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Para iniciar...
Observe a imagem abaixo e converse com seus colegas e professor.
© Diomedia
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Ciências – Unidade 3
Gravura do microscópio de Robert Hooke (esq.) e desenho de um corte de cortiça visto no microscópio,
mostrando células de uma amostra biológica.
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Ciências – Unidade 3
© Hudson Calasans
Núcleo Citoplasma Membrana
Parte da célula que guarda Substância gelatinosa Película muito fina que
o DNA, ou seja, o material que preenche a célula. delimita a célula, definindo
genético que armazena as sua parte interna e externa.
informações sobre as Ela seleciona as substâncias
características da célula que entram e saem da célula
que serão transmitidas aos e estabelece a comunicação
descendentes. com outras células.
Membrana Material
© Hudson Calasans
Célula procariótica.
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Ciências – Unidade 3
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Ciências – Unidade 3
Parede celular
Cloroplasto
Plasmodesmos
Centríolos
A ameba é um
ser unicelular.
Os seres pluricelulares
© Blickwinkel/Alamy/Other Images
O piolho é constituído
por diversas células.
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Ciências – Unidade 3
© Hudson Calasans
Molécula
Átomo Macromolécula
Tecido
Organela
Célula
Órgão
Sistema
Organismo
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Ciências – Unidade 3
Reação a estímulos
Outra característica que distingue os seres vivos dos seres inani-
mados é a capacidade de reagir a estímulos. Todos os seres vivos res-
pondem a estímulos. Estes podem ser físicos (mudança de temperatura,
pressão, luminosidade etc.) ou químicos (poluição do ar, ingestão de
alimentos, remédios etc.). Embora mais lentamente que os animais, as
plantas também respondem a estímulos. São exemplos conhecidos as
plantas crescerem mais em direção à luz, os vegetais ficarem mais fortes
com o uso de adubos, o movimento de abrir e fechar nas plantas carní-
voras para atrair e alimentar-se de insetos, entre outros.
Ciclo vital
Outra característica dos seres vivos é que todos passam por diver-
sas fases, realizando o ciclo vital: nascem, crescem, se reproduzem,
envelhecem e morrem. Embora alguns organismos não completem
todo o ciclo, ele acontece na espécie em geral.
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Ciências – Unidade 3
Ciclo vital da
Esporófito
adulto
Soro
Esporófito
jovem
Esporângio
fechado
Zigoto Oosfera
Esporângio
se abrindo
Liberação
Anterídio dos esporos
Prótalo
Anterozoide
Fase
sexuada
Ovos
Primeiro
estágio da larva
Adulto
Segundo
estágio da larva
Pupa
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Ciências – Unidade 3
Metamorfose
completa
Espermatozoides
Óvulos
Ovo
Metamorfose fecundado
Embrião
Girino
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Ciências – Unidade 3
Reprodução
A reprodução, processo pelo qual os seres vivos produzem des-
cendentes para perpetuar a espécie, é outra de suas características.
A reprodução pode ser sexuada ou assexuada.
A reprodução sexuada ocorre quando existe a fusão de duas
células sexuais ou reprodutivas – chamadas gametas –, como o
espermatozoide (gameta masculino) e o óvulo (gameta feminino),
entre dois indivíduos da espécie, macho e fêmea. Como ocorre uma
mistura das características do macho e da fêmea em seus descenden-
tes, eles nunca são idênticos aos pais, o que favorece a diversidade.
A reprodução assexuada é realizada de maneira isolada, pelo
próprio indivíduo, que dá origem a outros seres idênticos a ele, ou
seja, não envolve a fusão de células sexuais entre dois indivíduos
da espécie. A reprodução assexuada é particularmente visível nas
plantas, como as bananeiras, mas ocorre também com as amebas,
certas bactérias, estrelas-do-mar e esponjas marinhas, entre outros
organismos.
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Ciências – Unidade 3
© Nikolay Korzhov/123RF
um pedaço de seu caule, fincando-o na terra. Isso significa
que de um galho de hibisco pode brotar outro hibisco. Essa
forma de reprodução é sexuada ou assexuada? Justifique.
