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FACULDADE DE EXTREMA

LIGA EDUCACIONAL

Analisar e desenvolver circuitos elétricos (eletrotécnica) e eletrônicos

EXTREMA, 2022
FACULDADE DE EXTREMA

LIGA EDUCACIONAL

Analisar e desenvolver circuitos elétricos (eletrotécnica) e eletrônicos

Atividade baseada em projeto, submetida a


Faculdade de Extrema como parte dos requisitos
necessários para aprovação na disciplina de Circuitos
Elétricos do curso de Engenharia de Produção, sob
orientação do Professor Especialista Edmundo
Fabrício Borges.

Equipe:

Nome RA Curso

Ariane Pereira dos Anjos 12539 Engenharia de Produção

Flaviane Maria da Silva 12009 Engenharia de Produção

Nátaly Marques Salles 12017 Engenharia de Produção

Tomilson Lima Souza 12018 Engenharia de Produção


EXTREMA, 2022

DEDICATÓRIA

Gostaríamos de dedicar esse trabalho a todos que a cada dia buscam aprender, ensinar,
melhorar e evoluir, seja em suas vidas pessoais ou profissionais, pois acreditamos que essas
pessoas fazem desse mundo um lugar melhor para viver. Também dedicamos aos nossos
queridos amigos, professores e docentes da Faculdade de Extrema, que colaboram para a
educação dos estudantes e até para a vida de alguns.
SUMÁRIO

2- Sistema Energético no Brasil 5


2.1 – Corrente e Tensão Elétrica (Generalidades 1) 5
2.1.1 – Corrente Elétrica 5
2.1.1.2 – Condutores Elétricos 5
2.1.1.3 - Tipos de Corrente Elétrica 5
2.1.1.4 – Tensão Elétrica 6
2.1.1.5 – Intensidade da Corrente Elétrica 6

2.1.2 – Tensão Elétrica 6


2.1.2.1 - Fórmula de tensão elétrica 7
2.1.2.2 - Cálculo da ddp com a Lei de Ohm 8
2.1.2.3 - O que é tensão elétrica em um circuito? 8
2.2 – Resistência e Potência Elétrica (Generalidades 2) 9
2.2.1 - Resistência Elétrica 9
2.2.1.1 - Primeira Lei de Ohm 10
2.2.1.2 - Efeito Joule 10
2.2.2 – Potência Elétrica 10
2.2.2.1 - Importância da Potência elétrica 11
2.2.2.2 - Potência dissipada 12
2.2.2.3 - Curiosidades da eletricidade 12
2.3 – Funcionamento do Sistema Energético no Brasil 13
2.2.1 - A divisão do setor elétrico 13
2.2.1.1 - Geração 13
2.2.1.2- Transmissão 13
2.2.1.3 - Distribuição 14
2.2.1.4 - Distribuição de energia elétrica no Brasil 14
2.4 – Subestações Elétricas 16
2.3.1 - Subestação Elevadora 16
2.3.2 - Subestação Abaixadora 17
2.3.3 -  Subestação de Distribuição 17
2.3.4 - Subestações Industriais/Comerciais e de Grandes Edifícios Residenciais 17
2.3.5 - Modelos de Subestações 18
2.5 - Exemplo Prático – Utilizando o TINKERCAD 20
7. BIBLIOGRAFIA 23

2- Sistema Energético no Brasil

2.1 – Corrente e Tensão Elétrica (Generalidades 1)

2.1.1 – Corrente Elétrica

A corrente elétrica designa o movimento ordenado de cargas elétricas (partículas


eletrizadas chamadas de íons ou elétrons) dentro de um sistema condutor.
Esse sistema apresenta uma diferença de potencial elétrico (ddp) ou tensão elétrica.

