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SER HOMEM BASTA

BOM OU MAL TESOURO?


“Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância
no coração, disso fala a boca. O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem
mau do mau tesouro tira coisas más.” Mateus 12:34,35.

Uma parábola inteira está encerrada nesta última palavra. Cada pensamento e desejo de um homem
é adicionado ao estoque sempre acumulado de tais desejos ou pensamentos no interior do seu coração e
daí se transforma em palavra ou ação. Não há neutralidade, o tesouro ou é simplesmente bom ou
simplesmente mau. Às vezes, pode parecer que o caráter dos homens implicasse em ter um tesouro bom e
mau misturado em proporções às vezes maior uma ou outra, mas esse pensamento é contestado pelo fato
de que, se não há a unidade do bem que vem do amor de Deus, há na verdade uma corrupção que vem do
amor a si mesmo, e isso torna o tesouro totalmente mau. O veneno do mundanismo age em tal caso com
poder acumulativo. Nesse caso até mesmo o aparente bem quando é feito, tem objetivos escusos e
ordenados pela depravação total do homem. "Tenham o cuidado de não praticar suas ‘obras de justiça’
diante dos outros para serem vistos por eles. Se fizerem isso, vocês não terão nenhuma recompensa do Pai
celestial... de forma que você preste a sua ajuda em segredo. E seu Pai, que vê o que é feito em segredo,
o recompensará". Mateus 6:1 e 4.

Ele sempre parecia se encaixar. Qualquer que fosse a reunião - diretoria, jantar ou reunião social da
igreja - ele se sentia confortável. Conhecia as pessoas certas, sempre se vestia de acordo e com charme e
simpatia, ele se relacionava facilmente em qualquer agrupamento de pessoas. Às vezes, ele podia ser bem
dogmático (dogmas, doutrinas, legalismo). Seus melhores amigos, aqueles que estavam com ele mais
frequentemente, haviam visto sua autoconfiança passar dos limites e virar agressividade (usando seus
dogmas para atacar). Ele nunca analisava a si mesmo ou a qualquer outra pessoa. Sua família sentia o
impacto de seu envolvimento superficial.

A autopercepção (julgar a si mesmo), é claro, não se encontrava entre as suas virtudes. Se lhe
pedissem uma autodescrição, ele poderia usar de improviso palavras como: sociável, culto, bem-sucedido,
bom pai de família, cristão dedicado. Poderia até dizer viril.

De vez em quando ele, de fato, dava lugar às emoções: quando foi ao quarto da esposa após a
mastectomia que ela fez; no enterro da mãe; quando propôs um brinde à filha e ao noivo na festa do
casamento. Mas nunca chorava. Ninguém jamais o vira desmoronar.

Ele era uma boa pessoa para se ter como parceiro de dominó ou sócio nos negócios. E, sem dúvida,
era o homem certo para ter do seu lado num debate. Mas não era alguém com quem você se sentiria
inclinado a compartilhar o que se passava no coração.

A esposa dele era terrivelmente solitária. Mas ele jamais teria adivinhado. Ela enterrava a dor bem
fundo, por baixo dos adornos da vida “classe média” e sob a ronda de “importantes” atividades que a vida
social exigia. Ela se ocupava com clubes de jardinagem, reuniões políticas, o conselho de ministérios
femininos da igreja e a decoração da casa. Seus três filhos atraentes eram o grande laço de fita vermelha
que arrematava lindamente o pacote bem enfeitado da vida dela.
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Como acontece com a maioria das vidas “perfeitas”, havia uma mancha escura, uma dobra feia no
rosto cirurgicamente alisado da mulher. Ataques de pânico. Não sérios, mas inquietantes. Eles tinham a
tendência de surgir quando ela sentia que havia perdido o controle das coisas. Os ataques haviam sido
regulares, mas, inconstantes; uns, piores do que os outros. Os remédios ajudavam. Ela conseguia os
medicamentos com um especialista, companheiro de jogo do marido. O marido marcou uma consulta para
ela. Chegou até a ir buscar a primeira fórmula ele mesmo. Em sua mente, aquilo resolvia tudo. Dor de dente?
Veja um dentista. Ataques de pânico? Tome um comprimido. Ele nunca conversou com ela sobre os ataques,
nunca analisou os temores dela.

