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O BRINCAR COMO BERÇO DO INTELECTO INFANTIL

TEIXEIRA, Ellen Dean Ribeiro – UCB


ellendean@ig.com.br

Eixo Temático: Didática: Teorias, Metodologias e Práticas


Agência Financiadora: Não contou com financiamento

Resumo

Muito se tem questionado a respeito das práticas pedagógicas na educação infantil, onde nem
sempre o brincar tem espaço privilegiado. Nesta perspectiva, o presente estudo enseja
evidenciar o brincar como um instrumento metodológico e necessário para a construção da
aprendizagem na infância. Dentre as diversas práticas metodológicas que envolvem o lúdico
na aprendizagem infantil, o artigo pôs em destaque a s brincadeiras e a musicalidade na
aprendizagem, exatamente porque as crianças devem ser protagonistas de seu próprio
conhecimento, neste sentido, nada mais relevante que propiciar ações que partam do seu
cotidiano, constituindo assim, as brincadeiras e as músicas ações peculiar do seu dia-a-dia. O
professor que oportuniza a ludicidade para mediar o conhecimento possibilita a criança criar e
recriar seu espaço, desenvolver a autonomia e construir sua própria identidade cultural.
Também foi ressaltada no estudo que apesar da brincadeira ser uma ação própria da infância
esta prática metodológica não vem sendo trabalhada com êxito em alguns espaços escolares.
Acredita-se que é necessário introduzir este valioso instrumento, uma vez que a criança
precisa ser vista de fato como crianças, o qual é um ser em construção tanto física como
intelectual. As brincadeiras oportunizam a criança se integrar, dentro um grupo social e esta
determinará sua capacidade de construir relacionamentos, desenvolver competências e
construir sua personalidade. Neste sentido, o estudo teve o intuito de mostrar que a grande
questão do brincar não é disponibilizar grandes momentos e diversas brincadeiras para as
crianças e, sim identificar como as crianças desenvolvem seu pensamento e inteligência nos
momentos em que brinca. Com embasamento teórico foi utilizada a referência bibliográfica
de alguns clássicos do desenvolvimento infantil como Maria Montessori, Piaget e Vigostky. A
pesquisa realizada tinha cunho qualitativo e o instrumento utilizado foi o estudo de caso.

Palavras – chaves: Brincar. Instrumento Metodológico. Criança. Aprendizagem.

Introdução

A infância tem como principal característica o ato de brincar. É partir da brincadeira


definido também como jogos que a criança formula hipóteses, compartilha emoção, aprende
regras de convivência, cria e recria seu ambiente sociocultural. Os jogos possibilitam a
criança, novos conhecimentos e a formulação da própria identidade sociocultural.
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A brincadeira é fruto do contexto social, não necessariamente da criança com outra


criança, mas, sobretudo, da criança com os objetos que se relaciona. Ao brincar a criança se
envolve por inteiro, ou seja, para ela aquele momento possui um profundo teor de seriedade.
Nesta perspectiva, se evidência que a idéia do brincar possui forte ligação com o ato de
aprender, exatamente porque o aprendizado precisa estar inserido, no contexto social, pois ao
contrário perde o sentido e toda a motivação para desenvolver o conhecimento, e vivê-lo na
sua intensidade.
A educação será contextualizada, quando acompanhar o cotidiano do aprendente,
quando estiver mais próxima da realidade da criança. Desta forma, a brincadeira constitui uma
das principias atividades que a criança realiza de forma peculiar nas relações sociais do
cotidiano. É, portanto a partir das brincadeiras que surge o aprendizado muitas vezes sem que
até mesmo a criança perceba, fazendo com que seja prazeroso aprender.
A educação infantil constitui o momento por excelência que se insere as crianças em
um contexto educacional, diante disto, não é propício para o desenvolvimento físico e
intelectual da criança que há um rompimento das “bagagens” trazidas e formadas no ambiente
familiar, as quais configuram diversas vezes por ricos momentos de brincadeiras. É nesta
perspectiva, que o estudo será orientado pela busca de respostas para a indagação: As
atividades lúdicas constituem berço das atividades intelectuais da criança?
É bastante comum se presenciar em escolas de educação infantil as brincadeiras,
todavia, são realizadas diversas vezes de maneira inadequada: busca-se suprir um horário
vago, se realiza no período do recreio escolar ou até mesmo na ocasião do descanso de
educadores, então, não se usufrui da aprendizagem que diferentes brincadeiras podem
proporcionar.
A partir desta reflexão se percebe também que nas práticas pedagógicas atuais as
brincadeiras são utilizadas como atividade extra sem um fundamento final ou ainda são
pedagogizados, principalmente em relação às músicas, ou seja, para ministrar qualquer
conteúdo ou ação em sala de aula se utiliza de brincadeiras com músicas, tais como: organizar
a fila, o momento do lanche, a hora do banho, a entrada de novo coleguinha em sala e tantos
outros. Neste sentido, é possível que se transforme a brincadeira, o momento da ludicidade
em mais uma disciplina.
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Desta maneira, percebe-se a desfragmentação daquilo que se viveu na integração do