A corrente elétrica que transita nos resistores pode transformar energia elétrica em
energia térmica (calor), num fenômeno conhecido como Efeito Joule.
A resistência de um fio condutor facilita ou dificulta a passagem da corrente elétrica,
sendo calculada através da fórmula da Primeira Lei de Ohm (R=U/I).
Os aparelhos eletrônicos, pilhas e baterias, apresentam o polo negativo e o polo positivo.
Isso explica a diferença de potencial (ddp) presente no circuito de cada um deles.
Observe que o sentido da corrente elétrica é caracterizado de duas maneiras. Uma
delas é a “corrente elétrica real”, ou seja, aquela que possui o sentido do movimento dos
elétrons.
A outra maneira é a “corrente elétrica convencional”, cujo sentido é contrário ao
movimento dos elétrons e é marcada pelo movimento das cargas elétricas positivas.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a intensidade da corrente elétrica é medida
em Ampère (A), a resistência em Ohm (Ω) e a tensão elétrica (ddp) é medida em Volts (V).

2.1.1.2 – Condutores Elétricos

Os condutores elétricos são materiais que permitem a movimentação dos elétrons, ou seja,
a passagem da corrente elétrica. Um material é considerado um condutor elétrico dependendo
da diferença de potencial ao qual ele está submetido.

Os melhores condutores elétricos são os metais, por outro lado, os materiais que dificultam
a movimentação dos elétrons são chamados de isolantes. São exemplos madeira, plástico e
papel.

Há três tipos de condutores:
● Sólidos - caracterizado pelo movimento dos elétrons livres;
● Líquidos - movimento de cargas positivas e negativas;
● Gasosos - movimento de cátions e ânions.
2.1.1.3 - Tipos de Corrente Elétrica

● Corrente Contínua (CC): possui sentido e intensidade constantes, ou seja, apresenta


diferença de potencial (ddp) contínua, gerada por pilhas e as baterias.
● Corrente Alternada (CA): possui sentido e intensidade variados, ou seja, apresenta
diferença de potencial (ddp) é alternada, gerada pelas usinas.
2.1.1.4 – Tensão Elétrica
A tensão elétrica, também chamada de diferença de potencial (ddp), caracteriza a
diferencial do potencial elétrico de dois pontos num condutor. É, portanto, a força decorrente da
movimentação dos elétrons em determinado circuito.

No sistema Internacional (SI), a tensão elétrica é medida em Volts (V). Para calcular a


tensão elétrica de um circuito elétrico, utiliza-se a expressão:

Onde,

U= Tensão elétrica (V)


R = Resistência (Ω)
i= Intensidade da corrente (A)

2.1.1.5 – Intensidade da Corrente Elétrica

A intensidade da corrente elétrica, representada pela letra ‘i’, designa a quantidade de


carga elétrica (Q) que atravessa um condutor em determinado intervalo de tempo (Δt).

No sistema internacional sua unidade de medida é o Ampère (A), sendo calculada através
da seguinte expressão:

Onde,

I: intensidade da corrente (A)


Q: carga elétrica (C)
Δt: intervalo de tempo (s)
2.1.2 – Tensão Elétrica

Tensão elétrica é a grandeza física que mede a diferença de potencial elétrico entre dois
pontos, também chamada de ddp.
O instrumento utilizado para medir a tensão elétrica é o voltímetro e no Sistema
Internacional (SI) a unidade de medida é o volt, cujo símbolo é V.

Embora muitos chamem essa grandeza de voltagem, devido ao seu descobridor o físico
italiano Alessandro Volta (1745-1827), o termo correto é tensão elétrica.

Através da tensão elétrica é possível explicar o movimento das cargas e geração da


corrente elétrica, por causa do trabalho realizado pela força elétrica.

2.1.2.1 - Fórmula de tensão elétrica

O potencial elétrico (V) é dado pela razão entre a energia potencial em um ponto (E p) e o
valor da carga (q).

A unidade do potencial no SI é o volt, que representa a energia de 1 joule fornecida a uma


carga de 1 coulomb inserida em determinado ponto.

Quando a carga é deslocada do ponto A ao ponto B, a força elétrica realiza um trabalho


para mudá-la de posição e, por isso, ocorre uma diferença de potencial elétrico (U).

O cálculo da tensão elétrica pode ser feito utilizando o trabalho realizado (T) e a carga que
o recebe (q).

