Você está na página 1de 16
CAPITULO 7 CONHECIMENTO TRADICIONAL DE RAIZEIROS E USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO ENTORNO DE AREAS PROTEGIDAS: UM ESTUDO DE CASO DA SERRA DE SAO JOSE, MINAS GERAIS Data de aceite: 0210812022 Geovana Fernanda Joana Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais Wanderley Jorge da Silveira Junior Grupo de Pesquisa em Aroas Protegidas (GAP) do Institute Federal de Educagéo, Cigncia @ Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais— Campus Barbacena ‘Thallita Mayra Soares Fernandes Doutoranda em Teoria da literatura e Literatura ‘Comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Bolsista do programa Doutorado Nota 10 da FAPERJ RESUMO: A Serra de Sao José, localizada no Campo das Vertentes- Minas Gerais, 6 apontada fem pesquisas cientiicas como area de elevada importancia biolégica para a conservagao da fauna e flora. A serra abriga duas Unidades do Conservagao, a Aroa de Protagao Ambiental Serra de SAo José e 0 Religio Estadual da Vida Sivestro Libélulas da Serra do Séo José, que abrigam raizsiros que extraem espécies vegeais para fins medicinais, Com o objetivo de analisar 0 conhecimento tradicional de raizeiros # 0 uso de plantas medicinals pelos moradores do entome das Unidades do Consorvagao, @ 0 ele provoca impactos as espécies extraidas nas areas naturis. Para isso, foram realzados levantamentos etnoboténices nos municipios, Tiradentes, So Jodo del Rel e Santa Cruz de Minas, Quo consistvam na aplicagdo de questionérios estruturados. © levantamento ‘Avoas protegidase turismo ‘apontou a extracao de 54 espécies vegetals de uso medicinal © 100 aplicagSes das espécies ‘as quals so comercializadas no mercado municipal ou cedidas gratuitamente as pessoas ‘que solicitam. Os 46 moradores entrevistados. apontaram 0 uso de 77 espécies vegetais para fins medicinais, cultvadas em quintais, terrenos baldios e extraidas na Serra. PALAVRAS-CHAVE: Etnoboténica Tradicional; Unidade de Conservagao da Natureza. Teritrio Conservacao: INTRODUCAO ‘A percepeao sobre © poder curative de ‘espécies vegetals é uma das formas de interagao. ‘entre populagSes humanas e plantas e as praticas relacionadas ao seu uso tradicional so ‘0 que muitas comunidades 18m como alternativa, para a manutengao da sade ou o tratamento de doengas (GIRALDI; HANAZAKI, 2010). 0 uso de plantas com este propésito & ancestral @ pode ser observado desde as formas mais simples de tratamento caseiro até as formas mais sofisticadas de fabricagéo industrial do medicamentos (LORENZI; MATOS 2008). ‘A ‘ciéncia do concreto", denominada assim por Lévi-Strauss (1970:31), 6 um conceito ‘antropolégice que apontaparaoreconhecimento desses saberes como formas cientificas e com resultados tao eficazes quanto aos da ciéncia moderna, © uso medicinal de espécies nativas {oi observado jé pelos primeiros europeus que chegaram ao Brasil e se depararam com uma Capitulo 7 grande quantidade de plantas em uso para a manutengao da saiide pelos poves indigenas que aqui viviam. Os conhecimentos sobre a flora local acabaram se fundindo aqueles trazidos da Europa e da Arica pelos povos escravizados (GIRALDI; HANAZAKI, 2010), No Brasil, as primeiras referéncias sobre as plantas medicinais so atribuidas 120 padre José de Anchieta © a outros jesuitas que viveram aqui