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CAPITULO 1 VETORES 1.1 Reta Orientada — Eixo Uma reta 1 € orientada quando se fixa nela um sentido de percurso, considerado positivo « indicado por uma seta (Fig. 1.1). ae Figura 1. O sentido oposto & negativo. Uma reta orientada é denominada eixo. 1.2 Segmento Orientado Um segmento orientado 6 determinado por um par ordenado de pontos, o primeiro chamado origem do segmento, 0 segundo chamado extremidade, (© segmento orientado de origem A e extremidade B seré representado por AB e, geome- | tricamente, indicado por ums seta que caracteriza visualmente 0 sentido do segmento (Fig. 1.22). | Figura 1.24 2 Geometria naltica 1.2.1 Segmento Nulo ‘Um segmento nulo aquele cuja extremidade coincide com a origem. 1.2.2 Segmentos Opostos Se AB éum segmento orientado, 0 segmento orientado BA & posto de AB. 1.2.3 Medide de um Segmento Fixada uma unidade de comprimento, a cada segmento orientado pode-se associar um nGmero real, nfo negativo, que é 2 medida do segmento em relagdo Aquela unidade. A medida do segmento orientado € 0 seu comprimento ou seu médulo. O comprimento do segmento AB ¢ indicado por AB. Assim, © comprimento do segmento AB representado na Figura 1.2 é de 5 unidades | Figura 1.2.0 de comprimento: AB= Suc. Observarées 4) Os segmentos nulos tém comprimento igual a zero. ») AB= BA. 1.24 Dirogdo e Sentido: ois segmentos orientados néo nulos AB ¢ CD tém a mesma diregao se as retas suportes esses segmentos so paralelas (Figs. 1.2-¢¢ 1.24): Vetores 3 Observacées 42) S6 se pode comparar os sentidos de dois segmentos oriertados se eles tém mesma ditegfo, '5) Dois segmenios orientados opostos iém sentidos contrérios. 1.3. Segmentos Equipolentes Dois segmenios orientados AB e CD so equipolentes quando tém a mesma direcao, 0 mesmo sentido eo mesmo comprimento (Figs. 1 3-1 € 1.34). Se os segments AB © CD nio pertencem & mesma reta, Fig. 13+, para que AD seja equipolente a CD € necessirio que ABJ/CD e AC/BD, isto é, ABCD deve ser um paralelogramo. Pigeea 1. Figuea Lb 4 Geometria anatitin Observacses 4) Dois segmentos nulos sfo sempre equipotentes. 'b) A equipoléncia dos segmentos AB e CD é representada por AB~ CD 1.3.1. Propriedades da Equipoléncia 1) AB~AB (ceflexiva). Il) Se AB~CD, CD~AB(simétria). Il) Se AB~CD ¢ CD~EF, AB~EF (transitiva) i IV) Dado um segmento orientado AB ¢ um ponto C, existe um Gnico ponto D tal que AB~CD. 1.4 Vetor ‘Vetor determinado por um segmento orientado AB € 0 conjunto de todos os segmentos orientados equipolentesa AB (Fig. 14-3). eat eat oe egg eee Figura 1.40 x Se indicarmos com ¥ este conjunto, simbolicamente poderemos escrever: V= (XY/XY ~AB] conde XY 6 um segmento qualquer do conjunto, 0 vetor determinado por AB éindicado por AB ou B-A ov ¥. Verores Um mesmo vetor AB determinado por uma infinidade de segmentos orientados, chamados representantes desse vetor, ¢ todos equipolentes entre si. Assim, um segmento “determina um conjunto que € 0 vetor, € qualquer um destes representantes determina o mesmo vetor, Portanto, com origem em cada ponto do espago, podemos visualizar um representante de um vetor. Usindo um pouco mais nossa capacidade de abstragfo, se considerarmos todos os infinitos segmentos orientados de origem comum, estaremos caracterizando, através de represen= tantes, a totalidade dos vetores do espago. Ora, cada um destes segmentos é um representante ‘de um s6 vetor. Conseqientemente, todos os vetores se acham representades naquele conjunto que imaginamos. ‘As caracterfsticas de um vetor ¥ sfo as mesmas de qualquer um de seus representantes, isto €:0 médulo, adirepzo €0 sentido do vetor S80 0 médulo, a diregdo ¢ o sentido de qualquer ‘um de seus representantes. (© modulo de ¥ se indica por 1¥ | \Vetores Igual Dois vetores AB © CD. sdo iguais se,¢ somente se, AB~CD. 1.4.2 Vetor Nulo Os segmentos nulos, por serem equipolentes entre si, determinam um dnico vetor, chamado vetor nulo ou vetor zer0, € que & indicado por 0 1.4.3 Vetores Opostos pato umvetor’= AB, ovetor BX 60 opostode AB ese indica por -AB ou por -¥. 1.4.4 Vetor Unitério Um vetor ¥ & wnitério se [I 148. Versor Versor de um vetor nfo nulo ¥ é 0 vetor unitério de mesma direpfo © mesmo sentido de ¥. 6 Geometra anattics Por exemplo, tomemos um vetor ¥ de médulo 3 (Fig. 1.4-b). Figura 14-6 Os yetores i eG) da figura sfo vetores untéros, pois ambos tm modulo 1. No entanto, apenas, tem a mesma dirego e 0 mesmo sentido de ¥. Portanto, este ¢ 0 versor de ¥. 