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INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE CIÊNCIAS DA VIDA

E DA NATUREZA (ILACVN)
Curso: Biotecnologia – Bacharelado
Disciplina: Biologia Celular Experimental
Professor(a): Berghem Morais Ribeiro

RELATÓRIO DA PRÁTICA 4
“EXTRAÇÃO DE DNA DA BANANA”

GIOVANA FÁTIMA SIMONETTI CANZI

Foz do Iguaçu
2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3
OBJETIVOS 4
MATERIAIS E MÉTODOS 4
MÉTODOS 4
PREPARO DA SOLUÇÃO DE EXTRAÇÃO 4
EXTRAÇÃO DO DNA 4
RESULTADOS 5
DISCUSSÕES 6
REFERÊNCIAS 6
1. INTRODUÇÃO
Em organismos eucarióticos (cujas células apresentam-se organizadas com membrana,
citoplasma e núcleo), o DNA é encontrado no núcleo das células e também nas mitocôndrias
e nos cloroplastos. As moléculas de DNA e de RNA consistem de apenas quatro tipos de
nucleotídeos. Os nucleotídeos são compostos precursores da síntese dos ácidos nucléicos que
contém um grupo fosfato, uma pentose (molécula de açúcar com cinco carbonos) e uma base
nitrogenada. (EMBRAPA, 2007)
Para a obtenção de amostras para a extração do DNA, como por exemplo tecidos
vegetais, devem ser cuidadosamente colhidas, armazenadas e refrigeradas. As partes da
planta devem ser lavadas e enxaguadas com água destilada ou submetidas a processo de
esterilização superficial, de acordo com o objetivo dos estudos a serem realizados. Para
melhor conservação, as amostras devem ser mantidas em temperatura de –20°C a –80°C,
dependendo do tempo de armazenamento. Para utilização de amostras conservadas em
estoque, é interessante o fracionamento em pequenas alíquotas, para que o material não
sofra descongelamentos sucessivos, que poderiam contribuir para a oxidação do tecido e para
a degradação do DNA. O manuseio dessas amostras deve ser feito preferencialmente com o
uso de luvas, para que uma parte dos ácidos nucléicos não sejam degradados por nucleases,
enzimas que normalmente estão presentes nos fluidos corporais liberados principalmente
nas mãos das pessoas. (EMBRAPA, 2007)
Com a finalidade de se obter amostras de DNA adequadas aos protocolos de
amplificação, é importante que exista uma sala exclusiva para esse fim. O DNA apresenta
grande afinidade pelo vidro e pode ser adsorvido na presença de alguns sais; por isso, esse
material não deve ser empregado durante o processo de extração. Todo o material plástico
(polipropileno) utilizado deve ser esterilizado e novo (não deve ser usado material reciclado),
para que as amostras apresentem boa qualidade e para que se diminuam os riscos de
contaminação entre amostras no momento da análise. (EMBRAPA, 2007)
2. OBJETIVOS
Discutir os conceitos relacionados à estrutura das células e as propriedades das
moléculas de DNA.
Aprender as etapas do processo de extração de DNA, assim como os reagentes
necessários para sua extração.

3. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS

I- Materiais e reagentes

Materiais Reagentes
1 Béquer de 500 ml Meia Banana
2 Béqueres de 200 ml Sal de Cozinha (NaCl)
1 Proveta de 150 ml Detergente lava-louças
2 Tubos de ensaio grandes Álcool comercial 98% gelado
1 Bastão de vidro 300 ml de água quente (65 C°)
1 Peneira, coador ou papel filtro
1 Colher de sopa
1 Colher de chá
2 Pipetas de pasteur
1 Saco plástico

