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Tik Tok e música pop: Relações entre mídia, plataformas e produção de consumo no meio

digital.

JÚNIOR, F. M. M. TIKTOK E MÚSICA POP: RELAÇÕES ENTRE MÍDIA, PLATAFORMAS E


PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NO MEIO DIGITAL. TROPOS: COMUNICAÇÃO, SOCIEDADE E
CULTURA (ISSN: 2358-212X), [S. l.], v. 10, n. 1, 2021. Disponível em:
https://revistas.ufac.br/index.php/tropos/article/view/4978. Acesso em: 30 set. 2022.

Flávio Marcílio Maia e Silva Júnior é mestre em Comunicação (PPGCOM/UFS) e membro do


grupo Obscom/Cepos (UFS).

O artigo é dividido em cinco tópicos:

1. Introdução;
2. “Da TV para a Internet: Um percurso da música pop.”;
3. “A influência "TikTok";
4. “Monetização, audiência, criatividade no TikTok";
5. Considerações finais.

Na introdução, o autor elucida que, desde do início do século XXI, a música é o principal
instrumento de transformação tecnológica na indústria cultural. Desde a difusão do MP3 até a
consolidação do streaming, a música sempre esteve presente como um importante produto cultural,
inclusive em plataformas digitais como o TikTok. É inegável que a plataforma tornou-se um fenômeno
em diversos países — inclusive no Brasil —, pois cerca de 7 milhões de brasileiros acessam a
plataforma diariamente por, em média, 60 minutos. Segundo dados do site Tecnoblog, o aplicativo
teve uma receita de aproximadamente um bilhão e meio no ano de 2020, consolidando assim a sua
relevância no mundo inteiro.

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¹ Lucas Adeniran Vieira Florenço, graduando do 1º período de Comunicação Social com habilitação em
Jornalismo.
Embora o TikTok possua conteúdos como reconstituições de diálogos, recortes de vídeos e
gravações de podcast, entre outros temas, a música é a principal ferramenta para a construção de
conteúdo dessa plataforma. Devido a sua alta popularidade nos últimos anos, o Tiktok provou ser
uma plataforma fundamental para a reconfiguração da indústria fonográfica. Um exemplo disso são
artistas consagrados que entram no aplicativo para divulgar o seu trabalho e por ali mesmo
conseguem fazer seu público.

No primeiro tópico chamado “Da TV para internet: um percurso da música pop", o autor
ressalta que a cultura pop é oriunda da indústria cultural. Os símbolos gerados em forma de
entretenimento e, em seguida, propagados em diferentes produtos culturais como a música,
proporcionam a consolidação de um grande mercado sempre em movimento e ajustável às
evoluções tecnológicas e midiáticas.

Flávio destaca que a música pop é marcada por dois grandes acontecimentos: o surgimento
da MTV na década de 1980 e a criação do YouTube em 2005. A MTV foi uma criação com um viés
totalmente mercadológico e que se tornou um canal de divulgação de produtos culturais, como os
novos álbuns dos artistas e filmes americanos. A ideia de mercado foi imediatamente estabelecida ao
serem criadas filiais da emissora em outros países com a intenção de expandir um “formato pop” pelo
mundo tendo como destaque o videoclipe.

Os clipes seriam, desde a sua gênese, nos anos 80, um dos instrumentos de ensinamento de
uma vivência pop, revelando uma maneira particular de encarar a vida a partir da relação deliberada
entre a vida real e os produtos midiáticos. Videoclipes, com suas narrativas e imagens disseminadas,
fornecem símbolos, mitos e recursos que ajudam a construir uma cultura comum para a maioria dos
indivíduos em muitas regiões do mundo, de forma transnacional e globalizante. (SOARES, 2015,
p.28)

É importante fazer uma alusão ao grande impacto que o videoclipe Thriller do Michael
Jackson tem para a MTV e para a indústria fonográfica, pois foi o responsável por salvar a incipiente
MTV da falência no início dos anos 80, além de mudar para sempre o modo como videoclipes são
feitos.
Com a chegada do século XXI, houve uma mudança significativa nas indústrias culturais
atingindo a música pop que foi o nascimento e consolidação do YouTube em 2005. A presença do
pop no Youtube tirou o foco televisivo, migrando para o meio digital e criando uma nova maneira de
consumir música através de imagens.
O segundo tópico é chamado de “A influência “TikToker", em que o autor enfatiza o
protagonismo do TikTok, superando, em diversos momentos, a soberania das grandes gravadoras, o
que democratiza a forma de divulgar e consumir música. A música no TikTok torna-se um elemento
essencial na disseminação do conteúdo produzido na plataforma e normalmente viraliza de maneira
espontânea ganhando relevância na internet. Muitas dessas músicas são antigas e voltam a fazer
sucesso devido ao alto consumo na plataforma ou até à descoberta do artista.

No tópico “Monetização, audiência e criatividade no TikTok”, Flávio inicia o parágrafo com a


seguinte colocação:

“É fundamental fazer uma reflexão crítica acerca da plataforma ao observá-la como um meio de
monetização essencial para a produção de audiência no meio digital a partir da criatividade.”

Faz-se necessário pontuar que a produção de conteúdo requer criatividade e inovação. A


criatividade nasce de uma necessidade (AMARAL FILHO, 2015). Para ser influencer digital do
TikTok, por exemplo, é importante definir um nicho de atuação e a sua persona, dominar as
ferramentas do aplicativo, ter autenticidade e outros elementos.

Nas considerações finais, o autor pontua que a rede social tem se firmado como uma
importante plataforma para a disseminação dos produtos culturais, sendo a música a principal. O
autor destaca no artigo que o TikTok, no âmbito musical, não é algo engessado, pois se mostra
aberto a novos sons e artistas que criam ali mesmo o seu próprio público, tornando tudo muito mais
democrático.

O texto é necessário para entendermos como a música é consumida atualmente, pois, a


cada geração, isso tende a mudar. Um adolescente em 2022, consome música de uma maneira
totalmente distinta de um adolscente nos anos 80, 90 e 2000.

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