Exemplo: Quando uma força elétrica realiza um trabalho de 6.10 –4 J para que do ponto x
ao ponto y, em um campo elétrico, seja deslocada uma carga puntiforme de 3.10 –5 C, qual a
tensão elétrica entre esses dois pontos?
Solução:

2.1.2.2 - Cálculo da ddp com a Lei de Ohm

Os elementos de um circuito são ligados por fios condutores, onde passa a corrente
elétrica. A lei de Ohm relaciona as grandezas tensão elétrica, corrente elétrica e resistência
elétrica de um circuito.

A tensão elétrica é a fonte que alimenta o circuito, sendo assim, essa grandeza pode ser
calculada da seguinte fórmula:

Onde,

U é a tensão elétrica, cuja unidade é o volt (V);


I é a corrente elétrica, cuja unidade é o ampère (A);
R é a resistência elétrica, cuja unidade é volt/ampère ou Ohm ( ).
Outra maneira de realizar o cálculo da ddp é através da potência elétrica (P), cuja unidade
no SI é o watt (W). A potência (P) de um aparelho é quantidade de energia elétrica consumida por
unidade de tempo.

2.1.2.3 - O que é tensão elétrica em um circuito?

Observe a seguir o esquema básico de um circuito.


Os geradores de tensão elétrica (U), como bateria e pilha, são instrumentos capazes de
transformar a energia química em energia elétrica e manter uma diferença de potencial entre seus
terminais.

Essa diferença de potencial é importante para que ocorra o fluxo de cargas no circuito do
ponto carregado ao ponto sem carga até que a tensão elétrica se iguale.

A diferença de potencial em um circuito pode ser medida, por exemplo, colocando as


ponteiras do voltímetro nos terminais do resistor do circuito (R), que controla a intensidade de
corrente (I) no condutor.

2.2 – Resistência e Potência Elétrica (Generalidades 2)

2.2.1 - Resistência Elétrica


A resistência elétrica é definida como a capacidade que um corpo tem de opor-se à
passagem da corrente elétrica. A unidade de medida da resistência no SI é o Ohm (Ω), em
homenagem ao físico alemão George Simon Ohm, e representa a razão volt/Ampére.
Quando um condutor é submetido a uma diferença de potencial, ele passa a ser percorrido
por uma corrente elétrica, que é constituída pelo movimento de elétrons livres no interior do
condutor. Quando esses elétrons livres entram em movimento, começam a colidir entre si e com
os átomos do condutor. Quanto maior o número de colisões, maior a dificuldade encontrada pela
corrente elétrica em “atravessar” o condutor. Essa dificuldade de movimento das cargas é que
caracteriza a resistência elétrica.

A resistência elétrica varia conforme o comprimento, a largura e a natureza do material do


condutor, além da temperatura a que ele é submetido. Todos esses fatores são relacionados por
uma equação conhecida como Segunda Lei de Ohm:

R = ρl
      A
Sendo que:

R – é a resistência elétrica do material;

ρ – é a resistividade e possui valores diferentes para cada tipo de material;

l – é o comprimento do condutor;

A – é área de seção transversal do condutor.

De acordo com a equação, vemos que a resistência é diretamente proporcional ao


comprimento l do condutor, ou seja, quanto maior o comprimento, maior será a resistência. Ela
também é inversamente proporcional à área do condutor, pois, quanto maior a área, mais fácil é a
passagem dos elétrons e, consequentemente, menor a resistência do material.

2.2.1.1 - Primeira Lei de Ohm

A resistência elétrica também pode sofrer variação conforme a variação da tensão e da


corrente elétrica de um condutor. Isso ocorre porque, quanto maior a intensidade da corrente
elétrica (i), menor a dificuldade que os portadores de carga enfrentam para movimentar-se, ou
seja, menor a resistência. A diferença de potencial V entre as extremidades de um condutor é
proporcional à corrente que o atravessa. A resistência é a constante de proporcionalidade entre
eles e pode ser definida a partir da Primeira Lei de Ohm como:

R = V
      i
Essa Lei só é válida para materiais que possuem resistência elétrica constante, conhecidos
como resistores ôhmicos.

