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Trabalho Pedagógico
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Bem vindo(a)!
Já na Unidade II você irá saber mais sobre como analisar as correntes pedagógicas,
seus pesquisadores que a longo da história da educação, promoveram a evolução e
com ela seus modelos de prática inserida no processo do ensino e aprendizagem na
História Brasileira. Além perceber que Freire, um dos pesquisadores da Educação
Brasileira, defendia a educação libertadora e buscava, em sua época, promover o
ensino aos oprimidos, tido como os sem acesso à educação.
Sumário
Essa disciplina é composta por 4 unidades, antes de prosseguir é necessário que
você leia a apresentação e assista ao vídeo de boas vindas. Ao termino da quarta da
unidade, assista ao vídeo de considerações nais.
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Introdução
A educação ou prática educativa é um fenômeno social e universal. Isso quer dizer
que por meio dela garantimos às gerações futuras o acesso aos conhecimentos
historicamente construídos pela humanidade. Esses conhecimentos são
transformados com o passar dos tempos e de acordo com as necessidades culturais,
sociais, políticas e econômicas de cada nação.
Sendo assim, nossa primeira tarefa nesta unidade será conhecer a Didática e seus
campos de atuação. Isso quer dizer que analisaremos nossa disciplina como um
ramo de estudo da Pedagogia que busca respostas teóricas e práticas para orientar
a ação educativa da escola. A partir dessas de nições, podemos, então,
compreender o objeto de estudo da Didática: os processos de ensino e
aprendizagem. Para isso, é fundamental situarmos essa área do conhecimento em
seu contexto, ou seja: na formação docente e na formação humana.
Bons estudos!
Plano de Estudo
Breve histórico da Didática.
Objetivos de
Aprendizagem
Conceituar a Pedagogia e sua
implicação com a Educação.
Compreender o campo de
atuação da didática.
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Ao iniciar os estudos sobre a didática encontramos seu signi cado no dicionário:
“análise e desenvolvimento de técnicas e métodos que são utilizados para ensinar
determinado conteúdo para um indivíduo ou um grupo”. A didática faz parte da
ciência pedagógica, sendo responsável por estudar os processos de aprendizagem e
ensino. Na a rmação de Malheiros (2012, p. XVI):
Postas essas condições iniciais, é possível perceber que a didática se torna uma
disciplina fundamental na formação de qualquer professor. Tendo isso em mente,
buscamos estudar um pouco da história educacional e os aspectos históricos
traçando uma linha de pensamento para melhor aprender desse ramo pedagógico.
Segundo Piletti (2010), a didática é o ramo especí co da pedagogia que tem como
objetivo dirigir tecnicamente o ensino rumo à aprendizagem, ou seja, a didática é a
parte da pedagogia que tem como objeto de estudo o ensino em sua relação com a
aprendizagem.
Sabemos que muitos dos conhecimentos da nossa História caram perdidos por
falta do registro, métodos de aprendizagem utilizados desde as primeiras criações
humanas ou escritos dos precursores educacionais que não podemos experienciar.
Assim, traçamos juntos uma linha histórica de um pensamento sistematizado,
abordando as correntes pedagógicas brasileiras com o objetivo de identi car os
métodos de ensino nas Idades Média, Moderna e Contemporânea.
No nal do século XIX, início do século XX, temos a Idade Contemporânea que busca
o desenvolvimento cultural do aluno, com um grande avanço nas diretrizes. Passa-
se a se delimitar o espaço para o ensino, com horários determinados para o estudo,
seleção de conteúdo conforme a série, obrigatoriedade na frequência e a avaliação
regular para certi car-se da aprendizagem (MALHEIROS; RAMAL, 2012).
Comênio foi o seu fundador, já que propôs formas de estruturar o ensino para
acelerar o processo da aprendizagem, tendo como marco a sua publicação Didacta
Magna. Comênico a rmava que a educação deveria preparar a criança para a vida
adulta, ligando o processo de aprendizagem ao desenvolvimento biológico
(MALHEIROS; RAMAL, 2012).
Herbart nota que a noção do ensinar e aprender são processos distintos; seus
sucessores entendem que tais ideias vieram antes, tendo como base que a
aprendizagem advém de um ensino, mostrando que são processos intrínsecos.
Temos, portanto, o ponto de partida para compreender que esse processo de ensino
e aprendizagem é o que buscamos na didática (MALHEIROS; RAMAL, 2012, p. 7).
SAIBA MAIS
Comênio, Filósofo Tcheco, cou conhecido como pai da Didática.
Sabemos que muitos direitos que respeitam a liberdade de aprender e
ensinar, valorizando sua individualidade, são conquistas das últimas
décadas. Mas saiba que no século XVII Comênio já lutava por essa
causa. Ele proponha ideias para que a prática do Ensino fosse igual para
todos, de maneira que as meninas e crianças com necessidades
especiais deveriam também estudar, pois eles não possuíam o direito
em estudar. Defendia o ensino da escrita e cálculos, visto que a época
era da burguesia mercantil, de maneira que ensino regular era
subordinado à teologia cristã.
ACESSAR
Didática: Concepção e
Objeto
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Em nossos estudos de Didática vamos compreender o seu objeto de estudo e seus
campos de atuação. Para Libâneo (2008), a didática é o ramo dos conhecimentos
pedagógicos que estuda os processos de ensino e aprendizagem. No entanto esses
processos não podem ser tratados como atividade especí ca da escola, a nal
aprende-se e muito fora do espaço escolar. O trabalho docente é uma das
modalidades de ensino que ocorrem na prática educativa. Mas existem muitas
outras práticas que não podem ser ignoradas e que fazem parte dos conhecimentos
de vida e de sociedade de nossos alunos.
Ainda de acordo com Libâneo (2008, p. 16), “a ciência que investiga a teoria e a
prática da educação nos seus vínculos com a prática social e global é a Pedagogia”.
A Didática, sendo parte integrante da Pedagogia, é uma disciplina que estuda os
objetivos, os conteúdos, as formas e os processos de ensino, tendo em vista as
nalidades educacionais. Como essas nalidades educativas são sempre sociais, a
Didática se fundamenta na Pedagogia para encontrar seu contexto de atuação.
Além disso, a didática compreende que a educação propriamente dita não acontece
apenas na instituição escola. Ela ocorre também em diversas instituições e
atividades humanas como na família, no trabalho, nas Igrejas, nas organizações
políticas, nos meios de comunicação de massa e outras.
Mais uma vez, concordamos com nosso autor. E arrisco um pouco mais. Nossa
capacidade de descobrir as relações reais implicadas nas diferentes instituições é
desenvolvida sempre por meio da didática. Aliás, é exatamente esse o contexto de
atuação de nossa disciplina: as relações humanas.
Didática e a Construção da
Identidade Pro ssional
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Vimos que a Pedagogia tem por objetivo organizar e orientar os processos
educativos. Para cumprir com tal função, é preciso criar um conjunto de condições
metodológicas e práticas que orientam as nalidades da escola. Por isso, a função
primordial da didática é assegurar o ensino e a aprendizagem em suas dimensões
sociais e técnicas. Dessa forma, podemos concluir que a Didática é uma disciplina
pedagógica que estuda os processos de ensino em todos os seus componentes,
como: conteúdos, métodos e teorias que orientam a ação docente e formula
atividades facilitadoras da aprendizagem.