no inicio do processo colonizatério brasileiro. Eles formularam receitas & base de plantas, as Boticas dos colégios, uilizadas para otratamento de doengas. Varias populagées indigenas taziam uso significative dessas plantas e, mesmo com 0 proceso de extingo desses povos, muitas informagées acorca do uso das plantas para fins medicinais foram extraidas de suas raizes culturais @ algumas delas certamente foram transmitidas, por ocasiao do convivio, aos imigrantes europeus aos africanos (LAMEIRA; PINTO, 2008). Todavia, devido & destruigéo de habitats naturais, provocados pela expansao urbana, plantios homogéneos e pelas atividades agropecudrias em grande escala, muitos conhecimentos tradicionais sobre o uso de plantas nativas medicinais tém se perdido. Aliado a este fator, esto as mudangas cullurais, as quais esta influenciando as populagées a adotarem quase exclusivamente os tratamentos & base de medicamentos alopaticos em detrimento as plantas medicinais, Diante do atual contexte, as Areas Protegidas configuram-se como importantes ‘espagos para abrigo da biodiversidade, protegao de recursos hidricos e edéficos, seguranca ‘alimentar, manutengao das culturas de populagées tradicionais, entre outros, Neste sentido, {as Unidades de Conservagao (UCS), por serem espagos lagalmente instituidos e geridos pelo poder piblico, se apresentam, em muitos casos, como Gnica opgao para extragdo de recursos biolégicos para alimentagao, construgao de casas, combustivel para fogdo a lenha ¢ tratamento e prevengao de doencas. Apesar do sistema brasileiro de UCs, instituido pela lei 9.985 de 2000 prover a possiblidade dos entes federativos poderem efetivar categorias de Uso sustentavel (US), nas quals o extrativismo pode ser realizado, desde que de forma sustentavel (BRASIL, 2000), as unidades de Protegéo Integral (PI), que néo tem 0 mesmo objetivo, ainda séo uilizadas como fonte de recursos por populagdes humanas que habitam seu entorn, favorecendo assim, 0 surgimento de contitos socioambientais, ‘As UGs Area de Protegio Ambiental Serra de Sao José (US) @ 0 Reflgio Estadual 4a Vida Silvestre Libélulas da Serra de Sao Jos6 (PI) configuram-se como um emblematico estudo de caso, pois além de resguardarem importante biodiversidade (DRUMMOND, 2008), abrigam raizeiros detentores de conhecimento ecol6gico tradicional sobre plantas medicinais, os quais extraem as espécies para comercializagdo e/ou para doagao para os moradores que solicitam (SILVEIRA JUNIOR et al, 2020). Desta forma, com intuito de analisar 0 uso © extragao de plantas medicinais por raizeiros @ moradores do entorno das UCs da Serra de S40 José, verificando se tais préticas causam impacto direto na populagdo das espécies citadas, algumas questées ‘ros protga ene capt? Em foram suscitadas: quais espécies vegetais de uso medicinal séo coletadas pelos raizeiros © quais so as indicagées de uso? Entre elas, alguma esté ameagada de extingdo no Estado de Minas Gerais? Quais plantas medicinals so utilizadas pelos moradores dos municipios abrangidos pela pesquisa, e quals sao extraidas das Unidades de Conservagao da Serra de Sao José? Respondendo estas questées, sera possivel analisar a relagdo entre o uso © conservagao das espécies vegetais de uso medicinal extraidas das UC da Serra de S40 José. Neste sentido, este estudo se