1.46 Vetores Colineares Dois vetores © ¥ sdo colineures se tiverem a mesma diregdo. Em outras palavras: W © ¥ sko colineares se tiverem representantes AB e CD pertencentes a uma mesma reta ou 4 retas paralelas (Fig. 1.4-c), Figura L4-c 1.4.7 Vetores Coplanares Se 08 vetores néo nulos u,¥ € W (0 nimero de vetores nifo importa) possuem represen- tantes AB, CD e EF pertencentes a um mesmo plno m (Fig. 14-1), dizse que eles sio coplanares, Vetores__7 Figura Guardemos bem o seguinte: dois vetores Ze ¥ quaisquer sdo sempre coplaares, pois podemos sempre tomar um ponto no espago e, com origem nele,imginar os dois representantes de i e ¥ pertencendo a um plano que passa por ese ponto ‘ids vetores poderdo ou ndo ser coplanares (Figs. 1.4 © 14-1). UW © W so coplanares ULV e W nie tio coplanares Figur Le Figura Lt 1.5 Operagdes com Vetores 1.5.1 Adiga de Vetores 8 a z Figuaa 1a 0s pontos Ae C determinam um vetor $ que 6, por definigao, a soma dos vetores ¢ ¥, toe, S=U 4 Geomerria analttica 1.5.1.1 Propriedades da adigzo 1 Comutativa: ¥+¥ = MW) Associativ: +9) +8 Ml) Existe um s6vetor nulo 0 tal que para +0 ew) it todo o vetor ¥ se tem: 1V) Qualquer que seja 0 vetor ¥, existe um s6 vetor -¥ (vetor oposto de ¥) tal que Fayed eed. 1.5.2. Diferenga de Vetores Y, ese representa por d= -¥, a0 vetor Chamase diferenca de dois vetores Ue T+). Dados dois vetores Ue ¥, repredentados pelos segmentos orientados AB € AC, respec tivamente, e construido 0 paralelogramo ABDC (Fig. 1.5-b e Fig. 1.5.c), verificase que a soma STETY etepntads pt segment oreioto AD (nm das Sagonss) ¢ gue een érepresentaa pelo erento orintado CB (acura igor) core B . D B x D a ? c a + c Figura 1.5 Figur Se 1.5.3 Multiplicagéo por um Nimero Real Dado um vetor ¥ #0 eum ndmero real k #0, chamase produto do nimero real k pelo vetor ¥ ovetor p = Ky, tal que: 4) modulo: [pl = IV] = IKI IVs b) diego: amesmade V3 & ‘c) sentido: omesmo de ¥ se k>0, e contrério ao de ¥ se k <0 (Fig. 15-4). Verores__9 ee ase st Figura 5-4 Observapées a) Se k=0 ou V=0, o produto o vetor 0. +) Seja um vetor kv, com V#0. Se fizermos com que o nimero real k percorrao conjunto R dos reais, obteremos todos os infinitos vetores colineares a ¥, e, portanto, colineares entre Si, isto ¢, qualquer um deles ¢ sempre miltiplo escalar (real) do outro. Reciprocamente, dados dois vetores ue V, colineares, sempre existe KEIR tal que u=K¥. A Figural.s.e mostra tum exemplo desta lima afirmagao (@ = -2¥ ou'¥ = $0) — Figo 150 ©) O versor de um vetor ¥ # 0 Govetor unitério fato ele & unitario, pois: (Fig. 1.5.9, De Het Wl Wi ut |: | Is aI FF] Feu tse Dai, concluise que ¥= IVa, isto é,0 vetor ¥ 6 0 produto de seu médulo pelo vetor unitério de mesma dirego € mesmo sentido de v- 10 Geometria analtica ae 1.5.3.1 Propriedades da multiplicago por um nimero real Se Ue ¥ si vetores quaisquer e a € b mimeros reais, temos: 1) adv) = (aby (associativa) Il) (@tb)y =av thy (istributiva em relagao a adigfo de escalares) IM) af +¥)= au +av_(istributiva em relagio a adigdo de vetores) Iv) W=¥ (identidade) i 1.6 Problemas Resolvidos } 1) Dados os vetores if, ¥ © W, de acordo com a figura, construir 0 vetor wv ' 1 2 oo = - 2 2) O paralelogramo ABCD € determinado pelos vetores AB ¢ AD, sendo M e N pontos ‘médios dos lados DC ¢ AB, respectivamente. Completar convenientemente: @) AD +B Vetores___1 Solugio a) AC b) BX + DA = CD +DA=CA 0) AC -BC = AC + CB = AB d) AN + BC = AN +NM = AM ) MD + MiB = MD + DN = MN 9 im Lod = aM WD = HT Observagio Sabese que dois vetores quasquer ¥_¢ ¥z, no colineaes, fo sempre coplanares, Como ay¥, tem a diresfo de Ye a¥; a.gireqio de Vy, 0 velor ivi tava. serd sempre um vetor representado no mesmo plano de Vi © V2, sejam quals forem 0s reais ay ¢ a2 (Fig. 1.6-4) Figuea 6-0 Rexipocament, qualquer vetor represniado no plano de Vj ¢ Va srt do spe Ss tanvay pa ay © 95 rea Vamos actescentar a estes dois vetores um terceiro vetor V3. Entdo, pode ocorrer uma das situagdes: 4a) ovetor ¥ estd representado no mesmo plano de ¥1 © Ve Neste caso, como o yetor ay¥1 +a,¥2 esté no plano de Vy e ¥; esendo avs, também deste plano, 0 wtor ay¥; +arvz tas¥y estari representado no mesmo plano de Vi € V2; bp ovetor ¥y no esté representado.no mesmo plano de % © Vs. 12 Geometria antics Neste caso, a some do velo ai¥s +2n¥s (que estén plano de %, © ¥,) com o vetor as¥, isto é, avy tanvs tas¥s, serd um vetor do espago, conforme mostra aFigura 1.6-b. 4.7 Angulo de Dois Vetores O drgulo de dots vetres i ¢ ¥ nfo nus (Fig. 1.74) &0 angle 7 formado pelas semi: etas OA OB (Fig. 1,7-b)e tal que 0<8 <7. 1b) Se 0=0, @ @ ¥ tém mesma diregdo e mesmo sentido. ee o-0 so ortogonais (Fig. 1.7-c)¢ indicase: LY. A c ° 7 8 Figura 17-6 Neste eas0,0 AOBC permite escrever: | ena Wav P= tal? + WP 4) O vetor nulo € considerado ortogonal a qualquer vetor. 6) Se F Eortogonal a Ye m um mimeso rea qualquer, U é ortogonal a mv. ‘fy O angulo formado pelos vetores Te 7 €osuplemento do ngulo de ¥ & v. mm) 8 1.8 Problemas Propostos 1) Dados os vetores ite ¥ da figure, mostrar, num gréfico, um representante do vetor: au-v + Je vet a ¢ v- a Ou-w 14 Geometra ealitica 2) Dados os vetores 2,8 e @, vetores: como na figura, apresentar um representante de cada um dos * oy oF 3) Sabendo que 0 angulo entre os vetores ti © ¥ é de 60*, determinar o Angulo formado pelos vetores: auew by-dey jvev amwew 1.8.1. Resposta dos Problemas Propostos 3) a) 120° ») 120° o) 60° d) CAPITULO 2 VETORES NO IR’ E NO IR® No Capitulo 1, estudamos os vetores do ponto de vista geométrico e, no aso, eles eram representados por um segmento de reta orientado. No presente capitulo, vamos mostrar uma outra forma de representé-los: os segmentos orientados estardo relacionados com os sistemas de eixos cartesianos do plano e do espago. 