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ALUNO: Matheus Henrique Barbosa – RA: 300415

CURSO: Psicologia.

A preguiça intelectual

Desde que me entendo por gente, no ensino médico e mesmo depois que
ingressei na faculdade de pedagogia, na filosofia, na teologia e agora na psicologia,
sempre ouvi falar em plágio, e sempre me questionei o porquê das pessoas se prestarem
ao serviço de copiar uma ideia que não lhes pertence, afinal de contas – supõe-se que –
aprendemos que não podemos nos apropriar indevidamente daquilo que não é nosso.
Recordo-me do dia em que apresentei minha monografia da graduação em pedagogia (o
primeiro TCC a gente nunca esquece!). Uma companheira de classe foi apresentar seu
trabalho e tomou uma verdadeira “surra” da banca, pois esta percebeu que seu trabalho
havia sido feito por outra pessoa e com trechos copiados. Confesso que senti vergonha
alheia. Desde então tenho me policiado para não cair neste “pecado”.
Vivemos em uma época complicada intelectualmente, onde expor sua opinião é
motivo de discussões e agressões verbais – e físicas, algumas vezes. Diante deste
cenário, muitas pessoas optam por reproduzir aquilo que está pronto e à mão. É a
máxima do menor esforço imperando sobre a capacidade de dialogar e deste diálogo
surgir novas ideias. Neste sentido a ciência se torna algo vazio e posto ao descaso –
como temos visto nos últimos meses –, sendo mais fácil reproduzir ideias falsas ou sem
reflexão, dada a preguiça intelectual.
Diante deste cenário, o plágio aparece como um caminho mais fácil. Não é
preciso se desgastar para pensar e escrever, visto que alguém já o fez. Não é preciso
estudar, pois é cansativo. É mais cômodo copiar e apropriar-se. Algumas pessoas um
pouquinho mais “espertas” mudam uma palavra aqui e outra acolá, contudo a ideia
permanece copiada ilegalmente. A letargia intelectual segue presente.
Cabe a nós que temos acesso ao conhecimento, sermos formadores de opinião e,
por meio do nosso exemplo, mudarmos este cenário, sendo os primeiros a não fazer
parte dele não aderindo à preguiça intelectual, estudando, lendo, informando-se e
formando-se continuadamente.

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