Você está na página 1de 174

Tese para obtenção do Diploma em Osteopatia (D.O.

Tribunal Internacional de 19 de Março de 2008

Campinas (Brasil)

Presidente do Tribunal: Francisco Alburquerque-Sendín, PhD D.O.

MRO.

Membros do Tribunal: Laura Legal, D.O. MRO; Juan José Boscá

Gandía, D.O. MRO; Ángel Burrel-Botaya, D.O. MRO; André Pêgas,

D.O. MRO (Br).

Scientific European Federation of Osteopaths

SEFO-EOM

REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA

VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO

FEMININO

Autora da tese: Berta Simon Nogueira de Almeida

Diretor da tese: François Ricard D.O – MRO (F)

Escola de Osteopatia de Madri


REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

D. Ricard François D. O. pela Escola de Osteopatia de Madri,

CERTIFICO

Que o estudo realizado para obtenção do título de D. O.:

REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM

“THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE

SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO,

de autoria de Berta Simon Nogueira de Almeida, foi realizado sob

minha supervisão, sob os auspícios da Escola de Osteopatia de Madri.

No meu entender, o mencionado estudo reúne os requisitos necessários

para que a autora possa obter o título de D. O. outorgado pela Escola de

Osteopatia de Madri.

Para que assim conste, firmo o presente certificado em Campinas, Brasil,

em 19 de março de 2009.

François Ricard

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
2
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. D.O. D. François Ricard, Co-director da Escola de Osteopatia de Madri


por aceitar ser o orientador da minha tese e pelos seus valiosos ensinamentos.

Ao Prof. Dr. Hugo Sabatino, pela dedicação e pelo consistente estímulo à


concretização deste estudo.

Ao Prof. Dr. Paulo Giraldo, pelas orientações e pela revisão deste trabalho.

Ao Prof. Dr. Paulo Koeke, pela sempre pronta disponibilidade e pela orientação
metodológica.

Ao Prof. Dr. Francisco Albuquerque pela orientação metodológica e sempre


pronta disposição.

A Prof. Dra. Anita Liberalesso Neri, pelas horas dedicadas à análise crítica deste
trabalho e à sua formatação segundo parâmetros correntes em publicações científicas.

A Sirley Morais do Dep. de Estatística da Unicamp pela apoio à análise estatística.

Aos Professores Doutores Barreto e Clodoaldo, do Departamento de Fisiologia da


Faculdade de Educação Física da Unicamp pela grande disponibilidade e
conhecimento.

Ao Departamento de Ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da


Universidade Estadual de Campinas por colocar a disposição desta doutoranda o
material necessário para a realização deste estudo.

A Fisioterapeuta Aline pela colaboração à editoração.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
3
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

RESUMO

Introdução - A manipulação espinhal com thrust de alta velocidade e curta


amplitude (ME - TAVCA) é frequentemente utilizada para tratamento da dor
lumbopélvica, porém sua repercussão sobre o assoalho pélvico é pouco estudada.

Objetivo - O objetivo deste estudo experimental não-controlado, com amostra não


aleatorizada, foi quantificar a pressão intra-vaginal (PIV) e o tônus perineal basal
(TPB), indicados por medidas de pressão da musculatura perineal, antes e depois da
aplicação da ME-TAVCA, em pacientes sem queixas de anormalidades lombares.

Sujeito, material e método - Foram analisadas 40 mulheres voluntárias, jovens,


saudáveis e sem partos vaginais. As medidas prévias da PIV foram obtidas por meio
de perineômetro introduzido na vagina das voluntárias, em decúbito dorsal
horizontal. Em seguida foram realizadas contrações voluntárias dos músculos
perineais de três formas diferentes: contração perineal rápida ou fásica (CPF),
contração períneal lenta ou tônica (CPT), contração períneal associada à musculatura
acessória (CPA). Novas medidas das pressões foram obtidas imediatamente após a
aplicação da ME-TAVCA sobre o osso sacro das voluntárias. As pressões foram
registradas e transcritas diretamente para um personal computer (PC) por meio de
software específico (LabVIEW ,1986).

Resultados - A média das PIV obtidas em mmHg antes e após a ME-TAVCA foram
respectivamente 56.01 (±25.54) e 66.65 (±25.63) para CPF; 445.90 (±186.84) e
483.14 (±175.29) para CPT; 65.62 (±26.56) e 69.37 (±25.26) para CPA. Houve
variação estatisticamente significativa apenas para os valores da CPF (p= 0,0020). O
TPB aumentou independentemente do tipo de contração realizada (p<0,05).

Conclusão - A ME-TAVCA sobre o sacro promove aumento da CPF e do TPB em


mulheres sem doenças osteoarticulares associadas. Estes achados preliminares
podem favorecer o tratamento de mulheres com hipotonia perineal.

Palavras chaves: Assoalho pélvico; Manipulação espinhal; Thrust de alta


velocidade e curta amplitude; Tônus perineal.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
4
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

ABSTRACT

Objective: Spinal manipulation with high-velocity and low-amplitude thrust


(HVLAT-manipulation) is frequently used for the treatment of lumbopelvic pain, but
the repercussion on the pelvic floor has been poorly studied. The objective of this
study was to quantify the intravaginal pressure (IVP) and the basal perineal tonus
(BPT), measured in terms of pressure, before and after the HVLAT-manipulation, in
patients without any neuromuscular and skeletal disfunctions.

Subject: 40 young, healthy voluntary women with no history of vaginal delivery.

Method: In this experimental no controlled no randomized study IVP was obtained


through a perineometer introduced into the volunteers' vagina in dorsal horizontal
decubitus. Voluntary contractions of the perineal muscles were measured in three
different ways: phasic perineal contraction (PPC), tonic perineal contraction (TPC),
and perineal contraction associated to accessory muscles (APC). New pressure
measurements were obtained immediately after the HVLAT-manipulation on the
volunteers' sacrum bone. The pressures were registered and transcribed directly to a
personal computer (PC) with a specific software (LabVIEW, 1986).

Results: The average IVP obtained in mmHg before and after the ME-TAVBA
HVLAT-manipulation were 56.01 (±25.54) and 64.65 (±25.63) for PPC; 445, 90
(±186.84) and 483.14 (±175.29) for TPC; 65.62 (±26.56) and 69.37 (±25.26) for
APC respectively. There was significant statistic variation only for PPC (p = 0.0020)
values. BPT increased independently of the type of contraction (p <0.05).

Conclusion: The HVLAT-manipulation on the sacrum was associated with a


increase of PPC and of BPT in women with no associated osteoarticular diseases.
These preliminary discoveries could favor the treatment of women with perineal
hypotony.

Key words: pelvic floor; spinal manipulation; high-velocity and low-amplitude


thrust; perineal tonus.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
5
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

SUMÁRIO

Página
AGRADECIMENTOS 3

RESUMO 4

ABSTRACT 5

INTRODUÇÃO 9

1.Osteopatia 11

1.1.Lesão osteopática ou disfunção somática 13

1.2. Manipulação espinhal 15

1.3. Princípios da aplicação da técnica de ME-TAVCA 19

1.4. Indicações e contra-indicações da ME-TAVCA 25

1.4.1. Absolutas 26

1.4.2. Relativas 27

2. O osso sacro: anatomia, biomecânica e disfunções. 28

2.1. Anatomia 28

2.2. Biomecânica da articulação sacro-ilíaca 33

2.3. Biomecânica do sacro e sua nomenclatura 36

2.4. Disfunções da mobilidade do sacro 37

2.5. Diagnóstico de uma lesão sacra 38

3. O períneo 41

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
6
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

3.1. Anatomia 41

3.1.1. O corpo do períneo 46

3.1.2. As fáscias 46

3.1.3. Os ligamentos 48

3.2.4. A inervação 48

3.1.5. O suprimento sanguíneo 49

3.2. Função e dinâmica do assoalho pélvico. 51

3.3. Métodos de avaliação do assoalho pélvico 53

METODOLOGIA 58

1. Justificativa 58

2. Hipóteses e Objetivos 58

2.1. Hipóteses 58

2.2. Objetivos 59

3. Delineamento e definição de variáveis 59

4. Sujeitos 63

5. Procedimentos de coleta de dados 64

5.1. Adaptação à situação experimental 65

5.2.Medidas das pressões vaginais 67

5.3. Manipulação espinhal 68

6. Procedimentos de análise de dados 75

RESULTADOS 79

1. Caracterização da amostra 80

2. Medidas individuais de pressão do assoalho pélvico antes e depois da 81

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
7
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

ME-TAVCA

3. Comparações entre as medidas de posição e de dispersão da pressão 87


vaginal para as três contrações

3.1. Contração Perineal Fásica (CPF) 89

3.2. Contração perineal tônica (CPT) 90

3.3 Contração perineal associada à contração da musculatura 91


acessória (CPA)

4. Comparações entre as medidas de posição e de dispersão do tônus 95


perineal basal (linha de base) para as três contrações

4.1. Tônus perineal basal na contração perineal fásica (CPF) 96

4.2. Tônus perineal basal na contração perineal tônica (CPT) 97

4.3. Tônus perineal basal na contração perineal associada à contração 98


da musculatura acessória (CPA)

DISCUSSÃO 103

CONCLUSÕES 110

REFERÊNCIAS 111

LISTA DE ABREVIATURAS 121

LISTA DE FIGURAS 123

LISTA DE TABELAS 126

LISTA DE ANEXOS 127

APÊNDICE. Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres 172


Humanos da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Brasil.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
8
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

INTRODUÇÃO

As dores lombar e pélvica crônicas são dois fortes motivos pelos quais as

mulheres procuram assistência médica. Talvez sejam a mais importante causa de

absenteísmo no trabalho entre mulheres 1, 2. Várias opções de tratamento vêm sendo

utilizadas com a finalidade de aliviar as dores crônicas da coluna vertebral, podendo-

se apontar os tratamentos medicamentosos, a acupuntura, a reorientação postural

(back school) e a manipulação espinhal, entre outros 2, 3.

A manipulação espinhal é um procedimento terapêutico utilizado

frequentemente por fisioterapeutas especializados em Osteopatia para o tratamento

de pacientes com dor cervical, lombar ou pélvica. Alguns trabalhos sugerem que, nas

síndromes dolorosas crônicas da coluna, a manipulação espinhal apresenta resultados

superiores aos da acupuntura e dos tratamentos medicamentosos 3. Em indivíduos

com dor sacro-ilíaca crônica, o tratamento preconizado pela back school parece

propiciar maior eficiência no controle da dor, embora manipulação espinhal tenha a

vantagem de melhorar a amplitude de movimento muscular 4 .

Diversos autores relacionam os efeitos benéficos da manipulação espinhal à

diminuição da dor, ao aumento da mobilidade articular, à normalização do tônus

muscular e à restauração da função articular 5, 6, 7, 8, 9,10. Segundo Ferreira et al 11, em

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
9
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

casos de dor lombar crônica, tratamentos com manipulação espinhal produzem

melhora no curto prazo, porém não a médio e longo prazo.

Trabalhos realizados em plataforma de força demonstram que pacientes com

diminuição da mobilidade sacro-ilíaca apresentam melhora da assimetria durante a


7,12
marcha, após a ME . Ao mesmo tempo, outros estudos relatam diminuição da

inibição do músculo quadríceps após a manipulação com aumento do momento de

força muscular (torque) em pacientes com dor anterior no joelho13, 14.

Embora seja conhecida a eficácia da manipulação espinhal para outros


5, 6, 7, 8, 9
segmentos da coluna espinhal não se sabe ao certo como ela atua sobre a

musculatura do assoalho pélvico, restaurando a mobilidade articular e normalizando

o tônus muscular dessa metâmera.

Os processos fisiológicos associados ao assoalho pélvico têm importante

participação na qualidade de vida das mulheres ao longo de toda a vida, por atuarem,

por exemplo, na manutenção da estabilidade pélvica, na continência de órgãos

pélvicos (bexiga, útero, intestino), no desempenho sexual, na passagem do feto

durante o processo de parturição 15, 16,17 e, principalmente, na manutenção apropriada

do diafragma urogenital e pélvico, que determinam à continência urinária17.

A contração muscular do assoalho pélvico pode estar relacionada à


18 15
instabilidade pélvica, principalmente em pacientes com dor lombar , . Doenças

como incontinência urinária de esforço (IUE), bexiga irritável, vulvodínea,

dispareunia e síndrome do cólon irritável, ainda não foram adequadamente estudadas

quanto à musculatura perineal e provavelmente seriam beneficiadas pelo uso de


19, 20, 21
técnicas que beneficiem o tônus da musculatura do assoalho pélvico . O

tratamento destas disfunções pode beneficiar-se da utilização da manipulação

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
10
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

espinhal, contribuindo para a estabilização da dinâmica funcional do assoalho

pélvico e para a melhora da sintomatologia da IUE, da vulvodínea, da dispareunia e

de dores lombares.

O objetivo deste estudo foi verificar quais os efeitos da manipulação espinhal

sacral sobre a musculatura do assoalho pélvico. A manipulação espinhal pode ser

uma opção no tratamento conservador de pacientes que apresentam disfunção lombo-

pélvica e dor lombar, em virtude de seus efeitos analgésicos, por normalizar o tônus

muscular e por restaurar a função articular. No entanto, há escassez de estudos

controlados sobre os efeitos da manipulação espinhal sobre os músculos do assoalho

pélvico.

A seguir serão apresentadas informações a respeito da osteopatia, método que

utiliza a técnica de manipulação espinhal, seus efeitos biomecânicos e

neurofisiológicos e formas de aplicação, objetivos, indicações e contra indicações.

Serão descritos a anatomia do osso sacro, sua biomecânica, suas disfunções e a

musculatura metamericamente relacionada a ele, o assoalho pélvico. Serão

considerados métodos para sua avaliação.

1. Osteopatia

Osteopatia é palavra derivada das raízes gregas osteon (osso) e pathos (efeitos

que vem do interior)18. Portanto, Osteopatia é a ciência que se ocupa da metodología

do tratamento do sistema músculo-ósteo-articular, em relação com outros órgãos e

sistemas do corpo humano. Surgiu nos Estados Unidos, pelas mãos do médico

Andrew Taylor Still (1828-1917), que apresentou os princípios desta terapia natural.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
11
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Posteriormente foi adotada por outros especialistas de diversas partes do mundo 22,23
24
. Seu criador acreditava que as enfermidades não resultam de uma causa única, mas

sim de um desequilíbrio interno que repercute sobre todo o corpo 18.

A Osteopatia vale-se de diversos métodos propedêuticos para formular

diagnósticos de disfunções do corpo humano e realizar tratamentos com o uso das

mãos. Tem como objetivo primordial realizar o diagnóstico etiológico da disfunção,

que nem sempre está localizada no local da dor e, a partir dele, estimular os sistemas

orgânicos por meio de diferentes técnicas, para que eles recuperem seu equilíbrio,

tenham funcionalidade mais harmônica e conquistem maior autocontrole, num

verdadeiro processo de autocura 25, 18.

Apóia-se em conhecimentos da Anatomia, da Fisiologia e da Biomecânica.

Tem excelentes resultados e, quando realizada de forma adequada, ajuda a evitar os

efeitos secundários das práticas convencionais, mediadas pelo uso de drogas 23. São

utilizadas técnicas manuais específicas, que atuam sobre cada tipo de tecido

(muscular, ósseo, nervoso, fascial), com o intuito de corrigir restrições de

mobilidade, também denominadas pela osteopatia de “disfunções somáticas” ou

“lesões osteopáticas”, que afetam diferentes estruturas (articulações, músculos,

fáscias, ligamentos, cápsulas, vísceras, tecido nervoso, vascular e linfático). É uma

prática recomendada e incentivada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e

apesar da sua popularização e dos seus avanços, ainda há escassez de pesquisas que

validem os diferentes procedimentos 26. Essa escassez se deve em parte ao fato de a

Osteopatia adotar procedimentos altamente individualizados, em parte à carência de

medidas validadas e de padrões-ouro para comparação dos resultados 22. A evolução

dos meios de diagnóstico, o melhor conhecimento dos processos fisiológicos do

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
12
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

corpo humano e a disponibilidade de instrumentos mais sensíveis e menos invasivos

têm contribuído para sanar essas lacunas.

1.1. Lesão osteopática ou disfunção somática

Os termos lesão osteopática e disfunção somática são sinônimos e

correspondem a uma disparidade tridimensional da mobilidade de um elemento

conjuntivo qualquer. Caracteriza-se por restrição de mobilidade, quase sempre

dolorosa, em um ou vários parâmetros fisiológicos de movimento 22. A definição de

Bienfait 27, que leva em conta a distribuição do tecido aponeurótico, fala em tensão

mio-fascial. Numa articulação, ela puxa um seguimento ósseo móvel para si e o

impede de mover-se no sentido oposto, dentro dos limites fisiológicos da articulação.

Uma lesão osteopática é sempre uma disfunção primária. Pode ser provocada

por uma coaptação articular, um pinçamento dos meniscos intervertebrais, uma

barreira neuromuscular ou uma sobrecarga dos ligamentos. Uma disfunção

secundária é definida como uma compensação por via puramente mecânica (tensão

miofacial, re-equilibração postural), ou seja, adaptação a uma disfunção à distância


28
.
25
Os trabalhos realizados por Denslow e principalmente por Irwin Korr

demonstram que um nível vertebral, que se encontre com uma lesão osteopática ou

disfunção somática, apresenta um segmento medular com receptividade excessiva de

estímulos nervosos. Este segmento medular que é submetido a um bombardeio

incessante de estímulos nervosos oriundos de outros centros medulares, é

denominado facilitação medular 28. (Ver Figura 1).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
13
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Figura 1. Representação esquemática da facilitação medular (retirado de

Ricard 28).

28
Segundo Ricard , além de provocar uma simpaticotonia local cutânea, o

estado de facilitação medular pode se estender para todos os neurônios cujo corpo

celular esteja situado no segmento medular que inerva a articulação patológica, e

assim, repercutir sobre as seguintes estruturas:

a) Miotoma: cadeias lesionais neuromusculares;

b) Dermatoma: dermalgias reflexas no âmbito dos nervos sensitivos cutâneos

superficiais, sensibilidade cutânea;

c) Esclerotoma: dores das articulações, dos ligamentos, do periósteo;

d) Enterotoma: disfunções neurovegetativas viscerais;

e) Angiotoma: vaso-espasmo arterial.

Os tecidos que recebem inervação motora (músculos, vasos, glândulas), a

partir do segmento facilitado, estão expostos à inibição ou à excitação dos neurônios

facilitados, produzindo hipo ou hiper atividade nos tecidos inervados por esses
28
neurônios . As alterações da mobilidade das articulações sacro-ilíacas geram

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
14
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

facilitação metamérica que provoca espasmos musculares na região lombo-sacra,

com sintomatologia local e à distância 22.

1.2. Manipulação espinhal

A manipulação espinhal é uma das diversas técnicas utilizadas pela

Osteopatia, para tratar das “disfunções somáticas” ou “lesões osteopáticas”, termos

utilizados por profissionais que trabalham com Osteopatia, para traduzir uma

diminuição tridimensional do movimento de uma estrutura qualquer, seja uma


22
articulação ou um tecido miofascial . Durante muito tempo as manipulações

espinhais eram consideradas como movimentos bruscos que produziam ruídos

articulares, porém na Osteopatia moderna, estás técnicas são realizadas de maneira

muito suave e sempre dentro de parâmetros articulares fisiológicos. L. Hartman D.O.

da British School of Osteopathy introduziu as manipulações parâmetros menores de

movimento como deslizamento e compressão18.

A manipulação espinhal pode ser realizada de diferentes maneiras. Uma delas

consiste na mobilização articular ou manipulação com estímulo (thrust) de alta

velocidade e curta amplitude (ME-TAVCA) sobre o segmento vertebral que se

encontra com restrição de mobilidade. Outra forma inclui mobilizações articulares

sem thrust, não consideradas por alguns autores como uma manipulação. 18, 29, 30, 31.

O uso de técnicas de mobilização com impulso de alta velocidade e curta

amplitude é cada vez mais comum nos tratamentos com Osteopatia e têm bons

resultados. Sem dúvida, ela deve ser utilizada em um contexto de tratamento, aonde

outras técnicas osteopáticas também são utilizadas 32,33.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
15
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Na década de 1980, o comitê científico da Federation of Manual Medicine

recomendou o termo “mobilização com impulso” para substituir os termos impulso

de alta velocidade, baixa amplitude e manipulação. Anteriormente, o termo

manipulação era usado para designar técnicas de mobilização com força impulsiva

extrínseca aplicada pelo terapeuta. Na atualidade, o termo manipulação se aplica

melhor ao uso terapêutico das mãos 33.


