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em Solicitadoria
Direito da União Europeia - C. P.
II – O QUADRO INSTITUCIONAL DA UE: AS PRINCIPAIS
INSTITUIÇÕES E ÓRGÃOS DA UE
1. Quadro institucional
1.ª: Iniciativa:
Qualquer Estado-membro, o PE ou a Comissão têm direito de iniciativa (artigo
48.º, n.º 2), podendo submeter ao Conselho projetos de revisão dos Tratados.
2.ª: Consulta:
O Conselho Europeu submeterá esse projeto a parecer (consulta) do PE e da
Comissão (artigo 48.º, n.º 3).
O parecer, ora do PE, ora da Comissão, não será exigível no caso de ter sido
essa instituição a tomar a iniciativa da revisão, uma vez que a mesma já se
pronunciou aquando da apresentação do projeto inicial.
a) Ou o rejeita, o que implica que seja posto termo ao processo. Tal ocorre se
o Conselho Europeu não conseguir aprovar (por maioria simples) uma
decisão favorável no sentido de ser dado prosseguimento do processo;
b) Ou aprova uma decisão favorável, por maioria simples (cfr. artigo 48.º,
n.º 3, do TUE), no sentido da convocação de uma Convenção (novidade do
TL) composta por representantes dos Parlamentos nacionais, dos Chefes
de Estado e de Governo dos Estados membros, do PE e da Comissão.
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III – AS FONTES DO DIREITO DA UE: OS TRATADOS E O DIREITO
DERIVADO
1.1.1.1. Processo decisório ordinário de revisão dos Tratados
As diversas etapas constitutivas do processo solene de revisão ordinário dos
Tratados estão previstas e reguladas no artigo 48.º, n.os 2 a 5, do TUE.
- DECISÃO: ato (que pode ser normativo ou não normativo) obrigatório em todos
os seus elementos para os destinatários que designar (que podem ser Estados
membros, todos ou alguns; ou particulares, i. é, pessoas singulares e coletivas,
em geral ou especificando algum ou alguns). Quando não normativo assemelha-
se ao ato administrativo do direito administrativo, que é individual e concreto.
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III – AS FONTES DO DIREITO DA UE: OS TRATADOS E O DIREITO
DERIVADO
1.2.1.1. Direito derivado ou secundário: diferenças entre o regulamento e a
diretiva
Ambos têm carácter geral e abstrato, i é, ambos são normativos é certo, mas de
forma não coincidente.
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III – AS FONTES DO DIREITO DA UE: OS TRATADOS E O DIREITO
DERIVADO
1.2.1.1. Direito derivado ou secundário: diferenças entre o regulamento e a
diretiva
Ambos são publicados no JOUE, série C – comunicações, destinada aos atos não
vinculativos.
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IV – OS PRINCÍPIOS DO DIREITO DA UE
Em conclusão, o primado:
- garante uma aplicação uniforme do Direito Comunitário em todo o espaço da
UE;
- a realização dos objetivos comunitários e a integração europeia.
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IV – OS PRINCÍPIOS DO DIREITO DA UE
Por vezes a terminologia empregue pela doutrina e pelo próprio TJUE é pouco
clara e dá lugar a ambiguidades na distinção de ambos os conceitos.
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IV – OS PRINCÍPIOS DO DIREITO DA UE
A não produção de efeito direto horizontal das normas das diretivas foi
compensada através do:
1.4. - Princípio da interpretação do direito nacional conforme ao
Direito da UE (ac. Marleasing); e do
1.5. - Princípio da responsabilidade dos Estados membros pela
violação do Direito da UE (ac. Francovich),
os quais não se restringem às diretivas (não transpostas ou mal ou tardiamente
transpostas), muito embora elas estejam de facto na sua génese.
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IV – OS PRINCÍPIOS DO DIREITO DA UE
2. Princípios relativos à distribuição de competências entre a UE e os
Estados membros (2.1.) e ao exercício das competências pela UE (2.2 e
2.3)
2.1. Princípio da competência por atribuição (artigo 5.º, n.º 1 e 2, do TUE)
A UE e as suas instituições atuam de acordo com as competências (explicitas e
implícitas) previstas nos Tratados, existindo competências exclusivas da UE (nestas
os Estados deixaram de poder atuar) e competências partilhadas entre a UE e os
Estados membros. Existem também competências exclusivas dos Estados
membros, nas quais a UE não pode atuar.
2.2. Princípio da subsidiariedade (artigo 5.º, n.º 1 e 3, do TUE)
Aplica-se nas competências partilhadas entre a UE e os Estados membros e é um
princípio descentralizador. Naqueles domínios, deve-se dar prevalência à atuação
dos Estados membros, pelo que UE apenas deverá agir se os Estados membros se
mostrarem incapazes de as realizarem. Necessidade e melhor eficácia são os
requisitos que autorizam as ações da UE em detrimento das ações dos Estados.
2.3. Princípio da proporcionalidade (artigo 5.º, n.º 1 e 4, do TUE)
Os fins não justificam os meios; estes devem justificar-se por si próprios e devem
ser adequados, necessários e proporcionais (triplo teste) na prossecução dos fins da
UE.