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DISPLINA: FISICA II
SALINÓPOLIS
2021
De acordo com a teoria cinética dos gases um gás ideal é constituído por um
grande número de pequenas partículas (átomos ou moléculas), que estão em constante e
aleatório movimento. Essas partículas que se deslocam rapidamente
e colidem constantemente umas com as outras e com as paredes do recipiente que
contém o gás. O volume ocupado pelo gás é muito maior do que a soma dos volumes
das partículas, de modo que a magnitude das forças intermoleculares é muito
pequena. Nesse modelo teórico, pelo fato de encontrarmos um número muito grande de
partículas por unidade de volume, existem hipóteses impostas que representam o que
deve acontecer, em média, com as partículas do gás.
1. O NÚMERO DE AVOGADRO
N
n=
NA
M am M am
n= =
M mNA
2. GASES IDEAIS
R=k N A
pV =N k T
Vf
W =∫ p dV
Vi
Vf
nRT
W =∫ dV
Vi
V
Vf
dV
W =nRT ∫
Vi
V
W =nRT ¿
Vf
W =nRT ln
Vi
A equação acima não permite calcular o trabalho W realizado por um gás ideal em
qualquer processo termodinâmico, só pode ser usada quando a temperatura é mantida
constante. Se a temperatura varia T não pode ser colocada do lado de fora do sinal de
integração. Entretanto, podemos sempre voltar para determinar O trabalho W realizado
por um gás ideal durante qualquer processo, como os processos a volume constante e à
pressão constante. Se O volume do gás é constante, temos o W trabalho como:
W =∫ p dV =0
Se, em vez disso, o volume varia enquanto a pressão p do gás é mantida constante,
assim temos:
W =p ( V f −V i )= p ∆ V
Figura 1: Uma caixa cúbica de aresta L contendo n mols de um gás ideal. Uma molécula de
massa m e velocidade ⃗v está prestes a colidir com a parede sombreada de área L2. É mostrada
também uma reta perpendicular a essa parede.
Considere a molécula de massa m movendo no interior de um recipiente de
dimensões L × L× L como mostrado na figura, seguimos o movimento da molécula ao
longo do eixo x . A molécula atravessa as paredes com intervalo de tempo entre colisões,
dada por:
2L
∆ t=
vx
Como estamos supondo que as colisões das moléculas com as paredes elásticas,
quando a molécula colide com a parede, a única componente de velocidade que muda é
a componente x , que troca de sinal. Isso significa que a única componente do momento
que muda é a componente x que sofre uma variação:
2
∆ px 2 mv x m v x
= =
∆t 2L L
vx
2 2 2
Fx mv x 1 /L+m v x2 / L+…+ mv x N /L
p= 2
= 2
L L
p=
( mL )( v
3
2
x1 + v 2x 2+ …+ v2x N )
¿¿
N ¿¿
v2
v 2x =
3
Assim,
p=nM ¿ ¿ ¿
nM v 2rms
p=
3V
v rms=
√ 3 pV
nM
v rms=
√ 3 nRT
nM
=
3 RT
M √
4. ENERCIA CINETICA DE TRANSLAÇÃO
1 2
k= m v
2
Assim,
3KT
k méd=
2
Em uma temperatura T todas as moléculas de gás ideais, não importa qual a sua
massa, terão a mesma energia cinética média de translação. Se medimos a temperatura
de um gás, saberemos quais são também a sua energia cinética média das suas
moléculas.
1
λ=
√2 π d 2 N /V
A raiz quadrada velocidade média v rms dá uma ideia geral das velocidades
moleculares, a uma temperatura T . Informação mais completas é dada pela lei de
distribuição da velocidade de Maxwell,
( )
3/ 2
M 2
2 − M v / 2 RT
P ( v )=4 π v e
2 πRT
essa fração é igual à área de uma faixa de altura P ( v ) e largura dv . A área total sob a
curva da distribuição corresponde à fração das moléculas cujas velocidades estão entre
zero e infinito. Como todas as moléculas estão nessa categoria, o valor da área total é
igual à unidade, ou seja,
∫ P ( v ) dv=1
0
¿
V2
∫ P ( v ) dv
V1
∞
v med=∫ v P ( v ) d v
0
v med=
√ 8 RT
πM
∞
v 2
med =∫ v 2 P ( v ) dv
0
Substituindo P(v):
3 RT
v 2med=
M
Assim temos, a velocidade média quadrática, dada por:
v r ms=
√ 3 RT
M
vp =
√ 2 RT
M
Considere um gás monoatômico, tais como He, Ar ou Kr. Neste caso, a energia
interna E∫ ¿¿ do gás é a soma das energias cinéticas de translação dos átomos. A energia
cinética média de translação de um único átomo depende apenas da temperatura é dado
pela equação:
3
K med = kT
2
E
∫ ¿=( n N A ) K med =(n N A )( 32 kT ) ¿
k =R/ N A , substituindo,
E
∫ ¿= 32 nRT ¿
A energia interna de um gás ideal é uma função da temperatura do gás apenas, que
não depende de qualquer outro parâmetro.
Q=nC v ∆ T
∆ E∫ ¿=Q −W ¿
Obtemos:
∆ E∫ ¿=n C ∆ T −W ¿
v
Como o volume do recipiente é constante, o gás não pode se expandir, logo não
tem trabalho. W =0, teremos:
E∫ ¿
C v =∆ ¿
n∆T
3
C v = R=12,5 J /mol . k
2
∆ E∫ ¿=n C ∆ T ¿
v
Supomos que nós adicionamos uma quantidade de calor T para T + ∆ T e seu volume
V de para V +∆V mantendo a pressão constante p. A partir de experimentos,
constatamos que o calor Q está relaciona o a variação de temperatura ∆ T através da
equação:
Q=nC p ∆ T
∆ E∫ ¿=Q −W ¿
p ∆ V =nC p ∆ T −n C v ∆T
nR ∆T =nC p ∆ T −n C v ∆T
Assim,
C p=C v + R
3
A equação C v = R concorda com dados experimentais de gases monoatômicos
2
(molécula com um único átomo), mas falha em gases diatômico (molécula com dois
átomos) e poliatômicos (molécula com três ou mais átomos). De acordo com esses
modelos, os três tipos de molécula podem ter movimentos de translação e movimentos
de rotação. Além disso, as moléculas diatômicas e poliatômicas podem ter movimentos
oscilatórios, com os átomos se aproximando e se afastando, como se estivessem presos
a molas.
“Toda molécula tem um certo número f de graus de liberdade, que são formas
independente pelas quais a molécula pode armazenar energia. A cada grau de
1 1
liberdade está associado a uma energia média de kT por molécula ou RT por
2 2
mol.”
O calor molar específico correspondente é:
fR
C v= =4,16 f J /mol . k
2
9. EFEITOS QUÂNTICOS
pi V γi = pf V γf
Cp
Aqui a constante γ= , usando a lei do gás ideal pV =nRT , para eliminar p:
Cv
( nRT
V )
γ
V =constante
pi V γi −1 =p f V γf −1
A uma expansão livre Q=0 porque o recipiente de gás é isolado. Além disso uma
vez que a expansão tem lugar no vácuo o trabalho líquido W =0, a primeira lei da
termodinamica prediz que ∆ E∫ ¿=0 ¿ .
O gás é assumido ser ideal não há alteração na temperatura, logo T i=T f . Usando a
lei dos gases ideais que liga o inicial com o estado final do gás obtemos a seguinte
equação:
pi V i= pf V f
11. REFERENCIAS
HALLIDAY, D.; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos da Física. 9.ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2.