Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Platão
2
INTRODUÇÃO
3
Em minhas atividades como, professor e educador musical com mais
de 20 anos de experiência e com parceria em vários projetos pedagógicos
voltados para a educação infantil, pude trabalhar métodos como os de
grandes mestres (Carl Orff, Zoltán Kodály, Edgar Willems e Villa Lobos),
estes citados foram alguns dos quais busquei inspiração e aprendizado
através do grande legado deixado pelos mesmos.
Violeta H. de Gainza:
4
5
Sumário
- Introdução _____________________________________ 03
- A prática________________________________________ 07
- Bibliografia_______________________________________54
- Biografia___________________________________________56
6
A PRÁTICA
7
útero será a primeira sala de concertos. Moog (1976) citando um estudo de
Sitirnimann (1940) reforça o princípio anterior, uma vez que diz que os
batimentos bruscos do bebé no útero da mãe, são respostas fiéis a estímulos
musicais. Por sua vez Starr e Col. (1977) referem que o ouvido somente se
desenvolve a partir das duas semanas posteriores à fecundação, mas que
o sistema cerebral de processamento de informações auditivas só começa a
funcionar bem a partir dos seis meses e meio. Para Abrams e Col. (1998) as
estruturas melódicas e principalmente rítmicas, são perfeitamente
apreendidas pelos bebés no útero, uma vez que parecem estar a compensar
algumas distorções sonoras para manter a percepção da sua estrutura.
Outras experiências como as de Liader e Col. (1982), ultilizavam
repetidamente sons de um bongo, em intervalos regulares, verificando com
isto que, os bebés de seis meses de gestação demonstravam alterações do
ritmo cardíaco, mas logo se habituavam e mantinham a mesma pulsação
mesmo quando os batimentos não eram regulares.
8
da 30ª semana é que o bebê inicia o seu processo de assimilação de
informação musical, a qual depois do seu nascimento consegue recordar ou
reagir a ela. Irei mostrar um mapa cronológico das idades pós-natais (entre
os 4 meses e os 12 anos de idade) com ligações diretas ao mundo sonoro-
musical e expressivo:
9
Mapa cronológico das idades pós-natais (entre os 4 meses e os 12
anos de idade) com ligações diretas ao mundo sonoro-musical e
expressivo:
A partir de:
4 MESES
A criança imita o canto, mesmo que não atenda à altura ou aos tempos dos
sons (Teplov 1969).
6 MESES
10
de uma nota (Teplov (1969).
9 MESES
1 ANO
11
são as canções de embalar (Francis 1956).
2 ANOS
3 ANOS
É capaz de criar uma imagem mental dos sons dados por um instrumento,
assim como consegue agrupar elementos sonoros idênticos (Zenatti 1969).
12
melódico (Teplov 1969).
Consegue captar e praticá-la, se bem que canta nos graves e grita nos
agudos (Souriau 1962).
Mesmo fora de tom, a criança consegue cantar por inteiro, canções simples,
assim como começa a coincidir tons simples, para além de já não se inibe
tanto quando canta m grupo e, salta, caminha. Corre e pula em
conformidade com a música e o seu ritmo (Gesell 1940).
A sua capacidade torácica ainda não lhe permite cantar grandes frases
musicais, sem que tenham que tenha que recorrer à respiração intermédia
(Abbadie 1977).
13
(Scott 1979).
4 ANOS
14
5 ANOS
6 ANOS
15
intermédia - devido à sua capacidade torácica (Abbadie 1977).
7 ANOS
16
Começa a despertar para uma atitude de imaginação musical importante,
gostando de interpretar em termos visuais e dramáticos as obras musicais
que vai entendendo (Francès 1956).
8 ANOS
9 ANOS
Adora ter o seu próprio instrumento. Está dedicado à prática musical, onde
executa com prazer, vários legatos e staccatos, assim como se interessa
17
cada vez mais por compositores e pela música convencional (Gesell 1946).
10 ANOS
12 ANOS
18
Naturalmente que as fases desse desenvolvimento, quando nos
referimos ao ensino e educação geral, em vez das escolas especializadas em
educação musical, podemos afirmar que são três as fases delineadas no
organograma geral, dentro das quais se insere a Expressão “Educação
Musical”, O ensino Pré-Escolar, o Ensino Básico (1º Ciclo) e o Ensino
Básico (2º Ciclo).
19
volta. A fase etária compreendida entre o nascimento e os dezoito meses
iniciais de vida são fulgurantes em termos de potencialidades de própria
desenvoltura da aprendizagem, criando a criança as suas bases para todo o
subsequente desenvolvimento educativo. Esta fase está situada nos
primeiros cinco anos de vida da criança, onde E. Gordon destaca três fases,
dando especial importância ao contacto e à exploração do mundo e do
meio:
20
Grande parte dos pais até poderiam ter capacidade e sensibilidade
suficiente, para orientar os seus filhos no domínio musical. Mas o que os
leva a não o fazer, deve-se em parte ao que acima referimos, não lhes
foram despertadas e desenvolvidas as aptidões musicais na idade certa. Ou
seja, deparamo-nos com uma intervenção discreta neste campo por parte
daqueles que preparados musicalmente o poderiam fazer com os seus
filhos, com mais perspicácia e proximidade emocional, em relação a
qualquer educador / professor.
