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iniciar este trabalho, não posso de deixar de mencionar os antigos Egípcios, que através dos seus incríveis
hieroglifos, ocultavam um vasto conhecimento, uma verdadeira riqueza para quem os detinham. E aí entra a Para
comparação com a maçonaria, nossos usos e costumes sempre tiveram intima afinidade.
Vejo que a tabua de delinear do 1º grau, é um verdadeiro mapa para o aprendiz, nele há um “caminho” ser
trilhado, porém, percebi que a única maneira de entender estes símbolos é com o tempo de estudo, e sei que por
mais tempo que eu os estude, não entenderei agora”.
Antes de aprofundar-me, gostaria de relatar algumas curiosidades históricas que fizeram minha imaginação
trabalhar.
Nas lojas primitivas, as reuniões eram geralmente realizadas em salas privadas acima de pubs ou tabernas,
quando era passada a instrução ao aprendiz, quando a reunião terminava, um aprendiz ou membro júnior da Loja
pegava um balde, esfregava e lavava os desenhos. O sistema funcionou bem por um tempo, mas uma série de
problemas começaram a surgir. Nas ocasiões em que o irmão que estava limpando o chão ficava muito
entusiasmado, ele jogava muita água no chão que pingava do teto e caía sobre os bebedores na taverna abaixo,
para grande aborrecimento deles. Mais seriamente, porém, as marcas no chão estavam se tornando difíceis de
remover, de modo que estavam gravadas no chão e os desenhos eram discerníveis para estranhos.
Algo tinha de ser feito e foi assim que foram introduzidos os primeiros panos de chão/tapete (floor cloths) com os
símbolos. Eram pedaços de pano bastante grandes nos quais os desenhos foram pintados. Eles foram estendidos
sobre o chão da loja. Alguns deles eram bastante grandes, de modo que os irmãos tinham ocasiões de passar por
cima deles. Eles logo caíram em desuso. Decidiu-se então colocar os panos de chão/tapete em cavaletes. Ficaram
conhecidos como panos de cavalete (trestle cloths). A referência mais antiga a um pano de cavalete está nas atas
do Kings Arms Lodge nº 28 em 1735 e um pouco mais tarde do Kilwinning Lodge nº 38.
A prática de esquartejar a Loja derivou dessa época, pois os oficiais teriam que andar ao redor do pano do chão
para cumprir suas obrigações. Poucos panos de cavalete sobreviveram. A razão é que, com a constante dobragem
e enrolamento dos panos, eles logo se deterioraram e o custo de substituição tornou-se proibitivo(fonte: 2).
Então no ano de 1846 um conjunto especial de Tábuas, desenhado pelo Ir. John Harris, foi aprovado pela
Emulation Lodge of Improvement e que hoje são de uso geral de muitos ritos (fonte: 1).
Nossas lojas são sustentadas por três grandes colunas, sedo elas, a coluna Jônica (a Sabedoria – representada pelo
V.’.M.´.), Dórica (a Força – representada pelo 1º Vig.’.) e a Coríntia (a Beleza – representada pelo 2º Vig.’.).
Segundo nosso rito de Emulação o universo é o templo da divindade representada pela Sabedoria, a Força e a Beleza
rodeiam o trono do G.’.A.’.D.’.U.’. , sendo sua sabedoria infinita, suprema e onisciente, sua força onipotente e sua
beleza onipresente.
A Sabedoria para idear – para conduzir-nos através da sabedoria, a Força para suportar – sustentar-nos em todas
nossas dificuldades, e a Beleza para adornar – adornar o nosso íntimo.
O SOL E A LUA
O Sol e a Lua são os mensageiros da Sua vontade e toda sua lei harmônica. Também representam o antagonismo o
equilíbrio.
O Sol simboliza a glória e o esplendor do criador, nos energizando e curando tanto nosso corpo como nossa alma. O
Sol representa aquilo que buscamos, em nossa vida
A Lua representa o mundo profano, nos remete a escuridão, também notada como o lado feminino, atuando
passivamente, ela absorve e depende da luz do Sol para que possa reinar nas noites e embelezar o céu juntamente
com as estrelas.