Por isso, segundo Candau (2009, p. 46), “[...] é uma matéria de estudo fundamental
na formação pro ssional de professores e um meio de trabalho do qual os
professores se servem para dirigir a atividade de ensino, cujo resultado é a
aprendizagem dos conteúdos escolares pelos alunos”. Re etindo sobre as palavras
da professora Vera Maria Candau, podemos notar que a didática é uma disciplina de
mediação entre os objetivos e os conteúdos de ensino. Portanto, sua maior função é
a de investigar as condições e as formas reais de ensino.
Mas como determinar as condições reais de ensino de uma escola? Para isso é
preciso analisar os objetivos políticos e sociais do ensino. Mediante as informações
obtidas dessa análise (pessoal e intransferível) é possível selecionar e organizar os
conteúdos necessários para a aprendizagem. Na verdade, a conexão entre os
objetivos de ensino e os conteúdos selecionados é que regulará a ação didática.
Mas, a nal, quais são os objetivos de ensino? Libâneo (2008) nos explica que o
conjunto das atividades de ensino não visa outra coisa senão o desenvolvimento
físico e intelectual dos alunos, com vistas a sua preparação para a vida social. Nas
palavras do autor podemos entender que:
Você já deve ter percebido que construir aprendizagens não é uma tarefa fácil. Mas
esse não é um caminho solitário. Ele pode ser orientado por métodos, técnicas e
currículos. A seguir, analisaremos cada componente desse conjunto.
Vamos iniciar novamente pelo ensino. De acordo com o Dicionário Aurélio (2009),
ensino refere-se à instrução. No entanto, para instruir alguém é necessário ter o que
ensinar, ou seja, é preciso existir um conteúdo. Sendo assim, podemos observar que
o núcleo do ensino, ou seja, seu aspecto mais importante é o conteúdo. Muito bem,
estando isso entendido, vamos adiante.
Tendo um conteúdo a ensinar, precisamos descobrir a melhor forma de transmiti-lo
aos nossos alunos. O planejamento pode ajudar nessa tarefa (analisaremos mais
profundamente essa questão na nossa Unidade III). Por meio do planejamento
podemos organizar os temas, de nir direções e avaliar as atividades pedagógicas
para veri car se estamos concretizando nossa tarefa de ensinar. No entanto, o
ensino é algo dinâmico e se modi ca no decorrer das atividades do professor devido
a vários fatores, como: ritmo de trabalho dos alunos, interesse especí co por um
determinado tema, necessidade de aprofundamento maior de algum aspecto do
conteúdo e outros. Para não nos perdermos nesse processo é que contamos com a
ajuda de um currículo.
Ao percorrermos parte dos processos de instrução, podemos notar que o ensino não
é apenas mera transmissão de informações. Trata-se, na realidade, de um trabalho
de mediação entre os conhecimentos atuais do aluno e as novas matérias do ensino.
Essa mediação é realizada pelo professor que, conhecendo mais profundamente os
conteúdos, é capaz de organizar a atividade de estudo dos alunos, tornando o
processo mais e caz.
No entanto, o ensino só é bem-sucedido quando os objetivos elencados pelo
professor coincidem com os objetivos de estudo e aprendizagem dos alunos. Para
isso, professores e alunos precisam construir entre si uma relação recíproca de
con ança e autonomia. Nesse campo, também podemos contar com as
contribuições da didática. Ela é capaz de construir um elo entre alunos, professores e
os conhecimentos. Vejamos agora algumas ações desenvolvidas pelos professores
que são capazes de construir esse elo. Libâneo (2008, p. 71) nos indica três caminhos:
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Ensino e aprendizagem são duas faces da mesma moeda. O professor precisa ter
consciência de que sua maior responsabilidade didática é garantir os melhores
meios para que os alunos aprendam. Para isso, ele precisa planejar, orientar e
controlar o processo de ensino, com o objetivo único de estimular a aprendizagem
dos alunos.
Mas nesse processo não são apenas os alunos que aprendem. De acordo com o
estudo de muitos teóricos, como Vygotsky, Piaget e Luria, a aprendizagem é a
principal característica dos seres humanos. Isso quer dizer que qualquer pessoa
aprende, e não apenas na escola. Vejamos o que Vygotsky (2001, p. 476) diz a esse
respeito:
Veja, a seguir, um exemplo dessa situação: uma professora conta para sua classe de
alunos da educação infantil uma história. Os alunos ouvem a história e recebem o
seu conteúdo mediante a assimilação de sua mensagem ou até mesmo da
memorização. Enquanto escutam a história, aparentemente a atitude dos alunos é
passiva. Mas, enquanto escutam, as crianças estão mentalmente ativas e
organizando as informações da história com suas experiências já vividas e com seu
imaginário. Dessa maneira, estão trabalhando o conteúdo em sua mente e
reestruturando novas informações a partir das que já são conhecidas. Isso signi ca
que os alunos estão aprendendo.
Para que o conhecimento seja alcançado, Gasparin (2007) nos orienta a motivar os
alunos. Uma das formas de conquistar a motivação dos alunos é conhecendo o
cotidiano da turma. Assim, também temos acesso ao conhecimento prévio dos
alunos, ou seja, ao que eles já conhecem (aprendizagem causal) do assunto
ensinado. Isso possibilita ao professor um trabalho pedagógico mais adequado, pois
ele não corre o risco de iniciar o conteúdo por algo já conhecido – o que pode tornar
o aprendizado maçante. Também evita que inicie o ensino do conteúdo por um
nível mais complexo e, com isso, desmotive os alunos.
Conteúdos cientí cos podem não interessar, a princípio, para quem os aprende. Por
isso, é necessário suscitar nos alunos os conhecimentos relacionados a temas que
eles já possuem por aprendizagem casual. Ao relacionar um conceito cientí co com
seus conceitos empíricos (o que já aprenderam por experiência própria e pessoal)
estamos, com isso, contextualizando o conhecimento e o conteúdo para os alunos.
REFLITA
Nesse momento você pode se questionar: como os alunos aprendem
conteúdos cientí cos? Bem, caro(a) aluno(a), o caminho é longo, mas os
resultados são empolgantes! Quem nos auxiliará nessa jornada é o
professor João Luiz Gasparin, juntamente com seus estudos e
pesquisas.
Gasparin (2007) também explica que os alunos devem ser motivados e desa ados a
elaborar uma de nição própria do conceito cientí co proposto (o conteúdo em si).
Esse processo pode ser incentivado com espaços especí cos da aula, na qual os
alunos detenham a voz e a vez. Isso quer dizer que o professor pode organizar um
espaço próprio de sua aula para que os alunos discutam e debatam entre si os
conceitos aprendidos até o momento. É importante motivar a todos a tentar
conceituar, com suas próprias palavras, o que entenderam.
