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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE NACIONAL DE DIREITO

GRUPO:
BERNARDO CAMPANA CALDAS DE A. RIBEIRO
GIOVANA POLIANA FERREIRA CHAVES
GUILHERME PIRES DA SILVA
IRLAINE NASCIMENTO DE OLIVEIRA
LUIZA HELENA C. SILVA
VIPSÂMIA ALVES DE OLIVEIRA

UMA BREVE HISTÓRIA DO CONSTITUCIONALISMO NO BRASIL


SOB UM ENFOQUE DA HISTÓRIA DO DIREITO
INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa trazer à luz alguns dos pontos mais relevantes no
que tange ao constitucionalismo no Brasil à luz de alguns textos trabalhados na
disciplina de História do Direito e Pensamento Jurídico. (a ser desenvolvido…)

Um breve panorama das Constituições Brasileiras

1.Da Constituição de 1824


1.1 CONTEXTO HISTÓRICO
A história brasileira é marcada por rupturas constitucionais,culminando em um
movimento pendular entre a democracia e a ditadura cívico-militar. Na verdade, o
“constitucionalismo luso-brasileiro”, que durou de 1808, quando da transferência da
Corte portuguesa ao Brasil, até 1824, quando da outorga da Carta do Império, que,
após, foi levada para Portugal com modificações do próprio Imperador brasileiro, ao
abdicar o trono em favor de sua filha, D. Maria da Glória, remonta à Súplica de
Constituição a Napoleão Bonaparte, de 23 de maio de 1808, em Portugal, e à
Revolução Pernambucana, de 6 de março de 1817, no Brasil.
Nesta ordem, a “Assembleia Geral Brasílica e Constituinte Legislativa”, que havia
sido convocada por decreto do Príncipe Regente de 3 de junho de 1822, foi
dissolvida em 12 de novembro de 1823, o que ensejou a outorga da Constituição
Política do Império do Brasil do ano seguinte.

1.2 Principais Características


A Constituição, de 25 de março de 1824, descolou o sistema jurídico estritamente
das “Ordenações Filipinas”, esclareceu que as matérias que não dissessem respeito
aos limites e atribuições dos Poderes do Estado e direitos civis e políticos seriam
alteráveis pelas legislaturas ordinárias, ao tempo que opôs a limitação à reforma
constitucional de 4 anos, depois de jurada pela Majestade Imperial. O Poder
Moderador, chave de toda a organização política, era delegado ao Imperador
Constitucional, para que velasse sobre a independência e harmonia dos demais
Poderes do Império. A despeito das garantias dos direitos individuais, como, por
exemplo, a igualdade de todos perante a lei, o status libertatis era restringido às
pessoas livres, ingênuas ou libertas, o que evidenciava a contradição entre o
liberalismo e a escravidão. Considerada como Constituição semirrígida, pois possui
uma parte rígida, modificável por processo de reforma constitucional, e outra parte
flexível, mutável por processo legislativo ordinário.1
Sobre a divisão federativa,o território nacional, na esteira do art. 2º da Constituição
Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824, era dividido em províncias, as
quais poderiam ser subdivididas. José Antônio Pimenta Bueno, ao comentar o
dispositivo em epígrafe, fixou que “importa certamente muito que os centros
administrativos não tenham raios tão extensos, que amorteçam a ação
governamental; é de mister que esses centros tenham pelo contrário facilidade de
inspecionar de pronto os diversos serviços públicos, e especialmente a educação,
costumes, caráter e linguagem, para que as províncias e as suas subdivisões não
componham povos diversos, ciosos ou rivais, mas um só povo brasileiro”.2

1.3 À LUZ DO DIREITO BRASILEIRO


A primeira Carta Magna brasileira, de 25 de março de 1824, é tida como pioneira e
avançada para os padrões da época, pois iniciou todo um importante processo de
redesenho das instituições brasileiras, e, ao mesmo tempo, é sim reveladora de uma
reciprocidade social, à época, assimétrica, onde mulheres não votam, " onde
escravos não possuem cidadania, onde há forte presença da Igreja na definição dos
contornos do Estado brasileiro, sabendo-se que a Igreja é religião oficial do Estado
brasileiro, revelando-se nisto um liberalismo distorcido, já em sua origem, o que
aponta para a predominância política da tendência de um liberalismo aristocrático e
conservador, em plena dissonância com a prática dos valores liberais, o que faz
desta forma de apropriação do ideário discursivo liberal apenas uma casca que
coloca os direitos na superfície, mantendo-se as estruturas sociais e econômicas à
margem da transformação social.

