Material de Apoio – 2ª Série

Educação Física – 4º Bimestre: Ginástica

A ginástica ao longo da história

A ginástica é uma prática corporal que expressa diretamente os costumes de um

povo o qual tinha de certa forma adoração por corpos fortes e definidos, claro que só
poderíamos estar nos referindo aos gregos, os quais dão origem a essa prática que por si
só, a palavra ginástica significa “exercitar-se nu”, mostrando parte do costume dos gregos
ao preparem seus corpos para fins militares e também esportivos como era o caso dos
jogos olímpicos.
Porém, grande parte do formato atual que conhecemos de ginástica se deu após a
revolução industrial, onde as grandes aglomerações devido ao processo de urbanização
ao redor das fábricas começaram a gerar oportunidades para pessoas as quais
enxergavam uma forma de adquirirem alguma renda ao se apresentarem utilizando
unicamente seus corpos, onde suas manifestações lúdicas de caráter popular realizadas
com base nas atividades circenses. Essas apresentações aproveitavam dias de festas,
feiras, mantendo uma tradição de representar e de apresentar-se nos lugares onde
houvesse concentração de pessoas do povo. Artistas, estrangeiros, errantes, que eram
situados e considerados no limite da marginalidade fascinavam as pessoas que estavam
fincadas em vidas metrificadas e fixas em sua grande parte dentro das grandes indústrias.
(SOARES, 2002, p. 24, 25).
O movimento ginástico europeu surge no século XlX como uma forma de
sistematização da ginástica, com o intuito de regulamentar essas práticas que vinham
acontecendo pelas cidades e também como forma de fazer uso da mesma diretamente pela
população de forma geral, impondo agora uma ginástica afastada de seus vínculos
populares, não mais permitindo o uso do corpo como simples entretenimento, difundindo a
ideia higienista utilizando a ginástica como promotora de saúde.
“Estes métodos foram sistematizações criadas por médicos, pedagogos ou militares
que tentavam organizar a prática das atividades físicas”. (FIORIN, 2002, p. 25-26)

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 A ginástica passa agora a promover a valorização da saúde, por meio da prática
regular de exercícios físicos associados à transmissão de preceitos sociais extremamente
patrióticos.
Essa ginástica oferecida, assim como a que foi introduzida no ambiente escolar,
tinham basicamente o mesmo papel:
“A ginástica oferecida a classe operária em seus primórdios em meio ao
processo da Revolução Industrial e os métodos ginásticos introduzidos no ambiente
escolar tinham o papel essencial de emergir a noção de intervenção que serviria
“[...] para imprimir a ideia liberal, de que a saúde, o bem-estar físico, o
desenvolvimento do corpo forte, higiênico, é responsabilidade individual e não
consequência das condições sociais determinadas pela estrutura econômica,
política e social.” (CAPARROZ, 2005, p. 121).

Havia um processo de desresponsabilização por parte das autoridades, oferecendo

assim a ginástica como forma de promoção da saúde, buscando tornar os indivíduos como
únicos responsáveis por suas condições de saúde e não mais suas péssimas condições de
qualidade de vida, que se relacionavam com jornadas absurdas de trabalho (até 18 horas
por dia), ausência de saneamento básico devido a grande popularização em torno das
indústrias, ausência do tempo de lazer. Além é claro da doutrinação das camadas
populares que eram ou deveriam ser direcionadas as linhas de produção das grandes
indústrias, característica essa que veremos também sendo inserida na educação física
brasileira anos depois.
O Movimento Ginástico Europeu visava a promoção de melhora da saúde da
sociedade através da ginástica, visto que a mesma se encontrava em um momento
marcado pelos problemas sociais que foram resultado direto da Revolução Industrial,
associado também à demanda de fortalecer o trabalhador para aguentar todos os
problemas citados a cima e também suas tarefas propriamente ditas em cada função das
fábricas.
Porém, só “fortalecer e tornar saudáveis” os trabalhadores, o que era basicamente
impossível de ser alcançado somente com a ginástica, era preciso também fazer com que
a sociedade acreditasse que isso era possível e que esses princípios se tornassem valores
a serem perpetuados. Logo, esses movimentos passaram a ser introduzidos na escola,
onde, por meio da imposição da ginástica, havia um tipo de doutrinação onde a ideia de