jogo e dos conteúdos, é, portanto, neste sentido que o estudo objetiva verificar a pertinência
do lúdico na aprendizagem cognitiva exclusivamente na criança da educação infantil.
Por conseguinte para alcançar este objetivo o estudo perpassará assuntos que
analisaram o brincar como uma atividade universal no ser humano; pontuará o brincar no
processo de aprendizagem infantil e, para tanto, faz uso das idéias de alguns clássicos do
desenvolvimento infantil: Vigostky, Piaget, Maria Montessori, Dewey e também outros
estudiosos; demonstrará as estratégias do brincar na educação infantil, principalmente a
relação da música na educação infantil, e por fim apresentará a metodologia e as discussões
da pesquisa. A pesquisa é qualitativa e o instrumento utilizado é o estudo de caso.

1 A brincadeira como expressão sociocultural da infância

A criança em qualquer cultura realizar o brincar. Desde tenra idade quando ainda no
berço levantam as mãos, os pés, tentam esconder objetos elas realizam atividades lúdicas,
todavia, com extensa contribuição para seu desenvolvimento e aprendizagem. No entanto,
estas primeiras ações não exprimem um objetivo real, ao não ser satisfazer desejos físicos.
Leontiev (2001, p.119) confirma este fato quando diz que “esta atividade é, portanto
caracterizada por uma ampla gama de ações que satisfazem necessidades que não se
relacionam com seu resultado objetivo.” A isto ele denominou com muita propriedade que é a
essência da “brincadeira”.
Então, a brincadeira pode ser caracterizada como uma manifestação espontânea,
entretanto, esta afirmação ocorre-se a cotejar à vida do homem a vida animal, uma vez que as
ações parecem ser ocasionadas por instinto. Porém, há uma proeminente divergência entre a
espécie humana e a espécie animal: A primeira possui a capacidade de reconstruir e projetar
os acontecimentos a partir das relações sociais, constituindo, portanto, uma espécie histórica.
Enquanto, a segunda não se projeta para o futuro, vive somente o presente, sendo então a-
histórica.
É na infância que se inicia os processos de reconstruções e formação de idéias, as
quais são manifestas das relações sociais ocasionadas pelas brincadeiras, sendo estas as
principais atividades do homem neste período existencial, e por propiciar novos conceitos
possui um meio de extensa eficácia para aprendizagem do homem.
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Piaget (1975) fez uma importante afirmação a este respeito, assim como ele classificou
em seis fases a inteligência infantil, também é afirmado pelo o autor que estas fases estão
presentes no desenvolvimento da aprendizagem infantil, as quais se manifestam através dos
jogos ou brincadeiras, que contribuem para o conhecimento infantil de forma significativa.

...quase todos os comportamentos que estudamos a propósito da inteligência são


suscetíveis de se converter em jogo, uma vez que se repita, por assimilação pura,
isto é, por simples prazer funcional... Tal é o jogo nos seus primórdios, recíproco
complemento da imitação. (Piaget 1975, p. 117)

As fases ou estágio descritos por Piaget (1994) também são evidentes quando
comparados às questões de regras que as crianças possuem ao desenvolver os jogos. É
interessante observar que diversas regras são impostas por adultos, ou por pessoas que já
brincaram então a criança é dominada por um conjunto de regras que lhes são impostas e daí
como não goza de domínio próprio para se situar num “pé” de igualdade utiliza para si sem se
dar conta de seu isolamento, isto é, da reprodução de idéias e ações já construídas em
determinada sociedade.
Este fato é muito presente nas brincadeiras de rodas: corre cotia, pique pega e tantas
outras se visualiza que as mesmas regras dos anos anteriores ainda continuam em vigor nas
brincadeiras da nova geração infantil. Ressalta-se que não só as brincadeiras de roda, mas as
brincadeiras de diferentes culturas, uma vez a que a criança em qualquer civilização realiza o
brincar e muitas vezes imitam o contexto social que se está inserida e faz uso de regras já
constituídas.
Nesta perspectiva, Piaget (1994) enfatiza que se podem distinguir quatro estágios na
prática das regras durante os jogos, no entanto, para objeto deste estudo, serão destacados
apenas dois estágios, a saber:
• Motor individual - Acontece entre zero e dois anos de idade. Os jogos possuem
esquemas mais ou menos ritualizados, mas permanece o jogo individual, não
há regras coletivas, apenas motoras, ou seja, a criança manipula um objeto
sempre da mesma forma, sozinha e não há ainda um desejo final, como por
exemplo, vencer o jogo.
• Egocêntrico – Acontece entre dois e cinco anos de idade, neste estágio as
crianças recebem do exterior, regras codificadas, todavia, a criança joga
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sozinha sem se preocupar em encontrar parceiros, vencê-los e nem uniformizar