Assim, aos poucos os próprios alunos perceberão seus pontos fracos e fortes em
relação ao conhecimento ensinado. Perceberão também que para expor em
palavras um conhecimento é necessária a organização de ideias e uma sequência
lógica. É dessa maneira que alunos e professores conseguem constatar que o
processo de formação de conceitos não é espontâneo. De acordo com Vygotsky
(2001), exige uma série de funções superiores, como atenção voluntária, memória
lógica, abstração, comparações e diferenciações. Gasparin (2007, p. 60) destaca:
Os conceitos do professor não se transmitem de forma mecânica e
direta ao aluno; não são passados, automaticamente, de uma cabeça
para outra. O caminho vai desde o primeiro contato da criança com o
novo conceito até o momento em que a palavra se torna propriedade
sua, como conceito cientí co, é um complicado processo psíquico
interno e envolve a compreensão da nova palavra, seu uso e
assimilação real.
Podemos, então, concluir que os conceitos cientí cos não são aprendidos de
maneira simples, uma vez que são exigidas relações mais complexas entre o ensino
e o desenvolvimento desses conceitos. Para Gasparin (2007, p. 58) a construção dos
conceitos cientí cos vai, aos poucos, formando-se “a partir da identi cação das
características mais especí cas do conteúdo e se desenvolve com explicações mais
consistentes das dimensões sociais desse conceito”.
Podemos notar, com isso, que, para atuar no ensino, o professor precisa conhecer e
“diagnosticar” a fase de desenvolvimento em que se encontra o aluno em relação ao
que está sendo ensinado. Vygotsky (2001) estabeleceu três níveis de
desenvolvimento de ensino.
Vygotsky (2001) con rma a importância do ensino ressaltando que a grande maioria
dos conhecimentos e habilidades do homem se forma por meio da assimilação da
experiência de toda humanidade acumulada no processo da história social e
transmissível no processo de aprendizagem.
CONCEITUANDO
Em outras palavras, os conceitos cotidianos preparam o caminho para
a obtenção de conceitos cientí cos, já que cria estruturas elementares
para a re exão, análise e assimilação de novos conteúdos. Por outro
lado, os conceitos cientí cos geram comparações e generalizações
que tornam o uso dos conceitos cotidianos conscientes e voluntários.
Para Libâneo (2008), a escola, por meio de seu currículo, representa a dimensão
cientí ca do conhecimento. As diversas matérias que compõem o currículo escolar
representam um conjunto de conhecimentos socialmente produzidos e
organizados com métodos e teorias que visam compreender e orientar as atividades
humanas. Então, é papel do professor tornar-se mediador e a partir desse conceito,
estabelecer ligações entre os conceitos cientí cos e os conceitos cotidianos. No
entanto, essa mediação só se torna possível quando o professor conhece estas duas
realidades: a dos conceitos cientí cos e a dos conceitos cotidianos.
NA PRÁTICA
Portanto, sua primeira tarefa é a de conhecer profunda e
corretamente os conceitos cientí cos de sua área de atuação, ou
seja, você deve conhecer profundamente o conteúdo que irá ensinar. A
segunda tarefa, e não menos importante, é a de tomar conhecimento
dos conceitos e conhecimentos cotidianos dos alunos.
Só te conheço de retrato,
Caro(a) aluno(a), terminamos as discussões dessa nossa primeira unidade. Espero que
você tenha gostado e compreendido a importância das re exões realizadas até aqui.
Caso tenha cado alguma dúvida, vou retomar com você os principais conteúdos
vistos.
Pudemos notar também que as pessoas aprendem dentro e fora da escola. Aliás,
aprendemos o tempo todo, com nossas experiências, com nossas observações e
convivência com os outros. Todo esse conhecimento pode e deve ser utilizado pela
escola na aquisição de saberes cientí cos.
Mas, o ensino não pode ser con rmado apenas pela vontade de instruir do professor.
Ele precisa contar com a participação, também voluntária, do aluno de aprender.
Compreendendo melhor os níveis de desenvolvimento propostos por Vygotsky, o
professor pode avaliar em que estágio o aluno se encontra e motivá-lo a progredir.
Um professor que age com racionalidade em sua prática docente toma suas decisões
quanto aos conteúdos que precisam ser ensinados pensando nas possibilidades de
satisfazer as necessidades intelectuais e culturais de seus alunos. Outro professor,
fundamentado nos preceitos tradicionais da escola, se preocupa apenas em cumprir
o “programa” e em não “atrasar” os conteúdos. Assim, os professores cam reduzidos
a técnicos obedientes, que seguem à risca os programas curriculares.
Por mais importante que seja “cumprir o programa”, fazendo de maneira mecânica e
tecnicista, perdemos a oportunidade de analisar o currículo oculto do que ensinamos.
Ou seja, perdemos a chance de re etir sobre quais conceitos, valores e crenças
estamos transmitindo silenciosamente aos nossos estudantes.
Para tentar mudarmos essa realidade, devemos começar com o questionamento
contínuo e crítico daquilo que é dado como conhecimento. Além disso, a escola
precisa ser conhecida em sua realidade local para que os estudantes tenham a
chance de tornarem-se cidadãos críticos e ativos.
As escolas precisam ser vistas como instituições sociais marcadas pela diferença, as
mesmas diferenças que compõem nossa cultura, nossa convivência e nossa
realidade. Isso também signi ca que professores, pais e outros interessados devem
participar dos processos de ensino e aprendizagem.
Ao nal desta unidade, espero que você tenha compreendido como o ensino é um
ato político, mesmo quando não tomamos partido nenhum. Por isso, caro(a) aluno(a),
é muito importante que você conheça profundamente sua área de atuação e saiba o
quanto ela é importante para a transformação social.
Leitura Complementar
A Importância da Didática na Formação Docente
ACESSAR
Livro
Filme
Unidade 2
Tendências Pedagógicas
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Introdução
Caro(a) aluno(a), nessa unidade vamos explanar um conteúdo relacionado às
Tendências Pedagógicas, abordado de forma mais especí ca em Fundamentos da
Educação, porém se refere à área da ciência Filoso a. Essas Tendências estão
correlacionadas com todo o processo educacional Brasileiro, além de apresentar
suas principais características, iremos rever os pesquisadores de cada corrente
tradicional e progressista.
Essa parte do estudo nos guiará para analisar a Educação Bancária, que foi criticada
por Paulo Freire, um dos precursores da nossa Educação. Que promove através da
crítica a Educação Problematizadora ou libertadora, retirando o foco da
aprendizagem apenas em repassar o conteúdo ou depositar no aluno o
conhecimento. Devemos re etir o processo do ensino que é reavaliar o processo da
aprendizagem. Levando em consideração o conhecimento do professor para
conduzir a aprendizagem com abertura de diálogos em que os educandos
contribuem para com o conhecimento.
Sabemos que a prática escolar está sujeita a condições de ordem sociopolítica que
implicam diferentes concepções de homem e de sociedade e, como consequência
diferentes pressupostos sobre o papel da escola e da aprendizagem. Assim, a
justi cativa do presente estudo visa o modo como os professores realizam o seu
trabalho na escola, tendo em vista esses pressupostos teóricos, explícita ou
implicitamente.
Vamos juntos? Chegou o momento de direcionar nossa atenção nas descrições das
tendências, explorar cada uma e avaliar cada pensador e pesquisador da época.
Essas análises são essenciais, pois re etem em nosso trabalho docente hoje.
Bons estudos!
Plano de Estudo
Breve histórico da Educação Brasileira, com apresentação
dos modelos educacionais e seus pesquisadores.