justifica por sua contribuigdo para a gestao das UC em ‘questo, subsidiando informagées que auxiliam na construgdo de programas ou poliicas pablicas conservacionistas que tenham como objetivo amenizar os confltos incluindo as populagées locais. METODOLOGIA Area de estudo [As UCs estudadas estao inseridas na Serra de Sao José, na mesorregiao Campo das Vertentes, Minas Gerais, abrange os municipios de Coronel Xavier Chaves, Prados, Santa Cruz do Minas, Séo Jofo delRei e Tradontes (Figura 1), A serra 6 constiuida por formacées vegetas da Floresta Atlantica (Floresta Estacional Semidecidual, campos rupestres e formagdes savanicas (Cerrado) (FABRANDT, 2000). ‘Ategiao onde estio inseridas as UCs objeto desse estudo €, segunde Drummond at al. (2005), de importéncia biolbgica muito alta quando considerada a conservagao de invertebrados, de extroma importéncia quando a intengéo 6 a conservagao de aves, alta para conservagéo de repteis e anfbios @ de extrema importancia quando se trata da conservagao da flora [As UCs estao localzadas entre as coordenadas geogrélicas 21° 51S @ 44° 10'W. ‘A Area de Protegio Ambiental (APA) da Serra Sdo José fol insttuida por meio decreto 30,904 e possui cerca de 5.000 ha, Sua criagao buscou ir além da protegdo @ presorvagao dos mananciais, da cobertura vegetal (Cerrado @ remanescantes de Mata Allntica) o da fauna sivestre, estendendo a preservagso também ao patiménio histrico, paisagitico @ da cultura regional (MINAS GERAIS, 1990; FABRANDT, 2000) (Figura 1) © Refigio da Vida Sivestre (REVIS)Libélulas da Serra de Sao José foi criado em 5 de novembro de 2005, polo Decreto n° 49,908, O Art. 2° do roferido decroto enfatiza 0 principal objtivo de sua cragéo, ou soja, assogurar sous 3.717 hectares a Yeonservagio da biodversidade regional, com énfase na fauna de Odonatas (ibélulas)" (MINAS GERAIS, 2004), ‘Avoas protegidase turismo Capitulo 7 107 Figura 1. Mapa do localzacdo o limites dos municipios abrangidos pola Serra do Sdo José 0 polas Unidades de Conservacdo, Area de Protecdo Ambiental (APA) da Serra de Séo José e Fetigio Estadual da Vida Silvestre (REVIS)Libéluas da Serra de Sao José em Minas Gerais e na mesortegiao ‘do Campo das Vertents. Fonte: Sivsira Junior etal. (2020) Coleta andlise de dados A coleta de dados fol realizada em duas etapas distintas. A primeira consistiu em extra, do levantamento etnobotanico realizado por Silveira Junior et a, (2020), as espécies vegetais de uso medicinal, suas aplicagSes e forma de uso. A segunda foi realizada entre ‘os meses fevereiro @ outubro de 2017, e utilizou-se de métodos e técnicas da etnobotanica, ciéncia que estuda as inter-relagdes direta entre pessoas de culturas viventes e as plantas do seu meio (BEGOSSI et al, 2002). ‘Como um dos objetives foi identificar se © uso de plantas modicinals oxtraidas das UCs da Serra de Sao José esté comprometendo a conservagao das mesmas, nesta ‘etapa, as informagées referentes ao uso de plantas medicinals ocorreu apenas junto aos, moradores dos municipios nos quais os raizeiros identiicados em Silveira Junior et al, (2020) residem, Santa Cruz de Minas e Tiradentes. Sao Joao del Rei fol incluida por abrigar ‘© Mercado Municipal, lacal onde existe a comercializagao de plantas medicinais in natura Acoleta de dados ocorreu por melo de entrevistas