as diferentes maneiras de jogar, podem ainda ter vários vencedores ao mesmo
tempo. Por exemplo, em um jogo de futebol a criança joga a bola de qualquer
forma e tanto faz o lugar do gol, quem chuta para o gol é o vencedor.
Entretanto é principalmente no estágio egocêntrico que se evidencia a agressividade,
pois como não a há codificação de regras utilizam muitas vezes da força física, por exemplo,
empurrões para alcançar seus objetivos de maneira até mesmo inconsciente; já no estágio
motor individual se vislumbra o prazer que o jogo proporciona quando a criança ela se coloca
para brincar.
É interessante mencionar que ao tentar reorganizar as idéias, as crianças nos
momentos das brincadeiras diversas vezes reproduzem os comportamentos do seu contexto
social e isto em qualquer tipo de cultura, a professora e escritora Moyles (2007) de educação
da University of Leicester fez um importante estudo da atividade do brincar em diversas
culturas.
Ela evidenciou que o brincar é uma expressão cultural e que as definições dos brincar
são muitas e variadas. Por exemplo, há culturas que não fazem o uso de bonecas, por
diferentes motivos, no entanto, as crianças utilizam outros objetos para representar o contexto
social, neste caso, busca-se representar e a relação entre mãe e filha. Já na África, ela
percebeu que por conta dos extensos números de irmãos, as crianças mais velhas utilizam os
próprios irmãos menores para brincar de “casinha” e assim representar o contexto familiar que
se está inserido.
Isto evidencia a existência do brincar em diversas culturas e sua real relação com os
fatos cotidianos, se percebe que ele está presente independente de serem crianças africanas,
norte americanas ou brasileiras. As crianças nas suas brincadeiras buscam representar o
espaço vivenciado, o que é uma forma de se projetar para o futuro.
Neste sentido, no anseio de reproduzir ações do cotidiano, e ao fazer uso da
imaginação, concedem vida a objetos, ou seja, aquilo que deseja ter, mas não detém, elas
alcançam através das fantasias, as quais são originadas no contexto social. Por exemplo, um
cabo de vassoura pode facilmente se tornar um cavalo. Isto é o que Gardner (2001)
denominou de metarrepresentação.
Pode-se inserir nesta reflexão o “faz-de-conta” o qual tem extenso significado para as
crianças sendo uma forma de metarrepresentação, porque permitem as crianças fantasiarem
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um novo mundo, diversas vezes situações que gostariam de vivenciar: viagens para
determinados locais, objetos que gostariam de ter, super herói que sonham ser ou fazer ações
com o corpo, impossíveis ao ser humano como voar. É através destes sonhos despertos que as
crianças constroem conhecimentos a cerca de si próprio e como auxilio muitas vezes até
possuem o amigo invisível ou imaginário.
É neste sentido também que se visualiza o simbolismo descrito por Piaget (1994) onde
ele coloca que os símbolos são jogados mais que pensados, mas implicam uma forte
participação da imaginação. “A criança que empurra uma caixa dizendo “ram-ram” assimila,
em sua imaginação, esse movimento àquele do automóvel: o símbolo lúdico está
...constituído” p.37
Este comportamento enseja o desenvolvimento da aprendizagem humana, porque a
criança cria situações além daquelas que vivenciou, então, se percebe que o brinquedo torna-
se uma ferramenta, uma necessidade para a criança, e tem grande preeminência na idade pré-
escolar. Sobre esta reflexão também Celso Antunes (1998, pg 37) comenta: “a brincadeira
infantil está muito relacionada a estímulos internos que a contingência exterior. A criança não
é atraída por algum jogo por forças externas inerentes ao jogo e sim por uma força interna,
pela chama acesa de sua evolução”.
Na perspectiva do autor se ratifica a afirmação de que o brincar é um processo natural
no ser humano e que este não se dá apenas por mecanismos externos, mas, sobretudo, pela
própria necessidade de interagir em seu meio, sendo as brincadeiras ações naturais do
cotidiano, constitui de fato uma expressão sociocultural.