Você é a chave para a vida espiritual da sua casa. Pais adequados precisam antes ser cônjuges
adequados, mas antes que você possa ser um cônjuge adequado, precisa ser um cristão adequado.
Portanto, o comportamento cristão coerente no lar é a chave para comportamento adequado. O que você
é no lar é o que você realmente é. A sua mulher não demorou muito a descobrir exatamente quem você é.

Em 1 Pedro 3.7, lemos o seguinte: “Maridos, vocês, igualmente, vivam a vida comum do lar com
discernimento, dando honra à esposa, por ser a parte mais frágil e por ser coerdeira da mesma graça da
vida. Agindo assim, as orações de vocês não serão interrompidas.” Há algumas considerações a respeito
desse versículo que devemos entender: Primeiro: A palavra: vaso mais fraco é aplicada a mulher no sentido
de frágil ou instrumento mais delicado que requer tratamento mais zeloso, do que o quê? Se respondermos
“do que o marido”, fica claro que os maridos são, por implicação, vasos menos delicados. E este é o caso.
Essa definição elimina a conotação de inferioridade. Segundo: Se marido e mulher vivem juntos sem
reverência e afeto mútuos, não pode haver simpatia na oração unida; a promessa feita por Cristo em Mateus
18:19 não pode ser cumprida. Terceiro: Ainda que haja consenso nos motivos, tampouco poderão orar de
maneira aceitável se vivem em ciúmes, desconfiança e brigas que se opõem ao espírito de oração (lembrem-
se da lição do sacerdote); eles impedem o livre fluxo da oração e prejudicam sua seriedade e devoção.

Meu irmão, sua esposa é coerdeira com você. Portanto merece toda a consideração, apreço e afeição
que você julga merecer a si próprio. Não é só ela quem deve dar-lhe apoio moral; você deve também a ela.
E, por outro lado, não deve tomar sozinho todas as decisões concernentes a casa. Nenhum homem casado
pode viver e agir independentemente da esposa. Muitos estão fracassando, dando tropeções na vida, e
esforçando-se bastante, sem, contudo, conseguir o que almejam, porque não tratam a esposa como
coerdeira.

É claro que há homens que não tratam a esposa como coerdeira e mesmo assim são bem-sucedidos
nos negócios. Mas quase todos eles sofrem algum outro tipo de perda ou experimentam alguma outra
deficiência como resultado direto desse procedimento.

Se um homem trata a esposa como sua propriedade, os filhos, observando o comportamento do pai,
imitam-no e refletem a mesma atitude em seus atos. O marido tem de tratar a mulher como coerdeira.
Quando um homem murmura contra a esposa – fala mal dela ou a deprecia – priva a si mesmo de atingir
todo o seu potencial como homem e impede que o relacionamento dos dois também alcance seu grau
máximo de aperfeiçoamento.

Você nunca deve criticar seu cônjuge a outros, por duas razões. A primeira é que a recordação dos
ressentimentos e a alimentação deles fixa-os ainda mais indelevelmente na mente. A segunda é que o desejo
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de aprovação é um dos impulsos básicos do ser humano. Nada poderá prejudicar mais esse impulso de
aprovação do que alguém descobrir que o seu cônjuge foi desleal ao ponto de criticá-lo ante um estranho.
Se precisar fazê-lo, procure seu pastor ou alguém de sua inteira confiança e que tenha maturidade para
ouvir, mas não discuta a situação com qualquer pessoa.