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que os alunos ficassem mais fortes, mais disciplinados, mais saudáveis, era agora
completamente enraizada na sociedade e ainda conseguiam com que esse tipo de
atividade física se tornasse uma prática contínua. (RONDINELLI, Paula. "Movimento
Ginástico Europeu"; Brasil Escola)

Método Ginástico Europeu Alemão – Escola Alemã

O método ginástico alemão, irá se caracterizar principalmente por um extremo
senso nacionalista que é imposto a seus praticantes, pois a ginástica surge na Alemanha
como uma forma de preparar os corpos para a defesa da pátria, visto que em seu
surgimento a Alemanha ainda era um território que passava por constantes ameaças de
guerra.
“Era preciso, portanto, criar um forte espírito nacionalista para atingir a unidade, a
qual seria conseguida com homens e mulheres fortes, robustos e saudáveis” (SOARES,
2002, p.53).

O trecho acima, nos mostra os principais pontos da escola alemã, grande

senso de unidade, patriotismo e a criação de homens e mulheres fortes para defesa
da pátria, características essas que foram inseridas por diferentes pessoas, mas que
buscavam os mesmos objetivos: Guts-Muths foi considerado o Pai da Ginástica
Pedagógica, para ele, deveria ser organizada pelo Estado e ministrada todos os dias e
para todos. Spiess preocupou-se com a inserção da ginástica nas escolas e procurou
colocá-la no mesmo plano das demais disciplinas escolares. Jahn, principal responsável
pela disseminação do método entre a população, trouxe ao seu sistema o caráter
militarista e extremamente patriótico, chegando a criar termos próprios, como por exemplo
a palavra “Turnen” que significa ginástica.

Os exercícios tinham objetivos que transcendiam a forma física. O turnen também

tinha um exercício moral: alcançar autoconfiança, autodisciplina, independência, lealdade,
e obediência. Essas eram as metas a serem atingidas por meio de atividades completas e
informais.

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Método Ginástico Europeu Sueco – Escola Sueca
Idealizada por Pehr Henrick Ling, a ginástica sueca surgiu com a finalidade de
extirpar os vícios da sociedade, em especial o alcoolismo. Com a missão de regenerar a
população, possuía um caráter não acentuadamente militar, mas sim “pedagógico” e
“social”. Deveria gerar indivíduos fortes que pudessem ser úteis à pátria, como soldados ou
trabalhadores civis.
Levando em consideração os princípios estabelecidos dentro das ciências
biológicas, Ling criou exercícios livres sem aparelhos, de execução fácil e estética, além de
saltos no cavalo, cambalhotas, jogos ginásticos, patinação e esgrima. Tudo associado a
cantos alegres e disciplina militar.
Ling acreditava que seu método assegurava a saúde, por ser essencialmente
respiratório, e a beleza, por seus efeitos corretivos e ortopédicos. Por isso, o destinou a
todos, independente de sexo, idade ou condições materiais e sociais, dividindo-o em
quatros partes:
1) Ginástica Pedagógica ou Educativa – para todas as pessoas, tinha como objetivo
assegurar a saúde, evitar a instalação de doenças, vícios e defeitos posturais e
desenvolver normalmente o indivíduo;
2) Ginástica Militar- com as mesmas características da pedagógica, acrescentando os
exercícios de preparação para a guerra;
3) Ginástica Médica e Ortopédica – também baseada na pedagógica, objetivava
eliminar vícios e defeitos posturais, sendo específica para cada caso;
4) Ginástica Estética – mais uma vez apoiada na pedagógica buscou o
desenvolvimento harmonioso do organismo, utilizando-se da dança e de
movimentos suaves para proporcionar beleza e graça ao corpo

A ginástica dinamarquesa surge posteriormente a sueca, como um desdobramento

da mesma em busca de algo que agradasse mais os jovens dinamarqueses da época,
assim como a Calistenia vem também dessa escola europeia, utilizando-se do seu estilo
de exercícios sem o uso de qualquer aparelho, somente com o peso do próprio corpo e
posições rígidas.

