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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COMPLEXO ESCOLAR BONDO ADELINA

TEMA 4: UNITA

Integrantes:

Isaac

Figueira

Katia

Teodoro

Estela

Edgar

Docente
INTRODUÇÃO

UNITA: Uniã o Nacional para a Independência Total de Angola


UNITA é um partido político angolano orientado no espectro do centro a direita,
sendo a maior e mais organizada agremiaçã o nacional de oposiçã o desde 1976.foi
fundada em1966 por dissidentes da frente nacional de libertaçã o de angola (FNLA)
e do governo de resistência de angola no exilio (grae) de que Jonas Savimbi líder-
fundador do partido era ministro das relaçõ es exteriores. Lutou ao lado da FNLA e
MPLA pela independência angolana, partindo para uma longa guerra civil angolana
em que recebeu ajuda militar principalmente dos estados unidos e da Á frica do Sul,
enquanto que o MPLA recebia apoio da uniã o soviética e seus aliados. Desde o fim
da guerra civil de 2002 a UNITA abandou a luta armada convertendo-se num
partido político e seus militantes sã o conhecidos pelo acrô nimo <galo negro> em
referência a figura de um galo presente na bandeira do partido.

História
Articulaçã o para a fundaçã o da UNITA iniciou-se entre 1964-1966, enquanto Jonas
Savimbi e Antô nio da Costa Fernandes (Tony Fernandes) estavam estudando na
Suíça, apó s a dissidência em conjunto do governo de resistência de Angola no exilio
(grae) os primeiros esboços do partido teriam surgido em 1965 apó s a longas
reflexõ es e elaboraçõ es de programa e estatutos e entre Tony Fernandes e Savimbi
em Baussana e Champex, na Suíça. Em 1965 foi atribuído a Tony Fernandes a
tarefa de recruta e fazer parte da delegaçã o dos primeiros quatorze militantes do
partido enviados para Tanzâ nia e Zâ mbia para receber treinamento em tá ticas
maoístas e guerrilha rural.
DESENVOLVIMENTO

Fundação
A fundaçã o oficial da UNITA foi conduzida por Savimbi e Tony Fernandes em 13 de
março de 1966 em Muangai na província do Moxico, Angola. Outros 200 delegados
estavam presente no evento de fundaçã o do até entã o movimento guerrilheiro
dentre eles Miguel N´Zau Puna Ernesto Mulato, Rú ben Chitacumbi, José Liahuca,
José Ndele, jerô nimo Wanga, Kafundanga Chingunji. A UNITA bancou o seu
primeiro ataque que contra as autoridades colô nias portuguesas em 25 de
dezembro do mesmo ano marcado formaçã o de seu braço armado, as Forças
Armadas de Libertaçã o de Angola (FALA).

Apó s a sua formaçã o em 1966 a UNITA necessitando de apoio externos,


aproximou-se principalmente da republica popular da china, mais também da
correia do norte, da Zâ mbia e da Tanzâ nia uma vez que os outros grandes países,
passiveis de apoiar uma guerrilha anticolonial em Angola, já tinham compromissos
com a FNLA ou com o MPLA. A preocupaçã o dominante da UNITA foi, no entanto
assegurar-se o apoio dos ovimbundos a maior etnia em Angola, a qual o pró prio
Savimbi pertencia a travou operaçõ es de guerrilha no Leste do entã o territó rio
colonial, sem conseguir chegar ao planalto central de Angola o territó rio base dos
novos ovimbundos, entre os quais desenvolve, no entanto, um intenso, trabalho de
mobilizaçã o política baseada nos princípios maoístas chineses.

Ocorre que em 1966 o MPLA para operar com muito êxito contra as forças
coloniais portuguesas justamente no leste de angola, tornando extremamente
difícil o início das operaçõ es da UNITA. A exitosa <frente leste> mpalista
conquistou enormes porçõ es da Luanda Sul, Moxico, Cuando Cubango, Lunda
Norte e Malanje (aplicando a sua base de apoio étnico-linguístico). Em tal cená rio a
UNITA formou com a polícia internacional e de defesa do estado (pide) um pacto
de colaboraçã o para combater o MPLA. Ainda em 1966 e 1967, a UNITA perde que
tinha da Zâ mbia, que faz com que se aproxima do Egipto timidamente da Á frica do
sul e dos estados unidos.

No início da década de 1970 o movimento estava em ponta de fragmentaçã o em


funçã o das derrotas militares e de uma divisã o interna crescente entre Savimbi e a
influente à família Chinguji, levando a série de emboscadas e assassinatos
misteriosos que atingiram nos anos seguintes Samwimbila Chinguji, Estevã o
Jonatã o Chinguji e também outros membros da família. A tal divisã o formaria ao
longo dos 20 anos seguintes duas virtuais alas: a de Jamba, liderado por Savimbi e
a do planalto (ou Huambo), liderada por Tito Chinguji.