34
Segundo Kaltenborn , a técnica de thrust pode ser definida como uma

técnica de mobilização em que se realiza um movimento de translação retilíneo com

alta velocidade, curta amplitude e pequeno deslocamento, o qual não representa risco

de lesão ao paciente, desde que sejam cumpridas as indicações e contra-indicações

preconizadas pela técnica. As normas da International Federation of Orthopaedic

Manipulative Therapists (IFOMT) recomendam eliminar das mobilizações que

utilizam translações rápidas, as técnicas que envolvem rotação da articulação,

substituindo-as por movimentos seguros de translação, com tração e deslizamento 34.

Embora as manobras terapêuticas devam limitar-se a um único plano, é

possível influir simultaneamente nos três planos de mobilidade vertebral por meio de

focalização específica e a utilização de alavancas de movimento. Ao contrário das

manipulações ortopédicas, as manipulações osteopáticas não devem nunca ser

realizadas fora dos limites fisiológicos das amplitudes de movimento 33.

Ao ser aplicada sobre a articulação que se encontra com sua mobilidade

funcional diminuída, a manipulação produz um efeito surpresa sobre as defesas

fisiológicas articulares: uma separação brusca das superfícies articulares,

“surpreende” o sistema nervoso central, provocando um “black out” sensorial local


28
.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
16
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Ao separar as facetas articulares, o estiramento da cápsula articular estimula

os receptores de Pacini, que, através de fibras aferentes, transmitem informação

sensitiva ao corno posterior da medula espinal, onde ocorre inibição dos

motoneurônios gama, resultando em inibição do espasmo muscular que mantêm a

disfunção articular 22, 28 .


35
Shekelle descreve quatro hipóteses para explicar os efeitos da ME-

TAVCA: liberação do menisco sinovial, diminuição da hiperatividade gama, ruptura

de aderências articulares ou periarticulares e correção do movimento de segmentos

articulares. No entanto, existem duas ações distintas da ME, uma ação mecânica e
35
outra ação neurofisiológica. Segundo Shekelle o efeito “mecânico” intra-articular

parece ser totalmente distinto ou irrelevante em relação ao efeito neurofisiológico,


18
porém para Ricard o ruído articular assegura uma abertura máxima da faceta

articular, o que produz um estiramento importante da cápsula articular onde os

neuro-receptores estão hiperestimulados, garantindo uma boa resposta reflexa 18.

O efeito neurofisiológico é associado à cavitação do fluido sinovial, indicador

da abertura articular. Cavitação é o termo utilizado para descrever a formação de

cavidades ou bolhas de gás, devido à diminuição de áreas de pressão dentro da


36
cavidade articular . Segundo alguns autores, essas bolhas gasosas contem 80% de

dióxido de carbono ou densidade de nitrogênio. Estas bolhas permanecem no espaço

intra-articular entre 15 e 30 minutos, tempo que leva o gás para reabsorver-se até o

líquido sinovial 32. O som emitido durante a manipulação provavelmente tem origem

na separação das facetas articulares e na cavitação causada pela formação das bolhas
36 37
de gás , . Está demonstrado que, imediatamente após a cavitação, existe um
32, 33, 38
aumento da amplitude articular , principalmente na coluna vertebral 39, 40.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
17
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

36
Segundo Evans , apesar de as duas formas de manipulação, com e sem

impulso, serem classificadas como intervenções equivalentes 41, 42 em termos de seus

efeitos biológicos, a ME-TAVCA poderia ser classificada de forma diferente apenas

por apresentar o efeito neurofisiológico da cavitação 36.

Outros autores descrevem os efeitos da ME sobre a dor (analgesia) pela

estimulação do sistema nervoso simpático (simpato-excitação), conquanto o

mecanismo pelo qual isto acontece não seja ainda bem esclarecido 43, 44. A analgesia

produzida pela ME pode ser uma resposta neurofisiológica específica devido ao

estímulo produzido sobre o sistema descendente inibidor da dor (SDID), localizado

principalmente na coluna lateral da substância periaquedutal cinza (SPC) 45, 46.

Estudos envolvendo eletromiografia relatam diminuição da atividade dos

motoneurônios após a ME, quando avaliada por meio do reflexo de Hoffmann (H-
30, 47
reflex) . Este reflexo (H-reflex) é o equivalente elétrico do reflexo mono-

sináptico de estiramento e surge através da estimulação das fibras “1a” do nervo

tibial ou mediano posterior. Este estímulo viaja ao longo das fibras “1a” através do

gânglio dorsal da raiz e é transmitido através de sinapse, ao corno anterior da medula


48
e ao grupo dos motoneurônios alpha . Este reflexo é evocado durante a

manipulação, provocando efeitos benéficos, tais como redução da dor e diminuição

do espasmo muscular8. Outros trabalhos com eletromiografia demonstram que a ME

produz profunda, porém transitória atenuação (menos de um minuto), na atividade

dos motoneurônios da espinha lombo-sacra, em sujeitos assintomáticos 49, 30. Quando

realizada sobre a articulação sacro-ilíaca, também em sujeitos assintomáticos,


47
apresenta atenuação da atividade dos motoneurônios por 15 minutos . Segundo
40
Dishman e Burke , a espinha lombar apresenta maior atenuação da atividade dos

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
18
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

motoneurônios que a região cervical. Este efeito inibitório da ME sobre a

excitabilidade motoneural seria regional e não global, uma vez que a manipulação

sobre a região cervical não produz efeito significante sobre a atividade dos

motoneurônios lombares 51. Por outro lado, outros trabalhos indicam que não existe

uma resposta significativa do h-reflex em pacientes assintomáticos, o que sugere a

necessidade de mais estudos sobre o tema 52.

1.3. Princípios da aplicação da técnica de ME-TAVCA

O alcance dos objetivos das técnicas de ME-TAVCA é facilitado pela adoção

dos seguintes princípios básicos, descritos por Mennell e Greenman 33:

a) Abertura articular: todas as manobras de impulso provocam uma abertura

da articulação, que pode ocorrer no plano da articulação, perpendicular a este, ou

com deslizamento articular. O ruído articular audível parece coincidir com o

momento da abertura articular , apesar de não ser considerado por Greenman 33 como

o objetivo da técnica, contrariamente a opinião de Gibbons32. Para Kimberly, o

objetivo de uma manobra de impulso é a restauração da função articular, que deve

ser sem dor 32, 33.

b) Focalização: é o ato de direcionar o impulso sobre a articulação que

necessita movimento.

c) Alavancas: consistem no posicionamento dos segmentos corporais

utilizados para levar tensão à articulação que se encontra com restrição de

mobilidade. Estas se dividem em curtas e longas, em função da atuação mais ou

menos próxima da articulação a mobilizar.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
19
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

d) Fulcro: é a utilização de cunhas ou de distintas posições de mãos e dedos

para focalizar a tensão33.

e) Velocidade: significa impulso rápido. A força não deve ser utilizada para

compensar a velocidade e nem a focalização.

f) Amplitude: o impulso deve ser realizado com amplitude curta. O

movimento articular criado pela manipulação deve ser de 3 mm. Nas técnicas de

alavanca curta, a amplitude do impulso é consideravelmente menor que em uma

técnica de alavanca larga33.

g) Equilíbrio e controle: o terapeuta e o paciente devem estar em posição

relaxada, cômoda e equilibrada. O terapeuta deve ter controle sobre os movimentos

que realiza sobre o paciente33.

Um outro ponto importante a ser considerado durante a manipulação é o

conceito de “slack”, que significa estabelecer os parâmetros de movimento a serem

utilizados para manipular com uma pequena folga, para que os tecidos peri-

articulares não ofereçam resistência a pequenos movimentos do jogo articular, como

tração e deslizamento34. Em todas as articulações existe certa quantidade de

movimento translatório passivo até que os tecidos moles peri-articulares entrem em

tensão e causem uma parada do movimento34. Esta quantidade de movimento pode

ser muito pequena, mas sua existência é imprescindível para o funcionamento normal

de uma articulação. Para se tratar a articulação através da manipulação sempre se

realiza o “slack” ou a colocação de tensão sobre estes parâmetros menores, tanto em

deslizamento como em tração. Para o deslizamento coloca-se a tensão no mesmo

sentido; para a tração coloca-se a tensão perpendicularmente ao plano de tratamento


34
.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
20
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Existem diferentes técnicas que utilizam princípios de manipulação com

impulso de alta velocidade e curta amplitude. Segundo Ricard 18, estão classificadas

em três grupos: de manipulação indireta, de manipulação direta e semi-diretas. Nas

técnicas de manipulação indireta a colocação da tensão e o impulso (thrust) são

realizados unicamente com ajuda da alavanca superior e inferior. As técnicas de

manipulação direta são realizadas por meio de contato direto sobre a articulação a ser

manipulada. A redução de slack é realizada realiza unicamente com a ajuda de

contatos diretos, sem grandes alavancas. A técnica de ME-TAVCA é uma técnica de

manipulação semi-direta, uma combinação das técnicas de manipulação indireta e

direta. São mais seletivas que as técnicas diretas e ao mesmo tempo tem as vantagens

da utilização de alavancas 18.

Nas técnicas semi-diretas realiza-se um contato direto sobre a articulação a ser

mobilizada. A colocação da tensão é dupla, ou seja, o slack é reduzido em um

primeiro tempo pelo contato direto e depois a tensão é ajustada através de alavancas

para aumentar a eficiência do contato, bloqueando os níveis suprajacentes e

subjacentes.

O impulso ou thrust se faz por contato direto sobre o eixo do plano de redução e se

necessário pode-se aumentar a força simultaneamente, graças às alavancas. O

impulso é aplicado de forma paralela ou perpendicular ao plano articular, em uma

das direções, contra a barreira da articulação lesada 18.

As técnicas diretas e semi-diretas são utilizadas, sobretudo por escolas de

Quiropraxia, enquanto que a técnicas indiretas são mais utilizadas por escolas de

Osteopatia 18.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
21
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Existem várias formas de se realizar uma técnica semi-direta, dependendo

do segmento e da disfunção articular envolvidos. A técnica desenvolvida por

Palmer, chamada de “técnica semi-direta com thrust em decúbito lateral para

disfunção sacra” é utilizada para tratar as disfunções unilaterais posteriores e

anteriores da base sacra. Tem como objetivo anteriorizar ou posteriorizar a base

sacra que se encontra em lesão e restaurar a mobilidade articular 18. Se a base sacra

está posterior é realizado um contato direto sobre S1 (primeira vértebra sacra), para

anteriorizar a base sacra que está posterior. Em seguida posiciona-se o paciente para

criar alavancas de movimento, antes de realizar o impulso. O paciente é colocado em

decúbito lateral, com extensão da coluna lombar. O ilíaco que se encontra contra a

maca de osteopatia é colocado em posição anterior e próximo a borda da mesa de

osteopatia, o que vai permitir abrir a articulação sacro-ilíaca em sua parte posterior.

O membro inferior é flexionado até que se sinta o movimento chegar até a

articulação sacro-ilíaca e repousa sobre o membro inferior que está estendido sobre a

maca. O terapeuta coloca-se em pé, de frente e à altura da pelve a ser manipulada. O

membro inferior anterior deve estar em flexão e apoiado contra a borda da maca. O

membro inferior posterior deve estar com o terço inferior da coxa apoiado sobre a

perna superior flexionada do paciente. A mão cefálica do terapeuta realiza um

contato com a região pisiforme de sua mão ou região radial do indicador (“contato

indexial”) sobre a base sacra (na altura do primeiro tubérculo sacral), do lado que se

encontra em disfunção, depois de haver realizado um estiramento dos tecidos

cutâneos no sentido da correção. O antebraço está orientado em direção anterior, em

sentido do eixo do impulso corretor. A mão caudal do terapeuta estabiliza o membro

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
22
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

superior do paciente com contato em seu terço superior. A técnica é realizada em

dois tempos:

a) Primeiro tempo: redução do “slack”. A mão caudal leva a base sacra em

direção anterior e ligeiramente em direção à cabeça do paciente. Reduzem-se as

tensões em flexão e em rotação mediante a colocação das alavancas superior (tronco)

e inferior (membros inferiores).

b) Segundo tempo: impulso (“thrust”). O terapeuta realiza um impulso

(“thrust”) com a mão caudal em direção anterior, para anteriorizar a base sacra, ao

mesmo tempo realiza um movimento de torção com a mão para encontrar a tensão

necessária para aplicar o estímulo (“tork”) em direção à maca. Simultaneamente, o

joelho do terapeuta apóia sobre o membro inferior flexionado do paciente para abrir a

articulação sacro-ilíaca. Em casos de disfunção bilateral da base sacra, o contato se

realiza sobre o primeiro tubérculo sacral, mas não se realiza o “tork” 18 (Ver Figura

2).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
23
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

(a) (b)

Figura 2. (a) Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma disfunção

unilateral posterior da base sacra (b) Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral

para uma disfunção posterior bilateral da base sacra (retirado de Ricard 18).

Se a base sacra está anterior, a técnica tem como objetivo posterioriza-la e

restaurar o movimento articular. A posição do terapeuta é a mesma que para a

técnica em disfunção posterior. O pisiforme da mão caudal ou o bordo radial do dedo

indicador (contato indexial) realiza um contato sobre o ângulo ínfero lateral, ou sobre

o terceiro tubérculo sacral. O antebraço do terapeuta está posicionado em direção ao

eixo de correção, em sentido anterior e em direção à cabeça do paciente. A mão

cefálica fixa o braço do paciente que não está em contato com a maca. A técnica é

realizada em dois tempos:

a) Primeiro tempo: redução do “slack”. A mão caudal empurra o sacro em

direção anterior para dentro e em direção a cabeça do paciente. Em seguida se busca

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
24
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

a tensão necessária para realizar o impulso através da colocação das alavancas

superior (tronco) e inferior (membros inferiores).

b) Segundo tempo: impulso (“thrust”). A mão cefálica realiza um impulso em

direção anterior, para dentro e em direção a cabeça do paciente. Ao mesmo tempo

realiza um movimento de torção com a mão para encontrar a tensão necessária para

aplicar o estímulo (“tork”) em direção a maca, simultaneamente o joelho do

terapeuta apóia sobre o membro inferior flexionado do paciente para abrir a

articulação sacro-ilíaca 18 (Ver Figura 3).

Figura 3. Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma disfunção

unilateral anterior da base sacra (retirado de Ricard18).

1.4. Indicações e contra-indicações da ME-TAVCA


18
Conforme Ricard são as seguintes as principais indicações das técnicas de

manipulação com impulso de alta velocidade e pouca amplitude:

a) Diminuição de a mobilidade articular (hipomobilidade).

b) Fixação articular.

c) Bloqueio articular agudo.

d) Disfunção somática.

e) Realinhamento ósseo.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
25
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

f) Compressão meniscal.

g) Aderências.

h) Modulação da dor

i) Relaxamento muscular reflexo.

j) Reprogramação do sistema nervoso central.

k) Liberação de endorfinas

Para avaliar as contra-indicações da utilização da ME-TAVCA deve-se

sempre levar em conta a relação risco-benefício. Apesar de toda intervenção

terapêutica acarretar riscos e benefícios, as técnicas de mobilização de alta

velocidade e pouca amplitude são consideradas mais perigosas que as mobilizações

sem impulso 32, 18.

As contra-indicações podem ser relativas ou absolutas, dependendo

diretamente de fatores como experiência do terapeuta, tipo de técnica selecionada,

intensidade de força e de alavancas utilizados, além da idade e do estado geral e

psicológico do paciente. As mais freqüentes e relevantes situações de risco para a

utilização da ME-TAVCA, estão descritas a seguir 18.

1.4.1. Absolutas

a) Ósseas: qualquer transtorno que provoque importante debilidade óssea, tais

como tumores, metástases ósseas, osteoporose, raquitismo, anomalias congênitas e

fraturas.

b) Nervosas: compressão medular, hérnia de disco exteriorizada e compressão

troncular com déficit neurológico progressivo.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
26
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

c) Vasculares: distúrbios hemorrágicos, como a hemofilia grave e transtornos

vasculares cervicais.

d) Infecções: tuberculose e reumatismo infeccioso.

e) Enfermidades inflamatórias: Artrite reumatóide grave e cânceres viscerais,

estes devido à possibilidade de metástase óssea.

f) Distúrbios metabólicos: osteomalácea.

g) Iatrogenia: tratamento prolongado com corticóides

h) Lesão de tecidos moles periarticulares: ruptura muscular ou ligamentar.

i) Patologias sem diagnóstico.

j) Falta de consentimento do paciente.

k) Impossibilidade de posicionamento do paciente: presença de dor,

resistência.

l) Intuição na hora da prática: As impressões derivadas da prática e a

prudência devem ser respeitadas, principalmente em relação às gestantes, idosos ou

quando existe dor excessiva.

1.4.2. Relativas:

a) Reações adversas a tratamento manual prévio.

b) Hérnia ou prolapso de disco vertebral.

c) Artrite inflamatória.

d) Gravidez.

e) Espondilólises e espondilolisteses (devido a hérnias ou artroses

associadas).

f) Osteoporose.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
27
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

g) Tratamento anticoagulante crônico com corticosteróides.

h) Artropatias degenerativas avançadas e espondilose.

i) Calcificação arterial.

j) Frouxidão de ligamentos.

k) Má formação congênita.

l) Tropismo lombo-sacro.

2. O osso sacro: anatomia, biomecânica e disfunções.

Serão descritos a seguir, a anatomia do osso sacro, com seus principais

relevos anatômicos, ligamentos, músculos e inervação, bem como sua biomecânica,

suas disfunções e os principais meios diagnósticos utilizados.

2.1. Anatomia

O sacro é um osso grande, de forma cuneiforme e triangular, normalmente

composto de cinco vértebras sacrais fundidas. Os cinco corpos vertebrais sacrais são

demarcados no sacro adulto por quatro linhas transversais, que terminam

lateralmente nos quatro pares de forames sacrais anteriores. Os elementos costais

(laterais) começam a se fundir por volta da puberdade. Os corpos começam a se

fundir de baixo para cima, próximo dos 17 e 18 anos, com a fusão completada

normalmente por volta dos 23 anos.

A superfície anterior do sacro é relativamente lisa, côncava com quatro

cristas horizontais que corresponde à fusão dos corpos vertebrais e quatro forames

sacrais anteriores. A superfície posterior é convexa, rugosa e apresenta uma crista

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
28
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

medial, a crista sacral mediana, quatro forames sacrais posteriores (apófises

espinhosas) e mais externamente a tuberosidade sacral. As superfícies laterais são

triangulares e apresentam as facetas que se articulam com o ilíaco, através de um

braço articular curto e outro largo, e uma superficíe espessa, aonde se insertam os

ligamentos sacrociáticos Na superfície superior da primeira vértebra sacra (S1)

encontra-se base sacra. Na parte inferior do sacro está situado o apex sacro que

apresenta uma superfície articular convexa com um eixo maior transverso para

articular-se com o cóccix. Encontra-se preso entre os ossos do quadril e forma o teto

e a parede póstero-superior da parte posterior da cavidade pélvica. Articula-se com a

quinta vértebra lombar (L5) através do ligamento íliolombar, com o cóccix através

do ligamento sacrococcígeo, com os ilíacos através dos ligamentos sacroilíacos

anterior e posterior e a distância através dos ligamentos sacrociático maior e menor


17, 53
. (Ver Figuras 4, 5).

(a) (b)

Figura 4. (a) Face anterior do osso sacro e cóccix (retirado de Netter 54). (b) Face

posterior do osso sacro (retirado de Agur e Dalley 53).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
29
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

a) b)

Figura 5. (a) Vista anterior dos ligamentos da pelve (retirado de Agur e Dalley 53).

(b) Vista posterior dos ligamentos da pelve (retirado de Agur e Dalley 53).

Os músculos importantes desta região, que influenciam o movimento de

flexão e extensão sacra são os ilíacos, inervados pelo nervo femoral (raiz de L2-L3);

piramidal, inervado pelos ramos anteriores de S1 e S2; ísquio-coccígeo (coccígeo),

inervado por ramos de S4 e S5; levantador do ânus, inervado por ramos de S4, nervo

anal inferior e plexo coccígeo e glúteo maior, inervado pelo nervo glúteo inferior

(raiz de L5-S2) 17, 53, 18. (Ver Figura 6).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
30
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

(a) (b)

Figura 6. (a) Vista anterior das inserções músculo-ligamentares do sacro. (b) Vista

posterior das inserções músculo-ligamentares do sacro (retirado do CD-ROM do 3º

ano da Escola de Osteopatia de Madri, 2004 55).

O sacro apresenta relações neurológicas e viscerais importantes,

principalmente devido ao nervo pudendo que emerge do plexo sacral e inerva

genitais e períneo através das lâminas sacro-reto-genito-púbicas. As disfunções

geniturinárias acontecem por causa da relação anatômica entre estas lâminas e as

fáscias da pelve menor, que permitem continuidade entre estas diferentes estruturas.

As “disfunções osteopáticas” do osso sacro transmitem-se e influem no sistema

genitourinário (bexiga, reto, útero, próstata), através dos ligamentos isquiocoxígeos


55.