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Método Ginástico Europeu Francês – Escola Francesa
A Ginástica na França baseou-se nas ideias dos alemães Jahn e Guts Muths e,
apresentava além do caráter moral e patriótico, uma preocupação com o desenvolvimento
social. Objetivava formar o homem “completo e universal”, sem desvincular-se do
utilitarismo, tão abordado pela ginástica científica, buscando o desenvolvimento da força
física, da destreza, agilidade e resistência. (SOARES, 2004)

O método Francês para alcançar os seus objetivos prioriza sete formas de trabalho:
jogos, flexionamentos, exercícios educativos, exercícios mímicos, aplicações, desportos
individuais e coletivos.

Formas essas que buscavam características naturistas como: resistência corporal

ao frio, endurecimento, utilização do meio natural como terreno de exercício, exercícios
utilitários, nudez controlada. Todo o trabalho toma por base a utilidade das ações e
representa um retorno à natureza adaptado à vida urbana moderna e concernente às
atividades práticas da vida em sociedade, que buscava também um olhar mais cuidadoso
a saúde da mulher, combatendo “hábitos elegantes”, como cintas, salto alto, porta-seios.

O que Hébert, um de seus criados, desejava era um método que pudesse aumentar
as resistências orgânicas, realçar as aptidões para a execução de exercícios naturais e
utilitários e, sobretudo, desenvolver a energia, a qualidade de ação, a virilidade, para então
subordinar esse conjunto de qualidades físicas bem treinadas a uma moral altruísta.

Portanto, visto que os métodos ginásticos até o momento por nós discutidos,
diferenciam-se apenas na forma como são executados, todavia assemelham-se
principalmente em suas propostas, a promoção do culto ao esforço (individual), a
disciplina, obediência, prontidão a obedecer ordens, adaptação, formação de
hábitos, atendendo assim os objetivos do Estado no século XlX, onde as demandas
da sociedade haviam então se modificado principalmente devido a Revolução
Industrial.

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Ginástica Artística
A ginástica artística deriva-se da escola alemã de ginástica, criada por
Friedrich Ludwig Christoph Jahn, é uma modalidade esportiva que envolve um conjunto de
movimentos. Movimentos esses que exigem precisão, força, flexibilidade, agilidade,
coordenação e equilíbrio. Portanto, o domínio do corpo é uma das principais características
desses atletas.

Quem pratica a ginástica artística são chamados de ginastas. Embora inicialmente

ela era praticada somente por homens, hoje essa modalidade está presente em ambas
categorias (masculina e feminina). No início, essa modalidade era chamada de ginástica
olímpica e somente mais tarde e com a inclusão da ginástica rítmica desportiva e da
ginástica de trampolim ela passou a ser chamada de ginástica artística.

Geralmente as provas de ginástica artística tem o foco na perfeição dos

movimentos, onde em uma sequência pré-determinada, os ginastas executam uma série
de movimentos que ocorrem nos aparelhos e no solo.

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Aparelhos
Além de movimentos no solo e os saltos realizados pelos ginastas, a ginástica
artística reúne diversos aparelhos nos quais os ginastas realizam suas apresentações
sendo divididos por categoria femininas e masculinas, o que já nos revela uma expressão
direta da sociedade também na ginástica devido a diferenciação de alguns dos aparelhos a
depender da categoria assim como o afastamento de qualquer traço que poderia expressar
feminilidade por parte das provas masculina, como maior exemplo a ausência da música
nas apresentações de solo masculino. É uma expressão direta dos papéis que a sociedade
impõe sobre os homens e mulheres, papéis esses que se espera de cada um de nós
infelizmente, mas que precisam se debatidos, discutidos, quebrados e transpostos por nós
em nosso dia a dia.

Para as categorias femininas e masculinas os equipamentos utilizados são

diferentes. Assim, para ambas as categorias, tanto feminina quanto masculina, os
principais aparelhos são:

Salto sobre a mesa Apresentações de Solo

Enquanto de maneira específica para cada categorias, temos na categoria

masculina:

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 Cavalo com alças Barras Paralelas

Argolas Barras Fixas

Já na categoria feminina temos:

Paralelas Assimétricas Trave

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Ginástica Rítmica
Ao contrário da ginástica artística, a ginástica
rítmica é uma prática recente na história da humanidade,
tendo sido criada no início do século 20 como um novo
conceito, exclusivo para as mulheres. Inicialmente
chamado de ginástica moderna, o esporte nasceu de uma
combinação de técnicas de movimentos, terapia
respiratória, terapia de relaxamento e dança, entre outros.