Objetivos de Aprendizagem
Compreender os modelos de educação
alinhados a história da Educação
Brasileira.
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
O tema central do nosso estudo é a didática, lembrando o que aprendemos na
unidade anterior, essa prática se relaciona com o processo do ensino e
aprendizagem. De maneira que não poderíamos deixar de lado este assunto
essencial, sendo as correntes pedagógicas existentes e seus modelos de pedagogia
abrangendo as práticas docente e a função social do aluno que servirão para nortear
nossas aulas e planejamentos diários.
CONCEITUANDO
Segundo Libâneo (1990), a Pedagogia Liberal sustenta a ideia de que a
escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho dos
papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais.
Isso pressupõe que o indivíduo precisa adaptar-se aos valores e normas vigentes na
sociedade de classe, através do desenvolvimento da cultura individual. Devido a essa
ênfase no aspecto cultural, as diferenças entre as classes sociais não são
consideradas, pois, embora a escola passe a difundir a ideia de igualdade de
oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições.
A primeira delas, que surgiu com o ensino dos primeiros educadores do Brasil, os
Jesuítas, a pedagogia tradicional, apresenta o conhecimento intelectual e moral,
todos os alunos são passivos e o professor é autoritário (centro do ensino), como
aquele que detém o saber. O método utilizado foi de repetição e memorização
mecânica. Pelos críticos é nomeado como conteúdo enciclopédico, que não faz
relação com a realidade cotidiana do aluno, ele é uma folha em branco preenchida
pelos conhecimentos do professor e depois é testado por exames para veri car se
memorizou tal conhecimento.
REFLITA
Na corrente liberal, temos o modelo da pedagogia tradicional, uma das
primeiras pedagogias utilizadas pelos Jesuítas.
Fonte: a autora.
CONCEITUANDO
Já a pedagogia escola nova ou renovada progressivista surgiu no
nal do século XIX e início do século XX. Sua preocupação era com o
desenvolvimento cognitivo do aluno, de maneira que inovou com uma
dinâmica do conhecimento por meio de projetos, pesquisas e
experiências. Traz consigo a realidade de uma escola dentro da
sociedade em mudanças.
O ensino tem o foco em aprender a aprender, os alunos são levados a aprender
fazendo, um ensino que leva à prática e o professor, nesse momento, torna-se o
auxiliar, tendo o aluno como protagonista, ativo, solidário e participativo, que realiza
atividades em grupo e passa a respeitar o próximo tendo um convívio efetivo
(MALHEIROS, 2017).
Ele a rma que pedagogia progressista e/ou dialética designa as tendências que,
partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as
nalidades sociopolíticas da educação.
Mediante sua fala, percebemos a maneira de priorizar aquele visto como oprimido.
Paulo Freire, em seus escritos, promove a Educação para todos, visto que merecem
ter a liberdade de aprender. O destaque vem em defesa da educação para Jovens e
Adultos, inovando quaisquer aspectos até então defendidos para a Educação
Brasileira.
Miguel Arroyo, um educador espanhol, promove a ideia que devemos ensinar nas
escolas que o Movimento Social, diferente do que o capitalismo apresenta, também
ensina e podemos aprender com essas práticas que valorizam o meio inserido e os
valores resgatados em cada conquista.
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
De acordo com as tendências aqui descritas, é possível analisar de maneira oposta,
porém marcante na educação brasileira. A concepção bancária tão debatida
apresenta um caráter marcante que se envolve em relações fundamentais
indissociáveis no processo educador-educando.
CONCEITUANDO
No contexto educacional presenciamos e vivenciamos as normativas
educacionais marcantes dentro da tônica que a educação é imposta,
uma narrativa que deve marcar a vida de um educando. Ficando
estático, parado, apenas como um armazenador de conhecimento –
“depósito” –, por isso o nome de “educação bancária”. O educador
tornou-se apenas o narrador de conhecimentos e o educando, o
receptor e guardador de um conhecimento que, muitas vezes, não
compreende, não assimila, apenas retém.
Paulo Freire foi um educador brasileiro que nasceu em 1921, em Recife, Pernambuco,
região do nordeste brasileiro. Freire teve quatro irmãos e perdeu seu pai aos 13 anos,
momento este em que a mãe, para sustentar a casa, agora sozinha, foi falar com o
Diretor do Colégio Oswaldo Cruz que não poderia pagar a escola para o lho, de
maneira que Paulo Freire inicia seus primeiros passos como educador. Devido a essa
condição, ele foi bene ciado com a matrícula, e tornou-se auxiliar de disciplina e
posteriormente o professor de Língua Portuguesa.
Em 1943 iniciou seus Estudos na Faculdade Direito do Recife, Instituição até hoje
renomada que recebeu alunos importantes para a sociedade brasileira, presidentes,
autores, lósofos entre outros. Mesmo ao concluir seu curso de Direito, o amor pelas
letras e o ensinar o zeram permanecer em sala de aula. Sua primeira esposa, Elza
Freire, professora primária, fez com que seu encanto por lecionar fosse presente em
suas vidas. Freire foi contratado em 1947 para dirigir o Departamento de Educação e
Cultural do Serviço Social e Indústria (SESI), entrando em contato com a Educação
de Jovens e Adultos.
Mas sua grande preocupação era a Educação dos Adultos, principalmente aqueles
que viviam nos sertões nordestinos sem a devida perspectiva da aprendizagem. Sua
prática para com esse ensino era simplesmente utilizar das palavras do cotidiano
dos trabalhadores: colheita, enxada, entre outras para promover o interesse na
aprendizagem, por meio da escrita e traçado eles recebiam do professor novos
conhecimentos; com o diálogo promovendo entre eles uma troca de experiências, o
conhecimento do aluno como ponto de partida para a aprendizagem, críticas aos
modelos de ensino até então estabelecidas em nossa sociedade brasileira.
Durante o seu percurso como educador Freire deparou-se com a ditadura militar,
em 1964, quando suas ideologias foram vistas como ameaças ao governo. Acusado
como agitador, foi preso por 70 dias. Em seguida, após ser libertado, se exilou no
Chile. Durante cinco anos desenvolveu trabalhos em programas de educação de
adultos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária. Em 1968 lançou seu livro A
pedagogia do oprimido, um dos seus best-sellers que in uenciou a educação
mundial.
Em 1969, Paulo Freire lecionou na Universidade de Harvard. Durante dez anos, foi
consultor especial do Departamento de Educação do Conselho Municipal das
Igrejas, em Genebra, na Suíça. O educador viajou por vários países dando consultoria
educacional.
Por seu trabalho na área educacional, Paulo Freire foi reconhecido mundialmente.
Ele é o brasileiro com mais títulos de Doutor Honoris Causa de diversas
universidades. Ao todo são 41 instituições, entre elas, Harvard, Cambridge e Oxford.
Segundo pesquisas ele tornou-se o terceiro nome como referência mundial na área
da educação.
Paulo Freire faleceu em São Paulo, no dia 2 de maio de 1997, vítima de insu ciência
cardíaca.