Adaptabilidade
Outra característica dos seres vivos é a adaptabilidade, desenvol-
vida ao longo de muito tempo, permitindo a sobrevivência e a repro-
dução da espécie em determinado ambiente. Ela é bastante influen-
ciada pela variabilidade e pelo processo de seleção natural.
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Ciências – Unidade 3
Bactéria E. coli.
Paramécio.
Cogumelo.
© Fabio Colombini
• Pluricelulares.
Samambaias,
Plantae • Eucariontes.
árvores, grama etc.
• Autótrofos.
Manacá-da-serra.
© Cia de Foto/Latinstock
• Pluricelulares.
Peixes, aves,
Animalia • Eucariontes.
mamíferos etc.
• Heterótrofos.
Tamanduá-bandeira.
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Ciências – Unidade 3
Papel na cadeia
Consumidor
alimentar
Vírus
Os vírus apresentam características tão peculiares que alguns
cientistas afirmam que não deveriam ser considerados seres vivos.
Como não podem ser classificados em nenhum dos cinco reinos,
outras formas de classificação dos seres vivos foram propostas, de
modo a abranger até mesmo os vírus.
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Ciências – Unidade 3
O vírus entra em
contato com a
célula-hospedeira
Vírus
Bactéria
Os novos vírus
recomeçam o ciclo
A bactéria é rompida
e os novos vírus
são liberados
...e se reproduz no
Novos vírus são formados interior da bactéria
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Ciências – Unidade 3
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Ciências – Unidade 3
Justiça determina reintegração de soropositivo. Expresso da Notícia, 4 maio 2006. Disponível em: <http://expresso-noticia.jusbrasil.com.br/
noticias/137347/justica-determina-reintegracao-de-soropositivo>. Acesso em: 21 nov. 2012.
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Ciências – Unidade 3
Reino Monera
O reino Monera é composto de bactérias e cianobactérias, que
podem ser encontradas em todos os biomas da Terra e até mesmo no
interior de outros seres vivos. São os menores e mais antigos orga-
nismos conhecidos; seu tamanho varia entre 0,5 e 10 milésimos de
milímetro e seu surgimento na Terra data de aproximadamente 3,4
bilhões de anos. Por isso, são considerados os precursores das formas
de vida atuais. São unicelulares, embora várias espécies se apresentem
como colônias, formadas por agrupamentos de células que, juntas,
podem chegar a medir 1 metro, como acontece com as cianobactérias.
A célula desses seres não apresenta um núcleo organizado. Portanto,
seu material genético encontra-se disperso em seu interior. © Can Stock Photo
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Ciências – Unidade 3
Atividade 7
Você é o cientista – Experimento:
pesquisando e produzindo iogurte
O iogurte é produzido pela fermentação realizada por uma cultura
mista de bactérias (Streptococcus e Lactobacillus). Nesse processo de
fermentação, elas consomem lactose para obter energia e liberam ácido
lático. O leite coalhado preserva a gordura, os minerais e as vitaminas
do leite puro, mas com uma proporção menor de lactose. Isso faz com
que a digestão do iogurte seja mais fácil que a do leite.
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Ciências – Unidade 3
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Ciências – Unidade 3
Ingestão de água ou
Na forma grave, forte diarreia, com Dukoral
Vibrio cholerae alimentos contaminados por
Cólera desidratação e prostração, dor (mas tem
(vibrião) fezes ou vômito de pessoas
abdominal e câimbra. baixa eficácia)
contaminadas.
Fontes: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias:
guia de bolso. 8. ed. rev. Brasília (DF), 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_
bolso.pdf>. PINHEIRO, Bruno do Valle; OLIVEIRA, Júlio César Abreu de. Pneumonia adquirida na comunidade. Pneumoatual, jun. 2006. Revisado
em fev. 2007. Disponível em: <http://www.unifesp.br/dmed/pneumo/Dowload/Pneumonia%20Adquirida%20na%20Comunidade.pdf>.