A técnica dos movimentos é realizada com base em

movimentos corporais expressivos e ritmados ao som de
uma música tema para desenvoltura no tablado. Os
elementos corporais são avaliados pelo equilíbrio do
corpo, a flexibilidade e rotações.

Os elementos que envolvem a modalidade são os movimentos de mãos livres, sem

utilização de aparelhos, e a utilização dos cinco materiais oficiais: arco, bola, corda,
maças e fita.

Aparelho Arco
O arco é o aparelho utilizado na apresentação de
saltos e pivots, por exemplo. O Material utilizado deve
medir entre 80 e 90 cm de diâmetro, além do peso
mínimo de 300g.

Aparelho Bola
A Bola, fabricada em material de borracha, utilizada na
ginástica rítmica deve ser apresentada nos exercícios de
flexibilidade e ondas, com um diâmetro de 18 a 20 cm e peso
mínimo de 400 g.

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Aparelho Maças
As duas maças são utilizadas na execução de
movimentos que envolvam equilíbrio. As especificações técnicas
deste aparelho são: cada maça deve ter entre 40 e 50 cm, além
de pesar no mínimo 150 g.

Aparelho Fita
A fita nas competições deve ter pelo
menos 6 metros, com largura de 4 a 6 cm, e
pesar 35 g. A fita deve ser presa a um estilete
com 50 a 60 cm de base e no máximo 1 cm
de diâmetro.

Aparelho Corda
A corda é utilizada para desenvolver,
predominantemente, com o exercício de salto. O
material desse aparelho pode ser de sisal ou sintético,
com comprimento compatível à altura da ginasta.

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Ginástica Laboral
A ginástica laboral, assim como todos os outros métodos ginásticos e suas formas,
surge baseado em toda a mudança ao longo da história da sociedade humana,
modificações histórico-econômicas e na estrutura das grandes empresas trazem consigo a
ginástica laboral como forma de escape e tratamento de diversos pontos os quais
discutiremos sua veracidade.
Portanto, a ginástica laboral, tem seu primeiro registro sobre o assunto no livro
Ginástica de Pausa destinada a operários, editado na Polônia em 1925. Alguns anos
depois esta modalidade de ginástica foi introduzida na Holanda e Rússia. Durante a
década de 1960 disseminou-se para outros países como Alemanha, Suécia, Bélgica e
Japão (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 1990).
Consta que em 1º de novembro de 1928, em comemoração à posse do Imperador
Hirohito, foi regulamentada no Japão a prática do Rádio Taissô (ginástica pelo rádio),
adotada com sucesso por empresas, serviços e escolas, como uma atividade diária para
descontração e cultivo da saúde. Somente, na década de 1960 ocorreu a consolidação e a
obrigatoriedade da Ginástica Laboral Compensatória, com o objetivo de diminuir os
acidentes de trabalho, aumentar a produtividade e a melhoria do bem-estar geral dos
trabalhadores japoneses (CAÑETE, 1996).
Porém alguns pontos precisam ser reavaliados quando pensamos a respeitos dos
objetivos dessa ginástica ao sabermos de todo o histórico da ginástica e seus métodos a
partir da revolução industrial.
A ginástica laboral é uma constante oposição à seus próprios objetivos, visto que a
diminuição de acidentes de trabalho, aumento de produtividade e a melhoria do bem-estar
geral dos funcionários poderia ser facilmente proporcionado através de jornadas de
trabalho menores e melhores remunerações.
Vemos então a ginástica laboral como um eterno flerte com a normalização da
ausência de um tempo de qualidade dos funcionários das grandes empresas, assim como
o direito ao lazer sendo negado devido a grandes jornadas de trabalho, baixas
remunerações e más condições em meio ao ambiente de trabalho em parte dos casos,
porém mantém-se o discurso de melhora da saúde do trabalhador através da ginástica,
gerando novamente um processo de desresponsabilização por parte dos empregadores
com relação a saúde de seu funcionário e esse processo já vimos acontecer ao longo da
história da ginástica.