2 A perspectiva de alguns teóricos a cerca do brincar como meio de aprendizagem

Alguns teóricos ainda no inicio do século XX, através da concepção de uma nova
pedagogia, especialmente na Escola Nova, por volta do ano 1932 redigiu importantes
reflexões sobre a ludicidade nos ambientes educacionais. Têm como destaques Montessori e
Dewey nas suas propostas pedagógicas, porque foram incluídos os jogos como recursos
satisfatórios para o desenvolvimento cognitivo infantil.
Para Maria Montessori (1987) seguindo os passos de Froebel, o pedagogo da infância,
consentia grande importância à existência dos jogos em sala de aula como forma de estimular
habilidades infantis. Para tanto era defendida a organização do espaço e dos instrumentos
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utilizados nas disciplinas escolares. Em todos os espaços era importante haver jogos voltados
para estimulação cognitiva e motora das crianças.
É neste período também que surge o jargão “aprender brincando” utilizado de forma
inadequada nos dias atuais. Porque é a partir da Escola Nova que se percebe a importância de
aprender brincando, uma vez que se tinha o desejo de construir uma nova educação, onde o
aluno fosse construtor de sua aprendizagem e, neste período a educação para os pequenos era
algo penoso, muito ruim, então conceber brincadeira nos espaços educativos era uma forma
de provocar a concepção de um novo homem, ou de forma mais profunda vislumbrar o
homem como ser ainda criança. Isto porque a idéia da existência da criança ainda era algo
muito recente, via-se a criança como uma miniatura de um adulto.
Piaget também foi um notável estudioso do desenvolvimento infantil, reconheceu a
importância dos jogos na aprendizagem infantil e sobre esta questão escreveu:

O jogo é sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de


simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria... os métodos ativos de
educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material
conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades
intelectuais ( Piaget 1976, p.160).

É bastante significativa a reflexão de Piaget, porque de fato o jogo possibilita a criança


desenvolver as habilidades motoras sendo que concomitantemente faz uso do simbolismo
para entrever o real através dos objetos a sua volta, isto é, diversos outros objetos se tornam
aquilo que se desejaria ter em sua fantasia.
Também Vygotsky (1998) outro importante estudioso do desenvolvimento intelectual
da criança reconheceu nos brinquedos excelente aliado da aprendizagem infantil, por que
oportunizar a criança experienciar situações sócios culturais fora de seu plano real, cujas
atividades viverão no futuro.

No início da idade pré-escolar, quando surgem os desejos que não podem ser...
satisfeito ou esquecidos... o comportamento da criança muda . Para resolver essa
tensão, a criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário
onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que
chamamos de brinquedo (Vygotsky, 1998, p.122)
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Perceber a educação infantil como um momento de grande riqueza no aprendizado


infantil ocorre-se há uma problemática: as crianças inseridas nesta etapa de ensino devem
brincar. No tocante desta afirmação não haveria problema algum, mas há de se verificar como
as propostas pedagógicas e professores concebem esta afirmação nas reais práxis educativas.
É importante que a escola privilegie atividades lúdicas na sua proposta pedagógica, o
que também é sugerido pelo Ministério da Educação e Cultura do Brasil (MEC)
regulamentado e defendido no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil
(RCNEI):

Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira


diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas,
papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou jogos de regras e de
construção, e assim elaborem de forma pessoal e independente suas emoções,
sentimentos, conhecimentos e regras sociais. (BRASIL/MEC, 2001, p. 29)