Em um corte horizontal podemos observar: a sínfise púbica, o espaço pré-

vesical, a bexiga, o útero, o reto e o espaço retro-retais, envolvidos antero-

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
31
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

55
posteriormente, pela aponeurose ou lâmina sacro-reto-genito-púbica (Ver Figura

4).

Figura 7. Lâmina sacro-reto-genito-púbica (retirado do CD-ROM do 3º ano da

Escola de Osteopatia de Madri, 2004 55).

A cadeia simpática apresenta um gânglio em cada nível sacro e termina com

um gânglio impar no cóccix. A cadeia ganglionar linfática divide-se lateralmente em

dois ramos, na altura do osso sacro, passando pela frente das cabeças femorais, em

direção às coxas. Quando extremamente estimulada, a cadeia ortossimpática pode

provocar uma simpaticotonia, ou aumento da função simpática do sistema nervoso

autônomo. Devido a todas as relações anatômicas entre o sacro e as vísceras, sob o

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
32
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

ponto de vista da metodologia osteopática essas estruturas são sempre consideradas,

quando se trata de disfunções genito-urinárias 55.

2.2. Biomecânica da articulação sacro-ilíaca

A mobilidade da articulação sacro-ilíaca até recentemente foi tema de

opiniões contraditórias. Para alguns autores esta articulação é uma anfiartrose e,

como tal, é incapaz de realizar movimentos, com exceção daqueles que ocorrem na
56, 57, 58.
hora do parto Outros reconhecem a mobilidade desta articulação e tentam

esclarecer seus movimentos, os movimentos da sínfise púbica e os eixos sobre os

quais estes movimentos ocorrem 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75.

Estudos clássicos realizados por Testut e Colachis, comprovaram que existe


61
um movimento de deslizamento em torno de 5mm entre o sacro e o ilíaco . Para
64
Lavignolle et al , a posição dos eixos de movimento é variável e possui uma

amplitude de 10o a 12º para a rotação posterior do ilíaco, de 6 mm para a translação

anterior e 2º de rotação anterior acoplada com 8mm de translação anterior. Segundo

Vleeming et al 65, a quantidade de movimento encontrada, está relacionada ao fato de


68
estes estudos terem sido realizados sem o apoio de pesos. Sturesson et al relatam
61, 64
que outros autores subestimaram a mobilidade da articulação sacro-ilíaca.

Utilizaram à análise de imagem estereofotogramétrica radiológica para investigar a

mobilidade da articulação sacro-ilíaca, usaram apoio de peso e encontram apenas

2,5º de rotação e 0,5-1,6 mm de translação do ilíaco.


68
No estudo de Sturesson et al , os valores médios de rotação e translação

foram baixos, sendo 1,8º de rotação e 0,7mm de translação para os homens e 1,9º de

rotação e 0,9º mm de translação para as mulheres. Não foram observadas diferenças

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
33
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

estatísticas com relação à idade ou sexo. Os autores consideram que mais de 6º de

rotação e 2 mm de translação deve ser considerado patológico 76.


77
Segundo Brunner e colaboradores apud , existem diferenças morfológicas

relacionadas ao sexo entre as superfícies articulares. Em comparação com os

homens, as mulheres possuem a articulação sacro-ilíaca em formato arredondado,

permitindo maior mobilidade. A mobilidade da articulação sacro-ilíaca é maior em

indivíduos que apresentam aumento da curvatura da coluna vertebral, assemelhando-

se a uma diartrose, enquanto em indivíduos com diminuição da curvatura vertebral,

assemelhada a uma anfiartrose, a mobilidade da articulação sacro-ilíaca é menor 77.

O número de técnicas para investigação e tratamento nesta área vem

crescendo aceleradamente. São buscados métodos cada vez mais sofisticados e

menos invasivos para o conhecimento da biomecânica desta região e sua possível

relação com a presença de disfunções. Entre as metodologias de investigação que já

foram utilizadas citam-se: a manipulação manual da articulação sacro-ilíaca durante


78, 79, 64, 80
cirurgia e em cadáver ; análise de Raios-X em várias posturas do tronco e
81,82
dos membros inferiores ; as imagens estereofotogramétricas radiológicas e

estéreo-radiográficas após inserção de esferas de tântalo no ilíaco e no sacro 83, 69, 70

as medidas tomadas com inclinômetro em várias posturas do tronco e dos membros


84, 61 63
inferiores, após a inserção de arames de Kirschner no ilíaco e no sacro ea

análise computadorizada com utilização de Sistema de Análise Esquelética

Metrecom85. Os resultados das medidas encontradas, com o uso da

estereofotogrametria (tridimensional) e com a utilização de marcadores na pele sobre

as EIPS (espinhas ilíacas póstero superiores) e em outros locais, realizadas por

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
34
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Grieve em 1983 são questionáveis, devido ao possível deslizamento dos marcadores

sobre a pele 86.

A biomecânica da articulação sacro-ilíaca é descrita por Downing e Mitchell

(s/d), em termos de dois movimentos: os ílio-sacros (movimento dos ilíacos em

relação ao sacro considerando este como ponto fixo) e os sacro-ilíacos (movimento

do sacro em relação ao ilíaco, considerando este como ponto fixo) 18.

Os movimentos sacro-ilíacos são descritos de três formas:

a) Por ocasião do parto, são chamados de nutação, quando a base sacra realiza

um movimento em sentido anterior (Figura 5) e de contra nutação, quando a

base sacra realiza um movimento em sentido posterior, associado à rotação

externa e interna dos ilíacos.

Figura 8. Movimento de nutação do osso sacro (retirado de Ricard18).

b) Em relação ao movimento crânio-sacro: pela inserção do tubo neural ao nível

de S2, os movimentos craniais se transmitem ao sacro e vice versa. A flexão

crânio-sacra ocorre na fase inspiratória e a extensão crânio-sacra na fase

expiratória 90 (Ver Figura 6).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
35
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Figura 9. Flexão e extensão crânio-sacra (retirado de Ricard 90).

c) Com relação aos movimentos do tronco e a marcha: durante a flexão do

tronco a base sacra se posterioriza e durante a extensão, a base sacra se

anterioriza; durante a inclinação do tronco, ocorre inclinação homolateral do

sacro e durante a rotação do tronco, ocorre rotação homolateral do sacro; em

posição neutra, durante a inclinação, a base sacra roda contra-lateralmente e

em posição de flexão, durante a inclinação do tronco, o sacro torce em sentido

posterior18.

2.3. Biomecânica do sacro e sua nomenclatura


18
Existe um conjunto de termos técnicos descritos por Ricard para designar

os movimentos do sacro. São eles18:

 Flexão bilateral (contranutação): o movimento se realiza ao redor do eixo

transverso médio. A base sacra se desliza para trás.

 Extensão bilateral: o movimento se realiza ao redor do eixo transverso médio.

A base sacra se desloca para frente.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
36
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

 Torsão esquerda sobre o eixo esquerdo (TEE): o movimento se produz sobre

o eixo oblíquo esquerdo. O sacro realiza uma torsão anterior para a esquerda.

 Torsão direita sobre o eixo direito (TDD): o movimento se produz sobre o

eixo oblíquo direito. O sacro realiza uma torsão anterior para a direita.

 Torsão direita sobre o eixo esquerdo (TDE): o movimento se produz sobre o

eixo oblíquo esquerdo. O sacro realiza uma torsão posterior para a direita.

 Torsão esquerda sobre o eixo direito (TED): o movimento se produz sobre o

eixo oblíquo direito. O sacro realiza uma torsão posterior para a esquerda.

O movimento articular do sacro em relação à L5 depende da orientação das

facetas articulares de L5. Se as facetas apresentarem orientação frontal, L5 segue o

sacro; se a orientação das facetas lombares for sagital, o ligamento ílio-lombar induz

L5 a girar inversamente. Devido a essa mecânica não se pode prever o

comportamento de L5, razão pela qual primeiro se deve tratar o sacro e depois, se a

disfunção de L5 persistir, então se manipula a L518.

2.4. Disfunções da mobilidade do sacro 18

a) Sacro anterior bilateral: a disfunção é fixada pelos músculos espinhais 18.

b) Sacro posterior bilateral: a disfunção é fixada pelo músculo piriforme e

pelos isquicoccígeos 18.

c) Sacro unilateral direito ou esquerdo em extensão: são as lesões

traumáticas em deslizamento unilateral, mais de lateroflexão do que de

rotação. A base sacra de um lado se desloca anteriormente. O sacro fica

em lateroflexão homolateral 18.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
37
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

d) Sacro unilateral direito ou esquerdo em flexão: é a perda do movimento

unilateral de extensão, caracteristicamente uma lesão traumática18.

e) Sacro em torsão anterior: ocorre uma contração anormal do músculo

piriforme de um lado e do quadrado lombar do outro18.

f) Sacro em torsão posterior: ocorre contração do músculo quadrado lombar

de um lado e do piriforme do lado contrário18.

Nas lesões unilaterais, o sacro sobe ou baixa pelos braços menor e maior do

mesmo lado, criando um eixo transverso. Esse movimento faz com que o parâmetro

de lateroflexão seja maior que o de rotação. Nas torsões, o sacro sobe ou baixa pelo

braço menor de um lado e sobe ou baixa pelo braço maior do outro lado, criando um

eixo oblíquo, o que produz um parâmetro maior de rotação18.

2.5. Diagnóstico de uma lesão sacra

O diagnóstico de uma lesão sacra pode ser realizado por meio da palpação das

estruturas anatômicas (base do sacro, ângulo ínfero-lateral, processo articular

superior) e por meio de imagem radiográfica, que permite observar a perda da

horizontalidade sacra. Pode ser feito, ainda, por testes diagnósticos, tais como o teste

de inclinação em pé e o teste de mobilidade em decúbito prono, entre outros 18.


18
O teste de inclinação em pé tem como objetivo descobrir uma disfunção

sacra unilateral ou uma torsão sacra. Parte do princípio que em uma latero-flexão do

tronco, a base sacra se anterioriza do lado da lateroflexão e se posterioriza do lado

oposto, enquantgo que, na disfunção anterior da base sacra (lesão unilateral ou

torsão), a base sacra se anterioriza durante a latero-flexão do lado lesionado, mas não

se posterioriza na lateroflexão do lado oposto. Em caso de disfunção posterior da

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
38
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

base sacra (lesão unilateral ou torsão), o sacro retrocede do lado oposto à latero-

flexão, mas não avança em lateroflexão, do lado lesionado.

O teste de mobilidade em decúbito prono18 objetiva diagnosticar a disfunção

sacra e confirmar os pontos de bloqueio articular. Parte do principio que ao

realizarmos um impulso sobre o sacro este desliza sobre seus braços maior e menor.

Nesta técnica, o terapeuta coloca o polegar sobre o sulco ou face articular superior do

sacro e a região proximal da mão sobre o ângulo inferolateral (AIL) homolateral. A

mão inferior empurra o AIL para cima e o polegar deve sentir que a base sacra se

move em sentido posterior. Se isto não ocorre, é porque existe uma disfunção

unilateral anterior. Num segundo tempo, o polegar empurra a base sacra em direção

ao AIL e a parte proximal da mão deve sentir o AIL mover-se em direção posterior.

Se isto não ocorrer, é porque existe uma disfunção unilateral posterior do sacro. Para

testar as torsões o princípio é o mesmo, mas o polegar é colocado de um lado e a

parte proximal da mão sobre o AIL do lado oposto, ou seja, a mão inferior empurra o

AIL em direção diagonal ao sulco oposto. Neste caso, o polegar deve sentir que a

base sacra se desloca em sentido posterior. Se isto não ocorrer, provavelmente existe

uma disfunção em torsão anterior (torsão esquerda sobre o eixo esquerdo ou torsão

direita sobre o eixo direito). Se o polegar efetuar uma pressão sobre o sulco em

direção diagonal ao AIL oposto, a parte proximal da mão inferior deve sentir que o

AIL se move em sentido posterior. Se isto não ocorrer, é indicação de que existe uma

disfunção em torsão posterior (torsão direita sobre o eixo esquerdo ou torsão

esquerda sobre o eixo direito) (Ver Figura 10).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
39
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

(a) (b)

(c) (d)

Figura 10. (a) Teste biomecânico da mobilidade unilateral da superfície auricular

sacra (b) teste biomecânico do eixo oblíquo (c) Teste biomecânico da mobilidade

unilateral da superfície auricular sacra (d) teste biomecânico do eixo oblíquo

(retirado de Ricard 18).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
40
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

3. O períneo

O períneo será descrito em termos de sua anatomia, com seus principais

músculos, ligamentos, suprimento nervoso, sanguíneo e fáscias da região. Serão

descritas também a função e a dinâmica do assoalho pélvico e os principais métodos

utilizados para sua avaliação.

3.1. Anatomia

O períneo representa o conjunto das partes moles que fecham à pelve e

suportam as vísceras em posição vertical. Situa-se abaixo da cavidade pélvica e é

separado dessa cavidade pelo diafragma da pelve. Quando a pessoa está em posição

anatômica, o períneo é a região estreita que se localiza entre as partes proximais das

coxas. Quando ocorre abdução dos membros inferiores, o períneo é uma área em

formato de losango que se apresenta anteriormente em relação ao monte do púbis,

lateralmente em relação às faces mediais da coxa e posteriormente em relação às


88
pregas glúteas e à extremidade da fenda interglútea O períneo é delimitado pela

estrutura ósteo-fibrosa, anteriormente pela sínfise púbica, lateralmente pelos ramos

ísquio-pubianos e pelos ligamentos sacrotuberais, e posteriormente pelas partes mais

inferiores do sacro e do cóccix 17. (Ver Figura 11).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
41
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Figura 11. Assoalho pélvico (retirado de Netter54).

Segundo Grosse e Sengler 16, os músculos dessa região podem ser divididos

em três planos, sendo eles o profundo, o médio e o plano superficial:

a) Profundo: constitui o diafragma pélvico principal, compreendendo os

músculos levantadores do ânus e os ísquiococcígeos. Os mais importantes

para a reeducação do assoalho pélvico são os músculos levantadores do ânus,

que são pareados, um á direita e o outro à esquerda, fixados pela sínfise

púbica e pelo cóccix. Têm uma parte mais externa, esfincteriana, e outra mais

interna, elevadora. Na parte externa, localizam-se os feixes dos músculos

pubococcígeo e iliococcígeo, que pela sua origem e inserção, formam uma

espécie de cinta que envolve o reto. A parte externa (esfincteriana) é

reforçada ainda pelos músculos isquiococcígeos, em forma de lâmina

triangular, que atuam na continência anal passiva e, sobretudo, na sustentação

das vísceras pélvicas. A parte interna (elevadora) média é menos larga, mais

espessa e mais sólida e é composta pelos feixes pubovaginal e puborretal.

Pela origem (mesmo ponto) e inserção (diferenciada), o trajeto dos feixes

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
42
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

passa pela altura do terço proximal da uretra, e pelas faces laterais do terço

inferior da vagina. Esta aderência às paredes laterovaginais, que é muito

forte, é essencial para a estática vaginal. A inserção terminal do feixe

pubovaginal localiza-se no núcleo fibroso central do períneo e une-se ao seu

homólogo contralateral, envolvendo (como uma cinta) o terço inferior da

vagina. O feixe puborretal tem duas terminações, uma superior, nas paredes

anterior e lateral do reto, e a outra inferior, que se curva e desce na parede

anal entre os esfíncteres (estriado e liso), indo até a margem anal. Durante a

contração (que só pode ser global), o núcleo fibroso central do períneo é

puxado para cima e para frente, em direção ao púbis.

b) Médio: é composto por três músculos, o esfíncter externo da uretra e os dois

transversos profundos. O esfíncter externo constitui um anel muscular não

completo, em torno do terço médio da uretra. Trata-se de músculo estriado,

fundamental para o controle da micção. O transverso profundo, músculo par,

fino e triangular têm origem na face interna dos músculos isquiopubianos e

inserção terminal no núcleo fibroso central do períneo. Sua função é de

sustentação vesical, sobretudo para a base, alem de ser importante à ereção.

c) Superficial: é constituído por um plano musculoso aponeurótico esepara o

períneo em dois triângulos (o trígono urogenital e o trígono anal) (Ver Figura

12). No anterior estão os músculos bulbocavernosos e isquiocavernosos,

atuantes na ereção. Neste plano estão também o os músculos transversos

superficiais (pares) e o músculo constritor da vulva. O papel dos transversos

superficiais é idêntico ao dos profundos, porém menos significativo. O

constritor da vulva, por depender da musculatura da vagina, não tem

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
43
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

funcionalidade independente. A musculatura deste plano não intervém na

micção (Ver Figura 13).

Figura 12. Os trígonos do períneo: urogenital (a) e anal (b) (retirado de Moreno 88).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
44
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

(a) (b)

(c)

Figura 13. O diafragma pélvico feminino: vista lateral (a); vista inferior (b) e vista

medial (c) (retirado de Netter54).

O músculo elevador do ânus, componente mais importante do assoalho

pélvico, dá suporte aos órgãos pélvicos e também auxilia a ação do esfíncter da

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
45
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

uretra, da vagina e do reto. Esse músculo contém grandes quantidades de fibras

musculares tipo I (de contração lenta), que permanecem tonicamente contraídas e

correspondem a 70% das fibras. Os 30% restantes são fibras do tipo II (de contração

rápida), que permitem ao músculo responder instantaneamente a alterações rápidas

da pressão intra-abdominal e manter o fechamento uretral, por exemplo em situações

de tosse e espirro 89 .

3.1.1. O corpo do períneo

A resistência do assoalho pélvico ocorre devido a uma estrutura

localizada na sua parte central. Serve de ponto de apoio e sustentação ao corpo do

períneo, um nódulo compacto, fibromuscular, localizado no plano mediano, 1,5cm

em frente à margem anal, com vários músculos convergindo em sua direção 90. Essa

estrutura fibromuscular central tem formato de cone e se localiza anteriormente ao

ânus. É formada por tecido conjuntivo e composta por grande número de fibras

musculares 91. Tem cerca de 4,5 cm de altura e sua base tem aproximadamente 4 cm

de diâmetro 92.

3.1.2. As fáscias

Na pelve podemos encontrar uma fáscia parietal, que reveste os músculos, e

uma fáscia visceral, que reveste as vísceras pélvicas, os seus vasos e nervos. As

fáscias inferior e superior do diafragma urogenital delimitam o espaço perineal

profundo, no qual estão contidos, no sexo feminino, parte da uretra, parte da vagina,

vasos pudendos internos e os músculos do esfíncter da uretra e transverso profundo

do períneo. O termo diafragma urogenital deriva do fato destes músculos, em

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
46
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

especial o transverso profundo do períneo, fecharem o hiato urogenital do diafragma

pélvico, permitindo somente a passagem da uretra (ou da uretra e da vagina)93.

A fáscia do períneo consiste em lâminas superficiais e profundas. O tecido

subcutâneo do períneo, ou fáscia superficial do períneo, semelhante àquele da parede

abdominal anterior inferior, consiste em uma lâmina superficial gordurosa e uma

membranácea profunda (fáscia de Colles). Nas mulheres, a lâmina superficial

gordurosa continua anteriormente até os lábios maiores e deles para o monte do púbis

e a lâmina superficial gordurosa do abdómen (fáscia de Camper). A lâmina

membranácea profunda da fáscia superficial do períneo está fixada posteriormente na

margem posterior da membrana do períneo e no corpo do períneo. Lateralmente ela

está fixada na fáscia lata (fáscia profunda) da face medial mais superior da coxa. A

lâmina membranácea da fáscia superficial do períneo localiza-se em posição superior

à lâmina gordurosa, formando os lábios maiores, e torna-se contínua com a lâmina

membranácea da fáscia subcutânea do abdómen.

A fáscia profunda do períneo (fáscia de revestimento ou de Gallaudet) reveste

intimamente os músculos isquiocavernoso, bulboesponjoso e transverso superficial

do períneo. Ela também está fixada no ramo superior do púbis e lateralmente à

inserção da lâmina membranácea da fáscia superficial do períneo. A fáscia profunda

do períneo é fundida com o ligamento suspensor do clitóris 17. (Ver Figura 14).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
47
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Figura 14. Vista superior das fáscias e espaço endopélvico (retirado de

Netter54).

3.1.3. Os ligamentos

Os ligamentos mais importantes na fixação dos órgãos pélvicos são o

pubocervical, o cardinal, o pubovesical, o uterossacral e o pubouretral. Dentre eles,

os responsáveis pela sustentação do colo vesical e da uretra proximal são,

respectivamente, os ligamentos pubovesical e o pubouretral 94.