FERNANDES, Guilherme Côrtes; MARTINS, Fernando S. V.; CASTIÑEIRAS, Terezinha Marta P. P. Vacina antipneumocócica. Centro de Vacinação de
Adultos - UFRJ, 14 mar. 2003. Disponível em: <http://www.cva.ufrj.br/informacao/vacinas/pneum-pr.html>. Acessos em: 21 nov. 2012.
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Ciências – Unidade 3
Reino Protista
As algas e os protozoários constituem o reino Protista. Os protistas
possuem células eucarióticas e podem ser autótrofos ou heterótrofos.
Alguns organismos desse reino são unicelulares, como amebas e para-
mécios, e outros são pluricelulares, como as algas gigantes, que chegam
a atingir vários metros. Suas células são tão complexas que são capazes
de executar sozinhas todas as funções (locomoção, respiração, excreção,
reprodução etc.) que os tecidos, os órgãos e os sistemas realizam em um
ser pluricelular complexo.
© Dr. Tony Brain/Science Photo Library/Latinstock
© Steve Gschmeissner/Science Photo Library/Latinstock
Alga. Protozoário.
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Ciências – Unidade 3
Os protozoários podem
© Sinclair Stammers/Science Photo Library/Latinstock
Fonte: SVS/MS
Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS). Ministério da Saúde (MS). Disponível em: <http://portal.saude.
gov.br/portal/arquivos/jpg/mapa_leish_casos_2008_2010.jpg>. Acesso em: 21 nov. 2012.
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Ciências – Unidade 3
MAIA, Alexander Gori; BUAINAIN, Antonio Marcio. Pobreza objetiva e subjetiva no Brasil.
In: Confins. Revista Franco-Brasileira de Geografia, n.13/2011. Disponível em: <http://confins.revues.
org/7301#tocto2n1>. Acesso em: 21 nov. 2012.
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Ciências – Unidade 3
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Ciências – Unidade 3
Climas zonais
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Ciências – Unidade 3
As áreas de desmatamento
estão representadas em
vermelho.
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Ciências – Unidade 3
Danilo Augusto
Radioagência NP
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Ciências – Unidade 3
Reino Fungi
© Andrewblue/123RF
Líquen em
tronco de árvore.
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Ciências – Unidade 3
Fungos na culinária
Durante a preparação do
pão, mistura-se fermento bio-
lógico (que nada mais é do que
levedura, um tipo de fungo) à massa, deixando-a “descansar”. O gás
carbônico que a levedura libera se acumula no interior da massa, ori-
ginando pequenas bolhas que tornam o pão poroso e mais leve. O
teor alcoólico da massa do pão pode chegar perto de 1%, mas, ao
assá-lo, o álcool evapora.
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Ciências – Unidade 3
© Jomphong Polprasart/123RF
presentes em outros pratos da
culinária, como em saladas ou no
estrogonofe. A espécie Agaricus,
o popular champinhom, é a mais
consumida nesses pratos. Já
no Oriente, cogumelos como o
shitake e o shimeji são bastante
apreciados, enquanto os europeus
preferem as trufas.
Os fungos podem crescer na casca da Nas flores, os fungos podem causar desde
laranja, causando apodrecimento da fruta. pequenas manchas até a destruição completa
das pétalas.
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Ciências – Unidade 3
© Diomedia
© Martin Hospach/Getty Images
Os fungos podem crescer no pão, tornando-o
inadequado ao consumo humano.
© Diomedia
micoses aparecem comumente na pele e se
manifestam em qualquer parte da superfície
do corpo, sendo mais comuns as das unhas
e dos pés, conhecidas como frieiras ou pé de
atleta. Podem também afetar a mucosa vagi-
nal, como acontece na candidíase.
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Ciências – Unidade 3
Atividade 10 V
ocê é o cientista – Experimento:
pesquisando bolores
1. Neste experimento, você vai estudar os elementos que influem no
crescimento de fungos (bolores) nos alimentos.
Materiais necessários
• 1 fatia de pão amanhecido.
• 1 fatia de pão torrado.
• 1 fatia (pedaço) de queijo.
• 1 fruta (banana, por exemplo).
• 1 fatia de batata.