1
Acerca da classificação quanto ao conteúdo das normas constitucionais, cabe a advertência de que
a tipologia adquire relevância nas Constituições semirrígidas, em virtude da diversidade entre os
processos de reforma constitucional e legislativo ordinário, como a Constituição brasileira de 1824,
cujo art. 178 prescrevia que “é só constitucional o que diz respeito aos limites e atribuições
respectivas dos poderes políticos, e aos direitos políticos e individuais dos cidadãos. Tudo, o que não
é constitucional, pode ser alterado sem as formalidades referidas, pelas legislaturas ordinárias”.
BUENO, José Antônio Pimenta. Direito Publico Brazileiro e Analyse da Constituição do Império. Rio
de Janeiro: Typographia de J. Villeneuve, 1857, p. 485-489
2
BUENO, José Antônio Pimenta. Direito Publico Brazileiro e Analyse da Constituição do Império. Rio
de Janeiro: Typographia de J. Villeneuve, 1857, p. 22.
2. DA CONSTITUIÇÃO DE 1891

2.1 CONTEXTO HISTÓRICO

A Constituição da República dos Estados Unidos do Brazil (1891) foi a primeira


constituição do período republicano, e a segunda da história do país.
Ela emerge de um período transitório e problemático, pois é uma consequência
direta do golpe que derrubou a monarquia e instituiu a república, em novembro de
1899.
Embora a população, no geral, possuísse grande simpatia pelo imperador, ainda
assim, havia uma expressiva elite civil, militar e cafeicultora que vinha, há tempos,
nutrindo certa antipatia pela Monarquia.
O exército se sentia desvalorizado, os religiosos ferrenhos estavam ressentidos com
o choque do Império com a Igreja Católica, e a principal perda de apoio ao governo
foi o ressentimento dos grandes fazendeiros, devido ao duro golpe que foi a abolição
da escravidão em 1888.
Após a queda e a expulsão da família real, Deodoro da Fonseca foi eleito (de forma
indireta) pelo Congresso Nacional, que o nomeou como presidente provisório. Como
uma nova república, o anseio pela legalidade e legitimidade era evidente, por isso, já
em setembro de 1890, uma Assembleia Constituinte foi criada, no intuito de criar a
primeira constituição brasileira republicana. E em fevereiro de 1891, foi promulgada.

2.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

“Nós, os representantes do povo brasileiro, reunidos em Congresso Constituinte,


para organizar um regime livre e democrático, estabelecemos, decretamos e
promulgamos a seguinte Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil.”

O trecho supracitado é o preâmbulo da constituição de 1891, marcada por


fazer a transição entre o regime monárquico para o republicano. A criação do
documento se deu por meio de uma Assembleia Legislativa, e sua elaboração durou
3 meses, tempo considerado hábil, tendo em vista suas proporções. Seus redatores
foram dois expressivos juristas da época: Rui Barbosa (ministro da Fazenda) e
Prudente de Morais (que viria a ser o primeiro presidente brasileiro diretamente
eleito).

Principais características da Constituição de 1891:

- Estabeleceu o presidencialismo e a federação


.
- É estabelecido a crucial tripartição dos poderes entre: Executivo, Legislativo e
Judiciário (Art. 15).

- No inciso 7° do Artigo 72, é oficializado a separação total entre o Estado e a Igreja.

- A extinção do Poder Moderador

- No Artigo 70, eram excluídos das eleições os analfabetos, mendigos e mulheres.


Assim, elitizando ao máximo o eleitorado e excluindo mais de 90% da população.

- Maior autonomia para os Estados e Municípios.

- Previsão da transferência da Capital para o Planalto Central

2.3 À LUZ DA HISTÓRIA DIREITO


Segundo Lúcia Maria Bastos P. Neves e Guilherme Pereira Neves (P.49-64):
“Conscientes da falta de unidade do povo brasileiro, os redatores temiam a
imposição de uma lei geral que não resultasse do próprio povo. Logo, a constituição
devia garantir uma lei justa, porém, flexível, capaz de impedir a supremacia do poder
do monarca sobre os demais. De maneira ousada para o meio em que incluíam, por
conseguinte, em suas reflexões alguns princípios de teor democrático.”.
O texto supracitado trata-se, primordialmente, sobre a elaboração da primeira
Constituição para o Brasil (aos moldes do que conhecemos como Constituição).
Traçando um paralelo entre a citação e a Constituição de 1891, chegamos num
ponto em que tal anseio por limitar um possível poder do monarca para com o povo,
que é o fim do Poder Moderador, que era uma espécie de quarto poder que teria
como fim manter o equilíbrio entre os outros três, poder esse, que, antes, cabia ao
imperador.

