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Indução Eletromagnética

11/11/2022, 11:00

Aloísio Renato Mascarenhas Filho Resultados e Discussões


Laura Stéfane Souza Soares Materiais e Métodos
Ramsés Santos Goes Conclusão
William Soares da Silva Introdução

Resumo

A Lei de Faraday-Lenz enuncia que a força eletromotriz induzida em um


circuito é equivalente a variação do fluxo magnético em que ele foi submetido, dado a
este ponto, a geração do fluxo de carga em um solenóide, é obtida pela variação
magnética em seu núcleo. Com o auxílio de uma bússola, identificou-se os pólos
magnéticos dos ímãs, posteriormente conectou-se a bobina cilíndrica no galvanômetro e
posicionou-se o voltímetro com o fim de estudar os fenômenos da interação do ímã com
a bobina. Ao executar as mais diversas situações exploradas no experimento, aferiu-se
diferentes fluxos de cargas gerados por consequência da interação do ímã com a bobina.
Estes fluxos podem surgir dependendo da movimentação e de onde o norte magnético
do ímã se localiza e como este fluxo irá se comportar também depende da velocidade do
movimento exercido. Observou-se um fluxo elétrico parecido com o de corrente
alternada ao oscilar o ímã no eixo da bobina. Ao final da prática, comparando com os
resultados teóricos computacionais, notou-se resultados análogos, muito embora a
robustez da simulação tenha sido maior em contraste com o prático, haja vista o déficit
de equipamentos precisos.

1. Introdução

A indução eletromagnética é o fenômeno responsável pelo surgimento


de correntes elétricas em materiais condutores, quando sujeitos a mudanças no
fluxo do campo magnético que os atravessa. Descoberta por Michael Faraday
em 1831, afirmando que a corrente elétrica induzida em um circuito fechado por
um campo magnético, é proporcional ao número de linhas do fluxo que atravessa
a área envolvida do circuito, na unidade de tempo, conforme equação abaixo:
Sendo E o campo elétrico induzido, ds é um elemento infinitesimal do
circuito e dΦ B/dt é a variação do fluxo magnético. Uma maneira alternativa
de se representar é na forma da diferença na função do campo magnético B.

Desta forma:

A lei, expressa matematicamente na forma elaborada por Franz Ernst


Neumann em 1845 em termo da força eletromotriz, é :

A lei de Faraday- Lenz enuncia que a força eletromotriz induzida num


circuito elétrico é igual a variação do fluxo magnético concatenado ao circuito.
É importante notar que um campo magnético constante não dá origem ao
fenômeno da indução. Por esta razão, não é possível colocar um magneto no
interior de um solenóide e obter energia elétrica. É necessário que o magneto ou
o solenóide movam- se, consumindo energia mecânica. Por esse motivo, um
transformador só funciona com corrente alternada.
A descoberta revolucionou os meios de produção de eletricidade,
inaugurando uma nova era tecnológica que acelerou a revolução industrial. Apesar de a
indução eletromagnética ter sido uma descoberta de Faraday, ele não a deduziu
matematicamente, nem pôde explicar a forma como a força eletromotriz surgia no
circuito, essas implementações surgiram depois, pelas mãos de Heinrich Lenz e
Franz Ernst Neumann, moldando a lei de Faraday na forma como a conhecemos
atualmente.
A contribuição de Neumann diz respeito ao equacionamento da lei
de Faraday, ele a descreveu como uma variação temporal do fluxo de campo
magnético. A contribuição de Lenz, por sua vez, foi relacionada ao princípio
da conservação da energia. Lenz explicou qual devia ser a direção da
corrente elétrica. induzida pela variação de fluxo magnético. De acordo com
ele, a corrente elétrica que é induzida sempre surge de modo a opor-se à
variação de fluxo magnético externo. A constatação de Lenz fez com que
adicionássemos o sinal negativo à lei de Faraday.

2. Materiais e métodos
● Galvanômetro 100mA;
● Bobina com 200 espiras;
● Cabinho paralelo multiuso;
● Ímã cilíndrico;
● Voltímetro.

