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ESCOLA ESTADUAL: Professor José Ribamar pestana

DIRETORA: Andrea Carla C. da silva


PROFESSORA:
ALUNO:
DISCIPLINA: Biologia
TURMA: 233 TURNO: noite
DATA: 28 de novembro de 22

Pesquisa: - Deriva genética e seleção natural


Seleção natural

A seleção natural é um dos mecanismos fundamentais da evolução. Essa


teoria evolutiva foi formulada pelo naturalista Charles Darwin (1809-1882).

A seleção natural afirma que as características vantajosas de uma população


para um determinado ambiente são selecionadas e contribuem para a
adaptação e sobrevivência das espécies.

Como ocorre a seleção natural?


A seleção natural ocorre pela necessidade de sobrevivência e adaptação das
espécies ao ambiente.

É através dela que as espécies mais adaptadas persistem no ambiente. Os


indivíduos com características mais adequadas para um determinado ambiente
são mais propensos a sobreviver e se reproduzir.

Assim, as características vantajosas dentro de uma população são passadas


para a geração seguinte. Os indivíduos menos adaptados não se reproduzem,
fazendo com que uma característica desvantajosa torne-se cada vez mais rara.

Na seleção natural as características vantajosas são mantidas na população

Na época em que Darwin formulou a teoria da Seleção Natural não existiam


estudos genéticos. Portanto, ele não soube explicar os mecanismos da
transmissão de características hereditárias.
Hoje, sabemos que os genes são os responsáveis pela transmissão das
características aos descendentes.

Por fim, é importante ressaltar que a seleção natural é um processo lento e


gradual. Porém, atua de modo permanente nas populações.

Isso porque ela promove variação nas características de uma população, como
tamanho, peso ou coloração. Aquelas características vantajosas são mantidas
e repassadas aos descendentes, enquanto as desfavoráveis são eliminadas.

Além disso, ela não atua de modo isolado no processo evolutivo. A seleção
natural e a mutação são os principais fatores responsáveis pela evolução das
espécies.

Tipos
A seleção natural pode atuar de três formas diferentes:

 Seleção direcional: Prioriza um dos fenótipos extremos por ser o mais


vantajoso para a população.
 Seleção estabilizadora: É o tipo mais comum de seleção natural. Ela
seleciona fenótipos intermediários, fazendo com que aparecem em maior
quantidade. Nesse caso, os fenótipos extremos são eliminados.
 Seleção disruptiva: Ocorre quando dois ou mais fenótipos extremos são
mantidos na população.

Charles Darwin
O naturalista inglês Charles Darwin formulou a teoria da seleção natural no
século 19. Ele estudou a variação entre plantas e animais em sua viagem a
bordo do navio Beagle, que percorreu todo o mundo.

As suas ideias foram publicadas em um livro chamado "A Origem das


Espécies", em 1859.
Deriva Genética

A deriva genética é uma mudança na frequência dos alelos que ocorre,


diferentemente da seleção natural, de maneira aleatória. É um dos
mecanismos básicos da evolução, juntamente à seleção natural, migração e às
mutações. Esse mecanismo, é importante principalmente em pequenas
populações e pode ser definido como uma mudança das frequências alélicas
que ocorre de forma totalmente aleatória. Apesar de também afetar a
composição genética de uma população, ela se diferencia da seleção natural
por não produzir adaptações.

Ou seja, a deriva genética é um processo em que se observa flutuações não


esperadas nas frequências alélicas de uma geração para outra em decorrência
de eventos aleatórios. Esses eventos aleatórios podem ou não estar
associados à sobrevivência ou reprodução. Sendo assim, essas mudanças nas
frequências não atuam de modo a selecionar adaptações, como é o caso da
seleção natural.

Imaginemos, por exemplo, que uma espécie de plantas viva em uma


determinada área. Essas plantas apresentam alelos que determinam a
coloração vermelha da flor e alelos que determinam a cor branca. Essa área foi
utilizada para a construção de uma horta, e foram retirados alguns indivíduos
dessas plantas para o plantio de hortaliças.

A retirada foi feita apenas para conseguir um retângulo perfeito para a


construção da horta, entretanto, nesse local em que foram retiradas as plantas,
havia mais plantas que produziam flor vermelha, reduzindo drasticamente o
alelo dessa população.

Nesse caso, é possível perceber que os alelos foram selecionados totalmente


ao acaso, o que pode ser considerado uma questão de sorte.

Os incêndios, desmatamentos, inundações e outros tipos de alterações no


ambiente podem reduzir o tamanho de uma população.

Por ocorrer a seleção de apenas alguns alelos, à deriva genética pode ser
responsável por diminuir a variedade de uma população, principalmente em
populações pequenas. Além disso, essa seleção de alelos pode gerar
especiação, ou seja, o surgimento de uma nova espécie.