Pó s-independência angolana (1975-1990)


Quando Portugal enuncia na sequência da revoluçã o dos cravos de 25 de abril de
1974, intençã o de retirar-se das suas colô nias, os movimentos (MPLA, FNLA e
UNITA), sã o chamados a assinar o acordo de alvor de partilha do poder,
estabelecendo o conselho presidencial do governo de transiçã o. A par dura poucos
meses e inicia-se uma luta armada pelo poder, com a UNITA envolvendo-se do lado
da FNLA contra o MPLA, derrotados em Luanda pelo MPLA no dia da
independência nacional em 11 de novembro de 1975, UNITA e FNLA proclamam
no Huambo e em Ambriz a criaçã o da Repú blica Popular Democrá tica de Angola.
Apesar dos apoios já nã o da China, mas dos Estados Unidos da Á frica do Sul (ainda
no tempo do Apartheid) e de outros países, a coligaçã o e militarmente derrotado a
em fevereiro de 1976, devido a intervençã o de cuba do lado do MPLA. A aliança
UNITA-FNLA desfaz-se de imediato, produzindo=se inclusive hostilidades
esporá dicas entre ambas, no centro e no sul do país.

O MPLA proclama um Estado de partido ú nico e a UNITA e a FNLA passam a ser


consideradas ilegais, e ambas retomam, sem demora, a luta armada contra o MPLA.
Inicia-se assim a Guerra Civil Angolana que durará até 2002 e, para lá das
dinâ micas internas, é condicionada pela Guerra Fria que prevalecia,
internacionalmente, durante boa parte deste período. Ao mesmo tempo, a UNITA
continuou a beneficiar-se de um enraizamento entre os ovimbundos e muito
timidamente nas etnias do leste e sul angolano. Esta constelaçã o permite à UNITA
manter e diversificar os seus apoios externos, enfrentar as forças governamentais
nã o apenas com tá cticas de guerrilha, mas por vezes em combate "convencional", e
controlar partes do territó rio durante fases de extensã o significativa.
A partir de 1979 a UNITA aproxima-se cada vez mais dos Estados Unidos e do
regime do apartheid sul-africano para fazer frente ao MPLA, abandonando a
ideologia maoísta, adotando uma forte retó rica anticomunista. Outra mudança do
período é que estabelece sua principal base em Jamba-Cueio. Em Jamba a UNITA
chegou a organizar o Jamboree Internacional Democrata, em 1985, um consó rcio
que reuniu grupos guerrilheiros financiados pela CIA, como
os mujahideens do Afeganistã o, os renamenses de Moçambique,
os contras da Nicará gua e os quemer vermelhos do Camboja. Os serviços de
propaganda — Voz da Resistência do Galo Negro-Angola (Vorgan) — e de
inteligência e contra-inteligência — Brigada Nacional de Defesa do Estado (Brinde)
— sã o fortalecidos no período.
A partir da década de 1980, com o gradual afastamento do campo da esquerda, a
estrutura da UNITA foi tomando características cada vez mais fortes de
exacerbado militarismo e um culto à personalidade de Savimbi. Atos de extrema
violência eram desencadeados diante das mais pequenas manifestaçõ es de
deslealdade. À s vezes, os assassinatos eram realizados usando rituais tribais e
místicos. Alguns dos fatos mais notó rios ocorreram nos anos de 1981 e 1982
quando dois episó dios de purga interna partidá ria, coletivamente chamadas de
"Queima das Bruxas" ou "Setembro Vermelho", ordenadas por Savimbi, levaram a
acusaçã o de feitiçaria contra diversas pessoas – sobretudo mulheres e crianças –,
onde foram queimadas vivas na Jamba pela Brinde. Jorge Sangumba, Navimbi
Matos e Waldemar Chindondo foram alguns dos notó rios mortos no episó dio. As
denú ncias de tais acontecimentos vieram a pú blico por influência de Florbela
Malaquias, rompida com o partido por causa do "Setembro Vermelho".
Conclusão
Apó s a morte de Savimbi, o vice-presidente da agremiaçã o Antó nio Sebastiã o
Dembo assumiu interinamente, mas morreu em consequência dos ferimentos dos
combates finais poucos dias depois. Paulo Lukamba Gato, general das FALA e
secretá rio-geral do partido, assumiu interinamente por cerca de um ano até a
realizaçã o de uma nova eleiçã o interna. Gato conduziu a UNITA a assinar o
Memorando de Entendimento do Luena — complemento aos acordos de paz de
Bicesse e Lusaca — e tornar-se um partido civil, com o abandono da luta
armada. No congresso da refundaçã o do partido, onde a UNITA Renovada e outros
elementos dissidentes foram reintegrados, Isaías Samakuva foi eleito presidente.
Retomado o seu estatuto político, o partido pode concorrer à s eleiçõ es
parlamentares de setembro de 2008. Porém, a UNITA obteve pouco mais de 10%
dos votos, tornando-se um ator político com poucas condiçõ es para exercer
funçõ es efectivas de oposiçã o.

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