• 1 pedaço de limão.
• Outro alimento qualquer.
• Sacos plásticos transparentes.
• Fita adesiva ou fita crepe.
• 1 caixa de papelão (ou papel grosso).
• 1 lupa.
Procedimentos
1. Coloque cada alimento dentro de um saco plástico isolado. Feche o saco e prenda-o com fita adesiva ou
fita crepe.
2. Coloque os sacos na caixa de papelão e deixe-a acomodada em um local onde possa ficar guardada e
ser observada.
3. Combine com seus colegas e professor a periodicidade de observação da caixa.
4. Nas datas combinadas, com o auxílio da lupa, observe os pacotes com os alimentos e analise as transfor-
mações ocorridas, como o surgimento ou não de bolor, a coloração, a textura que o alimento parece ter,
a forma e o tamanho do bolor, ou ainda outros elementos que perceber e julgar importantes. Faça uma
tabela no caderno, como a sugerida a seguir, e anote nela suas observações.
Outro
Data Pão Torrada Queijo Fruta Batata Limão
alimento
5. Quando o bolor estiver bem desenvolvido, faça uma observação final mais detalhada e compare com a do
início do experimento. Em seguida, com cuidado, descarte todo o material no lixo.
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Ciências – Unidade 3
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Ciências – Unidade 3
Você estudou
Pense sobre
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4 Plantas e animais
Para iniciar...
A imagem a seguir mostra uma situação bastante comum na mata
e pouco comum nas cidades.
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Ciências – Unidade 4
Reino Plantae
Na Terra, existem diversos tipos de seres vivos. A vasta variedade
de organismos é agrupada de acordo com as características que eles
têm em comum. Dentre eles, estão microrganismos, animais e plantas.
Microrganismos
Também chamados Para que um organismo seja classificado como planta, são necessá-
micróbios, são
rias algumas características, tais como:
organismos
microscópicos, que • a capacidade de realizar a fotossíntese; e
não podem ser vistos
a olho nu, geralmente • a existência de parede celular em suas células.
unicelulares. Entre
eles estão os vírus, as
bactérias, os protistas e
Por meio da fotossíntese, a energia luminosa do Sol é transfor-
alguns tipos de fungos. mada em energia química, que fica guardada nas ligações químicas
entre os elementos que constituem a planta. Por essas característi-
cas, as plantas são seres autótrofos, multicelulares e formados por
células eucarióticas.
Ao contrário do carvalho, o musgo não tem sistema vascular que lhe dê sustentação.
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Ciências – Unidade 4
© Hudson Calasans
Ev
Gimnospermas Angiospermas
Primeiras
plantas com
flôr e frutos
Primeiras
plantas com
sementes
Primeiras
plantas
vasculares
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Ciências – Unidade 4
Briófitas
© Andrew Neilan/123RF
Musgo crescendo sobre pedras.
Cápsula
Esporos
Haste
Você sabia que o sufixo “-oide” quer
dizer “com a mesma forma, a mesma
aparência”? Filoide
Significa que os rizoides assemelham-se
a raízes; os cauloides, a caules; e os
filoides, a folhas. No entanto, nenhum
deles, de fato, cumpre a mesma função Cauloide
que as estruturas das plantas pteridófitas,
gimnospermas e angiospermas (como Rizoide
uma bananeira, por exemplo).
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Ciências – Unidade 4
© Hudson Calasans
distribuir água e nutrientes pelo corpo
da planta. Esse transporte é feito por
difusão, de célula para célula, o que
Após certo
torna esse processo bastante lento. tempo
Discuta com seus colegas e responda:
1. Como isso explica o fato de essas
plantas crescerem em locais úmi-
dos e não ultrapassarem poucos Região com grande
concentração
Região com pequena
concentração
Regiões com igual
concentração
centímetros de altura? de partículas de partículas de partículas
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Ciências – Unidade 4
© Wuttichok Panichiwarapun/123RF
absorção dos nutrientes, que leva
água e sais minerais do solo para a
planta; e
A borracha é derivada
do látex, seiva extraída
da seringueira.