3. CONSTITUIÇÃO DE 1934

3.1 CONTEXTO HISTÓRICO

Em 1930, Getúlio Dornelles Vargas estava chegando à presidência por meio de uma
revolução denominada “Revolução de 1930”.Em vista disso,assumia o poder do
Governo Provisório com amplos poderes em mãos.Ao tomar posse,Vargas revoga a
constituição de 1891,centraliza o poder e coloca tenentes como interventores
federais nomeados por ele mesmo.
Com essa política de centralização de poder,destacavam-se: a dissolução do
Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas estaduais e municipais.As
ações de Vargas no sentido de retardar a elaboração de uma nova Constituição e a
realização de uma nova eleição presidencial ,gerando um descontentamento dos
paulistas, sobretudo, pela centralização de poder imposta pelo governo de Getúlio
Vargas. Eclodindo em 1932, um movimento em São Paulo chamado “Revolução
Constitucionalista”,pedindo pela autonomia do estado e pela reconstitucionalização
do país,visto que durante os quatros anos( 1930 à 1934) ,o Brasil estava sem uma
constituição vigente.Após,Vargas extinguir à Carta de 1891.
As pressões impostas pela Revolução Constitucionalista ,se tornou um confronto
armado que durou por três meses ,pressionando Vargas a tomar medidas cabíveis
que estabeleceriam a democratização do país.Sob múltiplos aspectos ,a Revolução
de 1932 constituiu um marco para o movimento revolucionário do pós-1930 e uma
bem significativa demonstração da convicção democrática.Como descreve
Espíndola(2012, p.10) ,em uma das suas análises sobre o episódio :
“Se há uma ideia,se há um sentimento que a parte esclarecida de nossa população
cultua com acendrado vigor é o da liberdade do indivíduo em face do
Estado,assegurada por uma constituição democrática.”
Simbolicamente ,podemos situá –la como o acontecimento que
inaugurou,ideologicamente, o processo de reconstitucionalização do país
encerrando o “regime de força” característico dos dois primeiros anos da década.
Apesar de derrotada militarmente, a revolução conseguiu impor o objetivo político de
sua luta: a imediata e completa reconstitucionalização, pela convocação da
Constituinte. Como o decreto do novo Código Eleitoral teve uma pequena
repercussão. A insatisfação dos paulistas com o governo era bastante evidente e,
como forma de acalmar os paulistas, Vargas decretou, em março de 1932, a
convocação da eleição para formação de uma Assembleia Constituinte para 1933.

• A elaboração da nova carta constitucional de 1934.

Em 03 de maio de 1933,baseado nos seguintes elementos do novo Código Eleitoral


,foram organizadas no mesmo ano, as eleições que escolheriam os políticos
responsáveis pela elaboração da nossa nova carta magna. A nova assembleia era
formada por dois grupos de deputados: os classistas, eleitos pelos sindicatos
profissionais; e os deputados escolhidos como representantes de seus estados.
Formada em maio de 1933, essa assembleia de deputados encerraria as suas
atividades em julho do ano seguinte, quando uma nova constituição era oficialmente
concedida à nação brasileira. O Governo Provisório teve fim quando a nova
Constituição foi aprovada e quando Vargas foi reeleito presidente em 1934. A nova
Carta do Brasil foi elaborada por deputados eleitos na eleição de maio de 1933. A
Constituinte formada com essa eleição realizou o debate e escreveu uma nova
Constituição para o Brasil nos moldes da Constituição alemã da República de
Weimar. A grande diferença, porém, reside que à partir de 1930 estávamos prontos
para o debate, enquanto agora a discussão sobre a Constituinte prevaleceu em
muito a temática da própria Constituição. Tanto a Comissão que elaborou o
anteprojeto como a Constituinte promulgadora do novo texto constitucional refletem
o alto nível das ideias em jogo. Nível não somente intelectual e cultural, como
também patriótico, como ressalta Polletti (2012,p.13).

3.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Em seus aspectos mais amplos,podemos observar que a Constituição de 1934


ainda apresentava características semelhantes à carta antecessora de 1891.Os
temas abordados indicavam fórmulas novas e colocações não ortodoxas. Naquele
momento, não se poderia dizer, como nos últimos anos que nossos
constitucionalistas estão abraçados com “cadáveres de ideias mortas”. Em relação a
essas novidades da Lei Maior, originária da nossa terceira Constituinte,
considerando que elas ainda estavam em pauta, é que se pode afirmar, ainda uma
vez, a oportunidade do estudo da Constituição de1934,destaca Polletti (2012,p.13).
O Brasil continuava a ser uma República Federativa com relativa autonomia dos
estados;os poderes permaneciam separados em Executivo,Legislativo e Judiciário; e
os representantes políticos eram eleitos através de eleições diretas, incluindo às
mulheres .
A Constituição de 1934 reafirma em seu artigo 1º o compromisso com a
República e com o princípio federativo da carta anterior. Teve a função de instituir
liberdades básicas no vocabulário constitucional.Seus principais pontos foram:

- Voto Secreto.