2.1 Decomposigio de um Vetor no Plano Dados dois vetores Vy © V2, rio colineares, qualquer vetor ¥ (coplanar com ¥, e¥2) pode ser decomposto segundo as diregdes de ¥; © V2. O problema consiste em determinar dois vetores cujas diregdes sejam as de ¥; € V3 ¢ cuja soma seja ¥. Em outras palavras, iremos determinar dois nuimeros reais ay © a3. tais que Exemplos 1) Dados os vetores ¥, ¢ Va. no colineares e ¥ (arbitréto), figura mostra como é possivel formar um paralelogramo em que 0s lados sfo determinados pelos vetores ay¥i © a¥2 © ortanto, a soma deles € 0 vetor ¥, que corresponde & diagonal desse paralelogramo: 73 a 3) Na figura seguinte os vetores ¥, €¥3 so mantidos e consideramos um outro vetor ¥! a BL Para esta figura, temse: a, >0 e a; <0. Se, no caso particular, 0 vetor ¥ tiver a mesma direggo de ¥, ou de Vz, digamos de Yi, como na figura, ¥ nfo pode ser diagonal do paralelogramo e, portanto, a, deve ser igual azero: Veant om * Quando o vetor ¥ estiver representado-por: Vea + anv2 Qa) dizemos que ¥ 6 combinagdo linear de ¥, ¢ Vs. O par de vetores ¥1 © ¥2, nfo col neares, € chamado base no plano. Aliés, qualquer conjunto {¥3,¥2 } de vetores ndo coli- neares constitui uma base no plano, Or nimeros a, © a da representagio (2.1) sic Vetoresno Reno R* 17 chamados componentes ou coordenadas de ¥ em relagio a base {¥y,¥}. bom logo csclaccer que, embors estjamos simbolzando a base como um conjunto,n6s a pensamos Commo um conjunto ordenado. O vetor ay¥1 &chamado projerdo de ¥ sobre, sepundo 4 diregdo de Vz. Do mesmo modo, a:¥2 é.4 projesio de ¥ sobre Vs segundo a direpio de ¥, (Fig. 2.1-a), Figura 2.12 Na pritica, as bases mais utilizadas so as bases ortonormait. Uina base {€1,<, } ¢ dita ortonormal se os seus vetoresforem ortogonaise unitétos, isto 6 8ides e el= [el = Na Figura 21 consideramos uma base ortonormal {21,83} no plano xOy e um vetor ¥ com componentes 3 ¢2,respectivamente, isto é, ¥ = 3¢, + 2ey 18 Geomeria analitca No caso de uma base ortonormal como esta, 0s vetores 36, © 2e; slo projepdes orto- gonais de V sobre 6, © 62, tespectivamente. Existem naturalmente infinitas bases ortonormais no plano xOy, porém uma delas € parti- cularmente importante. Tratase da base formada pelos vetores representados por segmentos orientados com origem em 0 e extremidade nos pontos (1,0) (0,1). Estes vetores sfo simboli- zados com 7 ej eabase {1,j} € chamada candnica (Fig. 2.1-). Figura2.1-¢ Em nosso estudo, a menos que haja referéncia em contrévio, trataremos somente da base Dado um yetor ¥=xi +9 (Fig. 2.14) no qual x ¢ y_sf0 a5 componentes de ¥ em relagio a base {TJ}, 0 vetor xi éa Projegio ortogonal de ¥ sobre 7 (ou sobre 0 eixo dos x) © V6 projeqao ortogonal de ¥ sobre J (ou sobre 0 eixo dos y). Como a projegdo sempre serd ortogonal, dicemos somente projegdo Figura 2.14 Vetores no Reno _19 2.2 Expresso Analitica de um Vetor Ora, fixada a base {7,j}, fica estabelecida uma correspondéncia biunivoca entre os vetores do plano e os pares ordenados (x,y) de mimeros reas. Nestas condigSes, a cada vetor ¥ do plano pode-se associar um par (x,y) de niimeros reais que so suas componentes na base dada, a2io porque define se: vetor no plano é wm par ordenado (x,y) de mimeros reas ¢ se representa por VeQy) queda expresso anatitcn de 7 A primeira componente x ¢ chamada abscissa e a segunda, ordenada. Por exemplo, em ver de escrever ¥ = 31 ~ 5}, podese escrever ¥ = (3,5). Assim também, , particularmente, 1 = (1,0), $ = (0,1) e 0 = (0,0). Observagio Deve ter ficado claro que a escolha proposital da base {7,j} deve-se a simplificagao. Assim, para exemplificar, quando nos referimos a um ponto P(x, y), ele pode ser identificado com 0 vetor ¥ = OF = xi + yj, sendo O 2 origem do sistema (Fig. 2.2). Figura 2.2 Desta forma, 0 plano pode ser encarado como um conjunto de pontos ov um conjunto de vetores. 20__Geometriaanattin 2.3 Igualdade e Operagées 2.3.1 Igualdade Dois vetores = (x1, ys) © ¥ =(x2,¥2) sG0 iguais se, e somente se, x; escrevese u=¥ Exemplos 1) Osvetores U'= (3,5) ¢ ¥ = (3,5) sdo iguais. 