Pteridófitas
As pteridófitas foram as primeiras plantas a apresentar um sis-
tema de vasos condutores de nutrientes, com raiz, caule e folha ver-
dadeiros. Por isso, seu tamanho pode variar bastante, desde as bem
pequenas (como a aquática salvínia, com 2,5 centímetros) até espécies
arborescentes (como a samambaiaçu, com mais de 5 metros).
© Blickwinkel/Alamy/Other Images
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Ciências – Unidade 4
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Ciências – Unidade 4
[...]
Os níveis produtivos do rebanho brasileiro também sofrem ingerências de
fatores relacionados à alimentação animal, mais precisamente pela ingestão de
vegetais tóxicos.
Nesse aspecto, e assumindo grande importância na exploração pecuária
extensiva, se destaca a Pteridium aquilinum, planta tóxica encontrada em quase
todas as regiões brasileiras, especialmente com solo ácido. Estima-se haver um
grande prejuízo na criação de bovinos no Brasil causado pela ingestão dessa
planta e suas consequências tóxicas.
Considerações sobre a planta
A Pteridium aquilinum, popularmente chamada de samambaia-do-campo ou
simplesmente samambaia, é uma planta perene [...] medindo entre 50 e 180 cm
de altura.
Os estudiosos destacam que a samambaia é uma planta cosmopolita de todas
as regiões tropicais e temperadas. Com exceção feita às plantas daninhas, é pos-
sivelmente a mais ampla e distribuída das plantas vasculares.
Trata-se de um vegetal de característica invasora, sendo bastante frequente
em solos ácidos, arenosos e de baixa fertilidade. Infesta campos, matas ciliares,
capoeiras, beiras de matos e de estradas. [...]
Condições para intoxicar
[...] Em épocas de escassez alimentar, a fome constitui a primeira causa básica
de ingestão da samambaia pelos bovinos. Isto normalmente ocorre na estação seca
(julho a outubro), pois a planta suporta bem o período sem chuvas, possibilitando
sua procura pelos animais. Segundo alguns estudiosos, os bovinos que ingerem a
samambaia acabam “viciados na planta”, caracterizando, com isso, ingestões repe-
tidas e compulsivas. O terceiro fator que possibilita a procura dos animais pela
planta é a carência de pastagem fibrosa. Como a samambaia costuma se desen-
volver e atingir boa altura, os bovinos suprem a necessidade de fibra, comendo
os caules e folhas longas que a planta normalmente possui. Por fim, os bovinos
eventualmente se intoxicam pelo fornecimento de feno contaminado que contenha
a samambaia, o que pode ocorrer com animais semiconfinados. [...]
Riscos para a saúde pública
No leite bovino, a toxina da planta já foi isolada, demonstrando que os bezer-
ros que mamam o leite de vacas intoxicadas fecham o ciclo da doença e continu-
arão a ser doentes. Estudos também demonstraram a formação de tumores em
ratos e camundongos alimentados com leite de vacas que consumiram samam-
baia. O consumo de leite de vacas intoxicadas deve ser rigorosamente evitado [...].
[...] não há, ainda, conhecimento científico suficiente para condenar o con-
sumo de carne dos bovinos acometidos pela enfermidade. Entretanto, alguns
pesquisadores alertam que uma maior porcentagem de câncer de estômago no
homem ocorre nas regiões onde existem vacas que se alimentam de samambaia.
Por estas conexões, os exemplos ressaltam a importância dos conhecimentos da
ciência veterinária e suas inúmeras contribuições também para a saúde pública.
MARÇAL, Wilmar Sachetin. A toxidez da samambaia nos bovinos. Saúde animal. Disponível em:
<http://www.saudeanimal.com.br/bovino_samambaia.htm>. Acesso em: 21 nov. 2012.
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Ciências – Unidade 4
2. Agora, responda:
Gimnospermas
Com o passar do tempo e a sucessão de gerações, surgiu um novo
tipo de planta. Além dos vasos que conduzem a seiva, que as pteridó-
fitas já possuíam, elas apresentam uma variação muito importante em
relação às anteriores: as sementes.