Comparado à carta antecessora de 1891,o voto permanece no sufrágio universal e


direto,porém, na Constituição de 1934,o voto começa a ser secreto o
(art.52,§1º).Em razão que,anteriormente,era obrigatório ter a assinatura do
eleitor,possibilitando que soubessem em quem ele votou.E antes da revolução de
1930,havia o “voto de cabresto” era chamado por esse nome ,como uma metáfora
para referir –se a opressão exercida por poderosos sobre os eleitores sob seu
poder,muito comum em zonas rurais.Com o voto secreto,era assegurado o
anonimato da identidade do eleitor.

- Voto Feminino ( assegurado por meio da Lei).


As mulheres brasileiras em 1932 ,conquistaram o direito de votar ,por meio do
decreto 21.076,do então presidente Getúlio Vargas,que instituiu o Código
Eleitoral.Em 1933,houve uma eleição para a Assembleia Nacional Constituinte,
permitindo o voto facultativo às mulheres. Assim, as mulheres poderiam votar, porém
desde que exercessem função remunerada, sob as sanções e salvas as exceções
que a lei determinasse e tivessem mais de 21 anos e fossem alfabetizadas. A partir
de 1934, o voto feminino passou a estar instituído na Constituição promulgada
naquele ano (art.109). Atualmente, o voto é um direito assegurado a todo cidadão
brasileiro, incluindo os analfabetos, pela Constituição de 1988.

- Justiça do Trabalho

Com a criação da Justiça do Trabalho, começa a ser garantido os direitos dos


trabalhadores que não foram atendidos e ignorados nos governos anteriores. A carta
constitucional de 1934 trouxe avanços sociais importantes para os trabalhadores:
instituiu o salário mínimo, a jornada de trabalho de oito horas, o repouso semanal, as
férias anuais remuneradas e a indenização por dispensa, sem justa causa.
Sindicatos e associações profissionais passaram a ser reconhecidos, com o direito
de funcionar autonomamente. Nacionalização das empresas – 2/3 das vagas eram
destinadas para trabalhadores brasileiros. Outros dois avanços na área do trabalho
foi a proibição do trabalho infantil e remuneração para trabalhadoras
grávidas.(arts.121,122,123)

- Direitos Sociais – educação, família e cultura.


Outras novidades marcantes na parte dos direitos sociais,era a inclusão de
assuntos sociais(educação,família ...),que até aquele momento,eram considerados
não constitucionais.
Incumbiria ao Estado, nos termos da lei:
- facilitar aos pais o cumprimento de seus deveres de educação e instrução dos
filhos;
“O ensino primário é obrigatório, podendo ser ministrado no lar doméstico e em
escolas oficiais ou particulares” (art. 149).
- amparar a maternidade e a infância; (art.138)
- proteger a juventude contra toda a exploração, bem como contra o abandono
físico, moral e intelectual” (art.138).

-República Federativa como forma de governo;


-Estados Unidos do Brasil;
-A Câmara dos Deputados era eleita de forma direta, mas também havia
representantes eleitos por organizações profissionais;
-O Poder Executivo era exercido pelo presidente da República com o mandato de
quatro anos e sem direito à reeleição;
-Estabeleceu a Justiça Eleitoral e a Justiça do Trabalho;
- criação do Conselho de Segurança Nacional;
** Mandado de Segurança.
-Instituiu a Ação Popular;
-Nacionalização das riquezas naturais do país. (arts 118,119).