2) Se 0 votor U=(x+1,4)6 igual a0 vetor igualdade dos vetores, x#1=5 € 2y-6 x=4ey=5, (5, 2y~6), de acordo com a definigdo de ou x=4 © y=5. Assim, se U=V, entio 23.2 Operagies ‘Sejam 0s vetores = (x1,y1) © ¥ =(X2,¥2) € aEIR. Define-se: a) T4004 teasy ty) 6) au = (ax,, ays) Portanto, para somar dois vetores, somam-se as suas coordenadascorrespondentes,e para multiplicar um vetor por um mimero, multiplicase cada componente do vetor por este nimeto, Exemplo Dados os vetores = (4,1) V=(2,6), caleular U+¥ e 20. A Figura 2.3-a mostra, geometricamente, que W +¥ = (4,1) + (2, 6)= (4 +2,1+6)= (6,7), ea Figura 2.3-b que 20 =2(4,1)= (8, 2). Figura 23-4 Vetoresno Re noR® 21 Figura 23 7 As definigses acima e as operagdes algébricas dos nimeros reais permitem demonstrar as propriedades citadas em 1.5: 4) para quaisquer vetores u,v ¢ w, tem-se evever @+y) 4wed tt w) w+o=0 w+Cuy=d ) para quaisquer vetores uf e ¥ eos nimeros reals a e b, temse a(b¥)=(ab)¥ (atb)u = av + bu a@+¥)eau tay, Ww-v 2.3.3 Problemas Resolvidos 1) Deteminae 0 vetor wma iguldade 38 +20 =17 44%, sendo dados 7 =(@,-1) © = (2,4). Solugio Esta equagfo 3W +20 =1V +9 pode ser resolvida como uma equagdo numérica: ow +4 = S420 6-2 = Toad Watt welig welz. 22 Geomeria ona Substituindo fe ¥ na equagdo, vem W = 702.4)-B,-1) 1 1)-@,-1) W = ZtC3)1 +041) sect W=CL9 2) Encontrar os mimeros a, © az tais que = ad tay¥, sendo Y= (1,2), ¥= (4-2) © W = 1,8). Solucéo Substituindo os vetoes naigualdade acim, temos: (1,2) 4 94,2) 2ay) + (Aaa, -2a2) fa, + 4a2, 2a; -2a2) Da condigdo de igualdade de dois vetores, conclutse que: a tay 2ay = Yay =8 1 fe ay =-1. Logo, W=3¥, -¥. sistema de solugo a; = 2.4 Vetor Definido por Dois Pontos Inimeras vezes um vetor & representado por um segmento orientado que nio parte da origem do sistema. Consideremos o vetor AB de origem no ponto A(x, ,y:)¢ extremidade em B(x,y2) (Fig. 2.4), Vetoresno Reno R? 23 De acordo com o que foi visto em 2.2, 0 vetores OA ¢ OB tém expressdes analiticas: A= (1.91) € OB= (2.92). Por outro lado, do tidngulo OAB da figura, vem: OA + AB = OB donde AB = OB — OA ou! KB = G92) —a.y) a Oa-Xi Yaya) Figura 24a isto 6, as componentes de AB sio obtidas subtraindo-se das coordenadas da extre ‘coordenadas da origem A, razdo pela qual também se escreve AB =B - A. idade Bas E importante assinalar que as componentes do vetor AB, calculadas por meio de B-A, sto sempre as mesmas componentes do representante OP com origem no inicio do sistema. Este detalhe fica claro na Figura 2.4b onde os segmentos orientados equipolentes AB, CD ¢ OP representam o mesmo vetor (31). AB 14) ~ -23)=@,1) @-=p-c=(43)- 1,2)=G,1) 2 Geometia anata 2.4.1 Problema Resolvido 3) Dados os pontos A(-1,2), BG,-1) © C(-2,4), determinar D(x,y) de modo que Solueio GH =D-C= (uy) 24) = +2), +4) = HB AD 1,2)= G+ (41),-1+E9) = 4-3) (429-49 Pela condigdo de igualdade de dois vetores Por conseguinte: DOD 2.5 Decomposigdo no Espaco Todo 0 estudo de vetores feito até aqui, no plano, pode ser realizado no espago de forma andloga, consideradas as adequagOes necessérias. No plano, qualquer conjunto {V¥s,¥3 } de dois vetores, nfo colneares, é uma base & portanto, todo vetor ¥ deste plano € combinagdo linear dos vetores da base, isto é, sempre Vetores no IR? © no R?__25 existem os mimeros a, € a; reals tals que V=a,¥, +a,¥. No espago, qualquer conjunto {¥i,¥2,Vs } de trés vetores ndo coplanares & uma base e, de forma anéloga, demonstra-se que todo vetor ¥ do espaco € combinagao linear dos vetores da base, isto é, sempre existem nuimeros reais ay,a; © ay tals que onde a), 43 € a3 Sfo as componentes de Vem relago a base considerada, Uma base no espago é ortonormal se os trés vetoresforem unitéris e dots a dois, ortogonais Por analogia ao que fizemos no plano, dentre as infinitas bases ortonormais existentes, escolhe remos para nosso estudo a base canOnica representada por {i,],K }- Consideremos estes trés vetores representados com origem no mesmo ponto O e por este ponto trés retas como mostra 8 Figura 2.S-a. A reta com a diregdo do vetor Y ¢ 0 eixo dos x (das abscissas), a reta com a direc do vetor J ¢ 0 eixo dos y (das ordenadas) ¢ a reta com a diregdo do vetor Fé 0 ¢ixo dos z (das cotas). As setas indicam © sentido positivo de cada cixo. Estes cixos sfo chamados cixos coordenados Figura 2.50 Cada dupla de eixos determina um plano coordenado. Portanto, temos trés planos coordenados: © plano xOy ou xy, 0 plano xOz ou xz €0 plano yOz ou yz. As Figuras 2.5-, 2.5.00 2.5.4 fo uma idéia dos planos xy, xz e yz, respectivamente. Vetores no R? eno? 27 Estes trés planos se interceptam segundo os trés eixos dividindo 0 espago em oito regides, cada uma delas chamada octante. A Figura 2.52 dé uma idéia do 19 octante, a Figura 2.54f do 29 octante e a Figura 2.5-g do 39 octante. Figura 2.50 Figura 2.56 Figua 25 ‘A.cada ponto P-do espago vai corresponder uma terna (a,b, c) de ntimeros reais, chama das coordenadas de P ¢ denominadas abscissa, ordenada e cota, respectivamente. Para obter | ‘ abscissa de P, tracemos por P um plano paralelo ao plano yz; 0 ponto de intersegio este plano com o eixo dos x tem, nesse eixo, uma coordenada a, que é a abscissa de P 28 Geometria anatiea 1a de P, tracemos por Pum plano paralelo 20 plano *7% & esse eixo, uma coordenada b, que € um plano paralelo ao plano xy (Fig, 2.5). Para obter a ordenad deste plano com 0 eixo dos y tem, ne forma andloga, a0 tragar por que éacota de P (Fig. 2.54). ponto de interseqao a ordenada de P (Fig. 2.54). De fica determinada a coordenada ¢ Figura 2.5 Figura 2.54 Figura 2.54, os tiés planos pelo ponto P, fica determinado um paralele 4,3), com idéntico procedimento, Com este procedimento de tr pipedo retingulo como o da Fig ter‘amos o paralelepipedo da Figura 25-0 1a 2.54, Seo pontofosse P(2, Vetoresno R? eno R® 29 Com base nesta figura, temos: ‘A(2,0,0) — um ponto P(x, y,2) std no eixo dos x quando y=0 € 2=0; C(O, 4,0) — um ponto esta no eixo dos y quando x=0 ¢ 2=0; £(0,0, 3) — um ponto esta no eixo dos z quando x=0 © y=0; BQ2, 4,0) — um ponto est no plano xy quando 'D(0, 4,3) — um ponto esté no plano yz quando x= 0; F(2, 0,3) — um ponto esté no plano xz quando y= 0. © ponto B & a projegio de P no plano xy, assim como D ¢ F sfo as projegbes de P nos planos yz € xz, respectivamente. © ponto A(2,0,0) € 2 projesio de P(2,4, 3) a0 eixo dos x, assim como C(0,4,0) € E(0,0, 3) sio as projegdes de P nos eixos dos y © dos 2, respectivamente Esté claro que um ponto do plano xy € do tipo (x.¥,0). Ao desejarmos marcar um ponto no espago, digamos A(3,-2, 4), procedemos assim: 19) _marcase 0 ponto A'(,-2,0) no plano xy; 29) deslocase A’ paralelamente ao eixo dos z, 4 unidades para cima (se fosse -4 seriam 4 unidades para baixo) (Fig. 2.5-m). para completar nso etudo, consideremos um vetor =x +y} +2, onde xy ¢ = sfo as componentes de ¥ na base candnica {7,J, 1). Da mesma forma como fizemos para BIBLIOTECA UNI-BH Ar i74930 20__Geomerrie anata Figura 2.5m plano, este vetor ¥ ¢ igual ao vetor OF com 0 (0,0,0) ¢ P(x, ¥,2). Na Figura 2.52, 0 vetor ¥. cotresponde diagonal do paralelepipedo, cujos lados sfo determinados pelos vetores xi,y}_¢ 2k. E, para simplificar, esereveremos =Ouy.2) ‘que é a expresso analitica de ¥. Veroresno R? eno? __31 Em vez de escrever ¥=21-3) +K, podese escrever ¥=(2,-3,1). Assim, também, + a em particular, 7 = (1,0,0),j = (0, 1,0) & (0, 0, 1). Tendo em vista a orrespondéncia biunivoca entre 0 conjunto de pontos P(x, y,2) do espago € 0 conjunto de vetores ¥=OF =x1 + y} #28, o espago pode ser encarado como um conjunto de pontes ou um conjunto de vetores. Dizse que este espago tem ts dimensdes ou que le € dimensional, porque qualquer uma de suas bases tem 16s vetors e, prtanto, © niimero de componentes de um vetor € tr, De forma andloga o plano tem dimensfo 2 ou é Didimensional, Fics fil entender que area tem dimensto 1 ou 6 unidimensional. © conjunto formado por um ponto © por uma base constitui um sistema referencial. Em particular, que ¢ © nosso caso, © conjunto formado pelo ponto Oe pela base {1,J,k} é chamado referencia! ortonormal de origem 0 ou, ainds, sistema cartesiano ortonormal Oxy. Este sistema (Fig, 25.a) € indieado por (0,7,j,K). Por analogia, no plano, o sistema (0.1,}) € chamado sisteme eartesiano ortonormal xOy ov, simplesmente, sistema cartesiano x0y. Por outro lado, sabemos que a representagio geométrica do conjunto R dos reais é rela, por isso também chamada reta real (Fig. 2.5.0). R Figura 2.50 © produto cartesiano RR ou R? é 0 conjunto RP = ((xy)/x.y ER} © sua representagio geométsica € 0 plano cartesiano determinado pelos dois eixos cartesanos ortogonsis x e y (Fig. 2.5) Figura 2.5 42 Geomeriaanaitica : 0 produto cartesiano Rx RX IR ov R? 0 conjunto R= {(x,y,2/%4y,2ER} & sua representagdo geométrica € 0 expaco cartesiano determinado pelos trés eixos cartesianos, dois a dois ortogonais, Ox, Oy © Oz (Fig. 2.5-). Figura 25-4 2.6 Igualdade — Operagées — Vetor Definido por Dois Pontos Da mesma forma como tivemos no plano, teremos no espago: 1) Dois vetores u=(x1.¥1,21) € V=(%2,¥2522) SMO iguais se, ¢ somente se, Xi = Xa» Yar¥a © t*ta5 II) Dados os vetores = (X1,Vi,21) € V=(X2,¥2+22) € 2 CIR, definese: U4¥ = Gu tans vs r¥a ta H2) | a = (axryay, a1) HI) Se AG, ¥1.21) © BC%s, Yay 22) So dois pontos quaisquer no espago, entao: Ya Yay 22-21) Verorerno Reno? 33 2.7 Condig&o de Paralelismo de Dois Vetores | Bm 1.53 vimos que, s dois vetoes i= (Xs, 94,21) € FC, Yan) so colineres (4 paaleos) existe um numero k tal que 7 = KV, ou a, (Ya 24) = Kay Yay 22) (4, Yn 21) = (ho kya, ke) ‘mas, pela definigZo de igualdade de vetores: x =k, a= kya 22k, Esta ¢ a condigdo de paralclismo de dois vetores, isto ¢, dois vetores so paralelos quando suas coordenadss sfo proporcionais. Representase por u//v dois velores u © ¥_ puralelos. Exemplo Os vetores U = (-2,3-4) © ¥=(-4,6,-8) so paralelos pois: E claro que se uma componente “¢ um yvetor & nula, a componente correspondente de um vetor paralelo também é nula. 2.7.1 Problemas Resolvidos 4) Dados os pontos A(@,1,-1) & B(1,2,-1) € 08 vetores W =(-2,-1,1), ¥=(3,0,-1) € W=(-2,2, 2), verificar se existem os ntimeros a,,a; € a, tals que W=a,AB +a, +av. 34 Geometrie anattica Solugéo sTemae: AB=B~A=(1,2,-1)- 1,2 (1 -0,2 #CD,-1 10) = 1,0) Substituindo os vetores na igualdade dada, resulta: (2,2,2)2 ay (1, 1,0) #2262, -1, ta3B,0,-1 (2, 2,2)= (a1 84, 0) #23, a» Aa) + 89,05 a9) ‘Somando os trés vetores do segundo membro da igualdade, vem: (2,2,2)= (ay 202 + 3ay, a1 ~A2582 = 89) Pela condigao de igualdade de vetores, obteremos o sistema: ay ~2ay +3aq = 2 2 ay- a= 2 que tem por solugio a Logo: saab +0 -¥ 5) Dadou os pont PCL, 2,4, (23,2) © R(2,1+-1), detrminar st soorduadee de Hn ponto $ tal que P,Q, R € S sejam vértices de um paralelogramo. Solupio ‘Se PORS € 0 paralelogramo da figura, entso PG = SR e PS = Q s 6) Vetores no R* eno R? 35 Para S(x, y, 2), vamos ter na primeira igualdade: (1,-2)*@-x 1 -y, ‘mas, pela definigdo de igualdade de vetores: Essas igualdades implicam ser x= 1, y=0 ¢ Logo: S=(1,0,1). Com a utilizagzo da 2# igualdade, o resultado obviamente seria 0 mesmo. Além desta solugdo, cexistem duas outras que ficam a cargo do leitor. DDeterminar os valores dem e 1 paraque ejam parselos os vetores i = (m+, 3,1) ¢ v= (4,2, 2n-1). Solugio ‘A-condigio de paralelismo de dois vetores permite escrever: ou 2m 41) = 12 3@n-1) = 2 2am+2 on-3 Aho dsitema pie ding m= $e ae 35 Geometria anattica 7) Dar as expressGes das coordenadas do ponto médio do segmento de reta de extremidades ‘A(si.¥1) © BOs, Ya): Solugéo © ponto médio M é tal que AM = MB M-A=B-M Sendo M (x,y), vem: (x=, Yon) = Oa -% Ya Yd e dai: X-x =m =X yoy =¥a-¥ portanto: 2x =x; +X yey ty logo: eeR th. th 2 2 ant «ut eee z 28 2 3) 4 3) 5) rn 8) % 10) un) 12) 13) Vetores no R? eno __37 Problemas Propostos Determinar a extremidade do segmento que representa 0 vetor ¥ = (2,5), sabendo que sua origem é 0 ponto A(-1, 3) Dados 0s vetores @ =(3,-1) © ¥=(-1,2), determinar o vetor w tal que oa@-H 4 beent-@ 2b) 3w ~V~ W) = 24-30) Dados os pontos ACI, 3), B(2,5) ¢ C(3,-1), caleular OX - AB, OC -BC © 3BK -4CB. Dados os vetores W=@,-4) ¢ V= CG, Weave ¥=bu. 2), vera se exten nomeros 4 € 6 as que bador es wise F=(Q,-8), 7=65,1) @ Hm (126) determina by hy tae Wek they. Dados ospontos AGI.3), BC, 0}, CQ), deteminar D tal que BE = HR. Dadoses potos A(2s-3,1) © BO,5,-2),detrminaro ponte P al que AB =F Datos os pontos AC-1,2,3) € B(, 2,0), deteminaro pono P talque AF = ail Determinar o vetor ¥sabendo que (3,7, 1) +2¥ =(6,10,4)-¥. Bncontrar os mimeros a) © a tais que W=m¥,tarva, sendo Vi =(1,-2,1) Va =(2,0,-4) e W = 4, -4, 14). Determinar ae b de modo que os vetores = (4,1,-3) € ¥=(6,a,b) sejam paralelos. Vorificar se sfo colineares os pontos: 2) AC1,-5,0), B(2,1,3) ¢ €(2,-7,-1) D)AQ1,-D, BG,-1,0) © C(1,0,4) Calcular a eb de modo que sejam colineares os pontos A(3,1,-2), BU,5,1) © (a, b.7). 38 Geometria analtica 5) € D(2,1,3) sfo vértices de um 14) Mostrar que 0s pontos A(4,0,1), B(S,1,3), C3, paralelogramo. 15) _Determinar 0 simétrico do ponto P(3, 1, -2) em relapio a0 ponto A(-1, 0,-3). 2.8.1 Respostas dos Problemas Propostos 1) ,-2) 2)a)w 3) (4,1), (2,5), 65,30) oan-4, 5) k=-l e k=2 6) D(4, 4) D PBL) 8) (14, -10, -6) 9) ¥=Q,10 10) a =2, a2 wy asd ped 12)a) sim 4) nfo 13) 15) (5, -1,-4) CAPITULO 3 PRODUTOS DE VETORES 3.1 Produto Escalar CChama-se produto escalar (ou produto interno usual) de dois vetores U= yi ty,j + 4K € JexzT +ys] tank, ese representa por Uv, a0 mimero real UV =x tye $22 Oprodutoescalar de W por ¥ também é indicado por ese lé “Ul escalar ¥™ Exemplo se U=H-S+ak e Vadt-3-¥, temse UV 93 x 440-5) (2)48 x (-1)= 12+ 10-8 = 14 3.1.1 Problema Resolvide 1) Dados 0s vetores d= (4,0, -1) ¢ ¥, € 0s pontos A(4,-1,2) € BG,2,-1), Solugso BA =A-B=(4-3,-1-2,2-(1)=(1,-3,3) 40 Geomerriaenaitca Substituindo e resolvendo a equagio dada, vem a,-1).(@2,3)+ 1-3, 3) = 5 (4a, -1).(@+1,-1,6)=5 lat 1)+ 0-1) -1(6) = dat4-a-6=5 3a=5-446 3a=7 8 els 3.2 Médulo de um Vetor Médulo de um vetor ¥=(x,y,2), representado por |, 6 0 nimero real no negativo ou, em coordenadas, VWi=Vero BD ou every ee Exemolo Se V=(2,1,-2), ento 1Vl=/ OP UF tap = FF 4 A/T 3 Produtos de vetores 41 Observacées 4) Versor de um vetor Se 0 versor do vetor ¥ do exemplo for designado por U, tem-se ise) 3373 et 7 $25 Ga. -2¢ O versor 6, na verdade, um vetor unitéti, pois: 4S Ze dpe 2ype /Sed4e Bo / Gacy faa JF 5) Distancia entre dois pontos A distancia d entre os pontos A(xy, ¥s, 2s) © BCX, Ya, 22)€ assim definida: a=1AB ¢, portanto, d= a mF 02-11 He =a 3.2.1 Problemas Resolvidos 2) Sabendo que a distancia entre os pontos A(-1, 2,3) e B(1,-1, m) €7, caleular m, Solugao J OF + CBP (map =7 Geometria ena Elevando ambos os membros a0 quadrado e ordenando a equagdo vem: 4494m? -6m+9=49 nm? -6m-27=0 Resolvendo esta equagao do 20 grau pela conhecida formula abt BI = 4ae na qual a= 1,b=-6 © c=-27, obtémse: =e m=9 logo: m=9 ou m=-3, 3) Determinar a para que ovetor ¥= (@,-.4) sejaunitério Solugio Produtos de vetores__43, 3.3. Propriedades do Produto Escalar Para quaisquer que sejam os vetores U= (X11. 21), ¥= (Xay ¥ar2ah W= (Xay¥a02s) € MEIR, ¢ facil verificar que: D U.E>0 eT. -0 somente se T=F~(0,0,0) (imedito) (comutati ih Yi #22 VK + Yay ta AWD UD) 0. +8) =U V4 0. Ww (distributive em relagao a adigao de vetores) De fato: W@W 40) =x, (x tx) ¥1 (Va +9) #21 (22 #29) WG +8) = Gus + yaya + 2120) + OKs + YL Ys +2123) TSH FF IV) (ani?).97= m(a" .