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Ciências – Unidade 4
© Fabio Colombini
© Hércules Testa/Latinstock
Pinheiro. Araucária.
© Galyna Andrushko/123RF
Sequoia.
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Ciências – Unidade 4
As gimnospermas são
© Fabio Colombini
muito utilizadas na extração de
madeira, que alimenta a indús-
tria de papéis e móveis. Delas
também são extraídas gomas e
outras resinas para a produção
de solventes, perfumes, tintas
e vernizes, além de fornece-
rem matéria-prima para a pro-
dução de resinas empregadas
como substâncias antissépticas.
Podem ser usadas, ainda, como
plantas ornamentais.
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Ciências – Unidade 4
Angiospermas
As angiospermas se espalharam pelo ambiente terrestre graças
a dois fatores evolutivos que as diferenciaram das gimnospermas: o
desenvolvimento de uma proteção às sementes, chamado fruto, e de
um órgão reprodutor denominado flor.
© Fabio Colombini
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Ciências – Unidade 4
Reino Plantae
Briófitas Pteridófitas Gimnospermas Angiospermas
Úmido e Úmido e
Ambiente Frio ou temperado Diversos ambientes
sombreado sombreado
Rizoide,
Raiz, caule, Raiz, caule, folha, Raiz, caule, folha, flor,
Órgãos cauloide,
folha semente semente, fruto
filoide
Indicador de
poluição e Alimentação e
Uso Ornamental Alimentação
combate à ornamental
erosão
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Ciências – Unidade 4
Atividade 5 Os animais
1. Nesta imagem, quais animais estão representados?
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Ciências – Unidade 4
Reino Animalia
Os animais são seres eucariontes, pluricelulares e heterótrofos, ou
seja, são formados por muitas células nucleadas e se alimentam por
ingestão de nutrientes do meio.
© Hudson Calasans
BILATERAL
Ser humano
RADIAL
Hidra Esponja
(cnidário) (ascoide ou
sinicoide)
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Ciências – Unidade 4
Minhoca, baleia, lagartixa, coelho, rato, sapo, onça, tamanduá, tucano, mosca,
borboleta, tubarão, tatu, camarão, pato, barata, formiga, aranha, galinha, gafa-
nhoto, macaco, polvo, cobra.
Poríferos
O termo “poríferos” faz referência ao fato de os representantes
desse filo apresentarem o corpo todo perfurado por poros microscópi-
cos. Os poríferos pertencem ao grupo mais antigo de animais de que
se tem conhecimento, tendo surgido provavelmente há cerca de 600
milhões de anos. Supõe-se que sejam a conjunção de seres unicelulares
e heterótrofos que se agruparam em colônias. Não possuem tecidos
nem apresentam órgãos ou sistemas – não têm sistemas muscular,
nervoso ou sensorial.
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Ciências – Unidade 4
© Vanessa Devolder/Keystone
Cnidários
O grupo dos cnidários – do qual fazem parte as águas-vivas, os
corais, as caravelas e as anêmonas, por exemplo – foi o primeiro do
reino Animalia a apresentar uma cavidade digestiva no corpo. Essa
característica lhes permite ingerir porções maiores de alimento, que
podem ser reduzidos a pequenos pedaços na cavidade digestiva e,
assim, ser facilmente digeridos, antes da absorção pelas células. Tam-
bém foram os primeiros animais nos quais se constituíram tecidos,
embora sem a formação de órgãos. Em geral, vivem presos a algum
substrato, como rochas ou objetos submersos, mas algumas espécies
podem se locomover livremente.
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Ciências – Unidade 4
© Fedor Selivanov/123RF
de certos organismos.
A água-viva é
um cnidário.
Platelmintos
Os platelmintos, assim como espécies de outros grupos de ani-
mais, como os nematódeos e os anelídeos, são conhecidos popular-
mente como vermes. São animais invertebrados que: medem desde
alguns milímetros até vários metros de comprimento; têm corpo
achatado; e vivem em água doce ou salgada e em ambientes ter-
restres úmidos ou no interior de outros animais, como parasitas.