3.2.4. A inervação

Os nervos da região perineal originam-se do segundo, terceiro e quarto

segmentos sacros da medula e fundem-se para formar o nervo pudendo 95. Do nervo

pudendo origina-se a maior parte da inervação do períneo. Ele penetra no períneo,

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
48
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

juntamente com a artéria pudenda interna, através do forame isquiático menor. Após

entrar no canal pudendo, dá origem ao nervo retal inferior, que se divide em: nervo

perineal e nervo dorsal do clitóris ou do pênis. O nervo retal inferior inerva o

esfíncter externo do ânus. O nervo perineal divide-se em ramos superficial e

profundo, sendo que este dá origem a um ou dois ramos que auxiliam na inervação

do esfíncter externo do ânus e dos músculos levantador do ânus, bulbo-esponjoso,

isquiocavernoso e transverso superficial do períneo. O nervo dorsal do clitóris ou do

pênis inerva o músculo transverso profundo do períneo e o esfíncter da uretra 96. (Ver

Figura 15).

Figura 15. Corte sagital da inervação das vísceras pélvicas (retirado de Netter 54).

3.1.5. O suprimento sanguíneo

A irrigação sangüínea é feita pelos ramos colaterais perineais da artéria

pudenda interna (ramo da artéria ilíaca interna). Os vasos pudendos passam inferior e

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
49
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

medialmente à espinha isquiática e posteriormente ao ligamento sacro-espinhal.

Responsável pelo fornecimento da maior parte da irrigação sangüínea à pelve, a

artéria ilíaca interna possui vários ramos, entre eles a artéria pudenda interna. Esta

artéria penetra no períneo através do forame isquiático menor e, juntamente com as

veias pudendas internas e com os ramos do nervo pudendo, passa pelo canal

pudendo. Ao passar pelo canal pudendo, a artéria ilíaca interna emite pequenos

ramos, dando origem à artéria retal inferior, aos ramos labiais posteriores nas

mulheres e ao ramo escrotal nos homens, à artéria perineal, à artéria do vestíbulo nas

mulheres e do bulbo do pênis nos homens, à artéria uretral e às artérias profunda e

dorsal do clitóris ou do pênis. A artéria perineal passa abaixo do músculo transverso

superficial do períneo e irriga o centro tendíneo do períneo e músculos adjacentes.

Os ramos labiais, ou os escrotais, passam pelo espaço perineal superficial, entre os

músculos isquiocavernoso e bulbo-esponjoso, auxiliando na irrigação desses

músculos 96 (Ver Figura 16 e 17).

Figura 16. Corte sagital das artérias e veias da pelve (retirado de Netter54).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
50
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Figura 17. Vasos sanguíneos e nervos da região do períneo de uma mulher (retirado

de Wolf-Heidegger 97).

3.2. Função e dinâmica do assoalho pélvico

Especificamente nas mulheres, o assoalho pélvico desempenha funções

primordiais em vários processos fisiológicos que se apresentam ao longo da vida, por

exemplo, a manutenção da estabilidade da estática pélvica, a continência de órgãos

pélvicos (bexiga, útero, intestino), o desempenho sexual e a passagem do feto por

ocasião do parto 15, 16, 17. Também chamado de “diafragma pélvico”, os músculos do

períneo unem o sacro aos ilíacos e sustentam as vísceras pélvicas. Realizam uma

contração concêntrica, ou seja, o cóccix se movimenta em sentido ventral e cranial 17.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
51
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sua ação estabilizadora da pelve é importante durante a expiração forçada, a

tosse, o espirro, o vômito, a micção, a defecação e a fixação do tronco durante

movimentos fortes dos membros superiores. Atua, ainda, no controle voluntário da

micção, na continência fecal, e no suporte do útero 17.

A contração dos músculos perineais é responsável pela proteção do sistema

de suspenso passiva dos diferentes órgãos pélvicos durante hiper-pressão abdominal.

As modificações posturais repercutem sobre a estática pélvica e provocam alterações

sobre o tônus muscular do períneo 98, 18, 99. Uma adequada ação muscular leva a uma

harmonização fisiológica da região. O contrário acontece quando ocorrem


100, 101,
modificações importantes no estado de contração do músculo por exemplo,

associado à pressão intra-abdominal. Esta é uma situação comum na gestação,

quando ocorre expressivo aumento de peso com a conseqüente criação de uma força

de cima para baixo e de uma tração oposta, de baixo para cima e para frente. A esta

ação simultânea das duas forças dá-se o nome de “cisalhamento”. Sua função é

desviar a hiper-pressão abdominal para baixo e para trás, região mais forte, e com

melhores condições de receber tais pressões 16.

A contração dos músculos perineais não é indiferente à estática lombopelvica

e está sujeita a variações individuais importantes. A correção da lordose e a

retroversão da pelve favorecem a contração perineal em decúbito em cerca de 57%


100
dos casos, e em posição em pé, em cerca de 37% dos casos . Em um terço dos

casos, a posição da pelve não influi na contração perineal, e para uma mulher em

cinco, acontece o inverso, ou seja, a anteversão e a hiperlordose favorecem a

contração perineal. Na hiperlordose, pode-se alcançar uma diminuição de 70% da


100.
força de contração dos músculos do períneo A lordose lombar e a anteversão

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
52
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

pélvica modificam a direção das forças intra-abdominais em direção a fenda vulvar, e

não mais para a região anococcígea resistente 102.

A ação dos músculos corretores da hiperlordose, ou seja, dos músculos pélve-

trocantericos, abdominais e glúteos, pode ser sinérgica à musculatura do assoalho


16
pélvico . Estudos com eletromiografia mostram que a contração do períneo não

existe sem a contração do transverso do abdômen, o que sugere a necessidade de

mais investigações sobre o efeito da contração dos músculos perineais sobre a ação

do transverso abdominal, nos indivíduos com dor lombar 103, 104.

Pesquisa realizada em cadáveres mostrou que, em mulheres, os músculos do

assoalho pélvico podem aumentar a estabilidade do anel pélvico, e que, em ambos os

sexos, a tensão nestes músculos pode gerar uma rotação posterior do sacro. O

aumento da atividade desses músculos pode compensar a perda de estabilidade

pélvica, restaurando a transferência de peso para a região lombo pélvica. Esta

capacidade é importante em pacientes que possuem perda da estabilidade pélvica,

principalmente em pacientes que apresentam simultaneamente dor 15, 88.

3.3. Métodos de avaliação do assoalho pélvico

Vários métodos e instrumentos têm sido propostos para avaliar os músculos


105,
do assoalho pélvico: a palpação digital, utilizando vários sistemas de pontuação
106 107, 108
; o perineômetro, que mede a pressão intravaginal ; a eletromiografia

(EMG), que avalia a atividade muscular gerada pela contração109 e o ultrassom

perineal, que avalia a elevação do colo vesical durante a contração muscular do


110.
assoalho pélvico Equipamentos vendidos comercialmente, mas construídos com

base em pesquisas, caso dos Pelvimeter, vendidos pela empresa Standard

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
53
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Instruments, de Karlsruhe, Alemanha, fornecem informações sobre a habilidade do

paciente em contrair os músculos do assoalho pélvico. A partir dos resultados obtidos

por meio desses e outros instrumentos, podem ser adotadas abordagens terapêuticas

tais como estimulação elétrica e exercícios para o assoalho pélvico. No entanto, sabe-

se que a medida da pressão intravaginal só retrata de maneira confiável o aumento de

pressão causado por uma contração muscular do assoalho pélvico, em combinação

com a movimentação do períneo no sentido interno 107.

Peschers et al 111 relatam o resultado de um estudo em que foram utilizadas a

técnica de palpação digital, o perineômetro, a eletromiografia (EMG) e o ultra-som

perineal, para medir a força do músculo do assoalho pélvico. Uma das conclusões

desse estudo é que as medidas e as comparações subseqüentes foram prejudicadas

pelo fato de as incidirem apenas sobre os efeitos indiretos da contração, gerando

indicadores tais como pressão, elevação do colo vesical e sinais de eletromiografia

(EMG). O único dispositivo descrito que tenta medir a força como sendo aquela

diretamente gerada pelos músculos do assoalho pélvico é um especulo desenvolvido

na Universidade de Michigan 112 não disponível comercialmente.

Os diferentes métodos de avaliação do assoalho pélvico estão descritos a seguir:


113, 114
a) Perineometria: O termo perineometria foi introduzido por Kegel eé

ate hoje amplamente utilizado para descrever a força do músculo do assoalho

pélvico. No entanto, a terminologia da International Continence Society não

inclui o termo perineometria e nem fornece um equivalente curto e adequado


115
. A perineometria analisa a pressão intravaginal por meio de medidas de
107, 116,
pressão e é amplamente utilizada em trabalho clínico e em pesquisas
112. 117
Bo et al. , utilizaram-na para estudar a força dos músculos do assoalho

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
54
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

pélvico em mulheres nulíparas continentes e incontinentes, não tendo

detectado diferenças entre os dois grupos. Este estudo117 mostra que

aumentos da pressão intravaginal também podem ocorrer quando a mulher

contrai seus músculos abdominais ou adutores, mesmo quando a sonda não é

visivelmente empurrada para fora.

b) Perineometria por eletromiografia (EMG). Mede a atividade

eletromiográfica gerada durante a contração do músculo, mas há poucos

dados conclusivos sobre a força do assoalho pélvico, envolvendo

eletromiografia (EMG) intravaginal, justamente porque é dificil detectar a

origem dos potenciais de força. No estudo de Peschers e colaboradores111,

envolvendo contração dos músculos adutores e perineometria, foram

realizadas leituras através de EMG de músculos não-pélvicos. Com base em

experiência clínica, sabe-se que as mulheres frequentemente contraem os

músculos adutores, quando querem contrair os músculos do assoalho pélvico.

Este fato indica que é inadequado utilizar técnicas de perineometria sem

assegurar, por meio de apalpação, que a paciente realmente está fazendo o

que é esperado que faça.

c) Palpação digital. A palpação digital é o método mais simples de avaliação

do assoalho pélvico. O teste utilizado no estudo de Peachers e colaboradores


111
foi baseado na Escala de Oxford, um sistema de força muscular usado por

fisioterapeutas para diversos grupos musculares. O teste apresenta boa


118 119
reprodutibilidade . Outras escalas foram propostas por Brink et al. e
120 108
Worh et al . McKey e Dougherty encontraram correlação positiva e

estatisticamente significante entre os dados resultantes da apalpação dos

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
55
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

músculos circunvaginais e de pressão intravaginal, durante contração do

músculo pélvico.

d) Ultra-som perineal. Foi proposto para avaliação da força dos músculos do

assoalho pélvico e para propósitos de biofeedback 117, 121. A elevação do colo

vesical durante a contração não reflete a força muscular, mas é resultado da

ação muscular. A elevação é influenciada pela posição do colo vesical em

repouso, pela interação da conexão anatômica entre o colo vesical e os

músculos do assoalho pélvico através do arco tendíneo, e provavelmente,

também, pela força da contração. O colo vesical é significativamente mais


122
alto em mulheres nulíparas do que em primíparas . Consequentemente, a

elevação do colo vesical como medida é ate certo ponto limitado. Assim, o

ultra-som perineal não permite quantificar fidedignamente os resultados da

contração dos músculos do assoalho pélvico. Entretanto, a técnica é útil para

biofeedback porque diferencia a extensão (retração do colo vesical) e a

contração (elevação do colo vesical).

O já citado estudo de Peschers et al 111 também avaliou o efeito da contração

concomitante dos músculos do assoalho pélvico com outros grupos musculares. Não

foi possível demonstrar que as contrações concomitantes dos músculos abdominais e

dos músculos do assoalho pélvico elevaram significativamente as taxas de resposta,

mediante a aplicação das técnicas. Estes resultados devem ser interpretados com

cautela, porque não permitem demonstrar pequenos aumentos do tônus muscular.

Técnicas de EMG podem revelar certa co-ativação de músculos que não estão sendo

testados. Adicionalmente, as voluntárias foram instruídas a contrair seus músculos

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
56
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

abdominais aumentando a tensão dentro da parede abdominal. Instruções mais

complexas sobre como contrair os diferentes músculos abdominais poderiam ter

levado a resultados diferentes. No estudo Pescheres et al, apenas 2/14 das mulheres

foram capazes de contrair os músculos glúteos sem os músculos do assoalho pélvico.

Uma instrução para contração forçada de ambos os músculos resultou em um

aumento significativo das leituras 111.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
57
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

METODOLOGIA

1. Justificativa

A ME-TAVCA é uma opção no tratamento conservador de pacientes que

apresentam disfunção lombo-pélvica e dor lombar, com efeito benéfico na analgesia,

normalização do tônus muscular e restauração da função articular, no entanto não

temos estudos que informem sobre a repercussão que esta técnica provoca sobre os

músculos do assoalho pélvico. O estudo dos efeitos da ME-TAVCA sobre a força e o

tônus muscular do períneo pode oferecer subsídios a práticas que favoreçam a

prevenção e a recuperação das disfunções associadas à região perineal.

2. Hipóteses e Objetivos

2.1 Hipóteses

2.1.1.

H1: O uso da técnica de ME-TAVCA aumenta a força muscular do assoalho

pélvico (pressão) em mulheres adultas sem história de parto vaginal.

H0: O uso da técnica de ME-TAVCA não aumenta a força muscular do

assoalho pélvico (pressão) em mulheres adultas sem história de parto vaginal.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
58
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

2.1.2.

H1: A ME-TAVCA altera o tônus muscular do assoalho pélvico (pressão) em

mulheres adultas sem história de parto vaginal.

H0: A ME-TAVCA não altera o tônus muscular do assoalho pélvico (pressão)

em mulheres adultas sem história de parto vaginal.

2.2. Objetivos

2.2.1 Geral

Descrever as repercussões da ME-TAVCA sobre a força muscular do

assoalho pélvico em mulheres que não tiveram parto vaginal e que eram atendidas no

ambulatório de Ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade

Estadual de Campinas, Brasil.

2.2.2 Específicos

a) Identificar os efeitos da ME-TAVCA sobre a força muscular do assoalho

pélvico (pressão).

b) Identificar os efeitos da ME-TAVCA sobre o tônus muscular do assoalho

pélvico (pressão).

3. Delineamento e definição de variáveis

Foi realizado um estudo experimental não-controlado, com amostra não-

aleatorizada composta por mulheres adultas jovens, sem história de parto vaginal. A

intervenção consistiu em manipulação espinhal mediante a técnica de manipulação

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
59
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

espinhal com thrust de alta velocidade e curta amplitude (ME-TAVCA). Foram

realizadas três medidas antes e três depois da aplicação do estímulo (ME-TAVCA).

Com base na tipologia de Campbell e Stanley (1966), o delineamento pode ser

classificado, também, como de natureza pré-experimental envolvendo medidas de


123
pré e pós-teste com um único grupo . A classificação clássica e amplamente

conhecida proposta por estes dois autores toma como ponto de referência o

delineamento experimental verdadeiro, que consiste na comparação entre um grupo

experimental e um grupo de controle, ambos selecionados aleatoriamente e ambos

com medidas pré e pós tratamento ou intervenção. O grupo experimental é submetido

a uma intervenção entre as duas medidas e o grupo de controle, não. Dificilmente o

delineamento experimental é factível em situação ambulatorial, que se configura

como situação natural, na qual mais comumente são utilizados delineamentos pré-

experimentais e quase-experimentais. Em ambos está ausente a atribuição aleatória

dos participantes ao (s) grupo (s).

Foi definida como variável independente a manipulação espinhal com

impulso (“thrust”) de alta velocidade e curta amplitude (ME-TAVCA), técnica

utilizada pela Osteopatia para mobilizar um segmento articular que apresenta

restrição de sua mobilidade.

Foram definidas como variáveis dependentes:

a) Linha de base ou tônus perineal basal, medido em mmHg, por

perineômetro semelhante ao de Kegel, após a ME-TAVCA.

b) Contração perineal fásica pós ME-TAVCA (CPF-Pós): Contração perineal

realizada de forma rápida ou fásica, em que se observa a ação de fibras musculares

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
60
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

tipo II ou fásicas, ação essa medida em mmHg por perineômetro semelhante ao de

Kegel.

c) Contração perineal tônica pós ME-TAVCA (CPT-Pós): Contração perineal

realizada de forma lenta ou tônica, em que se observa a ação de fibras musculares

tipo I ou tônica, medida em mmHg por perineômetro semelhante ao de Kegel.

d) Contração perineal associada à musculatura acessória pós ME-TAVCA

(CPA-Pós): Contração perineal associada à contração da musculatura acessória

(glúteos, adutores), realizada de forma rápida ou fásica, em que se observa a ação da

musculatura acessória associada à ação de fibras musculares perineais tipo I, ou

tônicas, medida em mmHg por perineômetro semelhante ao de Kegel.

Foram consideradas as seguintes variáveis antecedentes, a respeito das quais

foram buscadas informações das participantes, mediante questionário envolvendo

auto-relato:

a) Idade: Número de anos vividos desde o nascimento e informados pelas

participantes. Foram selecionadas mulheres de 23 a 40 anos com base na noção que

são mais parecidas entre si do que com mulheres com mais de 40 anos, devido a

alterações hormonais que afetam a musculatura.

b) Paridade: número de partos ocorridos na história de vida de cada

participante, dado esse obtido por auto-relato e por observação de seus prontuários.

Esse critério foi adotado para evitar a presença na amostra, de mulheres com

possíveis lacerações do períneo, induzidas por partos vaginais, que poderiam afetar

os dados.

c) Posição habitual no trabalho: posição predominantemente assumida

pelas participantes na vida laboral, podendo ser sentada ou em pé. Mulheres que

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
61
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

trabalham predominantemente sentadas, por serem mais sedentárias, tendem a ter um

tônus muscular diminuído, em comparação com as que trabalham em pé,

teoricamente menos sedentárias.

e) Prática atual de atividade física: atividades físicas intensas ou moderadas

realizadas pelas voluntárias, de forma continua ou acumulada, há pelo menos um

ano, em situação de lazer, de esportes ou de exercícios físicos com freqüência

mínima de três vezes por semana, durante pelo menos 30 minutos por dia 124.

f) Prática de atividade física regular no passado: atividades físicas intensas

ou moderadas realizadas pelas voluntárias de forma continua ou acumulada, há mais

de um ano a contar do inicio da pesquisa, em situação de lazer, de esportes ou de

exercícios físicos com freqüência mínima de três vezes por semana, durante pelo

menos 30 minutos por dia.

g) Peso corporal: mensurado em quilogramas, em balança analógica, com a

paciente descalça, em pé, e com o mínimo possível de roupas.

h) Altura: medida em centímetros com estadiômetro acoplado à balança

analógica.

i) Nível de escolaridade: indicado pelo último grau completado pelas

participantes, segundo auto-relato.

j) Cor: informação oferecida pelas participantes à pergunta “qual é a cor de

sua pele?”.

k) Número de partos cesarianos: freqüência de partos cirúrgicos.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
62
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

4. Sujeitos

Foram avaliadas 40 mulheres com idade entre 23 e 40 anos; nulíparas ou sem

história de partos vaginais, que não apresentavam dor lombar e nem alterações

significativas neuro-músculo-esqueléticas da região lumbopélvica (escolioses,

acidentes ou patologias envolvendo a pelve). Trinta e oito tinham nível de

escolaridade correspondente ao ensino superior completo e duas tinham o nível

colegial completo. Todas eram de cor branca.

Critérios de exclusão: Foram adotados como critérios de exclusão a

ocorrência de um ou mais partos vaginais, idade superior a 40 anos, presença de

alterações significativas de natureza neuro-músculo-esqueléticas na região

lombopelvica e presença de dor lombar no último mês, admitindo-se presença de dor

lombar anterior.

As mulheres participaram voluntariamente, a partir de recrutamento feito ao

longo de quatro meses, por meio de cartazes afixados em três universidades da

cidade de Campinas e no Ambulatório de Ginecologia Geral do Centro de Atenção

Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Faculdade de Ciências Médicas da

Universidade Estadual de Campinas, Brasil. As provenientes do Ambulatório em sua

maioria foram excluídas, por apresentaram incontinência urinária importante.

Considerações éticas: Todas as mulheres incluídas na amostra foram

informadas quanto aos objetivos e procedimentos e assinaram o termo de

consentimento livre esclarecido (ver Anexo 1) constante do Processo 775/2007,

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
63
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Estadual de Campinas, de acordo com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de

Saúde brasileiro, respeitadas as considerações éticas enunciados pela Declaração de

Helsinque 125, emendada em Hong-Kong em 1989 (Ver Apêndice 1). Por ocasião do

término do estudo, cada voluntária foi comunicada sobre os resultados do grupo e

seu significado.