SAIBA MAIS
Assista o vídeo do nosso precursor da Pedagogia Histórico-Crítica
Professor Dr. Dermeval Saviani. No link a seguir ele descreve a tese do
seu doutorado, a busca pelo modelo de sistema nacional de Educação,
realiza uma investigação para propor uma visão sistemática da
educação brasileira. Está imperdível a sua fala que esbanja domínio de
conhecimento da nossa Educação Brasileira.
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Conclusão - Unidade 2
Leitura Complementar
As Concepções Marxistas da Pedagogia Histórico-crítica de Dermeval Saviani em
relação à Temática do Conhecimento: Contribuições ao Currículo
ACESSAR
Livro
Filme
Unidade 3
Escola, Professor,
Planejamento, Plano de
Aula e Currículo
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Introdução
Ao conhecermos os campos de atuação da didática adquirimos novas ferramentas
para instrumentalizar nossa prática docente. Mas nem sempre encontramos nas
teorias explicações sobre as ações necessárias aos professores, para aplicar
determinada proposta teórica. A ausência de ações didáticas adequadas impede o
professor de organizar um plano de ação, ou um plano de atividades, que procure
colocar em prática os princípios teóricos aprendidos. Por isso, muitas vezes, a teoria
ca apenas na teoria.
Para transformar nossa prática docente é preciso iniciar pelo elemento central de
nossa atividade pedagógica: nossas aulas. Elas precisam ser repensadas, analisadas
e reorganizadas. Para isso, podemos contar com um grande e poderoso aliado: o
planejamento. Nessa unidade, convido você para veri car como o planejamento
pode organizar e provocar mudanças profundas em suas aulas.
Quero que você compreenda que ao invés de ser um empecilho para o seu trabalho,
ele ajuda na organização do dia a dia e no cotidiano da sala de aula. Em seguida,
analisaremos alguns modelos de planos que nos possibilitam integrar diversas
disciplinas e colocá-las em ação, na forma de novos conhecimentos indispensáveis
para a vida de nossos alunos.
Espero que você leia essa unidade com atenção e que compare as informações aqui
colocadas com sua prática docente.
Bons estudos!
Plano de Estudo
O desenvolvimento social e seus
embates pedagógicos.
Objetivos de Aprendizagem
Reconhecer a importância da função
social da escola.
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
A tarefa de planejar nem sempre é vista com bons olhos pelos professores. Pois
muitos de nós que estamos em sala de aula preferimos aderir a uma rotina diária,
por vezes não planejada. Temos uma grande barreira a vencer, a m de promover o
ato do planejamento. O núcleo do problema se encontra na burocratização do
ensino e, nesse contexto, o planejamento não tinha signi cado algum, além de
cumprir o protocolo. Visto dessa forma, a ação de planejar é completamente nula,
pois não retrata os problemas reais e, com isso, não pode ser colocado em prática.
Mas, planejar dentro dessa linha de trabalho às vezes é muito complexo. Isso porque,
para muitos professores, o planejamento não é essencial para ministrar suas aulas.
Além disso, muitos planejamentos são feitos sem signi cado, ou seja, não
respondem às questões da prática escolar. Exatamente por isso é encarado por
muitos como perda de tempo.
Muitos fatores justi cam a postura incrédula de alguns docentes frente ao ato de
planejar. Gasparin (2007) nos mostra a di culdade de organizar as ações
pedagógicas quando a quantidade de aulas que o professor ministra para sobreviver
é muito grande. Outro fator agravante é o número de colégios que o professor
necessita percorrer para trabalhar, que nem sempre tem a mesma postura
metodológica em relação ao planejamento. Mais um agravante apontado pelo autor
é a quantidade de disciplinas que o docente assume para completar sua carga
horária, que acaba impedindo-o de executar e elaborar um plano mínimo de
trabalho.
No entanto, na maioria das vezes que pensamos em uma aula, nos vem à mente a
imagem de um professor expondo conteúdos e mais conteúdos diante de uma sala
inerte e silenciosa. É a típica imagem de uma aula expositiva e tradicional, muito
comum ainda nos dias de hoje (modelo das Tendências Pedagógicas estudadas na
unidade anterior). Existem muitas formas de se conduzir uma aula e a melhor opção
didática é encará-la como uma etapa no processo de estimulação dos alunos.
Gil (2009) a rma que devemos entender a aula como um conjunto dos meios e
condições pelos quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função
da aprendizagem do aluno. O processo de ensino, mediante as aulas, possibilita o
encontro entre os alunos e o conteúdo do ensino, preparada didaticamente por
meio do planejamento.
A realização desse tipo de aula exige uma organização didática que se efetiva por
meio do planejamento. Esse plano permite estabelecer etapas ou passos constantes
que respeitam a sequência de ensino e de aprendizagem de acordo com a matéria
e segundo as características da turma de alunos.
Para Libâneo (2008, p. 178), “cada aula é uma situação didática especí ca, na qual
objetivos e conteúdos se combinam com métodos e formas didáticas, visando
fundamentalmente propiciar a assimilação ativa de conhecimentos e habilidades
pelos alunos”.
De acordo com essa concepção de aula, o conceito não é utilizado apenas para
denominar o momento em que o professor ensina ou expõe a matéria. O termo aula
é entendido como uma ação conjunta entre alunos e professores em busca da
aprendizagem. Para alcançar seu objetivo primordial – a aprendizagem – Libâneo
(2008) a rma que as aulas devem cumprir as seguintes exigências:
Quadro 1 – Exigências para aulas
De acordo com essas exigências, a aula passa a ser um trabalho intencional e que
exige muito planejamento, estruturação e organização para atingir os objetivos de
ensino. No entanto, isso não signi ca que o plano enrijeça as possibilidades
didáticas, ao contrário, o planejamento fornece informações e dados importantes
capazes de selecionar o passo didático mais adequado para iniciar a aula, para
escolher os recursos disponíveis e avaliar os resultados obtidos. Por causa disso, se
torna importante planejar e estruturar bem uma aula.
REFLITA
Segundo Libâneo (2008), a estruturação didática de uma aula depende
dos seguintes passos: preparação e introdução da matéria, tratamento
didático do assunto novo, consolidação e aprimoramento dos
conhecimentos, aplicação, controle e avaliação.
Os alunos também precisam ser preparados para aprender. Por isso, no início da
aula é necessário mobilizar a atenção dos alunos, motivá-los a estudar e conhecer o
novo assunto. Isso se torna mais fácil quando relacionamos os conhecimentos
prévios dos alunos com o novo assunto.
Portanto, a motivação inicial pode ser feita mediante perguntas que indiquem ao
professor o quanto da matéria os alunos já conhecem. Esse é o momento que,
segundo Libâneo (2008), serve para estimular o raciocínio dos alunos, instigá-los a
emitir opiniões e conceitos próprios, ligar o conteúdo a coisas ou acontecimentos do
cotidiano.