estruturadas, com emprego de 46 questionétios, nos quals os informantes escolhidos de forma aleatéria puderam se ‘expressar, por meio da lista livre, sobre as espécies vegetais utilizadas para tratamentos & salide. Também foram identiticados idade, sexo, a origem do conhecimento sobre os usos, ‘a confianga no poder curative das mesmas e onde so adquiridas. Os dados obtidos foram tabulados o analisados utlizando-se estatistica descritiva ‘oss protease captlo7 RESULTADOS E DISCUSSAO Na pesquisa de Silveira Junior et al, (2020) foram identiicados dois raizeios', 0 primero residente na cidade de Santa Cruz de Minas, e o segundo em Tiradentes, ambos contribuiram realizando tums guiadas em areas que normalmente utlizam para extrac, dentro © no entorno das duas UC, sendo: duas com o Raiz 1e.uma com 0 Raizeiro 2, conforme pode observado na Figura 2. Figura 2, Localizagdo das tums guiadas na Serra de Sao José. Fonte: Sivelra Junior at (2020) Nas turnés guiadas com o Raizelto 1, foram levantadas 40 espécies @ 80 aplicagdes, sendo respectivamente 21/34 na primeira e 19/46 na segunda (Quadro 1 @ 2). Na turné guiada 3, com o Raizeiro 2, foram levantadas 14 espécies © 20 aplicagSes (Quadro 3). Dentre as 60 espécies citadas no total, apenas cinco foram citadas pelos dois raizeiros, a ‘saber: Stryphnodendron adstringens (barbatimao), Jacaranda caroba (carobinhalcaroba), Croton antisyphilticus (perdiz), Palicourea densifiora (congonha bugre) Piper aduncum (aborandi) (SILVEIRA JUNIOR, 2016). Na segunda etapa, buscou-se identificar se entre as espécies vegelais extraidas pelos raizeiros existe alguma ameagada de extingao no Estado de Minas Gerais, quais sao utilizadas pelos moradores dos municipios abrangidos pela pesquisa e como adquiriram conhecimento sobre as plantas medicinais. Para tanto, foram entrevistados 19 homens @ 27 ‘Terme uzade pats péprios moraoresparadesignar os homens que detim conherimento sore as espées ve getais de uso medicinal. ‘ros protga ene capt? Em mulheres, com idades entre 19 e87 anos, sendo a média de 45 anos. Todos os respondentes possuem acesso & medicina moderna e utiizam-na, porém, eles néo recorrem s6 a este recurso, 95,65% afirmam usar ou ja ter ulilizado plantas medicinals, sobretudo quando ‘esto com alguma enfermidade. No entanto 18 moradores usam também como prevengao. ‘Apenas dois moradores (4,35%) negaram fazer ou ja ter feito uso dessas plantas. Familia Nomes popular e elentitico ‘Aplicagées o forma de uso "APIACEAE Tinguarde-tucano/Eryngium ‘paniculatur (Cha da planta toda. Tratarirtagao 6 inflamagao da garganta, "ARALIACEAE Mandioquinha/Schottora ‘macrocarpax ‘Cha das fothas, TralarTeridas na pele beanhando com o cha ASTERACEAE ‘ervarde-sio jodo ou mentrasto “Ageratum conyzoides ‘Cha das folhas adogadas com mel. Inicado para barrga inchada, cca reumatismo, molnorar a dgestae e gases, (Carqueja-doce/Baccharis ‘articulate ‘Chad loda planta, manos a ral *vinquinada®(curtida no vinho branco daca) Ténico @ auxila no emagrecimanto ‘earqueja amargal/Baccharis trimer (Chi de toda plarta, manos a raz, também ‘9m garrafadas. Problemas intestinals © diabetes ‘camarazinnolEupatorum laevigatum ‘Gha da planta toda uilizada om banhos na parte dolorida ou em compressa com elo ‘quente BIGNONIAGEAE ‘caroballacaranda caraba ‘Cha das folhas apicado por meio