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DISCIPLINA: Psicologia da Educação 1

PROFESSORA: Dra. Alba Cristhiane Santana

DISCENTE: Luzinete Francisco Gudinho

. Cunha nos traz nesse texto, uma abordagem das contribuições da psicanálise
de Freud para a educação. Além disso, Cunha discorre acerca da formação da nossa
personalidade, visto que é construída por três instâncias: id, ego e superego. O id
encontra-se no sujeito desde o nascimento, toda sua expressão é inconsciente, atua
conforme o princípio de prazer e procura a libertação constante de toda energia,
tensão e excitação. O ego se progride a partir do id. O ego é coerente e racional, atua
de acordo com o principio da realidade, busca o prazer e evita o descontentamento.
O superego surge a partir do ego. Procura evitar qualquer pulsão que seja diferente
da sua consciência moral.

O autor ressalta também sobre a neurose, entende-se que é um conflito


psíquico que ocorre devido os conteúdos reprimidos. Tendo em vista que, as pulsões,
diretamente por serem energias, continuam a provocar o superego para chegar ao
nível consciente. A partir desse processo, Freud descobriu a origem de alguns fatos
da vida psíquica, exemplo os sonhos, aos atos falhos, a sublimação e as neuroses.
Para ele, o sonho é um desfecho da luta entre o id e o superego. Os conteúdos que
forma o sonho revela os desejos não satisfeitos contidos no inconsciente do individuo.
Os atos falhos são um equívoco na fala e memória provocado consequentemente
pelo inconsciente. O mecanismo denominado sublimação também é responsável por
expressa às tensões entre o id e o superego. As energias reprimidas são
transformadas e canalizadas para um único objetivo, possibilita ao ego realizar uma
atividade socialmente aceita. Neurose é um desequilibro que se apresenta na vida
consciente do sujeito, é o resultado aparente de desejos reprimidos pelo superego.

O escritor expõe como devem ser as relações pessoais no ambiente escolar e


como o educador deve agir na sala de aula, observando as atitudes dos educandos e
também se observar. Os métodos, planejamentos, os conteúdos das matérias são
coisas menos relevantes no ato de educar, a psicanálise deixa claro que devemos
voltar nossa atenção para o mundo oculto que existe no interior de docente e discente,
onde cada qual sofre com a pressão dos seus desejos. A psicanálise aponta que os
fenômenos na sala de aula vão mais além de serem apenas técnicos e sim mais
humanos, em relação à compreensão do outro na busca de relações saudáveis
consigo e com os outros, frisando o individuo e não o método. Sabe-se que, por mais
que o professor conheça a psicanálise, visto que ele não está apto para desenvolver
esse processo, pois, não está na escola para isso, e nem é contratado e pago para tal
função, ou melhor, não possui competência técnica e nem autorização para ser
psicanalista de seus alunos.

Após longos estudos Freud descobriu que, o desenvolvimento da


personalidade é regido pela libido. A Libido é compreendida como a energia originada
nas pulsões e que direciona o comportamento do individuo. A libido faz parte da
constituição do ser humano desde o seu nascimento, e é ela que estimula a pessoa
em busca de satisfação. A sexualidade é abrangente, não é absolutamente baseada
nos órgãos genitais de caráter instintivo, mas pelo contrário, refere-se de uma
sexualidade pulsional. Desse modo, o desenvolvimento humano transcorre por meio
de uma sucessão geneticamente definida por estágios, oral, anal, fálica, latência e
genital.

Fase oral: período corresponde ao primeiro estágio de desenvolvimento. A


energia psicossexual se situa em certas regiões do corpo. Logo após o nascimento, a
região em que se manifesta a libido é a boca. O ato de sugar proporciona prazer á
criança.

Fase anal: a ação de controlar as necessidades fisiológicas. A libido se desloca


para essa região.

Fase fálica: nessa fase que as crianças percebem que tem pênis ou que lhes
falta um. Ademais, há o complexo de Édipo, condição de rivalidade com o seu pai e
de sentimentos incestuosos relacionados à mãe. O complexo de Édipo é sanado
quando o menino experimenta o medo de castração por parte do pai e excede seu
medo, identificando-se com ele.
Latência: esse período os interesses da libido são suprimidos. Transcorre uma
repressão na energia sexual, que continua a existir, mas deixa de ser um foco. Além
do mais, é nesse período em que ás crianças se interessam mais pelas brincadeiras,
os esportes, os jogos, e as atividades escolares passam a desempenhar papel mais
importantes.

Fase genital: inicia-se no período da puberdade e se perdura até o final da vida


humana. Essa fase está marcada por um grande interesse sexual é nesse momento
que se inicia as relações amorosas.

Cunha ressalta a importância do educador, possuir conhecimentos


psicanalíticos, visto que é por meio deles que o professor, tem a compreensão o que
se passa com seus educandos nas diferentes fases de seu desenvolvimento, a forma
como sua libido se manifesta, os conflitos pelos quais enfrentam e as angústias que
afligem.

Sabe-se que o docente não constrói a personalidade do seu discente. Quando


o aluno vai pela primeira vez á escola os alicerces do seu caráter já se encontram
firmados, visto que deve ter precaução para não agir de modo que agrave certas
tendências do caráter do seu aluno.

CUNHA, Vinícius, Marcus. Psicanálise e Educação. 1. Professor Associado


da Universidade de São Paulo (Ribeirão Preto).

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