Não se trata de que os pais não tenham aptidões musicais, o que é fato
é que não as desenvolveram atemcipadamente. Estando estes, com mais
vontade de exercer uma orientação correta nos domínios do
desenvolvimento linguístico, ou até da aritmética e ciências da natureza,
porque foram estes os elementos ou áreas de conteúdo que lhes
desenvolveram na sua formação.
22
amar a música faz parte do mais íntimo que um ser humano desenvolvido
tem como mais previsível. Para Violeta H. de Gainza:
23
desta forma. A música deve ser a parte do que refere Violeta H. de Gainza
(2001), um objeto intermediário e privilegiado da comunicação humana.
25
Vemos então o quão importante é a música para o crescimento e
formação de caráter de uma criança em formação, possibilitando ao futuro
adulto desenvolver e aprimorar vários sentidos no que se refere ao seu
estado natural, por exemplo, uma criança que se tornou um profissional
médico, e no decorrer desta caminhada desde o início houve a introdução
no que se refere à educação musical correta, com certeza este profissional
terá outros olhos para conduzir com maestria sua profissão, além de uma
visão mais aguçada do que acontece em sua volta.
Aliás, eis aqui uma bela forma de ensinar para as crianças. Com
elementos e situações já vivenciadas por elas, podemos colocá-las em
contato com todos os tipos de sons e mostrar a elas como o mundo seria
esquisito se não tivesse o despertador e o telefone tocando, a música para
cantar e até a fala que é uma frequência de sons produzida pelas cordas
vocais juntamente com outros órgãos do corpo humano.
26
Fazer as crianças imitar com a boca, os sons dos objetos e do que está ao
seu redor, faz com que ela tenha maior observação sobre o mundo em que
vive e a desenvolver desde cedo à sensibilidade para a música.
27
COMO ERA O ENSINO DE MÚSICA NA ESCOLA BRASILEIRA
DURANTE A PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
28
VILLA-LOBOS: UM DOS GRANDES DEFENSORES DO ENSINO
MUSICAL NAS ESCOLAS BRASILEIRAS.
29
Desde a década de 1920, a discussão que colocava o ensino musical
distante da mera execução de hinários já se encontrava presente. O ensino
de elementos do folclore, na busca de resgatar uma identidade nacional,
mostrava-se como preocupação principal. Neste momento, nota-se a
“invenção” de uma tradição nacionalista para o Brasil, resultado de uma
República emergente em busca de uma identidade cultural. O conceito de
Hobsbawn sobre a “tradição inventada” pode contribuir no entendimento
desta questão:
30
Para Villa-Lobos, a música e as demais artes apareciam como
elementos que deveriam ser valorizados por um Governo preocupado com
a formação de seus cidadãos. Ao justificar suas intenções no trecho inicial
da carta, Villa-Lobos acentuava o discurso nacionalista.
31
prática coletiva do canto orfeônico, calcada numa orientação didática
uniforme.
32
A IMPORTANCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
34
Com a segunda geração de educadores musicais há uma grade revolução
em se tratando do uso da matéria sonora.
Objetivos:
O fazer musical:
37
- Interpretação de música e canções diversas.
Apreciação musical:
- Escutar músicas,
- Exploração do corpo,
- Capacidade de se concentrar,
- Capacidade de imitar,
- Folclore,
39
- Brincos,
- Cantigas de ninar,
- Diferenciação de sons:
40
CRIANÇAS COM IDADES ENTRE 4 E 6 ANOS.
Apreciação musical:
- Sua utilidade,
41
- Como e porque construir um instrumento musical,
- Desinibir,
- Socializar,
- Movimentos rítmicos,
- Escutar a si e ao outro,
- Desenvolver concentração,
- Desenvolver atenção,
- O que é folclore?
- Brincadeiras de roda,
43
- Incentivar e desenvolver as brincadeiras de roda usando cantigas
folclóricas,
- Diferenciação de sons:
- Introduzir o silêncio,
- Trabalhar o timbre,
44
OBSERVAÇÕES
Organização do tempo
45
JOGOS E BRINCADEIRAS
46
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
As fontes sonoras
47
EXERCÍCIOS PARA CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS
Mostram que o som pode ser grave ou agudo, forte ou fraco, rápido
ou lento. E dá o primeiro passo rumo à escrita musical. Quando se pede
para a criança de quatro a seis anos desmontar as teclas do xilofone e
remontá-las por ordem de tamanho, ela descobrirá que peças de tamanhos
diferentes emitem sons variados. Provavelmente a diferença entre eles será
tratada como o som “grosso” e o som “fino”. Explique a ela que o “grosso”
chama-se grave e o “fino”, agudo.