Primordialmente, com a ajuda de uma bússola, identificou-se os pólos do imã


cilíndrico, atentando-se ao fato que os sentidos norte e sul da bússola (geográfico)
proporcionam polos sul e norte magnético, respectivamente, no imã.
Posteriormente, conectou-se em paralelo o voltímetro juntamente com o
galvanômetro. Por meio disso, avaliou-se as variações expressas pelo galvanômetro ao
verificar como o processo de afastar, aproximar e oscilar a velocidade do ímã no interior
do voltímetro interfere na variação da corrente.
3. Resultados e discussão:
Figura 1 – Primeira situação: Ímã Norte Magnético do Lado do Positivo se Afastando
da Bobina.

Fonte: acervo dos autores (2022).


Figura 2 – Segunda Situação: Ímã Norte Magnético do Lado do Positivo se
Aproximando da Bobina.

Fonte: acervo dos autores (2022).

Durante a replicação da situação um e dois como demonstrada no diagrama da


Fig. 1 e Fig. 2, nota-se que ao afastar o ímã do centro da bobina com seu polo norte
magnético apontado para a saída positiva da bobina, o galvanômetro detectou uma
corrente negativa, indicando um fluxo de corrente no sentido que entra na saída negativa
e sai na saída positiva da bobina. O oposto ocorre quando se replica a situação 2, ao
aproximar o ímã com seu norte magnético no lado do fio positivo até o centro da
bobina.

Figura 3 – Terceira Situação: Ímã Sul Magnético do Lado do Positivo se Afastando da


Bobina.

Fonte: acervo dos autores (2022).


Figura 4 – Quarta Situação, Ímã Sul Magnético do Lado do Positivo se aproximando da
Bobina.

Fonte: acervo dos autores (2022).


Realizando a situação 3 e 4 como demonstrado no diagrama das Fig. 3 e Fig. 4
no experimento, observamos um comportamento parecido na geração de fluxo de carga
com as situações 1 e 2, a situação 3 ao afastar o ímã partindo do centro da bobina com
seu polo positivo no lado da saída negativa da bobina, observou-se o mesmo fenômeno
observado na situação 2 e, logo, oposto a situação 1. É lógico ao observar na situação 4
um efeito oposto da situação 3 equivalente ao observado na situação 1.
Figura 5 – Quinta Situação: Movimento Oscilatório no Eixo da Bobina com o Norte
Magnético do Ímã do lado do Positivo da Bobina

Fonte: acervo dos autores (2022).


Figura 6 – Sexta Situação: Movimento Oscilatório no Eixo da Bobina com o Sul
Magnético do Ímã do lado do Positivo da Bobina

Fonte: acervo dos autores (2022).

Na situação 5 e 6 como demonstrado nos diagramas das Fig. 5 e Fig.6, ao oscilar


o ímã dentro do eixo da bobina independente da posição do norte magnético do ímã,
notou-se no galvanômetro um fenômeno de fluxo de carga semelhante ao observado em
um fluxo de corrente elétrica alternada, tanto na situação 5 e 6 o fluxo ficou alternando
em positivo e negativo
Durante as situações discutidas, foram exercidos movimentos bruscos e suaves.
A brusca movimentação do ímã causou uma súbita movimentação de carga chegando no
limite do galvanômetro e quase de maneira instantânea, o fluxo de carga cessou. Nos
movimentos suaves, houve um suave aumento de carga e um suave cessar de seu fluxo.
No intuito de comparar os resultados obtidos durante os experimentos, o
experimento foi refeito utilizando o laboratório virtual PhET Simulations na simulação
do efeito de faraday utilizando, no ambiente virtual, um ímã e um solenóide conectado
ao medidor de tensão. Os resultados obtidos no laboratório virtual, foram análogos aos
obtidos no laboratório.
4. Conclusão

Conforme os resultados do experimento, pode-se concluir que a lei de


Faraday-Lenz para campos elétricos induzidos funcionou efetivamente em cada um dos
testes realizados. Comparou-se o ensaio prático com o ensaio teórico, realizado através
de software, e concluiu-se que ambos atendiam aos mesmos princípios. Muito embora,
no prático, o galvanômetro não seja um aparelho que mensura com robustez, notou-se
que os sentidos da corrente elétrica estão entrelaçados aos sentidos do campo magnético
produzido pelos ímãs.
Referências:

Halliday, David, 1916-2010. Fundamentos de física, volume 3 : eletromagnetismo /


David Halliday, Robert Resnick, Jearl Walker; tradução Ronaldo Sérgio de Biasi. 10ª
ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.

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