→ Processos que resultam em deriva genética

Algumas circunstâncias podem resultar em deriva genética, tais como efeito


fundador e o efeito gargalo.
Efeito fundador: acontece quando uma pequena parcela de indivíduos isola-
se de uma população original grande, e coloniza um novo habitat, verifica-se
nesse caso que apenas uma parcela dos genes da população está presente
naquele novo grupo de indivíduos. Assim sendo, os fundadores desse novo
grupo são diferentes da população inicial. Como em alguns casos essa parcela
de indivíduos que originará uma nova população é selecionada ao acaso, como
podemos observar no exemplo abaixo.

Efeito gargalo: ocorre quando há uma diminuição acentuada em uma


população. Isso pode acontecer, por exemplo, por causa de uma grande
queimada que levou à morte de vários indivíduos. Por esse acaso, alguns
alelos podem apresentar maiores frequências que outros, e alguns podem até
mesmo desaparecer.

Isso pode ocorrer a ponto de os indivíduos sobreviventes não representarem


uma amostra genética da população primitiva. Essas alterações drásticas no
tamanho de uma população podem modificar a frequência de um alelo.

Quais as consequências da deriva genética?


A deriva genética remove a variação genética. Por ser tratar de mudanças ao
acaso, os alelos fixados ou perdidos pela deriva genética podem ser neutros,
deletérios ou vantajosos.

As populações pequenas são mais sensíveis a esse processo, ocorrendo de


forma mais rápida. Em populações maiores são necessárias muitas gerações
para eliminar ou fixar um alelo.
Como ocorre a Deriva Genética?
A deriva genética pode ocorrer de duas maneiras e em diferentes momentos da
história evolutiva de uma população.

As duas formas são o efeito fundador e o efeito gargalo:


Efeito Fundador
Esse caso de deriva genética ocorre quando uma nova população é fundada
por poucos indivíduos. Isso acontece porque a população primitiva foi reduzida
drasticamente ou porque alguns indivíduos migraram para outra área.

Nos dois casos, uma nova população é formada por poucos membros da
população original. Porém, esses poucos fundadores não contém a variação
genética total da população original. Assim, a nova população apresenta uma
variação genética reduzida.

Exemplo de efeito fundador na espécie humana

Temos como exemplo as comunidades religiosas da Alemanha que migraram


para os Estados Unidos. Em virtude de suas crenças, os membros das
comunidades mantiveram-se isolados da população norte-americana.

A partir da análise da frequência alélica dos membros da comunidade,


observaram-se diferenças significativas em relação à população norte-
americana.

Conclui-se que essa população não representava uma amostra representativa


da população original alemã e suas frequências alélicas mostraram-se
diferenciadas da população americana.

Efeito Gargalo
O efeito gargalo é uma redução drástica no tamanho da população. Ocorre
quando o tamanho da população é reduzido por pelo menos uma geração. Em
consequência do efeito gargalo, a variação genética é reduzida.

O efeito gargalo pode ser causado por desastres naturais, predação, caça
humana, perda de habitats, redução de migração, entre outros. Esses eventos
podem aleatoriamente eliminar muitos membros da população,
independentemente de seus genótipos.

Os sobreviventes iniciam uma nova população, na maioria das vezes, na


mesma área ocupada pela população original. A diferença principal entre o
efeito gargalo e efeito fundador é a existência de migrantes no efeito fundador.

Exemplo de Efeito Gargalo

Um exemplo de efeito gargalo é o caso dos elefantes marinhos do norte. A


caça intensa reduziu a população para algumas dezenas de indivíduos.
Sua população chegou a cerca de 20 indivíduos ao final do século 19.
Entretanto, suas populações já ultrapassaram 30.000 desde então.

Porém, os seus genes ainda carregam muito menos variação genética


comparados aos elefantes marinhos do sul, que sofreram menos com as caças
predatórias.

A Deriva Genética e a Seleção Natural


A deriva genética, seleção natural, mutação e migração são mecanismos
básicos da evolução.

A deriva genética altera a frequência alélica de uma população, de modo


aleatório. Ela não trabalha para produzir adaptações.

No processo de seleção natural, os indivíduos mais adaptados a determinada


condição ecológica são selecionados. Ela não atua de modo aleatório.

→ Efeito fundador e efeito gargalo

A deriva genética atua principalmente em populações pequenas e pode ocorrer


de duas maneiras:

Efeito gargalo: Acontece quando o tamanho da população se reduz


drasticamente em uma geração. Essa diminuição pode ocorrer em razão de
eventos naturais, como secas, terremotos e inundações. Esses eventos podem
eliminar alguns indivíduos ao acaso, deixando apenas alguns organismos, que
possuem variação genética reduzida, para dar origem a uma nova população.
Essa nova população possuirá frequências alélicas diferentes das iniciais.