É nesse momento que se faz a introdução da matéria. Ela serve para ligar, conectar a
matéria velha com a nova. Não é ainda a apresentação ou ensino propriamente dito
da matéria nova, é o momento anterior de se estabelecer relações entre os
conhecimentos que os alunos já possuem com o que será ensinado. Isso permite a
criação de vínculos entre o conteúdo e as necessidades da prática ou da experiência
dos alunos. Libâneo (2008, p. 182) a rma que o melhor procedimento para isso é:
Apresentar a matéria como um problema a ser resolvido, embora nem
todos os assuntos se prestem a isso. Mediante perguntas, trocas de
experiências, colocação de possíveis soluções, estabelecimento de
relações causa-efeito, os problemas atinentes ao tema vão se
encaminhando para tornar-se também problemas para os alunos em
sua vida prática. Com isso vão sendo apontados conhecimentos que
são necessários dominar e as atividades de aprendizagem
correspondentes.
Por meio das indicações do autor, percebemos que o professor pode, então, reavaliar
seus objetivos traçados. Dependendo do encaminhamento da matéria é possível
veri car se os objetivos estão adequados, se são viáveis e possíveis de serem
atingidos. Feito isso, é preciso apresentar os objetivos aos alunos e relembrá-los das
metas a serem alcançadas a cada etapa do ensino.
O próximo passo para darmos um novo signi cado às nossas aulas se refere ao
tratamento didático da matéria. Nessa etapa, o propósito maior é a transmissão e a
assimilação do conteúdo. Ela envolve, ainda, a formação de conceitos, o
desenvolvimento das capacidades cognoscitivas, a imaginação e o raciocínio dos
alunos.
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Para Gil (2009), a aprendizagem ou consolidação da aprendizagem pode acontecer
em qualquer etapa da aula. Ela pode acontecer de forma reprodutiva, generalizada
ou de forma criativa. A consolidação reprodutiva ocorre por meio de exercícios. Ou
seja, após compreender o conteúdo, os alunos reproduzem o que compreenderam
por meio de situações conhecidas.
Para que a aplicação cumpra sua função didático-pedagógica, Libâneo (2008) nos
alerta a respeito de algumas responsabilidades do professor:
Quadro 3 – Responsabilidades do professor
De acordo com Libâneo (2008, p. 190) “a avaliação do ensino deve ser vista sempre
como um processo sistemático e contínuo”. Isso signi ca que todo percurso da aula
possui informações e manifestações de aprendizagem que devem ser observadas e
registradas pelo professor. Esses resultados parciais indicam aos alunos e
professores se os objetivos construídos estão sendo alcançados e em que grau de
desenvolvimento se encontram os estudantes. No entanto, nosso autor acredita que
a avaliação cumpre ainda outras três funções: a função pedagógica, a função
diagnóstica e a função de controle.
Por meio dessa proposta de atribuirmos um signi cado maior a nossas aulas,
podemos notar que esse processo ca inviável ou desordenado sem um
planejamento. A nal, como iniciar um conteúdo, aplicá-lo na prática e avaliar o
rendimento dos alunos sem um plano claro e real? É exatamente isso que veremos
agora.
Planejamento versus
Plano: Conceitos e
Abordagens
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Gadotti (2006) de ne o planejamento como uma tarefa do professor que inclui tanto
a previsão das atividades didáticas quanto a revisão e a adequação dos objetivos
propostos no processo de ensino. Sendo assim, podemos notar que o plano é um
instrumento capaz de programar as ações docentes, mas também se de ne como
um momento de pesquisa, re exão e avaliação.
Mas, para que um plano seja um instrumento de orientação prática, ele precisa ser
também compreendido em seu contexto social. Isso quer dizer que os elementos do
planejamento, professores e alunos, são integrantes de uma dinâmica social
atravessada por in uências econômicas, políticas e culturais. Por essa razão, o plano
é uma atividade de re exão e de escolhas acerca de nossas opções e ações.
Do contrário, nos alerta Gadotti (2006, p.142) “se não pensarmos detidamente sobre
o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, caremos entregues aos rumos
estabelecidos pelos interesses dominantes na sociedade”. Isso signi ca que o ato de
planejar se torna vazio quando nossas próprias práticas pedagógicas são vazias.
Professores comprometidos, que fazem do ensino um ato político e libertador,
compreendem o quanto tais atividades exigem organização, métodos e pesquisas
constantes.
Outra questão que podemos veri car nos apontamentos do autor José Carlos
Libâneo (2008) é que um planejamento precisa ter uma ordem, uma sequência
lógica. Essa sequência é que nos permite organizar os passos necessários para
alcançar os objetivos de ensino. Sendo assim, o professor precisa estabelecer uma
sequência lógica para que o aluno possa compreender o conteúdo em toda sua
amplitude.
Para isso, o planejamento precisa ser ainda mais coerente. Ser coerente nos
objetivos, nos conteúdos, métodos e avaliação. Para Gil (2009, p. 97), “coerência é a
relação que deve existir entre as ideias e a prática. É também a ligação lógica entre
os componentes do plano”. Se dissermos que nosso objetivo é ensinar os alunos a
re etir e a desenvolver suas competências intelectuais, a organização dos métodos e
dos conteúdos de nosso planejamento precisa re etir esses propósitos.
Fonte: a autora.
Vertentes do Planejamento
no Processo de Ensino e
Aprendizagem
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Gil (2009) nos informa que existem três tipos básicos de planejamento: o plano da
escola, o plano de ensino e o plano de aula. Mais adiante veremos cada um deles
detalhadamente.
No entanto, Libâneo (2008) nos alerta que o planejamento, por si só, não assegura o
andamento do processo de ensino. Como vimos na Unidade I os processos de ensino
são muito mais complexos e dependem do trabalho conjunto entre direção,
coordenação de ensino, professores, pais e alunos. Mas o fato é que a ação docente se
torna muito mais e caz quando é bem planejada e, de acordo com o que veremos a
seguir, os diferentes tipos de plano apresentados nesta unidade são complementares
e enriquecem o trabalho pedagógico na medida em que o professor os analisa em
conjunto e utiliza tais informações para avaliar sua própria prática. A seguir,
conheceremos mais profundamente o plano da escola.
CONCEITUANDO
O Plano Escolar, segundo Libâneo (2008), é o plano pedagógico e
administrativo da instituição escolar. Nele se demonstra a concepção
pedagógica do corpo docente, a metodologia teórica adotada pela
escola para organização didática, a contextualização social da instituição,
ou seja, sua realidade cultural e política, as características de sua
clientela, os objetivos educacionais gerais e a estrutura curricular.
Esse documento mais formal deve ser elaborado com a participação ativa de todos os
integrantes do ensino. As decisões e informações contidas no documento devem ser
consensuais e expressar as possibilidades reais de trabalho. Para Libâneo (2008, p.
230), “o plano da escola deve expressar os propósitos dos educadores empenhados
numa tarefa comum”. Desenvolvido dessa forma, ele serve como um orientador dos
processos de ensino/aprendizagem. Os professores, principalmente, precisam ter
sempre em mãos esse plano mais abrangente para orientar seus outros
planejamentos e garantir, assim, a unidade teórico-metodológica do trabalho escolar.
• Atitudes e convicções;
• Sistema de avaliação.
Diretrizes quanto à organização e à administração:
O Plano de Ensino, para Gil (2009), é um roteiro que tem por função organizar os
conteúdos didáticos de um ano ou semestre. Ele contém os seguintes componentes:
justi cativa da importância da disciplina, objetivos gerais, objetivos especí cos,
conteúdos, tempo utilizado para desenvolver determinado conteúdo e
desenvolvimento metodológico.