5. Procedimentos de coleta de dados

A investigação exigiu um conjunto de definições, que serão apresentadas

antes do relato sobre o experimento, com o intuito de favorecer a clareza.

a) Resistência muscular (endurance): manutenção da contração muscular do

períneo por um período de 10 segundos.

b) Manipulação espinhal com estímulo (thrust) de alta velocidade e curta

amplitude (ME-TAVCA): técnica utilizada por fisioterapeutas que trabalham com

terapia manual, que inclui um estímulo representado por um movimento de alta

velocidade e curta amplitude sobre um segmento vertebral selecionado. Nesta

pesquisa a manipulação incidiu sobre o osso sacro.

d) Thrust: estímulo representado por um movimento de curta amplitude e alta

velocidade. Nesta pesquisa, ele incidiu sobre o osso sacro.

e) Ruído articular: som que pode ser produzido pela formação de cavidades ou

bolhas devido à diminuição de locais de pressão, dentro do fluido sinovial quando se

realiza uma manipulação articular. Nesta pesquisa a articulação manipulada foi a

sacro-ilíaca.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
64
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

d) Assoalho pélvico: parte inferior da pelve formado pelo diafragma da pelve,

em forma de funil, que é constituído pelos músculos levantador do ânus e coccígeo e

pela fáscias, que cobrem as faces superior e inferior destes músculos.

e) Tônus muscular basal: estado de contração do músculo em repouso.

f) Linha de base: representação gráfica do tônus perineal em repouso, antes e

depois da manipulação. Neste estudo a medida foi feita com perineômetro

semelhante ao de Kegel.

g) Osteopatia: estudo descritivo e clínico do sistema músculo-osteo-articular e

suas relações com outros órgãos e sistemas do corpo humano, o qual inclui

metodologias para tratamento de suas disfunções.

Segue-se a descrição dos procedimentos experimentais relativos à adaptação

das participantes à situação experimental e ao experimento propriamente dito.

5.1. Adaptação à situação experimental

Os procedimentos de manipulação e de medida com cada participante

ocorreram em sessão única, com média de 40 a 50 minutos de duração, em uma sala

do ambulatório do Centro de Assistência Integral a Saúde da Mulher (CAISM). A

sala foi reservada exclusivamente para está pesquisa, duas vezes por semana no

período da tarde por quatro meses consecutivos. Antes do início da sessão com cada

participante, o espaço da pesquisa era organizado, cuidando-se para que estivessem

presentes luvas cirúrgicas, preservativos de látex, lençol, toalhas e material de

higiene, todos descartáveis. Havia uma maca de osteopatia e um perineômetro ligado

a um computador pessoal.

O perineômetro é um aparelho que analisa e registra a pressão intravaginal,

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
65
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

107, 116, 126


amplamente utilizado em trabalhos clínicos e pesquisas, . O perineômetro

de Kegel, modificado por Sabatino e col. 99 é um sistema de mensuração de pressões

constituído por um tubo de borracha semi-rígido de 10 cm de comprimento e 3,5 cm

de diâmetro, com sua parte distal arredondada e fechada. A extremidade proximal é

conectada a um sensor elétrico capaz de identificar pressões existentes dentro do

perineômetro e a um amplificador de ponte. Uma vez colocado dentro da vagina, este

sistema permite uma adequada adaptação de suas paredes em toda sua extensão 99.

Figura 18. Esquema simplificado do sistema de registro de pressão intravaginal

(retirado de Sabatino99).

Ao se apresentarem para a sessão, as pacientes recebiam as orientações em

relação ao preenchimento do questionário informativo e eram informadas sobre os

objetivos da pesquisa, o caráter voluntário da participação, a natureza sigilosa dos

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
66
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

dados, a inexistência de riscos à sua saúde física e mental e a ausência de

remuneração ou de pagamento pela participação. Assinavam, então, o termo de

consentimento livre e esclarecido.

Em seguida, recebiam explicações sobre o procedimento e o que se esperava

que fizessem (deitar-se na maca em decúbito dorsal horizontal e seguir as

instruções). O perineômetro era exibido e era feita uma explanação sobre seu

funcionamento. Com base na certeza de que haviam compreendido e que desejavam

participar, as mulheres eram convidadas a se deitarem na maca na posição

mencionada e o experimento começava.

Para minimizar as variações das pressões vaginais por falta de entendimento

das voluntárias quanto às contrações a serem feitas solicitou-se previamente que cada

uma das voluntárias treinasse os movimentos de contratilidade após orientação, por

três vezes consecutivas, antes da primeira mensuração das pressões intravaginais.

5.2. Medidas da pressão vaginal

As pacientes foram colocadas em decúbito dorsal horizontal em maca de

osteopatia com superfície dura e altura adequada e foram orientadas a ficar relaxadas

durante a colocação intravaginal do perineômetro, de acordo com os procedimentos


127
descritos por Bo e Finckenhagen . Antes de ser introduzido na vagina, o

perineômetro era calibrado para cada paciente. Em seguida, era conectado a um

manômetro de mercúrio convencional, para identificar o valor mínimo (zero mmHg)

e máximo (150 mmHg).

O perineômetro introduzido no canal vaginal foi submetido às pressões das

paredes vaginais em repouso e após contrações voluntárias dos músculos perineais,

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
67
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

de acordo com o esquema Perfect proposta por Bo 107 em três formas diferentes, com

intervalos de três minutos entre cada uma.

a) Primeira medida: uma contração rápida ou fásica dos músculos elevadores

do ânus (CPF), quando foi observada e registrada a força muscular do assoalho

pélvico, relacionada principalmente à ação de fibras musculares do Tipo II (rápidas).

b) Segunda medida: solicitou-se uma contração tônica ou lenta dos músculos

elevadores do ânus mantida por 10 segundos (CPT), quando foi observada e

registrada a resistência (manutenção da contração) das fibras musculares Tipo I

(lentas).

c) Terceira medida: foi avaliada a contração dos músculos elevadores do

ânus, simultaneamente ou associada aos músculos glúteo, abdominais e adutores

(CPA).

5.3. Manipulação espinhal

Logo após a medição dos três tipos de contração perineal, a paciente era

colocada em posição de decúbito lateral e a ME-TAVBA era realizada sobre o sacro.

Neste momento, a presença do ruído articular que na maioria das vezes acompanha a

ME-TAVBA, era observada pelo fisioterapeuta e registrada na ficha de cada

paciente. Imediatamente após a realização da ME-TAVBA, as três medidas de

pressão perineal foram tomadas novamente.

A ME-TAVCA é realizada no sentido oposto à restrição da mobilidade, com

o objetivo de romper as aderências do tecido conjuntivo e regular o tônus muscular,

restabelecendo assim a função articular. A técnica foi a semidireta com thrust em


18
decúbito lateral, seguindo os parâmetros descritos por Ricard e foi realizada de

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
68
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

acordo com a restrição de mobilidade encontrada. O teste utilizado para avaliar a

restrição de mobilidade foi o teste de mobilidade em decúbito prono, que será

descrito mais abaixo, depois da descrição da técnica de manipulação espinhal

adotada nesta pesquisa.

a) Passos da técnica semidireta com thrust, em decúbito lateral

Posição do paciente

 Em decúbito lateral, membro inferior em contato com a mesa em posição de

extensão, membro inferior que não estava em contato com a mesa em posição

de flexão de joelho e flexão da articulação coxo-femural até sentir a tensão

em S1 ou S3, dependendo do nível em que se encontrava a restrição de

mobilidade.

 Paciente em decúbito lateral sobre o lado não lesionado (sem restrição de

mobilidade).

 Tronco em latero-flexão, rotação até L5 e um pouco de extensão quando

apresentava disfunção em posterioridade e flexão quando apresentava

disfunção em anterioridade.

 Membros superiores apoiados no tronco com as mãos cruzadas sobre ele.

 Pelve com pequena inclinação.

Posição do terapeuta: em posição (“finta”) anterior a altura da pelve do

paciente, com o corpo rodado em direção à cabeça deste.

Colocação das mãos do terapeuta

 A mão cefálica estabilizava o ombro do paciente.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
69
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

 A mão caudal realizava um contato direto em S1 para anteriorizar a base

sacra se esta estivesse posterior, ou fazia um contato sobre o ângulo ínfero-

lateral ou S3 se fosse uma lesão de anterioridade da base sacra. O contato foi

realizado com a região proximal da mão (“calcanhar da mão”), colocada

sobre a base sacra (S1) ou com a região ulnar do antebraço, quando o contato

era sobre o ângulo ínfero-lateral (por opção utilizamos este contato

principalmente nas disfunções em torsão). O antebraço foi posicionado em

direção ao impulso a ser realizado, dependendo de a restrição do movimento

ser unilateral ou em torsão.

Realização da técnica:

 Em um primeiro tempo buscaram-se a redução das tensões (slack), por meio

de movimentos pequenos de flexão-extensão, lateroflexão e rotação entre as

alavancas superior (tronco) e inferior (membros inferiores).

 Em um segundo tempo foi feito um movimento ou impulso de alta velocidade

e curta amplitude (“thrust”), contra a direção do plano em que se encontrava

a restrição de mobilidade, ao mesmo tempo em que se realizava um impulso

com o joelho do terapeuta, contra a face lateral do joelho do paciente o qual

se encontrava em flexão, com o objetivo de abrir a articulação sacro-ilíaca.

(Ver Figuras 19, 20, 21, 22 e 23).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
70
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Figura 19. Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma disfunção

unilateral posterior da base sacra

Figura 20. Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma disfunção

posterior bilateral da base sacra.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
71
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Figura 21. Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma disfunção em

torsão posterior da base sacra (sacro em torsão direita sobre eixo esquerdo - TDE).

Figura 22. Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma disfunção

unilateral anterior da base sacra.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
72
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Figura 23. Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma disfunção em

torsão anterior da base sacra (sacro em torsão direita sobre o eixo direito - TDD).

b) Teste de mobilidade em decúbito prono

O teste de mobilidade em decúbito prono foi realizado com objetivo de

diagnosticar eventual disfunção sacra e, neste caso, confirmar os pontos de bloqueio

articular.

Posição do paciente: Decúbito prono

Posição do terapeuta: Em pé, com o corpo paralelo à pelve do paciente.

Colocação das mãos do terapeuta: O polegar de uma mão foi colocado

sobre o sulco (região do braço menor da articulação sacro-ilíaca) e a região proximal

da outra mão (“calcanhar da mão”) sobre o ângulo ínfero lateral (AIL) homo lateral

(região do braço maior da articulação sacro-ilíaca), para testar a mobilidade da

articulação unilateral da articulação, ou, sobre o ângulo ínfero lateral (AIL)

contralateral para testar a mobilidade da articulação sacro-ilíaca em torsão.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
73
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Realização da técnica:

 A mão inferior do terapeuta empurrou o ângulo ínfero lateral (AIL) para

dentro e em sentido superior até o polegar da outra mão sentir que a base

sacra se moveu em sentido posterior, se isso não ocorreu classificamos que a

voluntária apresentava uma disfunção unilateral anterior E um segundo tempo

o polegar do terapeuta empurrou a base sacra da voluntária em direção ao

angulo ínfero lateral (AIL), até a parte proximal da mão sentir o ângulo ínfero

lateral (AIL) mover-se em direção posterior, quando isto não ocorreu

classificamos que a voluntária apresentava uma disfunção unilateral posterior

do sacro. (Ver Figura 24).

Figura 24. Teste biomecânico da mobilidade unilateral da superfície auricular

sacra.

 Para testar as torsões foi utilizado o mesmo princípio, porém colocamos o

polegar de um lado e a parte proximal da mão sobre o ângulo ínfero lateral

(AIL) do lado oposto, ou seja, a mão inferior empurrou o ângulo ínfero lateral

(AIL) em direção diagonal ao sulco oposto, até o polegar da mão do terapeuta

sentir que a base sacra do voluntário se deslocava em sentido posterior,

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
74
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

quando isto não ocorreu classificamos que a voluntária apresentava uma

disfunção em torsão anterior do sacro (torsão esquerda sobre o eixo esquerdo

ou torsão direita sobre o eixo direito). Quando o polegar do terapeuta realizou

uma pressão sobre o sulco em direção diagonal ao ângulo ínfero lateral (AIL)

oposto, a parte proximal da mão inferior deveria sentir que o AIL se moveu

em sentido posterior, se isto não ocorreu classificamos que a voluntária

apresentava uma disfunção em torsão posterior do sacro (torsão direita sobre

o eixo esquerdo ou torsão esquerda sobre o eixo direito) (Ver Figura 25).

Figura 25. Teste biomecânico do eixo oblíquo

6. Procedimentos de análise de dados

As pressões que foram captadas pelo transdutor do perineômetro (Figura 26),

foram transmitidas por meio de impulsos elétricos a um computador pessoal, para

registro dos dados. A informação sobre a pressão foi transformada em sinais

elétricos, por meio de um amplificador de ponte SCXI 1321 e de uma placa

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
75
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

conversora analógica digital, modelo 6032 Y da National Instruments. Os sinais


128
elétricos foram decodificados por um pacote estatístico denominado LabVIEW e

transpostos para o banco de dados. Seis voluntárias foram excluídas por problemas

técnicos acontecidos durante a realização das medidas.

Figura 26. Perineômetro conectado a um transdutor de pressão e a um computador

As medidas da pressão vaginal foram calculadas de acordo com a finalidade

proposta para cada tipo de contração. Com o objetivo de medir a pressão máxima

exercida pelas voluntárias na contração perineal fásica (CPF) e na contração perineal

associada à musculatura acessória (CPA), o instrumento registrava o valor máximo

alcançado pela participante em uma única contração. Com o objetivo de medir a

endurance na contração perineal tônica (CPF) foi calculado o valor integral dos

valores de pressão medidos ao longo deste intervalo de tempo.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
76
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Para calcular o tônus basal em repouso, foi adotado o seguinte padrão:

p BASE = p MÍN + 10%( p MÁX − p MÍN )

Nas Figuras 27 e 28 pode ser observado um desenho esquemático de como

foram calculadas as linhas da base para cada contração

Figura 27. Desenho esquemático da 1ª e 3ª contração – Linha de base (LB), pressão

mínima (pMÍN) e máxima (pMÁX).

O método utilizado para calcular a linha de base para a contração perineal

tônica (CPT) foi o mesmo. O gráfico a seguir mostra a área (integral) de 10 segundos

que foi calculada para a segunda contração.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
77
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Figura 28. Desenho esquemático da 2ª contração – Linha de base (LB), área integral

em 10 seg, pressão mínima (pMÍN) e máxima (pMÁX)

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
78
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

RESULTADOS

Os dados foram submetidos a análises estatísticas univariadas e bivariadas.

Foi realizado o teste Wilcoxon pareado, usado para comparação dos dados que não

possuem distribuição normal, ou seja, apresentam distribuição tendenciosa para

valores maiores ou menores, proveniente da mesma origem, com utilização da

mediana como parâmetro de posição. Foi também utilizado o Teste t de Student,

utilizado para comparação dos dados que apresentam distribuição normal, ou seja,

distribuição semelhante tanto para valores maiores quanto menores, proveniente da

mesma origem, com utilização da média como parâmetro de posição. O nível de

significância estatística adotado para todos os testes foi de 5% (p < 0,05)

Em primeiro lugar serão apresentados dados de caracterização da amostra.

Em seguida aparecerão os resultados relativos às medidas pré e pós-manipulações

mediante a técnica ME-TAVCA, primeiramente em tabelas que mostram os dados

individuais e depois em tabelas que mostram medidas de posição e de dispersão para

o grupo como um todo. Seguir-se-ão os resultados dos testes realizados para aferir o

grau de significância estatística das eventuais diferenças encontradas entre as

medidas pré e pós manipulação feitas mediante a técnica de ME-TAVCA.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
79
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

1. Caracterização da amostra

Foram 40 mulheres com idade média de 33,58 anos e desvio padrão de 5.37

anos. A altura e o peso médios encontrados foram respectivamente de 164 cm

(DP=0.07) e 60 kg (DP= 11,17. Dezenove (47,50%) eram nulíparas, 12 (30%)

tiveram apenas um parto e nove (22,50%) tiveram dois partos, todos do tipo

cesariana. Dezesseis (40%) mantinham atividade que exigia esforço físico, 10 (25%)

tinham ocupação que não exigia esforço físico e 14 (35%) trabalhavam em posição

sentada, em atividade que não exigia concurso de esforço físico. Vinte e seis (65%)

desenvolviam exercícios físicos regulares; 38 (95%) disseram já ter praticado

atividades físicas regulares no passado.

Obedecendo a um dos critérios de inclusão, nenhuma mulher relatou presença

de dor lombar durante o experimento, mas 30 entre as 40 mulheres estudadas

relataram dor lombar em algum momento no passado (há mais de um mês). Em

relação à história de dor lombar durante a gestação, 15 (71,50%) dentre as 21

mulheres que tinham partos anteriores relataram ter tido dor durante a gestação,

sendo que 10 (66,67%) relataram episódios de dor lombar ocorridos depois da

gestação (Ver Tabela 1).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
80
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Tabela 1. Características da amostra (n=40).

Variável Distribuição

Idade (anos) X (min / max / dp) 33,6 (23 / 40 / 5,37)

Altura (m) X (min / max / dp) 1,64 (1,49 / 1,76 / 0,7)

Peso (kg) X (min / max / dp) 60,8 (43 / 99 / 11,4)

Nenhum 47%

Número de partos 1 30%

2 13%

Com esforço 40%


Postura no trabalho
Sentada 35%

Prática regular de esporte na


29 (65%)
atualidade

Prática regular de esporte no passado 38 (95%)

Episódios de dor lombar há mais de


30 (75%)
mês)

Episódios de dor lombar durante a


28 (71%)
gestação**

Episódios de dor lombar com início


27 (67%)
após gestação**
* n= 21, * n=15.

2. Medidas individuais de pressão do assoalho pélvico antes e depois da ME-

TAVCA

Foram feitas medidas de pressão intravaginal (PIV) nas 40 mulheres, seis das

quais foram excluídas por problemas técnicos durante a medida. Cada uma das

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
81
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

participantes foi submetida a seis medidas, sendo uma antes e uma depois da

contração ocorrida mediante a técnica de ME-TAVCA. No Anexo 3 são mostrados

os gráficos individuais relativos às medidas de pressão intravaginal das participantes,

antes e depois das manipulações.

Na Tabela 2 aparecem os valores individuais obtidos antes e depois das três

contrações perineais, sendo as posteriores obtidas mediante a técnica de ME-

TAVCA. A primeira contração perineal era rápida ou fásica (CPF), a segunda era

lenta ou tônica (CPT) e a terceira era associada à contração da musculatura acessória

(CPA).

Tabela 2 – Tabela que mostra os resultados individuais das medidas das contrações

do períneo antes e depois de cada uma das três aplicações da ME-TAVCA.

CPF CPT CPA


Part. Valor Máximo Integral em 10s Valor Máximo
(mm Hg) (mm Hg * s) (mm Hg)
Antes Depois Antes Depois Antes Depois

1 54,9 79,7 410,8 661,4 88,5 92,5

2 66,7 67,4 603,4 533,6 66,4 62,2

3 64,8 66,7 703,1 600,3 64,2 60,0

4 72,6 77,5 563,7 509,4 102,9 118,3

5 55,6 88,9 480,0 582,7 63,0 67,9

6 86,1 67,2 467,3 457,2 79,9 79,5

7 46,2 44,0 451,8 418,4 47,5 48,2

8 62,4 81,3 321,8 483,2 61,7 76,3

9 103,4 116,9 687,6 655,1 98,0 95,6

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
82
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

10 80,9 77,0 702,5 609,0 83,2 79,3

11 92,6 121,8 773,5 652,1 117,9 130,0

12 27,5 60,8 219,6 372,4 41,3 55,8

13 39,5 53,0 226,6 366,6 53,0 60,6

14 17,9 29,4 186,7 256,8 24,8 33,9

15 54,5 68,8 311,2 522,2 45,3 56,2

16 51,2 46,8 480,3 462,4 68,6 60,1

17 67,0 82,1 603,7 674,7 94,3 100,4

18 NA NA NA NA NA NA

19 83,5 79,5 406,8 410,9 76,6 66,2

20 NA NA NA NA NA NA

21 41,8 68,3 313,1 667,9 51,8 67,3

22 84,3 95,8 768,1 892,2 106,2 117,7

23 0,0 35,3 270,8 322,5 32,4 67,0

24 77,4 82,1 555,9 537,0 40,7 78,1

25 NA NA NA NA NA NA

26 NA NA NA NA NA NA

27 36,4 43,1 366,2 325,7 62,8 49,3

28 51,8 66,9 463,7 526,9 88,9 100,3

29 61,8 49,4 456,4 416,8 65,0 53,6

30 32,1 30,8 295,6 236,2 36,3 32,5

31 46,6 41,2 236,8 353,1 25,7 40,2

32 21,0 25,8 208,1 221,6 30,3 31,0

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
83
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

33 NA NA NA NA NA NA

34 49,0 32,8 380,5 297,7 51,3 45,8

35 118,0 110,3 904,6 880,6 127,3 57,8

36 49,3 49,9 430,7 450,0 64,0 85,7

37 23,9 35,7 210,9 222,4 46,4 53,8

38 47,7 87,1 384,4 623,3 81,6 92,9

39 35,9 35,2 314,1 224,3 43,4 42,7

40 NA NA NA NA NA NA

Na Tabela 3 são apresentados os valores individuais do tônus perineal basal

(Linha de Base) obtidos dos três diferentes tipos de contração, antes e depois da ME-

TAVCA.