Efeito fundador: É o estabelecimento de uma população nova a partir de


poucos indivíduos fundadores. Esses poucos indivíduos representam apenas
uma pequena porção da variação genética encontrada na população original,
favorecendo a fixação de um determinado alelo por efeito da deriva genética.

Deriva genética
Principais pontos

 Deriva genética é um mecanismo de evolução no qual as frequências


dos alelos de uma população se alteram ao longo das gerações, devido
ao acaso (erro de amostragem).
 A deriva genética ocorre em todas as populações de tamanho não
infinito, mas seus efeitos são mais fortes em populações pequenas.
 A Deriva genética pode resultar na perda de alguns alelos (incluindo os
benéficos) e na fixação, ou aumento para 100\%100%100, de
frequência, de outros alelos.
 A Deriva genética pode causar maiores efeitos quando uma população
tem o tamanho drasticamente reduzido por um desastre natural (efeito
gargalo) ou quando um pequeno grupo se separa da população
principal para fundar uma nova colônia (efeito fundador).

Introdução

A seleção natural é um importante mecanismo de evolução, mas ele é o único?


Não! Na verdade, às vezes a evolução simplesmente acontece ao acaso.

Em genética populacional, defini-se evolução como uma mudança na


frequência dos alelos (versões de um gene) em uma população ao longo do
tempo. Portanto, evolução é qualquer alteração nas frequências alélicas em
uma população ao longo das gerações – não importa se em razão da seleção
natural ou de outro mecanismo evolutivo e ainda se essa mudança torna a
população mais adaptada a seu ambiente ou não.

Neste artigo, vamos estudar deriva genética, um mecanismo evolutivo que


produz mudanças aleatórias (em vez de seleção direcionada) nas frequências
dos alelos ao longo do tempo.

O que é deriva genética?

Deriva genética é a mudança na frequência dos alelos de uma população de


geração a geração que ocorre em consequência de eventos ao acaso. De
forma mais precisa, a deriva genética é a mudança em razão de "erro de
amostragem" na seleção de alelos para a geração seguinte a partir do pool
gênico da geração atual. Ainda que a deriva genética ocorra em populações de
todos os tamanhos, seus efeitos tendem a ser maiores em populações
pequenas.
Exemplo de deriva genética

Vamos tornar a ideia de deriva genética mais concreta através de um exemplo.


Como demonstrado no diagrama abaixo, temos uma população bem pequena
de coelhos que é composta por 888 indivíduos da cor marrom
(genótipo BB ou Bb) e 222 indivíduos da cor branca (genótipo bb). Inicialmente,
as frequências dos alelos B e b são iguais.
Deriva genética atuando em uma pequena população de coelhos. Na terceira
geração, perdeu-se o alelo b da população por mero acaso.

E se, meramente por acaso, somente os 555 indivíduos marcados com círculo


da população de coelhos reproduzissem? (Talvez os outros coelhos tenham
morrido por razões não relacionadas à cor do pelo, por exemplo, aconteceu de
serem apanhados na armadilha de um caçador). No grupo sobrevivente, a
frequência do alelo B é 0{,}70,70, comam, 7 e a frequência do
alelo b é 0{,}30,30, comam, 3.

No nosso exemplo, as frequências alélicas dos cinco coelhos sortudos estão


perfeitamente representadas na segunda geração, como se vê à direita. Uma
vez que as frequências alélicas da "amostra" de 555 coelhos da geração
anterior eram diferentes daquelas da população como um todo, as frequências
de B e b na população se alteraram para 0{,}70,70, comam, 7 e 0{,}30,30,
comam, 3, respectivamente. 

[As frequências dos alelos sempre condizem com a amostra?]

Desta segunda geração, e se somente dois dos


descendentes BB sobrevivessem e se reproduzissem para gerar a terceira
geração? Nesta série de eventos, na terceira geração o alelo b fica
completamente perdido pela população.

O tamanho da população importa

É improvável que ocorra uma mudança tão rápida numa população grande,
como resultado da deriva genética. Por exemplo, se seguíssemos uma
população de 100010001000 coelhos (em vez de 101010), seria muito menos
provável que o alelo b fosse perdido (e que o
alelo B alcançasse 100\%100%100, percentil de frequência, ou fixação) após
um período tão curto de tempo. Se apenas metade da população
de 100010001000 coelhos sobrevivesse e se reproduzisse, como a primeira
geração do exemplo acima, os coelhos sobreviventes (500500500 deles)
tenderiam a ser uma representação muito mais precisa das frequências alélicas
da população original - simplesmente porque a amostra seria muito maior. 