de bbanhos nas perebas da pove. ERYTHROXYLA- CEAE ‘agoniada Enythroxylum tortuesum ‘Cha das folhas o dos galhos quando o bjetiv for regular o ciclo menstrual e ‘estotlidade fominina. Resultado melhor 6 ‘alcangade tomando 4x 20 ia misturada ‘com a erva Joao-da-Costa LAMIACEAE, hortelé-do-campo/Pettodon fongipes ‘Cha com toda planta, com o objetve de lamenizar as cdlioas menstuais, Tomar 4 Taruma-sinco-olhas! Vito polygama ‘Cha das folhas & vontade, Diustico. MIMOSACEAE barbatiméa/Stryphnedendran ‘adstingens ‘Cha da casca ullizado para banharferidas ara a cicatrizagdo e também na higiene Teminina ‘leo-vermetho, copalba ‘Cha ou garrafada da casca indicado no ‘Copaitorslangsdoff combate a tosse e a brongute. Pode ‘adogar com mel ‘Sene/Senna catharica “Cha das fothas, rulose fores ~ Laxante ‘Avoas protegidase turismo Capitulo 7 110 MALPIGHIACEAE ‘sabonete-gentl/Banisteiopsis paritora ;Banhar com cha das folhas,indicado para combater cocelras na pele. MYRTACEAE pitange-do-campo/Eugenia unilora ‘Cha da folhas caules sfo uilizados em casos de Diarela MORACEAE 8 Dorstenia brasinensis| Lavar a riz, deixar secar, mosr © coat. Utlizada como rapé, Descongostionante nasal PIPERACEAE “aborandiPiper aduncum ‘Queda de cabelo,lavar com o cha das foas e deixar secar & depois onxaguar.. O ‘cha quente das folhas para dor de dente, bochechando quatro vezes ao cia, POACEAE ‘apin-siojosé/ Cymbopogon ‘marin ‘Gha da planta ameriza dor nas pernas usando no escaldapé ou em compressas ‘quentes RUBIACEAE ‘congonha-bugre/Palicourea dienstora (Cha das folhas 4x ida para ababxar ‘a pressao e todos os dias antes das reteigées para amagrocer. ‘quinabarrocalRomiiaferuginea ‘Vinauinado com a ralzevinho branco doce Febre que nao passalé vezes ao dia ‘Abriro apette/Tomar antes das relegses, Poala Richardiabrasifonsis (Cha das ralzes utlizado como expectorante, eno combate combater ‘a coqueluche © a brongute. Deve sor trade quatro vezes 20 da, Pode adopar ‘SMILACACEAE ‘apecanga/Smilaxbrasionsis: ‘Cha da planta toda para tratar de reumatismo, gota, coanga de pel esis ‘raiz 6 malnor. ‘VERBENACEAE Jerbio ou jervdo/Slachytarphata jamicensis ‘Cha com toda planta indicada quando se ttatar de problemas intestnais & diabetes, ‘Quadro 1, Resutados da tum guiada 1 com 0 Raizeiro-t;lsta de familas, nomes populares @ lentitcos, apicagées ¢ orma de usar. ‘Avoas protegidase turismo Capitulo 7 1 Familias 'Nomes Popular e Gientifico ‘AplicagGes e forma de uso “ALISMATACEAE chapaundo-coura| Fohinodorus macrophilus ‘Chi das folhase alos, no ralamanto da tosse @ problemas de figado,alem de sor tom dluréic, "ANACARDIACEAE ‘rosiravermelhal Schinus terebinthiola, ‘Cha das cascas fervidas indieado no tratamonto dafebre.reumatism, sili, Uleeras,azia, gasite,tosse, bronquite, ingua, diareia ¢ intecgées itimas femininas. ‘APIACEAE Tingua-de-tucanolEryngium ‘Cha da planta toda indicado para vatar paniculatur Initagdo einflamagdo da garganta. ‘Juruboba/Anomopaegma Tonic forficante ‘epé-cruzeo! Arabidaca chica Sp-cravalTynnanthus (© cipé serve para tse, rouguidao, Cotar 0s caules grosses, lavar e dobar bronguite, asma, larngite, doencas do aparoino urinario, prisdo de vente, dores reumaticas, siti, Tasciculala curt na agua ou eachaga, ¢ beber antos das releigdes. Dores de estomago, estimulante e forticante, bolea-de-pastor/Zayhoria | Cha das folhas, Para dsentoria, lvlamagoes ‘Sits ra garganta DILLENIACEAE ‘pé-caboco/Davia rugosa ‘Cha da planta toda, depuraiv, febre, asma, inflamagses,& purgatvo om doses mas, blevadas, EQUISETACEAE CavalinhalEquisetum arvense (Cha da planta toda, indicada no tratamento do anemia, pressdo alta, pedra na vesicula © fins. Banhar com cha quando 0 objetivo for a ccalizagao de feridas na poe, EUPHORBIACEAE perdiz [Croton antisyphiious Chi das folhas, caulese rales. Depuralv, ‘2.usado em infocgses, ‘CAESALPINIACEAE palaie-vaca/Bauhinia rufa ‘Cha das folhas usado no combate a aiabetes, MALPIGHIAGEAE ‘)pé-pratalBanistoropsis ‘argyrophill ‘muric-easeude/Byrsonima (0 ché do toda a planta 6 durbico, sendo a ‘Gha do caule ou curt om agua, Baber 4 vezes a0 dia. Diurético, indicado aos Culdados dos tins. crassifolia casca inescada para febres. MORACEAE Tmamica-de-cadela ou | Ghd das ralzes, cascas ou futos. Doenga ‘mamacadela {de pole ou manchas na pele, gripes & Brosimum gaudichaudi | bronguites,o também come depuratvo do 'sangue @ em casos de ma creulacao. RUBIACEAE, ‘aiz-Preta ou caincal Fazer o cha da raiz ou usar ralagana Chioecoeca alba comida, Diurticao ndicada no combate a vermes @ falta de apetite. Também pode ser usada em animais domésticos ralando a az sobre o seu alimento, ‘SAPINDACEAE CamboatésCupania Prepararo cha das folhase aplcar em zanthoxyloides| ‘comprossas no local dolotido (reumatism), ‘Avoas protegidase turismo Capitulo 7 12 VITACEAE ‘abotoa ou uvado- campo! _] Cha da planta toda, indicada para quebrar (Cissus erosa pedra nos rin. VOCHYSIASEAE | malva-do-campo, pau santo | Tratamento de préstata com o chd das ‘ou cortca cascas “intomas" dos galhos ou troncos. Vochysia oppugnata ‘Ni entiicada ‘unha-de-gato| ‘Cha da planta toda utlizada no ratamento de gota e reumatismo, ‘Quadro 2, Resultados da wmné guiada 2 com o Raizeiro-t:lsta de familias, nomes populares & clentitcos, alicagbes e forma de usar. ‘Aplicagées e forma do uso Familia Nomes Popul Clentitico ‘Gpé-cabeludoiMikania | Usa-se thas e caules. Pode ser curido na hissutissima cachaga ou na forma de cha. Indicado no ASTERACEAE tratamento dos rin @figado. Tomar dariamente ‘arrica-da-serral Folhas e caules curidas no alcool pode ser Lychnophora passerina | apicada em partes que softeram pancadas. (Mart. 6x DC.) Gardnor ‘Curlrna cachaga e tomar todo dia uma colhorzinna ara tratar ma cieulagao, BIGNONIACEAE | carobinha/dacaranda | Cha combinando suas fothas com as da perdi ‘arabe fea fale da suma, Fazer o chi e conservar na goladera e usar diariamente. Para tratamento ido inlamagées, rinclpalmanta do ouvide. BROMELIAGEAE | gravaté/Bromelapinguim | i indieado no ralamento de bronguile eazinhar de 5.a 10 frutos em 2 Itros dégua, quando estiver ‘com a motade da Agua, adogar com mel & ‘xa’ ferver mais um poco. EUPHORBIACEAE ‘COSTAGEAE ‘cana-de-beje/Costus | Cha com folhas e caules,tnaidade depurativa e splcatus . Acesso em $2 de sel. de 2016. BRASIL. Decroto federal n° 4.340, de 22 de agosto de 2002. Rogulamenta artigos da Lol no 9.985, de 18 do julho do 2000, que dispde sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservagao da Natureza = SNUG, @ da outras providencias, Disponivel em: < weruplanalto,govbriecvl_O3idecreto/2002144340, him>. Acesso em: 12 de set. de 2016. BRITO, D. M,C. Confitos om Unidades de Conservagdo. PRACS: Revista de Humanidades do ‘Curso de Clénciae Socials UNIFAP. n. 01, 2008, (COE, FG. ANDERSON, G. J. Ethnobotany of the Sumu (Ulva) of Southeastem Nicaragua and ‘comparisons with Misktu plant lore, Economie Botany. v 53,1. 