A escada representada aqui é uma tradução literal da Escada de Jacó, uma visão mística do Antigo Testamento que
se acredita conectar o céu e a terra. Entre os degraus da escada estão símbolos de Fé, Esperança e Caridade – as
virtudes pessoais necessárias para atingir o pináculo da iluminação maçônica. O caminho, assim como as virtudes,
todos partem de um ponto central – a Bíblia Sagrada.
Ela está apoiada sobre as Três Luzes Emblemáticas da Maçonaria, pois o Volume da Lei Sagrada representa a lei
divina, a sabedoria universal que é o Grande Arquiteto do Universo, o código da moral e da ética. O Esquadro que
representa a retidão e o Compasso que representa a justiça. De modo que o único modo de chegarmos até o topo da
escada é sermos detentores da moral, ética, sermos justos e andarmos em retidão.
Na escada encontramos alguns símbolos que são consideradas as três principais virtudes teologais, de acordo com a
igreja católica, relacionadas as virtudes instintivas incrustadas no homem por Deus e que são:
A Cruz: simboliza a fé no G.A.D.U., pois sem fé não se chega até o topo da Escada, não se goza os benefícios da
plenitude divina;
A Âncora: simboliza a esperança de chegar ao topo da Escada e alcançar a graça do G.A.D.U., a salvação e a
perfeição íntima;
O Cálice: simboliza a caridade, o amor em ajudar o próximo, pois ajudando o próximo estamos ajudando a nós
mesmos, de forma a chegarmos à perfeição;
A Chave: que está subjetivamente oculta na Tábua de Delinear, simboliza os Segredos e Mistérios da
Francomaçonaria, nos lembrando do juramento feito e guardado no nosso íntimo e também a discrição pertinente a
cada Maçom.
PISO MOSAICO
O chão quadriculado representa a vida quadriculada do homem, a dualidade. Todo o pavimento, em sua forma de
mosaico, também lembra que aqui todo o Templo é sagrado, e a ordem a Moisés de 'tirar os sapatos, pois aqui é solo
sagrado' dá uma indicação clara de que o trabalho em que estamos engajados ela mesma é sagrada.
LIVRO DA LEI
Sobre este pedestal está um livro aberto, que sabemos ser, tradicionalmente, a Bíblia, como Volume fundamental e
exemplar da Lei Sagrada. Volume da Lei Sagrada contém doutrinas, nesse Livro Sagrado somos ensinados a
acreditar nas dispensações da Divina Providência, cuja crença fortalece nossa fé e nos capacita a dar o primeiro
passo.
Eles são chamados de joias móveis porque são usados pelo Mestre, 1º e 2º Vigilante e são transferíveis aos seus
sucessores nas noites de posse.
As Joias móveis são o esquadro, o nível e o prumo. Entre os maçons operativos, o esquadro é tentar ajustar os cantos
retangulares dos edifícios e ajudar a trazer a matéria bruta para a devida forma. O nível é nivelar e provar horizontais
e a regra de prumo é tentar ajustar os montantes fixando-os em suas devidas bases. Entre Maçons Livres e Aceitos, a
praça ensina a moralidade, a igualdade de nível e a regra de prumo justiça e retidão de vida e ações.
A Tábua de delinear é para o Mestre traçar linhas e desenhar desenhos, a Pedra Bruta é para o Aprendiz trabalhar,
traçando-a e desbastando-a, e a Pedra Polida é para o Companheiro experiente tentar ajustar suas joias. Eles são
chamados de joias imóveis porque permanecem abertos e imóveis na Loja para os Irmãos moralizarem.
O ESQUADRO E O COMPASSO
Esquadro: Denota o Grande Arquiteto e simboliza a moralidade, o esquadro, simbolicamente serve para regular as
nossas ações.
Compasso: Designa o Universo e é o símbolo de justiça imparcial, definindo os limites do bem e do mal. O
compasso serve para manter-nos dentro dos limites para com toda humanidade, em particularmente com nossos
irmãos na Francomaçonaria.
O Esquadro e Compasso quando unidos, sobre o V.L.S servem para reger nossas vidas e nossa ações. O volume
sagrado é derivado de Deus para o homem em geral, o Compasso pertence ao Grão-Mestre e o Esquadro a toda a
Arte.