Todavia, em muitas escolas é reservado um período e até mesmo um local para


brincar, as denominadas brinquedotecas, entretanto, no desencadeamento das atividades
lúdicas não se verifica a qualidade, isto porque, os professores “abandonam” as crianças as
suas próprias brincadeiras. Também é comum se perceber nas escolas de educação infantil a
angústia de muitos pais e professores em afirmar que as crianças não sabem brincar, porém,
se percebe que não é oferecido em contrapartida um meio para se solucionar este fato. É
favorável que os professores interajam com os alunos durante as brincadeiras, não sendo
apenas um espectador. Esta necessidade existe até mesmo para que oportunize acompanhar o
desenvolvimento e aprendizagem do aluno nas diversas etapas do brincar.
Isto demanda grande importância em especial no tempo atual, onde as famílias por
conta das grandes atribuições no mercado de trabalho não têm tempo para brincar com as
crianças. Então compete à escola oportunizar momentos lúdicos e também resgatar
brincadeiras muitas vezes já esquecidas.
Esta questão é abordada com extensa relevância por Vygotsky (1998) a interação
social entre indivíduos mais velhos e também entre crianças é algo muito significativo. Para
ele existem os níveis de desenvolvimento de aprendizagem humana: Desenvolvimento real
(determina o que a criança faz sozinha) e potencial (determina o que a criança pode realizar
com ajuda do outro). Nesta perspectiva, a aprendizagem e o desenvolvimento são recíprocos,
então, a sua integração, oportuniza conceber a zona de desenvolvimento proximal, que é
caracterizada, por aquilo que a criança é capaz de produzir com a intervenção de outra pessoa.
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Neste sentido, a relação social da criança com outra criança, ou com um adulto e até
mesmo com o brinquedo evidencia a forte relação na zona de desenvolvimento proximal,
porque ao brincar a criança reproduz um conhecimento (re)construído a partir da relação com
o meio. Logo se percebe que a brincadeira pode ser um mediador do seu processo de
desenvolvimento e aprendizagem. Por conseguinte, vale mencionar que tanto as brincadeiras
livres como as dirigidas têm a sua importância, elas são favoráveis para o desenvolvimento da
aprendizagem.
Sobre esta questão também Maria Montessori (1987 p. 314) pontuou “O adulto e a
criança devem se unir; o adulto deve se fazer humilde e aprender a ser grande com criança”. É
uma colocação perfeita e até mesmo contraditória, uma vez que é estranho aprender com uma
alguém ainda em fase de formação. Mas por outro lado quando se pensa na questão do ser
humano, este está em constante aprendizado e as crianças de forma simples, mas com teor de
seriedade conseguem conduzir novas aprendizagens.

3 A música na educação infantil: uma estratégica lúdica no aprendizado infantil

Dentre as diversas práticas pedagógicas de ludicidade na educação infantil se destaca a


música, cuja atividade será descrita de maneira mais profunda neste artigo. A música é uma
forma da arte, ela tem a capacidade de acalmar o corpo e a mente remete-se a emoções,
reflexões sobre perturbações pessoais e, sobretudo, educam os sentimentos. Desta forma, se
evidencia que a música pode ser configurar como um “remédio” para o ser humano. É de
grande importância para as relações socioculturais que o ser humano tenha domínio e controle
dos próprios sentimentos e sensibilidades, todavia, nem sempre isto é possível por conta de
diversas situações.
Esta impossibilidade se inicia ainda na infância, entretanto, por motivos da própria
formação cognitiva, isto é, as crianças na idade entre 4 e 5 anos possuem extensas
dificuldades em controlar as próprias emoções e sentimentos porque ainda estão aprendendo a
definir os tipos de sentimentos. Para os estudos de Wallon, o qual concedeu grande destaque
para afetividade humana, as crianças nesta faixa etária, estão na fase que ele denominou
personalismo: “a criança adota um ponto de vista exclusivo... o de uma personalidade
particular e constante” (GALVÃO, 1995, p.53)
Então, a criança está em processo de formação da personalidade e, por este motivo, é
freqüente se observar, nas classes de educação infantil, manifestações de ciúmes e ímpetos de
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violência. Na busca de superioridade e exclusividade, elas têm atitudes de danificar