Os platelmintos surgiram na Terra provavelmente há cerca de 500
milhões de anos. Foram o primeiro grupo de que se tem registro a
possuir três camadas de tecido no início do desenvolvimento, e sime-
tria bilateral. Além disso, apresentam um princípio de formação de
cabeça, o que significa uma tendência à concentração dos principais
órgãos dos sentidos e do sistema nervoso na extremidade anterior
do corpo, a primeira a entrar em contato com os estímulos do meio,
o que acabou levando à diferenciação da cabeça.
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Ciências – Unidade 4
Da Redação do pe360graus.com
Esquistossomose ameaça trabalhadores rurais em Pernambuco. Globo Nordeste – Pe360graus. Disponível em:
<http://pe360graus.globo.com/diversao/cidades/sao-joao/2010/05/03/BLG,4183,4,270,DIVERSAO,1302-ESQUISTOSSOMOSE-AMEACA-
TRABALHADORES-RURAIS-PERNAMBUCO.aspx>. Acesso em: 18 dez. 2012.
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Ciências – Unidade 4
Nematódeos
Os nematódeos (ou nematoides) reúnem grande variedade de ani-
mais de corpo cilíndrico e afilado nas duas pontas. Vivem em quais-
quer ambientes: na água salgada, na água doce, no vinagre, no solo,
em órgãos vegetais (raízes, tubérculos, caule, folhas, sementes) e em
tecidos de diferentes tipos de animais. Algumas espécies podem supor-
tar ambientes com baixa umidade por meses ou mesmo anos, como
no interior de sementes de plantas mantidas armazenadas.
Cachalote Alguns nematódeos
É o maior animal marinho com dentes já conhecido. Pode medir cerca de 18 metros são microscópicos, mas
de comprimento e ficou imortalizado na obra Moby Dick ou A baleia, romance do
estadunidense Herman Melville, publicado em 1851. podem também chegar a
mais de 8 metros de com-
primento, como o Pla-
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Ciências – Unidade 4
Platelmintos Nematódeos
Doenças
Sintomas
Prevenção
Moluscos
Os moluscos são animais de corpo mole, embora alguns possuam
uma concha que protege o corpo. Essa concha pode ser externa, como
nos caramujos, mariscos e ostras, ou interna, como na lula. Mas há
também os que não têm concha, como o polvo e a lesma, entre outros.
© Planctonvideo/123RF
© Ivonne Wierink/Keystone
© Tspider/123RF
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Ciências – Unidade 4
Caramujo-gigante-africano.
Anelídeos
Os anelídeos são animais invertebrados, de corpo cilíndrico, mole
e segmentado transversalmente, como se fosse composto por uma
sucessão de anéis – daí seu nome.
© Andrew J. Martinez/Photoresearchers/Latinstock
© Bildagentur RM/Tips/Glow Images
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Ciências – Unidade 4
Instalações sanitárias adequadas são usa- marcantes, que se estendem para a realidade
das por menos de dois terços da população brasileira [...].
mundial, ou seja, 2,6 bilhões de pessoas não
Segundo o último censo (IBGE, 2010), além
utilizam um sistema de fossa séptica ou têm
acesso a uma latrina ou saneamento conec- de deficiências nos sistemas de eliminação de
tado a uma rede pública de esgoto com trata- dejetos, existem também no Brasil desigualda-
mento. Essa informação alarmante presente do des regionais no que diz respeito ao saneamento.
relatório OMS/Unicef em 2010 apresenta um Enquanto no Sudeste 82,3% dos domicílios
panorama do saneamento global e deixa clara possuem saneamento adequado, no Norte esta
a presença de disparidades internacionais cobertura é de 22,4%. [...]
VETTORE, Mario; LAMARCA, Gabriela. Censo 2010: uma leitura dos resultados sobre saneamento básico. Biblioteca Virtual em Saúde.
Disponível em: <http://dssbr.org/site/2012/01/censo-2010-uma-leitura-dos-resultados-sobre-saneamento-basico/>. Acesso em: 21 nov. 2012.
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Ciências – Unidade 4
Você estudou
Pense sobre
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