Tabela 3 – Tabela que mostra os valores individuais do tônus perineal basal (linha de

base), antes e depois da ME-TAVCA

CPF CPT CPA


(mm Hg) (mm Hg) (mm Hg)
Part.
Antes Depois Antes Depois Antes Depois

1 15,3 38,8 23,9 44,6 28,4 48,6

2 40,0 41,3 41,9 40,8 43,8 43,4

3 24,6 31,4 36,8 31,9 30,5 33,6

4 34,1 29,5 26,9 32,6 36,8 37,2

5 40,5 44,1 41,5 44,7 43,3 43,7

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
84
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

6 34,4 33,1 31,9 32,5 41,4 41,4

7 22,7 31,2 24,6 35,5 26,0 36,0

8 19,7 34,4 24,6 33,2 20,6 34,9

9 24,2 34,9 23,2 29,9 21,4 33,1

10 28,1 32,4 30,3 33,1 31,2 34,0

11 33,1 38,7 37,9 32,3 38,9 34,8

12 20,2 25,1 21,0 28,0 23,7 30,0

13 12,4 23,9 12,0 15,8 23,9 20,6

14 15,2 23,2 15,4 23,7 16,2 25,4

15 20,4 28,3 19,8 28,2 24,1 26,7

16 12,2 10,4 17,6 18,4 22,6 21,1

17 28,1 33,0 29,3 34,4 32,8 36,0

18 NA NA NA NA NA 9,7

19 37,1 33,2 39,8 30,0 36,1 32,7

20 NA NA NA NA NA NA

21 21,5 32,6 28,0 42,4 30,1 43,2

22 32,4 46,9 47,2 44,8 49,4 44,3

23 0,0 28,4 24,7 28,4 26,0 28,1

24 25,4 28,3 25,4 29,1 29,0 30,9

25 NA NA NA NA NA NA

26 NA NA NA NA NA NA

27 22,7 24,8 23,3 25,3 26,5 28,1

28 19,3 23,5 20,5 23,5 24,8 25,0

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
85
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

29 34,4 27,9 31,4 28,2 32,1 32,8

30 19,1 17,2 18,7 17,2 19,5 18,6

31 21,4 32,4 19,9 32,0 21,0 31,8

32 13,4 17,7 17,4 17,8 18,7 19,6

33 NA NA NA NA NA NA

34 16,5 19,6 18,3 20,5 19,1 22,6

35 53,5 52,7 58,0 51,8 59,0 49,8

36 32,4 30,7 32,0 32,8 34,4 37,7

37 9,5 16,1 15,2 15,9 16,5 19,2

38 25,4 39,2 26,1 36,7 31,4 25,2

39 20,5 17,5 23,2 17,8 25,1 20,6

40 NA NA NA NA NA NA

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
86
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

3. Comparações entre as medidas de dispersão e de posição da pressão vaginal

para as três contrações

Em seguida são mostrados gráficos de medidas de dispersão (média e desvio

padrão), figuras 29, 30, 31, 35, 36 e 37 e de posição (mediana e percentis 10% e

90% ), figuras 32, 33, 34, 38, 39 e 40.

Os gráficos de medidas de dispersão mostram os valores de média (legenda

“m’, linha central do gráfico com marcador quadrado), média menos desvio padrão

(legenda “m – dp”, linha inferior do gráfico com marcador losango) e média mais

desvio padrão (legenda “m + dp”, linha superior do gráfico com marcador triângulo).

Estes valores mostram a dispersão das amostras, antes e depois da ME-TAVCA. A

linha média (central) representa a média das amostras. A linha “m-dp” (inferior)

representa o valor encontrado através da subtração de um desvio padrão (medida de

variação da amostra) da média da amostra, considerado como valor referência para as

pressões vaginais baixas. A linha “m+dp” (superior) representa o valor encontrado

através da adição de um desvio padrão (medida de variação da amostra), considerado

como valor referência para as pressões vaginais altas.

Os gráficos de medida de posição mostram os valores de mediana (legenda

“Md”, linha central do gráfico com marcador quadrado), percentil 10% (legenda

“P10%”, linha inferior do gráfico com marcador losango) e percentil 90% (legenda

“P90%”, linha superior do gráfico com marcador triângulo). Estes valores mostram a

dispersão das amostras através de indicadores percentis de posição, antes e depois da

ME-TAVCA. O valor de mediana é aquele que divide os indivíduos de uma amostra

em dois grupos com número de indivíduos iguais, um acima deste valor e outro

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
87
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

abaixo dele. Os valores de percentil 10% (P10%) são aqueles que separam os 10%

valores menores da amostra dos demais (indicando os 10% menores), e os valores de

percentil 90% (P90%) são aqueles que separam os 90% valores menores da amostra

dos demais (indicando os 10% maiores).

Os resultados dos valores das medidas de pressão apresentaram distribuição

normal para todos os tipos de contração estudados (CPF, CPT, CPA). Houve

variação estatisticamente significativa apenas para os valores da CPF (p=0, 0020). A

seguir estão descritos os valores médios e o desvio padrão (dp) para cada forma de

contração (CPF, CPT, CPA).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
88
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

3.1. Contração Perineal Fásica (CPF)

Antes da ME-TAVCA foi encontrada média de 56,01 (DP = 25,54). Depois

da ME-TAVCA a média foi de 64,65 (DP= 25,63) com p = 0, 0020, significativo. O

teste utilizado para esta e as demais comparações foi o t de Student pareado (Ver

Figura 29).

CPF

100

80 90,29
81,55
60 m - dp
mm Hg

64,65
56,01 m
40 m + dp
39,02
20 30,47

0
Antes Depois

m = média
dp = desvio padrão

Figura29. Gráfico que mostra a média e desvio padrão das contrações perineais

fásicas (CPF) antes e depois da ME-TAVCA.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
89
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

3.2. Contração perineal tônica (CPT):

Antes da manobra foi observada média de 445,90 (DP= 186,84) e 483,14

(DP= 175,29) depois da ME-TAVCA com p = 0, 0680, não significativo (Ver Figura

30).

CPT

750

600 658,44
632,74

450 m - dp
mm Hg

483,14
445,90 m
300 m + dp
307,85
259,05
150

0
Antes Depois

m = média
dp = desvio padrão

Figura 30. Gráfico que mostra a média e desvio padrão das contrações perineais

tônicas (CPT) antes e depois da ME-TAVCA.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
90
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

3.3 Contração perineal associada à contração da musculatura acessória

(CPA)

Antes da manobra, a média foi de 65,62 (DP= 26,56); depois da manipulação

foi de 69,37 (DP= 25,26), com p = 0, 2190, não significativo. (Ver Figura 31).

CPA

100

92,19 94,63
80

60 69,37 m - dp
mm Hg

65,62
m
40 m + dp
44,11
39,06
20

0
Antes Depois

m = média
dp = desvio padrão

Figura 31. Gráfico que mostra a média e desvio padrão das contrações perineais

associadas à contração da musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME-

TAVCA.

Na Tabela 4 estão colocadas os valores da média, da mediana, dos percentis

10 e 90 e o desvio-padrão para as três contrações.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
91
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Tabela 4. Tabela que mostra a média, desvio padrão, mediana, percentil 10% e 90%

da pressão intra-vaginal (PIV) antes e depois da ME-TAVCA

CPF CPT CPA


N 34 34 34
Média 56,01 445,90 65,62
Desvio Padrão 25,54 186,84 26,56
Antes Mediana 53,13 420,79 63,51
P10% 24,97 221,73 33,57
P90% 85,54 702,93 101,45
Média 64,65 483,14 69,37
Desvio Padrão 25,63 175,29 25,26
Depois Mediana 67,01 472,82 64,20
P10% 33,49 242,37 40,95
P90% 93,71 665,99 100,37
P 0,0020 0,0680 0,2190

P10% - 10% da amostra tem contração até este valor e 90% acima deste valor (10%
menores)
P90% - 90% da amostra tem contração até este valor e 10% acima deste valor (90%
maiores)
Teste t de Student pareado

A evolução dos valores percentis antes e depois da ME (P10%, Mediana e

P90%) estão graficamente demonstradas nas Figuras 32, 33 e 34. Para todas as

contrações, houve elevação dos valores do percentil 10 após a ME, indicando que a

pressão vaginal das mulheres que tinham os menores valores aumentou após a ME.

Houve elevação dos valores de mediana após a ME na contração perineal

fásica (CPF) e na contração perineal tônica (CPT), porém houve redução deste valor

para contração perineal associada à musculatura acessória (CPA). Da mesma

maneira, houve elevação do valor do P90 após a ME para a contração perineal fásica

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
92
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

(CPF), mas houve redução para a contração tônica (CPT) e para a contração perineal

associada à musculatura acessória (CPA).

CPF

100

93,71
80
85,54

60 P10%
mm Hg

67,01
Md
40 53,13
P90%

33,49
20
24,97

0
Antes Depois

P10% = percentil 10%


Md = mediana
P90% = percentil 90%

Figura 32. Gráfico que mostra os valores da mediana, do P10 e do P90 das

contrações perineais fásicas (CPF) antes e depois da ME-TAVCA.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
93
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

CPT

750

702,93
600 665,99

450 P10%
mm Hg

472,82
420,79 Md
300 P90%

150 221,73 242,37

0
Antes Depois

P10% = percentil 10%


Md = mediana
P90% = percentil 90%

Figura 33. Gráfico que mostra os valores da mediana, do P10 e do P90 das

contrações perineais tônicas (CPT) antes e depois da ME-TAVCA.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
94
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

CPA

120

100
101,45 100,37
80
P10%
mm Hg

60 Md
63,51 64,20
P90%
40
40,95
20 33,57

0
Antes Depois

P10% = percentil 10%


Md = mediana
P90% = percentil 90%

Figura 34. Gráfico que mostra os valores da mediana, do P10 e do P90 das

contrações perineais associadas à contração da musculatura acessória (CPA) antes e

depois da ME-TAVCA.

4. Comparações entre as medidas de posição e de dispersão do tônus perineal

basal (linha de base) para as três contrações

Os valores da linha de base, interpretado como tônus perineal basal para a

contração perineal fásica (LB-CPF) também apresentaram distribuição normal, mas

as linhas de base da contração tônica (LB-CPT) e as associadas à contração da

musculatura acessória (LB-CPA) não apresentaram distribuição normal. Houve

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
95
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

aumento significativo para todos os tipos de contração depois da ME-TAVBA (linha

de base da CPF - p = 0,001, linha de base da CPT - p = 0,0090, linha de base da CPA

- p = 0, 0480).

4.1. Tônus perineal basal na contração perineal fásica (CPF)

Antes da ME-TAVCA foi observada média de 24,41 (DP = 10,51). Depois da

ME-TAVCA a média foi de 30,07 (DP = 9,22), com p < 0, 0001, significativo (teste t

de Student pareado). (Ver Figura 35).

CPF

45

39,29
30 34,92
m - dp
mm Hg

30,07
m
24,41
20,85 m + dp
15
13,89

0
Antes Depois

m = média
dp = desvio padrão

Figura 35. Gráfico que mostra a média e desvio padrão para as medidas de linha de

base das contrações perineais fásicas (CPF) antes e depois da ME-TAVCA.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
96
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

4.2. Tônus perineal basal na contração perineal tônica (CPT)

Antes da manobra a média alcançou 27,29 (DP = 10,07) e foi de 30,40 (DP =

9,12) depois da ME-TAVCA, com p = 0, 0090, significativo (teste de Wilcoxon

pareado). (Ver Figura 36).

CPT

45

39,51
37,36
30
m - dp
mm Hg

30,40
27,29 m
21,28 m + dp
15
17,22

0
Antes Depois

m = média
dp = desvio padrão

Figura 36. Gráfico que mostra a média e desvio padrão das medidas de linha de base

para as contrações perineais tônicas (CPT) antes e depois da ME-TAVCA.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
97
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

4.3. Tônus perineal basal na contração perineal associada à contração da

musculatura acessória (CPA)

Antes da manobra ocorreu média de 29,55 (DP = 9,76); depois a média foi de

31,44 (DP = 9,38), com p=0, 0480, significativo (teste de Wilcoxon pareado). (Ver

Figura 37).

CPA

45

40,83
39,30
30
31,44 m - dp
mm Hg

29,55
m
22,06 m + dp
15 19,79

0
Antes Depois

m = média
dp = desvio padrão

Figura 37. Gráfico que mostra a média e desvio padrão das medidas de linha de base

para as contrações perineais associadas à contração da musculatura acessória (CPA)

antes e depois da ME-TAVCA

Os principais parâmetros de posição (média, mediana e percentis 10 e 90), e

de dispersão das medidas linhas de base, estão colocados na Tabela 5.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
98
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Tabela 5. Tabela que mostra a média, desvio padrão, mediana, percentil 10% e 90%

da linha de base, antes e depois ME-TAVCA.

CPF CPT CPA


N 34 34 34
Média 24,41 27,29 29,55
Desvio Padrão 10,51 10,07 9,76
Antes Mediana 22,69 24,68 27,46
P10% 12,74 17,48 19,23
P90% 36,31 41,01 42,71
Média 30,07 30,40 31,44
Desvio Padrão 9,22 9,12 9,38
Depois Mediana 30,94 30,93 32,73
P10% 17,57 17,80 20,03
P90% 40,64 43,95 43,59
P < 0.0001 0,0090 * 0,0480 *

P10% - 10% da amostra tem contração até este valor e 90% acima deste valor (10%
menores)
P90% - 90% da amostra tem contração até este valor e 10% acima deste valor (90%
maiores)
Teste t de Student pareado
* Teste de Wilcoxon pareado (Wilcoxon signed rank test)

A evolução dos valores percentis para as linhas de base antes e depois da ME-

TAVCA (P10, Mediana e P90) aparecem nas Figuras 38, 39 e 40.

A linha de base apresentou elevação de todos os percentis (P10, mediana e

P90) após a ME, tanto na 1ª, quanto na 2ª e 3ª contrações, mostrando que a ME

esteve associada a aumento do tônus vaginal nas mulheres da amostra.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
99
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

CPF

45

40,64
36,31
30
30,94 P10%
mm Hg

Md
22,69 P90%
15
17,57
12,74

0
Antes Depois

P10% = percentil 10%


Md = mediana
P90% = percentil 90%

Figura 38. Gráfico que mostra a mediana, P10 e P90 da linha de base das contrações

perineais fásicas (CPF) antes e depois da ME-TAVCA.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
100
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

CPT

45
43,95
41,01

30
30,93 P10%
mm Hg

Md
24,68
P90%
15 17,80
17,48

0
Antes Depois

P10% = percentil 10%


Md = mediana
P90% = percentil 90%

Figura 39. Gráfico que mostra a Mediana, P10 e P90 da linha de base das contrações

perineais tônicas (CPT) antes e depois da ME-TAVCA.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
101
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

CPA

45

42,71 43,59

30
32,73 P10%
mm Hg

27,46 Md
P90%
15 19,23 20,03

0
Antes Depois

P10% = percentil 10%


Md = mediana
P90% = percentil 90%

Figura 40. Gráfico que mostra a mediana, P10 e P90 da linha de base das contrações

perineais associadas à contração da musculatura acessória (CPA) antes e depois da

ME-TAVCA.

Em resumo, o estudo mostrou que ocorreu um aumento significativo da

pressão vaginal associada à contração vaginal fásica, depois da ME-TAVCA. O

mesmo não ocorreu com a contração perineal tônica e para a contração associada á

musculatura acessória. Houve aumento significativo do tônus perineal para todos os

tipos de contração estudados.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
102
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

DISCUSSÃO

A amostra estudada era homogênea quanto à idade, à cor da pele, à

escolaridade, à altura, ao peso e ao número de partos. De modo geral, eram mulheres

jovens (media de 33 anos) e com baixa paridade. Com respeito ao estilo de vida, a

grande maioria praticava ou havia praticado esportes com freqüência de pelo menos

três vezes por semana. A maioria delas eram profissionais. Um dado que chamou

atenção foi que 75% das mulheres relataram história de dor lombar. A grande

maioria já apresentava dor lombar antes da gestação, mas, quase a metade relatou

que a dor se iniciou a partir da gestação, o que está de acordo com o encontrado na

literatura 129, 98, 130.

O conhecimento detalhado da funcionalidade e da biodinâmica do períneo

ainda não é claro, provavelmente em decorrência de sua complexidade anatômica e

também pelos aspectos sócio-culturais e sexuais que envolvem o manuseio desta

região. Neste trabalho foi possível identificar modificações das pressões do períneo

de mulheres sadias submetidas a ME-TAVBA.

O aumento da PIV para a CPF após a ME-TAVBA está de acordo com a

revisão de literatura, segundo a qual a manipulação espinhal tem ação sobre a

atividade dos motoneurônios alfa, regulando o tônus muscular e provocando como

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
103
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

5, 6, 7, 8, 9, 10
conseqüência um aumento na força de contração muscular . Segundo
13, 14
Suter , a diminuição da inibição muscular após a ME-TAVBA produz aumento

do momento de força muscular (torque). Este efeito pode ser explicado pelo estímulo

que a ME-TAVBA provoca sobre o sistema gama, facilitando a normalização do

tônus muscular, com conseqüente melhora momentânea da força muscular ou torque.

Sendo assim, a ME-TAVCA pode ser utilizada associada a outras técnicas


32
osteopáticas, em um contexto de tratamento como sugerem Gibbons e Tehan e
33
Greenman , no tratamento de mulheres que apresentam disfunções do assoalho

pélvico, tais como incontinência urinária e fecal, prolapso de vísceras abdominais e

irregularidade de hábitos intestinais. Segundo a literatura, doenças como a

incontinência urinária de esforço (IUE), a bexiga irritável, a vulvodínea, a

dispareunia e a síndrome do cólon irritável ainda não foram adequadamente


19, 20, 21
estudadas quanto às suas relações com a musculatura do períneo .

Tratamentos osteopáticos que utilizem a ME-TAVCA também podem ajudar em

trabalhos de estabilização da região lombo-pélvica e de cuidados à dor lombar, por

meio da ativação dos músculos do assoalho pélvico que são sinérgicos à contração do

músculo transverso do abdômen. Segundo a literatura, a contração dos músculos do

assoalho pélvico ocorre em associação com a contração do transverso do abdômen e


104, 103,
vive-versa, o que implica na ação destes músculos na estabilização espinhal
131, 15
. Estudos associando outros efeitos da ME-TAVCA descritos na literatura entre

eles a melhora da amplitude articular 5, 6, 7, 8, 9, 10, 35, no caso deste estudo o osso sacro,

poderiam também ser realizados.

Quando estudado o efeito da ME-TAVBA sobre as fibras de ação lenta (tipo

I), por meio da CPT, não encontramos um resultado estatisticamente significante

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
104
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

quanto ás medidas pré e pós manipulação. Este resultado pode sugerir que a ME-

TAVBA teria um menor efeito sobre as fibras de tipo I ou lentas, porém não estaria

de acordo com os resultados significativos encontrados de aumento de tônus basal

após a ME-TAVBA. Mais estudos poderiam ser realizados para definir em que

momento exato as fibras lentas dos músculos do períneo começam a ser ativadas.

Segundo a literatura, o assoalho pélvico é composto por fibras musculares de

contração lenta ou tipo I e rápidas ou tipo II, sendo que 70% dessas são de contração

lenta, responsável pela manutenção do tônus; os outros 30% são fibras de contração

rápida e de baixa resistência 132.


88, 126
Neste trabalho, baseado no protocolo do esquema Perfect a CPF foi

realizada para detectar a presença e a intensidade da contração do períneo e a CPT

foi utilizada para estudar a resistência muscular, por meio do recrutamento de fibras

musculares de tipo I ou de contração lenta. Apesar das tentativas de identificar o

efeito da ME-TAVBA sobre os diferentes tipos de fibra muscular e apesar de

literatura mostrar que a contração voluntária do assoalho pélvico age mais


133,
especificamente sobre as fibras do tipo II ainda faltam estudos que esclareçam o

tempo exato em que as fibras tipo I ou lentas são recrutadas. Este conhecimento

poderia nortear a adoção de outros protocolos. Também a manutenção da

contratibilidade por tempo prolongado talvez exija um recrutamento da musculatura

acessória como glúteos, adutores e abdômen, minimizando as diferenças

encontradas.

Não foi observado aumento significativo da CPA após a ME-TAVCA. Este

resultado sugere que quando a METAVCA é realizada sobre o osso sacro, provoca

efeito apenas sobre a metâmera a ele relacionada, ou seja, sobre o assoalho pélvico,

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
105
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

aumentando a força de contração do períneo (pressão). A contração de grandes e

potentes músculos acessórios como os adutores, os glúteos e os músculos sinérgicos,

como o transverso do abdômen poderiam ter contribuído para minimizar as

diferenças.