¥”)= a. (mi) (exereicio para o lettor) Elevando ambos os membros ao quadrado, ver 3.3.1 Problemas Resolvidos 4) Provarque [uv +¥/?= ul? +20 .¥ + [vP? Soluedo WW dP =@ 40). @e Vad. Wei +¥ W+¥) WaVP a0 Wad Vee Tae Were ip ead. T41eP 44 Geomeria ation Observariio De forma andloga demonstra-se que: W-¥P IGP 20 v4 5) Provar que (U+¥).(@-¥)= 10)? - IV? Solugio @+¥).@ 9d. T-T4+¥.@-¥) WV) GAT TT Tee TA (@+¥).@-¥)=1TP - 197 3.4 Angulo de Dois Vetores 434 vimos em 1.7 que o angulo @ entre dois vetores nZo nulos Ue ¥ varia de 0° a 180°. ‘Vamos mostrar que 0 produto escalar de dois vetores esté relacionado com 0 Angulo por eles formado, Se i #0, ¥ #0 ese 8 €0 Angulo dos vetores we ¥, entio: U.¥= TUL cose aplicando a lei dos co-senos 20 tringulo ABC da Fig 3.4, temos: c ey ey “4 Figura 3.4 1? + 1¥ 1-211 IVI cose a Produtos de vetores__4S Por outro lado, de acordo com as propriedades Il, II V do produto escalar (ver Problemas 4 © 5, Item 3.3.1): W-¥P =| 0? ev? 207 @) Comparando as igualdades (2) ¢ (1): VSP +11? - 2d fa + F-21071 [V1 cos logo: ULV =1TT IV cos ©. ) Concluséo: O produtoescalar de dois vetores U eV ¢ 0 produto dos seus médulos pelo co-seno do angulo por eles formado, Observacdes a) Se U.¥>0, de acordo com a Formula 3.41, cos deve ser um mimero positivo, isto é, cos > 0, oque implica 0 <8 <90°. Nesse caso, @ ¢ angulo zgudo ou nulo: b) Se W.¥ Lee e Pig 36 Como W e ¥ téma mesma diregdo, segue-se que: Wek, KER Enso: [d= LKIIVL = 4 (ev a wv ki-tait = es ce Wee Te iv ry logo. te is) porno, over pres de sobre ¥ (ph gS) E ong) ou eo 3.6.1 Problemas Resolvidos 15). Determinaro ver prejesfo de = (2,3, 4) sobre ¥ = (1,-1.0) Produtos devetores__ 57 Solugio Utilizando a formula: obtémse e oa -(@3 4.0 proj i= ( 16) Sejam os pontos A(1,2,-1), B(-1,0,-1) € C(2,1,2). Pede-se: 42) mostrar que o trigngulo ABC ¢ retangulo em A; ) calcular a medida da projeao do cateto AB sobre a hipotenusa BC; ©) determinar o pé da altura do tringulo relativa ao vértice A. Solucio 42) Para mostrar que 0 Angulo A & reto basta mostrar que os vetores AB e AC sio ortogonais, isto 6, AB. AC = 0, A x? 58__Geometria natin +b) Vamos calcular primeiramente o vetor projegso do vetor BA sobre o vetor BC. Pela Formula 3.6, sabe-se que: Be ‘Sendo BA = (2, 2,0) ¢ BC =(3,1, 3), vem: 2, 2, 0).(3,1,3) = 642 4 proj. OA 22S CLD GEE ND £13) ‘A medida da projegdo do cateto AB sobre a hipotenusa BC ¢ 0 médulo do voter ov seja = 4 nO [Sona $j VIF aa VE <¢) Soja Hx, y,2) © pé da altura relativa a0 vértice A. = A = proj. 4 BA PIO}. 5 BH =H -B=(- CI, y-0,2-C)= HL y.24D aK 8 Prol. Fe “19 B13, logo: 24 8 (eth y.2t D5 75°19 ‘Tendo em vista a definigio de igualdade de vetores, vem: Resolvendo 0 sistema, se obtém: ee sas HC is * 19" 19) Observagio se ¥ € um etor unt, a formula (3.6) reduce: poi gifs @.3)%, pole 7.71 Sendo T=(x,y,2), © oomierando os wtores putclaes 7=(1,0,0), T=(0,1,0) ¢&=(0,0,1), resuta: Nr By roi proj = HT 9 pro}. pit= @ KK = 2k jek Especificando, os vetores projegSes do vetor U = it + 4j +SK sobre os vetores sto 1,4} e SK, respectivamente. 3.7 Produto Escalar no IR? ‘Todo o estudo feito neste capitulo em relagio a vetores do IR® 6 vélido também no R?. Considerando os vetores U=(x1,¥1) € V= (Kay Ya), temos: QvFeumtyy — yitie fe aor ©) validade das mesmas propriedades do produto escalar 60___Geomerie anata dsc 0 €oanguloentre U #6 © ¥ #0, entéo ae one TT €) TAT se, somente se, UV =0; observemos que vetores do tipo (a,b) © (-b,a) fo ortogonais ‘f) @ « @ B sio os angulos diretores de ut, entao: 38 Dados os wows Taait+yif4nk © Teaut + ydd +zgk,_tomados neta orem, chama-se produto vetorial dos vetores Ue ¥, € se representa por UY, a0 vetor: UxF= Om 2192) Gun -21¥)3 Huy -yma) E Cada componente deste vetor pode ainda ser expresso na forma de um determinante de 28 ordem: Produtos devetores__ 61 pois 0 29 membro de 3.8 € 0 desenvolvimento deste determinante simbélico segundo os ele- rmentos da 14 linha, observada a alternancia dos sinais que precedem os termos desse 2° membro, Na verdade, o sfmbolo a direita da igualdade(3.8-I)ndo ¢ um determinante, pois a primeira linha contém vetores ao invés de escalares. No entanto, usaremos esta notagio pela facilidade de memo- Tizagdo que ela propicia no célculo do produto vetorial. Observacio © produto vetorial do vetor J pelo vetor ¥ 6 também indicado por UAV ¢ se Ié “ vetorial ¥ Exemplo CAleulo do produto vetorial dos vetores U = St + 4j- 62 Geometria anata | FxdeO-4i-G-HF+G-OF rererienerrs Logo, os vetores x ¥ € ¥ XW sfo opostos, isto é, U x¥e-¥ xi, 0 que significa ‘que o produto vetorial ndo € comutativo. 3.9 Propriedades do Produto Vetori Veremos que algumas propriedades do produto vetorial estéo intimamente relacionadas ‘com propriedades dos determinantes. 