II- Procedimentos
a) Preparo da solução de extração
i. Em um béquer de 500 mL foram adicionados uma colher (sopa) de detergente e uma
colher (chá) de sal, posteriormente foram adicionados 150 mL de água destilada. A
solução foi homogeneizada e submetida ao banho maria até atingir a temperatura
de 65 C°.
b) Extração do DNA
i. Com o auxílio de um saco plástico, metade de uma banana foi macerada e
transferida para um segundo béquer de 200 mL.
ii. IApós o aquecimento em banho maria, 50 mL desta solução foi adicionada no béquer
com a banana macerada e misturada suavemente com o auxílio do bastão de vidro.
iii. Depois de homogeneizada, a mistura foi deixada em repouso por 25 minutos. Em
seguida, a mistura foi peneirada e transferida para um terceiro béquer de 200 mL.
iv. Com o auxílio de uma pipeta de pasteur, foram transferidos 4 mL da solução filtrada
para um tubo de ensaio e, em seguida, com uma segunda pipeta de pasteur foram
adicionados 8 mL de álcool comercial gelado 98%, sem misturar. Após 3 minutos, o
DNA precipitou na interfase entre a solução de extração e o álcool. O resultado foi
observado.
4. RESULTADOS

A banana é macerada para que os constituintes da solução de lise (água, detergente e


cloreto de sódio) atinjam mais facilmente todas as células da fruta. A solução de lise misturada
à massa resultante da banana deu origem a uma solução liquefeita da polpa da fruta.
O detergente presente na solução de lise ocasionou o rompimento da bicamada lipídica
que compõe a membrana plasmática das células da banana (onde está contido o DNA) e das
organelas. Sob a ação do detergente, os lipídios constituintes, sob a ação do detergente,
tornam-se solúveis e são removidos juntamente com as proteínas que também estão
presentes na membrana.
Já o cloreto de sódio (NaCl) contribui com íons positivos que neutralizam a carga
negativa do DNA e são de fundamental importância por ajudar a manter as proteínas
dissolvidas no líquido extraído, bloqueando a sua precipitação associado com o DNA. Com a
adição do álcool etílico, observou-se a precipitação do DNA devido a sua baixa solubilidade
nesse solvente. Quanto mais gelado o álcool estiver, menos solúvel o DNA será, pois além de
formar uma mistura heterogênea em ambiente salino, ele fará com que as moléculas do DNA
se aglutinem, constituindo uma massa esbranquiçada e filamentosa.
Seguem imagens da aula prática:

Figuras 1 e 2, respectivamente.
Nestas figuras é possível observar o DNA na interfase entre a solução de extração e o álcool,
onde a solução de extração está completamente precipitada e o álcool se mantém na superfície.

5. DISCUSSÕES

A partir dos resultados alcançados é possível compreender do que são formados os


ácidos nucleicos, e como é possível degenerá-lo para a obtenção do DNA. Também foi possível
aprender como simples reagentes utilizados em nosso cotidiano são capazes de juntos
realizarem transformações como esta, assim como suas composições químicas, e a causa de
cada um quando adicionados na banana macerada.
Com relação a utilização do banho maria no laboratório, houve a descoberta de muitos
sobre o fato de que este nome “banho-maria” é também cientificamente utilizado.
O experimento resulta em um aprendizado significativo sobre o tema em questão,
mostrando através da discussão do mesmo que aliança teoria/prática conduz a uma fixação
efetiva dos conceitos trabalhados em sala de aula (disciplina de Biologia Celular).

6. REFERÊNCIAS

AMABIS & MARTHO. Conceitos de biologia. Volume 1. São Paulo, Editora Moderna, 2001.
USP – Ciência a mão. Disponível em:< http://www.cienciamao.usp.br/>. Acesso em: 08 de
novembro de 2022.
CRUZ, V.L.G. (UFPI) ; SOUSA, P.B. (UFPI) ; SOUSA, L.M. (UFPI) ; PASSOS, A.G.F. (UFPI) ; LEAL,
R.C. (UFPI). SIMPEQUI, Extração do DNA da banana: aliando teoria e prática no ensino de
ácidos nucleicos em Bioquímica. 10° Simpósio Brasileiro de Educação Química. Teresina, PI:
Julho, 2012.
OLIVEIRA, Márcia Cristina de Sena. Fundamentos teórico-práticos e protocolos de extração
e de amplificação de DNA por meio da técnica de reação em cadeia da polimerase.
Embrapa Pecuária Sudeste. São Carlos, SP: 2007.

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