Desta maneira, Silva (1999) descreve como podemos descrever, de forma sucinta, os
tipos de currículos que estão incutidos em nossos planejamentos, e são:
Gil (2009) sintetiza a importância da justi cativa, a rmando que ela deve responder a
três perguntas básicas do processo didático: o porquê, o para quê e o como.
O próximo passo do plano de ensino trata dos conteúdos. Para organizar melhor os
conteúdos e objetivos de ensino, Libâneo (2008) nos aconselha a dividir a matéria em
unidades didáticas. Essas unidades são um conjunto de temas inter-relacionados,
desenvolvidos a partir de um tema central que pode ser detalhado em tópicos.
Ter em mente a concepção de educação e de escola, bem como seu posicionamento sobre os objetivos
sociais e pedagógicos em relação à disciplina que leciona;
Dividir os conteúdos em unidades didáticas fornecendo primeiramente uma visão geral dos temas a
serem trabalhados. Em seguida organiza-se o programa de acordo com o nível de preparo dos alunos e
das condições concretas de desenvolvimento das aulas. Feito isso é necessário verificar;
Se as unidades realmente contemplem o conteúdo básico e essencial para a aprendizagem dos alunos;
Se os tópicos de cada unidade realmente possibilitam o entendimento da ideia central contida nessa
unidade;
A partir das orientações de Libâneo (2008) podemos notar que quanto mais
cuidadosamente for formulado o conjunto dos conteúdos, mais facilmente podemos
extrair deles os objetivos especí cos e os métodos de ensino. Aliás, nossa próxima
etapa do plano de ensino será a elaboração de objetivos especí cos.
Compreendido as etapas que formam o plano de ensino, podemos partir para o plano
de aula.
Vimos no início desta unidade que a aula é o centro do processo de ensino. Ela é a
forma predominante de estruturação do ensino e, para isso, devemos organizar e criar
condições necessárias para que haja aprendizagem. Sendo assim, o plano de aula é
um detalhamento do plano de ensino. As unidades (ou tópicos) previstas no plano de
ensino serão agora mais detalhadas e especi cadas para uma situação real de sala de
aula. O plano de aula é o momento em que o professor prepara e organiza sua aula.
Essa é uma tarefa indispensável do professor, pois além de oferecer orientações
teóricas e práticas, permite ao docente revisar e avaliar o desenvolvimento do ensino.
Segundo Gil (2009), para a elaboração do plano de aula é preciso levar em conta
primeiro que a aula tem um tempo previsto de desenvolvimento. Di cilmente damos
conta de uma matéria em uma aula, pois o processo de ensino e aprendizagem se
compõe de várias fases interligadas. Portanto, o que se pode fazer no plano de aula é
organizar as noções básicas que serão desenvolvidas em um conjunto de aula.
Concordando com nosso autor, gostaria ainda de acrescentar que a avaliação das
próprias aulas é o que garante ao professor a consciência de seu próprio trabalho, de
seu fazer pedagógico. É por meio da autoavaliação que adquirimos instrumentos que
nos orientam sobre a realidade de nosso desempenho, sobre o comprometimento e a
competência de nossas aulas.
SAIBA MAIS
As formas de planejamento escolar, são norteadas pelas Leis Nacionais
de Educação que vem a orientar o plano de ação, o projeto político
pedagógico que culminam com a prática educativa do professor em sala
de aula. Atualmente temos a Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
que foi desenvolvida desde 2015, após as metas estabelecidas no Plano
Nacional de Educação em 2014, metas a serem alcançadas até 2024.
Incluía a criação da BNCC, assim houve a contribuição das Secretarias
Estaduais de Educação, professores, mestres e doutores da Educação,
elaboração de todos os currículos desde a educação infantil ao Ensino
Médio, níveis da Educação Básica descritos na Lei de Diretrizes e Bases
9394/96 (LDB). Em 2017 foi homologada e proposta sua implantação,
com o prazo máximo para o ano letivo de 2020. Observe as competências
e habilidades propostas no documento, e conheça mais sobre a Base
Nacional.
ACESSAR
Conclusão - Unidade 3
Essa união possibilita re exões sobre questões fundamentais, como: estilo de ensino,
habilidades para o ensino, recursos necessários, autoavaliação, formação continuada e
outras questões. Mas, para que o planejamento seja um instrumento de uso real e
prático nas escolas, ele deve se pautar em alguns itens apresentados ao longo dessa
unidade.
Leitura Complementar
Prática docente: considerações sobre o planejamento das atividades pedagógicas
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Livro
Filme
Unidade 4
Projetos de Trabalho,
Avaliação, Leis e
Tecnologia
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Introdução
Caro(a) aluno(a), chegamos juntos a mais uma unidade, esta que será o
encerramento da nossa apostila, em que iremos apresentar os documentos
nacionais norteadores do ensino, que contribuem para efetiva prática pedagógica
escolar.
Vamos aprender com dicas essenciais como elaborar um projeto para a Educação
Infantil e Séries Iniciais, promovendo o desenvolvimento das competências e
habilidades dos nossos alunos, de acordo com sua faixa etária. Sendo objetivo
principal o estudo dos documentos políticos nacionais que são utilizados como base
a m de nortear o trabalho pedagógico desenvolvido na escola. Desde a orientação
para a criação do Projeto Político Pedagógico, aos planos de ensino e ação, projetos
de uma Instituição tem como base a Leis de Diretrizes e Bases da Educação, a
famosa LDB 9.394/96, que determina a quantidade de aulas e horas estabelecidas
para o cumprimento do ano letivo, relaciona ainda a importância das escolas
promover a formação continuada a seus pro ssionais da educação e a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) que apresenta em suas de nições os conceitos
a serem desenvolvidos direcionando o eixo qual será aplicada aprendizagem.
Concluir esta unidade nos fará re etir, em todo o nosso processo de aprendizagem,
o momento de avaliar. Vamos aprender que a avaliação não deve ser algo que
classi que o aluno por nota ou peso, mas devemos promover o olhar crítico, a m de
que haja uma transformação daquilo que aprenderam no processo de ensino e
como vão posteriormente agir em sociedade.
Obrigada por dispor do seu tempo para atualizar seus conhecimentos e saiba: nossa
maior intenção é que todo o conteúdo produzido, com toda dedicação, possa, de
alguma maneira, in uenciar e contribuir para com sua prática escolar.
Bons estudos!
Plano de Estudo
Apresentação de documentos
educacionais servem para nortear as
práticas educacionais (LDB, PNE, PCN e
BNCC).
Objetivos de Aprendizagem
Desenvolver projetos educacionais
embasados na Base Nacional Comum
Curricular (Educação Infantil e Séries
Iniciais).
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Vamos iniciar nosso estudo respondendo a seguinte questão: como posso fazer um
projeto na escola ou na turma?
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Mas precisamos nortear e mais especi camente determinar o que podemos aplicar
como projeto em cada fase educacional: educação infantil e séries iniciais
(alfabetização). Com experiência prática em atuar por mais de 8 anos na educação
infantil, desde o berçário ao jardim 2, como auxiliar de sala e, posteriormente,
professora. Percebi que os projetos visam a promoção de datas comemorativas no
intuito de atender naquele momento a importância da família em conhecer o
signi cado daquela data. Esse projeto por vezes não está contido em nosso
planejamento diário, devido a demanda de conteúdo que devemos vencer para
desenvolver as habilidades e competências impostas para cada ano, que
corresponde aos planos de aula descritos no plano do trabalho do docente.
