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Conceitos Básicos de Cabine Primária

Transformadores para
Instrumentos sistema de
proteção

São transformadores especiais cuja finalidade é alimentar os aparelhos de medição


(voltímetro, amperímetro, wattímetro, etc.), e proteção (relés). São transformadores
abaixadores de tensão (TP) e corrente (TC), os quais recebem tensão e corrente da
rede e baixa para valores de leitura dos instrumentos e alimentação dos relés. Estas
tensões normalmente estão entre 110, 120 ou 220 v. Os transformadores de corrente
estão ligados em série com a rede, e seus valores secundários normalmente são de
cinco ampéres, já os transformadores de potencial são ligados em paralelo com o
circuito.

Transformador de potencial. Transformador de corrente.

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Noções de Proteção
O objetivo básico da instalação de um sistema de proteção nos equipamentos elétricos
consiste em detectar os defeitos e isolá-los o mais rápido possível, sem perturbar
outros equipamentos não defeituosos.
Um bom sistema de proteção sempre esta coberto por outro sistema de apoio,
chamado proteção de retaguarda. Os sistemas elétricos exigem dispositivos de
proteção com altíssimo grau de confiabilidade e precisão, chamado relé de proteção.

Toda a proteção deve prever os seguintes requisitos;

Exatidão na operação
A proteção só deve atuar de uma maneira definitiva, quando as condições do sistema
que foram impostas para sua operação ocorrerem; fora disso, ela permanece inativa e
não deve ser afetada por condições perturbadoras.

Seletividade de operação
A atuação da proteção só deve acontecer de modo a selecionar o equipamento ou a
zona de proteção com anomalia isolando-os do resto do sistema sem perturbar os
outros equipamentos não defeituosos.

Sensibilidade de operação
A proteção deve atuar de modo a visualizar a anomalia dentro das situações impostas
(predefinida) sem aliteração de valores.

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Rapidez de operação
O relê deve operar o mais rapidamente possível de modo a diminuir os danos que são
causados pela permanência do defeito na rede circuito

Relê de Proteção
A finalidade principal do relê é detectar uma anomalia (defeitos) e comandar os
dispositivos de proteção, desligando e isolando a área protegida. Os relês são
ajustados para valores nominal de tensão e corrente, sempre ligado a um
transformador de corrente (TC) ou de tensão (TP). Sua identificação é por numero que
vai de 1 a 100. Os componentes internos do relê são: Elementos sensíveis, que
percebe a grandeza a ser controlada. Elemento de comparação, que compara a
grandeza controlada, com o valor de ajuste. Elemento de comando, que executa os
comandos, ex. desarme do disjuntor, sinalização, etc.

Quanto a sua construção os relés podem ser:

Eletromecânico
- Robustez;
- Simplicidade construtiva para funções simples;
- Durabilidade (40 a 50 anos);
- Baixo custo de aquisição;
- Impossibilidade de autodiagnóstico;
- Alto custo de manutenção;
- Dificuldade construtiva para funções mais complexas.

Estático
- Bons recursos para funções mais complexas;
- Baixo tempo de operação e rearme;
- Baixo custo de manutenção;
- Maior fragilidade ao meio ambiente;
- Ausência de autodiagnóstico;
- Maior custo de aquisição.

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Microprocessador
- Baixo custo de manutenção;
- Autodiagnóstico;
- Bom desempenho global;
- Recursos para otimização, interface e serial/paralelo;
- Menor dimensão;
- Maior fragilidade.

Relé Micro processado


A norma NBR – 14039 exige a proteção indireta da subestação, ou seja, o relé deve ser
instalado fora do disjuntor. Este tipo de proteção é usado como padrão das
concessionárias de energia elétrica. O rele exigido pela norma, é um dispositivo Micro
processado, tecnologia que conta com determinadas programações de acordo com a
peculiaridade de cada estação. Além disso, ele consegue atender as diversas faixas de
escalas. E sendo assim, contendo internamente algumas funções de relés vistos
anteriormente, com: Relés 50, 51, 27 59; 47 etc.

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Reler de ação indireta

A) Sobre-corrente Primária
Seu principio de funcionamento acontece em função de um campo eletromagnético
criado pela corrente que circula na bobina localizada no pólo do disjuntor.
Quando circula uma corrente alta pela bobina haverá atração do núcleo com
intensidade suficiente para movimentar o mecanismo de desligar o disjuntor

B) Fluidodinâmico (Relé de ação direta com retardo a liquida)


- Robustez;
- Simplicidade construtiva para funções simples;
- Baixo custo de aquisição;
- Impossibilidade de autodiagnóstico;
- Alto custo de manutenção;
- Dificuldade construtiva para funções mais complexas;
- Baixa exatidão.

Sua atuação é idêntica ao reler acima, (Sobrecorrente Primário) usando fluido ou


liquido para retardo em função do pico de corrente no momento de ligar o disjuntor.

Quanto à classificação e tempo de atuação, são instantâneos quando circula uma


corrente suficiente na bobina, e seus contatos fecham rapidamente e
automaticamente. Temporizado, neste o fechamento dos contatos é feito através do
sistema indutivo que aciona um relógio ou um disco, fazendo girar e fechando os
contatos (quando eletromecânico). Nos relés microprocessados a contagem do tempo
é feita por meio de um timer.

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Nas estações primárias, os principais relés são:

▪ 27 - Relé de Subtensão. Opera para um dado valor de tensão abaixo daquele


predeterminado;
▪ 50 - Relé de sobrecorrente instantâneo. Opera instantaneamente para uma
corrente acima de um valor predeterminado;
▪ 51 - Relé de sobrecorrente temporizado em circuito de CA. Opera com uma
característica de tempo definida ou uma característica de tempo inverso, quando a
corrente ultrapassa o pré-fixado em circuito de corrente alternada;
▪ 59 - Rele de sobre tensão. Opera para um dado valor de tensão acima daquela
predeterminada.
▪ 49 - Relé térmico para máquina ou transformador. Opera quando a temperatura
excede um valor pré-determinado;
▪ 26 - Relé térmico. Opera para um dado valor de temperatura acima daquele
predeterminado.
▪ 63 - Relé de pressão de líquido, gás ou vácuo. Opera para um dado valor de
pressão de liquido ou gás, ou para uma dada taxa de variação destes valores.
Exemplo Relé Buchholz.
▪ 71 - Relé de nível de gás ou líquido. Opera para determinados valores de nível
de gás ou liquido ou para taxa de variação destes valores.
▪ 86 - Relé de bloqueio de religamento. Opera eletricamente, com rearme manual
ou elétrico, de modo a desligar e bloquear um equipamento no caso de ocorrência
de condições anormais.
▪ 87 - Relé diferencial. Opera em função das diferenças provenientes do
desequilíbrio existente entre duas ou mais corrente ou outras grandezas elétricas
quaisquer, medidas nos pontos extremos da área protegida.
▪ 83 - Relé de controle seletivo / transferência automática. Opera para
selecionar automaticamente certas fontes e condições de em um equipamento ou
ainda para realizar automaticamente uma operação de transferência.
▪ 59 - Relé de Sobre Tensão: Opera para um dado valor de tensão acima daquele
Predeterminado
▪ 79 - Rele de religamento automático. Opera para religar automaticamente um
circuito através de chave.
▪ 47 – Seqüência de fase. Atua para uma determinada seqüência de fase
estabelecida

Obs Ver nomenclatura dos reler anexo

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