brinquedos e atividades de colega, contudo, em respeito à própria fase da criança, estas ações
não devem ser observadas meramente como posturas agressivas, uma vez que estão
construindo o senso cognitivo.
Esta reflexão também é ratificada por Gardner (1984 p. 83) “dominar a sensibilidade é
dirigi-la e utilizada de tal maneira que contribua para aumento de nossas capacidades, e de
nenhum modo constrangê-la.” Então se percebe a importância de não oprimir estas emoções,
mas antes educá-las sendo o professor mediador. É nesta perspectiva que a educação através
da música privilegia o domínio e compreensão da sensibilidade humana e logo o
desenvolvimento da aprendizagem por meio do lúdico, uma vez que esta ação se configura
como o sentir prazer.
Um ponto interessante sobre esta temática também é evidenciando nas aldeias de
Montessori (1983) onde ela coloca que em diversas situações tanto do cotidiano escolar como
familiar como uma fuga. Neste sentido, as crianças buscam mascarar suas angustias nas
brincadeiras, que por sinal é pontuado pela autora como a principal liberdade consentida ao
ser humano na infância. “Na verdade, o adulto só da liberdade à criança nas brincadeiras, ou
melhor, só com os brinquedos – e está convencido de que estes constituem o mundo no qual a
criança encontra a felicidade”. (MONTESSORI, 1983, p182).
Esta afirmação é algo muito profundo e trazem a um novo olhar diante as brincadeiras
das crianças, uma vez que muitos têm a certeza que ao brincar ela é feliz, pelo contrario na
brincadeira ela pode está vivenciado algo extremamente triste, como por exemplos violência
sexual, as desordens familiares dentre outras. Desta forma, observar a brincadeira da criança e
compreender suas ações é essencial para entrar em seu universo e com ele aprender. Para a
criança a brincadeira é coisa seria, todavia, nem sempre é vista pelos adultos como a seriedade
devida.
Nos ambientes socioculturais a música se manifesta de diversos modos, tais como em
comemorações festivas, saudações de pessoas, para evidenciar tristezas ou alegrias, em
determinadas culturas até mesmo para evocar eventos naturais, chuvas, sol e outros; também é
utilizada para proclamar a morte ou vida. Nesta perspectiva, Jeandot também a defini (2006 p.
12) como “uma linguagem universal, mas com muitos dialetos, que variam de cultura para
cultura, envolvendo a maneira de tocar, de cantar, de organizar os sons e de definir as notas
básicas e seus intervalos”.
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Esta modalidade da arte se dá através de vários mecanismos tais como a voz, a fricção
de partes do corpo além do uso de distintos objetos denominados instrumentos. Neste sentido,
seria notório definir a música como uma modalidade de arte e tipo linguagem, cuja expressão,
emite sons agradáveis a audição.
Segundo Rosa (1990) a música tem como o berço a Grécia e para esta cultura ela era
fundamental na formação do cidadão sendo exigida como disciplina escolar. Desta forma, se
percebe que a origem desta modalidade da arte é na Grécia, berço também de vários outros
tipos de arte, entretanto, a música foi contemplada com maior ênfase porque os gregos
acreditavam que ela contribuía para a formação completa do ser humano.
Isto é bastante preeminente uma vez que o ser humano não é uma máquina, mas um
ser dotado de sentimentos, os quais não devem aprender de forma sistemática determinada
atividade ou conteúdo, principalmente quando se trata da criança que adquirem conhecimento
com maior significado por meio do lúdico. É a partir destas reflexões que se entende a
educação musical como fator fundamental na formação do ser humano, a qual se inicia ainda
na infância. A criança possui profunda relação com o som, ainda bebê é possível verificar a
sua tentativa de emitir sons conhecidos ou produzir novos sons, seja no momento da iniciação
da fala ou apenas para brincar ao descobrir o som do corpo, da voz ou dos objetos próximos.

Quanto à educação musical, Platão nos diz que a música possui dois aspectos: um
intelectual e outro mais emocional. O aspecto intelectual diz respeito ao aprendizado
da leitura... ao aprender a ler o mundo das formas e sons que nos rodeiam... aspecto
afetivo ajuda o homem a descobrir o formoso de cada coisa que se vê ouve.
(TEIXEIRA, 1999, p.84)

De fato, a música proporciona estes aspectos, porque absolve o intelecto, através da


memorização das letras, da seqüência lógica da música, além de proporcionar o aspecto
afetivo, porque as pessoas se sentirão envolvidas pelo o que ela conta. Diversos professores
utilizam a música para dar início a um conteúdo ou para sistematizá-lo.
Sobre esta questão escreveu Piaget (1967) “... o bebê não se contenta mais em apenas
reproduzir os movimentos e os gestos que conduziram a um efeito interessante, mas vários
intencionalmente para estudar os resultados destas variações”.

Graças a pratica vocal e coral, à memorização das canções, aos diversos exercícios
rítmicos ou melódicos, etc., a criança desenvolve inconscientemente a sua
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capacidade de observação, o espírito de análise e de síntese, e até mesmo a


abstração. (FORQUIN, 1973, p.30)