1) Wx d= qualquer que seja wv. De fato, de acordo com a definigéo: ‘Tendo em vista uma propriedade dos determinantes (.. duas linhas iguais ..): Uxd=0 Observopi0 Resulta desta propriedade que: 7 xt-f xf =k xk = Produtos de vetores__ 63 WO x¥e¥xa De fato, de acordo com a definiga TT ¥ Ux¥ela ya Ma Ya te TT ¥xt=la ym x Yn a ‘Tendo em vista uma propriedade dos determinantes (... mocando-se entre si duas linhas ...) Ux Feta mM) Ux @+ wed xv. De fato, se XV aw, Wexttys} tak, VaWe (xr txs)tt(y2 tys)} Hea toa) logo: Heeger ee Tx@+H=] my og Xs Ya tya ta tt 64 Geometriaanaitca te acordo com uma propriedade dos determinantes (.. cada elemento de uma linha é uma soma de duas parcels.) maya ta) |Xs a te TG eed ved xa, Wp. (aid) x#= x5, De fato: i =mat + mya} + mark, logo: fier (mi) Tres vetorer Teésvetores nfo coplanaies ‘coplanares Rigere 3128, ID 0 produto misto independe da ordem circular dos vetores (Fig, 3.12-¢), isto é; + a Figur 3.12-¢ Fairetanto, o produto misto| muds de sinal quando se trocam as posigdes de dois vetores consecutivos, ito | Esta propriedade do produto misto ¢ uma consequéncia da propriedade dos determinantes | lativamente@ circulagto de linhas€ trace de duns Hinhas, Observant Resulta desta propriedade, denominada propriedade ciclica, que ossinais . ¢ permutam tie si no produto misto de trés vetores: U.CKMTx dw 80_Geomesrie anattea MD ¥,5 +) =G,¥, 8) +0,7,7) Demonstragdo:_s cargo do letor TV) Gi, ¥,mo)= (, mv, )=(ame, ¥, #) = (Gv, 3) Demonstragfo: a cargo doletor. Observacio O produto vetorial eo produto misto no sfo definidos no IR* 3.12.1 Problemas Rosolvidor 21) Verificar se sto coplanares os seguintes vetores: B=G,-1,4, ¥=(1,0,-1) © #=(2,-1,0) Sonugso (Os 126s vetores so coplanares se G7, ¥#)=0 a4 @yw= |r 04 2-10 Logo, os vetores ngo sao coplanares. 72) Qual deve ser o valor de m para que os vetores #¢= Sejam coplenares? Sejam coplanares, deve-se ter: -dm+6m-8+2=0 2m-6=0 am=6 23) Verificar se os pontos (1.2.4), B(-1,0,-2), ‘mesmo plano, Someso Produtos de vetores (m2, 8-1-9 F 8 (0, -2,4) €(0.2,2) e D(-2,1,-3) estao no Oe gusto pontos didos so coplanares we forem coplanares os vetores AB, AC ¢ AB, e, para tanto, deve-s ter (AB, AC, AB) AB) = 0 82 Gocmatria nalen 2 2 6 (BAC, AB |-1 0-2] = 0 3 1 Logo, os pontos dados sio coplanares. 3.13 Interpretago Geométrica do Médulo do Praduto Misto Geomotdcamente, 0 produto misto (7) ¢ igual, em mbdulo, 20 volume do parle: pipedo dz arestas determinadas pelos vetores v= AD, ¥ = ABc w = AC (Fig. 3.138). Piru 3.134 Produtos deverores _ 83 Sabese que o volume V de um paralelepipedo é: Y= (area da base) (altura) V=A, xh € Sendo 6 0 ingulo entre os vetores Ue ¥ x w, lembrando que o vetory x W é erpendi- calor & base, altura do paraleleprpedo € dada por: b= 10) cos 0} (€ messro considera o valor absoluo | os 8], pos 6 pode serum inguls obtuo) Logo, volume do paralelepipedo €: V=L¥ WT [008 0} V=ITUY x WI} cos 01 Fazendo Vixwai, vem: V= [i111 [cos 01 a) ‘mas, de acordo com (3.4-1): TPIT T cose em conseqigncia: 10 Z1= 111i 1c0s 6) @ 84 Geometra enattoa ‘Comparando (1) com (2), vern: errerd] 213.1 Volume do Tetraedro Todo palepipdo ¢ equaleme doi sms trangulaes igus, Como todo prisms ian equiae a és pris (que ao cao ao ttaedrs) de bse lua equivalertes 2 base alum do prisms, voli de cada une desis pmides¢ do volumed purllepiped, Sendo A,B €eD quatro pontos do pas, sds nt mesmo plano, nig colneues (Fig, 3.134) © arsas do prallepiped sf0deteminaas pelos veores AB, Ag © AB e,porasto, owe do itelro ABCD e: IAB, AC, AD) 3.132 Problemas Resolvidos 24), Dados os vetores i = (x, 5, 0), ¥ = (@ -2, 1) eW= C1, -D, ealeuar 0 valor de x ara que o volume do paraielepipedo determinado por Wf, 7 ¢ w seja 24.uy, (unidades de volume). Produtos de vetores__85 Solucéo (0 volume do paralelepipedo é dado por; VEY, # ¢, no caso presente, deve-se ter 1G, 9) =24 x 3 0 302 1 [= xe20 14a logo: Ix 20]= 24, ve, pela definigo de méculo, implica duas hipSteses: x420=24 ou: -x-=94 portanto x=4 oux=-44 28) Caleular © volume do tetracdro cujos vértices sf0: A(L,2, 1), B(7.4,3), C(4, 6,2) ¢ DG, 3, 3). 86__Geomeria analitica Soleo (© volume do tetraedro ¢ dado por: v=-LicaB, KG, 3B) AB = (6, 2,2) AE = 6,41) AB=0,1,2) 622 (HB,aC,AD)=] 304 1 |= 8 201 2 Portanto, o volume do tetraedro ¢: 3.14 Duplo Produto Vetorial Dados os wtors U=xttyftuk Veuityisen® © Wout tyd tk, chama.se dup produto vetorial dos vetores u,v e w aovetor Ux (vx w). Observapio ‘Tendo em vista que o produto vetorial no € sssociativo, em peral Ux x we xv) Ww Prodetor de setores 8? 3.15 Decomposigso do Duplo Produto Vetorial © dupio produto vetorial pode ser decompos:o ns diferenga de dois vetores com coeficientes Com efeito, o vetor it x (V ¥ W) € coplanar com ¥ € wi, isto: Wx (x Ww) = mv + nw 1s) Para determinar_ men, escothese 2 base ortonormal [i J, K} com? pasalelo « *, YT coplanar com ¥ e W,e K parabioa vx ® (Fig. 3.15), Figers 215 De acordo com a Figura 3.15 pode-se escrever G.1541) 1:8 Geomerinanatics Por outro lado: PoP Txw-[2 0 0 rr) ae Te@aw-| xy 2 [ sar aod 0 0 « ou logo: x F x i) =a0yt - acxy + abxt ~ abst ax @ Wy

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