O projeto como parte prática de nossas aulas deve estar previsto em nosso plano
docente, este, assim como o plano de aula e planejamento escolar, é direcionado à
aprendizagem do nosso educando, promovendo a oportunidade de formação social
ao utilizar deste como aprendizagem extraescolar.
Tais etapas norteiam e colaboram para que a execução do projeto seja realizada de
forma organizada. Temos como essencial cada etapa e nenhuma pode ser
negligenciada, pois contribuem efetivamente para a conclusão de um tema
abordado geralmente esporadicamente, que deve ser bem estruturado durante sua
aplicação.
Leis Nacionais da
Educação
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Nos vale destacar que no Brasil temos sempre o incentivo a promulgar novas ações
que promovam a mudança e estimulem os pro ssionais da Educação a estarem
capacitados e dispostos a contribuir para com o ensino de nossas crianças. É simples
perceber que desde a Primeira Constituição Federal Brasileira, todos recebíamos por
direito a educação de qualidade. Assim os parâmetros curriculares nacionais
detalham as práticas do processo do ensino e aprendizagem, desde a educação
infantil e séries iniciais, de maneira que estes são norteados pelo Ministério da
Educação Brasileira.
Fonte: a autora.
Sabemos que esse documento, a partir do ano de 2020, será o que irá reger as
práticas, organizações e projetos educacionais. Assim, durante sua utilização,
devemos explorá-lo e estudá-lo a m de contribuirmos com a educação dos nossos
alunos baseados nas leis da nossa educação brasileira, exercendo nosso papel como
educadores e cidadãos.
Tecnologia na Sala de Aula
e Práticas Educativas
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
Atualmente somos capazes de inserir as tecnologias em nossas práticas educativas,
mas tal recurso ainda é utilizado de forma moderada, levando alguns educadores ao
medo e insegurança por não dominarem o recurso.
Assim, a partir de 1997, criado pela Portaria nº 522/MEC temos relato do início de
discussões e instalações do Programa Nacional de Informática na Educação, que
promove o uso pedagógico desse recurso na rede pública de ensino fundamental e
médio.
REFLITA
Conforme a fala de Libâneo (2008), a avaliação é como um termômetro
das práticas educacionais do professor. De maneira que possamos
re etir em todas as nossas ações, desde o ato de planejar, realizar as
propostas em sala, a metodologia utilizada e a forma de avaliar, tudo
deve ser colocado como “temperatura” nesse termômetro.
Uma dica: não espere apenas a avaliação para reavaliar sua conduta em
sala de aula, se auto avalie diariamente em suas práticas, de forma que
ao nal de cada aula terá excelentes benefícios. Reinvente, experimente
e seja diferente. Educação se faz a cada dia.
Fonte: a autora.
Avaliação: Perspectivas
Atuais
AUTORIA
Andriele dos Santos Rodrigues Alvaro
O professor Cipriano Carlos Luckesi (2005), um dos mais renomados pesquisadores
da área de avaliação escolar, a rma que a avaliação é uma apreciação qualitativa
sobre dados relevantes do processo de ensino-aprendizagem que auxilia o professor
a tomar decisões sobre o seu trabalho.
Os resultados dessa prática devem ser encarados como manifestações das situações
didáticas, nas quais o professor e os alunos estão empenhados em atingir os
objetivos de ensino. A análise da qualidade desses dados, feita por meio de provas,
exercícios, tarefas, respostas dos alunos etc., permite uma tomada de decisão para o
que deve ser feito em seguida.
Para Libâneo (2008), a veri cação acontece com a coleta de dados sobre o
aproveitamento dos alunos. Isso pode ser feito por meio de atividades individuais e
coletivas, exercícios, tarefas, pesquisas, não apenas por meio da prova formal. A
quali cação ocorre com a comprovação dos resultados alcançados em relação aos
objetivos. Se necessário pode ou não haver atribuição de nota, conceito ou valor. Já a
apreciação qualitativa exige uma análise dos resultados obtidos para a rede nição
dos padrões de aprendizagem.
Todas essas questões devem ser analisadas porque outra característica da avaliação
é a de re etir valores e expectativas do professor em relação aos alunos. Por isso, a
maneira de ser do professor, de ensinar e de se relacionar com os alunos indica seus
anseios em relação aos alunos. Libâneo (2008, p. 203) nos alerta que
Sendo assim, podemos notar, nas palavras do autor, a concepção de que a avaliação
é um ato pedagógico. Por meio dela, o professor deixa implícito seus valores e seus
propósitos. Por isso, é preciso ter sempre propósitos de nidos e claros que atendam
não somente às exigências curriculares, mas também às necessidades sociais.
Libâneo (2008, p. 203) arremata essa questão a rmando que “o professor precisa ter
convicções éticas, pedagógicas e sociais”. Essas são as potencialidades necessárias
aos professores que desejam fazer valer o uso da avaliação consciente.
SAIBA MAIS
A Base Nacional Comum Curricular coloca como evidência as
competências pretendidas para todos os níveis da educação, de
maneira que devemos utilizar os eixos, direcionados a cada faixa etária
na elaboração dos planos de aula. Observe a descrição a seguir e utilize
tais competências gerais em suas práticas.
Ao nal desta unidade espero que você tenha compreendido a importância dos
projetos educacionais que promovem a interação entre os alunos e professores,
estabelecidos dentre as práticas docentes, a m de complementar os eixos
trabalhados em sala. O projeto promove o ensino como aprendizagem prática dos
conteúdos, momento em que a realidade social será instrumentalizada em sala de
aula, com o conhecimento cientí co e as experiências vivenciadas pelo grupo ao
tema abordado.
Ainda abordamos o uso das tecnologias em sala, que contribui com a prática do
educador, para promover em seu aluno a atuação ao que lhes é de conhecimento
tecnológico. Sabemos que nossos alunos são da geração em que as tecnologias não
são novidades e sim recursos para a aprendizagem.
Leitura Complementar
Crianças na educação infantil: a escola como lugar de experiência social
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Livro
Filme
Considerações Finais
Prezado(a) aluno(a), neste material busquei trazer para você os principais conceitos a
respeito do estudo da didática e a organização do trabalho pedagógico. De maneira
que promovemos uma re exão sobre o papel do professor e sua prática docente no
cotidiano escolar, bem como os limites e desa os presentes no processo de ensino
aprendizagem. Além de apresentar os subsídios teóricos, para que o seu trabalho
em sala de aula possa ser aprimorado, destacamos ainda os elementos internos e
externos que interferem no processo de ensino e aprendizagem, que são pontuais
para observarmos em as nossas práticas educativas.
Esse olhar para o passado, para entender o presente e visualizar o futuro, é algo
inerente aos educadores que pensam em melhorar e contribuir para a educação
contemporânea. A partir de agora acreditamos que você já está preparado(a) para
seguir em frente, desenvolvendo ainda mais suas habilidades e competências em
seus alunos e aprender com esse processo.