3.3 À LUZ DA HISTÓRIA DO DIREITO

Segundo Polleti, a Constituição de 1934, foi qualificada por Pontes de


Miranda como “a mais completa,no momento, das Constituições americanas”, não
foi revista, nem emendada, mas rasgada pelo golpe de 37.
A Constituição de 34 representou um progresso na direção do realismo
constitucional, no cotejo com o idealismo de 1891. Não obstante, tenha se perdido
em normas programáticas, as quais, embora de valor ideológico, resultaram em
ineficácia. Foram sonhos irrealizados. Em face disso, a socialização ou a
social-democracia, apesar de permanecerem historicamente nos textos
constitucionais, continuam na dependência da realização econômica da sociedade e
do desenvolvimento cultural do povo.De qualquer forma, em 34, pudemos realizar a
convivência dos fatores políticos (a Revolução) com a inteligência constitucional
brasileira (a Comissão do Itamaraty e os ilustres da Constituinte) para a elaboração
da Carta. Fomos capazes, também, de conciliar tendências as mais variadas no
ambiente político nacional, sem perda do conteúdo e da eficiência técnico-jurídica.
Assim sendo, a Constituição de 34 vale pelas ideias revolucionárias que absorveu e
até pelas que rejeitou. Sua experiência não foi a de um triênio, mas justamente a
de,apesar de seus engenhosos dispositivos, não ter impedido a derrocada de 37.
Ficará ela, todavia, para sempre como um repositório valioso de temas
constitucionais e como um marco relevante de nosso constitucionalismo
republicano,destaca Polletti (2012,p.41).

4. CONSTITUIÇÃO DE 1937

4.1 CONTEXTO HISTÓRICO

Mesmo após a retomada constitucional no país, o Brasil enfrentou uma


radicalização ideológica. Como demonstra Andréa Casa Nova (2013, p. 242-244),
após a Crise de 1929, período de grande recessão econômica no mundo capitalista,
o socialismo, com o governo soviético aparentemente imune à crise, teve sua
propaganda fortalecida. Concomitantemente, as propostas fascistas ascenderam na
Europa, especialmente na Itália de Mussolini e na Alemanha de Adolf Hitler. Diante
desse cenário, expressando as ideologias dominantes no mundo, duas novas
frentes políticas foram criadas no Brasil: a Ação Integralista Brasileira (AIB),
movimento de inspiração fascista e liderado por Plínio Salgado, e a Aliança Nacional
Libertadora (ANL), apoiada pelo Partido Comunista Brasileiro.

Com medo de perder sua posição de poder com uma revolução no país,
Getúlio Vargas decretou a ilegalidade da ANL. Mesmo assim, em 1935 eclodiu uma
tentativa de revolução em Natal, Recife e Rio de Janeiro. A tentativa, mal
coordenada, fracassou e ficou conhecida como “Intentona Comunista”. O combate
ao comunismo serviu como um ótimo pretexto para a decretação do estado de sítio
e, posteriormente, do estado de guerra em todo território nacional e do regime do
Estado Novo, como explica Pandolfi (2004, p. 180):
“Do ponto de vista simbólico, o levante de novembro de 1935, também, teve
um papel fundamental. Em diversas fases da nossa história, a ‘ameaça comunista’,
através do ‘lembrai-vos de 1935’, foi utilizada como um forte recurso de poder.”

Entretanto, a eleição presidencial de 1938 seguiria normalmente, com as


candidaturas de Armando de Sales, José Américo de Almeida e Plínio Salgado. Algo
assolava as esperanças de Vargas em se manter no poder: a Constituição de 1934,
em seu artigo 52, que especificava a duração do período presidencial de um
quadriênio, não podendo o Presidente da República ser reeleito senão quatro anos
depois de cessada a sua função, qualquer que tenha sido a duração desta.

Como explicam Vicentino e Dorigo (2013, p. 100-101), às pretensões


continuístas de Vargas somaram-se os interesses do exército. Nacionalista e
anticomunista, a alta cúpula militar foi lentamente atraída para uma solução
autoritária da crise política brasileira. Diante disso, em setembro de 1937, o governo
divulgou a existência de um falso plano comunista de revolução nacional, o Plano
Cohen, que, na verdade, foi redigido por um oficial do exército. O plano serviu de
motivo para o golpe: em 10 de novembro, Vargas ordenou o fechamento do
Congresso Nacional, a extinção dos partidos políticos e a suspensão da campanha
presidencial e da Constituição. Nesse contexto é que se inicia a ditadura do Estado
Novo e é criada a Constituição de 1937.

4.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O Direito, sob a forma da Constituição, foi preponderante para dar uma


aparência de legalidade ao novo governo. Redigida às pressas pelo jurista Francisco
Campos, ministro da justiça de Vargas e futuro redator do Ato Institucional Número
Um (AI-1), foi parcialmente inspirada nas constituições fascistas da Itália e da
Polônia – daí seu apelido “Polaca” (palavra depreciativa, utilizada na época para
vulgarmente designar prostitutas).
Eram características da Constituição de 1937:

- Como prescrito pelo Art. 122, inciso 13: Pena de morte em caso de atentados
contra a soberania nacional e em homicídios por motivo fútil e com extrema
perversidade;

- Segundo o artigo nono: A atuação de interventores nomeados pelo presidente;

- De acordo com o artigo segundo: A proibição de hinos e bandeiras, a não ser o


hino e a bandeira nacional;

- Extinção dos partidos políticos;

- Legislação trabalhista;

- Centralização política, com o fortalecimento do poder do presidente;

- Subordinação total do Legislativo ao presidente;

- Subordinação do poder Judiciário ao Executivo.