Preencha três latas de refrigerante iguais, uma com pedras, outra com
feijão e outra com arroz. Peça para seus alunos identificarem qual som é
mais grave, qual é mais agudo e qual fica na faixa média. Aqui há uma
evolução na aprendizagem iniciada com a seriação das notas no xilofone,
pois, apesar das latas terem a mesma forma e tamanho, emitem sons
diferentes.
Peça para a turma colocar a lata com o som mais grave debaixo da
mesa, a com o som médio sobre a mesa e a que for mais aguda em cima da
cadeira. Em seguida, usando bolinhas de fita crepe, associe cada linha na
lousa ao som de uma lata, colocando o som mais grave na linha de baixo, o
médio na linha do meio e o agudo na linha alta. Desta forma, eles estarão
dando o primeiro passo para entender o que é registro sonoro: a passagem
do som para sua forma escrita.
48
SOBRE A AVALIAÇÃO
49
várias metodologias na prática do ensino musical infantil, vou ser mais
direto, resumindo, citarei a seguir apenas 4 métodos bem conhecidos:
1 – Método Orff
50
2 – Método Kodály
51
3 – Método Willems
Criado pelo professor belga Edgar Willems, sua metodologia é hoje uma
das mais importantes aplicações na educação musical em todo o mundo.
Willems produziu durante sua vida, um valioso material didático para o
desenvolvimento do ouvido musical. Descobrindo a interligação existente
entre a música e o ser humano, ele relacionou o triplo aspecto do homem
(fisiológico, afetivo e mental) com os elementos característicos da música
(ritmo, melodia e harmonia).
52
4 – Método Suzuki
53
REFLEXÃO
Feito esta primeira correção ficará com certeza muito mais clara aos
pais, professores e gestores o dever de nossa tarefa dentro da sala de aula.
54
Nietzsche e vários outros que tinham a música como base de sua filosofia
educacional.
55
BIBLIOGRAFIAS:
ARDLEY, N. e RUDERS, P. (1996) Guia de Música para Jovens Ouvintes. Civilização: Porto.
AZEVEDO, M.de L. (1977) O Aluno do 1º e 2º Graus do Colégio Nova Friburgo e o Lazer: Rio de
Janeiro.ASSIS O. Z. M. de (1999) Aspecto Afectivo – PROEPRE (Programa Educação Pré-Escolar)
Prática Pedagógica. Unicamp: Campinas.
COSTA, M. (1969) Música na Pré-Escola Primária. Ed. José Olympo: Rio de Janeiro.
GORDON, E. (2000) Teoria de Aprendizagem Musical para Recém-Nascidos e Crianças em Idade Pré-
Escolar. Serviço de Educação da Fundação Calouste Gulbenkian.
GUERREIRO, C. ; MORAIS, D; CAIADO, J. P. (1978) Sons para Construir. Plátano Editora: Lisboa.
HERNANDEZ, B.M. (2000) Educación Artística y Arte Infantil. Editorial Fundamentos – Colección
Fundamentos: Madrid.
KRAMER, S. (1994) Currículo de Educação Infantil e a Formação dos Profissionais de Creche e Pré-
Escola: Questões Teóricas e Polémicas. MEC/SEF/COEDI. Brasília-DF: Brasília.
56
MEJÍA, Pilar Pascual (2002) Didáctica de la Música para Primaria. Pearson Educación: Madrid.
MERMELSTEIN, M. P. e SALES, H.M. (1982) Sobre o Ensino das Artes nas Escolas de 1º Grau. ANDE:
S. Paulo.
OLIVEIRA, Z. de M. R. (2000) Educação Infantil: muitos Olhares. Edições Cortez: São Paulo.
SANTOS, R. (1990) Repensando o Ensino de Música. Cadernos de Estudo, Educação Musical: Belo
Horizonte.
SEBER, M. (1995) Psicologia do Pré-escolar: Uma visão construtivista. Edições Moderna: S. Paulo.
WALLACH, M. A. e Bogan, N. (1965) Modes of Thinking in Young Children. Rinehart & Winston: Nova
Iorque.
WINN, M. (1975) Como Educar Crianças Em Grupos: Técnicas Para Entreter Crianças. Edições Ibrasa:
São Paulo.
BEAUMONT, Maria Teresa de e FONSECA, Selva Guimarães. O ENSINO DE MÚSICA NAS SÉRIES
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: saberes e práticas escolares. GT: Ensino Fundamental/nº13-
26a Anped.
BRITO, Teca Alencar. A música na educação infantil. São Paulo: Peirópolis, 2003.
57
Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na
busca, não aprendo nem ensino.
Paulo Freire.
58
BIOGRAFIA DO AUTOR
> Escritor
Livros Publicados
59
60