A música também constitui um instrumento de aprendizagem para as diversas


disciplinas escolares, porque proporciona a observação mais aguçada, atenção e, sobretudo,
disciplinar os sentidos do corpo. Outra modalidade a ser citada é o teatro, porque oportuniza
o desenvolvimento da percepção, da observação, da escuta e da memorização, além de
trabalhar a timidez e o vocabulário, trabalha em grupo, e outros.
Portanto, privilegiar brincadeiras no espaço escolar implica perceber o processo de
construção da aprendizagem, daí a relevância de afirmar que a escola constitui o meio eficaz
para oportunizar as crianças momentos lúdico e evidenciar brincadeiras. É importante
enfatizar que os professores não devem separar o conteúdo das brincadeiras, o que é
confirmado por Seber (1997, p. 53) “Cada nova noção é introduzida de maneira lúdica...
terminada a transmissão... tem início o “trabalho sério”.
Ao classificar os momentos de aprendizagem e momentos de brincadeiras não
demanda uma construção de conhecimento efetiva, resulta até mesmo na desconsideração do
valor do brincar. A brincadeira e os conteúdos não devem ser fragmentados, antes precisam
estar integrados nas práticas pedagógicas.Nesta perspectiva se percebe a existência da
musicalidade nas práticas educativas infantis, que auxiliam no desenvolvimento da
linguagem, na expressão corporal e na socialização da criança.
Portanto, o brincar é uma ação intrínseca às atividades humanas até porque atende o
homem na sua completude. Desta forma, não se deve conceber a criança como um adulto em
miniatura, sobre isso Rousseau (1999, p. 4) teceu um proeminente comentário: “procuram
sempre o homem na criança, sem pensar no que ela é antes de ser homem”. Então há de se
considerar que as atividades lúdicas devem ser manifestações do cotidiano na pré-escola
afinal brincar pode ser também sinônimo de aprender.

Análise dos dados

“Pesquiso para constatar, constatando,


intervenho, intervindo educo e me educo.
Paulo Freire

As observações foram realizadas durante um semestre em duas escolas da rede pública


do Distrito Federal, porém localizadas em cidade satélites diferentes. O período de cada
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observação deu-se em 3 horas, com maior atenção no momento das brincadeiras, uma vez o
que maior interesse deste estudo é verificar a brincadeira como berço da aprendizagem na
educação infantil. As crianças observadas eram do 2° período, tinham entre 4 e 5 anos de
idades. Nas duas escolas as crianças nas salas de aulas se acomodavam em pequenos grupos
com 4 alunos.
Na escola “A” as salas eram pequenas e não detinha um local para próprio para jogos.
Segundo a professora os momentos lúdicos eram realizados com maior ênfase na
brinquedoteca ou no parque infantil. Durante as atividades a professora não demonstrou
ludicidade na condução das atividades, como por exemplo, cantar, ou dinamizar na introdução
dos conteúdos, cujo tema do dia era colorir desenhos para a páscoa. Entretanto, no momento
em que a professora apresentou o desenho que era um coelho uma das alunas começou a
cantar uma canção da páscoa. A professora sorriu, mas não deu continuidade a canção.
Neste sentido percebe-se que a música contribui para assimilação de significados,
exatamente o que Teixeira (1999) afirma ao mencionar as idéias de Platão, de que a música
possui dois aspectos: intelectual e emocional. A criança constrói o conhecimento ao mesmo
tempo em que sente prazer em cantar. Neste sentido pode o professor fazer uso deste valioso
instrumento para favorecer o entendimento das atividades escolar.
No decorrer das atividades percebeu-se que as crianças realizavam os trabalhos com
alegria e o ato de pintar era uma diversão, elas trocavam cores de giz de cera e mostravam
uma para os outros o seu trabalho. Deste modo se evidência a essência lúdica da criança em
construir conhecimento, sendo principalmente nesta ação que elas desejam imprimir sua
marca, sua personalidade, uma vez que, conforme é apontado nos estudos de Galvão (1995)
sobre Wallon, as crianças entre 4 e 5 anos buscam inconscientemente construir sua
personalidade.
As crianças iam parque todos os dias, então esta ação já era parte da rotina escolar,
entretanto, a professora não fazia qualquer atividade lúdica para conduzi-las a este local, no
entanto, as crianças a seu modo transformavam este momento em brincadeiras: na fila fingiam
ser trem, andavam por cima de linha, como se estivessem se equilibrando em um alto fio e
outros. Já a professora via estas ações como desorganização e pedia insistentemente que todos
se organizassem sob pena de não ir mais ao parque, as crianças com receio mantinham-se na
fila com sorrisos acanhados umas para as outras.
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Ao chegarem ao parque todos se dispersavam em pequenos grupos conforme