4.3 À LUZ DA HISTÓRIA DIREITO


Ao falar da criação da Constituição de 1937, escreve o jurista Inocêncio
Mártires (1978, p. 104): “[...] nada mais é do que um retrato das condições
histórico-sociais em que foi gerada.”
Como uma reflexo do seu contexto histórico, o texto constitucional redigido
por Francisco Campos expressa as ideias de sua época. Com uma propagação
global de ideologias extremistas que repudiavam o liberalismo clássico, juristas
como Oliveira Viana, contemporâneos do redator da constituição, expressavam seu
descontentamento com a ausência de um poder forte e moderador.
Portanto, a carta magna do Estado Novo refletia sua necessidade de legitimar
o governo ditatorial. O Direito foi utilizado como ferramenta estatal para a
centralização do poder e coibição das liberdades - individuais, econômicas, sociais e
etc. Como explica corretamente Fernanda Xavier (2010, p. 276):
“Ela [a Constituição de 1937] não só supera completamente o liberalismo de
1891 e 1934, como institui para seu lugar um Estado autoritário. O regime
inaugurado pela Carta de 1937 é altamente centralizador: concede ao chefe do
Executivo autoridade sobre todos os domínios nacionais; restringe radicalmente os
poderes e as funções do Legislativo, instituindo para seu lugar órgãos de caráter
técnico, com vistas a apolitizar a atividade parlamentar; impõe severos limites ao
livre gozo dos direitos individuais, ao mesmo tempo em que estabelece canais
precisos para a representação da sociedade; por fim, defende a construção de uma
economia corporativa, que se assemelha mais ao corporativismo dirigista do século
XX do que à prática de uma democracia orgânica.”

5. CONSTITUIÇÃO DE 1946
5.1 CONTEXTO HISTÓRICO
O fim da 2º Guerra Mundial e a queda de regimes autoritários e antidemocráticos
como o nazismo na Alemanha em 1945, gera uma grande mudança no sistema
político global, não só por conta da divisão bipolar que nós leva para a Guerra Fria,
mas também pela pressão que grandes potências mundiais faziam para dar fim aos
regimes autoritários que restaram, entre eles o regime do Estado Novo, do até então
presidente Getúlio Vargas. O Estado Novo teve seu início em 1937, quando Vargas
divulgou o Plano Cohen, que segundo ele era um plano comunista para assumir o
poder, com isso ele outorgou uma nova constituição que acabava com as eleições e
o mantia no poder. Porém, em 1945, Vargas se viu sem saída e tentou uma
mudança em seu plano de governo com o intuito de mais uma vez se manter no
poder, dessa vez não obtendo sucesso e renunciando pouco tempo depois por
pressão de seus antigos aliados. Após a saída de Getúlio Vargas, foi feita uma nova
eleição que elegeu Eurico Gaspar Dutra como o 16º presidente do Brasil, dando
início ao período conhecido como a Quarta República ou República Populista.
Também foi feita eleição para novos senadores e deputados, assim formando a
Assembleia Constituinte que promulgou a Constituição de 1946.

5.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


A constituição de 1946 reforçou valores democrático e consolidou a implementação
desse sistema na política brasileira, trazendo com ele o sistema representativo. A
assembleia Constituinte em sua maioria foi composta por deputados e senadores do
PSD, UDN e PTB. Entre as mudanças presentes nos artigos temos:
- A liberdade individual de expressão e manifestação;
- Independência aos três poderes: Executivo, Judiciário e Legislativo;

- Reconhecimento da igualdade de todos perante a lei;

- Pluralismo Político;

- Extinção da pena de morte;

- Voto para TODAS as mulheres (até então apenas assalariadas poderiam


votar);

- Manteve o voto secreto;

- Manteve a legislação trabalhista.