2.2.1.2 - Efeito Joule

Vários aparelhos da nossa casa têm seu funcionamento baseado no uso de resistência
elétrica por meio de pequenos dispositivos chamados resistores, que têm como função
transformar energia elétrica em energia térmica. Alguns aparelhos domésticos que utilizam os
resistores são o chuveiro, o ferro de passar, o secador de cabelo, forno elétrico, churrasqueira
elétrica, entre outros.

Já vimos que a resistência elétrica está relacionada com o choque entre os átomos e
elétrons em movimento no interior dos condutores. Esse choque provoca o aumento da
temperatura no condutor, caracterizando um fenômeno chamado Efeito Joule, que serve como
base para o funcionamento dos resistores.
2.2.2 – Potência Elétrica

A potência elétrica é a medida física que determina a rapidez com que um trabalho é
realizado. De maneira mais esmiuçada, trata-se da quantidade de trabalho realizado por uma
unidade de tempo. No padrão do Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de medida
da potência (P) é o Watt (W), presente em aparelhos como as lâmpadas.

Potência elétrica é unidade de medida presente em dispositivos como as lâmpadas

Mas qual a importância de conhecer e saber como funciona essa unidade de medida? A
resposta está na presença do termo no nosso cotidiano. No chuveiro elétrico, por exemplo,
quanto maior a potência elétrica, maior a quantidade calor gerado para aquecer a água.

Por dedução, é observável que a potência é a taxa com que a energia elétrica é
transformada em energia mecânica, térmica, luminosa. Ou seja, em outros tipos de energia. De
volta para o exemplo do chuveiro, ali existe a transformação da energia elétrica em energia
térmica.

2.2.2.1 - Importância da Potência elétrica

A importância da potência elétrica para o funcionamento dos aparelhos elétricos torna


relevante conhecer a sua base de cálculo. A sua fórmula matemática é aplicada também em
questões como a aferição do gasto de energia residencial, a conhecida conta de luz.

Para obter o seu resultado, basta multiplicar a corrente elétrica (i)


pela tensão ou diferença de potencial (U). Logo, existe a seguinte expressão:
Conhecer a potência elétrica é importante para evitar problemas na hora de fazer a
instalação e conexão de aparelhos eletrodomésticos na rede de energia da residência.

2.2.2.2 - Potência dissipada

A potência dissipada pelos resistores é a medida da quantidade de calor que essas


peças podem liberar em determinado tempo. Os resistores podem converter energia elétrica em
calor por meio do efeito joule. De forma resumida, o efeito joule é o resultado das colisões que
as cargas elétricas sofrem contra cada átomo e íon de determinado meio condutor.

A energia que sai dos aparelhos elétricos e eletrodomésticos, através do efeito joule, é
denominada de energia dissipada. Equipamentos com o chuveiro elétrico, o ferro de passar
roupa, o secador de cabelo, presentes na nossa rotina, foram pensados e confeccionados para
dissipar toda a energia elétrica.

No ponto de vista prático, o efeito joule tem as seguintes aplicações:

• Nas diferentes tensões do transporte de energia. Ou seja, é por causa dele que a energia
elétrica é transportada em longas distâncias.

• No funcionamento de aquecedores, lâmpadas e fusíveis.

• Atua como princípio da soldagem por resistência, usada para aquecer chapas metálicas.

É possível encontrar a potência dissipada aplicando a expressão da potência elétrica. No


entanto, é preciso ter em mente as variantes de cálculo das leis de ohm (V = R.i).

Como inconveniente, a produção de calor nos aparelhos pode gerar danos nos circuitos
elétricos e o mau contato. Isso reforça a necessidade de conferir dados técnicos como a potência
dos equipamentos elétricos e instalar sistemas de proteção sempre que for preciso.

2.2.2.3 - Curiosidades da eletricidade

O campo da eletricidade tem uma série de fatos interessantes, muitos relacionados com o


conceito que engloba a potência elétrica. Por exemplo, as geladeiras e os freezers consomem
mais energia se estiverem próximas de eletrodomésticos como o fogão. O fato acontece pela
necessidade de compensar o calor do ambiente com o maior volume de trabalho de
refrigeração. E por mencionar conversão de energia elétrica em térmica, a segunda curiosidade é
uma criação nacional.