Podemos nos maravilhar diante da resistência do amor de uma mulher. Há mulheres que consideram
seus maridos "o pior homem da cidade". No entanto, elas terminam dizendo: "Mesmo assim eu o amo". Os
homens nunca aguentariam as coisas que a maioria das mulheres se vê forçada a suportar. Deve ser um
prolongamento do amor de mãe, o qual encaramos como a maior ilustração de amor humano. Qualquer que
seja a causa, parece que a mulher tem maior capacidade de amar o homem do que o homem de amar a
mulher. Parece não haver uma mulher que não reaja ao amor.

Nenhum homem em sã consciência se apresentaria como uma autoridade sobre as mulheres. A


maioria dos homens diz que as mulheres são complexas, e realmente o são. Nessa apostila, não pretendo
ser uma autoridade em assuntos femininos, mas, após muitas queixas ouvidas do chamado "sexo fraco",
podemos ter uma conclusão básica: a maior parte dos homens não sabe como fazer uma mulher feliz. Não
é questão de dinheiro, diamantes, peles, casas, ou outras coisas, que tornam uma mulher feliz, mas
simplesmente o amor. Não a parte sexual do amor, mas o tratamento que leva a esta — bondade,
delicadeza, compreensão, aceitação ou aprovação, e o fato do marido reconhecer que não é completo sem
ela. Feliz é a esposa cujo marido sabe e lhe diz que se tivesse de recomeçar tudo desde o início, faria a mesma
escolha no casamento. Sempre que um homem diz: "Minha esposa não me tem mais amor", no mesmo
instante pode-se concluir que ele não tem amado sua esposa "como a seu próprio corpo". Se o tivesse feito,
ela o amaria em troca — pois é exatamente essa a natureza da mulher.

Tudo nesta vida pode se valorizar ou depreciar. O que é valorizado aumenta de valor. O que é
depreciado diminui de valor. Todos os nossos bens – casas, carros, terrenos, ações – podem valorizar- se ou
depreciar-se. Isso depende da importância que lhes atribuímos.

Seres humanos também podem valorizar-se ou depreciar-se de acordo com a importância que lhes
damos. Quando apreciamos nossa mulher, seu valor aumenta, tanto aos nossos olhos quanto aos dela. Mas,
se a depreciamos, ela diminui de valor tanto para si mesma, como para nós. "Se você deseja que ela o trate
como um rei, trate-a como uma rainha!"

Nos últimos 50 anos tem havido uma mudança significativa nos valores da nossa sociedade. Essa
mudança além de impactar a sociedade, também se infiltrou na igreja. Uma das principais mudanças é o do
entendimento do que é o casamento, uma aliança ou contrato?

Segundo a Bíblia casamento é uma aliança de sangue. No oriente, esse conceito é conhecido e
praticado, mas no ocidente é pouco conhecido ou mal-entendido. Uma aliança de sangue é o acordo mais
íntimo, sagrado e duradouro e mais comprometedor conhecido pelos homens. Esse compromisso é mais
valioso até mesmo que suas próprias vidas. Ao assumi-lo, aceitamos os seguintes termos: “tudo que tenho
e sou é seu. Seus inimigos são meus inimigos, estou pronto a dar a minha vida por você se necessário”.

Aliança é um compromisso irrevogável, indissolúvel finalizado apenas com a morte de um dos


proponentes. Ela não depende do desempenho da outra parte, é unilateral proposto a outra parte diante
de Deus. O casamento é uma ordenança instituída na inocência, para a preservação da humanidade. E em
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virtude de ser uma ordenança divina, seus vínculos são ainda mais fortes do que os da natureza, pois nessa,
a união era apenas reprodutiva, enquanto no casamento, é para toda vida. Em Mateus 19: 4-5, dá-nos a
entender que foi o próprio Deus quem disse que o homem deve deixar todos os seus parentes para se apegar
à esposa; Um contrato, por outro lado, é totalmente diferente. É bilateral, possui cláusulas, se uma parte
falha em cumprir a outra pode desfazê-lo.

ANOTAÇÕES:

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