Os valores do tônus perineal basal para a contração perineal fásica (LB-CPF),

apresentaram distribuição normal, com grande parte dos valores encontrados

próximo da média. No entanto, as linhas de base da contração tônica (LB-CPT) e as

linhas de base da contração perineal associada à contração da musculatura acessória

(LB-CPA), não apresentaram distribuição normal. Grande parte dos valores do tônus

perineal basal estavam abaixo da média, caracterizando que havia uma frequência

maior de mulheres com tônus perineal basal baixo e com grande variabilidade.

Contrariamente ao que se pensava no início do estudo, o tônus perineal basal

aumentou significativamente depois da ME-TAVBA para todos os tipos de contração

estudados (LB-CPF p = 0.0001, LB-CPT p = 0.0090, LB-CPA p = 0.0480). Apesar

de não terem sido encontrados estudos sobre os efeitos da ME-TAVBA sobre o

assoalho pélvico, estes resultados não estão de acordo com dados relativos a outros

metâmeras, segundo os quais foi observada diminuição da hipertonicidade muscular

e normalização do tônus muscular após ME-TAVCA. Diversos autores relacionam

os efeitos benéficos da manipulação espinhal à diminuição da dor, ao aumento da

mobilidade articular, à normalização do tônus muscular e à restauração da função

articular 5, 6, 7, 8, 9,10. Shekelle 35


descreve que um dos efeitos da ME-TAVCA é o de

provocar diminuição da hipertonia muscular.

Este efeito da ME-TAVBA sobre o tônus perineal pode ser benéfica ao

tratamento de indivíduos portadores de disfunção do assoalho pélvico, como

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
106
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

incontinências urinária e fecal, prolapsos viscerais, instabilidade lombopélvica e em

retropulsões do cóccix devido ao parto. Podem, entretanto, ser prejudiciais em

indivíduos que apresentem hipertonia perineal como vaginismo e vulvodíneas, o que

permite crer que mais estudos deveriam ser realizados para esclarecer este tema.

Também foi observado aumento do tônus perineal basal entre as contrações

PPF, PPT e PPA antes da ME-TAVCA, o que sugere que apesar de as voluntárias

terem sido orientadas a treinar os movimentos de contratibilidade perineal antes da

primeira mensuração, para minimizar as variações da pressão por falta de

aprendizado, este pode melhorar a realização das contrações e a repetição da

contração pode levar ao aumento do tônus perineal. São necessários mais estudos

sobre o tema.

Os resultados do presente estudo indicaram uma relação provável entre a ME-

TAVCA e a alteração na pressão vaginal quando desassociada da contração da


117
musculatura acessória, ao contrário de estudos realizados por Bo et al em 1994 ,

com mulheres nulíparas, com o sem incontinência urinária, que não identificaram

nenhuma diferença. Esses autores atribuíram o seu dado ao fato de o perineômetro

não ser capaz de isolar a ação da musculatura perineal da ação da musculatura

acessória (abdominais e adutores).

A principal vantagem de um estudo de natureza metodológica, como pode ser

caracterizada a presente investigação, é oferecer indicações sobre a viabilidade do

uso do perineômetro para a investigação dos efeitos de uma técnica osteopática sobre

o funcionamento da musculatura do assoalho pélvico, tão importante à qualidade de

vida de mulheres adultas e idosas. O potencial do uso do equipamento foi

amplificado pela adoção de procedimentos de adaptação das participantes às

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
107
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

condições do estudo. O delineamento, que adotou medidas repetidas no pré e no pós-

teste ofereceu chance de que cada participante funcionasse como seu próprio

controle, o que foi uma vantagem, considerando-se as dificuldades inerentes à

seleção de um grupo controle na situação natural em que se realizou o estudo.

Se bem que a adoção de uma medida fisiológica minimize os efeitos do

comportamento do experimentador, não se pode descartar a possibilidade de que

expectativas deste influenciem os resultados. Esta influência pode ser controlada pela

inclusão de um procedimento em que o experimentador recebe uma informação

sobre os objetivos da manipulação que mascare seus reais propósitos. Paralelamente,

podem ser marcarados ou escondidos os efeitos do conhecimento da natureza da

manipulação sobre as pacientes, uma vez que este conhecimento pode alterar a força

e a duração das contrações. Em ambos os casos, seria necessário construir um outro

protocolo de pesquisa e outro termo de consentimento livre esclarecido, que

contemplassem a natureza da informação a ser oferecida ao experimentador e às

pacientes.

Alem dessas, é importante mencionar as limitações do estudo quanto às

possibilidades de generalização. Elas decorreram principalmente do fato de a amostra

não ser casualizada e de conter relativamente poucos indivíduos. Um elemento que

fez parte do planejamento, qual seja, a homogeinização da amostra pelos critérios de

ausência de dor lombar, de problemas funcionais, tipo de trabalho e grau de atividade

física, pode ter conspirado contra a possibilidade de generalização. Acredita-se que a

possibilidade de fazer comparações entre grupos com diferentes condições deverá ser

explorada por estudos adicionais.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
108
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Ainda, os resultados obtidos sugerem que seria interessante desenvolver

protocolos de tratamento osteopático com e sem o uso da técnica de manipulação

espinhal, para se poder observar os seus efeitos imediatos e duradouros sobre a

funcionalidade da musculatura do assoalho pélvico, em condições de normalidade e

de patologia. Para tanto, seria necessário superar as dificuldades relativas à

realização do diagnóstico de lesões osteopáticas, com base em indicadores objetivos

e compartilhados pela comunidade de praticantes.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
109
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

CONCLUSÕES

• A técnica de ME-TAVCA aplicada sobre o sacro provocou modificações

na resposta muscular, aumentando a pressão perineal em relação à contração de

fibras musculares tipo II (fásicas ou rápidas).

• A técnica de ME-TAVCA aplicada sobre o sacro não provocou

modificações significativas na resposta muscular, em relação ao endurance ou à

contração perineal de fibras musculares tipo I (tônicas ou lentas).

• A técnica de ME-TAVCA aplicada sobre o sacro não provocou

modificações significativas na resposta muscular, em relação à contração perineal

quando associada à contração da musculatura acessória.

• Após a aplicação da ME-TAVCA o tônus da musculatura perineal em

repouso (linha de base) aumentou em todos os tipos de contração estudados (CPF,

CPT, CPA).

• As possibilidades de generalização dos resultados foram limitadas por

peculiaridades do planejamento, mas os dados obtidos são promissores no que tange

ao seu potencial de sugerir novas formas de intervenção e de pesquisa.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
110
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Leboyef-Y C, Lauritsen JM. The prevalence of low back pain in the literature.
Spine 1995; 20(1):2112-18.

2. Pereira APB, Souza LAP, Sampaio RF. Back School: um artigo de revisão. Rev
Bras Fisioter 2001; 5 (1):1-8.

3. Giles L, Muller G. Chronic spinal pain syndromes: a clinical pilot trial


comparing acupunture, a nonsteroidal anti-inflammatory drug, and spinal
manipulation. J. Manipulative Physiol Ther. 1999; 22 (6): 376-81.

4. Herzog W., Conway P J, Willcox BJ. Effects of different treatment modalities on


gait symmetry and clinical measures for sacroiliac joint patients. J Manipulative
Physiol Ther. 1991; 14 (2):104-9.

5. Cibulka MT, Dellitto A, Koldehoff RM. Changes in innominate tilt after


manipulation of the sacroiliac joint in patients with low back pain. An experimental
study. J Manipulative Physiol Ther.1988; 68 (9):1359-63.

6. Herzog W, Nigg BM, Robinson RO, Read LJ. Quantifying the effects of spinal
manipulations on gait, using patients with low back pain: a pilot study. J
Manipulative Physiol Ther. 1987; 10 (6):295-9

7. Herzog W, Nigg B.M, Read LJ. Quantifying the effects of spinal manipulations
on gait using patients with low back pain. J Manipulative Physiol Ther. 1988;
11(3):151-7.

8. Herzog W, Scheele D, Conway PJ. Eletromiographic responses of back and limb


muscles associated with spinal manipulative therapy. Spine.1999;15;24(2):146-52.

9. McMorland G, Suter E. Chiropractic management of mechanical neck and low-


back pain: a retrospective, outcome-based analysis. J Manipulative Physiol Ther.
2000; 23(5): 307-11.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
111
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

10. Osterbauer PJ, De Boer KF, Widmaier R, Petermann E, Fuhr AW. Treatment
and biomechanical assessment of patients with chronic sacroiliac joint syndrome. J
Manipulative Physiol Ther. 1993;16 (2):82-90.

11. Ferreira ML, Ferreira PH, Latimer J, Herbert RD, Hodges PW, Jennings MD,
Maher CG, Refshauge KM. Comparison of general exercise, motor control
exercise and spinal manipulative therapy for chronic low back pain: A randomized
trial. Pain. 2007;13:31-7. [Epub 2007 Jan 23].

12. Robinson RO, Herzog W, Nigg BM. Use of force platform variables to
quantify the effects of chiropractic manipulation on gait symmetry. J Manipulative
Physiol Ther.1987; 10(4):172-6

13. Suter E, McMorland G, Herzog W, Bray R. Decrease in quadriceps inhibition


after sacroiliac joint manipulation in patients with anterior knee pain. J
Manipulative Physiol Ther. 1999; 22(3):149-53.

14. Suter E, McMorland G, Herzog W, Bray R. Conservative lower back treatment


reduces inhibition in knee-extensor muscles: a randomized controlled trial. J
Manipulative Physiol Ther. 2000; 23(2): 76-80

15. Pool-Goudzwaard A, Van Dijke GH, Van Gurp M, Mulder P, Snidjers C,


Stoeckart R. Contribution of pelvic floor muscles to stiffness of the pelvic ring.
Clin Biomech (Bristol, Avon). 2004; 19(6):564-71

16. Grosse D, Sengler J. Reeducação perineal. São Paulo: Manole; 1998.

17. Moore KL, Dalley AF. Anatomia orientada para a clínica. 4ª ed. São Paulo:
Guanabara Koogan, 2001.

18. Ricard F. Tratamiento osteopático de las lumbalgias y ciáticas. 2ª ed. Madri:


Panamericana, 1998.

19. Reid R. MO Clinical Reveiw: vulvodínea update. Medical Observer. 2003;36-


37.

20. Smart OC, Maclean AB. Vulvodínea. Curr Opin Obsted Gynecol. 2003;15:497-
500.

21. Bachmann GA, Rosen R, Pinn VW, et al. Vulvodínea: A State Of The Art
Consensus on Definitions, Diagnosis and Management. The Journal of
Reproductive Medicine. 2006; 51(6):447-56.

22. Ricard F, Sallé JL. Tratado de Osteopatia teórico e prático. São Paulo: Robe
Editorial, 1996.

23. Newinger C, Beinbourn B. Osteopatia – Así ayuda a tu hijo. Barcelona:


Editorial Pai do Tribo, 2002.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
112
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

24. Curtil P, Métra A. Tratado práctico de osteopatia visceral. Barcelona: Ed.


PaidoTribo: 2004

25. Korr I. Bases physiologiques de l’osthéopathie. Charleroi; S .B.O.R.T.M.:


1981.

26. Fryer GA, Mudhe JM., McLaughlin PA. The effect of talocrural joint
manipulation on range of motion at the ankle. J Manipulative Physiol Ther.2002; 6-
25.

27. Bienfait M. Bases elementares técnicas de terapia manual e de osteopatia. São


Paulo: Summus; 1997.

28. Ricard F, Sallé JL. Tratado de osteopatía. 3ª ed. Madrid: Ed. Médica
Panamericana: 2003.

29. Maitland G. Vertebral manipulation. London: Butterworths; 1986

30. Dishman JD, Bulbulian R. Comparison of effects of spinal manipula-tion and


massage on motoneuron excitability. Electromyogr Clin Neurophysiol. 2001; 41:97
–106.

31. Bienfait M. Bases fisiológicas de la terapia manual y de la osteopatía. 2ª ed.


Barcelona: Paidotribo; 2001.

32. Gibbons P, Tehan P. Manipulación de la columna, el tórax y la pelvis: Una


perspectiva osteopática l. Madrid: McGraw-Hill Interamericana; 2002.

33. Greenman P. Principios y práctica de la medicina manual. 3ª ed. Madrid: Ed.


Médica Panamericana; 2005.

34. Kaltenborn FM. Fisioterapia manual: Extremidades. 11ª ed. Madrid: Ed.
McGraw-Hill Interamericana; 2004.

35. Shekelle PG. Spinal manipulation. Spine.1994; 19:858-61.

36. Evans DW. Mechanisms and effects of spinal high-velocity,low-amplitude


thrust manipulation:previous theories. J Manipulative Physiol Ther. 2002; 25 (4):
251-62.

37. Brodeur R. The audible release associated with joint manipulation. J


Manipulative Physiol Ther. 1995, 18:155-164.

38. Corrigan B, Maitland GD. Vertebral musculoskeletal disorders. London:


Butterworth-Heinemann; 1998.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
113
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

39. Surkitt D, Gibbons P, Mclaughlin PA. High velocity, low amplitude


manipulation of the atlanto-axial joint: effect on atlanto-axial and cervical spine
rotation asymmetry in asymptomatic subjects. J Osteopathic Med. 2000; 3: 13-9.

40. Cassidy JD, Lopes AA, Yong-Hing K. The inmediate effect of manipulation
versus mobilization on pain and range of motion in the cervical spine: a
randomized, controlled trial. J Manipulative Physiol Ther. 1992,15: 570-575.

41. Koes BW, Assendfelft WJJ, Van der Heijden GJMJ, Bouter LM. Spinal
manipulation for low back pain: an updated systematic review of randomized
clinical trials. Spine. 1996; 21:2860-73.

42. Van Tulder MW, Koes BW, Bouter LM. Conservative treat-ment of acute and
chronic non-specific low back pain: a systematic review of the most common
interventions. Spine. 1997; 22:2128-56.

43. Vernon H. Qualitative review of studies of manipulation-induced hypoalgesia.


J Manipulative Physiol Ther. 2000; 23, 2 134-138.

44. Marinzeck S, Souvlis T. Peripheral sympathetic nervous system effects


following manipulation and mobilization of the cervical spine. Austrália ; 2001
[acesso em 10 Mar de 2006]. Disponível em: http://www.terapiamanual.com.br

45. Wright A. Hypoalgesia post-manipulative therapy: a review of potential


neurophysiological mechanism. Man Ther.1995; 1:11-16.

46. Wright A. A envolving understanding of pain relief following manual therapy.


In: Annals of The 7th Scientific Conference of the IFOMT; 2000; Austrália.
University of Western Australia; 2000. p. 497-528.

47. Murphy BA, Dawson NJ, Slack JR. Sacroiliac joint manipulation de-creases
the H-reflex. Electromyogr Clin Neurophysiol. 1995; 35:87–94.

48. Schieppati M. The Hoffmann reflex: a means of assessing spinal reflex


excitability and its descending control in man. Prog Neurobiol. 1987; 28:345-76.

49. Dishman JD, Bulbulian R. Spinal reflex attenuation associated with spinal
manipulation. Spine. 2000; 25 (19):2519–24.

50. Dishman JD, Burke J. Spinal reflex excitability changes after cervical and
lumbar spinal manipulation: a comparative study. Spine. 2003; 204-212.

51. Dishman JD, Brian MC, Burke J. Comparision of tibial nerve h-reflex
excitability after cervical and lumbar spine manipulation. J Manipulative Physiol
Ther. 2002; 25 (5): 318-325.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
114
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

52. Suter E, McMorland G, Herzog W. Short-term effects of spinal manipulation


on H-reflex amplitude in healthy and symptomatic subjects. J Manipulative Physiol
Ther. 2005; 28 (9):667-72.

53. Agur AMR, Dalley AF. Atlas de Anatomia – Grant. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan,, 2006.

54. Netter FH. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre Ed: Artmed, 1988.

55. Ricard F. CD-ROM 3º ano da Escola de Osteopatia de Madri, 2004.

56. Borrell V, Fernstron I. The movements at the sacro-iliac joints and their
importance to changes in the pelvic dimensions during parturition. Acta. Obst.
Gynec. Scand.1957; 36: 42-57.

57. Russel JGB. Moulding of the pelvic outlet. J Obstet Gynaec of the British
Commonwealth. 1969; 76: 817-20.

58. Russel JGB. The rationale of primitive delivery positions.(1982). Br J Obstet


Gynaecol. 1982; 89:712-5;

59. Albee FH. A Study of the anatomy and the clinical importance of the sacroiliac
joint. Journal of the American Medical Association. 1909; 53:1273;.

60. Cibulka MT. A radiostereometric analysis of the movements of the sacroiliac


joints in the reciprocal straddle position. Spine. 2001; 26(12):1404-5.

61. Colachis SCJR, Worden RE, Bechtol CO, Strohm BR. Movement of the
sacroiliac joint in the adult male: a preliminary report. Arch Phys Med Rehabil.
1963; 44: 490-8.

62. Egund N, Olsson TH, Schimid H. Movements in the sacro-iliac joints


demonstrated with roentgen stereophotogrametry. Acta Radiologica 1978; 19; 833.

63. Kissling RO, Jacob HAC. The mobility of sacroiliac joints in healthy subjects.
Bulletin – Hospital for joint diseases. 1996; 54 (3):158-164.

64. Lavignolle B, Senegas J, Vital JM, Destandau J, Toson B, Bouuyx P, et al. An


approach to the functional anatomy of the sacroiliac joint in vivo. Anat.Clin. 1983;
5:169-176.

65. Vleeming A, Stoeckart R, Volkers ACW, Snijders CJ. Relation between form
and function in the sacroiliac joint, part I. Clinical anatomical aspects. Spine 1990;
15(2):130-132

66. Vleeming A, Volkers ACW, Snijders CJ, Stoeckart R. Relation between form
and function in the sacroiliac joint, part II. Biomechanical aspects. Spine 1990; 15
(2):133-136

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
115
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

67. Lund PJ, Krupinski EA, Brooks WJ. Ultrasound evaluation of sacroiliac motion
in normal volunteers . Acad Radiol. 1996; 3 (3):192-6.

68. Sturesson B, Selvik G, Uden A. Movements of the sacroiliac joints. A roentgen


stereophotogrammetrianalysis. Spine. 1989;14 (2):162-5.

69. Sturesson B. Movement of the sacroiliac joint; a fresh look. In: Vleeming A,
Mooney V, Dorman T, Snidjers C, Stoeckart R. Movement, stability and low back
pain. Churchil Livingstone, Edimburg, p171 1997.

70. Walhein GG, Selvik G. Mobility of the pubic symphysis. Clinical Ortophaedics
and Related Research. 1984; 191:129-135.

71. Wang M, Dumas GA. Mechanical behavior of the female sacroiliac joint and
influence of the anterior and posterior sacroiliac ligaments under sagittal loads.
Clin Biomech. 1988; 13 (4-5): 293-299.

72. Wang M, Dumas GA. Stress analysis and movement in sacroiliac joints.
Nippon Ika Daigaku Zasshi. 1990; 57 (5): 476-85.

73. Wilke HJ, Fischer K, Jeanneret B, Claes L, Magerl F. In vivo measurement of


3-dimensional movement of the iliosacral joint. Z Orthop Ihre Grenzgeb. 1997;135
(6):550-6.

74. Zheng N, Watson LG, Young - Hing K. Biomechanical modelling of the


human sacroiliac joint. Med Biol Eng Comput. 1997; 35 (2):77-82

75. Vukicevic S, Marusic A, Stavljenic A, Vujicic G, Skavic J, Vukicevic D.


Holographic analysis of the human pelvis. Spine. 1991; 16 (2):209-14

76. Jacob HA, Kissling RO. The mobility of the sacroiliac joints in healthy
volunteers between 20 and 50 years of age. Clin Biomech.1995; 10 (7): 352-361.

77. Kapandji AI. Fisiología articular: tronco y raquis. 5ª ed. São Paulo: Médica
Panamericana; 2000.

78. Jarcho J. Value of walcher position in contracted pelvis withspecial reference to


its effect on true conjugate diameter. Surgery, Ginecology and Obstetrics. 1929;
49:854.

79. Chamberlain WE. The symphysis pubis in the roentgen examination of the
sacroiliac joint. American Journal of Roentgenology. 1930; 24: 621.

80. Fothergill WE. Walcher’s position in parturition. British Medical Journal.


1986.

81. Brooker R. The sacroiliac joint. Journal of Anatomy. 1924; 58:229,

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
116
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

82. Albee FH. A study of the anatomy and the clinical importance of the sacroiliac
joint. Journal of the American Medical Association.1999; 53:1273.

83. Egund N, Olsson TH, Schimid H. Movements in the sacro-iliac joints


demonstrated with roentgen stereophotogrametry. Acta Radiologica.1978; 19:833.

84. Pitkin HC, Pheasant HC. Sacroarthrogenetic telalgia II. A study of sacral
mobility. Journal of Bone and Joint Surgery. 1936; 18:365.