5.3 À LUZ DA HISTÓRIA DO DIREITO


O constitucionalismo tem como seu objetivo principal limitar o poder do estado e
garantir direitos e garantia fundamentais da sociedade. Tendo isso em mente, fica
claro que a Constituição de 46 cumpriu sua função (no sentido literal), porém não
acompanhou o mundo que a está altura já estava implementando o Estado de
Bem-Estar Social.
Nas palavras de José Afonso da Silva, "[...] estabelece um retorno às fontes formais
do passado, que nem sempre estiveram conformes com a história real, o que
constituiu o maior erro daquela Carta Magna, que nasceu de costas para o futuro,
fitando saudosamente os regimes anteriores, que provaram mal." (Silva, 2001, p. 81)

Da Constituição de 1967/69

(a ser desenvolvido…)

Da Constituição de 1988
7. Constituição de 1988
Introdução

A princípio as constituições nascem ou morrem, a partir de momentos que


marcam rupturas e necessidade de uma nova ordem política, econômica ou social
no país. Portanto, foi assim na história do Brasil desde a formação de sua primeira
Carta Constitucional em 1824, durante o Império, até a Constituição Cidadã,
promulgada em 1988, e atualmente em vigor.

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é a lei fundamental e


suprema do Brasil, servindo de parâmetro de validade a todas as demais espécies
normativas, situando-se no topo do ordenamento jurídico como a lei máxima do país.

Antes de tudo, foi aprovada pela Assembléia Nacional Constituinte em 22 de


Setembro de 1988 e promulgada em 5 de outubro de 1988, pelo discurso do então
deputado federal e participante da Assembléia Constituinte, Ulysses Guimarães.
Dessa forma, pode ser considerada a sétima ou a oitava constituição do Brasil e a
sexta ou sétima constituição brasileira em um século de república.

Nesse sentido, ficou conhecida como "Constituição Cidadã", por ter sido concebida
no processo de redemocratização, iniciado com o encerramento da ditadura militar
no Brasil no período de (1964 –1989). É composta por 250 artigos, sendo a segunda
maior constituição do mundo, depois da constituição da Ìndia. É importante ressaltar
que não é permitido propor emendas que venham a suprimir as Cláusulas Pétreas
da Constituição.

Até outubro de 2021 foram acrescentadas 119 emendas, sendo 111 emendas
constitucionais ordinárias, seis emendas constitucionais de revisão e dois tratados
internacionais aprovados de forma equivalente.

7.1 Contexto Histórico


Em uma primeira análise, desde 1964 o Brasil estava sob uma ditadura militar, e
desde 1967 (particularmente subjugado às alterações decorrentes dos Atos
Institucionais) sob uma Constituição imposta pelo governo federal.

O regime de exceção, em que as garantias individuais e sociais eram restritas, ou


mesmo ignoradas, e cuja finalidade era garantir os interesses da ditadura,
internalizados em conceitos como segurança nacional, restrição das garantias
fundamentais, onde torturaram e executaram opositores. Além disso, durante esse
processo de abertura política, o anseio por dotar o Brasil de uma nova Constituição,
que defendesse os valores democráticos e que proclamasse pelo povo brasileiro.
Todavia, esse anseio se tornou necessário após o fim da ditadura militar e a
redemocratização do Brasil, a partir de 1985.

Assembleia Constituinte e a eleição para presidente

O processo de redemocratização foi um período marcado através de muita luta e


persistência do povo brasileiro nas ruas, reivindicando por seus direitos que foram
violados, censurados e principalmente pela sua democracia. Sendo assim, alguns
movimentos e manifestações populares o mais conhecido foi - “Diretas já”, que
reuniu centenas de pessoas nas ruas e lideranças civis de oposição ao regime,
lutando por um país democrático.

Portanto, a Assembléia Nacional Constituinte de 1987 foi instalada no Congresso


Nacional, em Brasília, a 1 de fevereiro de 1987, resultante da "Emenda
Constitucional” de 1985, com a finalidade de elaborar uma constituição democrática
para o Brasil, após 21 anos sob a ditadura militar, no Brasil. Sua convocação foi
resultado do compromisso firmado durante a campanha presidencial de Tancredo
Neves (1910-1985), primeiro presidente civil eleito, pelo voto indireto após o período
da ditadura. O Presidente, entretanto, morreu antes de assumir o cargo presidencial
e portanto quem assumiu foi José Sarney, seu vice no Palácio do Planalto e instalou
a Assembléia.
Assim, a vitória de Tancredo Neves nesta eleição marcou o fim do Regime autoritário
que estava no poder a vinte um anos. Ao mesmo tempo, sendo o primeiro
presidente na redemocratização no país, dando início a um novo ciclo na história do
país.