O chuveiro elétrico da forma como funciona hoje, baseado nos conhecimentos da


eletricidade, potência elétrica e resistores, é uma invenção brasileira. Ela foi desenvolvida em
meados dos anos 40, em Jundiaí – São Paulo. O inventor é o paulista Francisco Canho.

Entre os outros fatos interessantes que englobam a área de conhecimento da eletricidade,


cabe destacar:

• Na relação com outros países do mundo, o Brasil fica com a maior incidência
de descargas atmosféricas por ano. São os conhecidos raios.

• Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, foi a primeira cidade a ter iluminação pública
no Brasil, em 1883. A potência elétrica da rede era de 52 kilowatt (kW).

• Existem animais que usam a eletricidade para abater as suas presas. A enguia, por
exemplo, consegue gerar descargas elétricas de 600 volts (V).

• Colocadas nos fios de alta tensão das rodovias, as bolas laranjas e vermelhas servem
como sinalização visual para os pilotos de aeronaves, caso usem a pista em pouso de
emergência.

2.3 – Funcionamento do Sistema Energético no Brasil

O ser humano aprendeu a gerar, controlar e distribuir a energia elétrica. Com ela, fez
grandes avanços e continua estudando para aprimorar ainda mais a sua produção. Sabemos da
importância da Gestão Energética nas indústrias e também nas residências. Mas, afinal, como
funciona o setor elétrico no Brasil?
2.2.1 - A divisão do setor elétrico
2.2.1.1 - Geração

O setor elétrico brasileiro é predominantemente de geração hidrelétrico, sendo justificado


pela quantidade de reversas de água doce, consideradas uma das maiores do mundo. Mas,
existem diversas fontes de energia que atendem às necessidades e podem ser utilizadas, como
por exemplo, a eólica, térmicas ou solar.
A geração também pode ser centralizada ou distribuída. No primeiro caso, a energia é
produzida por usinas de maior porte e transmitida e distribuída para os consumidores finais por
outras redes de transmissão e distribuição. Já no segundo, a energia é produzida no centro de
consumo ou próximo dele.
2.2.1.2- Transmissão

A função da transmissão é levar a energia elétrica gerada nas usinas até as empresas de
distribuição. O sistema de transmissão de energia no Brasil, é constituído por uma interconexão
de linhas que se espalham por todo território nacional, chamado de SIN (Sistema Interligado
Nacional). 
O SIN garante além da transmissão de energia, garantia de estabilidade na rede e a
integração energética com países vizinhos.

2.2.1.3 - Distribuição

E por último temos a distribuição. As empresas são responsáveis por receber a energia em
alta tensão e rebaixá-las ao nível comercial para o consumidor final. Sendo ele de rede elétrica
primária, que são as redes de média tensão que atendem as médias e grandes empresas e
indústrias, ou secundárias, que são as redes de baixa tensão que atendem os consumidores
residenciais.
 A transmissão é realizada por meio de fios condutores, transformadores, postes ou dutos
subterrâneos.
As regras de transmissão e distribuição de energia no país são reguladas pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

2.2.1.4 - Distribuição de energia elétrica no Brasil

A distribuição de energia elétrica no Brasil é feita por meio de um sistema que integra
produção, transmissão e consumidor final.

A distribuição de energia elétrica no Brasil constitui-se de uma rede complexa de


elementos que tem por finalidade conduzir a energia desde o local de sua produção até o lugar
onde será consumida. Esse sistema conecta unidades geradoras, vias de transmissão e
distribuição e consumidores finais da energia elétrica.
Essa rede nem sempre foi integrada. No passado, antes do processo de industrialização
intenso na região Sudeste do país, as linhas de transmissão e distribuição eram isoladas e
visavam a atender as necessidades locais. Porém, a dimensão continental do Brasil,
a urbanização, a industrialização e o aumento da demanda por energia elétrica em algumas
regiões específicas, como no Sul e Sudeste, motivaram a integração do sistema de energia
elétrica no país. Outro fator importante para essa necessidade de integração era que, em muitos
casos, a produção de energia – em grande parte de origem hidrelétrica –, não estava localizada
próximo dos locais de maior consumo, como os grandes centros urbanos e as regiões industriais.