A TÁBUA DE DELINEAR OU PRANCHETA
A Tábua de delinear servem para ilustrar o plano Divino. Várias características foram reunidas para construir um
quadro emblemático a partir do qual os ensinamentos simbólicos devem ser interpretados, em relação ao qual é
possível desenvolver muitos e variados significados de acordo com a qualidade da imaginação simpática que o aluno
possui e como avanço foi feito no estudo da ciência.
O MAÇO E O CINZEL
O Maço é uma ferramenta de trabalho que representa a força na nossa consciência, ele nos mostra que devemos
dominar todos os pensamentos vãos e impróprios que possam ocorrer na mente humana de um maçom, que até
pouco tempo era um profano. Ele nos ensina que devemos ter pleno controle sobre os nossos atos e que de nada vale
o talento e perícia sem sua aplicação direcionada e eficaz.
O Cinzel é uma ferramenta no sentido operativo que era responsável por retirar da pedra bruta o que não servia. Ele
demonstra as vantagens da disciplina e perseverança, ensinando ao iniciado que para se estabelecer uma perfeição,
para que o material bruto possa receber um acabamento fino, são necessários repetidos esforços e que as dificuldades
podem ser vencidas por meio de precisão, trabalho e perseverança.
A RÉGUA DE 24 POLEGADAS
A quem souber o bom uso, o tempo é uma das mais preciosas e eficientes joias. A régua de 24 polegadas é, sob a
ótica operativa um instrumento de medição de coisas materiais, e tinha de grande valia para o aprendiz dimensionar
corretamente o desbaste da pedra bruta. A régua de 24 polegadas faz alusão as 24 horas do dia, para que possamos
medir corretamente o nosso tempo, e ela nos mostra e nos orienta filosoficamente em dividir o tempo entre com a
prece, o trabalho, o descanso e o sono.
O LEWIS
O Lewis significa força, e é representado em lojas de Emulação por certas peças de metal encravadas numa pedra,
formando engate e, quando em combinação com alguma das forças mecânicas, como um sistema de polias,
habilitava o maçom Operativo a levantar grandes pesos, com o menor esforço e a fixá-las em suas devidas bases.
Filosófica-maçonicamente falando, também representa o filho de um Maçom.
A ESTRELA BRILHANTE
A Estrela Flamejante ou Glória é encontrada no centro da imagem. Na verdade, a Estrela Flamejante ou Glória é uma
representação heráldica direta da Divindade. ... [e como], mostrado na placa do Primeiro Grau nos Céus, representa a
Deidade como Ela é, em toda a Sua Glória, como Ele se projeta na existência.
AS ESTRELAS
As Estrelas, juntamente com o Sol e a Lua simbolizam o universo iluminando a abóbada celeste, o infinito, ao qual o
iniciado chega através da escada de Jacó.
Segundo o ritual do Rito de York, as sete estrelas aludem à quantidade de irmãos Mestres-Maçons que precisam estar
presentes às sessões sem os quais nenhuma Loja é perfeita e nenhum candidato pode ser iniciado na Ordem.
Existe um entrelaço novamente com o número sete, a visão mística e cabalar, retratada anteriormente na explanação
da Estrela Brilhante.
Igualmente, as diversas estrelas distribuídas simbolizam a universalidade da Maçonaria e lembram que os Maçons
espalhados por todos os continentes, devem se portar como construtores sociais, distribuir a luz de seus
conhecimentos àqueles que ainda estão cegos e privados do conhecimento da Verdade.
AS NUVENS
Representam à falta de completa visibilidade da Verdade (Luz Divina) que é inerente aos Aprendizes-Maçons no 1º
Grau, demonstrando assim os momentos de alternância na conduta do aprendiz, ou seja, a dificuldade de observar os
mistérios da Francomaçonaria.
A Nuvem representa as dificuldades que nós temos para visualizar a Luz Maior, sendo que as sete estrelas
circunscritas mostram-nos que praticar as sete virtudes (cardeais e teológicas explicadas mais adiante) pode nos levar
a alcançar essa Luz, mas não devemos buscá-la fora e sim no nosso interior.
Vemos aqui mais uma vez a simbologia setenária, pois o sete é considerado um número perfeito pelos antigos e
representa os dias da criação do mundo, as sete cores do arco-íris, os sete dias da semana, as sete notas musicais, etc.,
representa o aperfeiçoamento espiritual do homem.
