Platão em seu mito discorre sobre entre o mundo real e como os
indivíduos o percebem, se baseando por suas limitações e sentidos, e é
justamente isso que podemos correlacionar com nossas teorias negacionistas, principalmente com relação às redes sociais, visto que a propagação de mensagens é descolada da realidade objetiva. Sendo assim, podemos citar, por exemplo, as pessoas que são contra a vacinação, pois muitos adeptos utilizam argumentos questionando a eficiência de tais vacinas, apontando principalmente como exemplo a vacinação contra a varíola no século 19, que era bastante contestada à época, entretanto, o que muitos pecam utilizando de tal argumento é o fato deste ser totalmente refutável, visto que somente em decorrência da vacinação que a varíola foi erradicada. Como exemplo contemporâneo disso podemos citar o filme “Matrix” que foi lançado em 1999 e possui diversas referências filosóficas, e dentre elas temos a principal, que são às alegorias da caverna de Platão. Logo de início podemos perceber que a sociedade do filme se encontra presa, onde suas percepções e sentidos são enganados pelas máquinas (assim como ocorre no mito com relação às sombras), pensando estarem vivendo a vida deles normalmente, entretanto, o protagonista do filme, correlacionando com o mito seria o filósofo consegue se “libertar” desta prisão, observando assim, como realmente é a vida fora dessa “ilusão”. Assim como no mito, de início ele se estranha com tal visão, visto que a realidade do filme, diferentemente do mito da caverna é muito pior que a do mito da caverna, mas aos poucos ele se acostuma com a “luz”.