A distribuição de energia elétrica no Brasil envolve processos


de produção, transmissão e distribuição até o consumidor final.

As empresas distribuidoras de energia (públicas ou privadas) são responsáveis pela


entrega de energia e, assim como acontece com o sistema de transmissão, a distribuição é
constituída por fios condutores, transformadores e equipamentos de medição, controle e proteção
das redes elétricas. O sistema de distribuição é muito mais amplo e ramificado que o de
transmissão, pois tem por objetivo chegar aos domicílios e empresas de todos os consumidores
finais.

A composição das redes de distribuição possui linhas de alta, média e baixa tensão. A
potência da energia distribuída e entregue pode ser dividida em:
● Redes elétricas primárias - redes de distribuição de média tensão que, além do papel de
distribuição, atendem a médias e grandes empresas e indústrias.
● Redes elétricas secundárias - redes de distribuição de baixa tensão que atendem
consumidores residenciais, pequenos estabelecimentos comerciais e iluminação pública.

O Brasil possui hoje cerca de 80 milhões de Unidades Consumidoras (UC) (ponto de


entrega de energia com medição individualizada e correspondente a um único consumidor). A
maior parte das Unidades Consumidoras (85%) são residenciais, contudo, a indústria é
responsável por 35% do consumo de energia elétrica no país.
As redes de transmissão e distribuição de energia no Brasil seguiram a trajetória histórica
do processo de urbanização e industrialização. Os maiores centros urbanos e as regiões
industriais do país são os maiores consumidores de energia elétrica. Nesse sentido, a
infraestrutura das redes de transmissão e distribuição foi direcionada para esses espaços.