Podemos dizer que as nuvens nublam os caminhos do homem na sua busca do seu “Eu Superior”, e que tal
nebulosidade pode se creditar à ignorância do ser humano, uma das diversas arestas que devem ser aparadas no
desbastar da Pedra Bruta de cada um, de acordo com o seu grau de evolução, interpretação e entendimento, não
obstante sua fé.
Temos que ter na mente que as Tábuas de Delinear surgiram primeiramente do que a os próprios Ritos e Lojas,
funcionando improvisadamente nos interiores de tabernas devido as perseguições da época.
No Rito de Emulação não existe materialmente o Altar dos Juramentos e o Círculo, estando os mesmos
representados simbolicamente na Tábua de Delinear, servindo como base para suportar o Volume da Lei Sagrada que
ao mesmo tempo sustenta o início da Escada de Jacob.
Materialmente utilizamos o Pedestal do Mestre de Loja para sustentar o Volume da Lei Sagrada, que em comunhão
com o Esquadro e o Compasso, formam as Três Luzes Emblemáticas da Maçonaria.
O significado do Altar dos Juramentos é uma alusão aos povos da antiguidade, desde os indígenas até os hebreus,
que faziam as suas oferendas a um ser superior, um Deus, em troca de graças e favores obtidos, sustentando neste
ponto o princípio do culto à divindade, que para alguns povos eram tidos como primordiais ao agrado de Deus e para
acalmar a sua ira.
O Círculo como um ponto central, representa a linha mestra da conduta moral de todo Maçom, subjetivamente
limitado entre o Norte e o Sul por duas paralelas imaginárias simbolizando Moisés e o Rei Salomão.
Na parte superior de tal círculo, repousa o Volume da Lei Sagrada, estando consoante com o início do Altar dos
Juramentos.
Se nos mantermos circunscritos dentro do Círculo e dos limites das paralelas, observando a conduta moral do
Volume da Lei Sagrada, não poderemos errar em nossos objetivos de vida.
BORLA DENTADA
AS QUATRO BORLAS
Segundo a igreja católica, possuímos quatro virtudes cardeais ou morais e elas estão estampadas nos quatro cantos da
Moldura Denteada representando a Temperança, a Fortaleza, a Prudência e a Justiça nos lembrando as ações
conduzidas em cada Maçom.
As borlas que representam à justiça e a prudência de acordo com alguns autores são dispostas na entrada do templo,
simbolizando que a maçonaria está sempre à procura de novos obreiros com disposição para colaborar para a
evolução e engrandecimento da humanidade.
Assim, a Temperança purifica a nossa mente e o nosso coração, a Fortaleza sustentar a nossa fé interior, a nossa
crença; A Prudência nos guia na nossa conduta moral e de pensamento e a Justiça é o guia mestre de todas as nossas
ações.
Bibliografia
Livros:
Ritual de Emulação – O grau de Aprendiz Maçom: Fabio Mendes Paulino
Ritual de Emulação – 1º Grau – Aprendiz Maçom – GOB
Fontes Internet
Fonte 1: http://www.freemasons-freemasonry.com/first-degree-tracing-board.html
Fonte: 2 https://studylib.net/doc/8208387/an-explanation-of-the-first-degree-tracing-board.
Fonte: 3 https://www.doylestownmasons.org/1st-degree-tracing-board/
Fonte: 4 http://trabalhosdamaconaria.blogspot.com/2013/02/a-tabua-de-delinear.html?m=1
Fonte: 5 http://robertomacom.blogspot.com/2014/09/a-tabua-de-delinear.html?m=1
Fonte: 6 http://joseroberto735.blogspot.com/2013/07/a-tabua-de-delinear-do-grau-1.html?m=1
Fonte: 7 https://www.parachuteregiment-hsf.org/Tracing%20Boards.htm
Fonte: 8 http://lodgeofresearch.com/papers/18_david.html
Fonte: 9 https://esoterica812153291.wordpress.com/2018/04/30/the-symbols-the-masonic-first-degree-tracing-board-the-temple-
of-solomon/
Fonte: 10 http://www.skirret.com/archive/dormer/tracing_board_of_the_first_degree.html
Fonte: 11 http://joseroberto735.blogspot.com/2013/07/a-tabua-de-delinear-do-grau-1.html?m=1