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Ginástica de Condicionamento Físico
É a ginástica indicada para manutenção da boa forma e do bom desempenho das
funções orgânicas. Praticada em academias ou na forma de atividade física livre,
respeitando uma frequência, intensidade e duração adequadas. Englobam todas as
modalidades que têm por objetivo a aquisição ou a manutenção da aptidão física do
indivíduo normal e/ou atleta. Ao longo da história a atividade física sempre esteve presente
na rotina da humanidade e sempre associada a um estilo de época, a caça dos homens
das cavernas para a sobrevivência, os Gregos e suas práticas desportivas na busca de um
corpo perfeito ou decunho militar como o exemplo na formação das legiões romanas com
suas longas marcha e treinos, mas essa relação entre a atividade física e o homem em sua
rotina diária parece ter diminuído gradativamente ao longo de nossa evolução.

Musculação
É o nome popular para treinamento resistido ou treinamento contra a resistência,
sendo a principal modalidade praticada nas academias, tem como objetivos a: hipertrofia
muscular, resistência muscular, fortalecimento e prevenção da musculatura a fim de evitar
lesões.
A musculação é a prática de condicionamento físico mais antiga de todas, com seus
primeiros registros datando do período da Antiguidade, quando atletas gregos
desenvolviam sua força e seu físico musculoso, um aspecto bastante valorizado na época,
por movimentos com implementos pesados, como rochas.
Nos primórdios da musculação moderna, os principais propagadores eram os
fisiculturistas, que no século XIX eram admirados a ponto de virarem celebridades
A partir de 1940, esse paradigma começou a mudar. O corpo musculoso não era
mais exibido em companhias circenses, e passava a ser visto e reconhecido como uma
forma de competição, com o surgimento dos primeiros campeonatos modernos de
fisiculturismo
Com a difusão do treinamento de força e a constante associação do exercício físico
com a saúde, o meio científico logo começou a investigar os efeitos da musculação sobre a
saúde e o desempenho físico. Essa “revolução científica” fez com que a musculação fosse
elevada a outro patamar, deixando de ser vista somente como uma prática de

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condicionamento físico, mas agora como geradora de resultados significativos na
promoção da saúde.

Treinamento funcional
O treinamento funcional foi elaborado pensando em se opor ao modelo de
treinamento clássico da musculação, em que exercícios tradicionais são realizados
enfatizando músculos específicos de cada vez, enquanto todo o restante do corpo
permanece parado, o que não reflete a maioria das situações cotidianas.
Muitos treinadores observaram que a transferência das habilidades e capacidades
desenvolvidas na musculação era prejudicada principalmente pela pouca similaridade
entre os exercícios realizados na sala de musculação e o gesto motor e a habilidade
básica que seria desenvolvida posteriormente. Diante disso, surgiu o treinamento
funcional, uma prática de condicionamento físico que tem como objetivo o desenvolvimento
de diversas capacidades físicas a partir da utilização e repetição de determinados gestos.
E é justamente daí que surge o nome funcional, isto é, aplicado a alguma função prática.

CrossFit
O CrossFit é uma modalidade de treinamento intervalado de alta intensidade que
mescla fundamentos e exercícios do levantamento de peso olímpico, da ginástica de
equipamentos e práticas cíclicas, como corrida, remo, ciclismo, etc. Essa modalidade foi
criada pelo norte-americano Greg Glassman, que a desenvolveu pensando em atingir o
condicionamento físico ideal. No CrossFit, o treinamento é planejado para preparar o atleta
da modalidade para os desafios e demandas mais variados que possam surgir em sua
vida.

Calistenia
Calistenia é um conjunto de exercícios físicos nos quais se usa apenas o peso do
próprio corpo. Procura movimentar grupos musculares de maneira natural, sem utilização
de halteres e similares. A calistenia desenvolve habilidades como força sobre o próprio
corpo, equilíbrio e noção espacial.

Bons estudos!

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