ocorrido por descuido legislativo.
c) quando a nova lei regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
Nesse ponto, importa informar que quando uma norma entra em conflito com
outra surge a antinomia. A antinomia pode ser de dois tipos: real ou aparente. Quando
se tratar de uma antinomia real a solução é a revogação da norma conflitante.
Uma norma revogada pode se manter eficaz para certas situações jurídicas por
determinação legal e continuar a ser aplicada pelos juízes, princípio do tempus regit
actum (Tempo Rege o Ato), por meio do qual as situações jurídicas devem ser
analisadas sob a lei vigente na época em que os fatos ocorreram.
No tocante a revogação expressa ou direta, a LC 107/2001 deu nova redação à
LC 95/98 que ficou da seguinte forma: Art. 9º A cláusula de revogação deverá
enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.
Repristinação
Ex: A lei “A” é revogada pela lei “B”, posteriormente adentra no mundo
jurídico a lei “C” revoga a lei “B”, tendo a lei “A” retomado sua vigência por força da
revogação da lei “B”.
Art. 1º [...]
Embora no Direito o erro de Direito não possa ser alegado para isentar das
consequências jurídicas, ele pode ser utilizado com objetivo de anular negócios
jurídicos. Veja-se:
[...]
FONTES DO DIREITO
Emenda 45/2004 – Súmula efeito vinculante – Fontes formais. art. 103 CF/88
INTEGRAÇÃO DO DIREITO -
Não sendo o nosso sistema jurídico uma criação perfeita e acabada, não sendo
possível o legislador prever todas as possibilidades de relações e seus conflitos, todas as
demandas da sociedade, a Lei, por si só não é completa, existindo lacunas que precisam
ser preenchidas, constatação que corrobora para a importância das fontes do direito, haja
vista que elas tornam possível encontrar uma solução aplicável aquelas situações não
estão previstas na legislação.
Lacunas da Lei
A analogia
Os costumes
O alto grau de abstração dos princípios traz dificuldades vez que sem uma
situação concreta para que se conceitue os princípios, na hora de interpretá-los e aplicá-
los, os magistrados tem grande poder em suas mãos. Eles têm uma liberdade muito
grande para dizer exatamente o que eles pensam, tomando por base um princípio. O
mesmo princípio pode ser utilizado para conceder ou negar uma tutela antecipada ou
para manter ou invalidar um negócio jurídico, portanto, eles permitem interpretações
muito divergentes.
Equidade
A equidade não integra o rol das fontes do direito, por isso a doutrina defende
que a equidade teria a função de interpretação do direito e não instrumento de
integração.
Validade formal da norma: “para sua validade, é necessário que todas as etapas
legais de sua elaboração tenham sido obedecidas” (VENOSA, 2007, p.103).
A norma se torna eficaz quando ela produz os seus efeitos na norma jurídica,
portanto, a eficácia da norma é a aptidão que ela tem para produzir efeitos jurídicos.
No que diz respeito a eficácia jurídica, temos que a simples edição da norma,
observada a vacatio legis, se houver, já vem acompanhada da eficácia jurídica,
bastando, somente, a ocorrência dos fatos previstos pela norma ocorrerem para a
efetivação de sua eficácia.
Se houver vacatio legis, importa saber quando a lei inicia sua vigência. Nesse
caso, a Lei Complementar 95/98, dispõe:
Art. 8º.
Assim, se uma lei for publicada em 02 de janeiro, o último dia do prazo será
dia 16 de janeiro, entrando em vigor a lei no dia 17 de janeiro.
Decretos e regulamentos: não possuem vacatio legis, eis que entram em vigor
na data de sua publicação.
A regra é que a lei possui efeitos prospectivo (voltada para o futuro), contudo,
além dos fatos jurídicos já consumados (pretéritos), há aqueles que foram constituídos
na vigência de uma lei anterior e não produziram todos os seus efeitos nela (pendentes),
assim como os que ainda não foram gerados(futuros).
Ato jurídico perfeito: é o ato que já se consuma segundo a lei de seu tempo.
CONFLITO NO ESPAÇO
Toda lei, em princípio, tem seu campo de aplicação limitado no espaço pelas
fronteiras do Estado que a promulgou (territorialidade). Contudo, permite-se em
algumas situações, ser admitida a aplicação de leis estrangeiras dentro do território
nacional e de leis nacionais dentro do território estrangeiro (extraterritorialidade).
Toda relação jurídica é formada pelos sujeitos ativo e passivo, o vínculo entre
eles e o objeto da relação.
Assim temos o sujeito ativo pode ser classificado como a pessoa que tem o
direito subjetivo, o titula do direito, sendo aquela que pode exigir da outra pessoa o
cumprimento de uma prestação.
Percebam que sujeito ativo não é necessariamente aquele que pratica o ato,
mas aquele que, na relação jurídica, se encontra na posição de subordinante (exigir o
fazer ou não fazer do sujeito passivo). O sujeito passivo é aquele que deve se subordinar
ao ato.
Vale dizer que o objeto da relação jurídica sempre será um bem, que pode ser
patrimonial ou não, logo, pode possuir valor financeiro ou não.
Relações jurídicas reais: o objeto é uma coisa, a exemplo a posse de uma casa.
Relação Jurídica: são relações entre dois ou mais indivíduos, das quais
decorrem consequências importantes que vão repercutir no âmbito social, por isso ao
direito importa normatizar essas relações.
O Estado pode participar das relações por coordenação, mas não estará
investido de seu poder de ordem (imperium). Ex.: contrato de locação entre o Estado e o
particular.