Nesse sentido, toda constituição democrática “não é uma utopia social e nem sequer
é um substituto para esta ideia" (Habermas, 1998, p. 530). O que esta abertura
recoloca é a constitucionalização como tarefa permanente, e transmitida pelo
passado, a cada nova geração – e, assim, os grandes eventos que marcam a sua
descontinuidade e abertura poderão ser retrospectivamente recompostos como
partes desse aprendizados histórico não linear, que representa a experiência da
cidadania – no exercício da autodeterminação jurídico-política e na defesa do
patriotismo constitucional, sobre o pano de fundo de uma história mundial do
constitucionalismo democratico. E talvez esta seja a nossa única herança do
passado a ser resgatada, a responsabilidade no presente por um futuro-em-aberto.

Como lembra Marramao, o processo de constitucionalização é sempre “uma obra de


reconstrução do navio em mar aberto”(2003, p. 240), de um navio que já deixou o
porto, que navegava pelo mar. Assim, num processo de constitucionalização, as
exigências normativas que se colocam historicamente no interior desse processo
constituinte – ou de constituição – que se realiza ao longo do tempo, ao contrário de
barreiras a ele, são, na verdade, constitutivas dele, são uma forma de explicitação
ou de auto-expressão da própria noção complexa de liberdade que lhe é subjacente
(Arendt, 1990, p. 170). Em outras palavras, todo processo de constitucionalização é
um processo de autoconstitucionalização. A constitucionalização nos livra dos males
futuros sem fundamentos na lei, direito pois estabelece suas normas, sua ordem
para que não haja violações, erros jurídicos que prejudiquem a sociedade como um
todo.

7.2 Principais Características

Após um período conturbado que o Brasil passou, mediante a insegurança de seus


direitos e de sua democracia afetada, – o país finalmente alcançou a
democratização com a chegada da constituição 1988, trazendo consigo segurança e
direitos fundamentais que seus cidadãos vieram a possuir.
Assim, a chamada Constituição Cidadã entrou em vigor em 27 de Julho de 1988 e,
entre outros pontos, estabeleceu:

– A divisão dos três poderes

– O presidencialismo: Eleições associadas (presidente + vice) e impossibilidade de


reeleição

– O voto obrigatório, direto e secreto: O direito de voto aos analfabetos e o voto


facultativo para brasileiros com idade entre 16 e 18 anos.

– O direito de greve

– O habeas data (que garante a qualquer indivíduo o acesso a informações sobre si


mesmo
registradas em banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público)

– O habeas corpus (que assegura a reparação ou a prevenção do direito de ir e vir,


constrangido por ilegalidade ou por abuso de poder)

– A definição do município como ente federativo constituindo efetivamente uma


espera do poder

– A jornada de trabalho de 44h semanais

– A demarcação de terras indígenas e quilombolas

– A reforma agrária apenas em terras improdutivas e mediante indenização do


governo

– O estabelecimento do racismo como crime inafiançável


– A garantia das liberdades individuais

– A garantia de livre organização partidária;

7-3 À luz da história do Direito


Ao falar da criação da Constituição de 1988, esse momento histórico foi
marcado pelo discurso do deputado federal e jurista participante da Assembléia
Constituinte, Ulysses Guimarães: “A constituição pretende ser a voz, a letra, a
vontade política da sociedade rumo à mudança. Que a promulgação seja nosso
grito: Muda para Vencer! Muda, Brasil”.
Como um reflexo de seu contexto histórico, o Brasil estava passando por um
período de transição e de suma importância para seu país e principalmente, para
seus cidadãos. Cidadãos, esses que lutaram nas ruas pela redemocratização de seu
amado Brasil. Suas vozes, foram finalmente ouvidas depois de tantas lutas e
reivindicações. Assim, como todo pai deseja ver seu filho crescer e longe do perigo
assim, os brasileiros acreditaram que esse dia chegaria. Portanto, a Constituição de
1988 foi um grande marco para a história democrática brasileira, em sua justiça e
direitos fundamentais ao seu povo que durante o período da ditadura militar, não
existiam. Por isso, é necessário que a nova geração e aos futuros juristas do país
sejam a eles ensinados a constituição para que o passado não venha se repetir, mas
seja apenas uma lembrança de que lutamos, aprendemos com os nossos erros e
hoje jamais devemos trilhar por caminhos que coloque a nossa democracia, direitos
em risco novamente.
Portanto, a Constituição de 1988 foi considerada para alguns - analítica, um
grande avanço ao nosso estado de direito democratico e peça fundamental aos
direitos sociais, civis e cidadania e para alguns ainda inacabada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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COELHO, Inocêncio Mártires. Aspectos positivos da Constituição de 1937.


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https://pt.wikipedia.org/

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