Isso se parece com tirar cara ou coroa poucas ou muitas vezes. Se jogarmos a moeda
poucas vezes, podemos facilmente obter as frequências de cara e de coroa diferentes
de 505050 - 505050. Por outro lado, se jogarmos a moeda algumas centenas de vezes,
teremos algo muito próximo de 505050 - 505050 (ou então podemos suspeitar de que a
moeda é adulterada)!

Alelo benéfico ou prejudicial não importa

Deriva genética, ao contrário da seleção natural, não considera o benefício (ou prejuízo)
de um alelo para um indivíduo. Isto é, um alelo benéfico pode ser perdido, ou um gene
ligeiramente prejudicial pode ser fixado, simplesmente ao caso.

Um alelo, benéfico ou prejudicial está sujeito à seleção, bem como à deriva, mas deriva
forte (por exemplo, em uma população pequena) ainda pode causar a fixação de um
alelo prejudicial ou a perda de um benéfico.

[Como a deriva genética difere da seleção natural?]

O efeito gargalo

O efeito gargalo é um exemplo extremo da deriva genética que acontece quando o


tamanho de uma população é severamente reduzido. Eventos como desastres naturais
(terremotos, enchentes, incêndios) podem dizimar a população, matando quase todos
os indivíduos e deixando um pequeno e aleatório grupo de sobreviventes.

As frequências alélicas nesse grupo podem ser bastante diferentes daquela da


população anterior ao evento e alguns alelos podem ter sido perdidos
inteiramente. A população menor também será mais susceptível aos efeitos da
deriva genética por gerações (até que seus números retornem à normalidade),
potencialmente causando a perda de mais alelos ainda.
Como um evento gargalo pode reduzir a diversidade genética? Imagine uma
garrafa cheia de bolinhas de gude, na qual as bolinhas representam os
indivíduos em uma população. Se um evento gargalo acontecer, uma
variedade pequena e aleatória de indivíduos vai sobreviver ao evento e passar
pelo gargalo (para dentro do copo), enquanto a grande maioria será morta
(permanecerá na garrafa). A composição genética dos sobreviventes aleatórios
é, agora, a composição genética de toda a população .

Um gargalo da população produz uma variedade limitada e aleatória de indivíduos. Essa


pequena população estará agora sob influência da deriva genética por várias gerações.
O efeito fundador

O efeito fundador é mais um exemplo extremo de deriva, que ocorre quando


um pequeno grupo de indivíduos de uma população maior se separa para
estabelecer uma colônia. A nova colônia é isolada da população original, e os
indivíduos fundadores não representam a diversidade genética completa da
população original. Ou seja, os alelos na população fundadora podem estar
presentes em frequências diferentes da população original, e alguns alelos
podem não estar presentes. Conceitualmente efeito fundador é semelhante ao
efeito gargalo, mas ocorre através de um mecanismo diferente (colonização ao
invés de catástrofe).

Ilustração simplificada do efeito fundador. A população original contendo


quantidades iguais de indivíduos quadrados e redondos é fracionada em
diversas colônias. Cada colônia contém uma variedade pequena e aleatória de
indivíduos, os quais não refletem a diversidade genética da população maior,
original. Essas colônias menores estarão susceptíveis aos efeitos da deriva
genética por muitas gerações.
Na figura à direita, vê-se a população formada por iguais números de
quadrados e círculos. (Assumindo que a forma de um indivíduo é determinada
por seus alelos para um determinado gene).

Grupos aleatórios que partem para estabelecer novas colônias provavelmente


contêm diferentes frequências de quadrados e círculos daquela da população
original. Portanto, as frequências dos alelos nas colônias (círculos menores)
podem ser diferentes em relação à população original. Além disso, o tamanho
reduzido das novas colônias significa que essas vão sofrer uma forte deriva
genética por gerações.

Resumo

Ao contrário da seleção natural, a deriva genética não depende dos efeitos


benéficos ou prejudiciais dos alelos. Em vez disso, a deriva altera as
frequências alélicas puramente ao acaso, já que subconjuntos aleatórios de
indivíduos (e os gametas desses indivíduos) são amostrados para produzir a
próxima geração.

Toda população experimenta deriva genética, mas populações pequenas


sentem seus efeitos mais fortemente. A deriva genética não leva em
consideração o valor adaptativo de um alelo para a população, e pode resultar
na perda de um alelo benéfico ou na fixação (aumento da frequência a
tão 100\%100%100, percentil) de um alelo prejudicial em uma população.

O efeito fundador e o efeito gargalo são casos nos quais uma população
pequena é formada a partir de uma população maior. Essas "amostras" da
populações geralmente não representam a diversidade genética da população
original, e seus tamanhos reduzidos indicam que vão experimentar forte deriva
por gerações.

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