conveniências, no geral as meninas ficavam juntas uma das outras e realizam brincadeiras que
aludem a preparação de alimentos com areia. Existiam no parque diversos brinquedos como
balanços, gangorra, roda-roda, entretanto, o predileto era a casinha.
Neste ambiente os dois gêneros se misturavam, durante a brincadeira foram indagados
do modo como brincavam e elas evidenciaram fatos do seu cotidiano como o pai que sai para
trabalhar, a mãe que chega do trabalho, mas que cuida das crianças e briga quando fazem
bagunça.
Desta forma, se evidencia a interação social nas brincadeiras das crianças, isto é, elas
transferem situações e comportamentos vivenciados no cotidiano para as brincadeiras, até
mesmo as regras e soluções de problemas. Estas representações foram descritas por Vygostky
(1998) quando menciona as zonas de desenvolvimentos: real e proximal. As crianças
absolvem idéias do meio com ajuda do adulto e, por conseguinte constrói seus próprios
significados.
Na escola “B” observou-se que as salas eram maiores e detinha locais com diversos
jogos, como o lego, caixas coloridas e fantoches. A professora demonstrou bastante
ludicidade na condução das atividades, o que facilitou o entendimento do comando das
atividades, como sentar na rodinha, fazer silêncio e se concentrar para ouvir história. Ela
utilizou mímica e música.
Durante as atividades se percebeu bastante o uso de material concreto como, por
exemplo, o lego, quebra cabeça e a massinha de modelar. Montessori (1987) foi uma grande
defensora dos espaços escolares e o uso de jogos didáticos em sala de aula, segundo ela, estes
instrumentos possuem forte contribuição para o desenvolvimento da aprendizagem social e
cognitiva infantil.
Foi observado que quase todas as crianças interagiam nos grupos, durante as
atividades propostas, porém, um garoto chamou atenção ao manipular a massinha de modelar,
ele sempre fazia a mesma escultura utilizando cores escuras, quando indagado sobre o que o
significava ele dizia ser um monstro bem grande e que ia pegar pessoas malvadas. Esta ação
talvez pudesse compor uma das reflexões de Montessori (1983) quando ela afirma que nem
sempre a brincadeira retrata a felicidade da criança, muitas vezes ela utiliza o brincar para
evidenciar alguma situação conflituosa, e caso a família não perceba o educador possui
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grandes oportunidades em descobrir situações vivenciadas pelo o aluno e assim compreender


o porquê de diversas dificuldades no quesito da aprendizagem.
É nesta perspectiva que se verificou a metarrepresentação de Gardner (2001) e o
simbolismo de Piaget (1994) a criança faz uso de objetos diferentes do real, isto é, do que não
tem no momento da brincadeira, e transpõe para esfera imaginária. Então, se observa que as
brincadeiras ou jogos por sua vez não se valem apenas por objetos reais, mas a imaginação, a
representação do momento vivido dentre outros aspectos.

Considerações finais

O presente artigo buscou respostas para a indagação “as brincadeiras constituem berço
para as atividades intelectuais?” e através das consultas bibliografias e o estudo de caso
apresentado percebeu-se que o brincar está na essência das crianças e fazer uso deste é um
necessidade tanto para o professor conduzir os conteúdos como para a criança fazer bom
entendimento do que lhe é ensinado.
Entretanto é pertinente que a brincadeira não faça parte do currículo escolar somente
para “aliviar” o conteúdo, isto é ser pedagogizados ou ainda para ocupar horários vagos, mas,
sobretudo, o professor precisa ter consciência do seu valor significativo para a criança
absolver o aprendizado com eficácia e assim ser feliz, uma vez que o brincar é algo muito
serio da criança, faz parte da sua natureza.
Deste modo, percebeu-se que a idéia não é tornar o jogo como mais uma disciplina,
mas valorizar o jogo como um instrumento que pode provocar diferentes aprendizagens
infantis, como a autonomia, o trabalho em grupo, o sentimento de perda, o desenvolvimento
cognitivo, motor dentre outros conhecimentos advindos da brincadeira e pode estar presente
em qualquer ambiente escolar, uma vez que em uma das escolas pesquisadas as brincadeiras
ficaram reduzida ao parque infantil ou a brinquedoteca.
Através das observações também se percebeu que a música possui forte contribuição
para a assimilação e concentração da criança. No estudo de caso isto ficou bastante evidente,
uma vez que as crianças compreendiam as diferentes atividades como sentar na rodinha, ouvir
histórias, ir ao banheiro, fazer fila e até chegar ao parque infantil, tudo era muito prazeroso
quando a professora utiliza a brincadeira musical como instrumento pedagógico.
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Neste prisma, é a partir das brincadeiras que as crianças passam a conhecer seus
próprios sentimentos e dos outros; elas oportunizam a fomentar sua personalidade, neste
sentido é de fato o berço para construção do conhecimento.
Portanto, utilizar o brincar como um rico instrumento metodológico para a
aprendizagem infantil é proporcionar à criança vivenciar experiências e interpretar por si
mesmo as relações socioculturais; é favorecer a aprendizagem significativa, o qual enseja o
desenvolvimento da autonomia, da criatividade, do trabalhão em grupo e auto realização;
qualidades estas que precisam ser vislumbradas desde o “berço” do intelecto infantil.

REFERÊNCIAS

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