2.4 – Subestações Elétricas

A subestação elétrica tem como finalidade principal alterar o valor das tensões e proteger o
sistema elétrico de potência nos diversos pontos que o definem. Podemos descrever este sistema
de uma maneira rápida e simples como composto de uma ou mais unidades geradoras,
subestações elevadoras, linhas de transmissão de energia, subestações abaixadoras,
subestações de distribuição, redes de distribuição em média tensão, redes de distribuição em
baixa tensão, consumidores que recebem energia em média ou alta tensão possuindo suas
próprias subestações consumidoras e consumidores que recebem energia em baixa tensão.
Fica claro pelo pequeno resumo acima, que qualquer parte do projeto e implantação do
sistema elétrico de potência deve ser feito por um profissional ou uma empresa especializada na
área de engenharia elétrica.
Pretendemos neste momento apenas descrever alguns conceitos sobre subestações
elétricas, elemento fundamental em toda rede de energia, desde sua geração, passando pela
transmissão, distribuição até o consumidor final, para que possa embasar a decisão de eventuais
consumidores, na tomada de alguma decisão.
Apresentamos abaixo uma descrição rápida sobre os principais tipos de subestações.
2.3.1 - Subestação Elevadora
Subestação elevadora é aquela que fica normalmente localizada na saída de uma usina de
energia elétrica. Seu papel é elevar a tensão gerada para níveis mais altos, permitindo
transmissão de energia em grandes blocos de potência, com valores de corrente elétrica mais
baixas, que irão passar pelos condutores para transmissão de energia até os centros
consumidores, grandes cidades ou áreas industriais.
As funções principais desta elevação de tensão é diminuir as perdas de energia por
efeito Joule, e quedas de tensão, ocasionadas pela passagem da corrente elétrica nas
linhas de transmissão. Para a mesma potência transmitida quanto maior a tensão, menor a
corrente elétrica e as perdas de energia. Estas perdas acabam sendo pagas pelo consumidor
final, diluída em sua conta de energia, por isto esta concepção do sistema é de grande
importância.
2.3.2 - Subestação Abaixadora
Uma subestação abaixadora tem como papel principal a redução da tensão nos
condutores que transmitem a energia elétrica. São utilizadas quando as linhas de transmissão
se aproximam das cidades. Esta redução de tensão procura diminuir as interferências de suas
estruturas em ruas e avenidas, diminuindo também o risco de eventuais problemas e acidentes
que venham a ser causados à população. Subestações abaixadoras alimentam as subestações
de distribuição que se localizam em áreas estratégicas dentro de cada cidade.
2.3.3 -  Subestação de Distribuição
São responsáveis pela diminuição da tensão a níveis de distribuição, para que as redes
alimentadoras possam ser instaladas nos postes normais existentes nas ruas e avenidas de
qualquer cidade, tendo assim as chamadas redes primárias de distribuição. 
Tensão primária de distribuição é aquela que disponibiliza a energia para alimentar a
grande maioria das indústrias, shopping centers, hospitais, estações de telecomunicação,
supermercados e outros consumidores de médio e grande porte. Estas redes primárias alimentam
também os postos de transformação (pequenas subestações) localizados nos postes das ruas e
avenidas, que fornecem energia através da rede secundária de distribuição a todas as
residências, edifícios menores, áreas comerciais e a todo consumidor de menor porte. 
2.3.4 - Subestações Industriais/Comerciais e de Grandes Edifícios Residenciais
Estas são subestações de consumidores finais, cuja função é rebaixar a tensão a valores
para utilização em equipamentos e máquinas industriais de média tensão, sistemas industriais de
baixa tensão, sistemas de refrigeração, iluminação, aparelhos eletrodomésticos e todos
equipamentos de uso final industrial, comercial ou residencial.
Estas subestações podem vir a ser simples postos de transformação, com
transformadores e demais equipamentos instalados em poste, com alimentação aérea ou
subterrânea, subestações internas em alvenaria com sistemas tradicionais, subestações externas
com equipamentos a prova de tempo em média e alta tensão, subestações em cubículos
metálicos externos com uso ao tempo em média tensão, subestações internas em cubículos
metálicos de média tensão, todas elas com um número grande de alternativas técnicas e
econômicas.
2.3.5 - Modelos de Subestações
A subestação em pedestal, também chamada de “subestação H”, permite que o
transformador seja instalado em entre dois postes, em uma estrutura fixada, normalmente de
concreto. Essa subestação tem conceito similar ao posto de transformação.
Já a subestação ao tempo é normalmente usada em subestações de alta tensão —
apesar de que ela também é utilizada, com menor frequência, em subestações de média
tensão. Por ficar exposta às intempéries ela precisa contar com equipamentos a prova de água.
Também é necessário cercá-la, evitando, assim, que pessoas desautorizadas tenham acesso ao
local.
A subestação semienterrada costuma ser usada em edifícios. Seu uso é ideal nos
projetos que tem algum tipo de limitação de espaço. Essa subestação conta com sistema de
medição, proteção e transformação. Trata-se de uma subestação de fácil montagem, construída
em módulos e cujo acesso é feito por meio de tampas metálicas. Essa subestação fica
semienterrada e seu acesso é feito pela parte superior.
Com semelhanças ao modelo anterior, a subestação em cabine mista, também conta
com acesso pela parte superior e é indicada para locais com limitação de espaço. Sua estrutura,
normalmente, é feita de alvenaria.
A cabine metálica com grau de proteção ao tempo é outro modelo de estrutura indicado
aos projetos que tenham limitação de terreno. Nela, a estrutura fica armazenada dentro de uma
cabine metálica que deve obedecer às determinações da ABNT e ser confeccionada com material
que contribua para a isolação. Ademais, ela também necessita da proteção com cerca, impedindo
o acesso de curiosos.
A subestação também pode ficar em cubículos metálicos, dentro de um prédio. Nesse
modelo, os equipamentos ficam dentro de um pijama metálico, dentro da edificação. Isso permite
a instalação de equipamentos do tipo extraíveis. No entanto, esse modelo não é comum em todo
o país, sendo mais usado nos estados de Minas Gerais e Pará.
Já as subestações feitas no modelo de cubículo blindado compacto são consideradas
mais modernas, uma vez que a tecnologia usada pelos fabricantes dos equipamentos permite
que esses componentes tenham tamanho compacto. Sendo assim, esse tipo de subestação pode
ser mais cara do que as demais. É importante frisar que os equipamentos usados devem
obedecer às normas e padronizações nacionais. Uma desvantagem dessa configuração é que,
devido ao tamanho dos componentes, a manutenção pode ser mais difícil.
No entanto, a maior parte das subestações utilizadas está abrigada em uma estrutura
predial própria.
Todas estas subestações devem ser projetadas e executadas sob a responsabilidade de
engenheiros e técnicos especializados, atendendo as prescrições das normas das
concessionárias locais, normas ABNT e normas internacionais aplicáveis, desde a sua
concepção, análise de viabilidade, especificação de equipamentos e montagem do sistema. 
Deverão possuir características técnicas que atendam sempre a tecnologias de última
geração. A concepção do sistema deverá garantir segurança e confiabilidade atendendo aos
quesitos de qualidade, que são imprescindíveis ao bom desempenho da alimentação de energia
aos diversos sistemas, para o bem de cada um individualmente e da sociedade como um todo.
Como você pode perceber, existe uma variedade muito grande de alternativas para as
subestação utilizadas em sistemas elétricos, cada uma delas direcionada a um tipo de
necessidade ou de viabilidade da empresa. 
Conhecê-las e ter uma ideia de sua complexidade é tremendamente importante para estar
preparado a escolher a empresa e o profissional certo que poderá através de um estudo técnico e
econômico desenvolver um projeto e executar a melhor solução para suas necessidades.
2.5 - Exemplo Prático – Utilizando o TINKERCAD