4 p, 364-394, 199, FABRANDT, Zoneamento ecolégico-econémico da érea de protegao ambiental (APA) Sao José, Belo Horizonte: Fundagao Alexander Brandt, 2000. GGIRALDI, M.; HANAZAKI,N, Uso e canhacimenta tradicional de plantas medicnais no Sertio do Fiber, Floianépols, SC, Brasil, Acta Botanica Brasilca v.24, 0, 2, p. 395-406, 2010, ‘Avoas protegidase turismo Capitulo 7 119 LAMEIRA, 0. A; PINTO, JE. 8.P,Plantas Medicinals: do cut, manipulagéo e uso & ‘ecomendagao popula, Belém, Pars: Embrapa Amazénia Oriental, 2008, LORENZI, H.; MATOS, FJ. A. Plantas Medicinals no Brasi: natvas e exstcas, 2, ed, Se Paulo: Inattte Plantarum, 2008. MEDEIROS, MF. 7; FONSECA, V. 8. ANDREATA, R, H,P,Plantas medicinals e seus usos pelos sitlantes da Reserva Rio das Pecras, Mangaratia, AJ, Bras, Acta Botanica Brasilica v.18, n. 2, 391-299, 2004 MENDONGA FILHO, AF. W.: MENEZES, FS. Estudo da utlzagde de plantas medicinas pela populagdo da llha Grande-AU, Revista Brasileira de Farmacognosia. v.19, p. 55-58, 2003 MERETIKA, A. H.C PERONI, N.; HANAZAKI,N. Local knowledge of medicinal plants in three artisanal fishing communites (ltapoa, Souther Brazil), according to gender, age. and urbanization. ‘Acta Botanica Brasilica v.24, p. 986-204, 2010, MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e desenvolvimento sustentavel, Dliberaesio do Conselho Estadual de Politica Ambiental n’ 267, de 15 de dezembro de 2008, Didrlo do executive. Disponivel em , Acesso em: 15 de set. de 2016. PINTO, EP. P. P; AMOROZO, M..C. M.; FURLAN, A. Conhecimento Popular sotre Plantas Medicinais ‘em Comunidades Ruralis de Mata Allntca -lacaré, BA, Brasil Acta Botanica Brasilica v.20, p. 751- 762, 2006 RAHMAN, S. 2. SINGHAL, <.C. Problems In pharmocovigllance of medicinal products of her ‘origin and means to minimize them. Uppsalla Repor, January Suplement, 2002, SILVEIRA JUNIOR, W. J, & FONTES, M.A. L. Contlites entre usos e protecio de espécles. vvegetals nas Unidades de Conservacio da Serra de Sdo José, Minas Gerals, Disseragio (mestrado académico) — Universidade Federal de Lavras, 2016 SILVEIRA JUNIOR, W. J; MELO, M, F; SOUZA, C. .: MARIANO, BF: YAGUINUMA, BV. NORONHA, FM. B.; FONTES, MA. L. Importance of Ethnobotanical Studies in Protected Areas: a ‘Case Study in Brazil Biodiversidade Brasileira, v.12, n.2, p. 1-12, 2022. hitpsdoi.org/10:37002/ obras v¥2i2.1910 SILVEIRA JUNIOR, W. J, SOUZA, C. A, OLIVEIRA, J, E. Z, MOURA, A. S., & FONTES, M.A. L. CContllos ene usos e protegto de espécies vegetais nas Unidades de Conservacto da Serra de Sto :Jos8, Minas Gerais, Geo UERJ, v.37, 2020. ‘SOUZA, A, E, F; RIBEIRO, WV, Perl dos raizeros e estudo de suas indicagées acerca das plantas medicina's uiizadas no tratamento de doengas do trato respiratorio, Revista de Biologia e Farmacia. vn. 1, 2008, ‘SOUZA, AV, PINTO, J.8.P; BEATOLUCCI, S.KZ.: CORREA, A.M, CASTRO, EM, Gorminagio de ‘embrides e multiplicagio In Vitro de Lychnophora pinaster Mart. Ciéncias Agratécricas,ocigdo ‘especial: p, 1582-1538, 2008, ‘ros protga ene capt? i

Você também pode gostar