85. Smidt GL. Sacroiliac kinematics for reciprocal straddle positions. In: The
Annals of the Second Interdisciplinary World Congress on Low Back Pain: The
Integrated Function of Lumbar Spine and Sacroiliac Joint. Part 2; 1995 Nov 9-11;
San Diego, CA. 1995. p. 695.

86. Walker JM. The sacroiliac joint: A critical review. J Manipulative Phys Ther;
1992; 72: 903-906.

87. Ricard F. Tratamento osteopático de las algias de origen craneo-cervical.


Madri: Gráficas Algoran [s/d].

88. Moreno AL. Fisioterapia em Uroginecologia. São Paulo: Ed. Manole, 2004.

89. Gosling JA, Dixon JS, Critchley HOD, Thompson SA. A comparative study of
the human external sphincter and periurethral levator ani muscles. Br J Urol. 1981;
53: 35-41.

90. Carrol PR, Dixon CM. Surgical anatomy of the male and female urethra. Urol
Clin North Am. 1992; 19 (2): 339-46.

91. Reiffenstuhl G, Platzer W. Atlas de Cirurgia Vaginal: anatomia e técnica


cirúrgica. São Paulo: Manole, 1978.

92. Polden M, Mantle J. Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia. São Paulo:


Santos, 2002.

93. Rubinstein E, Cardoso NA. Região Perineal. Intituto de Ciências Biológicas


Universidade Federal de Minas Gerais [artigo na internet]2000, [acesso em 25 de
maio de 2008]. Disponível em
http://www.icb.ufmg.br/mor/anatmed/regiao_perineal.htm

94. Stoker J, Halligan S, Bartram CI. Pelvic floor imaging. Radiology 2001;
218:621.

95. Klutke CG, Siegel CL. Funcional female pelvic anatomy. Urol Clin North Am.
1995; 22 (3): 487-98.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
117
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

96. Gardner E, Gray DJ, O’Rahilly R. Anatomia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1988.

97. Wolf-Heidegger. Atlas de Anatomia Humana. 5ª Ed. Rio de Janeiro:


Guanabara-Koogan, 2000.

98. Sandler SE. The managemen of low back pain in pregnancy. Man Ther. 1996;
1(4): 178- 185.

99. Sabatino H, Salinas M, Marques MLN, Fragnito HL. Análise quantitativa de


Pressões Intravaginais em Gestantes Normais. Rev Bras Ginec Obstet, 1995; 17:
819.

100. Minaire P, Blanchon MA, Sabot E, Lyonnet A. Rehabilitation in urinary


incontinence. Rev Fr Gynecol Obstet. 1988; 15; 83(6):392-4.

101. Minaire P, Jacquetin B. The prevalence of female urinary incontinence in


general practice] J Gynecol Obstet Biol Reprod (Paris).1992;21(7):731-8.

102. Kamina P, Anatomie gynécologique et obstétrique. Paris: Maloine,1984.

103. Neumann P; Gill V. Pelvic floor and abdominal muscle interaction: EMG
activity and intra-abdominal pressure. Int Urogynecol. J Pelvic Floor Dysfunct.
2002; 13 (2):125-32.

104. Critchley D. Instructing pelvic floor contraction facilitates transverses


abdominis thickness increase during low-abdominal hallowing. Physiother Res Int,
2002; 7 (2): 65-75.

105. Brink CA, Sampselle CM, Wells TJ, Diokno AC, Gillis GL. A digital test for
pelvic muscle strength in older women with urinary incontinence. Nurs Res 1989;
38: 196–199

106. Worth AM, Dougherty MC, McKey PL. Development and testing of the
circumvaginal muscles rating scale. Nurs Res 1986; 35:166–168

107. Bo K, Kvarstein B, Hagen R, Larsen S. Pelvic floor muscle exercises for the
treatment of female stress urinary incontinence: II. Validity of vaginal pressure
measurements. Neurourol Urodyn. 1990; 9: 479–487.

108. McKey PL, Dougherty MC. The circumvaginal musculature: correlation


between pressure and physical assessment. Nurs Res. 1986; 35: 307–309

109. Klein MC, Janssen PA, MacWilliam L, Kaczorowski J, Johnson B.


Determinants of vaginalperineal integrity and pelvic floor functioning in childbirth.
Am J Obstet Gynecol. 1997; 176: 403–410

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
118
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

110. Peschers UM, Schaer GN, DeLancey JO, Schuessler B. Levator ani function
before and after childbirth. Br J Obstet Gynaecol. 1997; 104:1004–1008

111. Peschers UM, Gingelmaier A, Jundt K, Leib B, Dimp T. Evaluation of pelvic


floor muscle strength using four different techniques. Int Urogynecol J. 2001; 12:
27 -30

112. Sampselle CM, Miller JM, Mims BL, DeLancey JO, Ashton-Miller JA,
Antonakos CL. Effect of pelvic muscle exercise on transient incontinence during
pregnancy and after birth. Obstet Gynecol. 1998; 91:406–412

113. Kegel AH. Progressive resistance exercise in the functional restoration of the
perineal muscles. Am J Obstet Gynecol. 1948; 56:238–248

114. Kegel AH. Physiologic therapy for urinary incontinence. JAMA. 1951; 146:
915–918

115. Bump RC, Mattiasson A, Bo K, Brubaker LP et al. The standardization of


terminology of female pelvic organ prolapse and pelvic floor dysfunction. Am J
Obstet Gynecol. 1996; 175:10–17

116. Dougherty MC, Abrams R, McKey PL. An instrument to assess the dynamic
characteristics of the circumvaginal musculature. Nurs Res. 1986;35:202–206

117. Bo K, Stien R, Kulseng HS, Kristofferson M. Clinical and urodynamic


assessment of nulliparous young women with and without stress incontinence
symptoms: a case control study. Obstet Gynecol. 1994; 84:1028–1032

118. Laycock J. Pelvic floor dysfunction. PhD Thesis, University of Bradford,


Bradford, UK, 1995.

119. Brink CA, Sampselle CM, Wells TJ, Diokno AC, Gillis GL. A digital test for
pelvic muscle strength in older women with urinary incontinence. Nurs Res. 1989;
38: 196–199

120. Worth AM, Dougherty MC, McKey PL. Development and testing of the
circumvaginal muscles rating scale. Nurs Res. 1986; 35:166–168

121. Dietz HP, Clarke B, Wilson PD. A new method for quantifying levator ani
activitity and teaching pelvic floor muscle exercises. Neurourol Urodyn. 1998;
17:437–438

122. Peschers U, Schaer G, Anthuber C, DeLancey JO, Schuessler B. Changes in


vesical neck mobility following vaginal delivery. Obstet Gynecol. 1996; 88
(6):1001–1006

123. Campbell D, Stanley J. Experimental and quasi-experimental designs for


research. Chicago: Rand Mc Nally & Company, 1966.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
119
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

124. Matsudo SM, Matsudo VR, Araújo T et al. Nível de atividade física da
população de estado de São Paulo, análise de acordo com gênero, idade, nível sócio
econômico, distribuição geográfica e conhecimento. Revista Brasileira de Ciência e
Movimento. 2002; 10 (4): 41-50.

125. WMA (World Medical Association), 1996. Declaração of Helsinque, Somerset West,
South África. In: 48th General Assembly – WMA. 6 October 2000 [Disponível em:
http://www.wma.net].

126. Amaro JL, Haddad JM, Trindade JC, Ribeiro RM. Reabilitação do assoalho
pélvico nas disfunções urinárias e anorretais. São Paulo: Segmentofarma, 2005.

127. Bo K, Finckenhagem HB, Is there any difference in measurement of pelvic


floor muscle strength in supine and standing position? Acta Obst Gynecol Scand
2003; 82: 1120-1124.

128. Labview. [software na internet]. The software that Powers Virtual


Instrumentation. Disponível em: http://www.ni.com/labview/

129. Ostgaard HC, Andersson GBJ, Karlsson K. Prevalence of back pain in


pregnancy. Spine. 1991; 16 (5): 549 - 552.

130. Fast A, Shapiro D, Ducommun EJ, Friedmann LW, Bouklas TBS, Floman Y.
Low back pain in pregnancy . Spine. 1987; 12 (4): 368-371.

131. Sapsford RR, Hodges PW, Richardson CA, Cooper DH, Markwell S. Co-
activation of the abdominal and pelvic floor muscles during voluntary exercises.
Neurourol. Urodynam. 2001; 20: 31- 42.

132. Hollinshead HW. Anatomia. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Interlivros; 1991.

133. Bernardes NO, Peres RF, Souza E, Souza OL. Métodos de Tratamento
Utilizados na Incontinência Urinária de Esforço Genuína: um Estudo Comparativo
entre Cinesioterapia e Eletroestimulação Endovaginal. RBGO. 2000; 22 (1): 49-54.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
120
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

LISTA DE ABREVIATURAS

Por ordem de aparição no texto:

ME Manipulação espinhal

IUE Incontinência urinária de esforço

OMS Organização mundial de saúde

ME-TAVCA Manipulação espinhal com trust de alta velocidade e curta


amplitude

IFMOT International Federation of Orthopaedic Manipulative


Therapists

EMG Eletromiograma

SDID Sistema descendente inibidor da dor

SPC Substância periaquedutal cinza

TEE Torsão esquerda esquerda

TDD Torsão direita direita

TDE Torsão direita esquerda

TED Torsão esquerda direita

AIL Ângulo infero lateral

CPF Contração perineal fásica

CPT Contração perineal tônica

CPA Contração perineal associada a musculatura acessória

CAISM Centro de assistência integral a saúde da mulher

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
121
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

LB Linha de base

LB-CPF Linha de base - Contração perineal fásica

LB-CPT Linha de base - Contração perineal tônica

LB-CPA Linha de base - Contração perineal associada a musculatura


acessória
PIV Pressão intra vaginal

TPB Tônus perineal basal

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
122
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

LISTA DE FIGURAS

Pág.
Figura 1.Representação esquemática da facilitação medular. 14

Figura 2. (a) Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma 24


disfunção unilateral posterior da base sacra (b) Técnica semidireta de thrust
em decúbito lateral para uma disfunção posterior bilateral da base sacra.

Figura 3. Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma disfunção 25


unilateral anterior da base sacra.

Figura 4. (a) Face anterior do osso sacro e cóccix (b) Face posterior do osso 29
sacro.

Figura 5. (a) Vista anterior dos ligamentos da pelve. (b) Vista posterior dos 30
ligamentos da pelve.

Figura 6. (a) Vista anterior das inserções músculo-ligamentares do sacro. (b) 31


Vista posterior das inserções músculo-ligamentares do sacro.

Figura 7. Lâmina sacro-reto-genito-púbica. 32

Figura 8. Movimento de nutação do osso sacro. 35

Figura 9. Flexão e extensão crânio-sacra. 36

Figura 10. (a) Teste biomecânico da mobilidade unilateral da superfície 40


auricular sacra (b) teste biomecânico do eixo oblíquo (c) Teste biomecânico
da mobilidade unilateral da superfície auricular sacra (d) teste biomecânico do
eixo oblíquo.

Figura 11. Assoalho pélvico. 42

Figura 12. Os trígonos do períneo: urogenital (a) e anal (b). 44

Figura 13. O diafragma pélvico feminino: vista lateral (a); vista inferior (b) e 45
vista medial (c).

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
123
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Figura 14. Vista superior das fáscias e espaço endopélvico. 48

Figura 15. Corte sagital da inervação das vísceras pélvicas. 49

Figura 16. Corte sagital das artérias e veias da pelve. 50

Figura 17. Vasos sanguíneos e nervos da região do períneo de uma mulher. 51

Figura18. Esquema simplificado do sistema de registro de pressão 66


intravaginal.

Figura 19. Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma 71


disfunção unilateral posterior da base sacra

Figura 20. Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma 71


disfunção posterior bilateral da base sacra.

Figura 21. Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma 72


disfunção em torsão posterior da base sacra (sacro em torsão direita sobre
eixo esquerdo - TDE).

Figura 22. Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma 72


disfunção unilateral anterior da base sacra.

Figura 23. Técnica semidireta de thrust em decúbito lateral para uma 73


disfunção em torsão anterior da base sacra (sacro em torsão direita sobre o
eixo direito - TDD).

Figura 24. Teste biomecânico da mobilidade unilateral da superfície auricular 74


sacra.

Figura 25. Teste biomecânico do eixo obliquo 75

Figura 26. Perineômetro conectado a um transdutor de pressão e a um 76


computador.

Figura 27. Desenho esquemático da 1ª e 3ª contração – Linha de base (LB), 77


pressão mínima (pMÍN) e máxima (pMÁX).

Figura 28. Desenho esquemático da 2ª contração – Linha de base (LB), área 78


integral em 10 seg, pressão mínima (pMÍN) e máxima (pMÁX)

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
124
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Figura 29. Médias e desvios padrão das contrações perineais fásicas (CPF) 89
antes e depois da ME-TAVCA.

Figura 30. Médias e desvios padrão das contrações perineais tônicas (CPT) 90
antes e depois da ME-TAVCA.

Figura 31. Média e desvio padrão das contrações perineais associadas à 91


contração da musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME-TAVCA.

Figura 32. Valores da mediana, do P10 e do P90 das contrações perineais 93


fásicas (CPF) antes e depois da ME-TAVCA.

Figura 33. Valores da mediana, do P10 e do P90 das contrações perineais 94


tônicas (CPT) antes e depois da ME-TAVCA.

Figura 34. Valores da mediana, do P10 e do P90 das contrações perineais 95


associadas à contração da musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME-
TAVCA.

Figura 35. Médias e desvio padrão para as medidas de linha de base das 96
contrações perineais fásicas (CPF) antes e depois da ME-TAVCA.

Figura 36. Média e desvio padrão das medidas de linha de base para as 97
contrações perineais tônicas (CPT) antes e depois da ME-TAVCA.

Figura 37. Média e desvio padrão das medidas de linha de base para as 98
contrações perineais associadas à contração da musculatura acessória (CPA)
antes e depois da ME-TAVCA

Figura 38. Mediana, P10 e P90 da linha de base das contrações perineais 100
fásicas (CPF) antes e depois da ME-TAVCA.

Figura 39. Mediana, P10 e P90 da linha de base das contrações perineais 101
tônicas (CPT) antes e depois da ME-TAVCA.

Figura 40. Mediana, P10 e P90 da linha de base das contrações perineais 102
associadas à contração da musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME-
TAVCA.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
125
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

LISTA DE TABELAS

Pág.
Tabela 1. Características da amostra (n=40). 81

Tabela 2. Resultados individuais das medidas das contrações do períneo antes 82


e depois de cada uma das três aplicações da ME-TAVCA.

Tabela 3. Valores individuais do tônus perineal basal (linha de base), antes e 84


depois da ME-TAVCA

Tabela 4. Valores da contração da pressão intra-vaginal (PIV) antes e depois 92


da ME-TAVCA

Tabela 5. Medidas de posição e de dispersão, em linha de base, antes e depois 99


ME-TAVCA

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
126
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

ANEXOS

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
127
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Anexo 1

Termo de consentimento livre e esclarecido

Manipulação Espinhal de alta velocidade e curta amplitude e repercussão sobre

o assoalho pélvico

Responsáveis:

Prof. Dr. Hugo Sabatino (Orientador)) tel: 19-35219461 (hsabatino@uol.com.br)

Prof. Dr. Paulo César Giraldo (Co- orientador) tel: 19-35219333 (giraldo@unicamp.br)

Dra. Berta S. N. Almeida tel: 19-32554290 (bertasna@yahoo.com.br)

Eu, _____________________________, R.G.: _____________________, residente á

____________________________________, na cidade de _________________, aceito participar

como voluntária da realização do trabalho: “Manipulação Espinhal de Alta Velocidade e Curta

Amplitude e repercussão sobre o assoalho pélvico”. Este trabalho tem por objetivo verificar se haverá

alteração da força muscular da minha vagina após rápido estímulo na região lombar. Para a avaliação

da força dos músculos que envolvem minha vagina (assoalho pélvico) será usado uma aparelho

semelhante a um pênis de borracha que registrará as pressões, antes e depois da aplicação da

manipulação. O teste não poderá ser feito se houver qualquer risco de osteoporose, metástase óssea ou

dor local no momento do exame. Para não haver qualquer risco de infecção ou contaminação, o

aparelho será esterilizado diariamente e envolvido por “Camisinha” de Látex descartável a cada

exame.

Fui informada que posso desistir do estudo mesmo que o procedimento já tenha sido iniciado,

sem que haja prejuízo do meu atendimento ou dos meus familiares. Os dados obtidos durante a

realização deste trabalho, serão mantidos em sigilo e minha identidade será preservada, mantendo

minha privacidade.

Tenho o direito de receber resposta sobre qualquer dúvida que eu tenha da pesquisa de que estou

participando. Qualquer problema que aconteça poderei entrar em contato com a Dra. Berta, Dr. Hugo

e Dr. Paulo César pelos telefones acima descritos.

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
128
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sei que não haverá qualquer tipo de remuneração pela ajuda científica que estou prestando e

que estes resultados poderão ajudar futuramente a outras mulheres que tenham problemas de

contração da musculatura vaginal

Se tiver alguma dúvida ou reclamação sobre como esta pesquisa está sendo realizada, posso

entrar em contato com a secretária do Comitê de Ética em Pesquisa da FCM/Unicamp pelo telefone

(19) 35218936 e pelo e-mail: cep@fcm.unicmp.br.

Campinas,____de_______________de___________.

Assinatura do Voluntário: ----------------------------------------------------

Assinatura do pesquisador:---------------------------------------------------

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
129
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

ANEXO 2

Questionário de dados informativos

Data da Avaliação:.........../........./........

Nome:..............................................................................................................................

Endereço:........................................................................................................................

Bairro:..............................................Cidade:................................CEP:...........................

Telefone:..........................................

DN:......./......./...... / Idade:.......

Peso:......................... Altura:.............................

Cor .............................................................................

Tem filhos?

( ) Sim ( ) Não

Em caso positivo, teve algum parto vaginal?

( ) Sim ( ) Não

Quantos? _________

Número de partos cesáreos: ________

Apresenta de dor lombar ou pélvica de um mês para cá?

( ) Sim ( ) Não

Teve dor lombar ou pélvica anteriormente?

( ) Sim ( ) Não

Há quanto tempo?

Para as que tiveram filhos: Teve dor lombar na gestações/nas gestações?

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
130
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

( ) Sim ( ) Não

Para as que tiveram filhos: começou a ter dores lombares a partir da gestação/das gestações?

( ) Sim ( ) Não

Para as que têm dor lombar: há quanto tempo não apresenta dor lombar?

( ) menos de uma semana

( ) uma semana

( ) um mês

( ) um ano

( ) mais tempo

Qual é a postura predominante durante o seu trabalho?

( ) sentada ( ) em pé ( ) ambos

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
131
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

ANEXO 3

Valores das medidas de pressão intra-vaginais individuais

Sujeito 1

120 120

100 100

80 80

mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
132
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 2

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
133
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 3

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
134
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 4

120 120

100 100

80 80

mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
135
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 5

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
136
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 6

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
137
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 7

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
138
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 8

120 120

100 100

80 80

mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
139
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 9

120 120

100 100

80 80

mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
140
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 10

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
141
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 11

120 140

100 120
100
80

mm Hg
mm Hg

80
60
60
40
40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

140 140
120 120
100 100
mm Hg

mm Hg

80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
142
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 12

120 120

100 100

80 80

mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
143
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 13

120 120

100 100

80 80

mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
144
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 14

120 120

100 100

80 80

mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
145
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 15

120 120

100 100

80 80

mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
146
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 16

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
147
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 17

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
148
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 18

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
149
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 19

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
150
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 20

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
151
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 21

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
152
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 22

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
153
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 23

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
154
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 24

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
155
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 25

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
156
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 26

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
157
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 27

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
158
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 28

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
159
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 29

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
160
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 30

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg
mm Hg

60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
161
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 31

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
162
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 32

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
163
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 33

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
164
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 34

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
165
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 35

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

140 140
120 120
100 100
mm Hg

mm Hg

80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
166
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 36

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
167
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 37

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
168
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 38

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
169
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 39

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg
60 60

40 40

20 20

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

120 120

100 100

80 80
mm Hg

mm Hg

60 60

40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
s s

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
170
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Sujeito 40

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal fásica (CPF) antes e depois da ME

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal tônica (CPT) antes e depois da ME

Sujeito eliminado devido a falha do Sujeito eliminado devido a falha do


equipamento durante as medições equipamento durante as medições

Contração perineal associada à musculatura acessória (CPA) antes e depois da ME

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
171
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

APÊNDICE

Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade de

Ciências Médicas da Unicamp, Brasil

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
172
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
173
REPERCUSSÃO DA MANIPULAÇÃO ESPINHAL COM “THRUST” DE ALTA VELOCIDADE E CURTA AMPLITUDE
SOBRE O ASSOALHO PÉLVICO FEMININO

Tese para obtenção do D.O. Internacional


Berta Simon Nogueira de Almeida
174

Você também pode gostar