Nesse exemplo, analisaremos o circuito em paralelo acima. Utilizaremos para essa


simulação:
6 resistores de 10 Ω (para montar um circuito em cima e embaixo e analisar
separadamente);
2 fontes de energia de Tensão 9V e corrente 5i;
2 multímetros de amperagem.

Primeiro conectamos os resistores conforme imagem: R1, R2 e R3, interligamos os dois


lados da plataforma para fazer as conexões das trilhas e fizemos o mesmo embaixo.
Adicionamos as fontes de tensão, uma em cima e outra embaixo, ajustando a tensão para
9V e corrente para 5i. Após isso, adicionamos os multímetros em série para descobrir primeiro a
corrente elétrica do nosso circuito paralelo e depois faremos a ligação também embaixo para
visualizar a corrente elétrica total e em um único resistor.

Após fazermos as conexões de negativo com negativo e positivo com positivo ajustamos
os multímetros na plataforma para fazer as correntes.
Após iniciar a simulação, podemos observar o seguinte:
No circuito em paralelo (2.70 A), a corrente é dividida entre os 3 resistores, e quando
colocamos o amperímetro para medir somente a corrente elétrica de 2 resistores, ele nos trás
1.80 A.
Para descobrirmos a corrente elétrica, utilizamos a equação:

I=V/ R
I= 9/30
I= 0,3

Após isso, iremos encontrar a resistência equivalente em paralelo. Para isso,


excluiremos o circuito debaixo e mediremos somente o de cima.
Observe que ao trocarmos o multímetro, ele nos trás a resistência equivalente de 3,33 Ω
mesmo tendo resistores de 10 Ω.
OBS: se tirarmos os produtos dos resistores pela soma obteremos a resistência total
(R1xR2 / R1 + R2) que resultará em 3,33 Ω , e se pegarmos essa resistência equivalente e
trabalhar com a Tensão, descobrimos nossa corrente elétrica.

Exemplo: 9V / 3,33 = 2,70 V.

7. BIBLIOGRAFIA

Resolução Normativa ANEEL n. 414, de 9 de setembro de 2010 (Diário Oficial de 15 de set. 2010,
seção 1, p. 116)
Subestações Elétricas. Universidade de São Paulo. 16 slides.
Paulo Merlin. Subestações. DPM. 2020. 16 slides

RIBEIRO, Amarolina. "Distribuição de energia elétrica no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/geografia/distribuicao-energia-eletrica-no-brasil.htm. Acesso em 03
de abril de 2022.

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/potencia-eletrica
TEIXEIRA, Mariane Mendes. "O que é resistência elétrica?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-resistencia-eletrica.htm. Acesso em 03 de
abril 

https://www.todamateria.com.br/tensao-eletrica/

https://www.todamateria.com.br/corrente-eletrica/

https://ndd.tech/blog/artigos/setor-eletrico-no-brasil-como-funciona/

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