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A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DAS “HOLDINGS FAMILIARES”

No século XX, o modelo hegemônico era patriarcal, monogâmica e hierarquizada.


Segundo o Código Civil de 1916, a família pertencia somente a vínculo matrimonial.
No pós-guerra, a família se tornou mais igualitária e democrática. Diante disso, a
legislação acompanhou esse processo de mudança. Frente a essa mudança, alguns
marcos legislativos foram o Estatuto da Mulher Casada (Lei nº4.121/64), a Lei do
Divórcio (Lei nº6.515/77) a Constituição da República, de 1988 e o Código Civil (Lei
nº10.406/2002). A interpretação do Código Civil, de acordo com a Constituição,
reconhece a possibilidade de união entre pessoas do mesmo sexo. Nesse contexto, o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a Resolução 175, em 14 de maio de 2013,
que obriga os cartórios a celebrarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

As relações familiares são especiais e complexas, por isso o diálogo é fundamental para
manter o relacionamento e reduzir o trauma no eventual rompimento. O conflito trará a
necessidade de forjar novos vínculos parentais, redistribuir papéis, conscientizar e
responsabilizar-se por situações que desencadearam e pendências de decisões e até
novas formas de relacionamento. No caso de uma empresa familiar, uma sentença
judicial não irá resolver essa problemática. É preciso que haja a intervenção da
mediação do profissional advogado.

No holding familiar, seu capital pode ser formado pela integralização dos bens dos
membros da família. Assim, em vez de os membros da família possuírem os ativos, eles
se tornam sócios da holding, que por sua vez será proprietária dos ativos e se tornará
sócios de outras empresas familiares. Grandes empresas, como Itaú, por exemplo,
possui o holding familiar. No holding familiar, a partir de uma sucessão patrimonial, é
importante que haja felicidade e diálogo entre os membros da família. Logo, a
mediação, sendo uma inovação na jurisdição, deve ser aceita aos poucos pelas empresas
holding familiar, evitando possíveis falhas e conflitos.

Um ambiente de diálogo e cooperação é fundamental para lidar com os conflitos. É


necessária a ajuda de um mediador imparcial e treinado, que saiba acolher as emoções,
proporcionando sensação de segurança e criar solo fértil para o diálogo, resultando em
criatividade para construir soluções ou enfrentar novas formas de aprisionamento de
relacionamento, levando à mediação. Portanto, a mediação pode ser de grande benefício
para as holdings familiares.

32 ANOS DO ECA: PERSPECTIVA


HISTÓRICA E DESAFIhOS FUTUROS
https://porvir.org/eca-uma-lei-que-protege-a-infancia-protege-a-sociedade-
como-um-todo/

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